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Rio ãe Janeiro — Sabbado 3 de Outubro de 1885
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ASSI8NATURAS PARA A CORTE Semestre... 6'jOOO
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PAGAMENTO ADIANTADO
_l_5EHS_ AV__90 410 RB.
Escpiplorie •— Rua do Ouvidor n. 70
RIO DE JANEIRO
ASSIÊliATiWiS l-AHA AS FilDVlsOIAS
Sbsibstrií., . fcsQOO
.anno ;. igjjüoo
PAGAMENTO ADIANTADO TIKÁGÇM »_,«"ií4> EX_M1»
Typographla — Boa Seto de Setembro a. 72
RIO DE JANEIRO
As assignaturas começam em qualquer dia e terminam sempre
em flus de março, junho, setembro ou dezembro Steroptypada o ímpr„sa na3 aiaohínas rotativas do Martnorti, na typographia da oc Gazeta do Notíoiaa», do propriedade''n ARAÚJO _ MENDKS, rua Seto do Setembro n. 73
EXPEDIENTE
As pessoas «pie tomarem uma asai-6'natura iVesta folha,' por um anno, s partir de 1 dc outubro corrente, reco Jocrão ile prêmio um exemplar da HOL-LANDA, NOTAS DE VIAGEM, de Ra-malbo OriigÊo.
Oo assignantes cuja assignatura ter-mina cia dezembro, têm direito ao mesmo prêmio, leformando-a já, por um anno, a contar do janeiro até dezembro de 1886.
O volume, tree tem maia de setecentas paginas, não será posto á venda. E1 des-tinacto raiicamente aos assignantea.
Os assígnantes de províncias orne O qui-•seremreceber, devem remetter.nos., além cio importe da assignatura, mais 500 rs, para o registro e sello do correio.
¦ JELEGRAMMAS
LONDRES, 1 d&outubro.
. _om ÍJfaHutms e cm toda ¦*»
•TupfjuSa fa_ert»-«ai o»ton»iva-tncuttu -preparativos- do {çttet*-»*n. At» tro-pai* latrca» coucom-_*a«ía-»e,t'ti-fi avtiitailo immer», ua* _•«>»»«'<»'a*«i»-» tia Serviu.
As itopuSáçòc* fl!alil owtão
íMSíiiiceirt**' «Io gratudo
iit-iinlo-tação.
LISBOA, 1 tio outubro. lüptlron praeodento Ao Clier-líiai**r,'« a eorvtita itiutziMefra
« _Iéthoróy ». .no «o
tleatao-rarai pwaeo toaat|to« aogiiiaKlo ile_ oSs para t> «tal.
PARI?:, 2 da outubro. V
A íiBitUsa-ão ©íeH.<»i*aI ons
i aAst a __»«çb ó intcHMÍssâJíu». ROMA, 2 de outubro, *Fi*atíüÍHOt> II, ©x-rel «Se Ka-puleis cstta. trraveíMcnto «Soou-te»; (> soas vtiiaAo Inapta*» sumi-lojsev&om (tuiáaAoH.
"J_is«?"*e«, 2 do outubro Sahiu tia Nova Zelândia a 25 da sa-tembro para o Rio de Janoiro o paquoto tnglez Doris da Shaw Sávill & Albion C. Ld.
Líaãtoi», 1 da outubro. lüiitroti hontem, procedente da Ame-•ic.a do Sul, o parjueto ingió'4 'fumar da Royal Mail.
845»!'.<•_, 2 de outubro O paquoto allernão Paranaguá da Iinlia 'le Hamburgo saho.
(Agencia f luvas./
28 DE SETEMBRO
O ítrt.-iu Oflicial tia liontem publicou o decreto que saneeioua a lei Saraiva-Cotogipo, c t|ue traz a data de 28 do setembro.
_á escolha (Veste dia para ti saneção da lei que passou nus câmaras por conchavos; que foi combatida por dous dos actuaos ministros; que não foi da-fendida paiosoutros; ,que não foi apoiada uo senado, nem por um discurso, nem por um parocor; loi para cuja passa-gem ninguém so interejsouj loi que ninguom npplandiu; houve como quo uma idda rancorosa, ura propósito pouco confcssavel da manchar na hisloria pátria uma de suas paginas mais limpas..
Contra esse acto máu não protestaram nem os dous ministros actuaes que fizeram parte do gabinete 7 do março. Mal se comprelicnde quo mio tenha Ilcado no espirito (1'essos cavalheiros le-gitimo orgulho por terem cooperado para uma lei, qua foi a um tompo um bom para uns tantos desgraçados e um acto Som praticado por uma nação nova, ¦jtte
pesa as suas necessidades e a justiça ãe uma cansa, e dccide-_ pala justiça; e que cano orgulho tão natural consinta em deixar-se esmagar por um sentimento pequeno do conveniência partidária, que 2in nada aproveita ao paiz, nem a causa alguma justa,
Essa profanação inútil da data da lei que libertou os nasclturos, procurando confundil-a com a 'esta outra que con-io.mnba ti escravidão os moribundos, •ioixa-nos
perplexos sobre a natureza io sentimento que a inspirou. Em todo saso, o que nos pareço, ú que esta sombra tornará mais evidente aquella (u.t; e que a aureola que córca o nome io visconde do Rio Branco não irradiará dobre os que procuram chegar-se a elle, como nos quadros religiosos a qne fnl-gura na cabeça do Christo não illumina ís de seus companheiros de suppliclo. Segue 11o.io abordo do paquete Ií t'p Pardo <) Sr. coronel de engenheiros Di*. Con-vado .lacoh dc Niemeyer, ultimamente nomeado commãndante das armas da provincia dc Matto-Grosso.
>o distineto ollicial desejamos feliz viagem.
A sessão extraordinária da lllma. ca-•".tra convocada para amanhã, a 1 hora c.a tarde, tem por fim discutir o orça-meu to o a quéstSo Lanibc-rt.
Noticiando a. reunião política raali-6ada no dia 22 do mez findo na cisa do Sr. visconde de Pelotas, em 1'orto-AIegre, di' a Reforma ii'aquellu cidade:
« Durante toda a época do domínio liberal, nunca presenciou Porto-Alegre reunião liberal tíio numerosa o distineta
ma, queo Iíxm. Sr. viscondo de Pelotas dli'igiu no proãiílonté do conselho :
« Kxm, barão de Cotegipe Prasldento faz tremenda rèacçiió, que nos levará a represálias viol<*ntis, Con liamos V. Ex.—Kn-fOtltii) dc Pelotas.
Porto Alegre, 21 desmembro ila 1885',* Foi também lido o seguinte tolegrain-ma do Sr. presidente dó conselho :
« Ao Sr. viscondo do Pelotas. Ignoro actos praticados vico-preai.-dente. Não pouso dar qualquer provi-dencia.—Cotegipe.
Itio, 22 do setembro de 1S35. > Fallou om seguida, com mais algum desenvolvimento, o cidadão C. v. Ko-serflij o terminou propondo quo fossam adoptadas pela reunião as seguintes roso-luçOes :
« 0 eleitorado liberal da capital, rouni.loni residência do Exm. Sr. vis-condo da Pelotas, resolve :
V Lavrar solomno protesto contra a rcac^ão, e sustontal-o om todo o qu.il-quer terreno.
2' Organisar cominisüCes directoras para o trabalho da qualificação eila prõ? xima eleição, na qual o partido liber d ompragirá todo o sou esforço.
3' Prestar todo o auxilio á imprensa libera] para manter actlva propaganda contra os abusos da situação.
4.' Adlierir unanimemente á ide'a da federação das províncias, erguida como nova bandeira do partido liberal.»
