04-ConflitoseEmoções.Geral

(1)

“

Conflitos e

_{Conflitos e}

Emoções”

Curso/Formação

Gestão de

Conflitos

(2)

CONFLITOS

E

_E

EMOÇÕES

Instrutor: Pedro Jofilsan

Fone: 81-9972.0218 Fone: 81-9972.0218 Pedrojofilsan@yahoo.com.br Pedrojofilsan@yahoo.com.br

(3)

CONFLITOS

E

_E

EMOÇÕES

Uma Aprendizagem

Necessária

(4)

Conflitos e Emoções

• Se praticarmos o saudável exercício de nos

_{Se praticarmos o saudável exercício de nos}

surpreender com o que é habitual, teremos

excelentes oportunidades de exercer o uso

da surpresa quando contemplarmos o

universo das organizações com um olhar

sem pressupostos, quer dizer, capaz de

assombrar-se frente ao comum do

cotidiano, frente àquilo que tantas vezes

consideramos normal, o que, por ser

evidente, não consideramos necessário

questionar.

(5)

Conflitos e Emoções

• As evidências, às vezes, criam preconceitos. Um _{As evidências, às vezes, criam preconceitos. Um} deles consiste em considerar a negociação e a deles consiste em considerar a negociação e a

emoção como duas questões claramente emoção como duas questões claramente

separadas uma da outra, ou talvez oposta. separadas uma da outra, ou talvez oposta.

Chega-se a afirmar que às vezes uma delas – a Chega-se a afirmar que às vezes uma delas – a

emoção – pode interferir no bom funcionamento emoção – pode interferir no bom funcionamento

da outra, desorganizando-a, tanto que foi da outra, desorganizando-a, tanto que foi

considerada muito negativamente por filósofos considerada muito negativamente por filósofos

como Sêneca, que a responsabilizava por como Sêneca, que a responsabilizava por

escravizar a razão, ou como Kant, que a escravizar a razão, ou como Kant, que a

considerava uma doença da mente. considerava uma doença da mente.

(6)

Conflitos e Emoções

Mito Cultural

• A crença nessa oposição constitui um dos

_{A crença nessa oposição constitui um dos}

mitos culturais que mais influi em nosso

comportamento, tanto cognitivo quanto

emocional. Consequentemente, também

influiu na maneira como ambos foram

tratados na educação. O pensamento

lógico é considerado “frio”, “cerebral”,

“calculista”, enquanto que as emoções

“cálidas”, se situam no “coração” e

provocam condutas “impulsivas”.

(7)

Conflitos e Emoções

Mito Cultural

• O pensamento

_{O pensamento}

lógico

é considerado capaz

de conduzir o individuo a atitudes

“racionais” e “inteligentes”, e seu expoente

máximo é o pensamento matemático e

científico. Para ele, pois, encaminhou-se a

educação, concluindo-se que se tem que

priorizar tudo o que se referir ao

conhecimento matemático, científico e às

matérias que permitem desenvolvê-lo ou

àquelas que proporcionam qualquer tipo de

formação intelectual.

(8)

Conflitos e Emoções

Mito Cultural

• _{O terreno das}

_{O terreno das}

_emoções

_{é, pelo}

contrário, um terreno que não deve

ser trilhado, pela educação formal,

já que pertence ao domínio do

privado, pessoal e cotidiano, e que

está no pólo oposto do público, do

científico e do racional.

(9)

Conflitos e Emoções

Evidências que

Surpreendem

• _{No caso de darmos por aceitável o}

_{No caso de darmos por aceitável o}

tópico entre

cognição

e

emoção

(

nos sobram

razões para

duvidar

),

• _{começa a aparecer a primeira}

_{começa a aparecer a primeira}

surpresa

que nasce da contradição

que supõe essa forma de proceder.

(10)

Conflitos e Emoções

• _Vejamos:

_Vejamos:

–

_{Se as emoções podem ser tão nefastas}

para o pensamento,

• Por que justamente não

_{Por que justamente não}

educá-las?

Evidências

(11)

Conflitos e Emoções

• _Vejamos:

_Vejamos:

–

_{Se podem distorcer o uso correto da}

razão,

• Por que ignorá-las?

