Físico-Química IV
Físico-Química IV
Química Quântica & Espectroscopia
Química Quântica & Espectroscopia
Introdução à Química Quântica
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2 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• CONTEÚDO
– Introdução à Química Quântica:
• Quantização da Energia e Dualidade Onda-Partícula: Radiação do Corpo Negro, Efeito Fotoelétrico, Átomo de Bohr; Princípios da Mecânica Quântica: Função de Onda e sua Interpretação, Operadores, Autofunções e Autovalores, Superposições e Valores Esperados, Observáveis Complementares e Forma Geral do Princípio da Incerteza; Aplicações a Microssistemas: Partícula na Caixa em Uma e Várias Dimensões; Oscilador Harmônico em Uma e Várias Dimensões; Rotor Rígido em Duas e Várias Dimensões. – Estrutura Atômica e Molecular.
– Espectroscopia Rotacional, Vibracional e Eletrônica. Programa da Disciplina: Conteúdo
Parte 1 Parte 2 Parte 3
Cont. Parte 4
3 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Mecânica Clássica:
– Trajetórias:Trajetórias:
• É possível prever com exatidão/precisão posições e velocidades (momentos) de partículas em qualquer instante.
– Energias:Energias:
• É possível modificar arbitrariamente qualquer modo de movimento (translação, rotação, vibração...) a partir da aplicação de forças.
– Sistemas Microscópicos?Sistemas Microscópicos?
➔Estas observações não são válidas para sistemas microscópicos! ➔Nestes casos, é preciso outra abordagem: Mecânica QuânticaMecânica Quântica.
4 Otávio Santana
Otávio Santana
• Observações Experimentais Cruciais:
– 1. Radiação dos Corpos:1. Radiação dos Corpos:
• Todo corpo, qualquer que seja o material do qual seja feito, absorve e emite radiação eletromagnética.
• Em baixas temperaturas os corpos emitem a maior parte da radiação na região do infravermelho.
• Como aumento da temperatura passam a emitir luz visível: vermelho → branco azulado (baixas freqs. → altas frequências). • A emissão depende da superfície, do tipo de material e,
principalmente, da temperatura.
• O caso mais simples é o de um corpo negrocorpo negro, um corpo capaz de absorver toda a radiação incidente.(*)
(*) Um corpo negro é uma idealização!
5 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Observações Experimentais Cruciais:
– 1. Radiação dos Corpos:1. Radiação dos Corpos:
• Todo corpo, qualquer que seja o material do qual seja feito, absorve e emite radiação eletromagnética.
➔Relação: ν = c/λ.
Introdução
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Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Observações Experimentais Cruciais:
– 1. Radiação dos Corpos:1. Radiação dos Corpos:
• Todo corpo, qualquer que seja o material do qual seja feito, absorve e emite radiação eletromagnética.
➔Em altas temperaturas os corpos
passam a emitir radiação na região visível do espectro eletromagnético. Introdução
7 Otávio Santana
Otávio Santana
– 1. Radiação dos Corpos:1. Radiação dos Corpos: Radiação de Corpo Negro • O que mais se aproxima da definição de corpo negro é
uma cavidade isotérmica com uma pequena abertura.
➔A experiência mostra que
a abertura por onde a radiação escapa fica clara a medida que a temperatura aumenta, aproximando-se do branco em temperaturas elevadas. 8 Otávio Santana Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Observações Experimentais Cruciais:
– 1. Radiação dos Corpos:1. Radiação dos Corpos: Radiação de Corpo Negro • A dependência da radiação emitida
por um corpo negro com a temperatura é mostrada ao lado:
➔A figura se refere à distribuição de
energia ρ(λ,T), que é uma função do comprimento de onda e da temperatura. (Unidade: J/m4)
➔A distribuição de energia ρ(λ,T) está
relacionada à densidade de energia Є(λ,T), a energia na cavidade por unidade de volume. (Unidade: J/m3) Introdução 9 Otávio Santana Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Observações Experimentais Cruciais:
– 1. Radiação dos Corpos:1. Radiação dos Corpos: Radiação de Corpo Negro • A dependência da radiação emitida
por um corpo negro com a temperatura é mostrada ao lado:
➔A figura se refere à distribuição de
energia ρ(λ,T), que é uma função do comprimento de onda e da temperatura. (Unidade: J/m4)
➔A densidade de energia Є, por sua vez,
é proporcional à emitância/excitância M, a energia emitida por unidade de área (do orifício) e unidade de tempo. (Unidade: J/m2s)[intensidade] Introdução
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Otávio Santana
• Observações Experimentais Cruciais:
– 1. Radiação dos Corpos:1. Radiação dos Corpos: Radiação de Corpo Negro • Leis Empíricas:
➔Lei de StefanLei de Stefan(*)-Boltzmann-Boltzmann(**):
Formulação de uma expressão para a densidade Є e emitância M: (quantidades totais, independentes de λ)
➔Lei do Deslocamento de WienLei do Deslocamento de Wien(***):
Formulação de uma expressão para o máximo da distribuição λmax:
Є = aT
4⇔
M = σT
4 Constante de Stefan-Boltzmannσ
(exp)=
5,67×10⁻⁸ Wm⁻²K ⁻⁴
T λ
max=
1
5
c
2 2a Constante de Radiaçãoc
2(exp)=
1,44 cm K
(*) Joseph Stefan, físico alemão (procedimento empírico, 1897). (**) Ludwig Boltzmann, físico austríaco ( procedimento termodinâmico, 1884). (***) Wilhelm Wien, físico alemão (procedimento empírico, 1893).
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Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Observações Experimentais Cruciais:
– 1. Radiação dos Corpos:1. Radiação dos Corpos: Radiação de Corpo Negro • A explicação da radiação de corpo negro foi um dos desafios mais
perturbadores para os físicos do final do século 19.
• Rayleigh(*) e Jeans(**) consideraram que a radiação era produzida por osciladores (elétrons) com todas as frequências ν possíveis. • A partir do princípio da equipartição , calcularam a energia média
de todos cada oscilador como sendo kBT, do qual obtiveram: Introdução
(*) Lorde Rayleigh (John William Strutt) , físico inglês (1842-1919). (**) Sir James Hopwood Jeans, matemático, astrônomo e físico inglês (1877-1933).
dЄ = ρ(λ ,T )d λ
Distribuição de Energiaρ( λ
, T ) =
8π k
BT
λ
4 12 Otávio Santana Otávio SantanaIntrodução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Observações Experimentais Cruciais:
– 1. Radiação dos Corpos:1. Radiação dos Corpos: Radiação de Corpo Negro • Segundo a expressão obtida por
Rayleig e Jeans, ρ aumenta indefinida-mente nas altas frequências (pequeno λ).
