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Biblioteca Digital do IPG: A importância das TIC´s na educação

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Mestrado em Ensino do 1º e 2º Ciclos

do Ensino Básico

Relatório de Estágio da Prática

de Ensino Supervisionada

Maria do Amparo Lima Mendes

julho | 2017

Escola Superior de

Educação, Comunicação

e Desporto

(2)

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Instituto Politécnico da Guarda

Mestrado em Ensino do 1.º e do 2.º Ciclo do Ensino Básico

Relatório de Estágio da Prática de Ensino Supervisionada

Maria do Amparo Lima Mendes

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Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Instituto Politécnico da Guarda

Mestrado em Ensino do 1.º e do 2.º Ciclo do Ensino Básico

Relatório de Estágio da Prática de Ensino Supervisionada

Maria do Amparo Lima Mendes

Orientador: Prof. Doutor Joaquim Manuel Fernandes Brigas

Guarda, julho de 2017

(4)

“ Se não houver frutos,

Valeu a beleza das flores.

Se não houver flores,

Valeu a sombra das folhas,

Se não houver folhas,

Valeu a intenção da semente.

(Henfil)

(5)

AGRADECIMENTOS

Uma dissertação, ou outro trabalho de alguma forma, é, um pouco injusto, assinado em nome individual. Os agradecimentos, inteligentemente criados e trazidos para as primeiras páginas, por quem cria as regras mais ou menos formais da academia, constituem-se como a reposição e o resgate devidos, convocando alguma normalidade das coisas.

Disperso então, a minha assinatura por várias outras. Sendo naturalmente diferentes em grau de importância, foram todos essenciais.

A Deus, em primeiro lugar por ter oportunizado por estar neste mestrado.

Aos meus pais, exemplos maiores, inultrapassáveis. Através deles, reside toda a resiliência que possa ser, todo o esforço que possa querer bem. Enfim, reside e cabe neles o mundo inteiro que vejo, o que não mudará em hipótese alguma.

À minha filha e o meu esposo, pela paciência e tolerância.

Aos meus irmãos e amigos que direta ou indiretamente ajudaram-me nesta longa e árdua caminhada. A todos os meus professores, que participaram diretamente deste processo.

Ao meu orientador, Prof. Doutor Joaquim Brigas, assinatura maior deste trabalho, pela forma que tanto me ajudou nesta empreitada acadêmica. Um professor no sentido original da profissão.

Por fim a essa entidade que chamamos mundo, a qual pertenço. Pela possibilidade entusiasmante e deliciosa de recolher todos os sinais, de responder-lhes, de viver deslumbrada com o natural, com as pessoas, com as ideias e com os ideais – sempre com uma consciência inquieta, buscando o conhecimento.

(6)

Resumo

Deste documento consta a prática desenvolvida no estágio realizado de acordo com o regulamento da Prática de Ensino Supervisionada (PES) do Mestrado em Ensino do 1º e 2º Ciclo que confere habilitação profissional para a docência no 1º Ciclo e nas disciplinas de Ciências da Natureza, História, Língua Portuguesa e Matemática do 2º Ciclo do Ensino Básico. Dividido em três capítulos, caracterizaremos, no primeiro capítulo, o enquadramento institucional, apresentando as principais características do meio, que envolve a escola Unidade Integrada Adalgisa Mendonça Lopes, e o município a qual está inserida. No segundo capitulo, descreveremos a pratica que efetuamos nas três turmas, onde ocorreu a Pratica de Ensino Supervisionada, e apresentamos uma reflexão final do que foi e representou para nós esta pratica de ensino supervisionada. O objetivo deste relatório é refletir o percurso de formação e manifestar uma atitude crítica em relação aos desafios, processos e desempenhos do cotidiano profissional, evidenciando as dificuldades encontradas e as estratégias utilizadas para a sua superação. No terceiro capitulo, analisaremos a investigação sobre uma possibilidade de abordagem do uso das tecnologias em benefício do processo ensino-aprendizagem, utilizadas no ensino do 1º e 2º Ciclo. Para entender como os jovens se comportam diante da escola, dos saberes que ela lhes transmite e a imagem que eles constroem de futuro é, portanto, fundamental entender o papel desse presente social, dos espaços de identificação, assim como relacioná-los com a sociedade e com as metas escolares de transmissão de conhecimentos, desenvolvimento de atitudes e capacidades para a vida. (PCNs,1998)

Palavras-Chave: Educação, Tecnologias da Educação e Informação, Ensino – Aprendizagem.

(7)

Abstract

This document includes the practice developed in the stage realized according to the Regulation of the Supervised Teaching Practice (PES) of the Masters in Teaching of the 1st and 2nd Cycle that gives professional qualification for teaching in the 1st Cycle and in the disciplines of Natural Sciences, History, Portuguese Language and Mathematics of the 2nd Cycle of Basic Education. Divided into three chapters, we will characterize, in the first chapter, the institutional framework, presenting the main characteristics of the environment, which involves the school Integrated Unit Adalgisa Mendonça Lopes, and the municipality to which it is inserted.In the second chapter, we will describe the practice that we carried out in the three classes, where the Supervised Teaching Practice took place, and we present a final reflection of what this supervised teaching practice was and represented for us.The purpose of this report is to reflect the training course and to present a critical attitude regarding the challenges, processes and performances of the professional daily, evidencing the difficulties encountered and the strategies used to overcome them. In the third chapter, we will analyze the research on a possibility to approach the use of technologies to benefit the teaching-learning process, used in the 1st and 2nd Cycle. To understand how young people behave in front of the school, the knowledge they transmit to them and the image they construct in the future, it is therefore fundamental to understand the role of this social gift, the spaces of identification, as well as to relate them to society And with the school's goals of transmitting knowledge, developing attitudes and life skills. (PCNs, 1998)

(8)

GLOSSÁRIO

ACO Aprendizagem Colaborativa Online EAD Educação a Distância

EADO Educação a Distância Online IA Inteligência Artificial

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INEP Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

MOOC Curso massivo, aberto e online (Massive open online course) PCN Parâmetros Curriculares Nacionais

PES Prática de Ensino Supervisionada

PNUD Programa da Nações Unidas para o Desenvolvimento PNE Plano Nacional de Educação

SEMED Secretaria Municipal de Educação

TIC Tecnologia de Informação e Comunicação

(9)

ÍNDICE GERAL

INTRODUÇÃO ... 9

CAPÍTULO I... 11

1. ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL... 12

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA ONDE OCORREU A PES ... 14

1.2.a.-PRIMEIRA FASE ... 14

1.2.b. SEGUNDA FASE ... 15

1.2.4 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA/PEDAGÓGICA DA U.I.A.M.L. ... 18

1.2.5 EQUIPAMENTOS E RECURSOS PEDAGÓGICOS ... 20

1.2.6 ORIGEM DO CORPO DISCENTE E A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA . 20

1.2.7 CARACTERIZAÇÃO DS TURMAS ... 21

1.2.8 CARACERIZAÇÃO DA TURMA DO 7º ANO DO ENSINO

FUNDAMENTAL II (1º CICLO) ... 21

1.2.9 CARACERIZAÇÃO DA TURMA DO 4º ANO DO ENSINO

FUNDAMENTAL I (2º CICLO) ... 21

CAPÍTULO II ... 23

2 - DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE PRÁTICA SUPERVISIONADA... 24

2.1 PES DA TURMA DO 4º ANO ... 24

2.1.1 PES NA TURMA DO 7º ANO (2º CICLO) HISTÓRIA ... 37

2.1.2 PES 7º ANO (2º CICLO) MATEMÁTICA ... 39

CAPÍTULO III ... 43

3 A IMPORTÂNCIA DAS TICs NA EDUCAÇÃO. ... 45

3.1 PROBLEMÁTICA ... 48

3.1.1 TECNOLOGIAS DA APRENDIZAGEM (T A) ... 50

3.1.1 b -TA COGNITIVISTA ... 50

3.1.1 c -TA CONSTRUTIVISTA... 51

3.1.1 d -TA COLABORATIVA ONLINE ... 51

3.1.1.2 - PERSPECTIVAS PEDAGÓGICAS E SUAS IMPLICAÇÃOES. ... 52

3.1.1.3 - TEORIAS DA APRENDIZAGEM COGNITIVISTA E A PEDAGOGIA:

POR QUE I A? ... 52

3.1.1.4 - PEDAGOGIA DA APRENDIZAGEM COLABORATIVA ONLINE:

