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24 - Reflexões sobre o estágio supervisionado de observação em ciências relatos de dificuldades

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II Jornada de Debates sobre Ensino de Ciências e Educação Matemática I Encontro Nacional de Distúrbios de Aprendizagem na Perspectiva Multidisciplinar

“Recursos Didáticos e Tecnologias de Ensino”

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Reflexões sobre o estágio supervisionado de observação em ciências:

relatos de dificuldades, motivação e ensino

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Reflections on supervised stage of observation sciences: reports of difficulties, motivation and teach

______________________________________

MARLON WENDELL OLIVEIRA DOS SANTOS2

RAYANE SANTANA DOS SANTOS OLIVEIRA3

MÁRCIO ANDREI GUIMARÃES4

Resumo

O estágio é de fundamental importância para o aluno que deseja desenvolver atividades e prosseguir a carreira acadêmica com novas experiências ao vivenciar um novo ambiente, que é a escola. Assim, o estagiário poderá analisar e observar de forma diferenciada tudo aquilo que se foi visto em seu ensino fundamental e médio; e agora como universitário-estagiário, será capaz de por em prática seus conhecimentos. O trabalho objetiva descrever relatos de experiência referentes ao estágio supervisionado de observação em Ciências, visando notar alguns dos principais dificuldades encontrados em seu ensino, em confronto a outras matérias da grade curricular da mesma, referente a uma turma do 6º Ano do Ensino Fundamental/período matutino de uma escola pública de Itabaiana/SE em 2010.

Palavras-chave: estágio, ensino-aprendizagem, observação. Abstract

The stage is of fundamental importance for the student who wishes to develop activities and pursue an academic career with new experiences when experiencing a new environment, which is the school. Thus, the trainee can analyze and observe differently everything that was seen in his elementary and high school, and now as a college intern, will be able to put their knowledge into practice. This paper aims to describe experience reports related to supervised stage of observation in Sciences, in order to note some of the main difficulties encountered in their teach, in comparison to other areas of the curriculum of the same, referring to a class of Year 6° of elementary school/period morning of a public school Itabaiana/SE in 2010.

Keywords: stage, teach-learning, observation.

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Apoio: Universidade Federal de Sergipe (UFS) – Campus Prof. Alberto Carvalho, Itabaiana/SE

2 Universidade Federal de Sergipe – UFS – marlon-wendell@hotmail.com 3 Universidade Federal de Sergipe – UFS – rayanesantosoliveira@yahoo.com.br 4

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II Jornada de Debates de Ensino de Ciências e Educação Matemática.

Introdução

O trabalho objetiva descrever relatos de experiência referentes ao estágio supervisionado de observação em ciências, visando notar e distinguir alguns dos principais enigmas e dificuldades encontrados no ensino-aprendizagem de seu ensino em ciências, em confronto a outras matérias da grade curricular da mesma, referente a uma turma do 6° Ano do Ensino Fundamental – período matutino, de uma escola pública de Itabaiana/SE em 2010.

O Estágio é de fundamental importância para o aluno que deseja desenvolver atividades e prosseguir a carreira acadêmica com novas experiências ao vivenciar um novo ambiente, que é a escola. Assim, o estagiário poderá analisar e observar de forma diferenciada tudo aquilo que se foi visto em seu ensino fundamental e médio; e agora como universitário-estagiário, será capaz de por em prática seus conhecimentos e leituras a qual fez em matérias da área de Educação na Universidade.

