FACULDADE DE GESTÃO E CIÊNCIAS ECONÓMICAS
1/ 10
LIÇÃO 3:
III – INVESTIMENTOS E
CARACTERÍSTICAS DAS FASES DE
UM PROJECTO DE INVESTIMENTO
3.1 – Tipos de Investimentos
3.2 – Classificação de Projecto de Investimento
3.2.1 – Classificação dos Projectos de acordo com o
objectivo dos Investimentos
3.2.2 – Classificação dos projectos de acordo com a
interacção entre si
3.2.3 – Classificação dos Projectos de acordo com a
estrutura dos cash-flwos
3.3 – Fases de Implementação do Projecto de
Investimento
3.4 – Fases de um Projecto de Investimento
Referências Bibliográficas
Prof. Valdmiro Pinto do Amaral Gourgel
FACULDADE DE GESTÃO E CIÊNCIAS ECONÓMICAS
III – INVESTIMENTOS E CARACTERÍSTICAS DAS FASES DE UM PROJECTO DE INVESTIMENTO
3.1 – TIPOS DE INVESTIMENTOS1
3.2 – CLASSIFICAÇÃO DE PROJECTO DE INVESTIMENTO
A importância Suprema que a decisão de investimento possui no universo da gestão financeira é confirmado pelo facto de as respectivas implicações se estenderem a todas as áreas de funcionamento da empresa – desde a produção e os aprovisionamentos ao marketing e as vendas –, motivo pelo qual todos os executivos, independentemente da sua área específica de actuação, devem estar cientes das técnicas de análise de projectos. (ISGB, 2011, p. 4.3)
De modo a que fica definido à partida o tipo de análise a dispensar a cada projecto, algumas empresas de grande dimensão procedem à respectiva classificação preliminar2.
1 Ver capítulo II, Exemplos (Natureza do objecto do investimento)
FACULDADE DE GESTÃO E CIÊNCIAS ECONÓMICAS
3/ 10 3.2.1 – CLASSIFICAÇÃO DOS PROJECTOS DE ACORDO COM O OBJECTIVO
DOS INVESTIMENTOS
TABELA 3.1 – CLASSIFICAÇÃO DOS PROJECTOS POR OBJECTIVOS
Fonte: ISGB – Associação Portuguesa de Bancos
PROJECTOS CONTEÚDOS
CLASSIFICAÇÃO PRELIMINAR DOS PROJECTOS
3 . Projectos Relacionados com Segurança e Protecção
Ambiental
4 . Outros
Trata-se dos chamados invstimentos não directamente produtivos que são levados a cabo para azer face a imperactivos regulamentares, de segurança ou com o objectivo de evitar problemas ambientais. Trata-se de uma rúbrica-saco, onde são incluidos todos os tipos de projectos que não sejam passíveis de ser incluidos nas rúbricas anteriores
1. Projectos de Substituição
a) Manutenção: Investimento que é necessário efectuar de forma a
substituir equipamentos desgastados ou inoperacional, afecto à elaboração de produtos que continuam a ser lucrativos.
b) Redução de Custos: Investimento que é necessário efectuar, de
forma a substituir equipamento alvo de obsolescência tecnologica - ou seja equipamento que, estando operacional, não se mostra capaz de apresentar níveis de produtividade competitivos. O objectivo é
conseguir alcançar níveis de custos que permitam manter uma situação concorrencial mais favorável.
2 . Projecto de Expansão
a) Produtos e Mercados já existentes: Investimentos que,
normalmente, visam incremetar a capacidade de produção e (ou) distribuição de produtos já existentes
b) Novos produtos e (ou) mercados; Investimentos destinados à
produção de novos produtos e (ou) à expansão para áreas geográficas que, actualmente, não são abrangidas.
