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Implantação de controles econômicos e financeiros em uma empresa familiar de pequeno porte

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS,

ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CARINE ANGELO

IMPLANTAÇÃO DE CONTROLES ECÔNOMICOS E FINANCEIROS

EM UMA EMPRESA FAMILIAR DE PEQUENO PORTE.

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CARINE ANGELO

IMPLANTAÇÃO DE CONTROLES ECÔNOMICOS E FINANCEIROS

EM UMA EMPRESA FAMILIAR DE PEQUENO PORTE.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao DACEC - Curso de Ciências Contábeis da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul- UNIJUÍ, como requisito parcial para Obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientadora: Prof.ª MS: STELA MARIS ENDERLI

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, que nunca me desamparou e permitiu que todos os desejos do meu coração fossem realizados, assim como este.

Aos professores do curso, pois sem a dedicação de vocês em ensinar, certamente, este momento não seria possível.

A minha querida professora orientadora, Stela Maris Enderli, que nesta fase foi amiga, pois me orientou, foi conselheira, pois me mostrou o caminho, além de psicóloga, pois ouviu meus anseios. A você professora Stela faltam palavras para descrever minha eterna gratidão, assim resumo em duas: Muito obrigada!

Ao meu amor, amigo e companheiro, Cristiano, pela paciência e compreensão de minhas ausências.

Aos colegas que ao longo do curso se tornaram amigos pelas atividades desenvolvidas e pela compatibilidade de pensamentos, mas em especial a Francieli Guarda e ao Jonas de Souza Bueno, pelo ombro amigo que sempre pude contar quando precisei.

Ao meu cunhado Edison, sempre disposto a me auxiliar, a minha mãe Elizete e aos meus irmãos Cátia, Cassiano e David, que são minha fonte de inspiração, pelas barreiras já ultrapassadas, pelos caminhos seguidos, por até aqui chegarmos, com todo meu amor digo a vocês: Obrigado por tudo!

A todos os demais amigos e familiares, que conhecem o fundo de minha alma, a cada um de vocês, pelo carinho e apoio nesta jornada, muito obrigada.

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RESUMO

Para as pequenas empresas estarem um passo a frente da concorrência no mercado e cumprir seu papel, é necessário que a empresa busque através de seus administradores seu sucesso tomando por base planos, objetivos e administração eficiente de seus recursos, fazendo uso das ferramentas essenciais em sua gestão das quais se destaca a contabilidade. Diante disso apresentam-se as Demonstrações Contábeis e um modelo de Fluxo de Caixa como ferramenta de controle econômico e financeiro a ser implantado em uma empresa familiar de pequeno porte localizada na região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, tem-se nestas ferramentas instrumentos que sendo bem utilizados supriram as necessidades básicas da administração econômica e financeira desta empresa familiar. O estudo se classifica como aplicado, descritivo, qualitativo, bibliográfico, documental e estudo de caso. Utilizou-se entrevistas para a coleta de dados com o proprietário da empresa qual possui responsabilidade sobre a administração da mesma. Por meio da elaboração e análises do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício, elaborou-se os indicadores financeiros da empresa. Posteriormente foram analisadas as receitas e despesas do segundo semestre de 2015, do ano de 2016 e do primeiro semestre de 2017. Desenvolveu-se uma proposta de DRE e de fluxo de caixa, projetando-se cenários com queda de 20% e de 10% em suas receitas para o segundo semestre de 2017. O resultado apresentado demonstra que a DRE e o fluxo de caixa, quando implantados de forma adequada ao porte da empresa tornam-se ferramentas de grande importância para a gestão auxiliando na tomada de decisões e possibilitam aos gestores terem uma visão antecipada das movimentações econômicas e financeiras da organização.

PALAVRAS CHAVES: Controles Contábeis, Demonstração do Resultado do Exercício,

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01 - Estrutura do balanço patrimonial... 20

Quadro 02 - Modelo da demonstração do resultado do exercício ... 22

Quadro 03 - Elementos do caixa... 27

Quadro 04 - Modelo de planilha para elaborar o fluxo de caixa... 28

Quadro 05 - Balanço Patrimonial do ano de 2016... 46

Quadro 06 - Demonstração do Resultado do Exercício do 2º semestre do ano de 2015... 47

Quadro 07 - Demonstração do Resultado do Exercício do 1º semestre do ano de 2016... 48

Quadro 08 - Demonstração do Resultado do Exercício do 2º semestre do ano de 2016... 50

Quadro 09 - Demonstração do Resultado do Exercício do 1º semestre do ano de 2017... 51

Quadro 10 - Indicadores de liquidez, corrente, seca e geral... 54 Quadro 11 – Quadro 12 - Quadro 13 - Quadro 14 - Quadro 15 - Quadro 16 - Quadro 17 -

Capital circulante líquido... Folha de pagamento e encargos incorridos para o cônjuge colaborador... Demonstração do Resultado do Exercício do 2º semestre de 2017 com redução de 20% nas receitas... Demonstração do Resultado do Exercício do 2º semestre de 2017 com redução de 10% nas receitas... Planilha auxiliar de recebimento de vendas... Planilha auxiliar dos pagamentos da empresa... Projeção do fluxo de caixa 2º semestre 2017...

55 56 58 59 60 60 61

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS Art. BP CFC CTPS DRE MEI NBC SEBRAE TG Artigo Balanço Patrimonial

Conselho Federal de Contabilidade Carteira de Trabalho e Previdência Social Demonstração do Resultado do Exercício Microempreendedor Individual

Normas Brasileiras de Contabilidade

Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas Técnica Geral

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 9

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 10

1.2 DEFINIÇÕES DO TEMA EM ESTUDO ... 10

1.3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ... 11 1.4 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA ... 12 1.5 OBJETIVOS ... 13 1.5.1 Objetivo geral ... 14 1.5.2 Objetivos específicos ... 14 1.6 JUSTIFICATIVA ... 14 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 15 2.1 CONTABILIDADE... 15 2.1.1 Conceitos... 16 2.1.2 Aplicações ... 17 2.1.3 Finalidades ... 17 2.2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ... 18 2.2.1 Balanço Patrimonial ... 19

2.2.2 Demonstração do Resultado do Exercício ... 20

2.3 CONTABILIDADE GERENCIAL ... 23

2.4 FLUXO DE CAIXA ... 24

2.4.1 Planejamento do fluxo de caixa ... 25

2.4.2 Modelos de fluxo de caixa ... 26

2.4.3 Análise do fluxo de caixa ... 29

2.5 INDICADORES FINANCEIROS ... 29

2.5.1 Indicadores de liquidez ... 30

2.5.2 Capital circulante líquido ... 32

2.5.3 Ciclo operacional e financeiro ... 34

3 METODOLOGIA DO ESTUDO ... 38

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ... 38

3.1.1 Quanto à natureza ... 38

3.1.2 Quanto à forma de abordagem do problema ... 39

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3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos ... 40

3.2 COLETA DE DADOS ... 41

3.2.1 Instrumento de coleta de dados ... 41

3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS ... 42

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 43

4.1. Análise da empresa / Estrutura organizacional... 43

4.1.1 Sistema de controle interno ... 43

4.2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ... 45

4.2.1 Análise do Balanço Patrimonial ... 46

4.2.2 Análise da demonstração do resultado do exercício ... 47

4.2.3 Análise dos indicadores financeiros ... 54

4.4 PROJEÇÃO DO SEGUNDO SEMESTRE DE 2017. ... 56

4.4.1 SISTEMA DE FLUXO DE CAIXA...60

4.4.2 Proposta de fluxo de caixa 2º Semestre de 2017...61

CONCLUSÃO ... ...63

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1 INTRODUÇÃO

Em pleno século XXI as empresas de pequeno porte e familiar estão em crescente desenvolvimento, neste cenário é possível perceber que a competitividade é um dos fatores que oferecem risco diante desta evolução comercial. O empreendedor tornou-se peça importantíssima dentro das empresas que geralmente são administradas pelos próprios sócios ou um único proprietário.

