• Nenhum resultado encontrado

Estrelas (II) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Estrelas (II) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP"

Copied!
36
0
0

Texto

(1)sistemas múltiplos sistemas binários tipos de binárias determinação de massas estelares “teorema” de Vogt-Russell. Estrelas (II) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP. www.astro.iag.usp.br/~aga210. AGA 210 – 1° semestre/2017.

(2) Diagrama H-R • ~ 90% das estrelas na sequência principal. • Além da sequência principal vemos outros grupos de estrelas. Temperatura. R=. 1 T2. L 4πσ. Luminosidade. Tamanho das estrelas é dado por linhas diagonais no diagrama H-R:.

(3) Sistemas binários: reais e aparentes • Binárias ópticas • Alguns sistemas são apenas alinhamentos na linha de visada, mas estão distantes uma estrela da outra.. observador. • Binárias reais. 75 Dragonis (140 pc) SAO 3405 (179 pc) (estrelas separadas por ~ 21′). – Sistema ligado pela gravitação, ambas giram em torno de um centro de massa comum. – Conhecendo a órbita das estrelas de um sistema duplo podemos determinar a massa das estrelas..

(4) Órbita em sistemas binários. • Par de estrelas ligadas pela gravitação • As estrelas orbitam em torno do centro de massa. • Assim como no Sistema Solar, valem as Leis de Kepler..

(5) Órbita em sistemas binários secundária: menor luminosidade. m2 r2. semi-eixo maior. a2. centro de massa. semieixo maior a1 r1. m1 • A massa total é determinada pela 3a Lei de Kepler:. 4π 2 (a1 + a2 ) 3 massa total = m1 + m2 = G período 2. primária: maior luminosidade.

(6) Órbita em sistemas binários m2 r2 semi-eixo maior. a2. centro de massa. semieixo maior a1 r1. m1 • A massa total é determinada pela 3a Lei de Kepler:. (a1 + a2 ) 3 [em U.A.] massa total = m1 + m2 [em Massa Solar] = período 2 [em anos] Por exemplo Terra ao redor do Sol, satélites ao redor de planetas, etc..

(7) Órbita em sistemas binários • A razão das massas é dada pela razão dos semi-eixos maiores:. m1 a2 = m2 a1 m1. m2.

(8) Órbita em sistemas binários m2 r2. centro de massa. semi-eixo maior. a2. 4π 2 (a1 + a2 ) 3 massa total = m1 + m2 = G período 2. semieixo maior a1 r1. m1 a2 = m2 a1. m1 m2. • Complicadores: – movimento próprio do centro de massa; – em geral, o plano da órbita está inclinado em relação ao observador  efeito de projeção.. r2. semi-eix. centro d massa e. o maior. a2. semieixo maior a r1 1. m1.

(9) Sistemas binários • Binárias visuais – Sistemas onde as componentes podem ser identificadas individualmente em uma imagem do sistema. Podem ou não serem reais.. • Binárias eclipsantes – Uma estrela passa pela frente da outra – Isto faz variar o brilho do par (que não pode ser resolvido)..

(10) Sistemas binários • Binárias visuais – Sistemas onde as componentes podem ser identificadas individualmente em uma imagem do sistema. Podem ou não serem reais.. • Binárias eclipsantes – Uma estrela passa pela frente da outra – Isto faz variar o brilho do par (que não pode ser resolvido).. • Binárias espectroscópicas – Não podem ser resolvidas. – O “vai-vem” das estrelas pode ser detectado pelo efeito Doppler..

(11) Sistemas binários • Binárias visuais – Sistemas onde as componentes podem ser identificadas individualmente em uma imagem do sistema. Podem ou não serem reais.. • Binárias eclipsantes – Uma estrela passa pela frente da outra – Isto faz variar o brilho do par (que não pode ser resolvido).. • Binárias espectroscópicas – Não podem ser resolvidas. – O “vai-vem” das estrelas pode ser detectado pelo efeito Doppler.. • Binárias astrométricas. 

(12)  

(13)    . 

(14)  . – Apenas uma das estrelas é observada (a mais brilhante); – Sua trajetória revela a presença de uma companheira. 