➔Este resultado é conhecido como a
catástrofe do ultra-violeta . Introdução
dЄ = ρ(λ ,T )d λ
Distribuição de Energiaρ( λ
, T ) =
8π k
BT
λ
413 Otávio Santana
Otávio Santana
– 1. Radiação dos Corpos:1. Radiação dos Corpos: Radiação de Corpo Negro • Plack(*), admitindo que os osciladores só
poderiam assumir valores discretos de energia E = nhν (n = 0, 1, 2, …), obteve a expressão:
➔Este resultado está de acordo com a
observação experimental, com a constante h determinada pelo ajuste com os dados experimentais.
(*) Marx Planck, físico alemão (1858-1947).
ρ( λ
, T ) =
8 π hc
λ
5(
e
hc / λ kBT−1)
dЄ = ρ(λ ,T )d λ
Distribuição de Energia 14 Otávio Santana Otávio SantanaIntrodução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Observações Experimentais Cruciais:
– 1. Radiação dos Corpos:1. Radiação dos Corpos: Radiação de Corpo Negro • A distribuição de Planck também explica as leis empíricas de
Stefan-Boltzmann e de Wien.
➔A primeira se deduz da integração da densidade de energia sobre
todo o intervalo de comprimentos de onda:
➔A substituição dos valores das constantes fundamentais fornece:
Introdução
Є =
∫
0 ∞ρ( λ
, T )d λ = aT
4, a = 4σ
c
, σ =
2π
5k
BT
15 c
2h
3 Constante de Stefan-Boltzmannσ
(teor)=
5,6704 × 10⁻⁸ Wm⁻ ²K ⁻ ⁴
Excelente concordância com o valor experimental15 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Observações Experimentais Cruciais:
– 1. Radiação dos Corpos:1. Radiação dos Corpos: Radiação de Corpo Negro • A distribuição de Planck também explica as leis empíricas de
Stefan-Boltzmann e de Wien.
➔A segunda se deduz determinando-se o comprimento de onda para
o qual dσ/dλ = 0 (admitindo-se que λ <<hc/kT):
➔A substituição dos valores das constantes fundamentais fornece:
Introdução
T λ
max= 1
5
(
hc
k
B)
, c
2(teor)= hc
k
B 2a Constante de Radiação21 Otávio Santana
Otávio Santana
• Observações Experimentais Cruciais:
– 2. Capacidades Caloríficas:2. Capacidades Caloríficas:
• No início do século 19 as capacidades caloríficas de muitos sólidos monoatômicos foram determinadas.
• A lei empírica de Dulong(*)-Petit(**) afirmava, até então, que a capacidade destes sólidos era, aproximadamente, 25 J ·K-1mol-1.
➔De acordo com a física clássica (e do princípio da equipartição), a
energia média de um átomo devido a uma vibração é kBT.
➔Como cada átomo oscila independentemente em três dimensões, a
energia média total por átomo devida à vibração é 3 kBT.
(*) Pierre Louis Dulong, físico francês (1785-1838). (**) Alexis Thérèse Petit, físico francês (1791-1820).
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Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Observações Experimentais Cruciais:
– 2. Capacidades Caloríficas:2. Capacidades Caloríficas:
• No início do século 19 as capacidades caloríficas de muitos sólidos monoatômicos foram determinadas.
• A lei empírica de Dulong(*)-Petit(**) afirmava, até então, que a capacidade destes sólidos era, aproximadamente, 25 J ·K-1mol-1.
➔Portanto, da energia média total devida às vibrações para um mol
de átomos e da definição de capacidade calorífica:
de modo que CV,m ≈ 24,9 J·K-1mol-1, o que concorda bem com os
dados experimentais. Introdução
U
m=
3N
Ak
BT = 3 RT ⇒ C
V , m=
(
∂
U
m∂
T
)
V=
3R
23 Otávio Santana Otávio SantanaIntrodução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Observações Experimentais Cruciais:
– 2. Capacidades Caloríficas:2. Capacidades Caloríficas:
• No entanto, verificou que as capacidades caloríficas de todos os metais não é constante, tendendo a zero quando T → 0! • Para explicar o comportamento nas baixas temperatura, em 1905
Einstein(*) retomou a hipótese de Planck:
➔Assumindo que cada átomo oscile em torno da posição de
equilí-brio com uma única frequência ν e energias E = nhν (n = 0, 1, …):
para a qual f(T) → 1 quanto T → ∞, e f(T) → 0 quanto T → 0, o que está de acordo com resultados experimentais.
Introdução
U
m=
3 N
Ahν
e
h ν/kBT−1
⇒
C
V ,m=
(
∂
U
m∂
T
)
V=
3 R · f (T )
224 Otávio Santana
Otávio Santana
– 2. Capacidades Caloríficas:2. Capacidades Caloríficas:
• No entanto, verificou que as capacidades caloríficas de todos os metais não é constante, tendendo a zero quando T → 0!
➔A expressão de Einstein erra nos detalhes,
devido a consideração de uma única frequência, mas não no essencial: é preciso considerar a quantização da energia!
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Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Observações Experimentais Cruciais:
– 3. Espectros Atômicos e Moleculares:3. Espectros Atômicos e Moleculares:
• A manifestação mais significativa da quantização da energia: absorção e emissão de radiação por átomos e moléculas. Introdução
Radiação de Corpo Negro
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Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Observações Experimentais Cruciais:
– 3. Espectros Atômicos e Moleculares:3. Espectros Atômicos e Moleculares:
• A manifestação mais significativa da quantização da energia: absorção e emissão de radiação por átomosátomos e moléculas. Introdução
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Otávio Santana
• Observações Experimentais Cruciais:
– 3. Espectros Atômicos e Moleculares:3. Espectros Atômicos e Moleculares:
• A manifestação mais significativa da quantização da energia: absorção e emissão de radiação por átomos e moléculasmoléculas.
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Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Observações Experimentais Cruciais:
– 3. Espectros Atômicos e Moleculares:3. Espectros Atômicos e Moleculares:
• O estudo do espectro produzido por chamas e descargas em gases e vapores metálicos é feito desde 1880: espectroscopiaespectroscopia. • Os espectros atômicos ainda são importantes devido a aplicações
na determinação da composição de materiais (ex.: estrelas).
➔O espectro do hidrogênio é o mais simples, sendo conhecidos
diverso grupos de linhas: séries de Lyman, Balmer, Paschen, …
➔Em 1889, Rydberg(*) propôs, a partir dos dados experimentais, uma fórmula geral para as linhas de emissão do hidrogênio: Introdução
(*) Johanes Robert Rydberg, físico sueco (1854-1919).
