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Escola Superior de Tecnologia do Barreiro Instituto Politécnico de Setúbal (ESTBarreiro/IPS)

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Escola Superior de Tecnologia do Barreiro

Instituto Politécnico de Setúbal (ESTBarreiro/IPS)

Relatório de Monitorização 2011-2012

Mestrado em Construção Civil

RESUMO

Dando continuidade aos Relatórios de Concretização do Processo de Bolonha, realizados durante os anos letivos anteriores, o Instituto Politécnico de Setúbal, decidiu prosseguir com a realização de relatórios ao nível dos Cursos, das Escolas e, também, ao nível do próprio Instituto, encarando a realização dos mesmos como uma componente de particular importância para a melhoria contínua do processo de ensino-aprendizagem da instituição, bem como de outros processos que dela fazem parte. Nesse âmbito, o presente Relatório de Curso inclui informação sobre as mudanças operadas, nomeadamente em matéria pedagógica, no sentido de uma formação orientada para o desenvolvimento das competências dos estudantes, organizada com base no sistema europeu de transferência e acumulação de créditos (ECTS). Adicionalmente, o relatório inclui um conjunto de informação e de indicadores sobre o Curso de Mestrado em Construção Civil, cuja importância foi considerada relevante e que surge na sequência da necessidade e do comprometimento que a instituição tem vindo, progressivamente, a assumir relativamente à disponibilização pública de informação atualizada, imparcial e objetiva, sobre os seus cursos e graus.

PARTE A - CARACTERIZAÇÃO DE COMPETÊNCIAS DESEJADAS

O curso de Mestrado em Construção Civil tem como objetivo conferir uma especialização nas áreas da Construção e Estruturas de natureza profissional, aprofundando, desenvolvendo e profissionalizando os conhecimentos adquiridos ao nível da Licenciatura.

O Mestre em Construção Civil formado na ESTBarreiro/IPS possuirá competências profissionais ao nível da conceção, coordenação e execução, sabendo propor soluções tecnicamente adequadas e economicamente viáveis para problemas em situações novas e complexas — com informação limitada ou incompleta e em contextos alargados e multidisciplinares —, através da aplicação dos conhecimentos adquiridos e da inovação, refletindo sobre as implicações e responsabilidades éticas e sociais e sabendo comunicar as conclusões e os conhecimentos e raciocínios a elas subjacentes de uma forma clara e sem ambiguidades, quer a especialistas quer a não especialistas. Em paralelo, procura-se desenvolver a capacidade de autoaprendizagem e autodesenvolvimento do estudante, de forma a possibilitar a atualização e o alargamento das suas competências ao longo da vida.

O curso de Mestrado em Construção Civil oferece duas especializações, Construção ou Estruturas, tendo como objetivos gerais conferir competências para:

• Gerir, dirigir e fiscalizar obras de Construção Civil;

• Elaborar, coordenar e executar projetos de estruturas de Engenharia Civil; • Fornecer assessoria técnica a empresas de Construção Civil e Obras Públicas;

• Intervir ao nível das estruturas autárquicas, na instrução de processos, no acompanhamento, análise e fiscalização de obras e projetos;

• Liderar ou integrar equipas multidisciplinares; • Criar e gerir empresas de Construção Civil.

Tendo por base os trabalhos desenvolvidos por uma equipa de docentes e investigadores do IPS, as competências a adquirir pelos estudantes podem ser divididas em:

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• Transversais – comuns a todos os estudantes do Ensino Superior no IPS ou a um conjunto alargado de estudantes que estuda numa dada escola do IPS, sendo classificadas de instrumentais, interpessoais e sistémicas;

• Específicas – as que dizem respeito a um conjunto de saberes específicos subjacentes a uma profissão ou área profissional;

• Complementares – são, normalmente, de escolha pessoal, podendo não fazer parte do plano curricular formal, sendo opcionais.

No Anexo 1 apresenta-se a lista das competências gerais e específicas que se pretendem adquiridas pelos estudantes do Mestrado em Construção em Engenharia Civil.

PARTE B - CARACTERIZAÇÃO GENÉRICA DO CURSO

O Mestrado em Construção Civil da Escola Superior de Tecnologia do Barreiro do Instituto Politécnico de Setúbal (ESTBarreiro/IPS) iniciou o seu funcionamento no ano letivo 2009/2010. A estrutura curricular do curso foi concebida e organizada em 2 etapas bem definidas. A 1ª etapa, que coincide com os dois primeiros semestres, é constituída por unidades curriculares de várias áreas da Engenharia (Estruturas, Construção ou Geotecnia) e pretende dotar os estudantes de conhecimentos aprofundados e especializados sobre temas complexos das áreas referidas. Na 2ª e última etapa, os estudantes escolhem a especialização que pretendem, de entre os ramos disponíveis (Construção ou Estruturas) desenvolvendo competências de ordem técnico-científica através das unidades curriculares da especialização e complementadas com o desenvolvimento de uma dissertação. Esta dissertação poderá ser uma dissertação convencional de natureza científica ou um trabalho de projeto ou um estágio de natureza profissional, originais e especialmente realizados para este fim, objeto de dissertação final, consoante os objetivos específicos visados.

Parte B1 - Estrutura do curso

Em observância ao disposto no Decreto-Lei nº74/2006, o curso de Mestrado em Construção Civil foi concebido com vista a aprofundar os conhecimentos adquiridos no 1º ciclo, de modo a permitir a base de desenvolvimento e/ou aplicações originais com uma primeira introdução à investigação. A aplicação dos conhecimentos e capacidade de compreensão e de resolução de problemas complexos em situações novas é explorada e desenvolvida, com tónica no desenvolvimento de capacidades próprias de autoaprendizagem ao longo da vida.

B1.1 Caracterização da Estrutura do curso

O curso de Mestrado em Engenharia Civil corresponde a 120 créditos e uma duração total de 2 anos curriculares (4 semestres), em conformidade com o disposto no artigo 18º, n.º 1, do Decreto-Lei nº 42/2006. A sua organização compreende:

• Um curso de especialização em Construção ou em Estruturas correspondendo a 78 créditos, no qual o estudante adquire competências técnico-científicas tendo em vista a profissionalização;

• A realização de um estágio em ambiente laboral ou de um projeto, conferindo competências profissionalizantes e apoiando a integração no mercado de trabalho, ou a realização de uma dissertação de natureza técnico-científica, desde que devidamente enquadrada (e.g., integrada num projeto de investigação em que participem docentes da ESTBarreiro/IPS), correspondente a 42 créditos.

O primeiro ano curricular é comum e inclui quatro unidades curriculares semestrais de cada uma das áreas de especialização, bem como duas (escolhidas de entre três) unidades curriculares semestrais cujo objetivo é conferir necessárias competências transversais em Engenharia Civil. O segundo ano é

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integralmente constituído por unidades curriculares da área de especialização: três unidades curriculares semestrais e um estágio/projeto/dissertação, de duração anual.

B1.2 Áreas Científicas

As unidades curriculares do curso de Mestrado em Construção Civil estão distribuídas pelas seguintes áreas científicas:

• Construção e Reabilitação – CR (Unidades Curriculares: Conservação e Reabilitação I, Conservação e Reabilitação II, Qualidade e Economia na Construção, Materiais de Construção II, Construção Sustentável e Inovação Tecnológica, Planeamento e Gestão Avançada de Empreendimentos, Revestimentos e Acabamentos)

• Mecânica e Estruturas – ME (Unidades Curriculares: Modelação e Análise de Estruturas II, Dinâmica Estrutural e Engenharia Sísmica, Betão Estrutural II, Betão Estrutural III, Dimensionamento de Estruturas II, Estruturas Metálicas e Mistas II, Pontes e Viadutos) • Geotecnia – GE (Unidades Curriculares: Obras Geotécnicas)

• Economia e Gestão – EG (Unidades Curriculares: Gestão e Avaliação Imobiliária, Gestão de Recursos Humanos)

De referir que outras áreas científicas que não intervêm nas unidades curriculares referidas, por exemplo Hidráulica e Ambiente (HA) ou Urbanismo e Vias de Comunicação (UVC), poderão intervir no desenvolvimento da dissertação convencional/trabalho de projeto/estágio de natureza profissional.