Com função diretamente ligada a rotina diária, o empreendedor da pequena empresa é responsável pela gestão do negócio, a ele é atribuído a função de controlar, analisar e planejar as ações e atividades financeiras de forma que consiga melhorar os resultados da empresa, visando o desenvolvimento e o crescimento da mesma.

Nesse contexto a contabilidade surgiu, basicamente, da necessidade de organizar os dados patrimoniais, econômicos e financeiros de uma determinada unidade econômica e administrativa.

É possível afirmar que o objetivo ou a finalidade da contabilidade é fornecer informações de caráter econômico administrativo aos mais diversos usuários. Há vários ramos de estudos da contabilidade, e neste cenário abordou-se a demonstração do resultado do exercício e o fluxo de caixa como ferramentas de controle em uma organização de pequeno porte.

Diante disso descreve-se o tema do estudo a ser realizado, com objetivo de definir um conjunto de elementos obtidos por meios teóricos e práticos, chegando a correta interpretação de uma causa ou problema (ZAMBERLAN et al, 2014).

Assim pretende-se demonstrar com esse trabalho que o estudo dessas duas

ferramentas, quando projetadas de forma adequada, tornam-se importantes para a organização nas suas tomadas de decisões.

O primeiro capítulo traz a contextualização do estudo, a área contemplada, a caracterização da organização, a problematização do tema, os objetivos gerais e específicos, bem como as justificativas para esse estudo do fluxo de caixa e da demonstração do resultado do exercício.

No segundo capítulo apresenta-se o referencial teórico com intuito de aprimorar o assunto do tema em questão, contemplando a contabilidade, contabilidade gerencial, demonstração do resultado do exercício, fluxo de caixa e os indicadores financeiros.

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No terceiro capítulo aborda-se a metodologia do estudo utilizada bem como sua classificação, considerando a natureza, os objetivos, a forma de abordagem e procedimentos técnicos, na sequência explica-se os instrumentos e a forma da coleta dos dados e como se procedeu à análise e interpretação dos dados.

No quarto capítulo insere-se o estudo de caso e a análise dos resultados evidenciando a estrutura organizacional, as demonstrações contábeis, a projeção das receitas e despesas para o segundo semestre do ano de 2017.

Finalizando o trabalho encontram-se as conclusões e as bibliografias utilizadas para o seu desenvolvimento.

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Neste capítulo consta a descrição da proposta do trabalho, definindo-se o tema a caracterização da organização e o problema, com o objetivo geral e os específicos e a justificativa.

1.2 DEFINIÇÕES DO TEMA EM ESTUDO

A contabilidade é uma ciência que estuda o patrimônio das organizações, as ciências contábeis é um conjunto de conhecimento e informações com princípios e métodos próprios, segundo Basso (2011, p. 28) “a finalidade básica da Contabilidade é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e planejamento – processo decisório”.

A contabilidade esta ligada ao grupo das ciências sociais, e tem por objeto de estudo o patrimônio das entidades. Ao longo do tempo a ciência contábil se consolida pela sua importância nas diversas áreas de atuação.

Para Zdanowicz (2012, p. 147), “As empresas realizam operações de vendas, compras e investimentos que irão resultar em entradas e saídas de caixa. As operações mais usuais são de recebimento de vendas, os pagamentos de compras e as despesas operacionais”. Seguindo as considerações do autor o fluxo de caixa apresenta receitas e gastos futuros que permitem a visualização das diferenças que podem ocorrer entre ambos, sendo assim é uma ferramenta que dará possibilidade de compreender como estará o caixa da empresa identificando se terá sobra ou falta de recursos em um determinado período.

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De forma singular e ligada ao gerenciamento das informações “A demonstração do resultado do exercício é um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período (12meses). É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e, em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo)”. (IUDÍCIBUS; MARION, 2010, p.226).

Sobe este conceito a demonstração do resultado do exercício permite detalhar cada passo que compõe seu resultado líquido, sendo receitas, custos, despesas gerais, despesas administrativas entre outras e de acordo com o porte da empresa identificando o que formou o resultado que pode ser este negativo ou positivo.

Como o próprio nome diz a DRE apresenta o resultado de um exercício no qual é possível verificar a saúde financeira da empresa apontando em que momento a empresa atinge resultados satisfatórios, ou seja, indica quanto precisa ser o valor de suas receitas para cobrir suas despesas e ainda adquirir lucro.

Nestas perspectivas a DRE o fluxo de caixa quando analisados em conjunto trazem informações mais completas é por meio deles que identificam-se as entradas e saídas financeiras de toda e qualquer empresa.

Assim o presente trabalho de conclusão do curso abordou um estudo sobre a demonstração do resultado do exercício e o fluxo de caixa como ferramentas de controles econômicos em uma empresa familiar de pequeno porte.

1.3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A empresa na qual desenvolveu-se este trabalho com a proposta para a implantação de fluxo de caixa como ferramenta de controle financeiro está localizada na região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul em um prédio próprio e é constituída por um único proprietário.

Ao iniciar suas atividades a empresa optou pelo regime de tributação o Simples Nacional devido a compra de grande volume em produtos a serem comercializados, para este enquadramento verificou-se que não foi realizado nenhum tipo de planejamento.

Devido a falta de planejamento e o volume de vendas no primeiro semestre de implantação da empresa ela realizou a alteração deste regime passando para microempreendedor individual-Mei no segundo semestre de atuação.

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Há dois anos no mercado seu ramo de atividade é o comércio varejista de produtos agropecuários, material elétrico e hidráulico, artigos campeiros, ferragens, produtos pet, mudas de hortaliças, ornamentais e mudas frutíferas. A empresa iniciou seus trabalhos com um foco em práticas tradicionais, cuidados com pequenos animais, venda de rações, medicamentos e acessórios como produtos principais.

O público atendido pela empresa são de diferentes classes sociais, são pessoas que irão cultivar produtos do campo, e pessoas com necessidades de suprir as demandas da zona urbana. Como empresa familiar para este atendimento o proprietário tem como colaborador seu cônjuge.

A figura a seguir apresenta o detalhamento das atividades realizadas pelo proprietário e seu cônjuge.

Figura 01- Organograma da Empresa

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

A empresa apresentou em seu primeiro ano de atividades um faturamento mensal médio de R$ 8.000,00, sendo 40% das receitas de vendas em ração para animais de estimação, 20% de vendas em medicamentos, 15% em ferragens, 15% em plantas ornamentais, frutíferas e mudas de hortaliça e 10% das receitas de vendas em produtos da linha campeira, elétrica e hidráulica.

1.4 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

Nos dias atuais, percebe-se que vem ocorrendo mudanças significativas no mundo empresarial, para estar um passo a frente da concorrência se faz necessário ter um gerenciamento adequado dos recursos financeiros.

Para Siena et al. (2015, p. 26), “Fluxo de Caixa é um instrumento de gestão financeira que projeta para períodos futuros todas as entradas e as saídas de recursos

Proprietário Gerente Administrativo Colaborador Gerente Markenting Gerente Financeiro Gerente Operacional

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financeiros da organização. Essas projeções servem de base para antecipar os saldos de caixa existentes para períodos vindouros”.

O fluxo de caixa é uma ferramenta importante para organização, o mesmo, possibilita controles precisos tanto no ciclo operacional como no financeiro. O fluxo de caixa sendo planejado, organizado e projetado da forma adequada ao porte da organização, permite que as tomadas de decisões sejam seguras e precisa para a mesma em um determinado período estabelecido.

De acordo com Zdanowicz (2012, p. 151),

O fluxo de caixa visa otimizar a aplicação de capitais próprios e de terceiros nas atividades mais rentáveis, além de planejar e controlar os recursos financeiros da empresa, em termos de ingressos e desembolsos de caixa. Por tanto é necessário dispor informações corretas e atualizadas sobre as estratégias de vendas, compras, produção e despesas operacionais, além de dados relativos aos índices de rotação dos estoques, de valores a receber e a pagar.