_{Por que ignorá-las?}

Evidências

(12)

Conflitos e Emoções

• _{Por que não proporcionar aos}

_{Por que não proporcionar aos}

facilitadores instrumentos

para seu conhecimento e

organização?

• _{Trata-se de um descuido}

_{Trata-se de um descuido}

realmente surpreendente.

Evidências

(13)

Conflitos e Emoções

• Mas a surpresa não

_{Mas a surpresa não}

termina aqui e não nasce

da contemplação do que

vemos, mas justamente,

do que não vemos

_{do que não vemos}

.

_.

Evidências

(14)

Conflitos e Emoções

• Para poder ver o que não

_{Para poder ver o que não}

existe, é conveniente

primeiro dar uma olhada,

mesmo que rápida,

no que existe.

Evidências

(15)

Conflitos e Emoções

•O atual sistema educacional, em _{O atual sistema educacional, em}

especial no que se refere ao ensino especial no que se refere ao ensino

obrigatório – aquela bagagem cultural obrigatório – aquela bagagem cultural

que se supõe que toda pessoa deve que se supõe que toda pessoa deve

possuir -, está voltado para a possuir -, está voltado para a transmissão de uma série de transmissão de uma série de

conhecimentos que se supõe que cada conhecimentos que se supõe que cada

cidadã e cidadão necessitam para se cidadã e cidadão necessitam para se

desenvolver de forma adequada na desenvolver de forma adequada na

vida pública e para se preparar para o vida pública e para se preparar para o

mundo profissional em que deverão mundo profissional em que deverão

entrar no futuro. entrar no futuro.

Evidências

(16)

Conflitos e Emoções

• Esses conhecimentos são

_{Esses conhecimentos são}

considerados fundamentais para a

formação intelectual e cultural

dos alunos e para dota-los de

instrumentos cognitivos que lhes

permitam o acesso ao pensamento

científico e à cultura.

• No entanto, não devemos esquecer

_{No entanto, não devemos esquecer}

que a ciência clássica que se

transmite:

Evidências

(17)

Conflitos e Emoções

• A ciência clássica que se

_{A ciência clássica que se}

transmite:

– Foi concebida por um pensamento patriarcal, _{Foi concebida por um pensamento patriarcal,}

reducionista, excludente e parcializado. Fragmenta o

universo para poder reduzi-lo a modelos lineares que

evitem os obstáculos da complexidade. O ensino

transmite, também, uma ciência parcializada, sob um

caleidoscópio em que é impossível para o aluno

reconhecer o que o rodeia na vida cotidiana.

Evidências

(18)

Conflitos e Emoções

• _{A ciência clássica que se}

_{A ciência clássica que se}

transmite:

– Exclui as emoções, que são vistas como o que perturba _{Exclui as emoções, que são vistas como o que perturba}

a imparcialidade e a pretensa “objetividade” do

pensamento científico, mas é preciso muita ingenuidade

hoje em dia para continuar acreditando na objetividade

da ciência (e a cada vez há menos pessoas ingênuas).

Sabemos que uma ciência feita por indivíduos que

ignoram suas emoções é como uma ciência feita por

indivíduos que ignoram que pensam. O ensino, seguindo

o exemplo da ciência clássica, também exclui as

emoções do currículo.

Evidências

(19)

Conflitos e Emoções

• A ciência clássica que se

_{A ciência clássica que se}

transmite:

– Exclui o sujeito, inclusive aquele que produz a ciência: sua _{Exclui o sujeito, inclusive aquele que produz a ciência: sua}

ideologia, suas características pessoais, seu status social,

suas crenças, suas característica de gênero, ou seja, tudo

aquilo que determina sua maneira de ver o mundo e de

conceber os fenômenos que estuda. O ensino, seguindo

essa pauta, também exclui o sujeito, cm suas

características pessoais, com tudo o que lhe é próximo, de

tal maneira que o impede de se ver refletido e de se sentir

participante da ciência que lhe ensinam.