(15)  

(16)  

(17) 

(18) 

(19)   . • Binárias de contato – Uma estrela praticamente encosta na outra.. . 

(20)   .  .

(21) Binárias visuais • Estão suficientemente separadas para serem resolvidas (mais do que 1′′ com um telescópio terrestre). • Nem sempre são sistemas binários reais, podem ser estrelas binárias ópticas (falsa binária). • Caso as estrelas formem um par ligado gravitacionalmente, o período orbital de uma ao redor da outra deve ser muito longo, até de vários milhares de anos. • . Exemplo: Albireo tem 2 estrelas separadas por 35′′, o que corresponde a 4080 U.A. (distância de 380 anos-luz). Se for uma binária real (gravitacionalmente ligada), seu período deve ser de cerca de 100 mil anos ou mais: Período ~ (separação3/massa)1/2..

(22) Curva de luz • Variação no brilho (magnitude ou fluxo) de uma binária eclipsante em função do tempo. • O brilho é constante quando não ocorre o eclipse, e diminui quando uma das estrelas é eclipsada. • Durante o eclipse podem ocorrer dois tipos de mínimos de brilho (diferentes profundidades na curva de luz).  

(23) . . .  

(24)  .  .  . 

(25)     .  . 

(26)  

(27)  . 

(28) . Com a curva de luz é possível obter informação da órbita, das massas e raios das estrelas..

(29) Sistemas binários eclipsantes • Neste caso (raro) temos informação do tamanho das estrelas.. • O tamanho das estrelas está relacionado com a duração da fase de eclipse e a velocidade relativa das estrelas..

(30) Binárias espectroscópicas • O sistema está muito distante para ser resolvido com telescópio. • . O caráter binário é detectado como pela variação de posição das linhas espectrais.. • As propriedades do sistema binário pode ser obtido medindo-se o desvio Doppler periódico de uma estrela em relação à outra conforme elas se movem na órbita.. Δλ v=c × λ0.

(31) Binárias astrométricas • Apenas uma estrela é observada, mas nota-se um movimento oscilatório no céu, podemos deduzir a presença de uma companheira não observável, e o sistema é então considerado como uma binária astrométrica.  .  . . trajetória observada durante 80 anos. .        !        .    . 

(32)      .  .   !    .     .      !. .    . ! 

(33). .   .       ! .    .  .

(34) Binárias astrométricas • A presença de uma companheira invisível foi descoberta em 1862 pelo movimento oscilatório de Sirius. – Inicialmente, Sirius era uma binária astrométrica.. Sirius A e B, imagens HST feitas em 2003 e 2004. – Eventualmente, Sirius B foi observada. – Passa a ser também uma binária visual.. Imagem: J.M. Bonnet-Bidaud (CEA), F. Colas (IMC) et J. Lecacheux (OPM).

(35) Binárias de contato • Estrelas muito próximas entre si  sistemas eclipsantes com períodos extremamente curtos (poucas horas)  contato físico  pode haver transferência de massa de uma estrela para outra.. • Classificação baseada no tamanho da estrela com relação ao lóbulo de Roche (região que define a ação do campo gravitacional)..

(36) Lóbulo de Roche • A superfície do lóbulo de Roche é um equipotencial gravitacional (superfície de mesmo potencial gravitacional). • Volume ao redor da estrela em um sistema binário dentro do qual o material está ligado a estrela ponto de Lagrange lóbulo de Roche. plano da órbita. lóbulo de Roche.

(37) Desconectadas: raio de ambas é menor que seus lóbos de Roche.. Semi-conectadas: uma delas preenche seu lóbo de Roche, a matéria flui para a outra estrela, através do ponto de contato L.. Binárias de contato: ambas preenchem os lóbulos de Roche, compartilhando um mesmo envoltório.. Voltaremos a este assunto quando formos tratar de evolução estelar..

(38) Exemplo de um sistema múltiplo • Alcor e Mizar, na Ursa Maior (δ = +54°57') • Aparentemente, um sistema triplo..

(39) Exemplo de um sistema múltiplo • Alcor e Mizar, na Ursa Maior (δ = +54°57') • Aparentemente, um sistema triplo. • Mas é um sistema quintuplo (ou não...).. Cada uma delas é um sistema duplo.