B1.3 Conteúdo curricular

Na Tabela B.1 apresenta-se a estrutura curricular do curso de Mestrado em Construção Civil, Apresentam-se as Unidades Curriculares ordenadas por ano e semestre (A/S), indicando-se para cada uma (i) a carga horária semanal, (ii) o peso em termos de créditos ECTS, (iii) a classificação quanto ao Tipo de UC e (iv) a Área Científica em que esta se insere. Refira-se que a carga horária se subdivide quanto aos vários tipos de aula, designadamente teórica (T), teórico-prática (T/P), prática e laboratorial (P/L) e learning (EL). Todas as UC possuem carga horária associada à componente e-learning que pressupõe a continuação da lecionação através de 30 minutos à distância por semana. Este tipo de aula poderá envolver interação entre docente e estudantes através da plataforma Moodle ou outras, sediadas na internet, com realização de trabalhos, testes ou pesquisas, entre outros. Na mesma tabela apresenta-se ainda a classificação das Unidades Curriculares relativamente ao seu tipo, identificando-se 3 tipos distintos: como pertencente a uma especialização em Estruturas (E), como pertencente a uma especialização em Construção (C) ou como competência transversal em Engenharia (CTE). O plano de estudos foi elaborado de forma a que a distribuição de ECTS por cada semestre corresponda ao valor de 30, permitindo uma distribuição equilibrada das horas de trabalho associadas às várias UC do curso.

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Tabela B.1 – Plano de Estudos do curso de Mestrado em Construção Civil

Unidade curricular A/S

Carga Horária Semanal

ECTS Tipo

Área Científica

T T/P P/L EL Total

Conservação e Reabilitação I 1/1 3.0 0.5 3.5 5.5 C CR

Qualidade e Economia na Construção 1/1 3.0 0.5 3.5 5.5 C CR

Modelação e Análise de Estruturas II 1/1 3.0 0.5 3.5 6.5 E ME

Dinâmica Estrutural e Engenharia Sísmica 1/1 3.0 0.5 3.5 6.5 E ME

Obras Geotécnicas 1/1 1.5 1.5 0.5 3.5 6.0 CTE G

Total do 1º Semestre 1.5 12.0 1.5 3.0 18.0 30.0

Materiais de Construção II 1/2 3.0 0.5 3.5 6.5 C CR

Conservação e Reabilitação II 1/2 3.0 0.5 3.5 5.5 C CR

Betão Estrutural II 1/2 1.5 1.5 0.5 3.5 6.0 E ME

Dimensionamento de Estruturas II 1/2 1.5 1.5 0.5 3.5 6.5 E ME Gestão e Avaliação Imobiliária (Opção) 1/2 3.0 0.5 3.5 5.5 CTE EG

Gestão de Recursos Humanos (Opção) 1/2 3.0 0.5 3.5 5.5 CTE EG

Total do 2º Semestre 3.0 9.0 3.0 2.5 17.5 30.0

RAMO CONSTRUÇÂO

Construção Sustentável e Inovação

Tecnológica 2/1 3.0 0.5 3.5 6.0 C CR

Planeamento e Gestão Avançada de

Empreendimentos 2/1 3.0 0.5 3.5 6.0 C CR

Estágio/Projecto/Dissertação 2/1 18.0 C CR/HA/UVC

Total do 3º Semestre/ Ramo Construção 0.0 3.0 0.0 1.0 7.0 30.0

Revestimentos e Acabamentos 2/2 3.0 0.5 3.5 6.0 C CR

Estágio/Projecto/Dissertação 2/2 24.0 C CR/HA/UVC

Total do 4º Semestre/ Ramo Construção 0.0 3.0 0.0 0.5 3.5 30.0 RAMO ESTRUTURAS

Betão Estrutural III 2/1 3.0 0.5 3.5 6.0 E ME

Estruturas Metálicas e Mistas II 2/1 3.0 0.5 3.5 6.0 E ME

Estágio/Projecto/Dissertação 2/1 18.0 E ME/HA/UVC

Total do 3º Semestre/ Ramo Estruturas 0.0 3.0 0.0 1.0 7.0 30.0

Pontes e Viadutos 2/2 3.0 0.5 3.5 6.0 E ME

Estágio/Projecto/Dissertação 2/2 24.0 E ME/HA/UVC

Total do 4º Semestre/ Ramo Estruturas 0.0 3.0 0.0 0.5 3.5 30.0

B1.4 Distribuição das horas de trabalho

Nas tabelas que se seguem apresenta-se informação adicional relativa à distribuição horária do plano de estudos do curso, nomeadamente relativo à distribuição das horas de trabalho, por semestre, de cada Unidade Curricular (Tabela B.2); total de horas de contacto por tipo de unidade curricular (Tabela B.3); total de horas de contacto por tipo de aula (Tabela B.4) e total de horas de contacto por área científica (Tabela B.5).

A Tabela B.2 indica o número de horas associadas a aulas teóricas, aulas teórico-práticas, práticas e e-learning, para cada Unidade Curricular, indicando as horas totais associadas, divididas em horas de contacto e estudo autónomo.

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Tabela B.2 – Distribuição das horas de trabalho, por semestre, de cada Unidade Curricular

Unidade Curricular Aulas Teóricas Aulas Teórico Práticas Aulas Práticas Aulas de Laboratório E-Learning Horas de Contacto Estudo Autónomo Horas totais Conservação e Reabilitação I 45.0 7.5 52.5 96.0 148.5

Qualidade e Economia na Construção 45.0 7.5 52.5 96.0 148.5

Modelação e Análise de Estruturas II 45.0 7.5 52.5 123.0 175.5

Dinâmica Estrutural e Engenharia Sísmica 45.0 7.5 52.5 123.0 175.5

Obras Geotécnicas 22.5 22.5 7.5 52.5 109.5 162.0

Materiais de Construção II 45.0 7.5 52.5 123.0 175.5

Conservação e Reabilitação II 45.0 7.5 52.5 96.0 148.5

Betão Estrutural II 22.5 22.5 7.5 52.5 109.5 162.0

Dimensionamento de Estruturas II 22.5 22.5 7.5 52.5 123.0 175.5

Gestão e Avaliação Imobiliária (Opção) 45.0 7.5 52.5 96.0 148.5

Gestão de Recursos Humanos (Opção) 45.0 7.5 52.5 96.0 148.5

Construção Sustentável e Inovação Tecnológica 45.0 7.5 52.5 109.5 162.0 Planeamento e Gestão Avançada de

Empreendimentos 45.0 7.5 52.5 109.5 162.0

Revestimentos e Acabamentos 45.0 7.5 52.5 109.5 162.0

Betão Estrutural III 45.0 7.5 52.5 109.5 162.0

Estruturas Metálicas e Mistas II 45.0 7.5 52.5 109.5 162.0

Pontes e Viadutos 45.0 7.5 52.5 109.5 162.0

Estágio/Projecto/Dissertação (variável) (variável) 1134.0

A Tabela B.3 apresenta a distribuição das horas totais por tipo de Unidade Curricular e a Tabela B.4 indica a distribuição de horas por tipo de aula. A tabela B.5 mostra a mesma informação, mas com a distribuição por Área Científica. Estas tabelas foram elaboradas para cada um dos ramos do curso do mestrado, uma vez que apresentam incidências distintas.

Verifica-se (Tabelas B.3 e B.5) que o estudante que opte por um dado ramo terá sempre 53,8% de horas de trabalho correspondentes à especialização na sua opção, sendo 30,8% respeitantes à especialização no outro ramo disponível e 15,4% relativos a Competências Transversais a Engenharia.