1
λ
=
R
H(
1
n
f 2− 1
n
i 2)
R
H(exp)=
1,09678× 10⁻ ⁷m⁻¹
29 Otávio Santana Otávio SantanaIntrodução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Observações Experimentais Cruciais:
– 3. Espectros Atômicos e Moleculares:3. Espectros Atômicos e Moleculares:
• O estudo do espectro produzido por chamas e descargas em gases e vapores metálicos é feito desde 1880: espectroscopiaespectroscopia. • Os espectros atômicos ainda são importantes devido a aplicações
na determinação da composição de materiais (ex.: estrelas).
➔O espectro do hidrogênio é o mais simples, sendo conhecidos
diverso grupos de linhas: séries de Lyman, Balmer, Paschen, …
➔As diferentes séries conhecidas são obtidas a partir do ajuste do
parâmetro nf (com ni > nf): Introdução
1
λ
=
R
H(
n
1
f 2−
1
n
i2)
nf = 1: Série de Lyman (ultravioleta)
nf = 2: Série de Balmer (visível)
30 Otávio Santana
Otávio Santana
– 3. Espectros Atômicos e Moleculares:3. Espectros Atômicos e Moleculares: Modelo de Bohr • A equação de Rydberg pôde ser explicada a partir de um modelo
simples proposto, em 1913, por Bohr(*), cujos postulados são: 1. No átomo de hidrogênio, o elétron se move em órbitas circulares,
com momento angular múltiplo inteiro de ћ = h/2π. 2. Enquanto descreve o movimento circular, o elétron não irradia
energia, como prevê o eletromagnetismo clássico.
3. O elétron salta de uma órbita para outra, absorvendo ou emitindo energia na forma de radiação de frequência ν = ΔE/h.
➔Esta última equação é obtida da relação de Planck E = nhν, e a
frequência assim obtida é chamada de frequência de Bohr.
(*) Niels Bohr, físico dinamarquês (1885-1919).
31 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Observações Experimentais Cruciais:
– 3. Espectros Atômicos e Moleculares:3. Espectros Atômicos e Moleculares: Modelo de Bohr • A equação de Rydberg pôde ser explicada a partir de um modelo
simples proposto, em 1913, por Bohr.
➔A partir deste modelo, pôde-se prever os níveis quantizados de
energia para o átomo de hidrogênio:
a partir do qual pôde-se obter um valor teórico para a constante de Rydberg RH: Introdução
E
n= −
(
Z
2e
4m
e32π
2ε
0 2ℏ
2)
1
n
2≈ −
(
13,6 Z
2n
2)
eV
R
H(teor )
=
1,09737 ×10 ⁻⁷m ⁻ ¹
Excelente concordância com o valor experimental46 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Conclusões Importantes:
– Quantização da Energia:Quantização da Energia:
• Radiação de Corpo Negro, Capacidades Caloríficas, Espectros Atômicos e Moleculares.
– Comportamento Corpuscular da Radiação Eletromag.:Comportamento Corpuscular da Radiação Eletromag.: • Efeito Fotoelétrico,
Espalhamento Compton.
– Comportamento Ondulatório da Matéria:Comportamento Ondulatório da Matéria: • Difração de Elétrons. Introdução D u a lid a d e O n d a -P a rt íc u la
47 Otávio Santana
Otávio Santana
• Observações Experimentais Cruciais:
– 4. Efeito Fotoelétrico:4. Efeito Fotoelétrico: Caráter Corpuscular da Radiação • A radiação eletromagnética de frequência ν possui somente valores
de energia múltiplos de hν.
• Esta observação levou Einstein(*) a sugerir, em 1905, que a radiação seja composta de partículas de energia hν: fótons.
➔Segundo este modelo, a intensidade da radiação está associada ao
número de fótons emitidos pela fonte.
➔O caráter corpuscular se manifesta apenas na interação da
radiação com a matéria.
• A propagação ocorre com intensidades dadas pela amplitude da onda eletromagnética associada: difração e interferência.
(*) Albert Einstein, físico alemão (1879-1955).
48 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Observações Experimentais Cruciais:
– 4. Efeito Fotoelétrico:4. Efeito Fotoelétrico: Caráter Corpuscular da Radiação • Forte indício para a validade da hipótese de Einstein(*) é fornecida
pelo efeito fotoelétrico.
• Este efeito corresponde a emissão de elétrons da superfície de um metal quando exposto à radiação ultravioleta, para o qual: 1. Não se observa emissão sob qualquer intensidade, a menos que a
radiação possua frequência superior a certo valor crítico; 2. A energia dos elétrons emitidos cresce com a frequência da
radiação incidente, e independente da intensidade da radiação; 3. Mesmo sob baixa intensidade, os elétrons são emitidos
imediatamente após a incidência da radiação. Introdução
(*) Albert Einstein, físico alemão (1879-1955).
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Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Observações Experimentais Cruciais:
– 4. Efeito Fotoelétrico:4. Efeito Fotoelétrico: Caráter Corpuscular da Radiação • Estas observações sugerem que a ejeção do elétron ocorre quando
este colide com uma partícula.
• A partícula colidente deve ter energia suficiente para arrancar o elétron do metal.
➔Se admitirmos que a partícula tem energia hν e que Ф seja a
energia mínima para remover o elétron (função trabalho), então:
onde EK é a energia cinética do elétron ejetado pela incidência da radiação de frequência ν: equação de uma reta em ν! Introdução
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Otávio Santana
– 4. Efeito Fotoelétrico:4. Efeito Fotoelétrico: Caráter Corpuscular da Radiação
59 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Ex.#1: Determinação do Número de Fótons
– (a) Calcule o número de fótons emitido por uma lâmpada amarela de 100 W, em 1,0 s. Considere o comprimento de onda da luz amarela como 560 nm e admita que a eficiência da lâmpada seja de 100 %.
(b) Calcule o tempo necessário para esta lâmpada produzir 1,0 mol de fótons.
Dados: h = 6,626×10-34 J·s, c = 2,998×108 m·s-1.
Nota: Operando a 100 % de eficiência esta lâmpada produziria apenas fótons com o comprimento de onda mencionados, sem produzir calor.
Introdução
Resp.: (a) N = 2,82×1020 fótons; (b) Δt = 35,6 min.
61 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Observações Experimentais Cruciais:
– 5. Efeito Compton:5. Efeito Compton: Caráter Corpuscular da Radiação • Apesar do modelo de Einstein explicar o efeito fotoelétrico, a ideia
de “partículas de luz” não foi prontamente aceita.
• O efeito (ou espalhamento) Compton(*), no entanto, forneceu a comprovação de que o quantum de luz é uma partícula. Introdução
62 Otávio Santana
Otávio Santana
• Observações Experimentais Cruciais:
– 5. Efeito Compton:5. Efeito Compton: Caráter Corpuscular da Radiação • Apesar do modelo de Einstein explicar o efeito fotoelétrico, a ideia
de “partículas de luz” não foi prontamente aceita.