Anterior a elaboração do fluxo de caixa é necessária a projeção das receitas e despesas da empresa projetando a Demonstração do Resultado do Exercício, essa demonstração contábil possibilita o controle dos resultados.

Atualmente a empresa possui um sistema interno que permite acompanhar as vendas diárias e seu estoque parcialmente, porém a forma que esta sendo executado não atende as necessidades da mesma.

Diante dessas circunstâncias identificou-se uma deficiência quanto às previsões e projeções, sendo assim, um dos controles importantes para gerenciar uma pequena empresa é um fluxo de caixa atualizado.

Considerando a forma de controle apresentada questiona-se: De que forma a demonstração do resultado do exercício e o fluxo de caixa como ferramentas de controles econômicos podem contribuir na manutenção e crescimento de uma empresa de pequeno porte?

1.5 OBJETIVOS

Os objetivos consistem em demonstrar o que se pretende realizar, para Zamberlan et al. (2014, p. 107) “Definição de objetivos: se o problema é uma questão a investigar, o objetivo é um resultado a alcançar, o objetivo geral, se atingido, dá resposta ao problema. Objetivos específicos são metas cujo alcance depende a obtenção do objetivo geral”. Assim

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sendo o objetivo da pesquisa é definido como pretende-se desenvolver a pesquisa, o mesmo será dividido em objetivo geral e em objetivos específicos.

1.5.1 Objetivo geral

Propor um sistema de controle baseado na demonstração do resultado do exercício e no fluxo de caixa que auxilie o administrador da organização na gestão operacional e financeira da empresa, possibilitando-lhe maior segurança para as tomadas de decisões.

1.5.2 Objetivos específicos

 Revisar a bibliografia sobre assuntos abordados na pesquisa;

 Apurar as receitas e despesas no período de atuação da empresa;

 Elaborar os demonstrativos contábeis do período;

 Projetar o volume de negócios estimado para o período, identificando as receitas e despesas para o 2º semestre de 2017;

 Elaborar o fluxo de caixa;

1.6 JUSTIFICATIVA

Este estudo é importante para a empresa o qual contribui para seu desenvolvimento em ações futuras, uma vez que ela esta a pouco tempo no mercado e não possui um controle adequado.

O estudo permitirá ao gestor ter uma visão antecipada e real referente aos compromissos e necessidades da mesma, inserindo-se a realidade local e regional pela crescente tecnologia imposta pela globalização.

Na condição de aluna concluinte do curso de Ciências Contábeis e futura profissional da Contabilidade o presente estudo agregou conhecimentos na sua prática e possibilita um entendimento amplo na área da demonstração do resultado do exercício e do fluxo de caixa.

Para a universidade, enquanto Instituição de ensino, o estudo desenvolvido pode servir como subsídio para sociedade, a quem tiver interesse nessa área de conhecimentos.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capitulo desenvolveu-se o referencial teórico, o mesmo tem por objetivo aprofundar os conhecimentos sobre o tema proposto a partir de referências bibliográficas utilizando-se de livros, artigos, revistas e publicações de autores.

Inicialmente estudou-se a contabilidade em seus conceitos, aplicações e finalidades, seguidas da definição de contabilidade gerencial. Para esse trabalho abordou-se também as Demonstrações Contábeis, Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício.

Sequencialmente foram incluídos conceitos, objetivos, características, modelos e análises de fluxo de caixa, finalizando o referencial teórico com a contextualização dos indicadores financeiros que compõem o fluxo de caixa, com embasamento na literatura já publicada sobre o tema desenvolvido.

2.1 CONTABILIDADE

Para que o entendimento da contabilidade seja claro se faz necessário relembrar as suas origens, estudos apontam a contabilidade como um dos conhecimentos mais antigos surgindo a milhões de anos quando o homem primitivo passou a fazer registros através de desenhos e riscos da riqueza patrimonial que possuía.

Segundo Lopes de Sá (2002, p.22),

O desenho do animal ou da coisa representava a natureza da utilidade que o homem primitivo havia conquistado e guardara; os riscos que quase sempre se seguiam o desenho da coisa ou objeto denunciavam a quantidade existente. De forma rudimentar, as inscrições procuravam, com desenhos, representar a qualidade da coisa e com rabiscos ou riscos a quantidade.

Na antiguidade a contabilidade era registrada de forma artística em madeiras, rochas, nas paredes das grutas e entre outros meios disponíveis no período, desta forma surgiram os primeiros registros contábeis.

Á medida que os anos passavam os registros efetuados foram tornando-se insuficientes, uma vez que o comércio se tornava intenso e era necessário escriturar o que acontecia no mundo dos negócios de forma segura.

“Ao longo da evolução, foi desenvolvido mais aprofundadamente o conhecimento contábil, criando objetivos e definições para adequação do pensamento contábil”, (BASSO; FILIPIN; ENDERLI; 2015, p.20). Ligada ao grupo das ciências sociais a contabilidade esta enquadrada aos vários ramos da atividade humana e operacional.

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Os autores descrevem ainda que: “[...] a contabilidade, já aceita no mundo das Ciências Humanas e Sociais, produz conhecimentos e desenvolve esse sistema de registros que vigora até os dias de hoje [...]”. (BASSO, FILIPIN, ENDERLI, 2015, p.20).

É possível perceber, que através do estudo de diversos pesquisadores de que a contabilidade e seu crescimento ocorrem de maneira natural, pois está ligada a necessidade de fazer o registro para controlar os bens. Está é uma realidade vista com frequência cada vez maior no meio empresarial.

Assim a contabilidade é uma ciência que, estuda e pratica as funções relativas a administração econômica e financeira de uma entidade, por meio da contabilidade bem estruturada é possível compreender as informações geradas pela mesma, pois ela elabora de forma segura a movimentação financeira demonstrando os fatos ocorridos.

2.1.1 Conceitos

A contabilidade conforme já citado neste estudo, é uma ciência social e tem por objeto de estudo o patrimônio das entidades, neste aspecto o objetivo é fornecer aos usuários um conjunto de informações que possam auxiliar a tomada de decisões no âmbito social e empresarial.

Segundo Basso (2011, p. 27),

[...] a Contabilidade tem sido conceituada como arte, como técnica, metodologia, ou como ciência, conforme a orientação seguida pelos mais diferentes estudiosos do assunto ao enquadra-la no conjunto das espécies do saber humano. Concebida para tratar do controle do patrimônio e estudar sua composição, variações e estados, e sendo o patrimônio pertencente ao homem, que por sua vez, vive, age e interage de forma pessoal ou coletiva na sociedade por ele constituída [...].

Para Lopes de Sá (2002, p. 45), “Contabilidade é uma ciência que estuda os fenômenos patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidências e comportamentos dos mesmos, em relação à eficácia funcional das células sociais”.

Por meio da contabilidade e seus aspectos é possível conhecer as relações entre os fenômenos patrimoniais, assim entende-se impossível controlar um patrimônio sem que se façam os registros contábeis. Com um adequado sistema de registro é possível compreender a situação real da empresa, sendo que as informações registradas servirão como subsídio aos gestores auxiliando-os no processo da tomada de decisão.

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2.1.2 Aplicações

No campo de aplicação da contabilidade podem ser usadas informações para diversos fins, como controle, apuração de resultado, tomada de decisão, e entre outros, vale ressaltar que para isso é preciso que todas as informações estejam devidamente registradas.

Nesta perspectiva para Basso (2011, p. 31),

Tendo como objeto o patrimônio, pode-se afirmar que o campo da contabilidade é o mais amplo possível, pois onde existe um patrimônio definido e perfeitamente delimitado, pode também estar ai se definindo um campo de aplicação da contabilidade: micros, pequenas, médias e grandes empresas públicas ou privadas, entidades sem fins lucrativos de natureza social, cultural, recreativa, desportiva, associações e outras, propriedades rurais e pessoas físicas em geral, representam o amplo campo de aplicação da Contabilidade.