POR QUE IHA?... 53

3.2 - GERAL ... 54

(10)

3.4 - A EVOLUÇÃO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS: UM RESGATE

HISTÓRICO ... 56

3.5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 71

CONCLUSÃO ... 74

CRONOGRAMA ... 77

BIBLIOGRAFIA ... 78

ANEXOS ... 80

APÊNDICE ... 95

(11)

ÍNDICE DE MAPAS

Figura 01- Mapa do Maranhão, destacando Anajatuba...13

Figura 02- Brasão de Anajatuba...13

ÍNDICE DE QUADROS Quadro I- Alunos por modalidade, etapa e turno...16

Quadro II-Distribuição de aluno por turma, turno e sexo...17

Quadro III- Lotação e formação dos Professores...19

Quadro IV- Tabulação do Questionário Aplicado...67

ÍNDICE DE GRÁFICOS Gráfico 1 –Alunos por Modalidade, etapa e turno ...16

Gráfico 2 – Alunos por turma e sexo ...18

Gráfico 3 – Lotação e Formação dos Professores ...19

Gráfico 4 – Formação Acadêmica dos Professores...68

Gráfico 5 - As TICs existentes pelo Professor ...69

(12)
(13)
(14)

9 INTRODUÇÃO

As novas tecnologias aproximam as pessoas; vivemos numa época marcada pelo desenvolvimento acelerado das novas tecnologias. Neste sentido, o trabalho que se pretende desenvolver pressupõe discutir a chamada sociedade da informação e da comunicação e como ela pode ser articulada na educação pública, como os elementos dessa sociedade influenciam o processo educativo. Pretende-se realizar uma reflexão sobre o comportamento da escola pública face às tecnologias educacionais e o seu uso tem ocasionado inúmeras discussões permeadas em torno dos prós e contras.

O processo ensino-aprendizagem escolar se faz presente entre a vida de todos nós que, de alguma forma, estamos comprometidos com atos e práticas educativas (Luckesi,2008).

Seja por meio de celular, computador ou TV via satélite, as diferentes tecnologias já fazem parte do dia a dia de alunos e professores de qualquer escola. Contudo, fazer com que essas ferramentas de fato auxiliem o ensino e a produção de conhecimento em sala de aula não é tarefa fácil: exige treinamento dos mestres (Godoi, 2010).

De acordo com Araújo & Yoshida (2010), o professor deve estar aberto à aquisição de novos conhecimentos visando o fortalecimento da profissão, criando novas estratégias, comportando-se como um aprendiz em busca de capacitação profissional. Infelizmente a tecnologia ainda não atingiu todos os setores educacionais e muitos docentes ainda encontram- se despreparados para essa nova realidade, havendo certa resistência quanto à adesão de novas metodologias.

Sobre a postura do professor da atualidade, Araújo e Yoshida (2010:3) completa: O educador do séc. XXI deve ser um profissional da educação que elabora com criatividade os conhecimentos teóricos e críticos sobre a realidade, tendo o mesmo que centrar-se numa prática pedagógica de êxito, com uma aprendizagem satisfatória e significativa, pois as constantes mudanças ocorridas na sociedade exigem uma nova postura do professor, bem como um repensar crítico sobre a educação. Portanto, torna-se necessário buscar novos caminhos, novos projetos, emergentes das necessidades e interesses dos principais responsáveis pela educação, é necessário transformar a realidade escolar, utilizando as novas TICs como recursos para aprimorar e motivar a busca do conhecimento.

Silva (2011) afirma que a introdução inicial de recursos tecnológicos na educação dá a falsa impressão de que eles solucionam parte dos problemas educacionais. Todavia, o fracasso de muitos projetos contrariou essa expectativa. Muitas vezes a execução desses recursos acaba se restringindo às aulas de vídeo e leituras de textos em computadores, demonstrando a falta de familiarização e/ou capacitação e muitas vezes de comprometimento dos profissionais da educação frente às novidades tecnológicas.

Para o uso das tecnologias de forma eficiente, a escola deve considerar o indivíduo em seu conjunto de relações sociais, culturais, físicas, cognitivas, psicológicas. As tecnologias podem ser utilizadas se respeitados estes aspetos levando em consideração todas as ambiguidades e procedendo de maneira a permear uma relação Ensino - aprendizagem. O caminho é realização de uma educação comprometida e que faça do uso da tecnologia como um recurso a mais e não um processo para a facilitação da aprendizagem (Gaião,2014).

(15)

As mudanças estão ocorrendo ao redor de nós, mas também em nosso interior, em nossa forma de representar o mundo. É urgente que nos equipemos com ferramentas para poder pensar estas mudanças, avaliá-las, discuti-avaliá-las, em suma, participar ativamente da construção de nossos destinos e referenciar melhor a importância das novas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem. Ensinar e aprender exige hoje muito mais flexibilidade espaço-temporal, pessoal e de grupo; menos conteúdo fixos e processos mais abertos de pesquisa e de comunicação. Uma das dificuldades atuais é conciliar a extensão da informação, a variedade das fontes de acesso, com o aprofundamento da sua compreensão, em espaços menos rígidos. Temos informações demais e dificuldades em escolher a mais significativa para nós e conseguir integrá-la dentro da nossa mente e da nossa vida. Aprender também depende do aluno, de que ele esteja pronto e apto para incorporar a real significação que essa informação tem para ele. Enquanto a informação não fizer parte do contexto pessoal, intelectual e emocional não se tornará verdadeiramente significativa, não será aprendida verdadeiramente (Levy, 2010).

Face ao exposto e enquanto docente de uma escola da rede pública municipal de Anajatuba - Maranhão, considero interessante investigar as razões pelas quais os professores não utilizam as novas tecnologias em benefício do processo ensino-aprendizagem.

Tendo em conta as vantagens que encontramos nas novas tecnologias de informação e comunicação, vulgarmente denominadas TIC e enquanto docente de uma escola pública do Município de Anajatuba – Maranhão, questiono-me porque muitos professores da minha escola e de outras escolas não as utilizam para motivar os seus alunos.

(16)

11

CAPÍTULO I

(17)

1. ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL 1.1 A CIDADE DE ANAJATUBA

A cidade de Anajatuba foi criada em 1854, sendo o lugarejo Santa Maria escolhido para sua sede com a denominação de Vila de Santa Maria de Anajatuba. Nome este que tem origem do topônimo da língua tupi-guarani (tribo indígena que habitavam o território), o qual tem como tradução: anajá- palmeira típica da região, e tuba- grande quantidade de anajazal ou lugar de abundância de anajá; bem como outras povoações, lugarejos, e igarapés existentes dentro dos seus limites demográficos, os quais remontam ao início da colonização do Estado do Maranhão pelos portugueses, e foram todos encontrados e pronunciados pelos nativos quando aqui viveram no seu estado primitivo (Semed.2015:14) A história do município de Anajatuba remonta ao início da colonização do Maranhão. Com a catequese indígena para a formação de mão-de-obra escrava pelos missionários da Companhia de Jesus, as populações nativas foram se afastando e as terras sendo ocupadas pelos colonos portugueses. A colonização processou-se lentamente com a chegada de missionários da Companhia de Jesus (Jesuítas), que se estabeleceram no lugar denominado Companhia, nos limites com Itapecuru-Mirim. Com a catequese dos Índios, os Jesuítas contribuíram para caracterizar o tipo anajatubense e nas suas andanças pelas tribos foram dando nomes aos atuais povoados (Semed,2015:14)

A cidade de Anajatuba é pertencente à microrregião Baixada Maranhense, com uma área de 1.011,1291 km2; possui uma população de 26.088 habitantes, segundo dados do IBGE (Brasil, 2016), relativos ao senso populacional. A sede do município encontra-se a 8 metros de altitude, e localiza-se a 3º16’ de latitude Sul e 44º38’ de longitude Oeste. Passados mais de 100 anos da sua fundação, Anajatuba, já estabelecida como município, apresenta uma configuração de sub - centro, e conta com uma infraestrutura de serviços urbanos variada, tais como: serviços hospitalares, comerciais, bancários e educacionais.(Semed,2015:15) Até o presente, sua base econômica é a pecuária, cujo seus rebanhos bovinos, em sua maioria são criados de maneira extensiva, nos grandes campos que constituem quase um terço de seu território. Mas se observa um grande avanço do setor de comércio, ocupando um lugar significativo na economia local.