• O efeito (ou espalhamento) Compton(*), no entanto, forneceu a comprovação de que o quantum de luz é uma partícula.
➔Devido as leis de conservação (energia e momento), a variação do
comprimento de onda entre o fóton incidente e o espalhado é:
onde me é a massa do elétron e θ ângulo de espalhamento: θ > 0 ⇒ Δλ > 0 ≡ Aumento no comprimento da onda espalhada.
(*) Arthur Compton, físico americano (1892-1962).
E
fóton=
hν =
hc
λ , p
fóton=
h
λ ⇒ Δ λ =
m
h
ec
(1−cosθ)
67 Otávio Santana Otávio SantanaIntrodução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Observações Experimentais Cruciais:
– 6. Difração de Elétrons:6. Difração de Elétrons: Caráter Ondulatório da Matéria • A partir de 1923, de Broglie(*) apresentou uma série de trabalhos
sobre a teoria dos quanta (plural de quantum) de energia.
➔Estes trabalhos foram fundamentais para o surgimento da
mecânica quântica (ondulatória) .
➔A hipótese central de seu trabalho era a de que poderia haver uma
simetria mais ampla no comportamento dual onda-partícula.
➔Se ondas podem se comportar como partículas, poderiam
partículas se comportar como ondas, segundo as equações: Introdução
(*) Louis de Broglie, físico francês (1892-1987).
E = hν ⇔ ν =
E
h
, p =
h
λ
⇔
λ =
h
p
?
68 Otávio Santana Otávio SantanaIntrodução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Observações Experimentais Cruciais:
– 6. Difração de Elétrons:6. Difração de Elétrons: Caráter Ondulatório da Matéria • A partir de 1923, de Broglie(*) apresentou uma série de trabalhos
sobre a teoria dos quanta (plural de quantum) de energia.
➔De Broglie apresentou evidências de suas ideias aplicando
conceitos ao modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio.
➔Notou-se que a condição de quantização do momento angular
proposto por Bohr corresponderia a uma onda estacionária.
➔Das relações de simetria, estima-se o comprimento de onda do
elétron em um átomo de hidrogênio é dado por: Introdução
λ
n=
h
(−2m
eE
n)
1/2≈
3,3 Å , n = 1
69 Otávio Santana
Otávio Santana
– 6. Difração de Elétrons:6. Difração de Elétrons: Caráter Ondulatório da Matéria • A partir de 1923, de Broglie(*) apresentou uma série de trabalhos
sobre a teoria dos quanta (plural de quantum) de energia.
➔De Broglie apresentou evidências de suas ideias aplicando
conceitos ao modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio.
➔Notou-se que a condição de quantização do momento angular
proposto por Bohr corresponderia a uma onda estacionária.
➔O comprimento de onda de elétrons acelerados por uma diferença
de potencial V é dado por:
λ
n=
(2m
h
e
eV )
1/2
≈
6,1 pm , V = 40 kV
(*) Louis de Broglie, físico francês (1892-1987).
70 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Observações Experimentais Cruciais:
– 6. Difração de Elétrons:6. Difração de Elétrons: Caráter Ondulatório da Matéria • Davisson(*), Germer(**) (em 1925) e Thomson(***) (em 1927)
observaram a difração de elétrons em metais cristalinos.
➔A difração é um efeito relacionado a ondas, devido a interferência
que ocorre da sobreposição de máximos e mínimos da onda .
➔Quando máximos se sobrepõem: interferência construtiva;
quando máximos e mínimos se sobrepõem: interf. destrutiva.
➢11aa observação observação (1925): interferência devido a reflexão entre
diferentes planos do cristal. 2
2aa observação observação (1927): interferência em um feixe de elétrons que
atravessa uma fina folha de ouro. Introdução
(*) Clinton Davisson, físico americano (1881-1958). (**) Lester Germer, físico americano (1896-1971). (***) George Thomson, físico inglês (1892-1975).
71 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Observações Experimentais Cruciais:
– 6. Difração de Elétrons:6. Difração de Elétrons: Caráter Ondulatório da Matéria • Davisson(*), Germer(**) (em 1925) e Thomson(***) (em 1927)
observaram a difração de elétrons em metais cristalinos. Introdução
(*) Clinton Davisson, físico americano (1881-1958). (**) Lester Germer, físico americano (1896-1971).
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Otávio Santana
• Ex.#2: Comprimento de Onda de de Broglie
– Estime o comprimento de onda de elétrons acelerados por uma diferença de potencial de 40 kV, a partir do repouso. Dados: h = 6,626×10-34 J·s, me = 9,109×10-31 kg, e = 1,609×10-19 C. Resp.: λ = 6,1 pm. 78 Otávio Santana Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Conclusões Importantes:
– Quantização da Energia:Quantização da Energia:
• Radiação de Corpo Negro, Capacidades Caloríficas, Espectros Atômicos e Moleculares.
– Comportamento Corpuscular da Radiação Eletromag.:Comportamento Corpuscular da Radiação Eletromag.: • Efeito Fotoelétrico,
Espalhamento Compton.
– Comportamento Ondulatório da Matéria:Comportamento Ondulatório da Matéria: • Difração de Elétrons. Introdução D u a lid a d e O n d a -P a rt íc u la 79 Otávio Santana Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Conclusões Importantes:
– Relações de Planck-Einstein:Relações de Planck-Einstein: •
➔Quantização da Energia
•
➔Comportamento Corpuscular da Radiação Eletromagnética
Introdução
E = hν = ℏ ω
Energia do fóton [Planck ]
⃗p = ℏ ⃗k ⇔ | ⃗k | = 2
λ
π
Vetor de Onda
[Einstein]
| ⃗p| = ℏ | ⃗k | =
(
h 2π)
(
2π
80 Otávio Santana
Otávio Santana
Fim da Parte 1
Fim da Parte 1
Origens da Mecânica Quântica
81 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Mecânica Clássica:
– A descrição do movimento é determinística: determinística
Trajetórias perfeitamente definidas.
➔ Eq. de Movimento (Newton, séc. 1687): F = m·a → r = f(t)
• Mecânica Quântica:
– A descrição do movimento é probabilística: probabilística
Estado* descrito por uma função de onda.
➔ Eq. de Onda (Schrödinger, séc. 1925): Função de Onda?