Evidências

(20)

Conflitos e Emoções

• _{A ciência clássica que se}

_{A ciência clássica que se}

transmite:

– Exclui o cotidiano, porque se centra no estudo de _{Exclui o cotidiano, porque se centra no estudo de}

fenômenos gerais que requerem explicações

abstratas; o cotidiano é particular e concreto. O

ensino, portanto, também exclui o cotidiano para

desenvolver a capacidade de abstração dos

alunos, sem perceber que, ao fazê-lo, se elimina a

base de onde a abstração poderia partir.

base de onde a abstração poderia partir. Evidências

(21)

Conflitos e Emoções

• _{Enfim, formam-se os alunos,}

_{Enfim, formam-se os alunos,}

as pessoas, em tudo aquilo

que se pensa que prepara

para o público, mas não se

considera competência do

sistema educacional

prepara-los para o privado;

Evidências

(22)

Conflitos e Emoções

• _{Pretende-se prepará-los}

_{Pretende-se prepará-los}

para que tenham uma boa

formação cognitiva, mas

não se faz nada para que

tenham, também, uma boa

formação emocional;

Evidências

(23)

Conflitos e Emoções

• _{Desenvolve-se seu}

_{Desenvolve-se seu}

pensamento para que

possam entender o

científico, mas não se

tenta que cheguem a

entender o cotidiano.

Evidências

(24)

Conflitos e Emoções

•_{O cognitivo e o científico é coisa da}_{O cognitivo e o científico é coisa da} cabeça, é coisa da razão, é coisa de

cabeça, é coisa da razão, é coisa de

homem.

•_{O emocional, o privado, o cotidiano é do}_{O emocional, o privado, o cotidiano é do} universo feminino.

universo feminino.

•_{Logo o emocional não é tratado na}_{Logo o emocional não é tratado na} escola, no trabalho. O trabalho é do

escola, no trabalho. O trabalho é do

mundo masculino. Obs. Até as mulheres

quando querem participar desse mundo

se vestem e agem como os homens. Já

viram os blazers das mulheres

executivas?

Evidências

(25)

Conflitos e Emoções

•Há algum tempo foram publicados nos _{Há algum tempo foram publicados nos}

jornais os resultados de um informe da

Organização Mundial de Saúde (OSM):

a primeira causa de morte violenta no

mundo é o suicídio, ultrapassando

inclusive as mortes por causa de

guerra. Na Catalunha , por exemplo, há

três suicídio a cada 2 dias e vinte

internações por tentativas, a maioria

entre homens (três em cada quatro

casos).

Evidências

(26)

Conflitos e Emoções

• Ao ler tais resultados, cabe se

_{Ao ler tais resultados, cabe se}

perguntar: algumas dessas

pessoas terá se matado por

ignorar o teorema de Pitágoras,

os sistemas cristalinos ou os rios

que desembocam no Atlântico?

Evidências

(27)

Conflitos e Emoções

• Parece difícil imaginar.

_{Parece difícil imaginar.}

• No entanto, talvez uma razão

_{No entanto, talvez uma razão}

disso seja a ausência de recursos

para administrar as próprias

emoções e para resolver os

conflitos inter ou intrapessoais

que, com grande frequência,

ocorrem em nossa vida cotidiana.

Evidências

(28)

Conflitos e Emoções

• A violência crescente, em nossa sociedade _{A violência crescente, em nossa sociedade}

e no mundo inteiro, não indica por acaso

uma incapacidade para encontrar outras

formas de encaminhar os conflitos?

• Por acaso foram ensinadas, _{Por acaso foram ensinadas,}

especificamente, aos que fazem uso

cotidiano da violência, outras formas de

resolver seus próprios conflitos

emocionais ou com os demais?

• Por que a maioria das agressões físicas é _{Por que a maioria das agressões físicas é}

imputável aos homens?

Evidências

(29)

Conflitos e Emoções

• Numa recente pesquisa realizada na

_{Numa recente pesquisa realizada na}

Espanha, foi perguntado aos alunos

o quanto eles lembram e empregam

no dia-a-dia da vida as coisas

ensinadas nas escolas, e a resposta

foi: quase nada. O que realmente

ficou foram as vivências pessoais

entre os colegas e professores.

Evidências

(30)

Conflitos e Emoções

•Isso pode não ser tão alarmante se _{Isso pode não ser tão alarmante se}

concordamos com alguém que disse:

“Educação é o que fica quando se esquece o

que se aprendeu nas aulas”.