FACULDADE DE GESTÃO E CIÊNCIAS ECONÓMICAS
3.2.2 – CLASSIFICAÇÃO DOS PROJECTOS DE ACORDO COM A INTERACÇÃO ENTRE SI
TABELA 3.2 – CLASSIFICAÇÃO DOS PROJECTOS POR INTERACÇÃO
Fonte: ISGB – Associação Portuguesa de Bancos
“Esta distinção só faz sentido quando temos vários projectos em análise e se pretende responder à seguinte questão: em que medida a realização de um projecto condiciona ou não a realização do outro ou outros?” (ISGB, 2011, p. 4.7)
Projectos Dependentes
São aqueles que apenas podem ser implementados com a condição de
também outros o serem, ou seja, cuja a possibilidade de concretização se
encontra dependente do facto de outras serem levados á prática.
São aqueles que por motivos físicos ou económicos não são passíveis de
ser implementados em simultânio. Por Exemplo a Administração
Municipal de Viana tem necessidade de construir uma estrada pode
confrontar-se com a possibilidade de a realizar com alcatrão ou em
paralalepípedos (pedra usada para calçamento de rua ) de granito. Dado
que a estrada é apenas uma e a conjugação dos materiais não é
recomendável, dever-se-á por uma das soluções.
Como o seu próprio nome indica, são projectos cuja concretização e
sucesso não se encontram ligados aos de quaisquer outros, ou seja, são
projectos diferentes (mesmo que complementares) e que, em
consequência, podem ser implementados isoladamente . Por exemplo são
projectos independentes a construção de um pavilhão multi-usos no Uíge
e a construção de um estádio de futebol em Luanda.
PRINCIPAIS TIPOS DE INTERACÇÕES ENTRE PROJECTOS DE INVESTIMENTO
Projectos Mutuamente
Exclusivos
FACULDADE DE GESTÃO E CIÊNCIAS ECONÓMICAS
5/ 10
Questão 3.1
Um grupo económico com interesse nos sectores da distribuição (grandes superfícies) e na indústria alimentar (indústria vinícola) esta a elaborar o seu plano estratégico para os próximos 5 anos. Nesse âmbito, está a analisar algumas oportunidades de investimentos para escolher aquelas que devem ser incluídas no plano global de investimento no quinquénio.
Por motivos relacionados com o contexto económico, o grupo só investirá em Portugal no sector industrial mas pondera investir nos dois sectores no estrangeiro. Por razões comerciais, o investimento externo só poderá ser realizado num país. O investimento em cada projecto do sector industrial é, em média, de valor igual ao dobro do capital que será necessário investir em projectos da distribuição, que se estima ser de 1000.000 u.m por cada um. Por restrições financeiras, o valor total de investimento não deverá ser superior á 4.000.000 u.m. Os projectos em análise são os seguintes:
a) Construção de um hipermercado em Luanda – Sul;
b) Construção de uma área adicional no hipermercado existente em Luanda – Norte
c) Construção de um hipermercado em Maputo;
d) Aumento da capacidade instalada para a produção do vinho na Herdade Alentejana;
e) Construção de uma barragem na Herdade Alentejana;
f) Aquisição da Herdade do Monte Branco, que é contígua à Herdade Alentejana; g) Constituição de uma empresa de exploração agrícola no Brasil
Elabore uma matriz onde considera a classificação dos investimentos quanto aos seus objectivos e a interacção dos projectos entre si. Adicionalmente, faça os comentários que justificaram as suas escolhas.
FACULDADE DE GESTÃO E CIÊNCIAS ECONÓMICAS
Questão 3.2
Prepare uma apresentação sobre o seguinte tema: “O baixo nível de desenvolvimento do país relativamente aos países mais avançados, decorre do baixo nível de investimento produtivo”
Att.; O trabalho deve ter no mínimo 15 páginas3
3.2.3 – CLASSIFICAÇÃO DOS PROJECTOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DOS CASH-FLOWS
Qualquer avaliação financeira é efectuada assumindo como elemento de suporte os fluxos financeiros líquidos inerentes ao processo ou activo que constitui o alvo da avaliação.