De acordo com o Conselho Nacional de Educação, no Parecer 21/2001, o Estágio Curricular Supervisionado de Ensino é entendido como o:

Tempo de aprendizagem que, através de um período de permanência, alguém se demora em algum lugar ou ofício para aprender a prática do mesmo e depois pode exercer uma profissão ou ofício. Assim o estágio curricular supervisionado supõe uma relação pedagógica entre alguém que já é um profissional reconhecido em um ambiente institucional de trabalho e um aluno estagiário. (p. 10)

Conforme as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para (JÚNIOR, 2010):

O Estágio Supervisionado é um cumprimento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Federal nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996), que define que todo curso de Licenciatura deve oferecê-lo para a formação de professores que poderão atuar na rede de ensino pública ou privada de nosso país. (p. 1)

O universitário licenciado que está por presenciar pela primeira vez a experiência de um estágio, seja observatório ou de regência, deve seguir alguns planos conceituais que possa o ajudar no conhecer dessa nova instituição escolar. Conforme (ARNONI, 2003) o estágio supervisionado:

é necessário na formação inicial do professor, uma vez que ele possibilita a articulação das escolas envolvidas, a formadora e a campo. (p. 1)

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[...] é entendido como espaço para o licenciando selecionar, na escola-campo, o professor experiente, como expoente para sua formação. (p. 3)

[...] desenvolve-se na articulação de dois pólos: o pólo teórico-metodológico (o das ações teóricas de planejar, encaminhar, orientar e avaliar o Estágio) e o pólo teórico-prático (o do desenvolvimento da prática de estágio na escola-campo gerada no pólo teórico-metodológico). (p. 4)

É necessário refletir sobre até que ponto chegou o aluno no seu curso de licenciatura, pois é neste momento que ele deve disseminar e tentar conciliar as duas vertentes, a escola e a universidade que são bem diferentes. Segundo Januario (2008, p. 4), “é nesse

campo que o aluno-estagiário desenvolve as atividades sugeridas pelo professor coordenador da disciplina ES (Estágio Supervisionado) e começa a planejar ações pedagógicas ao inquietar-se com o que presencia”.

O professor-orientador deve preparar o aluno-estagiário, para que este, não se surpreenda com as novidades e realidades que se venha a observar na escola-campo. (PELOZO, 2007), referenda que...:

...o professor de Prática de Ensino ao coordenar o estágio auxilia o aluno/estagiário estabelecer essa relação entre teoria e prática, ultrapassando o senso comum e pensando cientificamente. (p.3) ...o aluno/estagiário compreenda as particularidades e interfaces das diferentes realidades escolares. (p.4)

Pimenta (2001, p. 149), diz ainda que “o estágio seja um objeto de reflexão, de

discussão, e que propicia um conhecimento da realidade na qual irão atuar”. Arnoni

(2003, p. 3), referenda que, “O ato mecânico de se fazer estágios não possibilita a

apropriação da prática pedagógica eficiente”. Os dois autores frisam que o estágio não

deve ser um escorro para toda a formação do estagiário, pois, apenas analisar: aulas, estrutura escolar e conversar com aos docentes, não lhes dará subsídios suficientes para a prática de lecionar; só com anos de experiência o futuro docente se tornará capaz de visualizar a realidade da escola, como tentar perceber as necessidades de suas turmas. Os discentes futuros professores necessitam que “sua formação tornar-se-á mais

significativa quando essas experiências forem socializadas em sua sala de aula com seus colegas, produzindo discussão, possibilitando uma reflexão crítica, construindo a sua identidade”, Januario (2008, p. 1). E assim, complementos aos procedimentos

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...indivíduos que não atuam no interior da escola possuem conhecimentos superficiais da realidade escolar. O estágio, amparado a uma fundamentação teórica, propiciará aos futuros professores um entendimento mais claro das situações ocorridas no interior das escolas e, consequentemente, possibilitará uma adequada intervenção da realidade (PELOZO, 2007, p.2).

De acordo com Matos & Massunaga (2004, p. 2), é preciso “conhecer o perfil e

formação dos atuais professores para permitir entender como as escolas estão trabalhando com o ensino de ciências e que formação é esperada dos futuros professores”.