* O que inclui energia e distribuição espacial. Dinâmica de Sistemas Microscópicos
82 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Equação de Schrödinger (Erwin Schrödinger, 1926):
(*)– Determinação da função de onda de qualquer sistema. (Postulado da Mecânica Quântica)
– Equação Dependente do Tempo:
(Partícula de massa m e energia E dependente do tempo)
∇2 ≡ Nabla
∇2 ≡ Nabla Dois ou Laplaciano Dinâmica de Sistemas Microscópicos
−
ℏ
2
2m
∇
2
Ψ
(⃗
r ,t) + V (⃗r ,t)
Ψ
(⃗
r ,t ) = i ℏ ∂
∂
t
Ψ
(⃗
r ,t)
83 Otávio Santana
Otávio Santana
• Equação de Schrödinger (Erwin Schrödinger, 1926):
(*)– Determinação da função de onda de qualquer sistema. (Postulado da Mecânica Quântica)
– Equação Independente do Tempo:
(Partícula de massa m e energia E dependente do tempo)
∇2 ≡ Nabla
∇2 ≡ Nabla Dois ou Laplaciano
−
ℏ
2
2m
∇
2
ψ
(⃗
r ) + V (⃗r)
ψ
(⃗
r ) = E
ψ
(⃗
r )
(*) Erwin Rudolf Josef Alexander Schrödinger, físico austríaco (1887-1961).
90 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Equação de Schrödinger (Erwin Schrödinger, 1926):
– Operador Hamiltoniano Operador Hamiltoniano ĤĤ(*)
• A equação de onda pode ser escrita em uma forma compacta com a introdução do operador Ĥ.
➔Dependente do Tempo:
➔Independente do Tempo
Dinâmica de Sistemas Microscópicos
^H
Ψ
(⃗
r ,t) = i ℏ ∂
∂
t
Ψ
(⃗
r ,t )
^H = −
ℏ
22m
∇
2+
V (⃗r ,t)
^H
ψ
(⃗
r ) = E
ψ
(⃗
r )
^H = −
ℏ
22m
∇
2+
V (⃗r)
(*) William Rowan Hamiltom, físico e matemático irlandês (1805-1865).
91 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Equação de Schrödinger (Erwin Schrödinger, 1926):
– Operador Hamiltoniano Operador Hamiltoniano ĤĤ(*)
• A equação de onda pode ser escrita em uma forma compacta com a introdução do operador Ĥ.
➔O ponto importante é que:O ponto importante é que:
1. O operador Ĥ atua sobre a função de onda ψ da mesma forma que uma derivada d/dx sobre qualquer função f(x).
Observe que a derivada d/dx é, também, um operador! 2. A equação de onda assume formas diferentes, dependendo do
sistema em consideração, em função do operador laplaciano ∇2. Por exemplo, no caso unidimensional: ∇2 = d2/dx2.
A forma final de Ĥ também depende do potencial V(r,t). Dinâmica de Sistemas Microscópicos
92 Otávio Santana
Otávio Santana
– Operador Laplaciano ∇Operador Laplaciano ∇22: Exemplos: Exemplos
1. Unidimensional: 2. Tridimensional: 3. Simetria Esférica: ∇2 ≡ Laplaciano(*) Λ2 ≡ Legendriano(**) ∇2 = d 2 dx2 ∇2 = ∂2 ∂x2+ ∂ 2 ∂y2+ ∂2 ∂z2 ∇2 = ∂2 ∂r2+ 2 r ∂ ∂r + 1 r2Λ 2 Λ2 = 1 senθ
(
∂ ∂θsenθ)
∂∂θ+ 1 sen2θ ∂2 ∂ϕ2(*) Pierre-Simon Laplace, matemático e astrônomo francês (1749-1827). (**) Adrien-Marie Legendre, matemático francês (1752-1833).
93 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Interpretação de Born (Max Born, ~1920):
– Significado da Função de Onda Significado da Função de Onda Ψ
➔Se a função de onda de uma partícula
vale Ψ em um ponto x, então a proba-bilidade de se encontrá-la entre x e x+dx é proporcional a |Ψ|2dx. |Ψ|2dx ≡ Probabilidade |Ψ|2 ≡ Densidade de Probabilidade Ψ ≡ Amplitude de Probabilidade |Ψ|2 = Ψ*Ψ Ψ* = Complexo Conjugado de Ψ
Dinâmica de Sistemas Microscópicos
94 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Interpretação de Born (Max Born, ~1920):
– Significado da Função de Onda Significado da Função de Onda Ψ
➔Se a função de onda de uma partícula
vale Ψ em um ponto r, então a proba-bilidade em um volume infinitesimal dτ é proporcional a |Ψ|2dτ. |Ψ|2dτ ≡ Probabilidade |Ψ|2 ≡ Densidade de Probabilidade Ψ ≡ Amplitude de Probabilidade |Ψ|2 = Ψ*Ψ Ψ* = Complexo Conjugado de Ψ
95 Otávio Santana
Otávio Santana
• Interpretação de Born (Max Born, ~1920):
– Significado da Função de Onda Significado da Função de Onda Ψ
➔O sinal da função de onda em um
determinado ponto do espaço não possui significado físico direto! (A função pode mesmo ser complexa!)
➔Efeito indireto: possibilidade de
ocorrência do fenômeno de inter-ferência construtiva ou destrutiva. (Sobreposição de funções)
101 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Ex.#3: Interpretação da Função de Onda
– Para um elétron em um átomo de hidrogênio no estado de energia mais baixa, tem-se: ψ1s = e-r/a0, onde a0 é uma
constante e r a distância elétron-núcleo. Calcule as probabilidades relativas de se encontrar o elétron em uma região de volume 1,0 pm3 localizado (a) no núcleo e (b) a uma
distância a0 do núcleo. Dinâmica de Sistemas Microscópicos
Resp.: 7,1.
103 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Interpretação de Born (Max Born, ~1920):
– Normalização:Normalização:
• O operador Ĥ é linear, ou seja, atua em qualquer combinação linear de funções Ψi na forma:
➔Consequência: se Ψ for uma solução da equação de autovalor, Consequência:
então qualquer função NΨ também será uma solução aceitável.
➔Solução: é sempre possível encontrar uma constante N que torne a Solução:
interpretação de Born uma relação matemática bem definida.
➔Fundamentação: a probabilidade de encontrar a partícula em Fundamentação:
algum lugar, considerando todo o volume do espaço, é 1. Dinâmica de Sistemas Microscópicos
^
104 Otávio Santana Otávio Santana – Normalização:Normalização: ➔Definição:Definição: ➔Procedimento:Procedimento:
| N Ψ (⃗r ,t )|
2d τ = (N Ψ
*)(
N Ψ )d τ
≡
Probabilidade em ⃗r no instante t
∫
| N Ψ (⃗r , t )|
2d τ = N
2∫
Ψ
*Ψ
d τ = 1 ⇒ N =
1
(∫
Ψ
*Ψ
d τ
)
1/ 2 Integral em todo o espaço acessível a partícula105 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Ex.#4: Normalização de uma função de onda
– Normalize a função de onda do orbital 1s para um elétron em um átomo de hidrogênio: ψ1s = e-r/a0.