Diante deste a contabilidade pode ser aplicada tanto para pessoa física quanto para pessoa jurídica, sua aplicação diária contribui para controlar e organizar os patrimônios, capital e investimentos, administrando os dados e números relativos a situação de determinada entidade ou setor. Os resultados dos dados e números obtidos em sua aplicação auxiliam na formulação do planejamento, gastos mensais e balanços de entradas e saídas de dinheiro, favorecendo a estabelecer critérios para o alcance de determinado objetivo.

2.1.3 Finalidades

A contabilidade tem por finalidade controlar, registrar e demonstrar os fatos ocorridos em determinada entidade, bem como as informações sobre sua composição, essas informações servem como subsídio para os gestores das organizações, auxiliando nas atividades realizadas pelas mesmas.

Para Basso, Filipin e Enderli; (2015, p.21) “[...] pode-se resumir a sua finalidade como sendo a de gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio e suas variações aos seus diferentes usuários, com ênfase nos controle e no planejamento, ou seja, para suas decisões”.

Assim a contabilidade alcança sua finalidade através de registro de todos os fatos relacionados com a formação e movimentação administrativa, com intuito de assegurar o controle e fornecer a seus administradores as informações necessárias à ação administrativa, a contabilidade pode ser usada tanto para pessoa jurídica quanto para pessoa física que obtenha um patrimônio, seja ele lucrativo ou não.

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2.2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As demonstrações contábeis apresentam um conjunto de informações e dados sobre a posição patrimonial e financeira das entidades. As demonstrações contábeis apontam para o resultado do gerenciamento dos recursos obtidos.

Denominadas de demonstrações financeiras na legislação societária, as demonstrações contábeis são relatórios que reúnem dados e informações de ordem econômica e financeira sobre determinado patrimônio, situado numa entidade especifica, no momento de sua elaboração. (BASSO; FILIPIN; ENDERLI, 2015, p.26).

Elas apresentam informações extraídas dos registros e dos documentos que integram o sistema contábil da empresa ou organização, assim as entidades devem desenvolver procedimentos que garantam a segurança, a preservação e a disponibilidade dos documentos e dos registros contábeis.

De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade NBC TG 26 (R4) (2016, p. 6),

“[...] As demonstrações contábeis também objetivam apresentar os resultados da

atuação da administração, em face de seus deveres e responsabilidades na gestão diligente dos recursos que lhe foram confiados. Para satisfazer a esse objetivo, as demonstrações contábeis proporcionam informação da entidade acerca do seguinte: (Redação alterada pela Resolução CFC n.º 1.376/11) (a)ativos; (b)passivos; (c)patrimônio líquido; (d)receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas; (e)alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietários e distribuições a eles; e (f)fluxos de caixa”.

A apresentação adequada dos registros contábeis acima citados possibilita a administração avaliar com segurança o desempenho da entidade, a capacidade de cumprir com os compromissos financeiros assumidos, bem como sua capacidade de desenvolvimento.

É possível perceber a importância das demonstrações contábeis pelo uso que se faz dela, elas são ferramentas que demonstram aos usuários as informações contábeis atendendo a uma finalidade específica.

Para Marion (1998, p. 38), “Os dados coletados pela contabilidade são apresentados periodicamente aos interessados de maneira resumida e ordenada, formando assim, os relátorios contábeis”. O autor decreve ainda que, “Dos inúmeros relátorios que há em contabilidade, destacam-se aqueles que são obrigatórios de acordo com a legislação brasileira”.

As demonstrações contábeis deverão obedecer aos critérios exigidos na lei, permitindo assim maior transparência das administrações. As demonstrações contábeis têm por objetivo fornecer aos seus usuários informações que sejam úteis aos seus gestores, através dos dados da situação patrimonial e financeira da entidade.

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No entendimento de Marion (2003, p. 39), “[...] Entre os relatórios contábeis, os mais importantes são as demonstrações financeiras (terminologia utilizada pela Lei das Sociedades por ações), ou demonstrações contábeis (terminologia preferida dos contadores)”.

Formada por vários instrumentos o objetivo das demonstrações contábeis ou financeiras conforme descrito pelo autor é conhecer a situação financeira da empresa, mas para este é necessário registrar todos os fatos ocorridos permitindo identificar as origens e as aplicações dos recursos.

2.2.1 Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil de todos os bens, direitos e obrigações de uma empresa ou organização destinada a demonstrar qualitativa e quantitativamente em uma determinada data a posição patrimonial e financeira de determinada empresa ou organização, no balanço é demonstrado os elementos que compõem o patrimônio ao final de um ano ou de um determinado período.

De acordo com Basso, Filipin e Enderli; (2015, p.26),

[...] Nele são expressas de forma resumida as contas sintéticas que sintetizam as informações que evidenciam a posição financeira dos grandes grupos de contas que expressam em valores, a situação dos bens, direitos e obrigações do patrimônio, bem como do capital próprio da entidade, numa determinada data.

O Balanço Patrimonial deve apresentar a situação da empresa, pode-se afirmar que ele é o resumo de todas as operações e registros ocorridos no decorrer do período e que envolvem a movimentação do patrimônio da empresa.

Balanço Patrimonial segundo Velter e Missagia (2004, p. 574),

É a demonstração que encerra a sequência dos procedimentos contábeis, apresentado, de forma ordenada, os três elementos que compõem o patrimônio da empresa (ativo, passivo e patrimônio líquido, isto é bens, direitos e obrigações, e, por diferença, a situação líquida).

Assim sendo, o Balanço Patrimonial é um documento contábil, gerado de toda a movimentação financeira da empresa, para este as contas deverão ser classificadas nos elementos do patrimônio de maneira que facilite o conhecimento e a análise da situação financeira da empresa.

O objetivo do Balanço Patrimonial é verificar o Patrimônio da empresa, por meio dele pode-se identificar a saúde financeira da empresa, sua estrutura traz as informações necessárias para a condução de um modelo de gestão empresarial.

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O quadro número 01 apresenta um modelo básico da estrutura do Balanço Patrimonial.

Quadro nº 01- Estrutura do Balanço Patrimonial

Fonte: Basso (2011, p. 298).

As empresas precisam estar amparadas por ferramentas e técnicas de gestão financeira para que seus recursos possam ser gerenciados, o balanço patrimonial representa as origens e as aplicações de recursos da empresa.

De acordo com Marion (2003, p. 42), “O Balanço Patrimonial é constituído por duas colunas: a coluna do lado direito, denominada Passivo e Patrimônio Líquido, a coluna do lado esquerdo, denominada Ativo”.

Essa denominação ocorre para que seja clara a identificação dos direitos e deveres da entidade, onde o ativo representa os bens e direitos que a empresa possui, e o passivo representa as obrigações e dívidas contraídas pela mesma.

2.2.2 Demonstração do Resultado do Exercício

Os recursos financeiros de uma empresa assim como sua gestão representam um conjunto de ações e procedimentos que devem ser adotados para que o negócio prospere, a Demonstração do Resultado do Exercício permite ao gestor compreender as diversas informações apresentadas pela empresa.

Nesta perspectiva, “A Demonstração do Resultado do Exercício é elaborada considerando-se o regime de competência dos exercícios para receitas e despesas”. (SOUZA, 2002. p. 177). Por meio desta ferramenta é que se demonstra a formação do resultado da empresa considerando suas receitas e despesas.