Tabela B.3 – Total de Horas de Contacto por Tipo de Unidade Curricular RAMO CONSTRUÇÃO

Tipo de Unidade Curricular Horas Semanais Horas Totais %

Construção 24.5 367.5 53.8%

Estruturas 14.0 210.0 30.8%

Competências Transversais de Engenharia 7.0 105.0 15.4%

TOTAL 45.5 682.5 100.0%

RAMO ESTRUTURAS

Tipo de Unidade Curricular Horas Semanais Horas Totais %

Construção 14.0 210.0 30.8%

Estruturas 24.5 367.5 53.8%

Competências Transversais de Engenharia 7.0 105.0 15.4%

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A Tabela B.4 permite confirmar que o tipo de aula predominante neste curso é a aula teórico-prática, objetivo inicial do desenvolvimento deste curso. Por outro lado, as aulas em e-learning surgem com cerca de 14% de modo a dotar este curso de uma componente de ensino à distância, cada vez mais premente desenvolver como estratégia da instituição

Tabela B.4 – Total de horas de contacto por tipo de aula RAMO CONSTRUÇÃO

Tipo de Aula Horas Semanais Horas Totais %

Teóricas (T) 4.5 67.5 9.9% Teórico-Práticas (T/P) 30.0 450.0 65.9% Práticas ou de Laboratório (P/L) 4.5 67.5 9.9% E-Learning 6.5 97.5 14.3% TOTAL 45.5 682.5 100.0% RAMO ESTRUTURAS

Tipo de Aula Horas Semanais Horas Totais %

Teóricas (T) 4.5 67.5 9.9%

Teórico-Práticas (T/P) 30.0 450.0 65.9%

Práticas ou de Laboratório (P/L) 4.5 67.5 9.9%

E-Learning 6.5 97.5 14.3%

TOTAL 45.5 682.5 100.0%

Tabela B.5 – Total de horas de contacto por Área Científica RAMO CONSTRUÇÃO

Área Científica Horas Semanais Horas Totais %

CR - Construção e Reabilitação 24.5 367.5 53.8% EG - Economia e Gestão 3.5 52.5 7.7% GE - Geotecnia 3.5 52.5 7.7% ME - Mecânica e Estruturas 14.0 210.0 30.8% TOTAL 45.5 682.5 100.0% RAMO ESTRUTURAS

Área Científica Horas Semanais Horas Totais %

CR - Construção e Reabilitação 14.0 210.0 30.8%

EG - Economia e Gestão 3.5 52.5 7.7%

GE - Geotecnia 3.5 52.5 7.7%

ME - Mecânica e Estruturas 24.5 367.5 53.8%

TOTAL 45.5 682.5 100.0%

B1.5 Dados comparativos com cursos tomados como referência

Atualmente, ao nível europeu, após as transformações motivadas pela adequação a Bolonha, os modelos de ensino implementados para atingir o grau de Mestre em Engenharia Civil convergiram para uma formação de 5 anos: Licenciatura de 3 anos seguida de Mestrado de 2 anos, ou Mestrado Integrado de 5 anos. O primeiro caso corresponde precisamente ao modelo adotado pelo curso de Mestrado da ESTBarreiro/IPS. As especializações disponibilizadas — Estruturas e Construção — constituem domínios da Engenharia Civil perfeitamente consolidados no espaço europeu.

Os cursos de referência a seguir descritos assentam precisamente neste modelo. As instituições mencionadas foram selecionadas com base no reconhecimento internacional da sua qualidade.

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École Nationale des Ponts et Chaussées, Paris, França

A École Nationale des Ponts et Chaussées, sediada em Paris, disponibiliza um curso de Mestrado Europeu em Engenharia Civil (Génie Civil Européen), com a duração letiva de 15 meses seguida de um estágio profissional com cerca de 6 meses. Esta formação é oferecida a Licenciados em Engenharia Civil (recém-Licenciados ou com experiência), sendo ministrada uma formação pluridisciplinar e especializada no domínio das Estruturas e Obras de Arte.

O curso de Mestrado é constituído por um conjunto de seminários iniciais, tendo em vista a uniformização do nível de conhecimentos dos estudantes (mise à niveaux), sendo posteriormente seguido pela lecionação de unidades curriculares obrigatórias especializadas.

Politecnico de Torino, Turim, Itália

Em Itália existem diversas Instituições Politécnicas de referência com vasta projeção internacional, tendo-se selecionado o Politecnico de Torino.

O Grau de Licenciado (Laurea) é conseguido ao fim de um percurso de estudo com a duração de 3 anos (180 ECTS), com o objetivo de dotar o estudante de competências relacionadas com os métodos e conteúdos científicos gerais e específicos conducentes à profissionalização. Com o grau de Licenciado é possível (i) aceder diretamente ao exercício da profissão, (ii) prosseguir estudos de especialização para obter o grau de Mestre (Laurea Specialistica) e (iii) aceder a um Mestrado Universitário.

O Grau de Mestre em Engenharia Civil tem a duração de 2 anos e visa dotar o estudante de conhecimentos específicos e transversais, associados à conceção, planeamento, projeto e gestão de sistemas, processos e serviços complexos e/ou inovadores nos domínios da Engenharia de Construção, Geotécnica, Hidráulica, Transportes e Vias de Comunicação.

La Sapienza, Roma, Itália

A Universidade La Sapienza ministra o curso de Mestrado em Engenharia da Construção de Edifícios, com a duração de 2 anos em ambiente letivo, incluindo a realização de um projeto/dissertação.

O projeto/dissertação, de cariz teórico-experimental, é desenvolvido sob a orientação de um Professor, em colaboração com empresas, organismos públicos ou centros de investigação que operem nesse domínio.

Este curso tem como objetivo preparar profissionais para desempenharem o papel de Projetista ou Diretor de Obra, dotando os formandos de competências profissionalizantes.

École Polytechnique Fédérale de Lausanne, Suíça

A École Polytechnique Fédérale de Lausanne ministra o curso de Mestrado em Engenharia Civil, com especialização em diversas áreas, entre as quais Estruturas e Construção.

O curso é constituído por 3 semestres de aulas, projetos e exercícios, num total de 90 créditos, e 1 semestre para elaboração de uma dissertação, correspondendo a 30 créditos, em laboratório ou numa empresa.

Com o curso de Mestrado, os estudantes já possuidores de Licenciatura em Engenharia Civil aprofundam conhecimentos na área de especialização com forte componente laboratorial.

Conclui-se que o Mestrado em Construção Civil está a par com as instituições congéneres, incidindo sobre as áreas de conhecimento científico identificadas como necessárias à prossecução dos estudos de Licenciados em Engenharia Civil.

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Parte B2 – Estudantes à entrada

B2.1 Estudantes matriculados

Na tabela B.6 apresenta-se a evolução do total de matriculados no curso de Mestrado em Construção Civil, observando-se um número elevado quando um curso abriu em 2009/2010, face às necessidades do mercado na altura e uma posterior normalização para o número de 30 matriculados, valor que corresponde aproximadamente ao número de licenciados da ESTBarreiro/IPS em termos anuais. Uma vez que o curso de Mestrado em Construção Civil tem definidas 30 vagas, considera-se este número de vagas adequado.

Tabela B.6 – Estudantes matriculados no 1º ano

Indicadores 2009/2010 2010/2011 2011/2012

Total de matriculados 37 28 31

B2.2 Proveniência dos estudantes matriculados

As Figuras B.1 e B.2 apresentam a proveniência dos estudantes matriculados no 1º ano por Concelho e por Distrito, respetivamente. A Tabela B.7 indica a proveniência dos estudantes por região para o ano 2011/12, uma vez que para os outros anos , este dado não foi reunido. Da análise desta informação, constata-se que a grande maioria dos matriculados no 1º ano são provenientes do Alentejo (80%), mais concretamente do distrito de Setúbal, dos Concelhos mais próximos da ESTBarreiro/IPS como Barreiro e Moita, principalmente no último ano.