Dados:
Dinâmica de Sistemas Microscópicos
Resp.: N = (1/πa03)1/2. [N] = [Volume-1/2] = [Comprimento-3/2]
∫
0 ∞ xne−axdx = n! an+1 d τ = r2senθ dr d θ d φ 107 Otávio Santana Otávio SantanaIntrodução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Restrições às Funções de Onda:
– Condições:Condições:
1. A função de onda deve ser finita em todo o seu domínio. (A menos que seja infinita em um intervalo de largura nula) [Probabilidades finitas em cada ponto do espaço] 2. A função de onda deve ser unívoca.
(Ou seja, deve possuir apenas um valor em cada ponto do espaço) [Probabilidades unívocas em cada ponto do espaço]
3. A função de onda deve ser contínua e derivável. (De modo que a sua derivada segunda exista)
[Condição para a existência de solução da equação de Schrödinger] Dinâmica de Sistemas Microscópicos
108 Otávio Santana
Otávio Santana
• Restrições às Funções de Onda:
– Condições:Condições:
1. A primeira restrição diz respeito ao fato de que a integral para a constante de normalização deve ser bem definida, não podendo ser nula ou infinita: a integral de | Ψ|2 deve ser finita. 2. A segunda está associada ao fato de que a probabilidade de
localização de uma partícula em um ponto do espaço só pode assumir um valor.
3. A terceira é consequência de que a equação de Schrödinger é uma equação diferencial de segunda ordem, de modo que a segunda derivada de Ψ deve existir em todos os pontos do espaço.
➔Estas restrições são severas e levam a soluções que, em geral,
possuem energias quantizadas.
110 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Informação Contida na Função de Onda Ψ
– Operadores, Autofunções & Autovalores:Operadores, Autofunções & Autovalores:
• Uma equação de autovalorequação de autovalor consiste em uma forma sistemática de extrair informações das funções de onda. Possuem a forma geral:
onde para cada autovalorautovalor corresponde uma autofunçãoautofunção. Autovalor = Valor próprio da função
• A equação de Schrödingerequação de Schrödinger é um exemplo de equação de autovalor,
uma vez que pode ser escrita nesta forma:
onde o autovalor E corresponde a energia total do estado descrito pela função de onda Ψ, autofunção do operador Hamiltoniano Ĥ. Dinâmica de Sistemas Microscópicos
(Operador )(Função) = (Valor )
⏟
Autovalor (Função)⏟
Autofunção^H
Ψ
(⃗
r , t ) = E
Ψ
(⃗
r , t )
111 Otávio Santana Otávio SantanaIntrodução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Informação Contida na Função de Onda Ψ
– Operadores, Autofunções & Autovalores:Operadores, Autofunções & Autovalores:
• Se Ω representar um operador qualquer, associado a um autovalor ω, então, no caso geral:
onde para cada autovalor ω corresponde uma autofunção Ψ. Nota: o índice “n” distingue diferentes soluções (valores/funções). • Qualquer propriedade física mensurável (“observável”) está
associada a um operador, segundo a relação:
Nota: autovalor = um dos possíveis resultados de uma medida. Dinâmica de Sistemas Microscópicos
^Ω
Ψ
n(⃗
r , t) =
ω
nΨ
n(⃗
r , t )
[
Operador associado114 Otávio Santana
Otávio Santana
– Operadores, Autofunções & Autovalores:Operadores, Autofunções & Autovalores:
• Os operadores Ω, associados a diferentes propriedades físicas, são formados a partir dos operadores posição e momento linear:
➔Operador Energia Potencial (Harmônico) :Operador Energia Potencial (Harmônico)
➔Operador Energia Cinética :Operador Energia Cinética
^
x = x , ^p
x=
ℏ
i
d
dx
V =1 2kx 2 ⇒ V =^ 1 2kx 2 EK= px 2 2m ⇒ E^K=2m1(
ℏ idxd)(
ℏ idxd)
= − ℏ2 2md 2 dx2 ^ H = ^EK+ ^V 115 Otávio Santana Otávio SantanaIntrodução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Informação Contida na Função de Onda Ψ
– Operadores, Autofunções & Autovalores:Operadores, Autofunções & Autovalores:
• A forma do operador energia cinética fornece uma importante informação sobre a função de onda Ψ:
➔A energia cinética está
associada a curvatura da função de onda. Dinâmica de Sistemas Microscópicos
116 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Informação Contida na Função de Onda Ψ
– Operadores, Autofunções & Autovalores:Operadores, Autofunções & Autovalores:
• A forma do operador energia cinética fornece uma importante informação sobre a função de onda Ψ:
➔A energia cinética está
associada a curvatura da função de onda. Dinâmica de Sistemas Microscópicos
118 Otávio Santana
Otávio Santana
• Ex.#5: Identificação de uma Autofunção
– (a) Mostre que eax é uma autofunção do operador d/dx e
encontre o seu autovalor.
(b) Mostre que eax2 não é uma autofunção do operador d/dx.
Resp.: Questão teórica...
120 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Informação Contida na Função de Onda Ψ
– Superposições, Ortogonalidades & Valores EsperadosSuperposições, Ortogonalidades & Valores Esperados • Se ψ não for uma autofunção de Ω, a propriedade associada ao
operador não possui um valor definido.
• Esta situação ocorre quando ψ for uma combinação linear (superposição) de autofunções do operador Ω.
➔As autofunções ψ
n do operador Ω formam um conjunto completoconjunto completo:
Qualquer função ψ pode ser escrita como uma combinação linear das autofunções ψn: {ψn} = conjunto de base.
➔As autofunções ψ
n do operador Ω são ortogonaisortogonais:
Autofunções com autovalores diferentes são ortogonais; se “degeneradas” (autovalores iguais) podem ser ortogonalizadas. Dinâmica de Sistemas Microscópicos
121 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Informação Contida na Função de Onda Ψ
– Superposições, Ortogonalidades & Valores EsperadosSuperposições, Ortogonalidades & Valores Esperados • Se ψ não for uma autofunção de Ω, a propriedade associada ao
operador não possui um valor definido.
• Esta situação ocorre quando ψ for uma combinação linear (superposição) de autofunções do operador Ω.
➔As autofunções ψn do operador Ω formam um conjunto completoconjunto completo:
➔As autofunções ψ
n do operador Ω são ortogonaisortogonais:
Dinâmica de Sistemas Microscópicos
ψ
(⃗
r ) =
∑
nc
nψ
n∫
ψ
i*ψ
jd
τ
=
δ
ij (Superposição) (Ortonormalidade)124 Otávio Santana
Otávio Santana
– (a) Mostre que sen(θ) e sen(2θ) são autofunções do operador
d2/dθ2 e encontre os autovalores.