O lugarejo Porto de Gabarraspor volta dos séculos XVII e XVIII serviu de base militar para os brasileiros por ocasião da Guerra da Independência.

A sua cultura é bastante diversificada, fazendo parte um grande diversidade de festanças religiosas, dentre as quais merecem destaque a Festa da Padroeira (Nossa Senhora do Rosário), que é realizada no mês de outubro, o festejo de São Benedito, que se realiza no mês de janeiro e atrai uma grande multidão

(18)

13 de pessoa de várias cidades vizinhas e lugarejos; além dessas tem outras tradicionais como do Divino Espirito Santo que são realizadas periodicamente em comunidades quilombolas, o festival do caranguejo e porque não falar do carnaval e também do festejo junino onde ocorre a apresentação de danças culturais locais e também de outras cidade, juntamente com apresentações de bumba- boi (Semed.2015:15)

FIGURA 01 - Mapa do Maranhão destacando a cidade de Anajatuba

FIGURA 02 - Brasão da cidade de Anajatuba

(19)

O Brasão de armas de Anajatuba, com representação dos campos de santa Maria, contem em sua representação um peixe da Espécie Traíra (Hoplias Lacerdae) simbolizando a riqueza da pesca; o campo central a representação de um Touro Batalhante, de raça mestiça, traduzindo a importância da riqueza pecuária para o município de Anajatuba e, a Palmeira da espécie Anajá (Attalea Humilis), planta que deu origem ao topônimo Anajatuba, que significa Anajazal ou lugar abundante em anajás. (Semed.2015)

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA ONDE OCORREU A PES 1.2.a.-PRIMEIRA FASE

No Estado Novo, quando Presidente da República Brasileira, Getúlio Vargas, e prefeito municipal, Alcindo de Sousa Braúna, no ano de 1943, teve início o processo educacional formalizado no lugarejo Olho d’Agua. Tal processo era conduzido pela então professora leiga de apenas 16 anos de idade, a senhorita Zélia Sousa Barbosa.

Como não havia prédio para as instalações da escola, as atividades didático-pedagógicas eram ministradas na residência da referida professora, que devido a carência de profissionais formados nesse momento histórico, assumiu as tarefas de professora da escola, a qual iniciou o seu funcionamento com o nome de Escola do Povoado Olho d’Agua (Semed,2015:17)

Alguns anos depois, no ano de 1950, após o casamento da professora Zélia, as aulas passaram a ser ministradas na sua residência. A partir deste momento, a escola passou a funcionar com o nome de Escola Padre Cunha Sanches. O ano de 1956, o então prefeito Heráclito Vieira Everton, designou as senhoras Iolanda Silva Chaves Carvalho e Maria Filomena Silva, para exercerem as funções de professoras da referida escola, onde atuavam juntas com a professora Zélia (Semed.2015:16)

Já na Segunda República, no ano de 1972, quando prefeito Antônio Fernandes Ribeiro, a escola passou a funcionar na residência do senhor Lourenço Mendonça, com o nome de Escola Senador Vitorino Freire.

Na então administração do prefeito João Cerqueira Mendes (1973 a1977), no final de seu mandato, foi construído um prédio público de alvenaria, para que a partir de então passasse a funcionar as instalações da escola. Com um prédio próprio, houve novamente alterações no nome, a qual passou a ser chamada de Grupo Escolar Senador Vitorino Freire. As instalações do prédio eram compostas de três salas de aula, dois banheiros, sendo um masculino e um feminino com apenas um sanitário cada e uma pequena cozinha (cantina) onde preparavam o lanche dos alunos.

No ano de 1989, na então administração do prefeito Joaquim Ananias Gonçalves Neto, as instalações físicas da escola sofreram algumas reformas/alterações, em sua estrutura, e a mesma passou a ter apenas duas salas de aula e um pátio, o qual não havia antes.

Na gestão do prefeito Pedro Lopes Aragão, devido a necessidade de atender a demanda populacional, foi construído um novo prédio com instalações mais condignas com um ambiente escolar (Semed.2015:18). Desde sua fundação, até o ano de 1998, o processo didático-pedagógico era desenvolvido em quase sua totalidade de modo multe-seriado, devido à falta de espaço físico e também

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15 da carência de profissionais formados. Durante todo esse período de 55 anos, a escola ofertou Ed. Infantil e o Ensino Fundamental menor (primeira etapa); e pode contar com a contribuição de vários professores, dentre eles cita-se: Zélia Sousa Barbosa, Iolanda Silva Chaves Carvalho, Maria Filomena Silva, Maria Amélia Carvalho Everton, Jamile Dutra, Jovina Moreira, Maria Sanches, Maria Antônia Lopes Sanches, Paulina, Maria Enilde Martins Rego, entre outras. (Semed.2015:18)

1.2.b. SEGUNDA FASE

Devido ao aumento da clientela nas modalidades de ensino já oferecidas pela escola, e também da procura de pais por vagas no Ensino Fundamental de segundo ciclo, a administração municipal da época, resolveu construir um novo prédio, que possuísse mais espaço e dessa forma ofertar a Educação Infantil e o Ensino Fundamental integral (1º ao 9º ano), o qual foi se dando de modo gradativo, até o nono ano.

No ano de 1999, foi inaugurado o novo prédio da escola, o qual, a pedido da atual secretaria de educação do município, da época, Eliza Ferreira da Silva, passou a ser chamada de Unidade Integrada “Adalgisa Mendonça Lopes”.

O novo prédio possuía as seguintes dependências: 6 salas de aula, uma secretaria/diretoria, uma sala de professores, uma cantina com almoxarifado conjugado, onde era estocada a merenda escolar e demais materiais de uso permanente na limpeza e higienização da escola, 2 banheiros, sendo um masculino e outro feminino, ambos com quatro sanitários cada, um pátio coberto e duas áreas livres, que funcionavam como jardins e hortas onde eram plantados condimentos que são utilizados no preparo do lanche dos alunos e também, plantas medicinais.

A clientela foi tão grande que a referida instituição, que antes funcionava só no turno diurno, passou a funcionar também no noturno, onde chegou a oferecer a EJA (Educação de Jovens e Adultos), e também funcionou como anexo do Centro Educacional Nina Rodrigues, oferecendo o Ensino Médio. Após a construção do novo prédio, sua clientela aumentou o que ocasionou a necessidade de mais espaço físico; devido a isso as instalações do antigo prédio voltaram a ser utilizadas (após uma ampla reforma). O mesmo passou a funcionar como anexo, onde atende a educação Infantil no turno matutino, a qual é composta por uma turma de creche, com crianças de três anos; uma turma de Pré I, com crianças de quatro anos; e outra turma de Pré II com crianças de cinco anos. No turno vespertino funciona uma turma de terceiro ano com alunos na faixa etária de oito a dez anos (um pouco de defasagem idade/ano).

Após a reforma o antigo prédio (agora anexo), possui as seguintes dependências: três salas de aula, um pequeno passador (pátio), dois banheiros sendo um masculino e outro feminino com um sanitário cada, e uma cantina.

Nas dependências físicas da escola matriz, atualmente encontra-se algumas modificações. Além dos espaços citados anteriormente, a mesma ganhou um depósito exclusivo para estocagem da merenda,

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outro depósito para o acondicionamento tanto de materiais pedagógico quanto para os de uso diário e permanente, um laboratório de informática com quatro computadores de uso dos alunos e um da direção; ambos conectados à internet. Este espaço funciona na antiga sala de professores, que hoje passou a funcionar em um espaço reservado no pátio.

Houve também a retirada do deposito que ficava junto à cantina; ficou apenas um único espaço destinado ao preparo do lanche dos alunos; espaço este que ficou mais amplo e arejado.