Figura B.1 - Proveniência dos estudantes matriculados por concelho

0% 10% 20% 30% 40% 50% Almada Barreiro Moita Palmela Seixal Sesimbra Setúbal Outros

Nº de Estudantes Matriculados por Concelho

2011/2012 2010/2011 2009/2010

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Figura B.2 - Proveniência dos estudantes matriculados por distrito

Tabela B.7 – Proveniência dos estudantes matriculados por região de proveniência 2011/2012 % Norte 0 0% Centro 1 3% Lisboa 6 19% Alentejo 23 74% Algarve 0 0% Ilhas 1 3%

Na Figura B.3 pode-se observar a distribuição dos estudantes por género com clara predominância do género masculino. A distribuição dos estudantes matriculados por idade é apresentada na Figura B.4, mas apenas para o ano letivo 2011/12, já que esta informação não foi recolhida anteriormente. Verifica-se que o público deste mestrado é principalmente constituído por estudantes de idades superiores a 28 anos.

Figura B.3 - Proveniência dos estudantes matriculados por género

0% 20% 40% 60% 80% LISBOA PORTALEGRE SANTARÉM SETÚBAL OUTROS

Nº de Estudantes Matriculados por Distrito

2011/2012 2010/2011 2009/2010 0% 20% 40% 60% 80% 100% Feminino Masculino

Nº de Estudantes Matriculados por Género

2011/2012 2010/2011 2009/2010

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Figura B.4 - Proveniência dos estudantes matriculados por idade

As Tabelas B.8 e B.9 mostram a caracterização da origem socioeconómica dos estudantes matriculados através da análise ao nível de escolaridade dos pais e sua situação profissional. Estes dados foram apenas recolhidos para o ano letivo 2011/12 e fizeram parte de uma análise a todos os estudantes da ESTBarreiro/IPS. Estas tabelas, devido a limitações informáticas, foram elaboradas, considerando uma amostra reduzida de 16 em 31 estudantes, com uma expressão reduzida n o que toca à caracterização dos estudantes de mestrado.

Tabela B.8 – Distribuição dos estudantes matriculados por origem socioeconómica/escolaridade dos pais 2011/2012 % Superior 1 6% Secundário 3 19% Básico 3 3 19% Básico 2 5 31% Básico 1 4 25%

Tabela B.9 – Distribuição dos estudantes matriculados por origem socioeconómica/situação profissional dos pais

2011/2012 %

Empregados 1 6%

Desempregados 14 88%

Reformados 1 6%

Outros 0 0%

Parte B3 – Estudantes inscritos

Nesta secção caracterizam-se os estudantes inscritos no curso de Mestrado em Construção Civil. A Tabela B.10 apresenta-se a distribuição dos estudantes inscritos por anos curriculares. Uma vez que o curso iniciou o seu funcionamento em 2009/10, não se consegue obter qualquer conclusão dos dados apresentados.

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 até 20 anos

20 a 23 anos 24 a 27 anos 28 ou mais anos

Nº de Estudantes Matriculados por Idade

2011/2012 2010/2011 2009/2010

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Tabela B.10 – Distribuição dos estudantes inscritos por anos curriculares Ano Curricular 2009/2010 % 2010/2011 % 2011/2012 %

1º ano 37 100% 28 55% 31 56%

2º ano 0 0% 24 45% 27 44%

Total de Inscritos 37 100% 52 100% 58 100%

A Tabela B.11 mostra os estudantes com estatuto de Trabalhador-estudante. Os valores apresentados nesta tabela refletem um pouco a situação nacional relativamente ao emprego, com redução de estudantes com este estatuto, alguns deles sendo as mesmas pessoas que entretanto perderam o emprego.

Tabela B.11 – Estatuto Trabalhador Estudante

2009/2010 % 2010/2011 % 2011/2012 % Estudantes com ETE

/ Estudantes Inscritos 21 58% 21 40% 16 26%

Parte B4 – Mobilidade e Internacionalização

Sendo o curso recente (recorde-se que teve início em 2009/2010), a mobilidade quer nacional, quer internacional é incipiente e tal situação é comprovada pelo número de estudantes em mobilidade a que se refere este capítulo do relatório.

B4.1 Mobilidade

Na Tabela B.12 são apresentados os dados relativo à mobilidade, com valores nulos em todos os indicadores exceto no que diz respeito aos estudantes de saída, em que no ano letivo 2011/2012 um estudante de mestrado realizou um intercâmbio com a Universidade Federal de Santa Catarina, no Brasil, fruto das parcerias estabelecidas.

Tabela B.12 – Mobilidade dos Estudantes

2009/2010 2010/2011 2011/2012

Estudantes de Entrada (incoming) 0 0 0

Estudantes de Saída (outgoing) 0 0 1

Graduados em Programas Internacionais 0 0 0

Estudantes incoming/Estudantes Inscritos 0% 0% 0% Estudantes outgoing/Estudantes Inscritos 0% 0% 2%

B4.2 Internacionalização

A Tabela B.13 indica os dados obtidos no que toca a internacionalização do curso de Mestrado em Construção Civil, com valores de expressão bastante reduzida e que importa aumentar.

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Tabela B.13 – Internacionalização dos Estudantes

2009/2010 2010/2011 2011/2012

Estudantes Estrangeiros/ Estudantes Inscritos 0% 0% 1/2% Docentes Estrangeiros / Docentes 0% 0% 0% Graduados Estrangeiros/Graduados 0% 0% 0%

B4.3 Parcerias internacionais

Listam-se de seguida as várias parcerias internacionais existentes neste curso dividindo por região ou país e especificando, sempre que possível, as instituições com quem existe parceria.

• Europa

Programa Erasmus: diversos acordos bilaterais com outras instituições europeias de ensino para mobilidade de estudantes, mobilidade de docentes para missões de ensino e mobilidade de docentes;

• Brasil

Protocolos de Cooperação para mobilidade de estudantes e/ou docentes: Pontíficia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP)

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUCRIO) Universidade Federal do Ceará (UFC)

Universidade Federal de Juíz de Fora (UFJF) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP) Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Universidade de São Paulo (USP)

Protocolos de Cooperação no âmbito do Programa de Bolsas Luso-Brasileiras Santander Universidades para mobilidade de estudantes:

Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP) Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Universidade de São Paulo (USP) (link externo) Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Universidade Federal da Bahia (UFBA)

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PARTE C – CARACTERIZAÇÃO DAS ABORDAGENS PEDAGÓGICAS

A atividade ensino-aprendizagem regeu-se pelas Regras Gerais de Avaliação do Desempenho Escolar da Escola Superior de Tecnologia do Barreiro/ Instituto Politécnico de Setúbal, de 1 de junho de 2005, documento que salvaguarda o direito do estudante a:

• Ver disponibilizado horário de atendimento/dúvidas específico para cada uma das unidades curriculares a que se encontra inscrito, em horário concordante com o regime que frequenta; • Ver disponibilizado horário de dúvidas específico para as provas de exame, para cada uma

das unidades curriculares a que se encontra inscrito, nos dois dias úteis que antecedem a data de realização da prova;

• Efetuar consulta de prova de avaliação (após divulgação de resultados) em horário concordante com o regime que frequenta.

A Coordenação de Curso e o Conselho Pedagógico analisaram, articularam e calendarizaram o trabalho do estudante ao longo do semestre letivo. Por forma a aferir a quantidade de trabalho exigido ao estudante e a sua distribuição ao longo do semestre letivo, o Conselho Pedagógico promoveu a realização de inquéritos aos estudantes, relativamente às Unidades Curriculares ou trabalho desenvolvido pelos estudantes em UC.

As unidades curriculares do Mestrado em Construção Civil têm promovido o desenvolvimento de ações várias com vista a aprofundar e complementar a formação letiva, tendo contribuído para a aquisição de competências e para a eficácia dos resultados globais. Listam-se de seguida as atividades desenvolvidas:

• Participação/colaboração de gestores de empresas e investigadores de outras instituições, com a realização de seminários em aulas abertas;

• Participação/colaboração de docentes exteriores com a realização de seminários, em aulas abertas, com docentes de outras instituições de ensino superior público (ex: FCT/UNL, IST/UTL);

• Desenvolvimento de projetos com a comunidade;

• Realização de trabalhos de análise de viabilidade e custo-benefício relativos à implementação de diversas medidas de sustentabilidade da construção em vários edifícios existentes ou em fase de conceção, à escolha dos estudantes, tendo em vista a sustentabilidade ambiental e a economia de recursos;

• Projetos de investigação com os estudantes;

• Exemplificação de inovação tecnológica no âmbito de investigações em curso; • Desenvolvimento de competências transversais;

• Realização de pesquisas bibliográficas relativa a diferentes aspetos abordados nas unidades curriculares;

• Apresentação de comunicações orais individuais e em grupo relativas a vários trabalhos desenvolvidos no âmbito das unidades curriculares;

• Desenvolvimento de trabalho em grupo e de avaliação interpares; • Visitas de estudo sobre os temas abordados nas aulas.