•Mas o que é que fica?_{Mas o que é que fica?}

•Ficam as atitudes, a forma de abordar os _{Ficam as atitudes, a forma de abordar os}

problemas, a maneira de pensar e de se

comporta, e também a maneira de sentir e de

viver, ou seja, os comportamentos que passam

a ser guia para vida pessoal e profissional.

Autoconfiança, auto-estima, relações

inter-pessoais, capacidade de administrar emoções

pessoais, capacidade de administrar emoções

e resolver conflitos nos grupos.

Evidências

(31)

Conflitos e Emoções

Aprendizagem

• _{Os atuais currículos foram elaborados,}

_{Os atuais currículos foram elaborados,}

sempre, sob uma concepção patriarcal

do conhecimento – que tem muito

mais séculos de existência do que as

instituições de ensino-, com uma visão

unilateral e evitando a complexidade

do pensamento, o que poderia

permitir uma visão integradora do

público e do privado.

(32)

Conflitos e Emoções

Aprendizagem

• _{Para levar a termo esse objetivo, de}

_{Para levar a termo esse objetivo, de}

aprendizado, não podemos recorrer a

velhos métodos; é preciso desenvolver

uma metodologia imaginativa que não o

reduza ao de sempre. É necessário

partir da idéia de que toda

aprendizagem é um processo dinâmico

e que, como tal, requer uma construção,

e essa, por sua vez, requer um tempo.

(33)

Conflitos e Emoções

Aprendizagem

• Em tal processo devem ir se tecendo

_{Em tal processo devem ir se tecendo}

relações entre aspectos cognitivos e

afetivos, entre fenômenos científicos e

cotidianos, entre as razões que se

consideram pertinentes para a vida

pública e as que se consideram exclusivas

da vida privada, para reunir aquilo que

foi arbitrariamente separado e que

provoca cisões, também arbitrárias, no

pensamento dos aprendizes.

(34)

Conflitos e Emoções

Aprendizagem Emocional

• Os conflitos inter-pessoais estão sempre _{Os conflitos inter-pessoais estão sempre}

acompanhados de uma carga emocional que, às acompanhados de uma carga emocional que, às

vezes, constitui a causa principal do conflito. Por vezes, constitui a causa principal do conflito. Por

tal razão, toda a aprendizagem de resolução de tal razão, toda a aprendizagem de resolução de

conflitos deve estar acompanhada de uma conflitos deve estar acompanhada de uma

aprendizagem emocional, que ajude a conhecer o aprendizagem emocional, que ajude a conhecer o

próprio funcionamento emocional – quais próprio funcionamento emocional – quais

emoções nos afetam, de que maneira o fazem e emoções nos afetam, de que maneira o fazem e

como reagimos diante delas – e o funcionamento como reagimos diante delas – e o funcionamento

mais frequente nas demais pessoas. Enfim, uma mais frequente nas demais pessoas. Enfim, uma

aprendizagem que nos proporcione instrumentos aprendizagem que nos proporcione instrumentos

para detectar as emoções, suas origens e suas para detectar as emoções, suas origens e suas

consequências. consequências.

(35)

Conflitos e Emoções

Aprendizagem Emocional

• As emoções e os sentimentos raramente

_{As emoções e os sentimentos raramente}

constitui um objeto de reflexão no âmbito

escolar e de trabalho, como se seu

conhecimento fosse ou inato ou

desnecessário. Apesar de ser um dos

terrenos mais complexos do pensamento

humano- ou talvez por isso mesmo -,

deixa-se seu conhecimento ao acaso,

mesmo sabendo que o tema que pode

levar aos estados de animo mais positivos

ou aos mais profundamente negativos.

(36)

Conflitos e Emoções

Aprendizagem Emocional

• _{O conhecimento das}

_{O conhecimento das}

emoções e dos sentimentos

deve ser abordado desde

cedo, no início do ensino

obrigatório ou inclusive

antes, se possível.

(37)

Conflitos e Emoções

Aprendizagem Emocional

• _{É muito comum as pessoas não saberem}

_{É muito comum as pessoas não saberem}

identificar sentimentos legítimos e

verdadeiros como: alegria, tristeza,

medo, afeto, insegurança, raiva, ódio,

etc.