Essas quatro resoluções foram unani-memento o com immcnso cnthuaiatimo vot idas pelos cidadãos prosontas.
Sendo ponderado que h'esta oceasião mais do que nunca, ó nocassario fazer-se estrondosa recepção ao illustre chefe do partido liberal o aos representantes do mesmo na câmara teinporaria foi re-solvido norncar-RO um ¦ commissão cum-posta dos distinetos liber es Si'3. Má-nu.el Soares Lisboa, Ernesto Cirnelró da Fontoura Tito Chaves Barceüos, Dr. Severlno Prõbtes; Ernesto Paiva, 0:io-fri* da Fontoura, João Bustian o Albino Pereira Pinto, afim de dirigir os feste-jos da roceiiç.áo.
Foi resolvido quo fossem communica-das as resoluções tomacommunica-das pela reunião em recado telegraphico ao chefe armador Silveira Martins e ao leader da maioria liberal da câmara temporária conse-llieiro Maciel.
Estando assim terminado o assumpto da reunião, propoz o cidadão C. v. Koserltz uma enthiisiastica saudação no nobre visconde, que foi estrcpitosatnsnte acompanhada; o Sr. visconde ergueu um viva ao partido liberal do Rio-Grande e o Sr. Julio César Leal ao illustre chefe do partido, conselheiro Silveira Martins.
Dissolvoti-se a reunião ás ?! horas.
-.¦•_>;¦_ r___gr.'t__tK__„ ¦i______i_>_2__?BT_,-r'A,^'j*:'tlW mais importantes ceutros de
ircnr''-3ffff^*_tty^ iggjl___*!ll____
Os artigos enviados á redacção não serão restiteMoa aiuda
• ", que não sejam publicados
O paquete nacional Jtto Paranê saha hoje paru oa portos do Sul, ao maio-dia e não ás 10 horas como foi anmmciado. O ministério da agricultura mandou pagar na seguintes quantias :
De 5908, importância dos voncimentos quo no mez último tove o pessoal da secção da movimento da inspectoria ga-rui das Terras e Colonlsaçio. ¦¦
De 8;R0!)8õ'í0 a diversos, poi' materiaes o outros objectos fornecidos cm julho ul timo, para differentes serviços que se acham a cargo da inspectoria geral das obras publicas.
Do 4230*70 á companhia Brazileira tle Navegação por vapor, da passagem de um imaiigrantcem julho ultimo.
De 28:5188450 aos empreiteiros do pro-longamente tia íerro-via D. Pedro II, pólos trabalhos executados cm agosto ultime.
De G008 á companhia Tolephonica. do aluguel dos apparelhos que se acham ao serviço da inspetoria das obras publicas, correspondente nos mezes de abril a ju-nlm últimos, tendo sido multada em 1808000.
Hoje será olícrecido, a bordo, ao Sv. Dr^ Galdlno Pimentel, pelos lautas o aluríiiios da Escola Polytcchnica nm rico álbum de velludo. Estará á disposição dos amigos que queiram acompanhai-o uma barca da companhia Ferry,
ROUBO KA THESDIjiUnU DE PORTO ALEGRE
Proseguem em Porto Alegre 113 dili-genoias para a descoberta ilo auetor ou auetores do aiulacioso roubo na thesou-raria do fazenda.
Ultimamente, um pedreiro que con-cortava o telhado do edifício, oncontrou entre 7 e 11 metros distante da gaiuta os seguintes objectos;
Uma serra de volta com 45 centímetros de comprimento, uma chave de parafü-sós, 1 lima murça, meia cana.nova," gran-do, 5 limas pequenas, 4 ditas menores, 3 brocas, 3 limas murças chatas,lbraço de púa, 1 verruiua grande, nova, 3 pães, estando dois d'alUs abertos, cheios do salame.
Estos objectos foram cotios recolhidos. A requerimento do promotor publico, Dr. Miguel Dutra, havia-se cffoctuudo uma nova vistoria no edifício e forro da casa, servindo de peritos os Srs. Drn. Henrique Cliristino da silva Guerra (pre-sidente), Ign.icio do Alencastro Guimu-marães e Manuel Theôphilo fiirrétò Vianna, o primeiro, eugonhoiro da es-trada do forro, o os dous últimos, da Escola Militar da provincia.
Sobre o resultado d'esse exame constou ao .foniaí dó Commercio, que os proíls-sionáes discordaram da opinião omittida pelos primeiros peritos, achando natural que 03 ladrões penetrassem pelo forro, subindo pela parede, onde encontraram vestigios de pe's calçados com sapatos da borracha.
Pelo balanço a que se procedeu 110 cofre' da ihosourarhi, voriflcou-se que a falta encontrada monta a 32*1:7018588.
Foi preso ante»hontem, ás 2 horas da tarde, no largo dos Leões, om Botafogo, Manuel Josrí Rodrigues, um dos celebres gatunoB de torneiras de metal, nm cti.io poder foram encontradas duas d'estas e 2*2 chaves diversas, 48500 e nina nota indicativa do numero da casa da rua das Palmeiras 2 J, que elie pretendia assaltar, segundo confessou.
Tendo sido preso em flagrante, o Sr. Cavalc.inti de Albuquerque, subdelegado da LagOa, foz lavrar o competente auto, mandando recolher o preso á casa de Detenção, afim de proceasal-Q.
Sob proposta do Sr. subdelegado da I/igOa, foi demittido do lo.;ar de es*-crivão o Sr. João Maria de. Almeida
Ti-pela qualidade dc seus membros, Oglnoco, *• nomeado o Sr. Josó Marque» de
vastos s-.dões do palácio do Sr. visconde | Azevedo Junior. iSStãrftm üttcralmente ropletos, quando!
a illustre senador levantou-se o declarou j fim da reunião nos seguintes lermos: a O vico presidente arbitrário c inepto "que infelizmente administra a pro-vincia procede de modo qne nos impl go dever imperioso de fazer-lhe opposição
luuc corresponda aos seus acto3.*
Julguei por isso que vos devia con-JT/idar para esta reunião, cen o Cm de l combinarmos no que devemos fazer, I iretnbrando os meios que [devemos
em-íegar",
Desmentiríamos o jui/o honroso ('nc fai desta provincia, se não proceder-is, como nos tleve aconselhar o nosso
triptismo e dignidade, '¦'spero,
pois, ouvir a vossa opinião a depois acceitarmos o que for
re-vido 'pela maioria, quçsirâ
segura-ato aeeríado.»
oi convidado o cidadão C. v. Kose* para servir de secretario
PROJECTO DE PROPAGANDA
Na ultima sessso da directoria da So-ciodade Central de Immigração, o Sr. Saturnino Cândido Gomes apresentou, como meio dc propaganda de emigração para o império, um projecto de exnosi-_ões 11a Europa, de quadros a oleó re. presentando as principaes cidades do Brazil, núcleos coloniaes e outros pontos importantes do nosso interior; mappas tias províncias marcando visivelmente cidades, villas, rios navegáveis, estradas de ferro o de rodagem, teíographos, núcleos coloniaes, terras devoiutas etc, et';.; tudo acompanhado de um folheto Oi informações, escripío em linguagem ao alcance tle todas as Intellígoacias.
Depois do feitas as exposições nas prin-cipaes cidades do continente .europeu, serão 03 quadros reproduzidos pelo sys-t6_a*tjde oleograpbia e distribuídos pro-secretario leu o seguinto telegiAuí-i íaamenU por toda a Europa,
principal-mente nos is-niitriição.
Sendo o projecto bastante vasto e en-trando n'olle ò concurso de todas as ao-ci?dados da immigração estabelecidas no Brazil e a coadjiiyaçiío que a Central pensa solicitar do governo, M nomeada uma commissão composta «loa Srs. di-rectores Wencísláu Guimarães, Dr. Re-bouças o Dr. Kmifs de Souza, para estu-dal-o e dar parecer.