(b) Mostre que estas autofunções são ortogonais. Dado:
se: a2 ≠ b2.
Resp.: Questão teórica...
∫
sen(aθ )sen(bθ)d θ =sen[(a−b)θ] 2(a−b) − sen[(a+b)θ] 2(a+b) +const . 126 Otávio Santana Otávio SantanaIntrodução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Informação Contida na Função de Onda Ψ
– Superposições, Ortogonalidades & Valores EsperadosSuperposições, Ortogonalidades & Valores Esperados 1. Em cada medida obtém-se um dos possíveis autovalores ωn,
correspondente a uma das autofunções ψn da superposição;
2. A probabilidade de se obter o autovalor ωn é proporcional ao
quadrado do coeficiente da autofunção ψn (|cn|2).
3. O valor médio de um grande número de medidas é dado pelo valor esperado
valor esperado <Ω> do operador Ω:
Nota: assume-se que a função de onda ψ seja normalizada. Dinâmica de Sistemas Microscópicos
⟨Ω⟩ =
∫
ψ
*Ω
^
ψ
d
τ
=
∑
n| c
n|
2ω
n 129 Otávio Santana Otávio SantanaIntrodução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Ex.#7: Cálculo de um Valor Esperado
– Calcule o valor médio da distância de um elétron ao núcleo, no átomo de hidrogênio, no estado de energia mais baixa. Dados: ψ1s(H) = (1/πa03)1/2e-r/a0 (normalizada), a0 = 52,9 pm. Dinâmica de Sistemas Microscópicos
131 Otávio Santana
Otávio Santana
• Informação Contida na Função de Onda Ψ
– Exemplo: Partícula LivreExemplo: Partícula Livre
• Consideremos uma partícula de massa m que se move livremente com energia potencial nula ao longo do eixo x. Tem-se:
➔Que informações podemos extrair desta solução?
^ H ψ(⃗r) = E ψ(⃗r) ^ H = −ℏ 2 2m∇ 2 +V (⃗r) ∇2 = d 2 dx2 V (⃗r ) = 0
−
ℏ
22 m
d
2ψ(
x)
dx
2=
E ψ( x)
∴ ψ( x) = Ae
ikx+
Be
−ikx=
Ce
±ikx∴ E =
k
2ℏ
22m
133 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Informação Contida na Função de Onda Ψ
– Exemplo: Partícula LivreExemplo: Partícula Livre • Densidade de Probabilidade
➔A ≠ 0, B = 0 (similar para A = 0, B ≠ 0):
➔Densidade constante:
independente de x.
➔Não há como prever
onde está a partícula. Dinâmica de Sistemas Microscópicos
∴ | ψ( x)|
2= (
Ae
ikx)
*(
Ae
ikx) = (
Ae
−ikx)(
Ae
ikx) =
| A |
2134 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Informação Contida na Função de Onda Ψ
– Exemplo: Partícula LivreExemplo: Partícula Livre • Densidade de Probabilidade
➔A = B ≠ 0:
➔Densidade periódica:
dependente de x.
➔Onde está a partícula?
Ocorrência de nósnós. Nó: ponto onde a densidade é nula. Dinâmica de Sistemas Microscópicos
136 Otávio Santana
Otávio Santana
– Exemplo: Partícula LivreExemplo: Partícula Livre • Momento Linear
➔A ≠ 0 e B = 0 (ou A = 0, B ≠ 0):
➔Resultado de acordo com a
relação de de Broglie
➔Sinal +: movimento no sentido dos x positivos;
Sinal –: movimento no sentido dos x negativos. Os dois movimentos possuem a mesma energia total E.
∴ ^p
xψ(
x ) = p
xψ(
x) ⇒
ℏ
i
d ψ( x )
dx
=
p
xψ (
x ) ⇒ p
x= ±
k ℏ
= ±
h
λ
137 Otávio Santana Otávio SantanaIntrodução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Informação Contida na Função de Onda Ψ
– Exemplo: Partícula LivreExemplo: Partícula Livre • Momento Linear
➔A = B ≠ 0:
➔Esta não é uma
equação de autovalor!
➔Qual o valor do momento linear? Neste caso, indefinido.
ψ = Superposição de funções de onda ψ+ e ψ–.
Algumas medidas fornecerão + kħ, outras -kħ. Cálculo de <px>...
Dinâmica de Sistemas Microscópicos
∴ ^p
xψ(
x ) = p
xψ(
x) ⇒
ℏ
i
d ψ( x )
dx
= −2
k ℏ
i
Asen(kx )
141 Otávio Santana Otávio SantanaIntrodução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Princípio da Incerteza (de Heisenberg)
– Posição & MomentoPosição & Momento
• O resultado obtido para a partícula livre resume o exemplo de um princípio geral da Mecânica Quântica:
➔“É impossível se determinar simultaneamente e com a precisão
“que se queira a posição e o momento de uma partícula. ” (para cada direção do espaço)
➔Por exemplo, ao longo do eixo x:
Dinâmica de Sistemas Microscópicos
Δ
x Δ p
x≥
1
2
ℏ
,
(
⟨
q
2⟩−⟨
q⟩
2)
1/2
, q = x , p
xDesvio médio quadrático em relação ao valor médio
143 Otávio Santana
Otávio Santana
• Princípio da Incerteza (de Heisenberg)
– Observáveis ΩObserváveis Ω11 e Ω e Ω22
• O princípio é mais geral, pois se aplica a qualquer par de observáveis complementares
observáveis complementares .
➔Dois observáveis Ω
1 e Ω2 são complementares quando os
operadores correspondentes não comutam.
(a ordem em que atuam sobre a função de onda afeta o resultado)
➔Matematicamente:
^
Ω
1Ω
^
2Ψ ≠ ^Ω
2Ω
^
1Ψ
[ ^
Ω
1,Ω
^
2] = ^
Ω
1Ω
^
2− ^
Ω
2Ω
^
1 Comutador 144 Otávio Santana Otávio SantanaIntrodução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Princípio da Incerteza (de Heisenberg)
– Observáveis ΩObserváveis Ω11 e Ω e Ω22
• A partir dos conceitos de observáveis complementares e de comutação, pode-se enunciar o princípio da seguinte forma:
➔“É impossível se determinar simultaneamente e com a precisão
“que se queira qualquer par de observáveis complementares. ” (para cada direção do espaço)
➔Matematicamente:
Dinâmica de Sistemas Microscópicos
Δ Ω
1Δ Ω
2Ψ ≥
1
2
| ⟨[ ^Ω
1,^
Ω
2]⟩|
Valor esperado do Comutador de Ω1 e Ω2 145 Otávio Santana Otávio SantanaIntrodução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Princípio da Incerteza (de Heisenberg)
– Exemplo: Pacote de OndaExemplo: Pacote de Onda
• É possível representar uma função de onda bem localizada a partir da superposição de um grande número de funções do tipo eikx.