Ao estagiar, o futuro professor passa a enxergar a educação com outro olhar, procurando entender a realidade da escola e o comportamento dos alunos, dos professores e dos profissionais que a compõem. Com isso faz uma nova leitura do ambiente (escola, sala de aula, comunidade), procurando meios para intervir. (JANUARIO, 2008, p. 3)

Quando o discente for lecionar tentará fazer diferenciado, como também o que foi absorvido das metodologias que deram certo, este tentará por em prática. Conforme (SOUSA & NASCIMENTO, 2006), é mostrado:

Que os licenciandos assumem o lugar de futuros professores (e não mais de estudantes) e tecem diferentes críticas ao ensino tradicional, por vezes propondo sugestões de uso de textos alternativos ao livro didático, os quais poderiam proporcionar formas de leitura diferenciadas em sala de aula. (p.113)

Pimenta (2001, p. 21), retrata que “o exercício profissional de professores no Brasil,

desde suas origens, requereu de um cumprimento apenas do estágio curricular. Talvez por isso tenha se criado a expectativa de que o estágio deva possibilitar a aquisição da prática profissional, especialmente a de dar aulas”.

Segundo Júnior & Oliveira (2004, p. 1), “a história do ensino de ciências no ensino

fundamental no país é muito recente, e o que se percebe é que a formação de professores desse nível de ensino, hoje, se apresenta pouco assumida pelas universidades brasileiras”, mas este padrão de ensino não se pode ser redundante à

todas as instituições universitárias, pois algumas das demais se mostram bastante capacitadas para a formação de professores desde os estágios observatórios e de regência, seguindo tanto os padrões curriculares da LDB, como dos PCNs.

O Projeto Político Pedagógico (PPP) se mostra com um órgão bastante útil e fomentador. Ao ser consultado é possível analisar os aspectos da escola – quanto ao

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histórico, cultura; recursos humanos, físicos, materiais, financeiros, seus direitos e deveres. Para que assim, seja possível integrar a escola e a comunidade, aos parâmetros e fundamentos que a instituição tenta objetivar, por assim dizer, se construir em conjunto ao seio da comunidade escolar.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de Ciências Naturais apresentam quatro eixos temáticos para o Ensino de Ciências que são: Terra e Universo, Vida e Ambiente, Ser Humano e Saúde, Tecnologia e Sociedade; os Temas Transversais propõem sete formas a serem inclusas no currículo que são: a Ética, a Saúde, o Meio Ambiente, a Orientação Sexual, a Pluralidade Cultural, o Trabalho e o Consumo (BRASIL, 1998). São importantes as observações e análises iniciais a respeito dos recursos disponíveis na escola, como a sua estrutura física, onde ajudará o futuro professor a se adaptar de forma adequada a visão da realidade presente na instituição de ensino, para assim, ser possível utilizar os recursos disponíveis que são necessários a atender os alunos.

1. Metodologia

Por meio de observações iniciais feitas na estrutura da escola, e em seguida, com uma melhor representação e foco, foi escolhida aleatoriamente uma turma do 6º Ano; e buscou-se observar assistindo as principais aulas ministradas pelo docente de Ciências, em confronto com as aulas de Português, Matemática, História e Inglês. Para assim, melhor analisar se ocorreriam mudanças e diferenças no comportamento dos alunos, perante respectivas metodologias e aplicações em sala de aula de cada professor. Foram anotados em caderno de campo todos os acontecimentos e situações consideradas relevantes, apontando uma posterior melhoria da análise e compreensão do desenvolvimento do estágio. Foram analisados todos os dias da visita-campo: a quantidade de alunos presentes, como também o horário de início e término de todas as aulas, verificando o quanto poderia variar de um dia após o outro todas as aulas assistidas no percurso do estágio.

1.1. Breve Caracterização da Escola-Campo

Conforme abordagem, a seguir é destacada para uma melhor avaliação do ambiente de estudo e melhor compreensão a escola-campo, sua estrutura física em relação aos alunos que nela estudam; referentes ao presente período de estágio do ano de 2010.

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A estrutura da escola se distribui em: uma fachada a qual se encontra a portaria; cinco pátios com jardins, dentre estes, dois são cobertos e os demais descobertos; doze salas de aulas; a recepção; a secretaria, e a diretoria; a sala de coordenação, a sala de professores; a sala de leitura/vídeo; a cozinha; o almoxarifado, a cantina; três banheiros, dois coletivos aos alunos e o terceiro dos professores; com ausência de laboratórios de informática, química, biologia e das demais áreas.

