• Nenhum resultado encontrado

Influência do tempo de percolação e da acidez da água nas características de resistência ao cisalhamento e permeabilidade de um solo vermelho no Estado da Paraíba.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Influência do tempo de percolação e da acidez da água nas características de resistência ao cisalhamento e permeabilidade de um solo vermelho no Estado da Paraíba."

Copied!
117
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO D E CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

A V E N I D A APRÍGIO V E L O S O , 8 8 2 - C x . POSTAL 518 C A M P I N A G R A N D E - PB

(2)

SISTEMOTECA - UFCG

Aos meus p a i s e ã m i n h a e s p o s a p e l o i n c e n t i v o que me d e r a m , t o r n a n d o possível a realização d e s t e t r a b a l h o .

(3)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT

v INFLUÊNCIA DO TEMPO DE PERCOLAÇÃO E DA ACIDEZ DA ÁGUA NAS

CARACTERÍSTICAS DE RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO E PER MEABILIDADE DE UM SOLO VERMELHO DO ESTADO DA PARAÍBA

ADEMILSON MONTES FERREIRA ENGENHEIRO C I V I L

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PÕS-GRADUAÇAO DE ENGENHARIA DO CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLO GIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA COMO PARTE DOS REQUISI TOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS

(M.Sc. ) . APROVADO POR: r PROF. J . G. CABRERA PRESIDENTE • /y .• ^ PROF. F.B. DE LUCENA EXAMINADOR CAMPINA GRANDE

ESTADO DA PARAÍBA - BRASIL MAIO - 1976

(4)

tf' tensão e f e t i v a O-^ tensão p r i n c i p a l m a i o r a3 tensão p r i n c i p a l menor u pressão n e u t r a Y„ p e s o específico a p a r e n t e s e c o W t e o r de u m i d a d e e deformação a x i a l C parâmetro coesão e f e t i v a

Cc u parâmetro coesão em tensões t o t a i s

<|>' ângulo de a t r i t o em tensões e f e t i v a s

4 >c u ângulo de a t r i t o em tensões t o t a i s

q c a r g a de r u p t u r a

(5)

THE INFLUENCE OS SEEPAGE TIME AND A C I D I T Y OF WATER ON THE PERMEABILITY AND SHEAR STRENGTH BEHAVIOUR OF A RED SOIL FROM THE STATE OF PARAÍBA, BRASIL

M.Sc. T h e s i s by A d e m i l s o n M o n t e s F e r r e i r a A B S T R A C T T h i s l a b o r a t o r y i n v e s t i g a t i o n d e a l s w i t h t h e i n f l u e n c e o f s e e p a g e t i m e a n d l e v e i o f a c i d i t y o f w a t e r on t h e p e r m e a b i l i t y a n d s t r e n g t h b e h a v i o u r o f a r e d s o i l f r o m t h e S t a t e o f P a r a i b a . S p e c i m e n s s t a t i c a l l y c o m p a c t e d w e r e s u b j e c t e d t o w a t e r p e r c o l a t i o n f o r v a r y i n g t i m e s ( 2 4 , 4 8 , 7 2 and 96 h o u r s ) , t h e i r p e r m e a b i l i t i e s m e a s u r e d a t i n t e r v a l s o f 12 h o u r s a n d t h e i r t r i a x i a l s t r e n g t h p a r a m e t e r s a t t h e end o f t h e v a r i o u s p e r c o l a t i o n t i m e s . T h r e e l e v e i s o f a c i d i t y o f t h e s e e p a g e w a t e r w e r e u s e d , i . e , 3.25, 7.3 a n d 12.4. E q u i p m e n t c o n s i s t i n g o f m o l d s a n d a m u l t i p e r m e a m e t e r o f c o n s t a n t h e a d w e r e d e s i g n e d a n d c o n s t r u c t e d f o r t h e s t u d y , a n d a n o v e l t e c h n i q u e f o r s a t u r a t i o n o f s p e c i m e n s e m p l o y e d . I t i s shown t h a t t h e e q u i p m e n t u s e d p r o v i d e s s t a t i s t i c a l l y a c e p t a b l e r e s u l t s a n d t h a t i t s u s e has t h e a d v a n t a j e o f s h o r t e n i n g t h e t i m e o f t e s t i n g . The c o e f i c i e n t o f p e r m e a b i l i t y was f o u n d t o v a r y i n v e r s e l y w i t h t h e pH o f t h e s e e p a g e w a t e r . T i m e o f s e e p a g e b y u n i d i r e c t i o n a l f l o w c a u s e d a d e c r e a s e o f p e r m e a b i l i t y f o r a n y o f t h e a c i d i t y l e v e i s i n v e s t i g a t e d . The s t r e n g t h p a r a m e t e r s i n t e r m s o f t o t a l and e f e c t i v e c o h e s i o n a n d a n g l e o f i n t e r n a i f r i c t i o n a r e n o t i c e a b l y a f f e c t e d b y t h e a c i d i t y o f t h e s e e p a g e w a t e r . The v a l u e s o f C a n d <j>' d e c r e a s e s l i g h t l y when t h e pH i s l o w e r e d

(6)

i n t e r p r e t a t i o n o f t h i s phenomena i s o f e r r e d . A l i m i t e d p i l o t s t u d y o f t h e e f f e c t s o f c o n t r o l l e d d r y i n g o n t h e s h e a r s t r e n g t h o f t h e Sapé-Mari s o i l showed t h a t d r y i n g 6 h o u r s a t 6 09C i n c r e a s e s t h e v a l u e s o f C a n d d e c r e a s e 4>1 f o r a l i t h e c o n d i t i o n s o f t i m e o f s e e p a g e and pH l e v e i .

(7)

INFLUÊNCIA DO TEMPO DE PERCOLAÇÃO E DA ACIDEZ DA AGUA NAS CARACTERÍSTICAS DE RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO E PER MEABILIDADE DE UM SOLO VERMELHO DO ESTADO DA PARAÍBA

T e s e de M e s t r a d o

de

A d e m i l s o n M o n t e s F e r r e i r a

S U M Á R I O

E s t a p e s q u i s a d e laboratório t r a t a d a i n fluência d o tempo de percolação e d o nível d e a c i d e z d a água nas características d e p e r m e a b i l i d a d e e resistência d e um s o l o v e r m e l h o d o E s t a d o d a Paraíba.

A m o s t r a s e s t a t i c a m e n t e c o m p a c t a d a s f o r a m s u b m e t i d a s a percolação d e a g u a p o r d i v e r s o s t e m p o s ( 2 4 , 4 8 , 7 2 e 96 h o r a s ) , s u a s p e r m e a b i l i d a d e s m e d i d a s a i n t e r v a l o s de 12 h o r a s e s e u s parâmetros d e resistência t r i a x i a l no f i m d o s vários t e m p o s d e percolação. Três níveis de a c i d e z d a a g u a d e percolação f o r a m u s a d o s , 3 , 2 5 , 7,3 e 1 2 , 4 .

E q u i p a m e n t o constituído d e m o l d e s e um m u i tipermeâmetro d e nível c o n s t a n t e f o i p r o j e t a d o e construído p a r a o e s t u d o , e uma n o v a técnica p a r a saturação d a s a m o s t r a s u t i l i z a d a s .

0 e q u i p a m e n t o u s a d o m o s t r o u r e s u l t a d o s e£ t a t i s t i c a m e n t e aceitáveis e s e u u s o t e m a v a n t a g e m d e d i m i n u i r o t e m p o d e e n s a i o .

0 c o e f i c i e n t e d e p e r m e a b i l i d a d e v a r i o u i n v e r s a m e n t e com o pH d a água d e percolação. Tempo de p e r c o l a ção p o r f l u x o u n i d i r e c i o n a l c a u s o u uma diminuição d e p e r m e a b i l i d a d e p a r a q u a l q u e r d o s níveis d e a c i d e z i n v e s t i g a d o .

Os parâmetros d e resistência em t e r m o s de coesão t o t a l e e f e t i v a e ângulo d e a t r i t o são a f e t a d o s p e l a a c i d e z d a água de percolação. Os v a l o r e s d e C e f d i m i n u e m q u a n d o o pH ê diminuído d e 7,3 p a r a 3,25. A u m e n t a n d o o pH p a r a 12,4 o c o r r e um decréscimo a d i c i o n a l n o s v a l o r e s d e C e <j>1 . É f e i t a uma interpretação q u a l i t a t i v a d e s t e fenómeno.

(8)

q u e a secagem p o r 6 h o r a s a 609C a u m e n t a os v a l o r e s de C e d i m i n u i <(>' p a r a t o d a s as condições de tempo de percolação e ní v e l de pH.