• Neste caso, cada componente possui um valor diferente de k e, portanto, diferentes contribuições de momento p = ħk.
➔Consequências: Consequências:
Pequena incerteza na posição x. Grande incerteza no momento p. Dinâmica de Sistemas Microscópicos
147 Otávio Santana
Otávio Santana
– Mostre que os operadores posição x e momento linear px não
comutam, sendo, portanto, observáveis complementares.
Resp.: Questão teórica...
149 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Ex.#9: Aplicação do Princípio da Incerteza
– (a) A velocidade de um projétil de massa 1,0 g é conhecida com incerteza de 1 μm·s-1. Calcule a incerteza mínima na
posição do projétil.
(b) Repita o cálculo considerando a massa de um elétron. Dado: ħ = 1,055x10-34 J·s, m
e = 9,109x10-31 kg. Dinâmica de Sistemas Microscópicos
Resp.: (a) Δx ≥ 5x10-26 m, (b) Δx ≥ 60 m.
152 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica Dinâmica de Sistemas Microscópicos
Fim da Parte 2
Fim da Parte 2
153 Otávio Santana
Otávio Santana
• Movimento de Translação
– Partícula LivrePartícula Livre
• Vimos que, para uma partícula livre de massa m em uma dimensão, a solução da equação de Schrödinger leva a:
➔As soluções dependem do parâmetro k, para o qual não há
restrições para o seu valor.
➔Ou seja, todos os valores de k são permitidos:
para este sistema as energias não são quantizadas.
^
H ψ( x) = E ψ (x )
^
H = −
ℏ
22 m
d
2dx
2ψ
k(
x ) = Ae
+ikx+
Be
−ikx, E
k=
ℏ
2k
22m
⇒
155 Otávio Santana Otávio SantanaIntrodução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Movimento de Translação
– Partícula em Uma Caixa: Uma DimensãoPartícula em Uma Caixa: Uma Dimensão
• Para uma partícula de massa m em uma caixa unidimensional, com paredes em x = 0 e x = L (V = 0 no interior, V = ∞ nas paredes): Aplicações a Microssistemas
156 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Movimento de Translação
– Partícula em Uma Caixa: Uma DimensãoPartícula em Uma Caixa: Uma Dimensão
• Para uma partícula de massa m em uma caixa unidimensional, com paredes em x = 0 e x = L (V = 0 no interior, V = ∞ nas paredes):
➔As soluções dependem do parâmetro k, mas agora os valores são
restritos devido as condições de contorno.
➔Ou seja, apenas alguns valores de k são permitidos:
para este sistema as energias são quantizadas. Aplicações a Microssistemas
^
H ψ( x) = E ψ (x )
^
H = −
ℏ
22 m
d
2dx
2ψ
k(
x ) = Ae
+ikx+
Be
−ikx, E
k=
?
0 ≤ x ≤ L157 Otávio Santana
Otávio Santana
– Partícula em Uma Caixa: Uma DimensãoPartícula em Uma Caixa: Uma Dimensão
• Para uma partícula de massa m em uma caixa unidimensional, com paredes em x = 0 e x = L (V = 0 no interior, V = ∞ nas paredes):
➔As soluções em termos das funções harmônicas trigonométricas
são equivalentes a solução complexa em e±ikx.
➔No entanto, a análise em termos destas novas soluções é bastante
simplificada.
^
H ψ( x) = E ψ (x )
^
H = −
ℏ
22 m
d
2dx
2ψ
k(
x ) = C cos(kx )+D sen(kx) , E
k=
?
0 ≤ x ≤ L 158 Otávio Santana Otávio SantanaIntrodução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Movimento de Translação
– Partícula em Uma Caixa: Uma DimensãoPartícula em Uma Caixa: Uma Dimensão
• Para uma partícula de massa m em uma caixa unidimensional, com paredes em x = 0 e x = L (V = 0 no interior, V = ∞ nas paredes): 1. As solução não-nula está restrita ao interior da caixa, pois a
partícula não pode estar presente onde o potencial é infinito. 2. No entanto, como a função não pode conter descontinuidades,
a solução nas paredes deve satisfazer as condições de contorno:
3. Esta condição é satisfeita apenas se os comprimentos de onda da partícula forem restritos aos valores quantizados:
Aplicações a Microssistemas
ψ
k(0) = 0, ψ
k(
L) = 0
n ×½ λ = L ⇒ λ =
2L
n
, n = 1, 2, 3. ..
159 Otávio Santana Otávio SantanaIntrodução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
• Movimento de Translação
– Partícula em Uma Caixa: Uma DimensãoPartícula em Uma Caixa: Uma Dimensão
• Para uma partícula de massa m em uma caixa unidimensional, com paredes em x = 0 e x = L (V = 0 no interior, V = ∞ nas paredes): Aplicações a Microssistemas
160 Otávio Santana
Otávio Santana
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• Para uma partícula de massa m em uma caixa unidimensional, com paredes em x = 0 e x = L (V = 0 no interior, V = ∞ nas paredes):
➔Esta condição é equivalente a restrição aos coeficientes C = 0,
D ≠ 0 e ao argumento da função trigonométrica aos valores:
∴ ψ
n(
x ) = D sen
[
(
n π
L
)
x
]
, n = 1, 2, 3... ⇒ E
n=
n
2h
28m L
2 ψk(x ) = D sen(kx) , kL = nπ, n = 1, 2, 3. .. 161 Otávio Santana Otávio SantanaIntrodução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
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– Partícula em Uma Caixa: Uma DimensãoPartícula em Uma Caixa: Uma Dimensão
• Para uma partícula de massa m em uma caixa unidimensional, com paredes em x = 0 e x = L (V = 0 no interior, V = ∞ nas paredes):
➔O valor do coeficiente D é obtido a partir da normalização da
função de onda obtida ψn:
Aplicações a Microssistemas
∴
∫
0 Lψ
n *(
x ) ψ
n(
x)dx = D
2∫
0 Lsen
2[
(
n π
L
)
x
]
dx = 1 ⇒ D =
(
2
L
)
1/2∫
0 L sen2ax dx =1 2x − 14asen 2ax + const .
162 Otávio Santana
Otávio Santana
Introdução à Mecânica Quântica Introdução à Mecânica Quântica
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– Partícula em Uma Caixa: Uma DimensãoPartícula em Uma Caixa: Uma Dimensão
• Para uma partícula de massa m em uma caixa unidimensional, com paredes em x = 0 e x = L (V = 0 no interior, V = ∞ nas paredes):
➔Portanto, a função de onda normalizada para uma partícula em
uma caixa de comprimento L é dada por: Aplicações a Microssistemas