Ocorreu também a adaptação de dois sanitários, tanto no masculino quanto no feminino, para portadores de necessidades especiais; por último, está sendo construída uma rampa de acesso da rua até o portão de entrada e também um muro na frente do prédio, o que proporcionará mais segurança aos alunos e mais uma área de lazer entre o muro e a escola que poderá até ser utilizada como uma quadra para prática de educação física, haja vista que não tem na escola. (Semed.2015:20)

1.2.3 CORPO DISCENTE DA ESCOLA

Atualmente a U.I.A.M.L, atende uma clientela no total de 457 alunos, os quais estão distribuídos conforme os quadros abaixo:

QUADRO I

ALUNOS POR MODALIDADE, ETAPA E TURNO

TURNO MODALIDADE ETAPA TOTAL

Matutino

Ed. Infantil Creche 15

Pré I e II 42 Ens. Fundamental 1º ciclo 54 2º ciclo 109 Vespertino Ens. Fundamental 1º ciclo 105 2º ciclo 108 Noturno Ens. Fundamental EJA 1º ciclo 17

450 FONTE: Documentos de matricula da própria escola do ano de 2015

GRÁFICO 1

ALUNOS POR MODALIDADE, ETAPA E TURNO

0 50 100 150 200 250

Matutino Vespertino Noturno

ALUNOS POR MODALIADE, ETAPA E TURNO

(22)

17

QUADRO II

DISTRIBUIÇÃO DE ALUNOS POR TURNO, TURMA E SEXO

TURNO TURMA TOTAL SEXO TOTAL

Matutino Creche 15 M 6 F 9 Pré I 21 M 11 F 10 Pré II 21 M 7 F 14 1º ano 30 M 13 F 17 2º ano 24 M 9 F 15 6º ano 34 M 25 F 9 7º ano 28 M 17 F 11 8º ano 23 M 13 F 10 9º ano 24 M 9 F 15 Vespertino 3º ano 36 M 18 F 18 4º ano 35 M 18 F 17 5º ano 35 M 20 F 15 6º ano 33 M 14 F 19 7º ano 28 M 19 F 9 8º ano 27 M 19 F 8 9º ano 20 M 10 F 10

Noturno Ens. Fund. 17 M F 3 14

(23)

GRÁFICO 2

ALUNO POR TURMA E SEXO

FONTE: PRÓPRIA.

Atualmente o processo didático pedagógico da referida escola não é complementado por nenhum programa de acompanhamento para os alunos com dificuldade de aprendizagem, nem por parte da administração municipal, quanto estadual ou federal.

No quadro discente da U.I.A.M.L., encontra-se alunos com necessidades educacionais especiais como síndrome de Down entre outras, que não são acompanhados por nenhum profissional diferenciado (psicopedagogo, psicólogo...), estes são incluídos em classes regulares de ensino e atendidos normalmente como os demais educando, apenas com um carinho especial. Os professores não são preparados para trabalharem com essa clientela.

Os alunos portadores de necessidades educacionais especiais estão distribuídos da seguinte forma: um na turma do segundo ano, dois na classe do quarto ano e um no sexto ano

1.2.4 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA/PEDAGÓGICA DA U.I.A.M.L.

Para o desenvolvimento das funções administrativas e pedagógicas, a U.I.A.M.L. conta com os seguintes profissionais: uma gestora geral, que trabalha de modo incansável para que todos os demais funcionários desenvolvam suas atividades corretamente e tenham um ambiente agradável e prazeroso; a mesma é graduada em pedagogia; possui uma coordenadora pedagógica habilitada em geografia, com

0 10 20 30 40 50 60 Ed. Infantil

1º ano 2º ano 6 ano 7º ano 8º ano 9º ano

ALUNO POR MODALIDADE, TURMA E SEXO

(24)

19 especialização em meio ambiente, a mesma tem uma vasta experiência em docência educacional e está sempre buscando juntamente com os professores contornarem os gargalos que surgem dificultando o processo pedagógico; possui dois agentes administrativos que cuidam da parte burocrática da documentação de modo geral; tem três vigias que zelam pela segurança do prédio, estes trabalham em regime de rodizio; possui sete auxiliares operacionais que fazem a limpeza de todos os prédios e a higienização dos utensílios que são utilizados no preparo do lanches dos alunos, além do preparo deste; um corpo docente constituído por diversos profissionais conforme mostra o quadro a seguir, e estes estão sempre em buscado inovações para dinamizar suas aulas e dessa forma desenvolverem um melhor trabalho.

QUADRO III

LOTAÇÃO E FORMAÇÃO DOS PROFESSORES Quantidade Etapa/modalidade Formação 4

Ed. Infantil Cursando graduação em pedagogia

1 Graduada

1 Especialista

1 Ensino Fundamental – 1º ciclo

Graduada em letras com especialização

2 Graduado em matemática com especialização

2 Graduado em biologia com especialização

1 Ensino Fundamental – 1º ciclo Mestre em geografia 1 Graduada em matemática 1 Graduado em ciência 1 Graduado em história 2 Graduados em letras

FONTE: Documentos de matricula da própria escola do ano de 2015.

GRÁFICO 3

LOTAÇÃO E FORMAÇÃO DOS PROFESSORES

FONTE: PRÓPRIA 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 4 1 1 1 2 2 1 1 1 1 2

LOTAÇÃO E FORMAÇÃO DOS PROFESSORES

(25)

Algo que nos chamou atenção em relação aos professores (em especial aos que atuam nas salas onde desenvolvemos o estagio), foi a falta de um planejamento pronto por parte destes, o que dificultou um pouco nossa atuação; percebemos que seguem sequência do livro didático no desenvolvimento dos conteúdos, sem terem uma preocupação em selecionar os conteúdos de forma mais significativa.

1.2.5 EQUIPAMENTOS E RECURSOS PEDAGÓGICOS

Além da infraestrutura e dos recursos humanos, encontra se nas dependências da U.I.A.M.L recursos tecnológicos como equipamentos de informática (computadores e impressoras, já mencionados anteriormente), caixa amplificada, microssistema, data show, televisor, jogos pedagógicos, mapas, globos, além de um grande acervo de livros paradidáticos que estão expostos na diretoria para uso tanto do corpo docente como discente em atividades de leitura em classe ou empréstimos.

1.2.6 ORIGEM DO CORPO DISCENTE E A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA

O alunado atendido pela U.I.A.M.L é proveniente em sua maioria de classe média baixa, constituída por famílias composta de pai e mãe que convivem no mesmo ambiente e compartilham até determinado estágio as mesmas dificuldades sociais. Em quase sua totalidade, sobrevivem da agricultura familiar, da pesca artesanal, de aposentadorias e também participam do programa social do governo federal, o Bolsa Família, que mensalmente paga aos beneficiários uma bolsa que varia entre R$ 96,00 (noventa e seis reais) a R$ 600,00 (seiscentos reais).

Da educação Infantil ao 1º ciclo do Ensino Fundamental, 88%2 dos alunos pertencem à comunidade local da escola, já no 2º ciclo, essa realidade é um pouco diferente, pois devido a falta de oferta desta etapa de ensino nas escolas circunvizinhas, todos os educando são transferidos para a U.I.A.M.L; até porque a mesma é a escola que agrega todas as outras menores das comunidades do seu entorno, respondendo juridicamente por tais que constituem esse reduto educacional.

A participação da família na escola deixa a desejar, pois a mesma ainda se encontra muito omissa em relação a tal processo, até mesmo dentro do próprio seio familiar.

Apenas visitam a escola quando são chamados ou quando é para atender seus interesses pessoais (aquisição de documentos para os demais fins, inclusive comprovar a matricula e a frequência dos filhos junto ao Programa Bolsa Família).

Segundo a direção da escola, já foi comprovado e até tornado público aos pais que os alunos cujos pais estão sempre presentes na escola e também os auxilia nas tarefas de casa, tem rendimento melhor que aqueles que não têm tal acompanhamento.

2 Dados obtidos pela matrícula da escola.

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21 1.2.7 CARACTERIZAÇÃO DS TURMAS

A PES foi desenvolvida e aplicada em duas turmas/salas de aula na U.I.A.M.L. em turnos distintos, no horário Matutino a PES foi aplicada na turma do 7º ano do Ensino Fundamental II (2º ciclo), e no horário Vespertino, a PES foi aplicada no 4º Ano do Ensino Fundamental I (1º ciclo).

1.2.8 CARACERIZAÇÃO DA TURMA DO 7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL II (1º CICLO)

Nesta turma foi ministrada aulas de Ciências da Natureza, Historia, Português e Matemática. A Turma estava organizada da seguinte forma, cadeiras enfileiradas, quadro branco e quadro verde dispostos à frente, dois ventiladores nas laterais e um aparelho de ar condicionado no fundo da sala, este por sua vez não funcionava. A sala de aula é pequena, com pouca iluminação natural, mas, com iluminação artificial, forrada com PVC, o que deixava a sala ainda mais quente.