(9)

ÍNDICE

CAPÍTULO I INTRODUÇÃO 1

CAPÍTULO I I REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3

Introdução 3 Definição 3 O r i g e m e Formação 5 Classificação 1 1 P r o b l e m a s de e n g e n h a r i a n a s e s t r u t u r a s d e t e r r a construídas com s o l o t r o p i c a l v e r m e l h o 15

CAPÍTULO I I I OBJETIVO DA PESQUISA 19

CAPÍTULO I V MATERIAIS 20 C o l e t a de a m o s t r a s 23

P r o p r i e d a d e s d o s o l o e s t u d a d o 2 3

CAPÍTULO V MÉTODOS E EXECUÇÃO DE ENSAIOS 2 7 Introdução 2 7 E n s a i o s de g r a n u l o m e t r i a 2 7 Determinação dos l i m i t e s de A t t e r -b e r g 2 9 E n s a i o s d e compactação 29 Preparação d o s c o r p o s de p r o v a p a r a o s e n s a i o s de p e r m e a b i l i d a d e e c i s a l h a m e n t o t r i a x i a l 29

CAPÍTULO V I APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 4 3 Introdução 4 3 Características d e compactação do s o l o e s t u d a d o 43 R e s u l t a d o s d o s e n s a i o s de p e r m e a b i l i d a d e 43 E n s a i o s c o n s o l i d a d o s não d r e n a d o s 44

CAPÍTULO V I I DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 5 5

(10)

C o e f i c i e n t e de p e r m e a b i l i d a d e d o s

s o l o s e s t u d a d o 56 Resistência ao c i s a l h a m e n t o do

s o l o e s t u d a d o 58

CAPÍTULO V I I I CONCLUSÕES 67

CAPÍTULO I X SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS 6 8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 70

AGRADECIMENTOS 74

APÊNDICE A ALGUNS GRÁFICOS 7 5

APÊNDICE B RESULTADOS NUMÉRICOS OBTIDOS NOS

ENSAIOS DE PERMEABILIDADE 7 7

APÊNDICE C TABELAS DOS RESULTADOS NUMÉRICOS OBTIDOS NOS ENSAIOS T R I A X I A I S CON

(11)

1 -C A P T U L O I Introdução A c o m p l e x i h i l i d a d e e m a g n i t u d e das e s t r u t u r a s de e n g e n h a r i a de t e r r a t a i s como e s t r u t u r a s de r o d o v i a s , b a r r a g e n s e a t e r r o s , t e m a u m e n t a d o m u i t o r a p i d a m e n t e nos p a i s e s em d e s e n v o l v i m e n t o das regiões t r o p i c a i s v i s a n d o um c r e s c i m e n t o económico e i n d u s t r i a l m a i s rápido. Como r e s u l t a d o , e n g e n h e i r o s c i v i s e c i e n t i s t a s e s p e c i a l i z a d o s u t i l i z a m c a d a v e z m a i s solos disponíveis nos l o c a i s de construção, mas c u j a s pro-p r i e d a d e s e c o m pro-p o r t a m e n t o n a e n g e n h a r i a têm a i n d a de s e r invés t i g a d o . 0 m a i o r e x e m p l o d e s t a situação é o u s o de s o l o s verme l h o s p r o d u z i d o s p e l o p r o c e s s o de laterizaçao, e s t e s são m a i s c o n h e c i d o s como s o l o s lateríticos e l a t e r i t a s .

des intrínsecas de um s o l o têm influência f u n d a m e n t a l em s e u c o m p o r t a m e n t o n a e n g e n h a r i a . A relação e n t r e a p e r f o r m a n c e n a e n g e n h a r i a e as p r o p r i e d a d e s intrínsecas é r a z o a v e l m e n t e bem

c o n h e c i d a p a r a s o l o s d e s e n v o l v i d o s s o b condições climática t e m p e r a d a s e a ciência empírica de Mecânica dos S o l o s t e m avança do b a s t a n t e com o d e s e n v o l v i m e n t o d e s t a s relações. C o n t u d o , q u a n d o o e n g e n h e i r o e c i e n t i s t a e s p e c i a l i z a d o t e m de t r a t a r

com s o l o s t r o p i c a i s p r o d u z i d o s p r i n c i p a l m e n t e como um r e s u l t a do de i n t e m p e r i s m o químico em t e m p e r a t u r a s r a z o a v e l m e n t e a l t a s p o r um p r o c e s s o c o n h e c i d o como laterizaçao (remoção de b a s e s e álcalis com r e l a t i v a o u a b s o l u t a acumulação de óxidos de f e r r o e a l u m í n i o ) , o uso dos princípios o r t o d o x o s da Mecânica dos S o l o s t e m g r a n d e numero de limitações, p o i s a influência das p r o p r i e d a d e s intrínsecas d e s t e s s o l o s v e r m e l h o s no s e u c o m p o r t a m e n t o n a e n g e n h a r i a não está a i n d a d e f i n i d a .

dos a s p e c t o s do c o m p o r t a m e n t o de s o l o s lateríticos é r e l a c i o n a d o com as alterações no c o m p o r t a m e n t o de e n g e n h a r i a e desem ^•enho que podem s e r p r o v o c a d a s p e l o f l u x o de água através de uma e s t r u t u r a como uma b a r r a g e m , t a l u d e o u um a t e r r o . Se ss condições de a c i d e z d a água que p e r c o l a através da e s t r u t u r a v a r i a m , e o f l u x o t o r n a - s e i r r e e u l a r o u OPSS^ r r > m n 1 e t ^ m a - n + a HD

£ bem c o n h e c i d o o f a t o de q u e as p r o p r i eda

(12)

rações na composição do s o l o laterítico. Os princípios teóri cos da geoquímica d e s s a s mudanças são bem c o n h e c i d a s , c o n t u d o não e x i s t e p r a t i c a m e n t e nenhuma informação s o b r e investigações n o campo o u em laboratório que c o r r e l a c i o n a m mudanças de compo sição e e s t r u t u r a com s e u desempenho n a e n g e n h a r i a ( 1 ) .

0 d e s e n v o l v i m e n t o i n d u s t r i a l do B r a s i l n a última década t e m s i d o e s p e t a c u l a r e x i s t i n d o a i n d a c l a r a i n d i cação de que o c r e s c i m e n t o i n d u s t r i a l será m a n t i d o , l e v a n d o os e n g e n h e i r o s l o c a i s p o r e x e m p l o , a elaboração de v a s t o s p r o g r a mas de irrigação os q u a i s e x i g e m a construção de b a r r a g e n s de t o d o s os t a m a n h o s ; g r a n d e número d e s t a s b a r r a g e n s t e m s i d o construído com s o l o s lateríticos l o c a i s , o u f o r a m p l a n e j a d o s p a r a sê-lo. Desde que o s e f e i t o s a l o n g o p r a z o de percolação e e s v a z i a m e n t o não são bem c o n h e c i d o s , p a r e c e de suma importân

c i a q u e e s t u d o s no campo e laboratório s e j a m r e a l i z a d o s p a r a a s s e g u r a r que as e s t r u t u r a s de s o l o s lateríticos estão p r o j e t a das e construídas b a s e a d a s em um s a d i o critério de e n g e n h a r i a .

(13)

3 C A P Í T U L O I I REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Introdução A p e s a r da realização de inúmeras p e s q u i s a s s o b r e os s o l o s v e r m e l h o s e x i s t e n t e s nos países t r o p i c a i s , d i vergéncias e n t r e d i v e r s o s p e s q u i s a d o r e s d i f i c u l t a m b a s t a n t e a aceitação u n i v e r s a l de uma definição p a r a e s t e t i p o de s o l o .

E s t a revisão bibliográfica t r a t a b r e v e m e n t e os s e g u i n t e s a s p e c t o s de i n t e r e s s e p a r a o e s t u d o de s o l o s l a t e ríticos: Definição, O r i g e m e Formação, Classificação e P r o b l e mas de E n g e n h a r i a nas e s t r u t u r a s de t e r r a . Definição 0 t e r m o l a t e r i t a f o i p r o p o s t o p o r B u c h a n a n p a r a d e s i g n a r um m a t e r i a l e n c o n t r a d o p o r e l e em M a l a b a r , índia, em 1 8 0 7 , e que a p r e s e n t a v a a p a r t i c u l a r i d a d e de e n d u r e c e r quan do de s u a exposição ao s o l , s e n d o p o r i s s o t a l h a d o em f o r m a de t i j o l o (em l a t i m l a t e r ) e u t i l i z a d o como t a l p e l o s n a t i v o s em s u a s construções. Deve-se r e s s a l t a r que e s s e m a t e r i a l a p r e s e n t a v a a cõr v e r m e l h a e c o n t i n h a g r a n d e q u a n t i d a d e de f e r r o ( m i n ê r i o ) , em v e i o s e camadas, mas f o i ao m a t e r i a l em s i , e não ao f e r r o , q u e f o i d a d a , p o r B u c h a n a n , a denominação de L a t e r i t a ( 2 ) .

A p a r t i r de B u c h a n a n , m u i t o s p e s q u i s a d o r e s p a s s a r a m a u t i l i z a r o t e r m o L a t e r i t a p a r a a designação de s o

l o s das regiões t r o p i c a i s , i^as em v i r t u d e da enorme variação nas características d e s t e s s o l o s , u u i t o s o u t r o s t e r m o s f o r a m p r o p o s t o s r e s u l t a n d o em uma g r a n d e divergência de c o n c e i t o s que d i f i c u l t a a adoção de uma definição u n i v e r s a l ( 3 ) .

Segundo L u c e n a ( 3 ) , F e r m o r em 1 9 1 1 , d e f i n i u l a t e r i t a como s e n d o r e s u l t a n t e d a decomposição s u p e r f i c i a l e x p e r i m e n t a d a p o r d e t e r m i n a d a s r o c h a s com remoção em solução da combinação sílica, cálcio, magnésio, jõdio e potássio, e com acumulação r e s i d u a l a s s i s t i d a sem dúvida D e l a a r ã o r ^ n - i l ^ - n .

(14)

substituição e t r o c a de uma m i s t u r a h i d r a t a d a de óxidos de f e r r o , alumínio e titânio, r a r a m e n t e com magnésio, s e n d o e s s e s óxidos d e n o m i n a d o s de c o n s t i t u i n t e s lateríticos.

D i v e r s o s a u t o r e s p a s s a r a m então a a p r e s e n t a r definições b a s e a d a s n a composição química dos s o l o s t r o p i c a i s , s u r g i n d o s e g u n d o N o v a i s F e r r e i r a ( 4 ) a proposição de H a r r a s s o w i t z , em 1 9 2 6 , b a s e a d a n a relação m o l e c u l a r sílica/alu m i n a . U t i l i z a n d o e s s a relação M a r t i n e Doyne ( 5 ) c l a s s i f i c a r a m como l a t e r i t a os s o l o s que a p r e s e n t a v a m a relação m o l e c u l a r sí

l i c a / a l u m i n a menor q u e 1,33.

Em v i r t u d e da a c e n t u a d a presença de óxido de f e r r o nos s o l o s t r o p i c a i s v e r m e l h o s , a proposição de H a r r a s s o w i t z f o i c r i t i c a d a , s u r g i n d o a definição a p r e s e n t a d a p o r W i n t e r k o r n ( 6 ) b a s e a d a n a relação sílica/sesquióxidos (óxido de f e r r o e alumínio) d a fração m e n o r que 2u.