• _{O que nos ensinam é o que a psicologia}

_{O que nos ensinam é o que a psicologia}

chama de “emoção de disfarce”.

• Qualquer criança poderia identificar

_{Qualquer criança poderia identificar}

esses sentimentos, se não fossem

bloqueadas.

(38)

Conflitos e Emoções

Aprendizagem Emocional

• _{É interessante fazer o exercício de}

_{É interessante fazer o exercício de}

identificar sentimentos opostos e

verdadeiros, como: tristeza-alegria,

medo-segurança, etc. É interessante

fazer esse exercício em pequenos

grupos e depois socializar. Como para

todo problema, necessariamente não

existe uma única solução para cada

questão, assim também...

(39)

Conflitos e Emoções

Aprendizagem Emocional

Para cada sentimento

positivo pode existir

mais de um

sentimento negativo,

ou vice-versa.

(40)

Conflitos e Emoções

Aprendizagem Emocional

• _{Esses sentimentos podem ser}

_{Esses sentimentos podem ser}

identificados já na infância,

quando existe um aprendizado

emocional/afetivo mais

desenvolvido do que o cognitivo

e parece que nós adultos temos

medo, por falta de treino, de

lidar com esse sentimento.

(41)

Conflitos e Emoções

Aprendizagem Emocional

• _{Essa limitação em relação a}

_{Essa limitação em relação a}

compreender a possibilidade de

mais de uma solução para cada

problema, reside no modelo

educacional que bem se pode

exemplificar com o método

utilizado na maioria das escolas

para ensinar matemática.

(42)

Conflitos e Emoções

Aprendizagem Emocional

• _“

_“

_{Os problemas matemáticos costumam ser}

apresentados já elaborados, e se pede aos

alunos que encontrem a solução, mas

quase nunca se ensina a elaborá-los, o que

leva, com frequência, a soluções aberrante

que não são percebidas pelos alunos como

tais.

• O que não se observa é que para resolver

_{O que não se observa é que para resolver}

corretamente um problema, o mais

importante é saber elaborá-lo

adequadamente.

(43)

Conflitos e Emoções

Aprendizagem Emocional

• _{Quando é possível identificar emoções}

_{Quando é possível identificar emoções}

e descobrir formas de superar as que

são desagradáveis, é possível superar

estados de ânimos negativos e

exercitar no cotidiano o resolver cada

um seus próprios conflitos, ou seja,

instrumentar as pessoas a não

acumular mas a enfrentar e resolver,

ou melhor, gerir seus próprios conflitos.

• _{Só com a aprendizagem emocional é}

_{Só com a aprendizagem emocional é}

possível a solução efetiva de conflitos.

(44)

Resolução de Conflitos

A Aprendizagem

• O conhecimento das emoções é indispensável

_{O conhecimento das emoções é indispensável}

para aprender a resolver conflitos, mas não é

tudo, não é suficiente. Existem vários tipos

de conflitos, que precisam ser tratados em

função de sua tipologia. É freqüente que a

demanda dos interventores e facilitadores

que desejam ser formados na resolução de

conflitos para aplica-lo nos territórios

aumente quando os conflitos tomam tintas de

violência entre os atores sociais.

(45)

Resolução de Conflitos

A Aprendizagem

• _{E preciso dizer que não existem formulas}

_{E preciso dizer que não existem formulas}

mágicas para resolver esses problemas

de maneira imediata, mas existe, sim, a

possibilidade de realizar um processo

que permita o aprendizado para uma

intervenção não violenta. Ou seja, existe

a prevenção da violência e a formação

cognitivo/emocional, a qual, permite uma

resolução educativa e construtiva.

(46)

Resolução de Conflitos

A Aprendizagem

• _{Da mesma maneira que não se ensina}

_{Da mesma maneira que não se ensina}

a somar e a subtrair no momento em

que se está numa loja comprando, pois

isso é aprendido na escola enquanto

criança, em situações menos urgentes,

também a aprendizagem de resolução

de conflitos deve iniciar em momentos

serenos, que permitam analisar as

situações de maneira tranqüila.