As salas de aula em geral, se apresentam em estado conservado, mas é possível verificar algumas más condições de conservação em relação às paredes que se mostravam riscadas; carteiras em número relativamente suficientes, porém algumas rasuradas e/ou enferrujadas, como também sujas; quadros relativamente muito pequenos, divididos em escritas para giz e pincel, e rasurados; paredes azulejadas; armários ao fundo em quase todas as dependências das salas, mas sem uso; ventiladores de parede que na maioria não eram ligados ou nem funcionam; o teto se apresentava com forro em toda a escola, ao qual a rede de iluminação era acoplada; portas relativamente conservada; basculantes na lateral nos pavilhões da escola; paredes de tijolos refratários furados com acesso ao corredor, que tanto auxiliam na ventilação e ambiente arejado, como não isolamento acústico.

A escola fornecia ao público escolar no período decorrido do estágio, ensino fundamental nos turnos matutino e vespertino de 1° a 9º Ano, com Educação de Jovens e Adultos (EJAEM) no turno noturno, e atendia a uma faixa de 1200 a 1500 alunos distribuídos nos demais turnos.

Em seguida, são representados os resultados das observações na tentativa de apontar aquilo que foi compreendido no estágio e consideráveis levantamentos, como as principais dificuldades do grupo escolar levando em conta o referencial no ensino de Ciências e outras matérias da grade escolar, com foco a uma turma do 6° Ano.

2. Resultados

2.1. Cronograma de Atividades Desenvolvidas

As observações das aulas tiveram a duração de 27 horas, concluídas em oito dias não sequenciados, e para assim, ter um controle do que ocorria em sala de aula, onde foi possível ter um controle de qual matéria e assunto era ministrado em aula.

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Na Tabela 1 foram apresentadas informações referentes às datas e conteúdos abordados pelos professores durante o processo de observação. É possível perceber desde atividades de observação estrutural da escola, como atividades de correção de exercício, assuntos ministrados, evento recorrente, recuperação de prova, entre outros.

Tabela 1. Calendário de Aulas Observadas no 6° Ano “A” e Observação Estrutural da Escola-campo

Dia/Mês/2010 Setembro Outubro Novembro

13/09 Aula de Ciências: Correção de exercício 20/09 Aula de Ciências: Véspera de prova; Exercício de revisão sobre Solos 27/09 Aula de Ciências: Leitura no livro 28/09 Observação estrutural; Palestra sobre Alimentação – IMC 05/10 Aula de Ciências:

Entregas das provas;

Aula de Inglês: Exercício sobre Artigos Indefinidos, Estações do Ano e Dias da Semana 19/10 Aula de Ciências: Recuperação da prova; Aula de Inglês: Meses do Ano e Exercício de Revisão 08/11 Aula de Português: Atividade do livro; Aula de História: Exercício do Livro Aula de Ciências: Matéria sobre Estados Físicos da Matéria 10/11 Aula de Matemática: Matéria sobre Volume dos Sólidos Geométricos

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2.2.

Observações das Aulas

É possível notar que o tempo de aulas observadas se qualifica como: curto período para por em questão qualquer levantamento e/ou conclusões mais precisas. Com a ascensão de questões e supostos posicionamentos preliminares na formação de nosso estágio, iremos absorver e por em prática todos os casos e condições consideradas adequadas para nossas futuras carreiras acadêmicas. Mas de forma geral, foi satisfatório o estágio, conseguimos in loco, presenciar grande parte dos enfrentamentos cotidianos do dia a dia do professor em sua instituição de ensino em relação aos alunos. Certamente com a maior prática poderemos reavaliar e aprofundar pelos mesmos requisitos, como de outros partícipes o estágio observado.

2.2.1. Observação das aulas da turma do 6º Ano “A”

A turma era formada em média, por eram 31 alunos de acordo ao diário de classe, e em sua maioria presença do sexo feminino. Numa faixa etária entre 10 a 13 anos, indicando que ser adequada a respectiva série. A seguir, são relatados alguns trechos retirados do caderno-campo, que foram considerados relevantes de nossos relatos de experiência referentes ao comportamento da turma e às matérias logo citadas.