Realizam-so amanhã no Prado Villa-Isabel.
¦randes corridas
ALMANAK DA GAZETA DE NOTICIAS
PARA 18SG T1UA__AS SO.OOO Vni eaiírat* ti» prelo ewto Al-emtaiaiilk, t-nju íãiwí.i-âíHiU.-uo so _it*áoata SS!!'«<5oeos»a*eaiieaiiBanii>. _' euti» iiltatftaaaaíx n-'i !t?.**5i,ai<»fi!-i«> o aJvfOíjuso a>a*íia>B*<"2w*ta*í!>-!ai-«»no itctí», <) ||)OB' 3;;»i.-> !Ulc*-*li>ao a>«((ac*9!lt» «iss <;aao o» aattasiBicia»-hu«> atirai» tt-fcSn.
85«»<r«llBt»an-!*i«r! nn »¦"*»« <3o OuvS-«lot» 11. -ro.
Foram a-tonorados os agentes do cor-roio Francisco Carlos Ladeira, da ci-dade do Pirahy, e Antônio Josá do Paiva
e Uva, da Barra do Piraliy. provincia
do Rio da Janeiro ; e nomeados, para o primeiro logar, Josá (Jhrjslirio Caple, e para o segundo, Jesuino Machado da Cunha.
Da loteria do Recife, extrahida hontem, tomos noticia, por telegramma, dos se-guintes piemios: 3'48 Zi: 0008000 3582 8:0008000 ÜJ9 2:0(H)8000 437 1:00031100 611... 5008000 3?70 6008ÍH10 218 2008000 449 2008000 017 «008000 30?4 S008000 3386 2008000
Todos os números terminados em
2, S e 9 ostão premiados com 20SOOO.
279 1005000 373 1008000 509 100S000 824 1008000 1014... 1008000 1142..'... 1008000 1397 1008000 2216 10O.SOÓ0 3004 1008000 4105 1008000
Remetteu-.se » secção de justiça tio Conselho dò Estado, para dar paroeer,
sendo relator o líxm. Sr. viscondo de Paranaguá, os impeis relativos á creaçüo da mais um ollicio da escrivão de auséu-tes uo municlnio noutro.
tlwriiciimenlos despao.liailoo prilo ministério da
justiça; . .
Joaquim Mililío ile Olivoira Motta.—Requeira ao clmíi* 'lü policia.
I'i*!íi ila marinha :
Aiiloiiio Josn ilf. Carvallio, pcjin.lo lioemja para construir uma cereail* rie peiso na Jiiriijiibk.—He-(pisira k caiimr» íniiníciiul.
João Ewerlon ila Mira Cssiro.—liittreíiuini-se ás ilocumenloi, mediante recibo.
IVIo 1I.1 aiiticulliira:
Comiunliia Itio 1I1* Jaiitlr.» Cilj- Improromsnts, re-cbrrenilu ilfJtlõapuclio qno ínnnteve a multa iinpoela pôr Ii.irer Itnicailo ns ipulíilíii lecnsi ao inar 5i*m ileiliileccio 11a noitfi àe 10 puni il dc juulio do corrento'anno.—.Dlg» a parle hiteínssadl 110 prazo legal! Um IS ile sclenitiro de 188'i.—O relator, Affmiso Cilp).
Coininonilãdor José Pinio deOIiveita, empreiteiro de ohrns do prolongamento da estrada de forro I). fcilro 11, rccórronilii do deipaclio pelo qual fui confirrriado o neto do enscnliein) em cindo ijue iiiandini proceder á nova classilica';ão de oliras en-Iroguos, para servir ilo liaso tle calculo da conla fiíul.—Vista .1 parto 110 prazo le(jül. Km 1 do oulu-bro do 1883.—Affonso G:/s».
Antero Augnsío do Atcsrpiila, tolégrtpbula de 3* classe.—Selle o requerimento.
Foram demittidos Luiz Joaquim da Costa e José Joaquim do Almeida Bastos Filho; dos lugares de collectores geraes, aquelle do município do Magé e este do de Mncacú; sendo nomeados, para o primeiro dos referidos lugares, João Capistrano Oomes do Araújo, e para o segundo, José da Costa Ramos.
Suicidou-se hontem,anforcando-se com um baraço, que amarrou em uma ban-doira da porta da latrina em sua resi-.'encia tia rua do liiaehuelo n. 93, o Sr. Carlos Ilayn, conhecido commerciante (Pesta capital, de 54 annos de idade, allernão.
A familia do Sr, Hayn estava hontem na Tijuca, achando-se elle só om casa. Deixou tres cartas, uma dirigida em nllemão ao seu irmão, uma pequena cm francez para sua mulher, escripta a lápis, e uma outra aberta sobre uma mesa a sem direcçao.
Carlos declarara npesta ultima que punha termo aos sous dias por causa dos atrazoscommerciaes que tinha de dezoito mezes para cá.
Compareceram no logar o Sr. Hermann Hayn, irmão do fallecido, o Or. Souto Mayor, 2' delegado de policia, o Dr. Thomaz Coelho, a auetoridade local e o com mandante da 10' estação policial e
mais pessoas.
Foi nomeado, por proposta do director engenheiro chefe do prolongamento da estrada de ferro do Recife ao S. Fran-cisco, secretario da mesma estrada o escripturario da 1* divisão Manuel Ju-vencio de Saboia.
BÁRBARO JNFANTIÇIDiq Maria Magdalena, uma "polira crian-cinlia de vinte mezes, foi victimit da brutalidade de seu próprio pai, Antônio João ile Ramos.
Est?. fera, que residia cm — Águas Verdes — termo de Cnrityba, espancou a Infeliz criancinha com tanta bruta-lidade, que lhe cansou a morte.
Segundo declarnçOea dão testemunhas que tlepirzeram no inquérito, João de Rumos, casado ha tros annos com Elisa Maria Rosa, promettera, antes de nascer a criança, que a mataria sn fosse mulher. Foram dadas as providencias para captura do indiciado.
A freqüência tia liililiollieca do ítcítíIo, durante 21 dia« n 21 noites do moz do setembro lindo, foi dc 316leitores, 164 militares o l.'i2 paisanos, qne cou-sullarahi 119 obras cm „"! volumes, sendo 119 ora porttiglieü e 26 cm francez, 107 jornaes, o revistas nacionaes c estrangeiras e diversas estampas, inap-pas e alias geograpliicos.
O portuguez João Alves Gomes foi encontrado cabido na ladeira tia Madre dc Deus, hontem, ás 'j horas da manhã, tendo tres ferimentos na cabeça.
Sendo interrogado pela auetoridade respectiva, declarou ter sido oflendido por um indivíduo, douo dc uma taberna existente na rua dos Andradas, esquina da de S. Fedro.
Gomes foi rcmettido para o hospital .Ia Misericórdia.
Houve liontem conferência do tribu-uai da Ralação, presidida polo Sr. con-sellieiro Aquino e Castro, sondo secre-tado oJSr. Dl*. Esposei.
Foram julgados: Aggravos de petição 113. 5001, uão conheceram do aggravo por não ser caro d'clle; 1995, deram pro-vimciito ao aggravo para muntiu' quo o juiz « rquá rofcrniando o sau despacho, receba a appeUaçao ém ambos os effei-tos; fiOO.?, negaram provimento ao ag-gravo.'
Aggravo de instrumento 11.445, nega-rarn provimento.
Recurso c)'me n. 1807 de Nictheroy, negaram provímentb 30 recurso.