Com um total de 33 alunos, sendo14 meninos e 19 meninas, uma turma relativamente cheia, a maioria dos estudantes da sala estavam com a idade/série certa, e uma minoria – cerca de 5 alunos – com idade avançada para a turma em que estavam, estes por sua vez, acabavam por “prejudicar” a turma pois são alunos repetentes do ano anterior e que continuam a não querer estudar, atrapalham o bom desenvolvimento da aula com conversas paralelas e em voz alta. Sentam-se sempre ao fundo da sala, cabendo ao professor estar a lhes chamar a atenção, por vezes são mal-educados, mas, com muita paciência, força de vontade e posicionamento seguro por parte do professor, passaram a ficar mais atentos às aulas, concentrar-se nas tarefas a ser desenvolvidas em turma, participando positivamente junto com os demais colegas da classe.

Os conteúdos aplicados na PES, fora os mesmos propostos pelo planejamento dos professores cooperantes, para que não houvesse mudanças nos conteúdos propostos pela escola.

No decorrer da PES, foi identificado através de leitura, algumas dificuldades por parte de alguns estudantes, tanto na linguagem oral (leitura de textos), quanto na linguagem matemática (pouca compreensão e interpretação nos cálculos),para amenizar inicialmente o problema, levei para a turma aulas mais dinâmicas com jogos, textos pequenos para serem trabalhados coletivamente , em forma de parceria, onde aquele que tinha um melhor desenvolvimento ajudava o colega menos favorecido, assim, estimulando-os tanto na leitura ,quanto no cálculo matemático.

A proposta deu certo, pois os estudantes, ficaram mais atentos e melhoraram consideravelmente seu desempenho na linguagem oral (leitura de textos), quanto na matemática (compreensão, interpretação e resolução das tarefas propostas). Dando assim, uma importância maior nos estudos e na aprendizagem.

1.2.9 CARACERIZAÇÃO DA TURMA DO 4º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL I (2º CICLO)

A segunda turma a ser realizada a PES, foi no turno vespertino, no 4º ano do Ensino Fundamental I (2º Ciclo), nessa turma foi uma experiência nova, uma vez que, foi a primeira experiência com o fundamental I, ou seja sempre trabalhei com adolescentes e quando iniciei com uma turma de

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crianças, confesso que me assustei um pouco, mas foi muito gratificante, pois estou a aprender junto com as crianças, estes por sua vez, são bastante receptivos, carinhosos, tem vontade de aprender. A turma é composta por 35 alunos, sendo 18 meninos e 17 meninas, com faixa etária entre 9 e 10 anos de idade, portanto todos com idade/série corretos para o ano em curso.

A sala de aula estava organizada da seguinte forma: as cadeiras/carteiras eram dispostas de duas em duas e enfileiradas, o quadro verde e o quadro branco dispostos à frente da sala, ventiladores nas laterais e ao fundo da sala, com iluminação artificial e natural e bastante arejada, tudo organizado para que os alunos fiquem o melhor acomodados possível.

Nesta turma do 4º ano, foi um desafio bastante instigante, pois me fez rever a forma de como trabalhar, de colocar em prática as técnicas de ensino que adquirir durante meu processo profissional como educadora, me fez ter uma real noção do que é trabalhar com crianças, e a forma de como conduzir o processo educativo sem que a aula torne – se cansativa e enfadonha.

Os conteúdos aplicados na PES, foram os mesmos propostos pelo planejamento dos professores cooperantes, para que não houvesse mudanças nos conteúdos propostos pela escola.

No decorrer da PES, foi identificado através de leitura, algumas dificuldades por parte de alguns estudantes, tanto na linguagem oral (leitura de textos), quanto na linguagem matemática (pouca compreensão e interpretação das tarefas aplicadas em sala de aula), para reverter esta situação, trouxe para a sala de aula os jogos educativos, a música, a poesia, filme. Fazendo com que eles despertassem o desejo de ler e interpretar, pois a cada texto que era trabalhado na sala de aula, os alunos reescreviam de acordo com seus entendimentos, e depois liam seus próprios textos. Bem, esta foi uma estratégia utilizada para trabalhar, em especial português.

Para despertar o gosto pela matemática (o grande vilão da maioria dos alunos) trouxe para a sala de aula os jogos educativos, como por exemplo o jogo de dominó, que desperta o raciocínio, a lógica. O material dourado, para facilitar na hora de resolver problemas envolvendo as operações. O filme, lhes trouxe informações, dinamizando a aprendizagem dos alunos. Despertando – os a curiosidade.

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2 - DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE PRÁTICA SUPERVISIONADA 2.1 PES DA TURMA DO 4º ANO

Serve o presente documento para embasar futuras pesquisas na área educacional e, também, para detectar possíveis problemas existentes no que se refere à questão da leitura e da escrita dos educandos nesta Unidade de Ensino, na qual foi realizada a PES.

A teoria sem a prática vira 'verbalismo', assim como a prática sem teoria, vira ativismo. No entanto, quando se une a prática com a teoria tem-se a práxis, a ação criadora e modificadora da realidade (Paulo Freire). Assim, a alfabetização não é um processo baseado em perceber e memorizar, e, para aprender a ler e a escrever. O aluno precisa construir um conhecimento de natureza conceitual, precisa compreender não só o que a escrita representa, mas, também, de que forma ela representa graficamente a linguagem.

O domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena participação social, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento.

Assim, um projeto educativo comprometido com a democratização social e cultural atribui à escola a função e a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes linguísticos necessários para o exercício da cidadania, direito inalienável de todos. (PCNs)

Neste caso este Relatório de Estágio da Prática de Ensino Supervisionada procura demonstrar todo o trabalho desenvolvido pela mestranda no sentido de implementar o acima exposto.

Iniciamos nossos trabalhos no 4º ano, com a leitura coletiva do texto, Já vou Mãe! Só mais um minutinho. que retrata como os jovens vivem inventando desculpas para adiar o banho, escovar os dentes e cortar as unhas, enfim.

Através desse texto, fizemos a análise e destacamos os substantivos ali encontrados, assim como os adjetivos impressos. Cada substantivo e cada adjetivo identificado foram destacados no quadro e depois os alunos copiaram em seus cadernos para compreenderem a diferença entre ambos. Assim, eles fixam mais facilmente suas diferenças e sabem que estão interligados, que os adjetivos só tem sentido se acompanha o substantivo.

A turma foi bastante receptiva e disciplinados. Todos queriam participar da leitura e, por isso, tive que organizar a turma para que todos tivessem sua participação dando, por exemplo, as suas opiniões sempre que solicitados.

Tal atitude só foi possível porque, conversando com os alunos os fizemos ver a necessidade de estabelecermos a ordem e, assim, permitir que adquiram conhecimentos. Levamos em consideração que

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25 o aluno começa desde cedo a posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas.

Após este momento iniciou-se a aula de matemática. O tema abordado incidiu nas figuras, formas e como trabalhar as mesmas.

Fez-se uma explanação do conteúdo e, depois, fizemos uma pequena oficina para a construção dos pentaminós (figuras formadas por cinco quadrados justapostos). Quis que fossem trabalhados em sala de aula.

Os alunos adoraram aprender brincando, ou seja, utilizando o lúdico para que a aprendizagem realmente aconteça.

Após este momento, fora iniciada uma outra área disciplinar – Ciências - abordando os conteúdos relacionados com os movimentos da Terra e como estes influenciam as nossas vidas. Levei para a sala de aula uma apresentação em Power Point, no qual mostrei os movimentos da Terra. Os alunos ficaram curiosos ao ver as imagens e fizeram vários questionamentos a cerca do vídeo.

No último tempo fora iniciado com a leitura de um texto sobre as lutas que os brasileiros travaram em busca de sua liberdade e que ocasionaram em várias mortes de pessoas inocentes. Os alunos fizeram esta leitura coletivamente, a turma foi organizada de forma que todos participassem sem, no entanto, gerar conflitos, pois, todos queriam fazer a leitura. Os alunos do 4º ano, se mostram disponíveis e abertos às aprendizagens. Através do texto e das explicações eles puderam, identificar alguns momentos da história do Brasil, e como foi difícil a luta dos brasileiros para tomar posse das terras, lutavam por liberdade, pela recuperação e preservação de sua identidade social e étnica; que, para conseguirem uma vitória, foram travadas muitas lutas, e nestas lutas, morreram muitos inocentes vítimas das consequências das guerras.

Trouxe-lhes também, exemplos da atualidade brasileira, onde o povo está sempre reivindicando melhores condições de vida, saúde, educação, moradia, salários, enfim, que a luta dos brasileiros hoje não é muito diferente de anos atrás.