BALANÇO PATRIMONIAL

1- ATIVO 2- PASSIVO

1.1- CIRCULANTE 1.2- NÃO CIRCULANTE

1.2.1- REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 1.2.2- INVESTIMENTOS

1.2.3- IMOBILIZADO 1.2.4- INTANGÍVEL

2.1- CIRCULANTE 2.2- NÃO CIRCULANTE

2.2.1- EXÍGIVEL A LONGO PRAZO 3-PATRIMÔNIO LÍQUIDO

3.1- CAPITAL SOCIAL 3.2- RESERVAS DE CAPITAL 3.3- RESERVAS DE LUCRO

3.4- AJUSTES DE AVALIAÇÕES PATRIMONIAIS 3.5-(-) AÇÕES EM TESOURARIA

(21)

Ribeiro (2012, p. 347) relata que, “Essa Demonstração evidência o Resultado que a empresa obteve (Lucro ou Prejuízo) no desenvolvimento de suas atividades durante um determinado período, geralmente igual há um ano”.

Assim é possível confrontar as informações identificando as variações, bem como o que deu origem ao lucro ou prejuízo. Dentro do meio contábil, a Demonstração do Resultado do Exercício é uma ferramenta que produz o resultado econômico obtido pela empresa.

Concebida para demonstrar a formação do resultado final do exercício, ou seja, o lucro ou prejuízo, a DRE está estruturada de forma a evidenciar as diversas fases do resultado, iniciando com o valor da receita operacional bruta apurada nas operações de vendas e de prestação de serviços da entidade, passando pela dedução dos encargos tributários, devoluções e abatimentos a ela relativos, bem como dos seus respectivos custos, apurando-se o lucro operacional bruto, (BASSO, 2011, p. 306).

Geralmente o período determinado corresponde ao ciclo anual de dose meses como exercício financeiro de uma empresa, as informações obtidas nesse período servirão como base para confrontar os indicadores de receitas, despesas, investimentos, custos e provisões apurados.

Conforme descrito a Demonstração do Resultado do Exercício é uma ferramenta que permite fazer um levantamento geral sobre a organização e os resultados obtidos, porém é necessário tempo e dedicação para que os relatórios sejam elaborados e ofereçam todas as respostas a que se busca.

O Conselho Federal de Contabilidade através da NBC TG 26 (R4) (2016, p. 11) alerta que,

Quando da elaboração de demonstrações contábeis, a administração deve fazer a avaliação da capacidade da entidade continuar em operação no futuro previsível. As demonstrações contábeis devem ser elaboradas no pressuposto da continuidade, a menos que a administração tenha intenção de liquidar a entidade ou cessar seus negócios, ou ainda não possua uma alternativa realista senão a descontinuidade de suas atividades.

Diante deste se faz necessário avaliar as incertezas a cerca da capacidade da empresa em continuar operando com suas atividades, as decisões que precisam ser tomadas, devem ser objeto de cuidado por parte dos gestores uma decisão tomada hoje, causa uma série de efeitos no futuro.

“Todas as contas de resultado (custo, receita e resultados) passam pela conta Lucros e Perdas e constituem o resultado do exercício”, (FRANCO, 1997, p.368). Por meio da Demonstração do Resultado do Exercício é que os gestores conseguem fazer a prestação de contas apresentando o resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas,

(22)

sendo este de grande importância para reduzir as incertezas e os riscos no momento da tomada de decisão.

O quadro número 02 traz um modelo da Demonstração do Resultado do Exercício. Quadro nº 02 – Modelo da Demonstração do Resultado do Exercício

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO DA CIA... 1. RECEITA OPERACIONAL BRUTA X1 X2 Vendas de ...

2. (-) DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL BRUTA Tributos Faturados, Abatimentos e Devoluções de Vendas 3. (=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (1-2)

4. (-) CUSTO DAS MERCADORIAS/ PRODUTOS VENDIDOS 5. (=) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO (3-4)

6. (-) DESPESAS OPERACIONAIS NÃO FINANCEIRAS De Vendas

Despesas Administrativas Outras Despesas Operacionais Outras Despesas Operacionais

7. (=) RESULTADO OPERACIONAL PRÓPRIO (5-6) 8. (=) RESULTADO FINANCEIRO

Receitas Financeiras (-) Despesas Financeiras

9. (=) RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO (7+8) 10. (+-) RESULTADO NÃO OPERACIONAL

Receitas Não Operacionais (-) Despesas Não Operacionais

11. (=) RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS SOBRE A RENDA (9+-10) 12. (-) PROVISÃO PARA OS TRIBUTOS SOBRE A RENDA

Provisões para o Imposto de Renda Pessoa Jurídica Provisão para a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

13. (=) RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS SOBRE A RENDA (11-12) 14. (-) PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

Participações Estatutárias Participações Sociais Outras Participações

15. (=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (13-14)

16. (-) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO POR AÇÃO/COTA

(23)

2.3 CONTABILIDADE GERENCIAL

O uso das informações contábeis contribui para o conhecimento e enriquecimento das organizações, a informação de natureza gerencial proporciona aos seus usuários o aumento da tecnologia da informação nas mesmas. A contabilidade gerencial envolve a gestão, controladoria e estratégia das organizações estando atualizados na área dos negócios.

De acordo com Crepaldi (2012, p. 3) “As empresas estão em constantes mudanças; cada vez mais necessitam de controles precisos e de informações oportunas sobre seu negócio para adequar suas operações às novas situações de mercado”.

Deste modo a contabilidade gerencial capacita a empresa a diagnosticar as principais fragilidades e avanços em que seu ambiente interno e externo se encontra, reduzindo assim os riscos na elaboração e utilização das informações contábeis gerenciais no processo de tomada de decisão em determinados acontecimentos.

Os gestores necessitam de informações de custos e lucratividade de suas linhas de produtos, segmentos do mercado e de cada produto e cliente. Necessitam de um sistema de controle operacional que acentue a melhoria de custos, qualidade e de redução de tempo de processamento das atividades desenvolvidas por seus funcionários, (CREPALDI, 2012, p. 2).

Assim a contabilidade gerencial está relacionada com as informações obtidas por meio de dados e relatórios contábeis fornecidos aos seus administradores, associada à gestão da empresa e diferente da contabilidade financeira a contabilidade gerencial é voltada para ações futuras e de uso interno. Entretanto um fator que chama atenção é o fato de que muitas pequenas empresas desconhecem as informações obtidas e passam a tomar decisões baseadas apenas nas experiências que acreditam ter, deixando de se beneficiar das informações geradas pela contabilidade.

[...] Sem o conhecimento do mercado, da concorrência, da formação de preços, do controle dos gastos, do controle dos estoques, do fluxo de caixa, do ponto de equilíbrio, de um planejamento tributário, da legislação pertinente ao seu negócio, os empresários tomam decisões incompatíveis com os objetivos das empresas [...], (CREPALDI ,2012, p. 3).

No intuito de fornecer diversas informações à contabilidade gerencial aliada ao fluxo de caixa permite por meio de um adequado controle dos recursos financeiros aplicar todas as decisões tomadas pelo administrador da empresa assegurando assim menores riscos de erros, estando em sintonia com todos os acontecimentos de ordem operacional e financeiro a contabilidade gerencial proporcionará ações que contribuam para resultados positivos dentro e fora das empresas.

(24)

2.4 FLUXO DE CAIXA

As mudanças no meio empresarial tem sido significativas, os gestores das empresas estão buscando cada vez mais as informações financeiras.

A concorrência e o crescente número de micros e pequenas empresas têm contribuído para que os gestores adotem medidas que melhorem o desempenho da empresa, e o fluxo de caixa é uma ferramenta que contribui para este proporcionando informações de planejamento e controle. “Para tanto, o fluxo de caixa tornou-se uma ferramenta indispensável na administração financeira das entidades, pois qualquer decisão tomada provoca mudanças no caixa”, (BASSO; FILIPIN; ENDERLI, 2015, p.184).

Embora não seja uma ferramenta obrigatória para as empresas, Franco (1997, p. 372) assim o descreve: “Existem vários modelos de fluxos de caixa, alguns mais analíticos e complexos, outros mais sintéticos e simplificados, variando de acordo com a complexidade e as necessidades da empresa”.