AppellaçOcs crimes ní, 1812, julgaram
improcedente a appellação; lSoo o l**97. confirmaram as sentenças nppclladas ; 190G, mandaram submetlor o rdu ánovo julgamento.
Appcllnção eivei n. 528t, confirmaram a «entotiç.i appollada.
Habcas-cnrpus 11.¦ .420, pacientas Tíoli* clniio Moreira o Oeorgeti, impeiranio o advogado Luiz Carlos Frtío» da Cruz: adlou-se o |uigamont.o do habeas corpus para a sessão dc 10 .do-oorrent*, exi-gitído-se do cheio de policia da previa-cia novos esolarecimentos o diligenprevia-cias. Chegou hontem do- Santa Catharina o Sr. Dr. Antônio Lara da Fontoura Palmeiro, ex-presidente d'aquella pro-vincia e redactor da Reforma, do Porto Alegre.
Ante-hontem, ás 101/2 horas da noite, Joaá Pinto Pereira e Faustino Manuel Vieira, ao passarom pela rua de S, Leo-poldo, foram traiçoeiramente aggredidos por uns indivíduos desconhecidos, restil-tando ficar Vieira com um extenso golpe da navalha nas costas e Pereira com um ferimento no pescoço.
Os oíicndidos queixaram-se tí auotori-lide respectiva, que os mandou medicar em uma pharmacia.
Os aggrossores fugiram.
Durante o mez de setembro foi ti uibliolliccá da eacola Polylocliiiica frequentaila por ;i02 leitores, quo consiillamn ',,')i obras cm 393 volumes sendo om: Maihcmatica 124, sciencias physicas e naluracs 01, óngenliaria civil 71, dicolonarios 33, jornaes scleollileos ll. em'porttag_e 18, em fraiideã '.172, e cm inalez IS.
Foram concedidos tres mezes de li-cença, com vencimento na iCírma da lei,' ao itdminintrador das capitazlas da. ai-fandega do Santos, Manuel Luiz Fer-reira, para tratai" de sua saúde onde lhe convier.
— Pi'orogou-3o por 00 dias, nas mesmas condições e para fim idêntico, a licença om cujo go/o se acha n oflicial do des-carga dn alfândega do Rio Orando, José Bernardes da CuiiIir.
SOCIEDADE DE IMMIGRAOÃO.DE PARANAGUÁ'
Apenas chegado & cidade tio Para-DRgutf, o Sr. Dr. Tatinay, presidonte da provincia do Paraná, convidou as possoas mais gradas o conhecidas pnra uma conferência á noite, no Club Lltterario. Com eflaito, roalisou-se cila perante nu-moroso auditório, o, depois de um dis-curso de mais de hora, interrompido por muitas palnms o vivas manifestações, S. Rx. installou a Sociedade do Immi-ração do Paranaguá, inscrevando-se o soeios quasi todos os que sa achavam presentes.
A directoria fleott composta dos se-guintes cidadãos, som duvidai alguma importantes o rapazes de bem desempo-11 liaram o patriótico compromisso quo chamaram a si:
Presidenta, viscondo da Nacav; vice-presidente, Antônio F. de Santa Rita; 1" secretario, Presciiiano Correia ; 2* se-cretario, Theodorleo dos Santos; the-souroiro, Adolfo lltllimann. * Comprlmentamos cordinlmonte esses-digno» cavalheiros, aos quaes poderá a provincia do Paraná dever grandes bo-naflcios.
O Sr. fltlnistro da agricultura extin-'' guiu n commissão de medição e discri-mlnação ds terras 110 município de Ara-ranguá, em Santa Catharina, composta dos engenheiros Franeisco Forroira Montes (chefe) e Arthur de Alencar Ara ripe o do agriniensor Antônio Carlos Ro-drigues Lima.
IS
Resumo dos prêmios da 3' 10' loteria da provincia das extrahida hontem: parta da Alagoas, 3340 100:0008000 10235.. 1201.. 5010.. .5714.. 892*.. MS02.. 359.. 439.. 5G4 2004 2170 £070 20:00080001 1331.. l-OOOfiOOO 10:0008000| 4203.. ItOOOfiOOO 2:0008000 113185.. 1-000R000 2:0008000 | 1478Õ.. 1:0008000 _:00080ii0 ) 15504.. l:0O0WO 2:0008000 15980.. 1:01)08000 1:0008000 | 1S506.. 1:0008000 1:.0003000 | 10542,. 1:0003000 PRÊMIOS UE 500300O 4539 11474 - 13G70 15903 4970 12S77 13S27 17223 70í« 33555 15470 18550 7601 13580 15770 19519 APROXIMAÇÕES 3315. 3347. 19254. 1 6758000 6758000 2:0003000 | 19256. 2:00!lf!f!00 | 1200. 1:0008000 | 1202.
O3 números de 3301 a 3100 ostão pre-miados com 200,"00O.
* Os números dc l!'í01 a 19300 estão pre-miados com IOO.-ÍJOd.
Os números de 1201 a 1300 eslão pre-miados com 50g000.
Todos ós números terminados em 40 estão premiados com 1008000.
Todos os uumeros terminados cm 6 e 5 estão premiados com 208009,
Passou do cruzador Almirante Barroso para o Trajano o capitào-tenentc Josá PoiTirio de Souza Lobo o do cruzador Trajano para o oncou ruçado Solimôes o capitão-tenente Francisco Ottoni da íjiiva.
Falleceu ante-hontem o alferes do 10' batalhão de infantaria Alfredo de Almeida, natural da provincia do Rio Orando do Sul.
O seu cadáver foi hontem dndo á se-ptiltura 110 cemitério da S. João Baptista, tendo comparecido ao seu t-ahimento muitos amigos e camaradas do finado. Seus companheiros depositaram sobre o esqnife duas coroas como demonstra-ção dc saudade.
As honras fúnebres foram prestadas por um contingente do 10' batalhão de infantaria., '
O Instituto Histórico nomeou os sócios Drs. José de Saldanha da Gama e Au-gusto Victorino Alvos do Sacramonto Llake, para assistirem em commissão ã missa, do 7' dia, t"Je se rosar por alma do consocio Dr, Antônio Ilenriquos Leal.
Foram lidos ua rapella Imperial, 110 dia 27 de setembro, os seguintes proclamas de casa-mento:
.losó da flociia com .Maria Corroa Pailicco. João Augusto Borges cem Antonia Ferreira dá Cruz, 1'aiiliuo Ilibeiro dos Santos com Albina .Maria da Conceição, Antônio I.oiirenço da Silva com Fran-cisca da Silva Monteiro, Podro Antônio Alvos com Craciana Pereira üa Silva, Galdlno Carnicaiili Pc-rena da Silva cora Maria José Pereira Brai, João Manuel Alves oom Francisca Joaqnina Corroa, Manuel Amam io Cândido iia Silva oom Cons-lança Felippa dc Olinir.i lV.ts, Albino Joaquim da Silva com Maria Conslauça dc Oliveira, Ai,tonio Pereira cem Rosalina Tcitcira, Dr. Noslor Fiou-teimo Freire do Carvalho cum Maria da Cosia Liberal, Joio Lopes Fernandes Viitas-Poas com [ Maria ltdsã da Azevedo. Francisco Salvador Mo-reira com Maria de Oliveira. Melindre, Calixlo Sc-verino Antônio Carneiro com Saia dos Sanlos, Frar.iisco Caiu Lobo oom Anseia Leão. Mauui Josd Fernandes com Cooilia Augnsla Núiioj, Ar.-tonto ila Silveira com Fausllna Cândida To^ta, Manuel do Medeiros Drilliaríte com Phtlomena Can-ilida dc Medeiros, Liudolpbo Iljsbello Corroa do. Araújo cota Eugenia Torreão, Antônio llodrigues Rebello com Julia ilosa Antunes, Manuel Bertoldo da Cunlia l!a>ios oom Victoria Ferreira dos Sanlos, Ernesto Surcin com Maimella Vieonto, Francüco Pedro Raposo com Fram-isra Julia da Conceição, Zoiimo da Silva Werneck oom Arminda Werneck Silva. Antônio do Aguiar com Maria Hiiijenia, Antônio Maria de Bnrcellos com Maria Joscplia da Cosia. Manuel Vieira de Bom com Lucrecia Ame-rica Uarreto, José Alves da Cnulia com MalliiUcs Hosa de Bacidoi ürojjorio Silrcrio com Ijinoz Francisca do Espirito Santo, Domingos Gonçalves
ciim lloiinquela do Carvalho Pranklill, Josó ThoinS i'Çi'ri'iia oom Eugenia Maria ila _ucoiç_, Matwel llmejro ilo Amaral cora Firmina Maria da On-coieao, !>|ro Labarlhe oom Kocmia Maria Fran-cisca Caiharina (.auseanv, Sebastião Vahia Durão cam li.íiiiardina ilo Oliveira Coutinlio, Josd I.o|ks 'le Mipiclra com Ilosa -Luiza da Silveira. João Jo-ies dns Neves com Maiía Pereira dÔÕnslro", ülymmo Corrêa N'ol(o oom Maria Leonor do Mi-rainla Monlcirò de ltarros.