Características da Turma

Estagiário 1 e 2 – A faixa etária dos alunos da 6 Ano° se denomina como muito energética, os hormônios agindo subitamente a flor da pele, já que é uma fase de grandes descobertas emocionais, psicológicas, comportamentais e de bastante euforia; precisa-se ser dosado em tempos e tempos o horário de brincar, pois o horário de estudar deve ser respeitado e diferido. Existem momentos para cada momento e o professor deve saber instruir os alunos para os mesmos. O profissional que leciona deve ser o foco de visualização perante os alunos, e estes devem ter severos respeitos dignamente a consigo.

Ciências

Estagiário 2 – Todos os alunos estavam aflitos e com muita curiosidade com a nossa chegada (estagiários), pensando que seriam os seus novos professores. Colaboraram em organizar as carteiras que estavam sobrepostas umas as outras no fundo da sala, mas mesmo assim a conversa era constante. A

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professora nos apresentou a classe e nos deu as boas vindas, dizendo aos alunos: “quando tem visita em nossa casa, agente deve tratar da melhor forma possível não é gente!!!, dand0-nos atenção e tratando com respeito”.

Estagiário 1 – Normalmente o que era possível observar nas resoluções de exercício e quando ministrava a matéria é que ela era interdisciplinar abordando vários assuntos num mesmo, chamava os alunos a participar das correções, pedia para os alunos lerem, mas às vezes não conseguia domar os alunos.

Estagiário 2 – No dia da prova de recuperação foi possível notar que os alunos logo entregaram a prova “talvez os alunos entregaram rapidamente a prova, devido a professora ter dispensados os demais que não participaram da recuperação, então supomos que nem tentaram resolver. Deveria no mínimo ter aplicado um exercício para aqueles que não ficaram de recuperação, para que permanecessem dentro da sala de aula; sendo assim não desmotivando os outros, como não atrapalhando as aulas vizinhas. A docente deveria ter corrigido as provas em outro local e ter retornado a aula, evitando que houvesse perca de tempo.

Inglês

Estagiário 1 – A Aula começa com a professora a copiar no quadro, e exige que os alunos copiem com letra bonita, enfatizando silêncio absoluto, “verifica-se que a maioria dos alunos ficaram em silêncio, mas uma minoria continuava com o mesmo comportamento”, ela fecha a porta para não atrapalhar a aula,olha se a sala está organizada e limpa; passeando pela sala e olhando carteira por carteira, analisando quem está copiando o exercício, pois quem não copia ela pergunta “o porque”. Ela se preocupa com os alunos que não trouxeram caneta e empresta a dela, sendo muito solidária, enquanto copiam ela faz a chamada pelo o nome.

Estagiário 2 – Foi possível observar grande diferença nas duas aulas, sendo que a primeira de ciências por parte da professora perante os alunos, visto que ela não observa os seus cadernos; na segunda aula observamos que a professora se mostra firme ao pedir constantemente silêncio, e os alunos a obedecem, visto

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que ela quer os cadernos da classe organizados, com a ortografia legível e correta.

Português

Estagiário 1 – A professora tem que recolher os alunos para dentro da sala e a euforia se inicia dentro da sala; visto que nem todos tinham chegado à sala de aula, faz um ditado de palavras e pede para sublinharem um texto da aula passada, que em seguida seriam procurados no dicionário as palavras desconhecidas e ameaça dar ponto negativo quem não fizer, “mas os alunos não estão nem aí”, e a professora diz “Já estão passados, com as notas na média, por isso estão á deriva no final do ano, pois não querem nada”. A docente pede várias vezes que eles fiquem calados, como não lhe obedecem ela retira um dos alunos da sala. “A professora se mostra com bastante força de vontade de ensinar, mas não consegue dominar a turma”.