Estudos de diversos pesquisadores apontam que a administração adequada dos recursos financeiros dará suporte e garante a sobrevivência de qualquer empresa, pois as mesmas possuem movimentações diárias de compras, vendas, investimentos, pagamentos e recebimentos.

De acordo com Basso, Filipin e Enderli (2015, p. 185),

A principal condição para o sucesso do fluxo de caixa é a existência de uma cultura de planejamento dentro da organização, ou seja, ter em sua gestão políticas de vendas, créditos, cobrança, compras. É fundamental que a empresa consiga atribuir maior rapidez nas entradas de caixa em relação aos desembolsos.

Desta forma pode-se usar o fluxo de caixa como um relatório que informa a origem do valor que entrou e saiu do caixa em um determinado tempo, permitindo assim a elaboração de projeções e previsões financeiras.

Com a elaboração do planejamento dentro da empresa e tendo em sua gestão politicas de vendas, créditos, cobranças e compras, é possível definir o período que o fluxo de caixa irá abranger por meio dos controles de contas a pagar, contas a receber, controle de despesas, de vendas e informações que representem a movimentação dos recursos financeiros.

Neste contexto, “Fluxo de caixa é um instrumento gerencial que dá suporte à empresa para a tomada de decisão, sendo de grande valia para a determinação de empréstimos de curto ou longo prazo, bem como na aplicação de recursos excedentes”. (BASSO; FILIPIN; ENDERLI, 2015, p.184).

(25)

Pode-se afirmar que o objetivo do fluxo de caixa é projetar as disponibilidades financeiras da empresa, o mesmo fornece informações das atividades desenvolvidas como entradas e saídas de valores em determinado período.

Reis e Marion (2006, p. 232) definem os objetivos do fluxo de caixa com as seguintes funções:

Avaliar a geração futura de caixa para pagamento de obrigações, de despesas

correntes e de lucros ou dividendo aos sócios;

Identificar as futuras necessidades de financiamentos;

Compreender as razões de possíveis diferenças entre resultado e o fluxo de caixa líquido originado das atividades operacionais;

Evidenciar o efeito das operações e das operações de investimentos e

financiamentos sobre a posição financeira da empresa.

Assim o fluxo de caixa torna-se uma ferramenta importante dentro das empresas, utilizando como uma forma de planejar, controlar e a partir destes tomar as decisões cabíveis e necessárias à empresa.

2.4.1 Planejamento do fluxo de caixa

Para que as empresas sejam bem sucedidas torna-se fundamental que sua administração alie os componentes da organização a um bom planejamento, como todas as empresas não são iguais e cada uma possui suas particularidades quanto melhor for seu planejamento e realização, maior serão as chances de sucesso.

Nesta perspectiva Zdanowicz (2012, p.147) descreve:

Dentre as várias informações, dados e métodos de planejamento que devem ser utilizados na elaboração do fluxo de caixa, uma das condições fundamentais é realizar uma competente e confiável análise econômico-financeira, principalmente, a ciclometria de caixa nos valores e prazos de estoques, valores a receber e a pagar da empresa.

Por se tratar de informações financeiras o planejamento de fluxo de caixa torna-se um elemento de controle na entrada e saída dos recursos financeiros, através do planejamento é possível verificar se a empresa terá condições de cumprir com os compromissos assumidos e ainda prever se haverá necessidade de buscar empréstimo para quitar eventuais dividas. “O planejamento de caixa tem como foco apresentar para a empresa se em determinado período haverá excedentes, podendo assim fazer aplicações, a qual irá gerar retorno financeiro [...]”. (BASSO; FILIPIN; ENDERLI, 2015, p.189)

O principal objetivo do planejamento é proporcionar que tudo ocorra conforme planejado. De acordo com o (SEBRAE, 2015, p.101),

(26)

Usando Adequadamente essa ferramenta, você contribui para alavancar seu

negócio, pois as ações direcionadas poderão refletir em vantagens, tais como:

O planejamento faz com que as suas decisões sejam tomadas da maneira mais

racional possível; Pensar antes de agir;

Avaliar riscos e benefícios;

Olhar para o futuro, estabelecendo metas e racionalizando o uso dos recursos;

Gerenciar as ações ao longo do tempo, podendo corrigir as rotas quando

necessário; e

Reduzir ao máximo os imprevistos.

Conforme o (SEBRAE, 2015, p. 101) aponta assim como as vantagens do uso do planejamento, suas desvantagens ao abrir mão do mesmo.

Ao deixar de lado esta ferramenta, além de abrir mão das vantagens mencionadas,

algumas situações indesejadas poderão rondar seu negócio:

Definir metas pouco representativas ou até mesmo metas erradas;

Percorrer caminhos mais difíceis para atingir objetivos e metas; e

Não ter as rédeas do seu negócio nas mãos.

Com base nas vantagens apresentadas o planejamento irá nortear os administradores na forma de agir a fim de melhor identificar as entradas e saídas financeiras da empresa. O planejamento do fluxo de caixa permite assim verificar o rendimento da mesma, mas vale lembrar que não basta apenas realizar o planejamento e depois abandoná-lo em uma gaveta é necessário realizar o seu acompanhamento, este é um processo que deve ser contínuo comparando o que foi previsto com o que realmente está sendo realizado.

2.4.2 Modelos de fluxo de caixa

Com a evolução tecnológica em evidência ficou mais fácil controlar o dinheiro que entra e sai de toda e qualquer empresa, atualmente é possível controlar seus recursos financeiros por meio de planilhas eletrônicas, porém nas empresas de pequeno porte estas são pouco conhecidas. O que alguns gestores desconhecem é o fato de que existem vários modelos de fluxo de caixa e o mesmo pode ser elaborado de acordo com as necessidades da empresa.

Zdanowicz, (2012, p.152) descreve que: “Na sua elaboração, são projetados todos os valores que serão recebidos e pagos no horizonte temporal pela empresa”. Nesse sentido o fluxo de caixa inclui registros como: recebimento de vendas a vista, a prazo, com cartão de crédito ou mesmo crediário, pagamentos de fornecedores, folha de pagamento, despesas com aluguel, água, luz, encargos sociais, operações de crédito, juros de aplicações financeiras entre outros elementos que compões o setor financeiro de cada empresa.

(27)

Nesta perspectiva compreender as relações entre as entradas e saídas que compõem os elementos no fluxo de caixa é fundamental para que as decisões sejam tomadas com segurança, para a elaboração do fluxo de caixa deve-se avaliar a atividade e o porte da empresa facilitando aos gestores o entendimento das informações obtidas.

O fluxo de caixa contém as principais entradas e saídas de caixa periódicas (diárias, semanais, mensais etc.), o estoque inicial de dinheiro da empresa (caixa, depósitos bancários à vista e aplicações financeiras de liquidez diárias) e o saldo de caixa no final de cada período de informação (dia, semana, mês etc.), (SANTOS, 2001, p. 60).

No quadro número 03 Santos relaciona-se de forma sucinta os elementos de caixa e a forma de ser calculada. O saldo inicial significa o que a empresa tem em caixa, mais o que a empresa recebeu, ou seja, receitas, diminuído do que pagou, ou seja, despesas, chegando assim ao saldo final de caixa.

Quadro nº 03 - Elementos do caixa

Fonte: Santos (2001, p. 61).

Assim os vários modelos de fluxos de caixa permitem aos gestores escolher o que mais seja adequado ao porte da organização, uma vez que controlar o caixa faça parte do dia-dia das empresas. Compreender o desenvolvimento do mesmo, ou seja, controlando o fluxo de caixa pode fazer toda a diferença no momento de decidir como aplicar os recursos obtidos.

O fluxo de caixa torna-se indispensável para a organização como instrumento eficaz, identificando os ingressos que compõem os totais recebidos em caixa, seja ele em dinheiro, cheque ou cartão oriundos das receitas de vendas de mercadorias ou serviços prestados, e os desembolsos que compõem as despesas totais como compras a vista, pagamentos de fornecedores, salários e encargos, despesas financeiras e ou administrativas.