A l e x a n d e r e Cady, s e g u n d o L u c e n a ( 3 ) , d e f i nem l a t e r i t a como um m a t e r i a l r i c o em óxidos secundários de

f e r r o e alumínio o u ambos, q u a s e i s e n t o s de b a s e s e s i l i c a t o s primários, mas p o d e n d o c o n t e r g r a n d e s q u a n t i d a d e s de q u a r t z o e c a u l i n i t a . E s t a definição é a p r e s e n t a d a também p o r V a l l e r g a e Van T i l ( 7 ) .

G r a n t (8> d e f i n e l a t e r i t a como um m a t e r i a l que a p r e s e n t a uma a c e n t u a d a acumulação e f r e q u e n t e segregação de óxidos secundários de f e r r o (também se e n c o n t r a m invariável mente p r e s e n t e s a l g u n s óxidos de a l u m í n i o ) , s e n d o c a p a z de e n d u r e c e r p a r a f o r m a r " f e r r i c r e t e " s o b oxidação e / o u d e s i d r a t a ção.

L i t t l e , c i t a d o p o r L u c e n a ( 3 ) , d e f i n e l a t e r i t a como s e n d o : r o c h a s ígneas t r o p i c a i s d e s g a s t a d a s " i n s i t u " , as q u a i s estão d e c o m p o s t a s p a r c i a l m e n t e o u t o t a l m e n t e , com uma concentração de s e s q u i o x i d o s de f e r r o o u alumínio, h a v e n d o d i s pêndio de sílica.

No B r a s i l , a definição a c e i t a ê a f o r m u l a d a p e l o DNER ( 9 ) , b a s e a d a na relação sílica/sesquióxidos de f e r r o e alumínio p r o p o s t a p o r W i n t e r k o r n : " s o l o laterítico, s o l o c u j a fração c o l o i d a l ( a b a i x o de 2 u ) a p r e s e n t a relação sílica/

(15)

5

-d a -d e s : ^resença apreciável -de s e s q u i o x i -d o s -de f e r r o , ten-dência p a r a o c o n c r e c i o n a m e n t o e e n d u r e c i m e n t o s o b exposição .30 s o l . b a i x a e x p a n s i b i l i d a d e e f r a c o t e o r de matéria orgânica".

Do p o n t o de v i s t a do e n g e n h e i r o c i v i l , uma definição e x a t a não é necessária nem possível, desde que o que m a i s i n t e r e s s a a e s t e são as p r o p r i e d a d e s de e n g e n h a r i a . P o r i s s o o a u t o r d e s t e t r a b a l h o c o n c o r d a com L u c e n a ( 3 ) n a d e f i n i ção g e n e r a l i z a d a que e l e propõe: S o l o s V e r m e l h o s são a q u e l e s p r o d u z i d o s p o r um p r o c e s s o de laterizaçao.

O r i g e m e Formação

As divergências e x i s t e n t e s q u a n t o â d e f i n i , ção do t e r m o l a t e r i t a e x i s t e m , d a mesma m a n e i r a , q u a n t o â o r i

t,em e formação d e s s e s s o l o s v e r m e l h o s . Em um p o n t o , c o n t u d o , há aceitação g e r a l : e s s e s s o l o s são característicos de regiões t r o p i c a i s que a p r e s e n t a m uma estação s e c a bem d e f i n i d a , a n t e c e d i d a de uma estação c h u v o s a (10> , e n o r m a l m e n t e são f o r m a d o s " i n s i t u " , e x i s t i n d o d e s s a m a n e i r a , uma relação de a f i n i d a d e com as formações r o c h o s a s s u b j a c e n t e s ( 1 1 ) .

Rochas q u a n d o e x p o s t a s , ou próximas â s u ^erfície, e n c o n t r a m - s e em um m e i o químico e físico f r e q u e n t e mente b a s t a n t e d i f e r e n t e d a q u e l e no q u a l f o r a m o r i g i n a l m e n t e f o r m a d a s . Os m i n e r a i s q u e c o n s t i t u e m as r o c h a s podem r e a g i r q u i m i c a m e n t e com a água da c h u v a , água subterrânea, sólidos d i s s o l v i d o s e g a s e s do m e i o próximo â superfície, p a r a f o r m a r n o v o s m i n e r a i s que estão em equilíbrio com as condições s u p e r

f i c i a i s . A l g u n s m a t e r i a i s podem s e r c a r r e a d o s em solução na água subterrânea. 0 r e s u l t a d o d e s s a s variações n a r o c h a é um m a t e r i a l de características de s o l o e com p r o p r i e d a d e s físi c a s , químicas e mineralógicas c o m p l e t a m e n t e d i f e r e n t e s daque

l a s da r o c h a o r i g i n a l .

As variações que o c o r r e m n a r o c h a p o r e s t e s p r o c e s s o s são c o n h e c i d a s em g e o l o g i a p o r i n t e m p e r i s m o , o q u a l pode s e r físico ( i n c l u i os e f e i t o s de p r o c e s s o s mecânicos como abrasão, expansão e c o n t r a ç ã o ) , e químico ( i n c l u i os p r o c e s s o s de hidratação, hidrólise, oxidação, solução e c a r b o n a t a

(16)

O i n t e m p e r i s m o físico p r o d u z m a t e r i a i s c u j o s c o n s t i t u i n t e s m i n e r a i s são a q u e l e s da r o c h a o r i g i n a l , e n q u a n t o que reações químicas dos m i n e r a i s primários das r o c h a s com a a g u a , oxigénio, dióxido de c a r b o n o e óxidos orgânicos de r i v a d o s de vegetação, r e s u l t a m n a decomposição da r o c h a e f o r mação de n o v o s m i n e r a i s ( 1 0 ) .

E n t r e as d i v e r s a s t e o r i a s de laterizaçao e n c o n t r a m - s e as c i t a d a s p o r G i d i g a s u e B h a t i a QL2) ao e s t u d a r os s o l o s de Ghana. A p r i m e i r a p r o p o s t a p o r C o o p e r em 1 9 3 6 , s u g e r e que o p r o c e s s o de laterizaçao e n v o l v e a remoção ( l i x i v i a m e n t o ) em solução de sílica e b a s e s com a acumulação de s e s quiõxidos. A s e g u n d a f o r m u l a d a p o r H a m i l t o n em 1 9 6 4 , a t r i b u i a

formação de l a t e r i t a ao m o v i m e n t o p a r a c i m a da agua freática com s e s q u i o x i d o s , d a n d o o r i g e m ãs chamadas l a t e r i t a s de a l t a superfície, e ao m o v i m e n t o l a t e r a l de s e s q u i o x i d o s p a r a f o r m a r " l a t e r i t a s de b a i x a superfície". Segundo G i d i g a s u e B h a t i a , os p e r f i s e n c o n t r a d o s em Ghana c o n f i r m a m ambas as t e o r i a s .

I n f a n t i e K a n j i ( 1 ) c o n s i d e r a m a l a t e r i z a ção como um fenómeno de predominância química, se d e s e n v o l v e n do v i g o r o s a m e n t e na z o n a i n t e r t r o p i c a l úmida. A t i v i d a d e quími c a , desintegração física e ação microbiológica combinam seus e f e i t o s p r o d u z i n d o hidrólise, dissolução, transformação e f o r mação de n o v o s m i n e r a i s d e n t r o da z o n a i n t e m p e r i z a d a s . Os d e t a

l h e s d e s t e s p r o c e s s o s podem s e r c a r a c t e r i z a d o s p o r : l i x i v i a m e n t o de e l e m e n t o s a l c a l i n o s e a l c a l i n o s t e r r o s o s , diminuição no conteúdo de sílica e acumulação de óxidos h i d r a t a d o s de f e r r o e alumínio. Os p r i n c i p a i s m i n e r a i s p r e s e n t e s nos s o l o s laterí t i c o s são: G o e t i t a , G i b s i t a e C a u l i n i t a .

Segundo L u c e n a ( 3 ) , as t e o r i a s p r i n c i p a i s de alteração f o r a m s i n t e t i z a d a s p o r D'Hoore em 1954 e m o s t r a m que d o i s p r o c e s s o s podem s e r a s s i n a l a d o s :

1 ) Acumulação r e l a t i v a : concentração de s e s quióxidos p e l a remoção de sílica e b a

ses .

2) Acumulação a b s o l u t a : concentração de se= quióxidos p e l a acumulação através do p e r f i l ou e n t r e p e r f i s .

(17)

7

-As t e o r i a s r e l a c i o n a d a s com a acumulação r e l a t i v a r e f e r e m - s e ã remoção de m a t e r i a i s r e l a t i v a m e n t e solú v e i s p r o v e n i e n t e s de r o c h a primária o r i g i n a r i a m e n t e r i c a em c o n s t i t u i n t e s de f e r r o e alumínio. A decomposição química dos s i l i c a t o s com a remoção de álcalis, t e r r a s a l c a l i n a s e sílica em solução d e i x a um m a t e r i a l m a i s c o n c e n t r a d o em f e r r o e alumí n i o . E s t a concentração dá aos t e r r e n o s uma coloração de t i j o l o e, em g e r a l , um c o n c r e c i o n a m e n t o das r e s p e c t i v a s partículas c u j a i n t e n s i d a d e e distribuição são m u i t o variáveis. E x i s t e en tão uma concentração a l u m i n o s a e uma concentração f e r r u g i n o s a , e n v o l v e n d o e s s a u l t i m a o e n r i q u e c i m e n t o do s o l o em f e r r o p e l a

l a v a g e m de sílica e b a s e s c o m b i n a d a s bem como de o u t r o s m a t e r i a i s r e l a t i v a m e n t e m o v e i s d e n t r o do s o l o . Deve s e r c o n s i d e r a do a i n d a , q u e nem t o d a s as f o r m a s de f e r r o nos s o l o s são propí c i a s ã s u a mobilização.

a ) 0 íon férrico e q u a s e insolúvel n o pH do s o l o . b ) 0 íon f e r r o s o é r e l a t i v a m e n t e solúvel, mas estável s o m e n t e no m e i o r e d u t o r . c ) 0 f e r r o em s u a f o r m a c o l o i d a l p o d e s e r d e s l o c a d o p o i s é m u i t o sensível a eletrõ l i s e . d ) 0 f e r r o se a g r e g a r i g o r o s a m e n t e ã a r g i l a e pode s e r l a v a d o com e l a d e v i d o a sua mudança eletrolítica.

e ) Os íons férrico e f e r r o s o são c a p a z e s de se a s s o c i a r e m com c e r t a s substâncias q u e passam através dos s o l o s d a n d o íons com p l e x o s e l e t r o n e g a t i v o s que não se a g r e gam â a r g i l a e são menos sensíveis â e l e trõlitos. f ) A migração de f e r r o n a f o r m a de c a r b o n a n a t o s o c o r r e s o b c e r t a s condições. G e r a l m e n t e s o b condições de b a i x o pH e a l t o E h , a mobilização de f e r r o em solução é r e d u z i d a e , a s s i m , é c o n c e n t r a d a n o p e r f i l r e s i d u a l ( 3 ) .