Mandou so doseínbarcar da canhoneira Affonso Celso o maoiiiuista do 3' classe AJii-edo Bernardino Dutra; do encoura-ça,to Sete tio Setembro o enfermeiro Josó da Coata Meirelles.
ENTRELINHAS
O Diário do Brazil continua a prígar á lavoura, quo se una para.a defesa dos •seus direitos.
* So efloctivamente a lavoura anda dos-unida, não sei por que motivo ella não faz o gosto ao Diário do Brazil, que <S d'olla tão amigo.
O do Noticias conta-nos, entre outras, o muitas, e importantes, que está om vésperas de tornar-se popular na Europa o maestro Tschaikottski.
PndiSra, com um nome d'estes I Então, se elle chosasse a chamar-so chá c rosca, como parece, a esta hora já não estaria em vesporas —iicliar-hia no dia se-guinte da popularidade.
A. *i(oi(e tltt Sud traz uma série do uo-ticias, em pòrt.uguez, dos theatros de Pariz.. .
O cuidado do collega cm traduzir os nomes das peças o dos auetores foi ate failar-nos de Casomirio Delavigne.
D é que llcu bem bonito assim. O sermão,,. perdão : o artigo dc fundo do Apóstolo começa assim:
« Nas ondas encapellndas do todos os vicios onde parece submergirem-se as nações, um só moio de salvação uodero-mos encontrar, ó a verdado. »
Lá pelo meio, diz isto:
k O povo ignorante illude-se com a fôrma brilhante da erro, "deixando-se levar pelas palavras ocas da scioucia o da civilisação.,. »
B acaba nos seguintes (ermos: <*¦ Os pais, os professores cathollcos pala educação e ensiuo completem u missão do Salvador... »
O Hscaravelho ouviu que as cartas do Ramalho Ortigão, sobre os escândalos do Londres, tôm dado por dia 1J110 a mais no produeto da venda da Gazeta. Intrigante, falseia o quo ouviu, cor-tando dous zoros e reduzindo 1133000 a IgMO I
^Intrigante o invejoso 6 o que elle 6.
Ri ALTO.
O Sr. ministro da agricultura extin-guiu a commissão de iriodição e discri-minação de terras do Paraná e dis-pensou o seu pessoal composto dos en-gohlioiros Diogo Rodrigues de Vascon-eólios (tbofe) e Arthur Napoleão de Bar-res, dos agrimonsores José Nogueira Ja-guaribe o Pedro José Paulo e Silva o do escripturario Francisco de Moraes Sar-monto.
âSSEIBLÉÃ PBOÍjNCIAL
Muito sem interesse a sessão de hoa-tem.
Na hora do expediente, a propósito do parecer da commissão de obras pu-blicas sobre a estrada de ferro do Rio das Flores, oraram os Srs. Varady o IJaena, impugnando esta o projecto.
Em seguida o Sr. Bezamatfez algu-mas considerações felicitando o partido liber d pela posição quo assumiu, não impedindo quo a assembléa deixasse de fiinceionar.
Foi cm seguida approvado o proieeto quo isenta de impostos os legados dei-xados na provincia á Santa Casa de Mi-sericordia da corto.
Na 2' parte da ordem do dia o Sr. Portolla defendeu largamente o sitiisti-tutivo do Sr. Pedro Oortlilho ao pro-jecto fixando a força publica.
A discussão ficou addiada.
No dia 2(5 do passado falleceu na ci-dado do Sacramento, em Minas. Honorio Amancio de Araújo, lentlo fallecido tam-bem sua mulher D. Maria Joaquina do Carmo, cinco dias antes; esta com 18 annos do idade a aquelle maior do 80.
Recebemos:
Hisloria Moderna por Alfredo do
Nascimonto e Silva, estudante da me-(liei na.
Occupar-nos-hemos d'este livro.
Revista de Engenharia, redigida pelo engenheiro civil José Américo dos isan-tos, o 11. 122 do 7' anno.
Revista de estradas-de ferro, impor
tanto publicr" ... do engenheir
do 1° anno.
ação mensal sob a tlirecção o Francisco Picanço, o n. 9 Durante 23 dias do mez findo, foi a bibliollieca municipal freqüentada por 028 loilores. quo consulta-ram 721 obras: sobro llioolosia, IS; iurispriideiieia,45; Sciencias o arles, 270; licitas letras, 22Í); hisloria, feograpliia, vlajcns, olc, 03; jornaes, revistas, mappas, eney.-lop.-dias olc. 10C— Nas Imoiias: |ioi-itiguoza.4;)8; franceza, 253; italiano, 7; tapa-nliola, 1; latina, 2, indexa 19 e allcniã 1.
CONFERÊNCIA PEDAGÓGICA
O prográmnia para a 0' conferência pedagógica tios professores públicos pri-marios, que so ha de effectuar em do-zembro próximo, è o seguinte:
l" parte.—Apreciação" geral dos tra-balhos da ultima conferência pedago-gica.
2' parte.—1." O ensino da gymnastica nas escolas do 1* .cr;io. Seu estado actual. Meios do desenvolvol-o. Exame dos me-thodos adoptaveis e do programma a seguir.
2.' Influencia qne ú chamada n escola publica a exercer sobre a educação dos alumnos. Meios ao alcança do professor para formar o caracter de seus disci-pulos.
,1.* parte. Trabalhos práticos de pada-gogia. .
I, Direcçao de uma classe durante a conferência.
II. Explicação de apparelhos aperfei-coados que podem ser adoptadus na es-cuia pira auxiliar o ensino intuitivo.
Da commissão de melhoramentos do Rit S. Francisco escrevem-nos:
1 SanfAnmi, 9 rie setembro do 1SS5. Continuam bem os trabalhos da com-missão. O serviço, de desobstrirccão das cachooiras das Conchas, a cargo do enge-nheiro João Felix, erJá a concluir-se. O
a ai
andamento. Decorreu alli, 110 dia 19 do passado, um facto lamentável:
A' hora do almoço, quando o mestre cavouquêiro Theodoro de Araújo se
dirigia para terra, aconteceu virar o
paquete em que se achava, com mais quatro companheiros. Est_ se salvaram, mas ello desapparecou rapidamente le-das cachoeiras do Genipapo, a cargo do engenheiro Tiiemistuclos, vai em bom
vado pela corrente, perecendo antes quo tle terra llio chegassem soecorros.