(47)

Resolução de Conflitos

Uma Aprendizagem

• Um conflito para que seja resolvido de maneira _{Um conflito para que seja resolvido de maneira} satisfatória, requer que seja analisado e não

satisfatória, requer que seja analisado e não seja submetido a soluções simplórias com seja submetido a soluções simplórias com

conselhos do tipo: “Precisamos nos unir porque conselhos do tipo: “Precisamos nos unir porque

a união faz a força”, com pretensões de acabar a união faz a força”, com pretensões de acabar rapidamente com uma manifestação, o que não rapidamente com uma manifestação, o que não resolve, no máximo oculta-se o conflito. Formar resolve, no máximo oculta-se o conflito. Formar

na resolução de conflitos consiste, justamente, na resolução de conflitos consiste, justamente,

em não se esquivar dos conflitos, mas em não se esquivar dos conflitos, mas

desenvolver a capacidade de trata-los como desenvolver a capacidade de trata-los como elementos que fazem parte da convivência e elementos que fazem parte da convivência e

com os quais é possível aprender muitas coisas com os quais é possível aprender muitas coisas

sobre sí mesmo e sobre as demais pessoas. sobre sí mesmo e sobre as demais pessoas.

(48)

Resolução de Conflitos

Fazer sua Analise

• Analisar um conflito supõe estabelecer _{Analisar um conflito supõe estabelecer}

claramente os elementos que o compõem, claramente os elementos que o compõem, diferenciando suas partes. É necessário ter diferenciando suas partes. É necessário ter

consciência de qual ou quais são as causas que consciência de qual ou quais são as causas que originaram e diferenciá-las do motivo aparente, originaram e diferenciá-las do motivo aparente, que é a forma como frequentemente se

que é a forma como frequentemente se manifesta. Causa e motivo nem sempre manifesta. Causa e motivo nem sempre coincidem, já que, às vezes, são utilizados coincidem, já que, às vezes, são utilizados

pretextos (os motivos) para desencadear conflitos pretextos (os motivos) para desencadear conflitos que permitem dar visão a sentimentos e emoções que permitem dar visão a sentimentos e emoções cujas causas não aparecem claramente explícitas. cujas causas não aparecem claramente explícitas.

(49)

Resolução de Conflitos

Analisar Causas

• Um conflito pode, pois, ter como causa outro (ou _{Um conflito pode, pois, ter como causa outro (ou} outros) conflito anterior não resolvido de

outros) conflito anterior não resolvido de maneira satisfatória, ou inclusive causas maneira satisfatória, ou inclusive causas

inconscientes. Encontrar as verdadeiras causas inconscientes. Encontrar as verdadeiras causas requer refazer a história do mesmo e, às vezes, requer refazer a história do mesmo e, às vezes,

realizar uma leitura dos fatos que implica inferir realizar uma leitura dos fatos que implica inferir

alguns dados a partir de outros. Ou seja, é alguns dados a partir de outros. Ou seja, é

preciso formular hipóteses que, posteriormente, preciso formular hipóteses que, posteriormente, devem ser confirmadas pelas pessoas envolvidas. devem ser confirmadas pelas pessoas envolvidas. • Isso supõe, sem dúvida alguma, uma _{Isso supõe, sem dúvida alguma, uma}

aprendizagem cognitiva e, ao mesmo tempo, aprendizagem cognitiva e, ao mesmo tempo,

emocional. emocional.

(50)

Resolução de Conflitos

Os Envolvidos

• _{Também é preciso determinar/identificar}

_{Também é preciso determinar/identificar}

com clareza quem são as pessoas

envolvidas e qual é o papel que cada um

representa. Na análise dos conflitos reais,

que se dão dentro do grupo, é

imprescindível criar um clima de confiança

no qual as pessoas em conflito não devem

se sentir julgadas negativamente, mas

ajudadas a entender as demais, a entender

a si mesmas e a buscar soluções.