(18)

O p r o c e s s o de acumulação a b s o l u t a e n v o l v e a remoção do f e r r o em solução, migração d e s t a solução e a s u b s e q u e n t e fixação do f e r r o no s o l o laterítico. P a r a que e s s e p r o c e s s o o c o r r a , as condições devem s e r favoráveis ( 3 ) .

N o r t o n ( 1 3 ) , e s t u d o u a m o b i l i d a d e r e l a t i v a do f e r r o s o b condições variáveis de pH, c o n c l u i n d o que a remo ção s e l e t i v a do s o l o de álcalis, t e r r a s a l c a l i n a s e sílica é c o n s e g u i d a p o r uma combinação de Eh - pH onde a s o l u b i l i d a d e de a l u m i n a , óxidos de m e t a i s p o l i v a l e n t e s e hidróxidos, ê me n o r que a do q u a r t z o . C o n t u d o , a remoção s e l e t i v a do f e r r o do s o l o com retenção de a l u m i n a , r e q u e r u n i c a m e n t e condições e s p e cíficas de Eh e pH. pH m u i t o b a i x o mobilizará a l u m i n a e a um Eh a l t o , o f e r r o r e s i d u a l é e n r i q u e c i d o . Na t e o r i a a p r e s e n t a d a p o r N o r t o n , são c o n s i d e r a d o s i m p o r t a n t e s p a r a a formação das l a t e r i t a s os s e g u i n t e s f a t o r e s : a ) C l i m a , i n c l u i n d o t e m p e r a t u r a média a n u a l , distribuição t o t a l e t e m p o r a l da precipitação. b ) T o p o g r a f i a . c ) M o v i m e n t o da água no s o l o , p a r t i c u l a r m e n t e a r e d e de d r e n a g e m i n c l i n a d a e nível de flutuação de água do s o l o . d ) Preponderância do i n t e m p e r i s m o químico s o b r e o físico. 0 m o d e l o de N o r t o n é b a s e a d o s o m e n t e nas se ^ u i n t e s considerações: s o l u b i l i d a d e p r e f e r e n c i a l de um e l e m e n t o s o b r e o u t r o , d e n t r o de uma f a i x a de p H , e d i s p o n i b i l i d a d e de oxigénio n a água do s o l o ( E h ) .

D o i s f a t o r e s são de suma importância p a r a a compreensão de um m o d e l o de meteorização química, p a r a a remo ção de a l u m i n a , f e r r o e sílica do p e r f i l do s o l o :

1) 0 a b a i x a m e n t o do pH da água d a c h u v a , que de 5,5 a 6,5 p a s s a p a r a a p r o x i m a d a

(19)

9

-absorção de C 02 e ácidos. 0 p o t e n c i a l de oxidação da a g u a da c h u v a é uma f u n ção do pH e do t e o r de oxigénio.

2) 0 t i p o de reação da solução f o r m a d a p e l a água da c h u v a com as r o c h a s , q u e são ge r a l m e n t e de 4 t i p o s e que podem m o d i f i c a r o Eh e o pH.

E s t a s equações são:

A) Reação com liberação de cátions.

2 K A l S i30g + 2 H+ + 7 H20 A l2S i 2 (OH) +

+ 2 K+ + UH^SiO^

A água d i s s o c i a d a p e l a h i d r o l i s e a t a c a v i o l e n t a m e n t e os f e l d s p a t o s , com liberação do íon K+. I s t o r e s u l t a em uma elevação do pH, s e n d o e s t e função da concentração de K+ e H^ S i O ^ n a solução a n t e r i o r a reação.

B) Reação com liberação de ânion.

A l ( 0 H )3 + H20 A l ( 0 H ) ~ + H +

Com a liberação do íon H+, há um a b a i x a m e n t o do pH, s e n d o i s s o de relevância na d e t e r minação da m o b i l i d a d e do alumínio.

C) Reação com liberação de espécies a q u o s a s n e u t r a s .

S i 02 + 2 H20 H^ S i O ^

E s t a equação assume importância p a r a a com p l e t a dissilificação d a r o c h a de q u a r t z o , e p o d e i n f l u e n c i a r no v a l o r do pH.

D) Reações com oxidação e redução.

Fe + +. + 2 H?0 •+ FeO (OH) + e" + 3 H+

(20)

G r a n t (8'' e s t u d a n d o s o l o s v e r m e l h o s n a Aus trãlia, f o r m u l a a s e g u i n t e u e o r i a a r e s p e i t o d a formação de l a t e r i t a : s o b condições c o n v e n i e n t e s , óxido de f e r r o , óxido de alumínio e sílica são m o b i l i z a d o s em solução a q u o s a , p o d e n d o s e r t r a n s p o r t a d o s em solução e r e p r e c i p i t a d o s s o b condições favoráveis.

0 f e r r o é m o b i l i z a d o em solução n o e s t a d o f e r r o s o do m a t e r i a l f e r r u g i n o s o o r i g i n a l , e move-se como t a l até que e n c o n t r e condições de oxidação. Sob e s t a s condições o f e r r o f e r r o s o se o x i d a p a r a o e s t a d o férrico o q u a l é insolú v e l n a água. Se a oxidação f o r rápida, t o d o o f e r r o é i m e d i a t a m e n t e t r a n s f o r m a d o p a r a o e s t a d o férrico. 0 f e r r o então se p r e c i p i t a como um g e l de óxido férrico h i d r a t a d o . Na d e s i d r a t a ção, o g e l f o r m a o l e p i d o c r o c i t e h i d r a t a d o i n d e f i n i d o , que numa desidratação p o s t e r i o r muda p a r a o h i d r a t o c r i s t a l i n o i n d e f i n i d o , ^ue é a g o e t i t a . Com a desidratação c o m p l e t a , é f o r mada a h e m a t i t a c r i s t a l i n a . 0 p r o c e s s o é irreversível, a menos que h a j a uma mudança nas condições de oxidação. Se a oxidação f o r l e n t a pode s e r f o r m a d o a l g u m óxido ferroso-férrico como m a g n e t i t a c r i s t a l i n a . 0 m a t e r i a l q u e a i n d a i n c l u i f e r r o f e r r o so móvel o u g e l õxido-fêrrico h i d r a t a d a terá p r o p r i e d a d e s que permitirá s e u e n d u r e c i m e n t o e é l a t e r i t a . M a t e r i a l no q u a l t o do f e r r o está n o e s t a d o férrico e f o i c r i s t a l i z a d o p a r a g o e t i t a , h e m a t i t a , o u m a t e r i a l no q u a l o f e r r o está i m o b i l i z a d o n a f o r m a de magnetita,não t e m condições de ligação, e se c i m e n t a do é f e r r i c r e r e e se não c i m e n t a d o p o r óxido de f e r r o é s i m p l e s m e n t e s o l o v e r m e l h o .

Alumínio, a s s i m como o f e r r o , pode também s e r l i x i v i a d o s o b condições ácidas ( f e r r o pH<8; alumínio p H < 5 ) . C o n s e q u e n t e m e n t e l a t e r i t a s e " f e r r i c r e t e s " f r e q u e n t e m e n t e c o n tém óxido de alumínio h i d r a t a d o e b a u x i t a s a l g u m óxido de f e r r o h i d r a t a d o ou h e m a t i t a ( 8 ) .

Os e s t u d o s de G r a n t n a Austrália i n d i c a m que o t r a n s p o r t e de f e r r o o u alumínio o c o r r e v e r t i c a l m e n t e , s e n d o então a laterizaçao um fenómeno e s s e n c i a l m e n t e l o c a l . Es se a u t o r a f i r m a a i n d a q u e " s o b c o r r e t a s condições, f e r r o pode s e r l i x i v i a d o de uma l a t e r i t a o u f e r r i c r e t e ( o u b a u x i t a ) já f o r m a d a p a r a s e r d e p o s i t a d o em o u t r o l o c a l " .

(21)

11

-G e r a l m e n t e , o s o l o r e s u l t a n t e do p r o c e s s o de laterizaçao a p r e s e n t a uma e s t r u t u r a g r a n u l a r , d e v i d o ao e f e i t o a g l o m e r a n t e dos s e s q u i o x i d o s que e n v o l v e m as partícu

l a s n a t u r a i s do s o l o ( 1 4 , 1 6 ) . Os s e s q u i o x i d o s são a b s o r v i d o s na superfície dos a r g i l o - m i n e r a i s , s e n d o os m a i s f r e q u e n t e s do t i p o 1 : 1 , com c a u l i n i t a o c o r r e n d o n a q u a s e t o t a l i d a d e dos s o l o s e s t u d a d o s , p o r m e i o d a interação e n t r e as partículas de a r g i l a c a r r e g a d a s n e g a t i v a m e n t e e os s e s q u i o x i d o s de c a r g a po-s i t i v a , d e p e n d e n d o e po-s t a abpo-sorção dapo-s caracterípo-sticapo-s de po-s u p e r fície dos c o m p o n e n t e s f e r r o e alumínio, da c a r g a característica do a r g i l o m i n e r a l , e pH do m e i o a m b i e n t e ( 1 4 ) .