(40) Exemplo de sistema múltiplo • Mintaka (δ Ori A), um sistema triplo a cerca de 210 pc (ou 380 pc, há controvérsia). • Parte de um sistema com mais 2 estrelas, δ Ori B e δ Ori C (a 33′′ e 53′′ de Mintaka, respectivamente). N L. 0.3′′. 3° John Gauvreau. Shenar et al., 2015, ApJ 809.

(41) Determinação das massas das estrelas • Em um sistema binário temos a estrela primária (a estrela mais brilhante do par) e a secundária (menos brilhante). • Observa-se o período orbital e a separação angular (semi-eixo maior da órbita), que pode ser transformada em ângulo, dada a distância do sistema (paralaxe). • O período (P) e o tamanho da órbita (a) são usados na 3a lei de Kepler: 2 ⎡ ⎤ 4 π 2 3 P =⎢ ⎥ (a1 + a2 ) ⎣ G ( m1 + m2 ) ⎦. (a1 + a2 ) 3 (em U.A.) massa total = m1 + m2 (em MSol ) = período 2 (em anos). e. Obtemos assim as massas individuais. m1 a2 = m2 a1.

(42) Exemplo de binária: Sirius . • Medida da trajetória de Sirius nos diz: – Período = 49,9 anos – semi-eixo maior de Sirius A = 2,309'' – semi-eixo maior de Sirius B = 5,311''. • MassaA/MassaB = aB/aA MassaA/MassaB = 5,311"/2,309". . . . MassaA/MassaB = 2,3 ou MSiriusA = 2,3 MSiriusB • Usando a 3ª Lei de Kepler obtemos: MSiriusA + MSiriusB = 3,23 MSol • Logo, MSiriusA = 2,25 MSol e MSiriusB = 0,98 MSol . A massa da componente mais brilhante (Sirius A) é 2,3 vezes maior que a massa da companheira, Sirius B. Sirius B: luminosidade muito fraca, mas com a massa do Sol!.

(43) Densidade das estrelas • Conhecendo a massa (p.ex., estrelas binárias) e o raio (relação com luminosidade e temperatura) – podemos calcular a densidade média de uma estrela. – densidade = massa/volume = massa/(4πR3/3). • Exemplo: – Sol:. raio = 696.000 km; massa = 1,99 × 1030 kg. – densidade = 1,41 g/cm3 . – Betelgeuse: raio = 750 × R; massa = 15 × M. – densidade = 5,0 × 10–8 g/cm3 (20 mil vezes menos que o ar). – Sirius B:. raio = 6000 km (tamanho da Terra); massa = 1 M.. – densidade = 2,2 × 10+6 g/cm3 (mais de 100 mil de vezes a densidade do ouro)..

(44) Diagrama HR e massa das estrelas. . . • A massa é o fator determinante na posição de uma estrela ao longo da Sequência Principal..  .  . . . .  . . . .

(45) . . . . . . .   . . . . . . . . . + .    . . . . +. . .  . + + . . .  . . .  .    "%&)&!* #. "# ()'$!)(. • A massa aumenta ao longo da Sequência Principal.. )" #$' $! . . . .

(46) Relação Massa–Luminosidade. . .  . . . . . .  . . . .

(47). .   . . . . . . . . . . . . . . . + .    . Sol. . . . +. . .  . + + . . . . . . "# ()'$!)(. )" #$' $! . . . luminosidade (unidade solar). • Para as estrelas da Sequência Principal existe uma relação bem definida entre a massa e a luminosidade.. .  .    "%&)&!* #. . massa (unidade solar).

(48) Relação Massa–Luminosidade. Luminosidade baseada na magnitude aparente e distância. • . Note que a massa varia entre 0,1 e 100 M.. • . A luminosidade varia de 0,001 a 1.000.000 L.. luminosidade (unidade solar). • Para as estrelas da Sequência Principal existe uma relação bem definida entre a massa e a luminosidade.. Massa medida em sistemas binários. ⎞3,3 massa luminosidade ⎛ =⎜ ⎟ massa do Sol lum. do Sol ⎝ ⎠. massa (unidade solar).