Esse desastre, o primeiro qne so da na commissão depois da t^cs annos de sar-viço, impressionou-nos a todos rioloro-samente. A viotima era excellente opo-raíio o dos mais antigos no serviço..
Abaixo da lloa-Viota, nas cachoeiras do Ataquo, Fuzil o Volha Vieira, continua, a cargo do engenheiro Oaivão, o levan-tamento di planta e sondagens para o
projecto definitivo do melhoramento
d'assas cachoeiras.
Já nos vão faltando os meios pecunia-rios, e Deus pormftta que elles nos venham om tompo, afim do uão haver interrupção nos trabalhos.
O estado sanitário ébom. *>
Segue hoje para o Paraná o Sr. Dr. Manuel Eutrasio Corroía.
Em vista da reluetancia da Companhia Colohisação Agrícola, cm entregar a bagagem dos immigrantes Francisco Pe-restrello, sua mulher e tlllio, a directoria da Sociedüdo Central do Immigração recorreu ao Sr. Dr. Souto Mayor, 2* dc-legado de policia, que promotieu dar as providencias quo estiverem na sua
ai-cada.
Fallecou em Campo Bello o padre Josá Vicente CIouçalveB de Macedo.
AS ARMADAS (.ESPANHOLA E ALLEfflÃ
Os allemãos classificam os barcos da sua marinha do guerra cm navios de combato, cruzeiros, barcos para a defesa das costas, avisos, transportes, navios-escolas o barcos do serviço.
O effcctivo da sua esquadra compõe-se do sete fragatas blindadas com 85 ca-iiliões; cinco corvetas couraçadas com 32 canhões; 18 corvetas armadas, 234 ca-nhões; 15 torpedoiras o oito avisos com 20 canhões; e 10 barcos velhos, mal
ar-toados'.
Os portos da Allemanha estão gtidados por fiO corvetas o canhoneiras, ar-unidas de 60 canhões.
O pessoal compõe-se do um almirante, um vice-almiranto, sois contra-almiran-les, 30 capitães de mar o guerra, 60 capi-tãesde corveta, 200 tenentes, 360 sub-to-nentes, guardas marinha o engenheiros machiuistas, o 7,000 marinheiros. 15 um batalhão do infantaria do marinha, con-stituido do 1.200 soldados o 10 oíliciaes, commaiidados por ttin general.
Ha mais sete fragatas com 15 canliües, em via de sor armadas.
A Hespãnlia possua oflicial mento: 19 navios de primeira classe, a saber: cinco fragatas blindadas com 60 ca-nhOes; 12 fragatas dc helico com 280, e duas com 18.
17 dc segunda classe: cinco vapores, 10 do helice, o dous transportes quo podem dispor do 50 a 60 canhões.
88 do terceira classe: um monitor blin-dado com tres canhões: uma bateria íluctiMtite de cinco canhOes, 26 vapores da helice o 37 canhões; i$ canhoneiras de helice com 57 canhões ; o 12 vapores do ordem inferior.
O pessoal constada um almirante, sois vica-almirantes, 21 contra-almirantes. 60 capitães de mar e guerra, 98 capitães do fragata, 325 tenentes, 171 alferos c guardas-marinha ; 6S chefes o ofticiao3 de, artilharia ; outros tantos da enge-nheiros : á escala dc reserva, que consta de 75, entre os quaes quatro vicealmi-rantas, dois contra-almiran tes, 22 capitães de mar e guerra e 31 capitães de fr gata. 14.000 marinheiros. Tres regimentos de infantaria de marinha, comniandados por um general: quatro brigadeiros, seis coronéis, 400 oíliciaes e 8.000 soldados, que, com as reservas, podem chegar a 12.000.
Segue-so, pois, que a Allemanha tem 73 navios o 500 canhões, e com os guarda-costas 113 c 576; o a Hespãnlia 124 o 505.
Foram nomeados:
O capitão-tenonte Eiisebio de Paiva Legey,para servir na qualidade de official da escola do marinha.
O 1* tenente Aliredo Augusto de Lima Barros, para o logar de bibliothecario da marinha.
Em Assegná, no termo dc I5,igé, deu-se uma horrível scena de sangue, que o J'inn'0 de Dagô conta nos seguintes termos :
k Entre Catalino Silveira e alguns sol-dados brazileiros, es(r.c;oiiados na linha divisória, existia, de ha muito, rixa. Dous d'osse3 soldados e um cabo conse-guiram attrahir Catalino a um logar próximo do destacamento, e, sem ouvir as supplicas do infeliz, dogollaram-o. O ferimento foi tão profundo, quo alcançou dc uma á outra orelha, tendo quasi separado a cabeça do tronco.
O crimo foi descoberto e os assassinos logo presos e recolhidos ao xadrez do 5' regimento.»
Concedeu-se um anno de licença ao Dr. Josó Dias Pinto dc Figueiredo, coro-nal commãndante superior da guarda nacional da comarca do Cabo Frio, na provincia do Rio de Janeiro, para tratar de seus negócios onde lho convier.
Foram presos ante-hontem:
João Manuel dos Santos e Balthazar Villa-Nova Barbedo, por invadirem a casa 11. 356 tia rua do Hospício.
Augusto Aureliano de Araújo, por furto.
Charles Campeou, por ser encon-Irado apalpando as portas de uma casa da rua da Assembléa.
João Baptista Lopes Madeira, por ser aceusado da ter subfrahido 11111 relo-gio e a quantia de ÍOSOOO, pertencentes a um trabalhador de u na c isa em con-strucção no becco de Bragança.
Suicidou-se na fazenda tle Água
Limpa, em Uberaba, I\ Maria.Senhori-nha iíorges, disparam:.; um tiro de gar-rucha no ventre.
Miguel José Marques e José Dias
Mar-quês dirigiam-se ante-hontem, ás S
lioras da noite, para soa casa, á rua do Jogo da Bolln 11. 59, quando apparecett-lhes Manuel Francisco de Carvalho, exi-gindo d'elles o pagamento de uma dl-vida; ecomo não fosseestesatisleito,coni uma bengala quebrou a cabeça tle José o foz diversas escoriações no rosto de Miguel.
, »ÍA_ UMÈSSÕES
Na villa de S. Francisco, Bahia, fo-ram alforriados pelo íundo de
emanei-pação 03 escravos, pela quantia do
37:8008000.
O termo médio de cada alforria foi de OOOSCOO.
Durante os 2i dias ntois do moz de setembro, próximo passado, foi a bibtlollioea da marinha, fie-(pientada por:',:)'.', leilorrjs, qua consultaram 394 obras sobre: b*llss loiras IH. malliemalicas ',!>, niuriiiba-ailc rpililar !!, sciencias naturaes 7, cncyclope-dioíis 7, medicina fi. pbílósopliia 5. prologómonos fiisloricos S, religião 4, pliysie» 2, symnaslica 2, libloria moderna 2, historia antiga 1, hisloria da idade media 1, liollas artes 1, lijuràgrnpliia I, rc-víítas e jornaes 181, sondo: ua língua porlngnma 251, franceza lli", ingleza li, aüerta ll; italiano á, latina 1 e inpy 1.
Foi designado pira servir interina-mente o logar de tliesourairo da thesou-raria de fazenda de Porto-Alegre o 2* escripturaiio da mesma repartição Sr. Augusto Eugênio Wildt.