Após a exploração do conteúdo, pedir-lhes que escrevessem um pequeno texto, com o tema: O Brasil, ontem e hoje. O texto serve-me de embasamento para visualizar o que eles entenderam da aula. Assim, se for necessário, volto no dia seguinte a explorar novamente o texto para que estes não tenham dúvidas quanto ao conteúdo trabalhado.

O segundo dia de aula no 4º ano iniciou-se com uma reflexão da aula de História do dia anterior, relembrando a importância das lutas pela liberdade, na antiguidade e na atualidade, de como não podemos nos acomodar e sempre buscar nossos direitos. Só assim se pôde ter a tão sonhada liberdade. A aula transcorreu bem tendo os alunos se revelado bastante participativos e cooperantes.

Após a reflexão, os alunos assistiram um filme que retrata um pouco da Guerra Guaranítica - esta foi uma guerra que ocorreu na região do sul do Brasil, durante a efetivação do Tratado de Madrid (1750), quando as possessões territoriais entre Espanha e Portugal foram fixadas. Estabeleceu-se o acordo de que as terras de Sete Povos da Missões, então ocupadas por reduções jesuíticas espanholas,

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passariam ao domínio dos portugueses em troca da colônia de Sacramento, que passaria ao domínio espanhol. O acordo exigiu o remanejamento dos povos indígenas, que deveriam abandonar as terras dos Sete Povos das Missões e seguir para territórios espanhóis. Essa decisão encontrou resistência entre os povos indígenas com entre os padres jesuítas, que se posicionaram a favor dos guaranis, afirmando que eles eram livres e tinham o direito sobre a posse das terras. Ocorreu, então, uma guerra entre os guaranis e as forças enviadas pelo Rei espanhol, reforçadas pela chegada do exército português. Após o conflito, o ministro de Portugal, Marquês de Pombal, expulsou a Companhia de Jesus das terras brasileiras e portuguesa em 1759 com – entre outros – o argumento de que os jesuítas haviam estimulado os indígenas a entrarem em guerra contra os portugueses.(Waltiach,2012) .O filme foi visto de forma parcial, mostrando imagens de como eram organizadas as igrejas das missões Jesuíticas, e, também trechos do filme A Missão, que retrata a luta travada entre os soldados portugueses e espanhóis contra os indígenas e os padres jesuítas, no Sul do Brasil. Os indígenas, mesmo apoiados pelos Jesuítas, não tinham armas e nem tecnologias para enfrentar a força da coroa, dessa forma os indígenas foram massacrados. Depois de assistirem ao filme, pedir-lhes que escrevessem umas perguntas, para eles analisarem e responder de acordo com o entendimento deles: -Os povos indígenas ainda lutam por terras onde possam viver de acordo com seus costumes e tradições? -- Qual é a situação atual dos povos indígenas e a questão da posse da terra? De acordo com suas respostas, disseram-me o que haviam compreendido e, ainda os questionamos se o filme tinha alguma relação com o texto explorado no livro didático, e a resposta foi positiva. Povos Indígenas: Guerra Guaranítica -1754/1756.Waltiach, (2012:10)

Dei continuidade aos trabalhos com a aula de ciências. Os alunos assistiram a um vídeo que mostra As Quatro Estações do Ano de forma bem dinâmica. Puderam observar que os movimentos da Terra influenciam o ciclo terrestre, e a sua importância para os seres que vivem na Terra, suas influências ambientais, sociais, culturais e/ou econômicas. Puderam, também, distinguir os movimentos de rotação e translação e suas influências nas ocorrências das estações do ano (verão, Inverno, Outono e Primavera), e da sucessão dos dias e das noites.

Após a exploração do vídeo, e a exploração da aula contida no livro didático dos alunos e, após responder as perguntas curiosas, mas bem relevantes dos alunos e, tirar-lhes suas dúvidas, foi pedido que respondessem a atividade das páginas 09 a 11 (os alunos podem escrever no próprio livro) em sala de aula, - utilizamo-nos do livro didático para não fugir do cronograma do professor cooperante - e, logo após, foi feita a devida correção no quadro branco, com a participação dos alunos.

Na Matemática foi dado continuidade a aula do dia anterior. Foi feita a correção da atividade com a participação dos alunos. Logo após foi iniciada a temática Multiplicação: multiplicando por dois números. Para melhor entendimento dos alunos, utilizei como recurso o material dourado (pequenos cubos de madeira ou plástico) que é excelente para facilitar a aprendizagem dos alunos na arte nas diferentes operações (somar, subtrair, multiplicar e dividir).

O material dourado destina-se a atividades que auxiliam o ensino e a aprendizagem do sistema de numeração decimal e dos métodos para efetuar as operações fundamentais. O material dourado

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27 possibilita ter uma imagem concreta das relações numéricas. Obtêm-se um notável desenvolvimento do raciocínio e um aprendizado bem mais agradável.

A partir do momento que os alunos manuseiam o material, dando lógica ao conhecimento prévio, que estes já possuem, uma vez que já sabem as quatro operações fundamentais, eles aprendem ludicamente.

Dividimos a turma em grupos para que os alunos pudessem ajudar-se entre sí. Verificou-se a participação de todos, inclusive do aluno especial que frequenta aquela sala. De acordo com a informação que me foi transmitida ele está apenas como ouvinte.

A inclusão é de suma importância, uma vez que, todos tem o direito de ser educados com igualdade e dignidade e, sempre respeitando as diferenças.

Escola inclusiva é, aquela que garante a qualidade de ensino educacional a cada um de seus alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade e respondendo a cada um de acordo com suas potencialidades e necessidades. Especial.s.e. (2004:26)

Assim, uma escola somente poderá ser considerada inclusiva quando estiver organizada para favorecer a cada aluno, independentemente de etnia, sexo, idade, deficiência, condição social ou qualquer outra situação. Um ensino significativo, é aquele que garante o acesso ao conjunto sistematizado de conhecimentos como recursos a serem mobilizados.

No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases em 1996, refere-se sobre estar preferencialmente incluída, mas também haverá quando necessários serviços de apoio especializado na escola regular para atender as peculiaridades e que o atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que em função das condições específicas do aluno não for possível sua integração nas classes comuns do ensino regular.

Com a Resolução n.2/2001 que instituiu as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, houve um avanço na perspectiva da universalização e atenção à diversidade, na educação brasileira, com a seguinte recomendação: Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para a educação de qualidade para todos.

No entanto a realidade desse processo inclusivo é bem diferente do que se propõe na legislação e requer muitas discussões relativas ao tema.

Se partirmos do princípio de que todos nós somos iguais perante Deus, o ser, humano independente de ele ser especial ou não, ele deve ser tratado com igualdade, respeito e dignidade por todos.

E na escola não poderá ser diferente, onde cada indivíduo tem o direito e o dever de ser respeitado, e ser tratado com igualdade, respeitando suas limitações.

Numa escola inclusiva, o aluno é sujeito de direito e foco central de toda ação educacional; garantir a sua caminhada no processo de aprendizagem e de construção das competências necessárias

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para o exercício pleno da cidadania é, por outro lado, objetivo primeiro de toda ação educacional. Especial.s.e (2004:26)

Distribuir-lhes pequenos problemas para serem resolvidos a partir da utilização e do manuseio do material dourado. A manipulação do recurso, o material dourado foi importante, porque se o aluno tivesse dúvidas quanto ao resultado do problema eles podiam refazer seus cálculos e assim chegar a resposta correta.

Para Toledo (2009:5) [...] certamente é muito mais proveitosa a aula em que o professor, em vez de expor suas certezas, cria oportunidades para os alunos procurarem respostas e, em vez de monologar longamente, permite que haja troca de impressões e experiências.

Desse modo, os alunos podem desenvolver suas habilidades de comunicação, formulação de hipóteses e crítica. Com esta estratégia eles participaram ativamente colocando as suas dúvidas. Ajudei-os sem, no entanto, lhes dar as respAjudei-ostas. Apenas Ajudei-os orientei a encontrar as soluções em conjunto. Após esta etapa finalizei a aula deixando-lhes uma atividade para ser trabalhada no outro dia.

A aula de português foi iniciada com a leitura coletiva do texto O cavalo branco. Explorámos o mesmo fazendo uma reflexão da aula anterior na qual o assunto foi abordado - Substantivos e os Adjetivos. Fizemos uma relação entre o texto do dia com a aula do dia anterior para que os alunos fixassem o conteúdo. Após este momento, dei-lhes uma atividade para ser trabalhada em sala de aula. Como era o último tempo do dia e não tive tempo para mais deixei a atividade para ser trabalhada no outro dia.