A Tabela C.1 apresenta, para cada Unidade Curricular, as mudanças operadas durante o ano letivo 2011/2012, em termos de alterações ao funcionamento e medidas inovadoras introduzidas. Esta tabela foi elaborada através da análise dos relatórios de unidade curricular elaborados pelos docentes responsáveis por cada Unidade Curricular. De modo geral, verifica-se um maior desenvolvimento da componente de ensino à distância com um melhor aproveitamento das ferramentas disponíveis na plataforma Moodle. Isto deve-se a duas questões que importa realçar: a transmissão da importância

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desta componente aos docentes, quer pelo Conselho Técnico-Científico, quer pela Coordenação do Curso, bem como a realização de workshops sobre o Moodle como forma de potenciar esta situação.

Tabela C.1 - Mudanças Introduzidas durante o ano letivo 2011/2012

Unidade Curricular Alterações ao funcionamento Medidas inovadoras

Conservação e Reabilitação I

Introdução de atividades e-learning com avaliação Nada referido

Qualidade e Economia na

Construção

Alteração da metodologia de ensino, passando de aulas teórico-práticas para aulas teóricas e práticas, separadas. Na avaliação foi introduzida uma

componente do ensino à distância. Houve também os ajustamentos ao programa, conforme apresentado no PCH

Melhor funcionamento e maior cuidado na metodologia de ensino por E-Learning

Modelação e Análise de Estruturas II

Foram introduzidos trabalhos obrigatórios para avaliação contínua na UC, para aplicação e consolidação da matéria lecionada. Foram

desenvolvidas novas apresentações da matéria, mais dinâmicas e apelativas, de modo a cativar os estudantes e facilitar-lhes a compreensão dos temas. Maior diversidade nas atividades de ensino à distância. Organização da UC no Moodle com informação do sumário e documentação para cada aula.

Foi introduzido um fórum de dúvidas no Moodle de modo a incentivar o debate sobre os temas lecionados. Todos os trabalhos foram entregues através da plataforma Moodle.

Dinâmica Estrutural e Engenharia Sísmica

Nada Referido Nada Referido

Obras Geotécnicas

Incidiram sobre as atividades desenvolvidas na plataforma Moodle. Aumento do número de trabalhos práticos para avaliação por e-learning. Solicitou-se aos estudantes a participação em cinco trabalhos práticos com o objetivo de serem avaliados na UC.

Reforço dos exercícios de aplicação prática dos conteúdos teóricos lecionados.

Materiais de Construção II

Nada Referido Nada Referido

Conservação e Reabilitação II

Nada Referido Nada Referido

Betão Estrutural II Nada Referido Nada Referido

Dimensionamento de Estruturas II

Foram desenvolvidas novas apresentações da matéria, mais dinâmicas e apelativas, de modo a cativar os estudantes e facilitar-lhes a compreensão dos temas. Organização da UC no Moodle com informação do sumário e documentação para cada aula

Foi introduzido um fórum de dúvidas no Moodle de modo a incentivar o debate sobre os temas lecionados. Todas as semanas houve um horário de dúvidas à distância.

Gestão e Avaliação Imobiliária (Opção)

esta UC não funcionou no ano letivo 2011/12

Gestão de Recursos Humanos (Opção)

Introdução do ensino à distância e das discussões

online Ensino à distância Construção Sustentável e Inovação Tecnológica

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Tabela C.1 - Mudanças Introduzidas durante o ano letivo 2011/2012 (continuação)

Unidade Curricular Alterações ao funcionamento Medidas inovadoras

Planeamento e Gestão Avançada

de Empreendimentos

A carga letiva das aulas teórico-práticas, dividida em duas aulas de 1:30 horas, potenciou, relativamente ao ano anterior, em que o horário era constituído unicamente por uma aula de 3 horas, uma clara melhoria relativamente ao cumprimento dos horários e à interação com os alunos. Assim, para além das apresentações do ano passado foi possível integrar uma componente experimental de utilização de

software integrado com o MS Project para a avaliação

de risco - o @Risk. Foi incluída uma componente de avaliação de E-Learning. Desenvolvimento de 8 atividades de B/E-Learning

De modo a transmitir de uma forma mais interativa a Gestão Avançada de Empreendimentos e as competências do Gestor de Empreendimentos, foi lecionada uma aula audiovisual e de debate sobre o filme Rosalina e o Piano

Revestimentos e Acabamentos

A UC de PCII foi dada pela primeira vez pela docente neste semestre. Atendendo ao que era anteriormente praticado, pode-se apenas referir a nova abordagem de lecionação em três ambientes distintos (Ambiente em sala de aula, ambiente de laboratório e fora do campus). A integração dos conhecimentos adquiridos nestes três ambientes, a preocupação que existiu em dar ênfase não só à construção nova e boas práticas, mas também às causas de problemas em construção já existente fruto de más ou inapropriadas técnicas de construção, permitiu aos estudantes uma melhor compreensão das matérias, o desenvolvimento de uma maior capacidade de análise e trouxe elevadas taxas de aprovação.

Realização de vistorias a fogos de habitação social do município.

Vários trabalhos realizados em laboratório: armação e betonagem de lintéis de fundação para a construção de muretes de alvenaria de tijolo no campus. Os muretes foram posteriormente rebocados com argamassas de comportamento térmico melhorado, desenvolvidas e otimizadas nos nossos laboratórios de engenharia civil, no âmbito de uma dissertação de mestrado.

Betão Estrutural III Nada Referido Nada Referido

Estruturas Metálicas e Mistas

II

Foram propostos exercícios no Moodle, com o objetivo de que os alunos os resolvam e enviem via

Moodle, sendo também afixado a sua resolução.

Na unidade curricular é dado alguma ênfase à realização de vários projetos de engenharia, com o objetivo de transmitir aos estudantes uma noção real de execução de obra e de projetos de estruturas metálicas e mistas. No dia anterior ao da aula, foi inserido no Moodle, os slides das aulas teóricas, para que os alunos possam complementar o estudo com os apontamentos da aula.

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PARTE D – ANÁLISE GLOBAL DOS RESULTADOS

Parte D1 – Resultados Académicos

D1.1 Indicadores de sucesso global por ano letivo, por ano curricular e por UC/Módulo:

Nesta secção analisam-se os resultados académicos obtidos nas várias Unidades Curriculares (Tabela D.1), considerando que o sucesso académico pode ser quantificado através dos seguintes indicadores percentuais de número de estudantes:

• Avaliados/Inscritos (Av/In); • Aprovados/Avaliados (Ap/In); • Aprovados/Inscritos (Ap/Av).

Os dados apresentados referem-se aos resultados obtidos em todos os momentos de avaliação, dentro de um mesmo ano letivo.