0 m a i o r o u menor e n v o l v i m e n t o e f e t u a d o p e l o s s e s q u i o x i d o s , é um f a t o r dos m a i s i m p o r t a n t e s p a r a o e s t a b e l e c i m e n t o das diferenças físicas o u físico-químicas e n t r e s o l o s lateríticos e s o l o s t e m p e r a d o s ( 1 4 ) . Towsend e Reed

( 1 5 ) , concluíram que o e n v o l v i m e n t o dos a r g i l o - m i n e r a i s p e l o s s e s q u i o x i d o s , t e m influência a c e n t u a d a no c o m p o r t a m e n t o dos s o l o s , e que s u a remoção p r o v o c a um acréscimo da q u a n t i d a d e de partículas de a r g i l a e diminuição nas partículas s i l t o s a s e a r e n o s a s .

Segundo Mc I n t y r e , m e n c i o n a d a n a referên c i a 1 5 , a influência dos s e s q u i o x i d o s n a formação da e s t r u t u r a g r a n u l a r , ê d e v i d o a uma o u a t o d a s as c a u s a s s e g u i n t e s :

1) Aglomeração d e v i d o a precipitação de um g e l h i d r a t a d o de f e r r o o u alumínio e uma s u b s e q u e n t e desidratação irreversí v e l d e s s e s m a t e r i a i s .

2) Presença de f e r r o em solução, o que e v i t a a defloculação. 3) Formação de c o m p o n e n t e s m i n e r a i s orgâni c o s de a c i d o húmico com s e s q u i o x i d o s l i v r e s . Classificação Um s i s t e m a de classificação t e m p o r o b j e t i

(22)

n h e c i d o , c o m p a r a n d o a l g u m a s de s u a s p r o p r i e d a d e s c o n h e c i d a s âs de o u t r o s o l o q u e se j u l g a m s e m e l h a n t e s ( 1 6 ) .

Como o c o m p o r t a m e n t o dos s o l o s laterític>s, depende f u n d a m e n t a l m e n t e da s u a história geológica, génese, características morfológicas, t i p o de m i n e r a l o g i a d a a r g i l a , n a t u r e z a dos íons trocáveis, e r e a i s condições de u m i d a d e , os s i s t e m a s de classificação b a s e a d o s u n i c a m e n t e nas característi c a s de g r a n u l o m e t r i a e p l a s t i c i d a d e do s o l o , não a p r e s e n t a m b o n s r e s u l t a d o s ( 1 7 ) .

M u i t o s s i s t e m a s de classificação p a r a s o l o s lateríticos têm s u r g i d o nos d i v e r s o s países onde p e s q u i s a s s o b r e e s s e s s o l o s têm s i d o r e a l i z a d a s , no e n t a n t o e s s e s s i s t e m a s g e r a l m e n t e são b a s e a d o s em f a t o r e s mineralógicas, o u de a g r i c u l t u r a , não sendo a s s i m s i s t e m a de classificação de e~ genha r i a , daí não s e r e m a p r o p r i a d o s p a r a f i n s de e n g e n h a r i a (7 >•

V a l l e r g a e Van T i l (7 > c o n s i d e r a m o S i s t e m a de Classificação U n i f i c a d a como o que m a i s se a d a p t a aos s o l o s lateríticos, desde q u e s e j a m n e l e incluídos símbolos p a r a d e f i n i r as características de d u r a b i l i d a d e das partículas de p e d r e g u l h o e a r e i a , e a p l a s t i c i d a d e dos m a t e r i a i s f i n o s e n c o n t r a dos nas a r e i a s e p e d r e g u l h o s lateríticos. E s t e s a u t o r e s p r o põem a adição dos símbolos L, I , H, p a r a m a t e r i a i s com m a i s de 1 2 % p a s s a n d o n a p e n e i r a n9 2 0 0 , a f i m de caracterizá-los como b a i x a ( L L < 3 5 ) , média ( L L = 35 a 5 0 ) e a l t a p l a s t i c i d a d e ( L L > 5 0 ) , e 1,2 e 3 p a r a d e s i g n a r a l t a , média e b a i x a d u r a b i -l i d a d e , s e n d o e s s e parâmetro d e f i n i d o p e -l o s e n s a i o s "Ca-lifõr n i a C o a r s e ( D c ) e F i n e D u r a b i l i t y " ( D f ) , com os s e g u i n t e s c r i térios: Símbolo F a i x a de v a l o r e s de Dc e D f ( 1 ) > 35 ( 2 ) 20 - 35 ( 3 ) < 20 C o n s i d e r a n d o a composição química, M a r t i n e Doyne ( 5 ) c l a s s i f i c a m as l a t e r i t a s s e g u n d o a relação m o l e c u l a r sílica/alumina ( K i ) , p r o p o s t a p o r H a r r a s s o w i t z em 1926:

(23)

13 -K i < 1,33 s o l o de l a t e r i t a 1,33 < K i < 2 s o l o laterítico K i > 2 s o l o não laterítico E s t a classificação s o f r e u f o r t e s críticas p o r l e v a r em consideração s o m e n t e o s s e s q u i o x i d o s de alumí n i o , sem l e v a r em c o n t a a importância d o s s e s q u i o x i d o s d e f e r r o e o u t r o s ( 3 ) . W i n t e r k o r n ( 6 ) , b a s e a d o na relação síli c a / s e s q u i o x i d o s u s a a mesma classificação p r o p o s t a p o r M a r t i n e D o y n e , p a r a d i s t i n g u i r os s o l o s d e l a t e r i t a , s o l o s lateríti c o s e s o l o s não lateríticos. Segundo L u c e n a ( 3 ) , a classificação d e s o l o s lateríticos q u e , n o momento, p a r e c e d e m a i o r u t i l i d a d e p o t e n c i a l no campo d e e n g e n h a r i a , é a classificação d a USAID, d e s e n v o l v i d o p e l o L y o n s A s s o c i a t e s ( 1 0 ) d u r a n t e o e s t u d o d a s p r o p r i e d a d e s d o s s o l o s da A f r i c a . E s t a classificação u t i l i z a uma simplificação d a classificação d e D ' H o o r e , e t e n t a c o r r e lações estatísticas de p r o p r i e d a d e s de e n g e n h a r i a em g r u p o s da classificação de D'Hoore. E s s e s g r u p o s e s u a s p r o p r i e d a d e s são d e s c r i t o s a s e g u i r :

S o l o s t r o p i c a i s f e r r u g i n o s o s : Os s o l o s t r o p i c a i s f e r r u g i n o s o s têm, d e um modo g e r a l , p e r f i s A, B e C. O b s e r v a - s e uma m a r c a n t e separação d e óxidos d e f e r r o l i v r e , que p o d e s e r d e v i d o â lixiviação no p e r f i l ou precipitação d e n t r o d o p e r f i l n a f o r m a de manchas o u concreções. As r e s e r v a s d e m i n e r a i s i n t e m p e r i z a d a s são f r e q u e n t e m e n t e a p r e c i a v e i s . A relação s i l t e / a r g i l a ( 2 0 u / 2 u ) d e t e r m i n a d a p o r d i s p e r

são r e p e t i d a , sedimentação e separação d o f l u e n t e em s u s p e n

são, ê g e r a l m e n t e a c i m a de 0,15. 0 a r g i l o - m i n e r a l p r e d o m i n a n t e e , n a s u a m a i o r i a , c a u l i n i t a , mas f r e q u e n t e m e n t e contêm p e q u e n a s q u a n t i d a d e s de a r g i l a d o t i p o 1:2, sendo que a g i b s ^ t a g e r a l m e n t e não ê e n c o n t r a d a . A relação S i 02/ A l203 se s i t u a próximo d e 2 o u um p o u c o m a i o r , e n q u a n t o que a relação S i 02/ R203 ê s e m p r e menor que 2. E s t e s s o l o s têm uma b a i x a p l a s t i c i d a d e e as d e n s i d a d e s d e compactação c o r r e s p o n d e n t e s a o AASHO m o d i f i c a d o são a l t a s , com e l e v a d o s v a l o r e s d e CBR, m a i o r e s do que o s o u t r o s d o i s g r u p o s .

(24)

s a o f r e q u e n t e m e n t e p r o f u n d o s e s e u s h o r i z o n t e s são a p e n a s l i g e i r a m e n t e d i f e r e n c i a d o s . A relação s i l t e / a r g i l a d e t e r m i n a d a p o r dispersão r e p e t i d a , sedimentação e separação do f l u t u a n t e em suspensão, é g e r a l m e n t e menor do que 0.2 5 nos h o r i z o n t e s B e C. Os a r g i l o - m i n e r a i s são p r e d o m i n a n t e m e n t e do t i p o 1 : 1 , e são n a s u a m a i o r i a a s s o c i a d o s com m i n e r a i s h i d r a t a d o s de a l u m i n a ; g i b s i t a , que ê uma das s u a s f o r m a s c r i s t a l i n a s , não é um

c o n s t i t u i n t e e s s e n c i a l , a i n d a que e s t e j a f r e q u e n t e m e n t e p r e s e n t e . A relação S i O j / A ^ O . ^ se e n c o n t r a , a l g u m a s v e z e s , próximo a 2, s e n d o u s u a l m e n t e menor q u e 2. Os s o l o s ferralíticos são s e m e l h a n t e s , até c e r t o p o n t o , aos f e r r i s o l o s , a p r e s e n t a n d o a l t a p l a s t i c i d a d e e v a l o r e s de CBR m a i s b a i x o s do q u e os s o l o s f e r r u g i n o s o s .