Os projectos de investimentos nem sempre têm estruturas de cash-flows com características comuns. Como este facto possui algumas implicações relevantes para o processo de análise e selecção dos mesmos, é importante que, antes de iniciarmos o respectivo tratamento, façamos uma identificação sumária das diversas hipóteses possíveis. (ISGB, 2011, p. 4.8)
a) Investimentos convencionais com cash-flows de tipo aplicação; “São aqueles
onde um ou vários períodos de fluxos financeiros líquidos negativos são seguidos por uma série ininterrupta, mas normalmente finita, de cash-flows líquidos positivos.” (ISGB, 2011, p. 4.8)
b) Investimentos convencionais com cash-flows do tipo empréstimo; “São todos
aqueles investimentos em que a estrutura de cash-flows seja inversa à que é comum nos investimentos convencionais com cash-flows de tipo aplicação, ou seja, em que a um ou vários períodos onde o fluxo financeiro líquido seja positivo se liga uma série ininterrupta, mas finita, de cash-flows negativos.” (ISGB, 2011, p. 4.8)
c) Investimentos não convencionais; “São aqueles em que as sequências de
períodos de recebimentos líquidos alternem mas de uma vez, com consequência de períodos de pagamentos líquidos, sem que seja possível determinar um padrão definido na distribuição dos fluxos de caixa ao longo do tempo.” (ISGB, 2011, p. 4.8)
FACULDADE DE GESTÃO E CIÊNCIAS ECONÓMICAS
7/ 10
TABELA 3.3 – ESTRUTURA DE CASH-FLOWS
Fonte: ISGB – Associação Portuguesa de Bancos
3.3 – FASES DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJECTO DE INVESTIMENTO
PRÉ-INVESTIMENTO
Identificação de oportunidades
Estimativas preliminares
Revisão das estimativas
Preparação do projecto para decisão final
Aprovação
INVESTIMENTO
Revisão do projecto para implementação
Realização do investimento
Revisão do plano de financiamento
Controlo dos desvios do investimento EXPLORAÇÃO
Arranque
Cruzeiro (estabilização no nível de vendas) TIPOS DE INVESTIMENTOS
0 1 … n
Convencionais com cash-flow de tipo aplicação - + + +
Convencionais com cash-flow de tipo empréstimo + - -
-Não convencional - + +
-Não convencional + - - +
Sinal do Fluxo por Período DIFERENTES TIPOS DE ESTRUTURA DE CASH-FLOWS
FACULDADE DE GESTÃO E CIÊNCIAS ECONÓMICAS
3.4 – FASES DE UM PROJECTO DE INVESTIMENTO
ESTUDOS;
DE MERCADO
Determinar a procura potencial
Analisar os hábitos e comportamento dos consumidores Analisar o nível de comportamento dos mercados alvos Analisar a concorrência
Analisar os preços praticados
Tentar encontrar necessidades não satisfeitas Enquadramento legal
LOCALIZAÇÃO
Tentar localizar o melhor local de implementação
TÉCNICOS DE ENGENHARIA
Elaboração de estudos técnicos preliminares (de construção, maquinaria, transportes);
Elaboração de projectos de infra-estruturas
DIMENSÃO
Procura global, concorrência, preços e oportunidades Tipo de equipamento, matérias-primas
Ser rentável e economias de escala
IMPACTO AMBIENTAL
Estudos do impacto do negócio no ambiente PLANOS DE;
INVESTIMENTO Capital fixo Capital tangível
Capital corrente (fundo de maneio)
FINANCIAMENTO Capital próprio Capital alheio
FACULDADE DE GESTÃO E CIÊNCIAS ECONÓMICAS
9/ 10
Período de utilização dos fundos Plano de reembolso
EXPLORAÇÃO
Contas de exploração anual (previsão de receitas, previsão de gastos) O cash flow de exploração anual
FACULDADE DE GESTÃO E CIÊNCIAS ECONÓMICAS
REFERÊNCIAS
ISGB – Instituto Superior de Gestão Bancária. Avaliação de Investimentos 2011 JORDÃO, Claudius; GOMES, Edgar Arcoverde; BORGES, Elizabeth; MELLO, Jonatan; GRIMALDI, Marcelo; MENDES, Marcelo; POSSI, Marcus; FILHO, Mauro Rezende; MARQUET, Sueli. Gerenciamento de Projectos, Volume 1. Editora Brasport. 2006