Tabela D.1 - Indicadores de sucesso global por ano letivo, por ano curricular e por UC

2009/10 2010/11 2011/12

Unidade

Curricular Inscrições Av/In Ap/In Ap/Av Inscrições Av/In Ap/In Ap/Av Inscrições Av/In Ap/In Ap/Av Conservação e Reabilitação I 36 47% 42% 90% 28 68% 68% 100% 32 75% 72% 96% Conservação e Reabilitação II 34 71% 62% 88% 30 67% 63% 95% 31 65% 58% 90% Gestão de Recursos Humanos 33 70% 67% 96% 31 74% 68% 91% Gestão e Avaliação Imobiliária 1 100% 0% 0% 29 62% 62% 100% Construção Sustentável e Inovação Tecnológica 36 69% 67% 96% 30 77% 67% 87% Modelação e Análise de Estruturas II 36 50% 19% 39% 43 67% 30% 45% 40 65% 45% 69% Dinâmica Estrutural e Engenharia Sísmica 35 37% 29% 77% 41 32% 22% 69% 31 72% 72% 100% Obras Geotécnicas 32 75% 56% 75% 31 58% 52% 89% 32 72% 63% 85% Materiais de Construção II 33 76% 67% 88% 29 76% 52% 68% 31 70% 70% 100% Betão Estrutural II 35 46% 43% 94% 37 38% 38% 100% 32 59% 59% 100% Dimensioname nto de Estruturas II 36 50% 28% 56% 40 20% 18% 88% 40 63% 48% 76% Qualidade e Economia na Construção 15 53% 40% 75% 42 62% 43% 69% 1ºano 347 63% 44% 73% 353 56% 47% 83% 342 68% 60% 88%

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2009/10 2010/11 2011/12 Unidade

Curricular Inscrições Av/In Ap/In Ap/Av Inscrições Av/In Ap/In Ap/Av Inscrições Av/In Ap/In Ap/Av Planeamento e Gestão Avançada de Empreendimen tos 15 60% 60% 100% 9 78% 67% 86% Betão Estrutural III 7 100% 100% 100% 5 100% 100% 100% Estruturas Metálicas e Mistas II 7 100% 86% 86% 5 100% 100% 100% Revestimentos e Acabamentos 13 54% 54% 100% 10 100% 100% 100% Pontes e Viadutos 7 100% 100% 100% 5 100% 100% 100% 2ºano 0 - - - 49 83% 80% 97% 34 96% 93% 97%

Relativamente às Unidade Curriculares do 1º ano, estas apresentam valores distintos, conseguindo-se obconseguindo-servar uma tendência geral de melhoria de resultados ao longo dos anos letivos. Na Tabela D.2 apresentam-se, para cada ano letivo, as Unidades Curriculares que obtiveram uma relação entre Aprovados e Inscritos menor que 50%. Em muitos casos, a relação entre Avaliados e Inscritos é baixa, notando-se alguma dificuldade em levar os estudantes até à avaliação da UC. De um modo geral, a relação Aprovados/avaliados é já elevada. As UC identificadas na Tabela D.2 pertencem todas ao 1º ano do curso, verificando-se que na maior parte destas UC, a relação referida ultrapassa os 50% para o último ano com as restantes UC já muito perto deste valor. Esta melhoria dos resultados deveu-se a várias medidas que foram implementadas na UC em causa, como maior dinamização dos trabalhos efetuados, introdução de avaliação contínua ou desenvolvimento de atividades no Moodle.

Nas UC de 2º ano, que correspondem já à especialização escolhida pelos estudantes, os resultados académicos são francamente bons, também devido ao reduzido número de estudantes e, por conseguinte, maior acompanhamento pelo docente.

Tabela D.2 – UC com relação Aprovados/Inscritos menor que 50% 2009/10 2010/11 2011/12

Unidade Curricular Ap/In Ap/In Ap/In

Conservação e Reabilitação I 42% 68% 72%

Modelação e Análise de Estruturas II 19% 30% 45%

Dinâmica Estrutural e Engenharia Sísmica 29% 22% 72%

Betão Estrutural II 43% 38% 59%

Dimensionamento de Estruturas II 28% 18% 48%

Qualidade e Economia na Construção 40% 43%

D1.2 Retenções e abandono escolar

A retenção e o abandono escolar são fatores importantes para a análise do curso Coordenação do Curso, uma vez que permitem detetar eventuais pontos a melhorar ou ações específicas a tomar. Estes indicadores foram determinados com base nas expressões seguintes, estabelecidas para cada ano letivo:

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• Taxa de retenção:

1º 2012/2013 − 1º 2012/2013

1º 2011/2012 × 100

• Número total de abandonos:

( 2011/2012 − 2011/2012)

− ( 2012/2013 − 2012/2013) • Taxa de abandono escolar:

ú

2011/2012× 100

Como o curso de Mestrado em Construção Civil entrou em funcionamento em 2009/20130, a Tabela D.3 caracteriza a retenção e abandono de estudantes nos dois últimos anos letivos.

Tabela D.3 – UC com relação Aprovados/Inscritos menor que 50% 2010/11 2011/12

Taxa de Retenção no 1º ano 0% 9%

Taxa de Abandono 48% 46%

A Tabela D.3 apresenta números preocupantes de abandono escolar, perto de 50%. Numa situação instável do país, são muitos os estudantes que, tendo a oportunidade de trabalhar no estrangeiro, preferem suspender o curso de mestrado. O desenvolvimento do ensino à distância é fundamental para que estes estudantes prossigam os seus estudos.

D1.3 Indicadores de eficácia global:

Sendo o curso recente, este indicador não é aplicável.

Parte D2 – Outros Indicadores Relevantes

Nos anos letivos 2010/2011 e 2011/2012, foram realizados os seminários de apresentação das propostas de dissertação por parte dos estudantes inscritos nesta UC. Estes seminários têm vindo a ganhar notoriedade, permitindo a divulgação quer do curso, quer da investigação realizada na instituição.

Parte D3 – Percepções dos estudantes sobre o processo de Ensino/Aprendizagem D3.1 – Perceção sobre o Curso

A ESTBarreiro/IPS realiza todos os semestres inquéritos pedagógicos aos seus estudantes, sendo os seus resultados analisados pelo Conselho Pedagógico no final de cada semestre relativamente a 4 conjuntos principais de questões, a saber:

• À unidade curricular; • Ao trabalho do estudante;

• Ao desempenho dos docentes (aulas teóricas e teórico-práticas e aulas práticas). • Ao Curso, Instalações e Serviços

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Os inquéritos pedagógicos relativos ao 1º semestre de 2011/12 foram respondidos online, durante o mês de janeiro de 2012; os inquéritos referentes ao 2º semestre de 2011/12 foram respondidos durante o mês de junho de 2012. A resposta aos inquéritos por parte dos estudantes da ESTBarreiro/IPS é obrigatória, podendo os mesmos declinar a resposta às diferentes questões colocadas.

Deve-se referir que apenas se efetuou a análise dos resultados aos inquéritos de unidades curriculares em que se tenham registado 5 ou mais respostas.

Relativamente ao curso de mestrado, pode-se observar na Tabela D.4 o número de respostas obtidas para cada um do semestre e sua percentagem relativamente ao número total de estudantes inscritos no mesmo curso.

Tabela D.4 - Distribuição de respostas aos inquéritos por semestre para o ano letivo 2011/12

Semestre Nº de Inscrições Nº de Respostas % 1º Semestre 207 109 52,7% 2º Semestre 209 123 58,9% Total 416 232 55,8%

A percentagem total de respostas obtidas foi apenas de 55,8% do total de inscrições, valor considerado claramente abaixo do desejável.

Apesar do Conselho Pedagógico analisar extensivamente os dados recolhidos nos inquéritos, esta análise é feita para cada Unidade Curricular, com os resultados a refletirem a Unidade Orgânica como um todo, não se obtendo, nos relatórios produzidos por aquele órgão, informações detalhadas sobre cada um dos cursos e suas especificidades. Essa análise deveria estar localizada no presente relatório, elaborado pelo Coordenador de Ccurso. No entanto, os resultados fornecidos ao Coordenador de Curso para elaboração do relatório são algo, eufemisticamente, redutores com informação única da média das questões respondidas pelos estudantes, aglomerando num mesmo valor questões distintas como “o número médio de horas por semana investidas em trabalhos (grupo ou individual) e “a percentagem de aulas práticas da Unidade Curricular a que assistiu”. Recomenda-se, por isso, que a informação entregue aos Coordenadores de Curso contenha as respostas a cada uma das questões, de modo a ser possível analisar cada um dos temas no seu contexto e situação específica, para daí retirar ilações que promovam a melhoria do curso.

Apresenta-se, de seguida, a informação apresentada pelo Conselho Pedagógico, referente a todas as Unidades Curriculares em funcionamento na Unidade Orgânica ESTBarreiro/IPS.