Apresentando assim o saldo final entre o que foi recebido e o que foi pago, se o volume de recebimentos for maior que o de pagamentos pode-se planejar investir a sobra de recursos, e sendo o contrário, deve-se observar o fator predominante deste e criar planos de ação para reverter a situação.

No quadro nº 04 Zdanowicz (2012, p. 153), apresenta um modelo de planilha eletrônica (Excel) para elaborar o fluxo de caixa. Esta é uma planilha que permite ao gestor registrar cada item financeiro movimentado pela empresa.

Sendo que os ingressos compõem todas as entradas e o desembolso é composto pelas saídas dos recursos, assim com os dados organizados na planilha tem-se a disponibilidade

(28)

acumulada, o nível do caixa desejado é estipulado pelos próprios gestores como uma estimativa.

Quadro nº 04 - Modelo de planilha para elaborar o Fluxo de Caixa

ITENS PERÍODOS JAN ... TOTAL RS

P R P R P R

1. INGRESSOS

Vendas a vista

Cobranças em carteira

Cobranças bancarias

Vendas de itens do ativo imobilizado

Aluguéis a receber

Aumento de capital social

Receitas financeiras ... SOMA 2. DESEMBOLSOS Compras a Vista Pagamentos a fornecedores Salários a pagar

Compras de itens do ativo imobilizado

Despesas administrativas

Despesas com vendas

Despesas tributárias Despesas financeiras Contratação de leasing ... SOMA 3. DIFERENÇA DO PERÍODO (1 - 2)

4. SALDO INICIAL DE CAIXA

5. DISPONIBILIDADE ACUMULADA (+/- 3 +4)

6. NÍVEL DESEJADO DE CAIXA

7. EMPRESTIMOS A CAPTAR

8. APLICAÇÕES FINANCEIRAS A REALIZAR

9. ARMOTIZAÇÕES DE EMPRÉSTIMOS

10. RESGASTE DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS

11. SALDO FINAL DE CAIXA (5 + 7 + 8 + 9 + 10) = 6

Fonte: Zdanowicz (2012, p. 153).

Caso a empresa necessite captar recursos futuramente, o mesmo deve ser registrado no fluxo como empréstimos a captar bem como as aplicações realizadas junto ao mercado financeiro, as amortizações configuram as devoluções do valor adquirido por meio de empréstimo, e o resgate financeiro é o valor originário das aplicações, chegando assim ao saldo final.

(29)

A partir de todos os itens devidamente registrados conforme modelo do autor Zdanowicz pode então o gestor fazer a comparação entre o projetado e o realizado e mesmo tomar as decisões pertinentes a empresa.

2.4.3 Análise do fluxo de caixa

Assim como o uso da ferramenta do fluxo de caixa a análise do mesmo torna-se de fundamental importância, pois as informações apresentadas são úteis para avaliar a capacidade do negócio na geração de resultados.

Para se fazer as projeções é preciso realizar um diagnóstico analisando os recursos financeiros da empresa.

De acordo com Lima et al. (2008, p. 28 ), por meio da análise do Fluxo de Caixa avalia-se vários aspectos da empresa como:

 Capacidade de gerar fluxos líquidos;

 Capacidade do honrar seus compromissos;

 Grau de liquidez, solvência e flexibilidade financeira;

 Taxa de conversão do lucro em caixa;

 A performance operacional;

 Grau de precisão das estimativas passadas de fluxos futuros de caixa;

 Posição financeira conforme transações de investimentos e financiamentos

Por meio das informações que representam a movimentação dos recursos financeiros é possível confrontar o que foi projetado com o que foi realizado, identificando assim os fatores que afetam a saúde financeira da empresa, para este é necessário um acompanhamento diário das movimentações sendo o ideal para estar corrigindo e redirecionando as ações a fim de assegurar o atingimento das metas e objetivos estratégicos definidos pelos gestores.

2.5 INDICADORES FINANCEIROS

Os indicadores financeiros são elementos fundamentais para as empresas que desejam acompanhar ou mesmo avaliar a saúde dos negócios.

Para que estes sejam eficazes é preciso que a empresa mantenha de forma regular e clara os demonstrativos financeiros, pois dessa forma será possível analisar os pontos fortes e pontos fracos na gestão estratégica da empresa corrigindo as falhas e traçando novos objetivos e metas.

(30)

Segundo Padoveze e Benedicto (2008, p. 135),

Basicamente, consiste em números e percentuais resultantes das diversas inter-relações possíveis entre os elementos patrimoniais constantes do balanço e da demonstração de resultado. O objetivo é buscar elementos que dêem maior clareza à análise ou mesmo indiquem constatações do desempenho econômico-financeiro da entidade.

Deste modo os indicadores financeiros além de analisar os demonstrativos financeiros, servem para extrair informações relevantes sobre a origem dos dados e os fins da análise. Para chegar a esses indicadores apresenta-se nesse estudo os indicadores de liquidez, capital circulante, indicadores de estrutura e o ciclo operacional e financeiro.

2.5.1 Indicadores de liquidez

Medir os resultados de uma empresa geralmente costuma ser motivo de alegria quando os números são positivos, porém para este se faz necessário avaliar todos os compromissos assumidos pela empresa.

“A ideia central de criar indicadores de liquidez está na necessidade de avaliar a capacidade de pagamento da empresa. A palavra liquidez em finanças significa a disponibilidade em moeda corrente para fazer pagamentos”. (PADOVEZE; BENEDICTO. 2008, p.135).

Na mesma linha de pensamento Kuhn (2012, p. 17) complementa que:

Uma empresa com bons índices de liquidez tem condições potenciais de pagar suas dívidas, mas isso também não significa que, necessariamente, ela esteja fazendo isso. Liquidez se refere à capacidade de pagar obrigações em dia, nos devidos prazos, ou seja, expressa a possibilidade de pagar os compromissos aprazados. Neste contexto o índice de liquidez irá indicar a capacidade de uma empresa em honrar seus compromissos por meio de cálculos e interpretação dos índices, para este existem elementos no qual são classificados os indicadores de liquidez, Padoveze (2000) descreve como sendo eles de liquidez corrente, liquidez seca e liquidez geral, os mesmos são evidenciados no desenvolvimento do estudo de acordo com o porte da empresa.

a) Indicador de liquidez corrente:

O índice de liquidez corrente apresenta informações retiradas do balanço patrimonial de cada empresa. De acordo com Padoveze (2000, p. 150), “O objetivo deste indicador é

(31)

verificar a capacidade de pagamento da empresa dos valores de curto prazo”. Os autores Padoveze e Benedicto (2008, p. 137), apresentam o cálculo da seguinte forma.

LC=

Ativo Circulante

Passivo Circulante

Assim o resultado encontrado evidencia a situação da empresa, os autores apontam que o melhor resultado se dá a partir de indicadores superiores a 1,00, encontrando um resultado acima de 1,5 pode se considerar como um resultado ótimo.

b) Indicador de liquidez seca

O indicador de liquidez seca é muito semelhante ao anterior, porém para este não se utiliza o estoque, o valor do estoque deve ser descontado possibilitando assim um resultado mais eficaz, uma vez que o estoque não deve ser comprometido devido as obrigações a serem cumpridas.

De acordo com Padoveze e Benedicto (2008, p. 138/139),

É importante salientar que a análise desse indicador deve levar em conta, necessariamente, o tipo de empresa. As empresas comerciais tendem a ter estoques mais facilmente realizáveis que as empresas industriais. Por tanto a velocidade que os estoques do comércio se transformam em dinheiro é maior.