(49) Tempo de vida de uma estrela • A duração de vida de uma estrela pode ser estimada como:. energia disponível tempo de vida = energia emitida • A energia disponível é aproximadamente proporcional à massa da estrela: – Produção de energia por fusão nuclear, diferença de massa convertida em energia  Eq. de Einstein: E = massa c2.. • Energia produzida no centro se propaga até a fotosfera e é emitida  Energia emitida = Luminosidade. massa tempo de vida = τ ∝ luminosidade.

(50) Tempo de vida de uma estrela • A duração de vida de uma estrela pode ser estimada como:. energia disponível tempo de vida = energia emitida. massa tempo de vida = τ ∝ luminosidade • Acabamos de ver que a luminosidade (na Sequência Principal) obedece: L 㲍 m+3,3. Logo:. massa (1– 3,3) –2,3 τ∝ ⇒ τ ∝ massa +3,3 ⇒ τ ∝ massa massa.

(51)    

(52)  

(53)   . Tempo de vida na Sequência Principal. • • • .           .     .    . . o|. . .  . .   .       . . Estrelas com 0,1 M podem viver até 10 trilhões de anos. Estrelas com 0,9 M têm vida igual à idade do universo atual (~14 bilhões) Estrelas com 100 M vivem ~ 3 milhões de anos..

(54) Propriedades de estrelas • O que observamos e medimos: – Brilho (magnitude)  fluxo de energia recebido na Terra. – Cor/Tipo espectral  observação do espectro; • Classificação espectral: OBAFGKM.. – Distância  usando, por exemplo, paralaxe. – Movimento: • radial  efeito doppler; • transversal  movimento próprio (na esfera celeste).. • O que deduzimos: – Luminosidade: relação entre brilho e distância. – Temperatura e Tamanho: estrelas são aproximadamente corpos negros, usamos a cor para temperatura e o fluxo na superfície para o tamanho. – Massa: movimento de estrelas em sistemas binários.. • Diagrama Cor—Magnitude  Diagrama HR – As estrelas não se distribuem aleatoriamente no diagrama HR: • Sequência Principal (90% das estrelas), Gigantes, Supergigantes e Anãs Brancas.

(55) Propriedade das estrelas Teorema de Russel–Vogt de 1926: As propriedades das estrelas dependem apenas da massa e composição química..

(56) Propriedade das estrelas grandeza física. intervalo. • 10–4 < L / L < 106. (10 bilhões). • 10–2 < R / R < 103. (100 mil). • 10–1 < M / M <102. (1000). • 0,3 < T / T < 20. (60). Image: HST.

(57) Referências. • . programa java ilustrando sistemas binários: http://astro.ph.unimelb.edu.au/software/binary/binary.htm. • . http://astro.if.ufrgs.br/bin/binarias.htm.

(58)

Referências

Documentos relacionados

Porém, Aristóteles não pode exigir que o adversário diga que algo é ou que algo não é (e não ambos), ou seja, que ele forneça uma proposição, pois nesse caso, o adversário

- Você escolhe o seu nome, a sua marca, a sua imagem - Tem total liberdade e comando sobre as decisões na sua empresa - Pode desenvolver de forma imediata cursos certificados

Para contemplar las imágenes de reproducción en la pantalla de su televisor, le recomendamos que alimente su videocámara de un tomacorriente de la red utilizando el adaptador

Tecnologia Goiano - Campus Rio Verde Técnico Agrícola em Agroindústria Técnico (a) em Agroindústria Artigos 6º e 7 do Decreto Federal Nº 90.922/85, alterado pelo Decreto Federal Nº

1 — Os apoios são concedidos pela Câmara Municipal da Guarda às IPSS legalmente cons- tituídas de acordo com o estipulado no n.º 3, do artigo 2.º do presente Regulamento... 2 —

I. Os arquivos ao serem excluídos, quando enviados para a lixeira, não mais exibem caixa de diálogo para confirmação, apenas quando o arquivo é excluído

O PSI20 avançou 0,3% para os 6275 pontos, na semana em que Portugal regressou aos mercados para se financiar em 2,5 mil milhões € (acima dos 2 mil milhões € previstos) através

Durante o período tivemos baixo número de pacientes regulados para os ambulatórios, fonte principal de captação de pacientes, onde temos em torno de 40% do total de