CORREIO DE FRANÇA
Pjuuti 10 do ajoslo. Ajoito, mo* itat forias.—l'ari» no campo e nas
praias.—A. provima campanha eleitoral.— O br, 1'oiry assobiado om Marselha',—0 Sr. Grtivy vai cm brovo sor snbslilnido.—Do como aiida si» cenilemuara obras d'ailo por rUacarem a morai l<uM'oa.--ljm módico (pio por 130 francos deixa morrer rama mulher o seu lilho.
Fecharam as câmaras a o presidente da Republica foi para Mont-sous-Vou-droy caçar coelhos.
Quando os jornaes mencionam estes dois grandes acontecimentos, parece que Pariz no di 1 seguinte cae 11'um pro-fundo estado de torpor, para só das-pertar no méz do ootubro... Pegue-sa 110 Pigaro, no Temps, no Pctit Journal. Acontecimentos políticos nem nm : nem um só escândalo de tribunaes ; nem um só escândalo do boulovard. Nãó surge uma única novidade litteraria ou scioii-tilica. Na academia franceza dirlicll-mento sa encontram cinco immortaes quo tenham a coragem de assistir ús sessões das quintas-feiras. O mesmo suecede com as outras academias quo formam o Inslituto...
Os theatros implacavelmente fechados. Mos que tòm subsídios do listado, como a Opera, apenas se canta o Pausto ouSigurd; como a Comédia Françaiso apenas se representa Raciiiô.
Tudo está om ferias, Quem deu o ai-final para começar a grande debandada foi o bom do Sr. Grevy. Agosto 6 o moz oflicial da deserção parisiense. Quom quizer ver Pariz, oncontrar-so com Pariz, tam de sahir do fcoulcrard, com-prar bilhete de caminho da ferro, o so-guif pan o campo a para as praias,.,.
Moz dc viUegiátttras, mez do pic-nies,
moz da regatas. Os próprios jornaes são tristes de ícr... E como não'hão de ser tristes c bem tristes, se elles são a ima-gem viva o colorida d'oste Pariz que fugiu de Pariz, para so espalhar pela província, á sombra das acácias, dos platanos, dos castanheiros, dos bos-ques com historia, ou sobre a área dou-rada de Trouville ou do Binrritz?...
A própria política tomou bilhote de L1 classe, o ell-a a traveis do França, ua jiessna do Sr. Clemenceau o na pessoa do Sr. Ferry, a organisar comidos e a organisar comitês por toda a parte. lá' a grando lucta entro o opportunismo o o radicalismo, E' a continuação do famoso duello parlamentar entre Ferry o Cia-mencuati. j»
Quem vencorál AS eleições estão an-nunciadas definitivamente para o dia 4 de outubro. Os deputados que, ha qua-tro annos (desde IS81), so sentavam nas cadeiras do palácio Bourbon, undnm agora cm corridas para casa dos elei-toros, pari que de novo os mandem á câmara. Os mesmos deputados tôm feito comp reli en der, por meio de discursos sonoros o repletos de rhetorica, quo mottem uma bala nos miolos, se os sapa-ram das cadeiras onde ha quatro annos se soiitam. Mas os eleitores d que não se deixam enternecer—e, apezar da ter em grande horror os papeis do propheta, não resisto á tentação do lhes dizer qua os opportunistas vão ser 0111 parta ba-tidos.
O assobio por muito tompo empregado nos theatros, quando um auetor tinha o atrevimento da tomar quatro horas ao publico com uma peca que não era uma obra prima, mas somente uma escan-dalosi semsaboria—vai ganhando tam-bem as massas oleiloraes. Os eleitores estlo considerando hoje os homens poli-ticos como uns simples actorc3 que salvam ou enterram uma peça. A vida do uma nação, sob o ponto de vista do eleitor, 6 uma comedia sempre'brilhante —quo 1-6 os ministros ou os deputados tornam ridícula, estúpida ou perigosa. Parece-mo queo ponto de vista é exacto e que o povo tom razão no modo como procede.,»
O Sr. Clemenceau d o grande sympa-thico da actualiilnde. Por toda a parto o escutam com admiração, o applaudom com cntliusiasmo. O Sr. Clemenceau é o orador político quo maisseaccònimoda com o espirito da nossa época. Nunca ninguém lhe ouviu uma metaphor.i, o mais innocento chavão oratório. Nunca ninguém lhe ouviu divagnçües sonoras
sobre progresso, sobre civilisação, sobra
Ií_rifti_—tres palavras que causam o delírio d'u'ina nssemblóa pen insular, quando o orador, pallido de commoção, os punhos engalfinhados nas mãos, p fura-bolos da direita tremulo de im-precações, falia na alavanca, do primeiro, na oniwff da s°eunda, na arvore fron-dosa, tí cuja sombra da terceira...
O Sr. Clemenceau, medico, am política odopta o mesmo processo seguido por elle n'um hospital. E' necessário fazer-se uma operação. — Pois bem I mãos á obra ; e o que so lia de fazer que se faça no mais breve espaço de tempo. Exemplo —a política colonial. O Sr. Ferry sd falia em futuros esplendores coloniaes. Mas o Tottkim e Madagascar são os mais in-felizes documentos do sonhado espiou-dor... o o paiz assusta-se. Ginga o Sr. Clemenceau o aconselha uma poli-tica de paz, uma polípoli-tica que apenas pense 11a prosperidade interna da nação... eopaiz sorri. E o que suecede? Assobia-se o Sr. Ferry o applaude-se e Sr. Clemenceau I
Sim, queridos leitores. Assobia-se o Sr. Ferry. Ila "tres dias partia o ex-presidente do conselho para Lynn, para tratar da nova campanha eleitoral, Sabem o que lhe aconteceu ? Uma mui-titíão tumultuosa e indignada esperava-o á sabida tle gare do caminho de ferro, o quando elie appareceu só se ouvia: «Abaixo Ferry í Abaixo o Tonlcim I » Alguns correligionários responderam: «Viva Ferry ! Viva o Toukim ! » Enião o tumulto lomou proporções do vertia-deira batalha ; o carro om quo ia o Sr. Ferry era alvo do assebios e da pe-dradas; e á hora cm que lhes escrevo, se Ferry ousa fallar diante d'este povo de Lyon tão martyrisado pela crise financeira e industrial, estou certo que o commicio ha do ser tão faltado como aquelle ceiebro de Iüelleville onde asso-bifiram Gambetta...
SJmeute receio que o Sr. Ferry saia mal do combate, se ousa affrontiir um nieetingem Lyon. Diante de um publico tomado de indiguação ou disposto para a troça, não hasta a finura de um hábil parlamentar para acalmar essa multidão desvairada o perigosa, E' necessário ter bastante sangue frio para dirigir uma apnstrophe, ó necessário ter coragem para atirar com um insulto ao auditório no momento preciso—é necessário fazer como fez Gambetta, que, depois de ter chamado ao publico um abando de escra-vos éhrios I »... o ameaçou com a sua bengala da canna da índia !...
Da campanha eleitoral do dia 4 de outubro vai necessariamente sahir ai-guuia cousa d'imprcvisto para a vida da Republica Franceza. O3 espíritos mais lnciiloG estão d'accordo cm que hão pode haver meio termo. Ou triumpho abso-luto dc radicalismo sobre Oúnportuniuno, on vice-versa. A França, a Ffiinípconi-marcial, industrial e agrícola, deseja uma cousa dilTerente d'nquillo que hoje se passa. O síaiii </iio não lhe é sympa-thico; é-lhe mesmo prejudicial. Sonte-se que falta alguma cousa na vida da nação e que este «alguma-coiisa» só poda vir depois (Fuma forte reacção po-litiea.
Será Ferry o vencedor, com os sons pro.jcetoa o às suas tlieorias de política colonial? Será Clemenceau, com o seu orogramrna, onde se condemna toda
e qualquer aventura pnra além da» 1 onteiras. onde so insta apenas na twiqml idade e prosperidade internas ?