O terceiro dia de aula iniciou- se com a disciplina de matemática. Utilizei-me do quadro branco para trabalhar com os alunos algumas situações do cotidiano que podemos problematizar e simplificar utilizando as operações matemáticas para resolvê-las.

A Matemática desempenha papel decisivo, pois permite resolver problemas da vida cotidiana, tem muitas aplicações no mundo do trabalho e funciona como instrumento essencial para a construção de conhecimentos em outras áreas curriculares. Do mesmo modo, interfere fortemente na formação de capacidades intelectuais, na estruturação do pensamento e na agilização do raciocínio dedutivo do aluno. (Parâmetros Curriculares Nacionais-PCNs)

Desta forma foi trabalhado, junto com os alunos, conteúdos direcionados para as questões do dia-a-dia. Abordou-se a divisibilidade e a sua operação inversa que é a multiplicação. Após a exploração do conteúdo, exemplificando-o para facilitar a compreensão dos alunos, foi feito um exercício para a fixação do tema. Os alunos tiveram um tempo para responder. A questão do tempo, é para que os alunos já comecem a treinar para as avaliações que têm duração de 50 minutos cada tempo.Depois os alunos foram chamados pela professora ao quadro para dar soluções aos problemas propostos de forma que, o maior número possível de alunos participasse. A proposta da correção foi, assim, iniciada coletivamente pelos alunos que ora solucionaram as questões no quadro, ora as corrigiam quando estavam erradas.

Em seguida iniciámos a aula de língua portuguesa. Desta vez foi feito um desafio aos alunos. Pretendia-se que lessem um texto e identificasse neste onde estava as sílabas átonas e as sílabas tônicas

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29 nas palavras. Após tentativas de erros e acertos, fui enumerando no quadro todas as palavras destacadas pelos alunos e, somente no final da leitura, mostrei-lhes quantas palavras que tinham sílaba tônica eles acertaram. Esta atividade acabou por motivá-los quando constataram que acertaram do que erraram. Assim de forma divertida, dinâmica eles aprendem a destacar as sílabas fortes e fracas nas palavras e, o mais importante, aprendem a sua importância na composição das palavras pois trata-se de uma das formas mais objetivas de comunicar.

A linguagem verbal possibilita ao homem representar a realidade física e social e, desde o momento que é aprendida, conserva um vínculo muito estreito com o pensamento. Possibilita não só a representação e a regulação do pensamento e da ação, próprios e alheios, mas, também, comunicar ideias, pensamentos e intenções de diversas naturezas e, desse modo, influenciar o outro e estabelecer relações interpessoais anteriormente inexistentes. PCNs (1997:38)

Posteriormente foi discutido e analisado o texto proposto para aula, estabelecendo uma relação com as aulas anteriores de forma que os alunos compreendessem que existe uma sequência a qual devemos obedecê-la para que a aprendizagem ocorra de forma coerente, sem pular etapas. Afinal, o foco principal do educador é a aprendizagem de seus alunos.

Desta vez fomos dar um passeio imaginário nas mais diversas formas de paisagens existentes na natureza Terrestre. A aula incidia sobre os biomas Terrestres, embora com particular interesse para os biomas existentes no Brasil, um dos mais ricos do mundo devido à sua flora.

Utilizei-me do livro didático [Editora Positivo] tendo solicitado aos alunos uma leitura coletiva das imagens. Em seguida solicitei-lhes que comentassem um pouco sobre o que sabiam a respeito dos biomas. Eles pensaram um pouco e logo puseram-se a afirmar -Nós precisamos da natureza. Sem a natureza não vamos sobreviver... – O que me deixou bem feliz na aula é que, desde cedo, as crianças estão tomando consciência que precisamos conservar o no nosso meio para que as próximas gerações também possam se deleitar com a natureza e usufruir também daquilo que ela pode nos proporcionar. No fim solicitei aos alunos que fizessem uma produção de texto em casa e que fizessem colagem para destacar qual ou quais os biomas que eles acharam mais importantes.

Por foi abordado o conteúdo de história. Estabeleceu-se uma relação entre o período colonial e a realidade atual. Fora pedido na aula anterior que os alunos trouxessem artigos de revistas e jornais com imagens de, por exemplo, de roupas e armamentos atuais e antigas para fazermos uma relação do período colonial com o atual. Procurei mostrar-lhes as dificuldades que os povos tinham em combater os inimigos e defender suas terras. Procurei também demonstrar a importância da abertura dos portos brasileiros para a coroa portuguesa no período colonial. Era através destes que os portugueses transportavam suas mercadorias, ou seja, todo o produto que destas terras era retirado e encaminhado para a coroa portuguesa na Europa. Foi assim que se procedeu à povoação do Brasil, tendo em vista a sua exploração de seus recursos.

Primeiro assistiu-se à vinda forçada dos africanos para trabalharem nas lavouras dos senhores donos das terras, oriundos de Portugal, e, depois, à vinda da família real e de toda a corte portuguesa. A

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aula decorreu, assim, por meio dos relatos, mapas, e das imagens contidas no livro didático dos alunos. No fim foi apresentado um questionamento para a próxima aula, tal como: Porque o príncipe regente decretou o comércio livre quando chegou ao Brasil? Qual era o seu real interesse?

O quarto dia de aula iniciou-se com a disciplina de língua portuguesa. O conteúdo comtemplado na sala de aula foi a classificação das palavras quanto ao número de sílabas. Para que os alunos tivessem uma melhor compreensão do conteúdo foi lido na sala o texto: A raposa zoolímpica na corrida de obstáculos, do manual didático dos alunos. A leitura foi feita de forma coletiva para que todos pudessem participar. Após a leitura foi feita a exploração do texto através de uma interpretação textual feita por escrito pelos alunos. Após a interpretação foi trabalhado a gramática, onde foi destacado do próprio texto as palavras, classificando-as em oxítonas, paroxítonas, e as proparoxítonas. Em seguida foi feita a correção do mesmo no quadro branco. As dúvidas que iam aparecendo por parte dos alunos iam sendo solucionadas, de forma que eles compreendessem o conteúdo abordado.

Quando se pensa e se fala sobre a linguagem mesma, realiza-se uma atividade de natureza reflexiva, uma atividade de análise linguística. Essa reflexão é fundamental para a expansão da capacidade de produzir e interpretar textos. É uma entre as muitas ações que alguém considerado letrado é capaz de realizar com a língua PCNs (1997)

No segundo momento foi dada continuidade à aula de matemática do dia anterior tendo sido feita a correção do exercício proposto. Esta foi feita no quadro branco, sendo analisado cada passo até se chegar à conclusão do problema. Tivemos a preocupação de estimular sempre o cálculo mental pois este é muito importante no desenvolvimento cognitivo do aluno.

A aprendizagem em Matemática está ligada à compreensão, isto é, à apreensão do significado; apreender o significado de um objeto ou acontecimento pressupõe vê-lo em suas relações com outros objetos e acontecimentos. Assim, o tratamento dos conteúdos em compartimentos estanques e numa rígida sucessão linear deve dar lugar a uma abordagem em que as conexões sejam favorecidas e destacadas. O significado da Matemática para o aluno resulta das conexões que ele estabelece entre ela e as demais disciplinas, entre ela e seu cotidiano e das conexões que ele estabelece entre os diferentes temas matemáticos. PCNs.( 1997)

A abordagem de cada etapa da situação problema teve em consideração a existência de um conhecimento prévio dos alunos, que assim permite um desenvolvimento das habilidades já existentes nos mesmos. Após o intervalo de 10 minutos reiniciamos trabalhos com disciplina de Ciências. Optámos por continuar a trabalhar os biomas. No primeiro momento fiz-lhes um desafio. Perguntei-lhes: O que é ser um cidadão consciente? As respostas surgiram, no início, estavam tímidos, mas após as primeiras participações e o estímulo que foi dado para que todos participassem, todos acabaram por expor as suas ideias como ser um cidadão consciente.

Neste caso levamos em consideração a importância do envolvimento dos alunos no processo de ensino-aprendizagem.

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31 Se a intenção é que os alunos se apropriem do conhecimento científico e desenvolvam uma autonomia no pensar e no agir, é importante conceber a relação de ensino e aprendizagem como uma relação entre sujeitos, em que cada um, a seu modo e com determinado papel, está envolvido na construção de uma compreensão dos fenômenos naturais e suas transformações, na formação de atitudes e valores humanos. A aula decorreu num clima amável, participativo, tendo-se verificado um bom momento de interação e aprendizagem. Como sempre acontece nessa turma de 4º ano fechamos a discussão por esse dia na disciplina de ciências e iniciamos a abordagem do conteúdo de história.