Da informação recolhida, relativamente às unidades curriculares, constata-se que:

• Todas as questões obtiveram apreciações que podem ser consideradas positivas, com médias entre 3,52 e 3,59 e entre 3,49 e 3,58, para o 1º e 2º semestres, respetivamente (na escala 1 a 5);

• Os alunos reconhecem que as unidades curriculares são, em geral, importantes para a sua formação.

Da informação recolhida, relativamente ao trabalho do estudante, constata-se que:

• 77,2% e 76% dos estudantes afirmam conciliar estudos com trabalho (77,2%), para o 1º e 2º semestres, respetivamente;

• 72,7% e 67,6% dos estudantes revelaram pretender submeter-se à avaliação na UC, para o 1º e 2º semestres, respetivamente;

• Em média, os estudantes admitem despender os seguintes tempos:

o 1H22 e 2H50 em trabalhos de grupo ou individuais, para o 1º e 2º semestres, respetivamente;

o 0H37 e 1H17 em horário de dúvidas da unidade curricular, para o 1º e 2º semestres, respetivamente;

o 2H11 e 3H06 em estudo autónomo da unidade curricular, para o 1º e 2º semestres, respetivamente;

o 2H29 e 2H20 no estudo para cada exame da unidade curricular (se aplicável), para o 1º e 2º semestres, respetivamente.

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Da informação recolhida, relativamente ao desempenho do docente, constata-se que: • A generalidade dos docentes obteve bons resultados;

• Os estudantes consideram que na sua generalidade os docentes são pontuais; • Os estudantes salientam de forma positiva a segurança na exposição da matéria;

• Os estudantes salientam de forma menos positiva a capacidade para estimular o interesse e o raciocínio crítico dos estudantes.

Da informação recolhida, relativa ao curso, instalações e serviços, constata-se que: • De um modo geral, os estudantes estão satisfeitos com as condições da escola; • Os estudantes salientam de forma positiva:

o A qualidade do serviço da reprografia;

o O desempenho do software e do hardware, face às suas necessidades. • Os estudantes salientam de forma negativa:

o A qualidade do atendimento nos Serviços Académicos;

o O regime de precedências estabelecido para o curso que frequentam; o O interesse das atividades extracurriculares efetuadas durante o ano letivo.

A Tabelas D.5 mostra as médias das respostas obtidas para cada conjunto de perguntas mas considera-se que esta informação é incipiente e irrelevante, não se fazendo análise aos valores apresentados, pelas razões apontadas atrás.

Tabela D.5 - Médias das respostas obtidas para cada conjunto de perguntas dos inquéritos aos estudantes para 2011/12

Unidade Curricular Ano Semestre

Média Obtida para cada grupo de perguntas Unidade Curricular Aluno Docente Teóricas/ Teórico-Práticas Docente Práticas Conservação e Reabilitação I 1 1 3,30 3,30 3,25

Dinâmica Estrutural e Engenharia Sísmica 1 1 3,87 3,93 4,03 4,06

Modelação e Análise de Estruturas II 1 1 3,57 3,69 3,78 3,81

Obras Geotécnicas 1 1 2,91 3,05 3,14

Qualidade e Economia na Construção 1 1 3,21 3,31 2,89

Betão Estrutural II 1 2 3,94 4,02 4,09 4,19

Conservação e Reabilitação II 1 2 3,64 3,68 4,09

Dimensionamento de Estruturas II 1 2 3,85 3,89 3,92 3,92

Gestão de Recursos Humanos 1 2 3,07 3,15 4,05

Materiais de Construção II 1 2 4,19 4,28 4,45

Planeamento e Gestão Avançada de

Empreendimentos 2 1 3,85 3,87 3,74

Revestimentos e Acabamentos 2 2 3,94 3,92

TOTAL 3,61 3,67 3,85 3,77

PARTE E – MEDIDAS DE APOIO AO SUCESSO ESCOLAR

No seguimento do Relatório de Bolonha do ano anterior, implementaram-se as melhorias propostas, com libertação de um dia por semana de aulas presenciais e o desenvolvimento de atividades letivas à distância através da plataforma Moodle (e-learning).

Relativamente a outras medidas de apoio ao sucesso escolar, destaca-se:

• A realização de ações de reflexão sobre o sucesso/ insucesso escolar como ferramenta de partilha de informação entre docentes e discente (“A problemática do insucesso escolar na ESTBarreiro/IPS”, 01 de março de 2012), coordenadas pelo Conselho Pedagógico;

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• A realização de atividades de formação pedagógica direcionadas ao corpo docente (“Ferramentas de ensino à distância – o Moodle na ESTBarreiro/IPS”, 01 de março de 2012), coordenadas pelo Conselho Pedagógico;

• A relevância atribuída ao Coordenador de Curso enquanto interface entre o corpo discente e os órgãos de gestão da Escola, através da identificação de situações pedagógicas anómalas, da contribuição na articulação e calendarização do trabalho exigido ao estudante ao longo do semestre letivo e da colaboração na elaboração do calendário de exames;

• O trabalho desenvolvido pelos membros estudantes do Conselho Pedagógico no desenvolvimento e implementação do C3EST – Centro de Estudos do Estudante da ESTBarreiro/IPS – programa de mentorado da ESTBarreiro/IPS (aguarda aprovação do Regulamento do Estudante Voluntário do IPS para implementação);

• O trabalho desenvolvido pelo Conselho Pedagógico para o desenvolvimento e implementação do Programa de Tutoria da ESTBarreiro/IPS (aguarda aprovação do Direção para implementação).

No que diz respeito a medidas tomadas com vista a melhoria dos indicadores de sucesso, destacam-se:

• A elaboração, no final do semestre letivo, do Relatório de inquéritos Pedagógicos e do Relatório Complementar (da responsabilidade do Conselho Pedagógico), por forma a identificar as unidades curriculares (UC) e docentes (aulas teóricas, teórico-práticas e práticas) cujos resultados dos inquéritos pedagógicos apresentaram os resultados mais elevados e mais baixos, dos quais resulta:

• Definição de proposta de melhoria e de alteração ao funcionamento nas UC com resultados de inquéritos pedagógicos mais baixos (Conselho Pedagógico, Responsável pela UC e Coordenação de Curso);

• Sensibilização dos docentes com resultados de inquéritos pedagógicos mais baixos (Conselho Pedagógico e Responsável pela UC);

• Definição de recomendações para a elaboração de horários letivos (Conselho Pedagógico); • A produção, no final do semestre/ano letivo, do Relatório da Unidade Curricular (da

responsabilidade do Responsável da Unidade Curricular), onde constam: o Indicadores de sucesso, (Ap/I), (Ap/Av) e (Av/I);

o Descrição sumária do funcionamento da UC no semestre/ano em causa;

o Identificação das principais alterações ao funcionamento da UC, relativamente ao semestre/ ano anterior;

o Medidas inovadoras introduzidas na UC durante o semestre;

o Descrição sumária do funcionamento da UC no semestre/ano em causa no que diz respeito ao ensino à distância;

o Propostas, e objetivos, de alteração ao funcionamento da UC.

PARTE F - AÇÕES DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS EXTRACURRICULARES

Relativamente às ações de apoio ao desenvolvimento de competências extracurriculares no curso, importa destacar que as unidades curriculares promovem um conjunto de ações/atividades no sentido desenvolver o domínio da comunicação escrita e oral, da aprendizagem autónoma, da investigação e do trabalho em equipa através de:

• Trabalhos escritos; • Apresentações orais;

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• Utilização das tecnologias de informação e comunicação; • Uso de dados da literatura técnica e científica;

• A recolha, análise, problematização e produção de informação; • O trabalho em equipa;

• A organização e planeamento do trabalho.

PARTE G – INSERÇÃO NA VIDA ATIVA E EMPREGABILIDADE

Sendo o curso recente, não é possível realizar a análise deste ponto. No ano letivo 2010/11 houve 1 diplomado, tendo obtido emprego na área do curso imediatamente a seguir à conclusão do curso. No ano letivo 2011/12 houve 3 diplomados, encontrando-se em situação de desemprego.