Chi Io sat
iQ que nus todos sabemos ó quo a ¦'a-iça pouco aproveitou
com estes quatro annos de sessões parlamentares; Í ,(i-i ,a Fl'nn?'a deseja outra cousa mais ' «unida outra política mais enérgica; um parlamento quo s riba votar o da-ciotar: ministérios quo se saibam im-por, q»e nuo cuiam desastrosamente) como cahiu esto ministério Ferry — quando em Inglaterra Qladstone se sama perfeitamente sustentai" 110 podor dopois dos terríveis desastres do Sudaiu Depois das eleieScs do dia 4 de outu-bro, a França vai pensar na eleição de um novo presidente da Republica, pois quo vão concluir em breve os sete annos do governo do Sr. .Tules Grdvy.
Do novo a França se encontrará diante ue uma enorme diííiculdade. Segundo todos os boatos quo ultimamente tòm corrido, o Sr. Grevy não rcaccaitará a presidência; no caso em que lh'a oíla-reçam. O actual presidente acha-sebas-tante fatigndo o a sua idade avançada nao lhe permitte continuar com as res-ponsabilidades que hoje tom. E a prova, que olle renunciará ' a qualquer insis-tenda dos grupos políticos o que se está terminando 11 toda a pressa um palacete» para os lados do Troeadero, para and* ha do entrar o Sr. Grdvy, apen ,s tenha expirado o ultimo dia da sua estada no Elyseu.
Quanto a conenrrentoa á presidência, por emquanto ainda não ha um unico. Pensar que o mais modesto logar da empregado publico quo vague om França faz despertar o por em alarmo varias centenas do mancebos ha pouco douto-rados a vários milhares da pais de fa-milia:—e quo vaca um logar que tem 500 mil francos só para despeita do rc-presontação, e que ainda ninguom ousou apresentar-se VI... Decididamente ou s cobiça d uma palavra vã, que se deve riscar dos diecionarios, como .tmor » Modéstia, (quem ha por esso inundo quo tenha o atrevimento de dizer qua é mo-deslo ? I )—ou a simples cadeira de um, presidente de republica 6 um logar du auppiicio capaz do í.izer esquecer os «azeites a forver» e os x chumbes der-retidos b da inquisição.
Ainda ha dois annos se failava cm dois homens que estavam docidldoe a marchar para o martyrio com passo firmo erosoluio—como sa vô em certos dramas recommandadea ao publico pelas suas qualidades moraes. Esses dois ho-meus. asses dois valentes—eram o Sr. Ferry e o Sr. Brisson. Mas, como o Sr. Ferry com as quostões do Tonkim deu provas do que era um martyrda quinta espacie, o como o Sr. Brisson praticasse* a fraqueza de organisar um gabinete— n'este momento rareiam os preten-dentes.
Ha pouco o parlameuto discutiu um projecto da lei qua tinha por flm abril om credito aos governos, paru darem uma somma do... a cada casal que apresento á faço da Deus è do» homens nada menos do sote filhos. Ora, o pri-meiro cuidado da nova câmara devo ser —na minha humilde opinião—o da votar um prêmio assaz convidativo para o homem desprendido da vida, das trufas, das mulheres bonitas e do vinho da Cliampagne.... que ao suicídio prefira» presidência I
A nota cômica chega-mo agora do tribunal do Sena. Um romancista acaba do ser condemnado em quinze dias de prisão o MfiOf} do "multa, por ataques & moral publica. O romance quo deu origtíin a esta perseguição intitulaví^w Cltaise Malle. Era seu aucloro Sr. Paulo Adam a o livro fora prefaciado pelo Sr. Paulo Alexis, um dos biographos do Zola.
Qua o procurador da Republica chame um'auetor aos tribunaes, poiquo leu o seu ultimo romance ou o seu ultime poema e achou quo o artista so com-prazía muito mais em cantar os peitos tle Venus do quo ns virtudes da Senhora Santa Tliereza—pouco me aurprehendc. O que mo espanta ó verunvaqncstffr— litteraria resolvida por um jury com-posto d'um camiseiro. dous negociantes da vinhos, um fabricante de dedaes, um vendedor por grosso de botões d'osso para ceroulas, etc...
Com que direito ,i que e?te jury coiir demna um romancistaa 13 dias de prisão e a 8608 dc multa ? Com que direito ô* que um negociante de dedaes e agulhas para machinas de costura vem dizer hoje qua é immoral o romance do Sr. Paulo Adam, e irá dizei' amanhã que ó immoral um romance de Daudet ou de Zola ?...
Imaginem que amanhã o meu cami-soiro me illude com uma duzia de cami. sas, na qualidade da fazenda e na su» confecção. Que o chamo aorj tribunaes, porque me roubou no panno das fraldas e dos poitilhos. Que o chamo aos tribu-naes, porque, ao enfiar a primeira, a se-gunda.... e todas as camisas que lho comprei, uma a uma se descozeram e desfizeram—faltando eu por esse facto a um jantar ministerial, onde se liavia de decidir a minlia nomeação da governador geral (1'Andorra... U imaginem que esto fraudulento camiseiro tem a fortuna de tar jurados d'_ta categoria: Dumas filho, Zola, Daudet, Feuillet, Augier, Richepin, Copóe, etc.
O que faz o camiseiro?... Reclama um collega na arte de talhar fraldas—o dá o jury por incompetente I
E um'romancista tem de se snjoitai ao vcredictiim de todos os camiseiros de França, de todos os vendedores de viiihc c do todos os fabricantes dc cerveja, o de cumprir 15 dias de prisão o de pagar 3608 de multa—porque aos olhos (Testes senhores o seu livro ataca a moral publica I...
Os disparates que em todos os tempos so tem praticado, querendo ver nas obras (farte ataques a moral, são incal-culaveis. A asneira humana, u'estc ponto, não tem limites... Desde a ,lfu-dcmoiMle Maupin de Tliaopliüo Gautier, esta jóia do romantismo, atd á Chaist Molle do Sr. Adam , passando pela Miidume Dovarg da Flaubert, a obra prima do realismo, e pela Chauson da Guciiv de Richepin— quantos disparates, quantas burrices, quantas iudoceiicia* se não tem praticado om nome d'ura» moral, que afinal ainda ninguém soube t]eflnir.
Em que ponto d que a obra de arte deixa de ser moral o começa a ser ob-scena ? Pelo facto de todas as mulheres, que entram ua galeria do Louvre volta-rem a cara para o lado, quando deparam
com a Kòrmesse de Rubens, a Kermesse 6
obscena?.... Se amanhã oflerecercm ao mesmo camiseiro, qua condemnnu a 15 dias de j.risão o auetor de Cliaise Molle, um d'estes quadros de Teniers, onde ha a um canto, curvado, dc cestas para o publico, o bebedor dc cerveja, na atti-tudo de quem satisfaz uma necessidade imperiosa.., o camiseiro ha de recusar nobremente a tela — o preferir-lhe uma óléográpiiia representando dous pombi* nbo.t'a bicnreíu-se sobre um telhado! Será por este facto Tertiers um immoral: o os pombinhos, bicando-so, um exemple de castldude? ...
Jioral! moral!—rrfòral do camiseiro í que tudo '«to ai Moral"iiypocrita, moral jesuíta, mor.'*! obscena, moral immo-ra!!.,. líu pão conheço nada maisim-moral que esses theal*"0S de drama e dramallião, onde o publicf. cela altura do 3' acto desanda n'uqia choradeira cerrada, que dura todo o resto da noite. Vejam oem esses dramas, o digaa» me-qual óo primeiro que cão gy**»