Os autores Padoveze e Benedicto (2008, p. 139), definem que a [...] fórmula para este indicador é”:

LS=

Ativo Circulante – Estoques- Despesas do Exercício Seguinte

Passivo Circulante

Nesse indicador os estoques são diminuídos no intuito de verificar se a empresa depende ou não das vendas para quitar os compromissos empresariais, através de pesquisas bibliográficas realizadas para este estudo, verificou-se que não existe uma regra para que possa concluir se o dado é útil ou não. “Alguns autores, por experiência prática, entendem que acima de 0,50 é aceitável para o comércio e acima de 0,70 é aceitável para as indústrias”. (PADOVEZE; BENEDICTO. (2008, p.140).

(32)

c) Indicador de liquidez geral

De acordo com Padoveze e Benedicto (2008, p.141) “Esse indicador trabalha com todos os ativos realizáveis e todos os passivos exigíveis, aglutinando os classificados de curto prazo com os de longo prazo”.

Estudos apontam que o indicador de liquidez geral permite aos gestores conhecer como está a liquidez da empresa para um período mais longo a mesma deve ser analisada cuidadosamente.

Padoveze (2000, p. 152), relata que “Também objetiva verificar a capacidade de pagamento, agora analisando as condições totais de saldos a receber e a realizar contra os valores a pagar, considerando tanto saldos de curto como de longo prazo”. Na perspectiva de Padoveze e Benedicto (2008, p. 141), este é expresso pela seguinte fórmula:

LG=

Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo

Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo

Da mesma forma que os demais indicadores os valores são obtidos através dos grupos do Balanço Patrimonial da empresa, diante dos indicadores apresentados define-se que quanto maior for a liquidez melhor será o a situação da empresa.

2.5.2 Capital circulante líquido

As movimentações financeiras estão denominadas dentro de um conjunto de ferramentas que visam o melhor entendimento sobre os rendimentos da empresa em determinado período. “Por natureza, o circulante, como no grupo do capital, é o que tende a transformar-se em dinheiro ou já é dinheiro em curto prazo (pelo menos dentro de um exercício)”, (LOPES DE SÁ, 2002, p.121).

As empresas possuem movimentos como contas a receber, estoque, saldo disponível e entre outros pertencentes ao grupo do Ativo Circulante, contas a pagar e fornecedores pertencentes ao Passivo Circulante, a diferença entre esses dois grupos e transações dará origem ao capital circulante líquido.

(33)

Neste aspecto o capital circulante líquido representa um diferencial na área administrativa, servindo de apoio aos gestores transmitindo maior segurança nas tomadas de decisões.

Lopes de Sá (2002, p.121) descreve ainda a classificação do ativo circulante,

Classificam-se, no capital circulante, todavia, seguindo a lei brasileira (Lei 6.404/76, art. 179, I) os seguintes componentes:

1. Disponibilidades (dinheiro e tudo que o representa);

2. Direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente (duplicatas a receber, títulos a receber a curto prazo;

3. Despesas do exercício seguinte (antecipação de despesas, ou seja, o que se pagou antes do exercício).

Se o ativo circulante for maior que o passivo circulante, obtém-se um capital circulante líquido próprio o que implica em dizer que é positivo, e sendo o ativo circulante menor que o passivo circulante obtém-se um capital circulante líquido negativo ou de terceiros, que significa falta de recursos (dinheiro).

De acordo com Basso, Filipin e Enderli (2015, p. 117),

Muitos fatores interferem na qualidade do CCL de uma entidade, tendo em vista que:

-as dívidas têm seus vencimentos fixos e a entidade tem por obrigação liquidá-las no vencimento certo;

-além do dinheiro em disponibilidade, o Ativo Circulante é também composto por devedores, cuja cobrança muitas vezes é morosa e até duvidosa, e, de estoques com artigos que muitas vezes são de difícil vendagem, entre outros aspectos.

O capital circulante líquido que é expresso na seguinte fórmula por (BASSO; FILIPIN; ENDERLI; 2015, p. 116),

CCL= AC (-) PC

Sendo:

CCL= Capital Circulante Líquido AC= Ativo Circulante

PC= Passivo Circulante

De modo geral, percebe-se que a maioria das empresas de pequeno porte não consegue administrar de forma correta as entradas e principalmente as saídas de caixa, no sentido administrativo o capital circulante líquido auxilia na reflexão da capacidade de melhor gerenciar as relações com clientes e fornecedores, pois uma administração ineficiente pode afetar o fluxo de caixa de uma empresa.

(34)

2.5.3 Ciclo operacional e financeiro

O ciclo operacional e financeiro de uma empresa varia de acordo com o modelo de negócio e setor que ela atua, as empresas para se tornarem mais competitivas e fazer a diferença no mercado, necessitam não somente de produtos ou serviços, mas também é preciso compreender como acontece o ciclo/período em que os produtos permanecem nas empresas ou o tempo em que demoram para prestar um serviço, bem como as atividades da mesma.

Padoveze e Benedicto (2008, p.155) assim conceituam,

O ciclo operacional corresponde a todas as ações necessárias e exercidas para o desempenho de cada atividade. É o processo de gestão da cada atividade e inclui o planejamento, a execução e o controle.

O ciclo financeiro corresponde ao processo de efetivação financeira de cada evento econômico em termos de fluxo de caixa.

Assim pode-se afirmar que é o processo que se inicia desde a compra de mercadorias até o momento do recebimento da venda. De acordo com Basso, Filipin e Enderli (2015, p. 204) “O período operacional consiste na compra, fabricação, estocagem, venda e cobrança. Cada uma dessas fases possui determinada duração”.

O ciclo operacional segundo Basso, Filipin e Enderli (2015, p. 204) é apresentado pela seguinte fórmula:

COP = PMEMP + PMF+PMV+PMC

Sendo:

PMEMP = prazo médio de estocagem matéria-prima PMF = prazo médio de fabricação

PMV = prazo médio de vendas PMC = prazo médio de cobrança

O ciclo financeiro de acordo com Basso, Filipin e Enderli (2015, p. 206) é calculado utilizando-se a fórmula semelhante a do operacional, porém neste é incluído o prazo médio para pagamento a fornecedores como um redutor, conforme representado pelos autores:

CF= (PMEMP + PMF+PMV+PMC) – PMPF

(35)

Para o desenvolvimento dos ciclos operacional e financeiros existem os elementos que compõem estas estruturas, assim serão demonstrados os estoque de produtos, pagamentos de fornecedores e recebimento de clientes.

a) Estoques de produtos

Por meio desse indicador é possível compreender o período que os produtos ficam em estoque, com um adequado controle na organização além de controlar o espaço físico da empresa pode-se prevenir o desperdício de produtos e mesmo a falta deles, saber o que entra e o sai do estoque traz vantagens aos gestores.

Por exemplo: saber quais os produtos são mais vendidos, quais estão a mais tempo sem saída e quando será necessário repor determinado produto, facilita a identificação de tudo o que a empresa possui no estoque. Definindo a cada item a quantidade mínima para se ter em estoque favorece para um bom controle não deixando faltar produtos para os clientes e nem deixa que sobre produtos o que pode significar dinheiro parado.

Müller e Antonik (2008, p.141) apresentam a fórmula de giro de estoque da seguinte maneira:

Giro dos Estoques (GE) = Custo das Mercadorias Vendidas / Estoque médio

Os autores complementam que “Giro de estoque alto não significa eficiência, pois estoque muito pequeno (giro alto) pode indicar: dificuldades para entregar o pedido e falta de caixa”, (MÜLLER; ANTONIK. 2008, p.141).

Por este motivo o controle do estoque é tão importante quanto qualquer outra atividade adotada pela empresa, o mesmo pode ser elaborado por meio de planilhas ou mesmo em um sistema de software dessa forma será possível fazer estimativas de pedidos a fornecedores, estimativa de vendas e potencializar os investimentos do estoque.

b) Pagamento de fornecedores

O pagamento de fornecedores é uma atividade que representa os recursos financeiros gastos para a compra de produtos a serem comercializados ou mesmo produzidos, formando assim o principal item de saída de dinheiro do caixa. É importante que os gestores avaliem a disponibilidade de recursos para pagar suas obrigações.

Referências

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