PARTE FINAL – CONCLUSÕES E PROPOSTAS DE MELHORIA

No presente documento procedeu-se à análise do funcionamento do curso de Mestrado em Construção Civil no que concerne à caracterização das competências desejadas, estrutura do curso, áreas científicas do seu plano de estudos, distribuição das horas de trabalho, caracterização dos estudantes, caracterização das abordagens pedagógicas, análise global dos resultados, medidas de apoio ao sucesso escolar, entre outros. Sempre que possível, foram comparados os valores dos indicadores obtidos nos três últimos anos letivos.

Relativamente às propostas de melhoria estabelecidas no relatório no ano letivo anterior, existiu uma incidência no desenvolvimento da atividade à distância das várias Unidades Curriculares, com a inclusão de componente de avaliação obrigatória de, pelo menos 15%. Uma vez que o peso da componente de e-learning neste curso é de 14,3%, considera-se que o peso mínimo definido para a avaliação deste tipo de aula é o adequado.

A introdução de uma maior componente de e-learning e avaliação associada traduziu-se numa melhoria dos resultados académicos, com todas as UC a apresentarem uma relação entre estudantes aprovados e inscritos já próximo do valor limite de 50% estabelecido para um bom desempenho. No entanto, algumas UC ainda não atingem este valor, pelo que importa incidir sobre elas, melhorando métodos de lecionação e desenvolvendo trabalhos que propiciem uma melhor apreensão da matéria. Para isto contribuiu a ação de formação sobre o Moodle efetuada na ESTBarreiro/IPS que se sugere que seja feita todos os anos, com discussão de experiências entre docentes como forma de potenciar o desenvolvimento deste tipo de ensino.

A taxa de abandono do curso é extremamente preocupante (cerca de 50%), importando reagir a esta questão e combatê-la. Uma forma de o conseguir é dotar as UC de páginas no Moodle organizadas para uma aprendizagem não-presencial de modo a que os estudantes que abandonam o curso em virtude do emprego pudessem prosseguir os seus estudos à distância de forma continuada e estruturada. Esta conclusão reforça ainda a sugestão dada no parágrafo anterior e mostra a necessidade de apostar no desenvolvimento da utilização da Plataforma Moodle.

Os resultados obtidos referentes à mobilidade e internacionalização dos estudantes são reduzidos, indiciando a necessidade de informação aos estudantes sobre os programas disponíveis e divulgação deste curso junto de instituições estrangeiras. Além disso, para melhorar a atratividade do curso, seria recomendável que o curso fosse preparado para ser lecionado em inglês, sugerindo-se uma ação em várias fases:

• 1ª fase – desenvolvimento em inglês da caracterização da unidade curricular (em termos do PCH e folha da internet), com informação sobre os conteúdos, tipo de avaliação e bibliografia; • 2ª fase – elaboração em inglês de um relatório condensado do curso com informação destinada a cativar futuros candidatos, contendo informação sobre a estrutura curricular,

(23)

resultados académicos, dissertações concluídas e em curso (com sumário das mesmas) e informação sobre empregabilidade;

• 3ª fase – disponibilização dos conteúdos em inglês, tanto em termos de folhas teóricas, como dos cadernos de exercícios e formulários, tabelas ou fichas;

• 4ª fase – elaborar para todas as avaliações enunciados em inglês, sempre que existirem estudantes estrangeiros;

• 5ª fase – realização de vídeos em inglês com apresentação da matéria; • 6ª fase – lecionação em inglês, sempre que existirem estudantes estrangeiros.

Para que este percurso seja percorrido é também necessário estimular a mobilidade e internacionalização dos docentes, incentivando os docentes a deslocarem-se a instituições estrangeiras para lecionação e convidando docentes estrangeiros para lecionar no curso de Mestrado em Construção Civil, e desta forma encetar, desenvolver ou consolidar parcerias.

A proveniência dos estudantes do curso de Mestrado em Construção Civil é predominantemente do distrito de Setúbal, dos Concelhos mais próximos da ESTBarreiro/IPS como Barreiro e Moita, o que indica onde a divulgação está a ser mais eficaz. A Coordenação de Mestrado recomenda que maior divulgação seja realizada nesta zona, nomeadamente por entre empresas do setor e direcionado para um faixa etária superior a 30 anos, uma vez que este é o público que mais tem sido atraído por este curso.

Finalmente, os dados sobre os inquéritos pedagógicos não foram transmitidos da melhor forma, não havendo a possibilidade de os analisar, sugerindo-se que exista uma discussão sobre a informação a ser disponibilizada e de que forma o Coordenador de Curso pode contribuir para uma reflexão efetiva e profícua.

(24)

A

NEXO

1

L

ISTA DAS

C

OMPETÊNCIAS

G

ERAIS E

E

SPECÍFICAS

Tabela A1.1: Competências Gerais associadas ao curso de Mestrado em Construção Civil

N Listagem das Competências Gerais a ser trabalhadas nos cursos da ESTBarreiro/IPS

1 Comunica eficientemente usando a Língua Materna 2 Comunica eficientemente numa Segunda Língua

3 Usa os dados da literatura técnica e científica e contextualiza-os face à sua profissão 4 Utiliza adequadamente as tecnologias de informação e comunicação

5 Recolhe, analisa, problematiza e produz informação 6 Organiza e planeia o trabalho

7 Compreende os princípios éticos e deontológicos da profissão e atua com eles 8 Conhece-se a si próprio e reconhece as suas capacidades e limites

9 Reconhece as diferenças pessoais, sociais e culturais e reflete sobre elas 10 Sabe trabalhar em equipa

11 Compreende e analisa contextos sociais e organizacionais e procura intervir neles 12 Participa e/ou elabora projetos de investigação e desenvolvimento

13 Promove o seu próprio processo de aprendizagem ao longo da vida 14 Gera ideias e promove-as

15 Toma decisões de forma adequada e contextualizada

Tabela A1.2 Competências Específicas associadas ao curso de Mestrado em Construção Civil N Listagem das Competências Específicas da Licenciatura em Engenharia Civil

1 Agir e interagir em situações novas no âmbito de engenharia civil 2 Elucidar e explicar soluções que proponha no âmbito de engenharia civil

3 Transmitir informação, ideias e problemas (oral e escrita) de forma objetiva a interlocutores na área da engenharia

4 Coordenar equipas multidisciplinares, mobilizando-as para a concretização dos objetivos pretendidos

5 Implementar soluções preconizadas para os problemas, respeitando os projetos estabelecidos 6 Organizar espacial, temporal e financeiramente as atividades relacionadas com o projeto 7 Assegurar com segurança e elaborar operações de manutenção, reparação e reabilitação das

estruturas e sistemas de engenharia civil

8 Fiscalizar todas operações relacionadas com a sua atividade profissional

9 Garantir a qualidade dos projetos em que se envolve, consciente dos impactos associados: sociais e ambientais

10 Rever, reconhecer e diagnosticar anomalias de execução e funcionamento e propor sua reparação

11 Adquirir um processo organizado de sistematização no âmbito de engenharia civil 12 Despertar e estimular o raciocínio indutivo no âmbito de engenharia civil

13 Enunciar, interpretar e resolver problemas na área da engenharia

14 Formular soluções alternativas e/ou inovadoras no âmbito de engenharia civil 15 Interpretar e utilizar manuais e outros documentos técnicos, na língua materna e outra

16 Pesquisar e selecionar a informação necessária para fundamentar soluções no âmbito de engenharia civil

17 Treinar para que possa exercer a sua profissão de engenheiro com capacidade de análise, espírito crítico e sentido inovador

18 Conceber soluções que envolvam diferentes áreas de engenharia e avaliar o seu impacto 19 Concretizar projetos de engenharia civil e gerir e controlar os processos daí decorrentes 20 Elaborar estudos de viabilidade técnico-económica para planear e conceber uma obra ou um

sistema de engenharia e avaliar os seus impactos

21 Elaborar propostas coerentes e consistentes para a resolução de problemas tecnológicos 22 Executar estruturas e sistemas de engenharia civil e se necessário propor

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