(51)

Resolução de Conflitos

Análise Coletiva

• _{É muito útil analisar coletivamente os}

_{É muito útil analisar coletivamente os}

problemas que ocorrem dentro do grupo,

transformando-os em motivo de

aprendizagem. As pessoas que se

consideram afetada devem estar de

acordo e disposta a expor seu problema

ao grupo, que não terá a função de

julgar, mas a de ajudar a encontrar

soluções que devem ser consideradas

aceitáveis pelas partes em conflito.

(52)

Resolução de Conflitos

Soluções Compartilhadas

• Uma vez analisado o conflito e expostas _{Uma vez analisado o conflito e expostas}

claramente suas causas, seu desenvolvimento e claramente suas causas, seu desenvolvimento e

suas conseqüências, pede-se aos participantes suas conseqüências, pede-se aos participantes

que imaginem possíveis soluções, levando em que imaginem possíveis soluções, levando em

conta que as melhores soluções são aquelas conta que as melhores soluções são aquelas

que evitam que o conflito volte a se repetir, e que evitam que o conflito volte a se repetir, e

para isso deve incidir, sempre que seja possível, para isso deve incidir, sempre que seja possível,

nas causas que o ocasionaram. Nesse nas causas que o ocasionaram. Nesse

momento, é importante solicitar a participação momento, é importante solicitar a participação

de todas as pessoas presentes, tanto das que de todas as pessoas presentes, tanto das que

estão envolvidas como das que não estão. estão envolvidas como das que não estão.

(53)

Resolução de Conflitos

Envolver todos no Processo

• _{É conveniente deixar os participantes}

_{É conveniente deixar os participantes}

falarem, incitando-os a realizar uma

“chuva de idéias” e a intervir

principalmente para pedir esclarecimentos

ou animá-los a apresentar novas

propostas. Cada uma dessas propostas

será registrada por escrito e,

posteriormente, analisada, imaginando

quais serão suas conseqüências e seu grau

de adequação à finalidade pretendida.

(54)

Resolução de Conflitos

Acompanhamento e

Controle

• _{Não é suficiente propor uma}

_{Não é suficiente propor uma}

solução, é necessário que

essa seja posta em prática.

• _{Por isso junto com cada}

_{Por isso junto com cada}

proposta, será indicada a

forma de realizá-la e de

controlar tal realização.

(55)

Resolução de Conflitos

O Papel

dos Facilitadores

• Não é o interventor ou facilitador que

_{Não é o interventor ou facilitador que}

deve encontrar solução para os

conflitos, mas os próprios envolvidos

na questão, como devem ser eles a

acompanhar e controlar todo

processo.

• _{O papel do facilitador/interventor é o}

_{O papel do facilitador/interventor é o}

de condutor/ajudador do processo de

aprendizagem.

(56)

Resolução de Conflitos

A Missão do Facilitador

• Sua missão é a de regular a análise da

_{Sua missão é a de regular a análise da}

situação conflitiva, velando para que se

estabeleça claramente os termos do

problema. Quando as questões ficarem

confusas, é preferível intervir mediante

perguntas que os evidenciem para não

impedir que eles descubram por si mesmo os

caminhos. Isso é importante se não

perdemos de vista que o fundamental, o que

se busca, não é resolver um problema

específico, mas

(57)

Resolução de Conflitos

Soluções Efetivas

• Os interventores/facilitadores devem procurar _{Os interventores/facilitadores devem procurar} também que as soluções adotadas levem em também que as soluções adotadas levem em

conta as causas do conflito e não se limitem a conta as causas do conflito e não se limitem a

contemplar os motivos aparentes que o contemplar os motivos aparentes que o

ocasionaram. ocasionaram.

• Uma boa solução é a que cria as condições para _{Uma boa solução é a que cria as condições para} que o conflito não volte a acontecer: mas além que o conflito não volte a acontecer: mas além

disso, uma boa solução tem que ser justa. disso, uma boa solução tem que ser justa.

Inclusive se a parte mais fraca aceitar uma Inclusive se a parte mais fraca aceitar uma

solução injusta, isso não deve ser permitido, solução injusta, isso não deve ser permitido,

porque faz com que a injustiça seja contemplada porque faz com que a injustiça seja contemplada

como algo aceitável, fere os interesses de uma como algo aceitável, fere os interesses de uma

das partes, baixa sua auto-estima e faz com que das partes, baixa sua auto-estima e faz com que