F e r r i s o l o s : Os f e r r i s o l o s têm um p e r f i l q u e se a s s e m e l h a m u i t o ao d o s s o l o s ferralíticos, f r e q u e n t e m e n t e com um h o r i z o n t e e s t r u t u r a l B e com a g r e g a d o s t e n d o superfí c i e s p o l i d a s . E s t a s superfícies não são n e c e s s a r i a m e n t e d e v i das a r e v e s t i m e n t o de a r g i l a , mas podem s e r em v i r t u d e d a p r e sença de m i s t u r a s g e l a t i n o s a s de alumínio e sílica. A r e s e r v a de m i n e r a i s i n t e m p e r i z a d o s ê g e r a l m e n t e b a i x a , mas p o d e e x c e

d e r 1 0 % d a s frações com 50 a 250 mícrons. A relação s i l t e / a r g i

l a ( 2 0 u / 2 u ) , d e t e r m i n a d a p o r dispersão r e p e t i d a , sedimentação e separação d o f l u e n t e em suspensão, ê s u p e r i o r a 0.20 a c i m a das r o c h a s ígneas e metamórficas. A fração a r g i l a c o n s i s t e q u a se i n t e i r a m e n t e de c a u l i n i t a , óxidos de f e r r o l i v r e s e mate_ r i a i s a m o r f o s a l g u m a s v e z e s com p e q u e n a s q u a n t i d a d e s de a r g i l a do t i p o 2:1 e g i b s i t a . A relação S Í O 2 / A I 2 O 2 se a p r o x i m a de 2, porém, n a m a i o r i a d a s v e z e s ê m e n o r do q u e 2. Os f e r r i s o l o s d i

f e r e m dos o u t r o s g r u p o s de s o l o s , p o r q u e as superfícies de erosão impedem um d e s e n v o l v i m e n t o n o r m a l do p e r f i l e força o mesmo a se d e s e n v o l v e r em p r o f u n d i d a d e n o s m a t e r i a i s m a t r i z e s menos i n t e m p e r i z a d o s .

No B r a s i l , um e s t u d o s i m i l a r ao r e a l i z a d o n a A f r i c a , vem s e n d o d e s e n v o l v i d o p e l a L y o n s A s s o c i a t e s e o DNER com s u p o r t e d a USAID. Os r e s u l t a d o s a i n d a não estão d i s p o níveis p a r a exame, mas ê e s p e r a d o que venham a j u d a r a r e s o l v e r o c o m p l e x o p r o b l e m a de classificação dos s o l o s lateríticos(3).

(25)

15

-P r o b l e m a s de E n g e n h a r i a nas E s t r u t u r a s de T e r r a Construídas com S o l o T r o p i c a l V e r m e l h o

Com o d e s e n v o l v i m e n t o d a Mecânica dos So l o s , c a d a vez m a i s t e m s i d o u s a d o s o l o t r o p i c a l v e r m e l h o n a construção de b a r r a g e n s mesmo com c o n h e c i m e n t o dos p r o b l e m a s que poderão a d v i r d e s t a p r a t i c a de construção. E n t r e e s s e s p r o b l e m a s , e s t a o que pode s u r g i r d a mobilização de f e r r o b l o q u e ando os d r e n o s , o u a l t e r a n d o as características de e n g e n h a r i a dos l o c a i s de onde f o i r e m o v i d o , no i n t e r i o r d a b a r r a g e m .

As condições geoquímicas s o b r e as q u a i s õxi do férrico, o x i d o f e r r o s o , a l u m i n a e sílica são solúveis, são

3+

-a p r e s e n t -a d -a s n -a F i g . 2 . 1 ( 1 ) . Pode s e r v x s t o que Fe e s o l u v e l em m e i o m u i t o a c i d o (pH 2 . 5 ) , o q u e é incomum n a n a t u r e z a :

2+ ~ C o n t u d o , Fe pode e x i s t i r em solução em um m e i o com um pH t a o a l t o q u a n t o 7.5, d e p e n d e n d o do p o t e n c i a l de oxidação d e s t e m e i o . C o n s i d e r a n d o que a f a i x a de pH n a t u r a l p a r a regiões s u b

2 +

t r o p i c a i s v a r i a de 5 a 7, Fe pode s e r f a c i l m e n t e d i s s o l v i d o se o p o t e n c i a l de oxidação f o r a d e q u a d o . Pode também s e r n o t a do q u e n e s t a f a i x a de pH sílica é de b a i x a s o l u b i l i d a d e , e a l u m i n a é p r a t i c a m e n t e insolúvel. 0 gráfico de p o t e n c i a l redução e pH, m o s t r a d o na F i g . 2.2, r e p r e s e n t a o equilíbrio t e r m o d i nâmico p a r a vários c o m p o n e n t e s de f e r r o . Pode s e r v i s t o que

3+ 2 +

Fe" r e q u e r um a l t o p o t e n c i a l , e n q u a n t o Fe r e q u e r um modera do a b a i x o p o t e n c i a l p a r a e n t r a r em s o l u b i l i d a d e . E s t e f a t o

2+

e a f a i x a de pH dos s o l o s n a t u r a i s , i n d i c a m q u e Fe pode comu m e n t e s e r e n c o n t r a d a em solução n a n a t u r e z a em c e r t a s l a t i t u

3 +

d e s , e q u e um c o m p o n e n t e Fe pode também s e r solúvel p o r r e d u ção a F e ^+ ( 1 ) .

A l g u n s f a t o r e s q u e c o n c o r r e m p a r a a s o l u b i l i d a d e do f e r r o são:

1) Decréscimo do pH de água (dissolução de

CO2 com produção de ácido carbónico,

matéria orgânica, ácidos p r o d u z i d o s p o r a t i v i d a d e orgânica).

2) Diminuição do p o t e n c i a l de redução ( o x i dação de s u l f a t o m i n e r a i s , presença de

(26)

F i g u r a 2.2 D i a g r a m a de equilíbrio do f e r r o (traçado a 25?C e pressão atmosférica), m o s t r a n d o a posição de a l g u n s , m e i o s a m b i e n t e s n a t u r a i s ( 1 9 ) .

(27)

10 IO I O O o <£» -~ ut < l i \ n a> o E o •o o i .

1

O iv « 55 !j li 10 li P H ION Fe + 0.8 + 0.4 + 0.2 E h + 0.0 - 0 . 2

ION Fé* W f Í Í ^ ^ ^ ^ S

<4 Fe

•VilCompo de precipitação de ferro I [Compo de dissolução de ferro

' 1 — J _ 1 •

(28)

t r i a i s , matéria orgânica e a t i v i d a d e biológica). 3) Formação de c o m p l e x o s ( f e r r o p o d e s e r r e t i d o n a e s t r u t u r a de sílica c o l o i d a l «• 2 + 3+ f o r m a n d o c o m p l e x o s sílica Fe o u Fe , o u n a s e s t r u t u r a s de c o m p o n e n t e s húmicos solúveis d e r i v a d o s de decomposição orgâ n i c a ) ( 1 ) .

A precipitação do f e r r o p o d e o c o r r e r c a u s a da p o r uma variação no p H , no p o t e n c i a l de redução ou em ambos. E s s a mudança p o d e s e r c a u s a d a p o r :

a) A u m e n t o no.pH d a a g u a .

b ) Passagem p a r a um m e i o de oxidação: com

- 2 + 3 +

oxidação de Fe a Fe e precipitação F e ^+ como hidróxido férrico.

c ) A u m e n t o n a concentração de modo que s e j a e n c o n t r a d o o p r o d u t o de s o l u b i l i d a d e .

d ) Decomposição de c o m p l e x o s orgânicos f e r r o s o s em m e i o s de oxidação ( 1 ) .

Como consequência de precipitação de f e r r o p o d e m o c o r r e r d i v e r s o s p r o b l e m a s :

Se a precipitação se d e r n o i n t e r i o r d a b a r r a g e m , ocorrerá a cimentaçao do m a t e r i a l com c o n s e q u e n t e de créscimo de p l a s t i c i d a d e d o m a t e r i a l , o q u e p o d e p r o v o c a r f i s s u r a s q u e possibilitarão s u r g i m e n t o de " p i p i n g " . Um e x e m p l o é a B a r r a g e m de Shek P i k ( 2 0 ) .

Se a precipitação o c o r r e r n o d r e n o de a r e i a , com uma cimentaçao p a r c i a l d o m a t e r i a l , uma redução n a p e r m e a b i l i d a d e d o f i l t r o pode p r o d u z i r um acréscimo n a c a r g a p i e z o métrica no i n t e r i o r d a b a r r a g e m , com c o n s e q u e n t e diminuição no f a t o r de segurança o u elevação d a " l i n h a de saturação" que p o d e i n t e r c e p t a r p e r i g o s a m e n t e o t a l u d e de j u s a n t e .

P o r o u t r o l a d o , se o c o r r e o l i x i v i a m e n t o mas não e x i s t e a precipitação no i n t e r i o r d a b a r r a g e m , a p e r m e a b i l i d a d e p o d e a u m e n t a r p r o g r e s s i v a m e n t e , d i m i n u i n d o a r e s i s tência ao c i s a l h a m e n t o e a u m e n t a n d o a p e r d a de água.

(29)

- 18

-I n f a n t i e K a n j i ( 1 ) c i t a m a l g u n s p r o b l e m a s s u r g i d o s em b a r r a g e n s de t e r r a nos E s t a d o s de R i o de J a n e i r o e São P a u l o . Em São P a u l o , uma b a r r a g e m de t e r r a c o n s t r u i d a so b r e r o c h a s P r e c a m b r i a n a s i n t e m p e r i z a d a s a p r e s e n t o u c o n t a m i n a ção e cimentaçao dos f i l t r o s de d r e n a g e m p o r m a t e r i a l f e r r u g i -n o s o , t e -n d o as i-nvestigações e x e c u t a d a s e -n c o -n t r a d o torrões f o r t e m e n t e c i m e n t a d o s n o f i l t r o de a r e i a . No E s t a d o do R i o de J a n e i r o , uma b a r r a g e m construída s o b r e r o c h a s P r e c a m b r i a n a s i n t e m p e r i z a d a s em l o c a l que a p r e s e n t o u impregnação de hidróxidos de f e r r o nas p a r e d e s de um poço de investigação, vem a p r e s e n t a do precipitação de f e r r o nos f i l t r o s de a r e i a . D o i s o u t r o s c a s o s são r e g i s t r a d o s no E s t a d o de São P a u l o , d e v i d o a a t i v i d a d e micro-biolõgica em b a r r a g e n s em construção, uma s o b r e r o c h a s P r e c a m b r i a n a s i n t e m p e r i z a d a s e o u t r a s s o b r e s e d i m e n t o s m a i s r e c e n t e s d e r i v a d o s de r o c h a s P r e c a m b r i a n a s . '

K n i l l e B e s t ('20) i n v e s t i g a n d o o r o m p i m e n t o de B a r r a g e m de Shek P i k , Hong K o n g , c u j o núcleo f o i construído com s o l o r e s i d u a l de r o c h a s ígneas ácidas c o n t e n d o uma p e q u e n a q u a n t i d a d e de g o e t i t a , s u g e r e m que o r o m p i m e n t o d e s t a e de o u t r a s b a r r a g e n s construídas com o mesmo m a t e r i a l , podem t e r o c o r r i d o p e l a cimentaçao p r o d u z i d a p e l a g o e t i t a .