Estabelecemos novamente uma relação entre o Brasil de ontem e hoje, lendo e interpretando os fatos históricos que foram destacados na aula. Fizemos o reconhecimento da cultura em todos os seus aspetos (música, arte, tradições, língua...), Abordámos, assim, todos os aspetos culturais que a coroa portuguesa nos deixou como herança. A reflexão e o confronto entre o passado e presente não foi ao acaso.

Prevalecem estudos comparativos, distinguindo semelhanças e diferenças, permanências e transformações de costumes, modalidades de trabalho, divisão de tarefas, organizações do grupo familiar e formas de relacionamento com a natureza.

A preocupação com os estudos de história local é a de que os alunos ampliem a capacidade de observar o seu entorno para a compreensão de relações sociais e econômicas existentes no seu próprio tempo e reconheçam a presença de outros tempos no seu dia-a-dia. PCN.(2007)

Após a discussão pedi-lhes que fizessem uma pequena produção de texto para, assim, eles fixarem mais o conhecimento adquirido na aula.

O quinto dia de aula iniciou-se com uma música. Os alunos reuniram-se na frente da sala para cantar uma música em homenagem a professora.

De acordo com as abordagens de Paulo Freire (2005), percebe-se uma forte valorização do diálogo com importante instrumento na constituição dos sujeitos. No entanto, esse mesmo autor defende a ideia de que só é possível uma prática educativa dialógica por parte dos educadores, se estes acreditarem no diálogo com um fenômeno humano capaz de mobilizar e refletir o agir dos homens e mulheres.

E para compreender melhor essa prática pedagógica Freire, acrescenta que [...], o diálogo é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro em que se solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos endereçados ao mundo a ser transformado e humanizado, não pode reduzir-se a um ato de depositar ideias de um sujeito no outro, nem tampouco tornar- se simples troca de ideias a serem consumidas pelos permutantes.( Freire,2005:91)

A disciplina de história foi a primeira a ser concluída. Foi trabalhado o conteúdo referente à Independência do Brasil. Primeiro foi feita a leitura do texto A Independência do Brasil do manual didático dos alunos. Com este assunto foi feito um trabalho – a linha do tempo da independência do

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Brasil- onde os alunos pesquisaram os principais fatos ocorridos, desde a chegada dos nobres portugueses ao Brasil até o dia em que ocorreu a independência. Sob a orientação do professor, os alunos em grupos iniciaram a construção da linha do tempo, destacando fatos relevantes à independência do Brasil. O trabalho foi feito em grupos para que os alunos desenvolvam suas habilidades e aprendam a trabalhar coletivamente.

Valorizar trabalhos de leitura crítica significa optar por aprendizagens qualitativas e não simplesmente quantitativas, que visam, por exemplo, apenas o acesso a informações históricas de caráter cumulativo.

É importante que o professor considere que tanto as informações mais explícitas nas obras quanto aquelas obtidas por leituras críticas contribuem para a ampliação do repertório cultural e histórico de seus alunos. O modo como os alunos identificam e reconstroem as questões pertinentes à disciplina da História, como de fato, sujeito e tempo histórico, serão também fundamentais para que possam compreender, de modo cada vez mais complexo, as relações entre os homens, as suas ações e as suas produções. (PCNs,2007)

No início eles tiveram um pouco de dificuldade para organizar as ideias, mas, com as orientações do professor e com seu material de apoio inserido no manual didático, os grupos fizeram a tarefa, e, democraticamente, foi eleito entre os grupos aquele que ficou responsável pela leitura da produção do grupo. Após a leitura de todos, foi feita a exposição na sala, em forma de mural, para servir a futuras pesquisa

Mediante o conteúdo abordado durante toda a semana – a natureza -, pedi-lhes que fizessem um trabalho de colagem com as figuras que eles recortaram previamente das imagens dos mais variados tipos de vegetação. Foi um trabalho de grupos para despertar neles a responsabilidade e a socialização. Depois de concluído foi feito um mural para exposição dos trabalhos e, cada grupo, falou um pouco da importância de preservar o ambiente em que se vivemos e como os mesmos são importantes para os seres existentes no mundo.

A terceira disciplina foi a de matemática. Estávamos trabalhando a divisibilidade e, neste dia, ficámos somente nos cálculos. Estes eram escritos no quadro branco e transcritos nos cadernos dos alunos. Dava-lhes algum tempo para responderem e, finalizando os mesmos, os alunos eram chamados ao quadro para dar soluções aos problemas propostos. Alguns ficavam meio tímidos em participar, mas outros, porém, queriam ir a todo momento. Nestes casos tive de gerir as intervenções de forma que não magoasse as crianças, em especial as que queriam participar de todas as questões. Procurei mostrar-lhes que todos têm o direito de participar das atividades. Nesse momento encerra-se mais uma disciplina.

A quarta disciplina a ser concluída foi a da Língua Portuguesa. Neste momento, foi feita a leitura dos poemas e das poesias que os alunos escreveram para a professora. Esta leitura foi de forma coletiva (reuniram-se à frente para prestar as homenagens a mim). Fiquei feliz e emocionada por perceber que, em tão poucos dias, consegui conquistar aqueles garotos. Enfim, após as homenagens dei início à leitura

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33 do texto e à posterior exploração. Fi-lo através de uma interpretação textual feita por escrito pelos alunos a qual foi depois corrigida.

Toda educação verdadeiramente comprometida com o exercício da cidadania precisa criar condições para o desenvolvimento da capacidade de uso eficaz da linguagem que satisfaça as necessidades pessoais — que podem estar relacionadas às ações efetivas do cotidiano, à transmissão e busca de informação, ao exercício da reflexão. De modo geral, os textos são produzidos, lidos e ouvidos em razão de finalidades desse tipo. Sem negar a importância dos que respondem a exigências práticas da vida diária, são os textos que favorecem a reflexão crítica e imaginativa, o exercício de formas de pensamento mais elaboradas e abstratas, os mais vitais para a plena participação numa sociedade letrada. (PCN,2007)

No fim desta quinta aula senti-me recompensada. De fato, não há recompensa maior para o educador que olhar nos olhos de seus alunos e sentir que ali tem uma verdade. A verdade da amizade, sejamos amigos de nossos alunos. Crianças acolhidas com alegria certamente serão alunos receptivos e tolerantes.

Cabe a você descobrir qual é através de seus atos e atitudes, seu desempenho como educador e como amigo de seus alunos. Só depende de você.

A educação é um processo de interação humana, entre o professor, alunos e todo um meio envolvente pelo que o primeiro deverá encontrar diversas maneiras de orientar, estimular, acompanhar e avaliar os segundos que, no caso estão: Disponíveis para aprender; abertos às novas aprendizagens; disponíveis para trabalho em grupos (companheirismo).

Esta é uma constatação ao longo dos dias das aulas que foram ministradas. Os alunos desta turma estão abertos à aprendizagem pois estão sempre buscando, desenvolvendo a curiosidade natural de criança. Eles questionam quando não compreendem e, isso, é muito bom. É a partir desse questionamento que se percebe o interesse dos alunos pela disciplina, pela aula e pelo conteúdo que está sendo trabalhado em salas

Apesar de ser uma turma razoavelmente grande, cerca de 38 alunos, foi muito agradável. As crianças são bem receptivas e animadas. Nesta turma não houve problemas em ministrar as aulas. Quando não compreendiam algum assunto, eram sinceros em falar que não haviam compreendido e, eu, voltava o assunto do ponto em que não houve entendimento, com novos exemplos, para que estes aprendessem o conteúdo. Afinal, este é o objetivo de todo educador: fazer com que seus alunos aprendam. E isto é muito gratificante para um educador.

Atendendo ao cariz interessado e curioso dos alunos compete ao professor saber dar a melhor resposta aos desafios com que se depara. Segundo Moran (2009) tudo que fazemos para inovar na educação nos tempos de hoje será pouco. Isso quer dizer que devemos ser criativos sem nunca descurar o profissionalismo e a competência. Nestas aulas procuramos utilizar uma diversidade de recursos que, no nosso entender, é de grande relevância no processo do ensino e aprendizagem dos educandos. Foi

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