Estagiário 2 – A professora é muito sensata e compreensiva e entende o comportamento da turma, incentiva bruscamente o comportamento perante os alunos, visto que alguns alunos estavam com a maior preguiça lendo revistas. Ela mesma enfatiza que “as aulas que supomos serem na escola, são totalmente diferentes das imaginadas na universidade, [...] quando você vem para a sala de aula irá ver como realmente é”; ela ainda compara “o namoro e o casamento com a universidade e a prática em sala de aula, pois quando se namora os casais são de um jeito e quando se casam é de outro; bem assim é na sala de aula e na universidade”; relata que o 6º Ano: “... é a fase de descobrir, de namorar, paquerar...”.

História

Estagiário 1 – A professora demonstra não querer que assistíssemos à aula, e ao comentar: que “aula é a mesma coisa”, mesmo assim assistimos à aula. Verificamos que não há horário premeditado do lanche, pois foi ientregue o lanche na hora da aula da professora e ela diz: “quando eu consigo colocar os alunos dentro da sala de aula, vem alguém chamá-los para lanchar”; Começa uma baderna grandiosa perante os bagunceiros, e então a professora grita muito mais alto para que não conversem e todos ficam quietos.

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Estagiário 2 – A professora pede que abram o caderno, passa um exercício e sai caminhando pela sala observando quem estava copiando e chamando a atenção. A professora é bastante rigorosa com a turma e passa um exercício, e mesmo assim, alguns teimam a continuar a conversa, mas a professora não deixa. Conversando conosco ela diz: “os alunos que possuem uma nota mais ou menos irão reprovar”, e ainda frisa: “se não quer nada comigo, não tem isso de passar por passar, eu reprovo”, “A professora se mostra bastante rígida com os alunos a lhe obedecer, ao contrário das outros professores”.

Matemática

Estagiário 2 – A professora faz a chamada pelo o número, e é visto que “os outros professores fazem a chamada pelo nome, perdendo bastante tempo”. Começa a copiar a matéria no quadro, mas os alunos conversam e não copiam, alguns alunos se voltam para frente amenizando a situação, mesmo assim o “fundão” conversa bastante. “A professora se mostra não ter domínio da classe, com a falta de professores nas turmas vizinhas neste dia, a gritaria corre solta”. A professora passa o exercício sobre a matéria, pede para que respondam; e os alunos se mostram estarem aptos a multiplicação de diversas contas, com a professora respondendo passa a passo o processo de resolução. Estagiário 1 – “A dinâmica de aula da docente é tediosa, e semelhante a outras matérias, onde se copia e depois espera os alunos reescreverem, funcionando em algumas aulas e não em outras; onde a classe nem copia, não presta a atenção e só conversam”.

Considerações Finais

Vivenciamos e como também nos foi propicia do uma experiência de grande apreciação a novas metodologias a serem aplicadas, por nós, como também algumas a serem reformuladas. Pois, ganhamos uma gama teórica e de experiência para nosso aprendizado que poderão ser aplicados em nossa futura formação acadêmica.

Apesar de curto o período do estágio, nos revelou imensas dificuldades para com o profissional da educação no tocante a inúmeros aspectos: ensino/aprendizado, teoria/prática, e a incipiente experiência dos estagiários. O estágio significou o início de uma grande experiência profissional, ocasionando em transformações positivas em

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nossos estudos, por meio dele, nos possibilitou refletir sobre qual o nosso papel enquanto professores, diante do aluno e diante da realidade a qual todos nos fazemos parte. Dessa forma a sala de aula, representou o espaço onde percebemos os reais enfrentamentos e dificuldades que os professores, os alunos e a escola pública se deparam cotidianamente.

Dentre as experiência que vivenciamos neste estágio, foi muito proveitoso em todos os aspectos que nos deparamos, desde a fundamentação teórica, o PPP da escola, a estrutura física, os recursos humanos e financeiros da instituição. A escola de forma geral e a nossa sala de estágio de forma específica, os professores, as matérias assistidas para comparação, o comportamento dos alunos, a merenda, até o barulho em aula, foram importantes para a nossa descrição.

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Referências

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