H a l d a n e , Cárter e B u r t o n ( 2 1 ) em um e s t u d o d e t a l h a d o d a h i d r o l o g i a d a B a r r a g e m de C o r i n , Austrália, a t r i buem o a u m e n t o de a c i d e z na água â presença de r o c h a s em p i r i t a , t e n d o como consequência o possível a t a q u e d a s e s t r u t u r a s de c o n c r e t o , c o r t i n a de injeções e r o c h a s d o e n r o c a m e n t o d a b a r r a g e m p o r t a i s ácidos.

E* e v i d e n t e então que a mobilização d o s com p o n e n t e s químicos de um s o l o t r o p i c a l v e r m e l h o a c a r r e t a m a l terações no s e u c o m p o r t a m e n t o de e n g e n h a r i a . Alterações n a p e r m e a b i l i d a d e e resistência ao c i s a l h a m e n t o o r i g i n a d a s p e l a s variações de composição e e s t r u t u r a de s o l o s v e r m e l h o s é* um a s p e c t o que não t e m s i d o e s t u d a d o com a atenção e o d e t a l h e necessário.

(30)

C A P Í T U L O I I I

OBJETIVO DA PESQUISA

Dados e x p e r i m e n t a i s e q u a n t i t a t i v o s s o b r e a influência d a percolação de agua através de e s t r u t u r a s cons truídas c o m s o l o s v e r m e l h o s t r o p i c a i s são m u i t o r a r o s n a l i t e r a t u r a c o n h e c i d a . P a r a o e n g e n h e i r o c i v i l , ê de p r i m o r d i a l i m p o r tância a v a l i a r as mudanças q u e são o c a s i o n a d a s p o r e s t e p r o c e s s o n o s parâmetros r e l e v a n t e s de e n g e n h a r i a , de t a l m a n e i r a que os p r o j e t o s de o b r a s l e v e m em c o n t a e s t a s variações não somen t e do p o n t o de v i s t a e s t r u t u r a l mas a i n d a d o p o n t o de v i s t a e conômico. E s t e t r a b a l h o a p r e s e n t a um e s t u d o de l a b o r a tõrio o n d e s e a n a l i s a p a r t i c u l a r m e n t e a influência d a p e r c o l a ção de agua a d i f e r e n t e s pHs n a p e r m e a b i l i d a d e e c o m p o r t a m e n t o ao c i s a l h a m e n t o t r i a x i a l de um s o l o laterítico c o m p a c t a d o p r o v e n i e n t e da J a z i d a Sapê-Mari n o E s t a d o d a Paraíba. P a r a o e s t u d o f o i necessário p r o j e t a r e c o n s t r u i r e q u i p a m e n t o e s p e c i a l p a r a moldagem dos c o r p o s de p r o v a , e um e q u i p a m e n t o p a r a m e d i d a de p e r m e a b i l i d a d e . Além d i s s o u t i l i z o u - s e uma técnica n o v a p a r a saturação d o s espéci mens p a r a e n s a i o .

A n a l i s a - s e as variações de p e r m e a b i l i d a d e com t e m p o s de percolação de 24,48,72 e 96 h o r a s u s a n d o a g u a de percolação a três níveis de p H , i s t o é , 3,25, 7,3 e 1 2 , 4 .

As variações d o s parâmetros de c i s a l h a m e n t o t r i a x i a l são e s t u d a d a s p a r a as mesmas condições d o s e n s a i o s de p e r m e a b i l i d a d e . Além do m a i s , a p r e s e n t a - s e também um e s t u d o p i

l o t o de influência de secagem p a r c i a l ( 6 h o r a s a 6 09C) n o com p o r t a m e n t o t r i a x i a l d o s o l o Sapé-Mari.

(31)

20 -C A P Í T U L O I V MATERIAIS P a r a a realização d e s t e t r a b a l h o f o i s e l e c i o n a d o o s o l o que o c o r r e n a j a z i d a c o n h e c i d a p o r Sapé-Mari, como continuação â p e s q u i s a r e a l i z a d a p o r B o r b a ( 2 2 ) s o b r e a s p r o p r i e d a d e s de resistência ao c i s a l h a m e n t o d e s t e j o i o , dando sequência ao p l a n o de e s t u d o dos s o l o s v e r m e l h o s formados p o r laterizaçao do E s t a d o da Paraíba, d e s e n v o l v i d o no C e n t r o de Ciências e T e c n o l o g i a d a UFPb sob a orientação do P r o f e s s o r J . G. C a b r e r a .

A j a z i d a de Sapé-Mari e s t a l o c a l i z a d a ã margem d i r e i t a d a r o d o v i a PB-55, no t r e c h o M a r i - G u a r a b i r a , a uma distância de 8 Km d a c i d a d e de M a r i . ( V e r F i g . 4 . 1 ) .

F i c a s i t u a d a em uma região da Zona Fisiogrã f i c a do A g r e s t e e C a a t i n g a Litorânea, segundo a divisão do Es t a d o d a Paraíba, f e i t a p e l o C o n s e l h o N a c i o n a l de G e o g r a f i a , que c a r a c t e r i z a - s e p o r a p r e s e n t a r c h u v a s de o u t o n o com um pe ríodo de e s t i a g e m de 5 a 6 m e s e s , t e m p e r a t u r a o s c i l a n d o e n t r e 349C (média das máximas) e 169C (média d a s mínimas) â sombra, precipitação média p a r a o período de 1962-1971 de 1173 mm e a l t i t u d e média de 125 m ( 3 ) . O c o r r e como um capeamento d a f o r mação geológica denominada B a r r e i r a s , que s e e s t e n d e de Belém do Pará até a c i d a d e de Vitória do Espírito S a n t o , formada p r o v a v e l m e n t e no período terciário s u p e r i o r ( p l i o c e n o ) , s e n do uma sequência de camadas a r e n o - a r g i l o s a s , a r g i l o - a r e n o s a s , a r e n o s a s e a r g i l a s de coloração v a r i e g a d a .

A F i g . 4.2 m o s t r a o p e r f i l do l o c a l onde f o i c o l e t a d a a a m o s t r a , o q u a l c o n s i s t e de uma camada s u p e r i o r formada p o r d u r a s concreções f e r r u g i n o s a s , r i c a em s e i x o s r o l a dos de l a t e r i t a e n d u r e c i d a , que s e a p o i a s o b r e uma camada de a r g i l a r i j a , que v a i s e t o r n a n d o mais mole com a p r o f u n d i d a d e e que r e p o u s a s o b r e camada a r g i l o - a r e n o s a mais mole.

A presença dos s e i x o s r o l a d o s n a camada s u p e r i o r d e s t a ocorrência i n d i c a que a mesma f o i f o r m a d a p o r uma acumulação de m a t e r i a i s p r o v i n d o s de níveis mais e l e v a d o s ,

(32)

F i g u r a 4.1 Mapa do E s t a d o d a Paraíba, m o s t r a n d o a R o d o v i a PB-55, Sapé-Guarabira, onde f o i c o l e t a d a a amos t r a .

(33)
(34)
(35)

S o l o m u i t o f i n o ( p o d s o l )

E s p e s s u r a máxima de 40 cm a p r o x i m a d a m e n t e

Pequenas concreções lateríticas-pisolitos E s p e s s u r a e n t r e 60 e 80 cm A r g i l a v e r m e l h a r i j a com concreções l a t e r t i c a s dura;.;. E s p e s s u r a máxima de 1,00 m A r g i l a v e r m e l h a m a i s s o l t a E s p e s s u r a e n t r e 20 e '+0 cm A r g i l a a r e n o s a . E s p e s s u r a d e s c o n h e c i d a , com a p r o x i m a d a m e n t e 20 cm d e s c o b e r t o .

(36)

cimentaçao de d e p o s i t o c o l u v i o n a r . Além d i s s o a presença de um m a t e r i a l m u i t o f i n o ( p o d s o l ) n a camada s u p e r f i c i a l , sem q u a l q u e r relação com o s o l o laterítico d a camada s u b j a c e n t e , p a r e c e s e r uma indicação de q u e e s t a camada ( d e s o l o lateríti c o ) , n o p a s s a d o geológico, e s t e v e n a superfície, o q u e vem c o n f i r m a r a hipótese d e t r a n s p o r t e d e s t e m a t e r i a l pisolítico a r r e d o n d a d o . As concreções lateríticas e n d u r e c i d a s d a camada de a r g i l a v e r m e l h a r i j a , s u g e r e m a oxidação e deposição d o f e r r o c a r r e a d o d a camada s u p e r i o r e d a couraça o r i g i n a r i a que p a r e c e t e r e x i s t i d o n e s t a região. E n q u a n t o as camadas i n f e r i o r e s são p r o d u t o s d o c o m p l e x o de meteorização d a r o c h a mãe a i n d a em p r o c e s s o s de laterizaçao. A suposição d a existência d a couraça laterítica a c i m a r e f e r i d a , e n c o n t r a a p o i o n o f a t o de q u e , a 90 Km d e s t a ocorrência, e x i s t e m r e s t o s d a mesma n o m u n i

cípio d a c i d a d e de Cuité, e mesmo em regiões m a i s próximas d o l i t o r a l a presença de t a l couraça p o d e s e r v e r i f i c a d a a b a i x o do r e g o l i t o .

C o l e t a de A m o s t r a

A a m o s t r a f o i c o l e t a d a a 2.0 m de p r o f u n d i _ dade em relação ao nível d o t e r r e n o de um t a l u d e v e r t i c a l em um c o r t e onde h a v i a s i d o r e t i r a d o m a t e r i a l p a r a construção d a r o d o v i a , após r a s p a g e m e remoção d o s o l o d e s a g r e g a d o com a f i n a l i d a d e de e v i t a r a ação d a s intempéries a q u e e s t a v a expos_

t o . Após a c o l e t a o m a t e r i a l f o i a c o n d i c i o n a d o em s a c o s de l o n a g r o s s a a f i m de e v i t a r a p e r d a de m a t e r i a l f i no d u r a n t e s e u t r a n s p o r t e ao laboratório. P r o p r i e d a d e s do S o l o E s t u d a d o São a p r e s e n t a d a s n a T a b e l a 4 . 1 a compo sição granulomêtrica, as p r o p r i e d a d e s físicas, as p r o p r i e d a d e s químicas, a composição mineralógica e a classificação d o s o l o e s t u d a d o . Na T a b e l a 4.2 a p r e s e n t a - s e a composição química d o s o l o .

(37)

Procedência Sapé-Mari Composição Granulometrica, %, Pedregulho ( > 2 mm) 23,00 A r e i a (2,00-0,06 mm) 47,00 S i l t e (0,06-0,002 mm) 16,00 A r g i l a (< 0,002 mm) 14,00 Propriedades Físicas: Densidade r e a l 2,85 Lami t e de l i q u i d e z , % 32,00 L i m i t e de p l a s t i c i d a d e , % 23,00 índice de p l a s t i c i d a d e , % 9,00 Propriedades Químicas:

Teor de matéria orgânica, % 0,00

pH 6,35 Area específica, m /g: (Concreções (< 2u) 9,50 Solo (< 2u) 15,31 Composição Mineralógica: A r g i l o m i n e r a l predominante Outros C a u l i n i t a Quartzo G o e t i t a Classificações: Casagrande GC-C1 HRB i i A-2-4

Tabela 4.1 Propriedades e classificação dos solos.

(38)

Solo Sapé-Mari Solo 1 2 Composição Química, %: S i 02 32,00 25,80 F e2 ° 3 8,30 31,00 FeO 0,00 0,00 M2 ° 3 28,70 21,00 T i 02 1,90 1,08 Ca 0,10 0,15 MgO 0,04 0,03 MnO 0,00 0,00 P2°5 10,16 5,89 N a ^ 1,20 1,88 RjO 0,15 0,07 S03 0,80 0,85 Sr

-

-Cu

-

-Zn

-

-Perda a 10009C 14,00 10,60

Tabela 4.2 Composição química das f r a ções menores que 2 mícrcns dos solos e das concre ções.

1 Composição química dos solos 2 Composição química das concreções

(39)

t r a b a l h o d e L u c e n a ( 3 ) , o n d e a s e p a r a ç ã o e n t r e c o n c r e ç õ e s e s o l o s f o i b a s e a d a a r b i t r a r i a m e n t e n o d i â m e t r o d e 3 / 8 " C9,Smm). C o n s t a m d a s T a b e l a s s o m e n t e v a l o r e s c o r r e s p o n d e n t e s â f r a ç ã o de d i â m e t r o m e n o r q u e 2ii p r o v e n i e n t e s d a d e s a g r e g a ç ã o m e c â n i c a d a s c o n c r e ç õ e s e d a f r a ç ã o d e d i â m e t r o m e n o r q u e 2y p r o v e n i e n t e do s o l o .

(40)

M É T O D O S E E X E C U Ç Ã O DE ENSAIOS I n t r o d u ç ã o 0 m a t e r i a l após c h e g a r a o l a b o r a t ó r i o f o i p r e p a r a d o a f i m d e s e r s u b m e t i d o a uma s é r i e d e e n s a i o s c o n f o r me e m o s t r a d o n o.f l u x o g r a m a d a F i g . 5 . 1 . A p o s a s e c a g e m a o a r a a m o s t r a f o i p a s s a d a n u m b r i t a d o r d e m a n d í b u l a s a j u s t a d o p a r a r e d u z i r o d i â m e t r o m á x i m o d a s p a r t í c u l a s d o s o l o a 9,5 mm. A a m o s t r a h o m o g e n e i z a d a f o i e n t ã o p e n e i r a d a a t r a v é s d a p e n e i r a d e $ 2 mm. A a m o s t r ^ a r e s u l t a n t e f o i a u t i l i z a d a p a r a t o d o s o s e n s a i o s . E* i m p o r t a n t e r e s s a l t a r q u e a d e c i s ã o d e s e u t i l i z a r o s o l o com t a m a n h o m ã x i mo d e 2 mm s e d e v e a g e o m e t r i a d o s m o l d e s p r o j e t a d o s p a r a o s e n s a i o s d e p e r m e a b i l i d a d e e c i s a l h a m e n t o t r i a x i a l . E n s a i o d e G r a n u l o m e t r i a 0 e n s a i o d e g r a n u l o m e t r i a f o i r e a l i z a d o a t e n d e n d o a s r e c o m e n d a ç õ e s d a BS 1 3 7 7 : 1 9 6 7 ( 2 3 ) . T r a t a - s e d e um e n s a i j p o r v i a u m i d a q u e e s s e n c i a l m e n t e c o n s i s t e n o s e g u i n t e p r o c e d i m e n t o : 2 0 0 g r a m a s d o s o l o a e n s a i a r s ã o c o l o c a d o s em uma b a n d e j a e m i s t u r a d o s com água' d e s t i l a d a c o n t a n d o 2 g de h e x a m e t a f o s f a t o d e s ó d i o p o r l i t r o d e á g u a . A m i s t u r a é m a n t i d a n a b a n d e j a p o r d u a s h o r a s , s e n d o d e v e z em q u a n d o a g i t a d a p a r a a c e l e r a r a d e s a g r e g a ç ã o d a s p a r t í c u l a s m e n o r e s d a s u p e r f í c i e d e p a r t í c u l a s m a i o r e s e t a m b é m p a r a d e s a g r e g a r f l o c o s d e p a r t í c u l a s t a m a n h o a r g i l a . A p ó s e s t e t e m p o o s o l o é l a v a d o a t r a v é s d e uma s é r i e d e p e n e i r a s ( s é r i e ASTM) a t é q u e a á g u a s a i a l í m p i d a d e t o d a s a s p e n e i r a s , i n c l u s i v e d a de N? 2 0 0 . A p e r c e n t a g e m d e m a t e r i a l q u e p a s s a n a p e n e i r a N? 2 0 0 é c a l c u l a d a p o r d i f e r e n ç a e n t r e o p e s o d o s o l o s e c o a n t e s d o e n s a i o e o p e s o d o s o l o s e c o r e t i d o em t o d a s a s p e n e i r a s . A d i s t r i b u i ç ã o g r a n u l o m é t r i c a d a f r a o ^ ~ m e n o r q u e 0,07 5 mm ( p e n e i r a N9 2 0 0 ) n ã o f o i d e t e r m i n a d a n e s t e t r a b a l h o , o s r e s u l t a d o ? ; ^ r > w c o i - . + - = » ^ ~ ~ * * ' ' "

(41)

28

-F i g u r a 5 . 1 -F l u x o g r a m a de p r e p a r a ç ã o e •„ •

o , . P r e p a r a ç ã o e e n s a i o s r e a l i z a d o s o s o l o no l a b o r a t ó r i o .

(42)

SECAGEM AO AR NO LABORATÓRIO B RI T AG OBTER 0 EM PARA MAX*S\5mm COMPACTAÇÃO GRANULOMETRIA PENEIRAMENTO PARA OBTER 0 MAX = 2mm DENSIDADE R E A L L I M I T E S DE A T T E R B E R G SELEÇAO AR8ITA-RIA DA UMIDADE E . PESOE.APAREN.SEO! PREPARA* POS DE PF COMPACT E S T A T i a -AO DECOR OVA POR &CAO S A T U R A Ç Ã O A V Á C U O P E R C O L A Ç Ã O 2 4 h P E R C O L A Ç Ã O 4 8 h P E W C O L A Ç A O 72 h P E R C O L A Ç Ã O 96 h

6 HORAS EM S A T U R A Ç Ã O ENSAIO TRIAXIAL CONSOLIDADO N Ã O DRENADO ESTUFA A 6 0 ' C A V Á C U O ENSAIO TRIAXIAL CONSOLIDADO N Ã O DRENADO

Referências

Documentos relacionados

The surface of SBA- 15 and Na-mag silica incorporated with aluminum, with high surface area than its parent sorbent, which ultimately increased the sorption of dyes,

A orientação da prática de Ensino Supervisionada é realizada por um docente da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, adiante denominado orientador

F REQUÊNCIAS PRÓPRIAS E MODOS DE VIBRAÇÃO ( MÉTODO ANALÍTICO ) ... O RIENTAÇÃO PELAS EQUAÇÕES DE PROPAGAÇÃO DE VIBRAÇÕES ... P REVISÃO DOS VALORES MÁXIMOS DE PPV ...

Realizar a manipulação, o armazenamento e o processamento dessa massa enorme de dados utilizando os bancos de dados relacionais se mostrou ineficiente, pois o

Contemplando 6 estágios com índole profissionalizante, assentes num modelo de ensino tutelado, visando a aquisição progressiva de competências e autonomia no que concerne

Considering that the enzymes are not stable during storage, presenting an activity decrease over time, in addition to the impossibility of reuse in its free form, soybean

No Censo Populacional de 2010, o IBGE identifica, aproximadamente, 600 mil pessoas com deficiência no Estado de MT, representando 22,6% da população, e o Censo Escolar do mesmo

Vale ressaltar que estamos lidando aqui com a imagem de leitor figurada a partir da leitura das crônicas, não se trata de identificar o público real dos folhetins