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Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo!

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Academic year: 2021

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Solenidade de São Pedro e São Paulo, Apóstolos

28/06/2015

“Tu és o Messias, o

Filho de Deus vivo!”

Leituras: Missa do dia Atos dos Apóstolos 12, 1-11; Salmo 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9 (R/5); Segunda Carta de São Paulo a Timóteo 4, 6-8.17-18; Mateus 16, 13-19.

COR LITÚRGICA: VERMELHO

Animador: Nesta Eucaristia, animados pelo testemunho de Pedro e Paulo, cujo compromisso está relacionado à missão da Igreja na terra, vamos ao encontro do Senhor que dá razão e sentido à nossa vida. Hoje, também, rezamos especialmente pelo Papa Francisco. Sua missão é zelar para que a Igreja permaneça unida, fiel a Jesus Cristo e a seu projeto, realizando com humildade e coragem, uma ação, evangelizadora, cada vez mais inculturada, profética e aberta a todos.

1. Situando-nos

Celebramos hoje a solenidade dos apóstolos Pedro e Paulo. É uma celebração antiquíssima, anteriores mesmo à festa do Natal. Dois seguidores de Cristo, dois apóstolos, dois mártires, com diferenças claras, como relata a escritura (cf. At 15; Gl 2. 11-14), porém unidos pelo evangelho de Jesus Cristo

“São duas oliveiras diante do Senhor, brilhantes candelabros de esplêndido fulgor” (hino do Ofício das leituras). Embora tenham sido martirizados em dias diferentes, deram o mesmo testemunho. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu.

Hoje, com o coração agradecido, louvemos ao Senhor por esses dois apóstolos que foram por Cristo consagrados. São colunas da Igreja e lavaram as vestes do sangue do Cordeiro.

Lembramos hoje do Bispo da Igreja de Roma, de todos os batizados que, com espírito ardoroso, se colocam a serviço, pregando o evangelho a todos, dos pastores das Igrejas cristãs e de todos os servidores das comunidades.

2. Recordando a Palavra

O Evangelho de Mateus situa-se em uma parte maior (13,53-18,35), que culmina com o discurso eclesiológico de Jesus sobre a comunidade de seus seguidores e seguidoras. Após o relato da profissão de fé de Pedro (16,13-20), segue-se o anúncio da morte e ressurreição de Cristo, o Messias Servo, e a expressão feita aos discípulos para segui-lo no caminho até a cruz (16,21-28).

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Jesus pergunta aos discípulos a opinião do povo e deles mesmos a respeito de sua identidade. A atuação libertadora de Jesus faz o povo lembrar grandes profetas do passado. Havia a esperança do retorno de Elias como precursor do Messias (cf. Ml 3,23-24). Herodes Antipas associou a missão de Jesus a João Batista ressuscitado dos mortos (14,2). Jeremias, o profeta sofredor por excelência, aponta para a paixão de Jesus. Revelado no batismo como o Filho amado do Pai, Jesus “cumpre toda a justiça” (3,15), realizando as expectativas proféticas.

Os discípulos, que haviam acompanhado o ministério de Jesus, são interpelados a responder à questão essencial que os identifica no caminho do seguimento: “E vós, dizeis que eu sou? ” (cf. 16,15). A resposta de Pedro, dada em nome dos discípulos, expressa a adesão existencial a Jesus como “o Cristo, o Filho do Deus vivo” (16,16). O termo hebraico “Messias” é traduzido para o grego como “Christos”, ambas as palavras significam Ungido.

Na profissão de Pedro, ressoa a fé da comunidade cristã primitiva que, iluminada pela ressurreição de Jesus e inspirada pela ação do Espírito Santo, testemunha Jesus como o Cristo e Filho de Deus (cf. 1,1.16; 3,17; 14,33; 27,54). A experiência de adesão leva a reconhecer que Jesus é Ungido de Deus, Messias Servo que manifesta a Boa Noticia do Reino aos oprimidos (115; cf. Is 61,1). A comunidade experimenta Jesus “vivo” em seu meio como o Emanuel, o Deus conosco (cf. 1,23; 28,20; cf. 18,20).

Os que reconhecem e testemunham a verdadeira identidade de Cristo, como Pedro, são felizes, bem-aventurados. Pedro, como pedra, deve ser fundamento para a comunidade eclesial, que está se formando ao redor de Jesus e de sua Palavra e ação. O termo grego

Ekklesia, “Igreja”, ocorre em 16,18 e 18,17 e designa especialmente “assembléia do povo

de Deus”.

As forças opostas ao Reino de Deus não prevalecerão contra a comunidade, construída sobre a pedra angular, que é Cristo. A “administração das chaves do Reino dos Céus” (16,19) realça o compromisso a serviço do projeto de Deus: cooperar no crescimento do Reino de Deus, instaurado por Jesus, é missão confiada a Pedro e a toda a comunidade cristã (18,18).

A leitura dos Atos dos Apóstolos refere-se ao episódio da prisão e libertação de Pedro. As perseguições, por causa da Boa-Nova do reino de Deus, começaram com Jesus e agora continuam na vida de seus perseguidores. Estamos por volta do ano 44, quando Tiago, filho de Zebedeu, que pertencia ao grupo dos doze apóstolos, foi morto por ordem de Herodes Agripa I, neto do famoso Herodes, o Grande.

Pedro é aprisionado na proximidade da Páscoa (12,1-4), revivendo o destino de Jesus (cf. Lc 22,1). Ele “estava dormindo”, quando o anjo “o despertou” (12,6-7). Esses verbos remetem especialmente à morte e ressurreição de Jesus. A Ação de Deus, manifestada na Páscoa de Jesus, liberta Pedro por meio do “anjo” como libertou os israelitas do Egito. Enquanto Pedro era libertado, a comunidade estava reunida em oração (12,5-12).

O Salmo 33(34) é uma oração pessoal de ação de graças ao Senhor que liberta aqueles que buscam o refugio em sua bondade. O “anjo do Senhor acampa ao redor dos que o temem”, comprometidos com seu projeto de justiça e vida plena para todos.

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com fidelidade: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé” (4,7). Por isso, aguarda com confiança o encontro definitivo com o Senhor. A entrega total de sua vida é comparada com as libações, onde se derramavam vinho, água ou azeite sobre as vítimas (cf. Fl 2,17).

Paulo em meio aos sofrimentos e às perseguições experimentou o abandono de todos, como Jesus na horta da paixão (cf. Mt 26,31.56). No entanto cheio de confiança no Senhor, ele completou a isso entre os gentios em circunstâncias adversas: “a Palavra tinha de ser ouvida por todas as nações” (cf. 4,17). A esperança tornou-se motivo de alegria e consolo diante das tribulações por causa do Evangelho.

3. Atualizando a Palavra

A pergunta de Jesus: “e vós, quem dizeis que eu sou?”, citada por todos os evangelistas sinóticos (cf. Mt 16,15; Mc 8,29; Lc 9,20), não é dirigida apenas aos primeiros seguidores de Cristo, mas a todos os que continuam trilhando o caminho, arriscando suas vidas por causa da Boa-Nova.

Os dois grandes apóstolos, Pedro e Paulo, ensinam a reavivar a adesão profunda a Jesus e a colaborar com seu projeto de salvação. Eles são modelos de seguimento pois confiam no Senhor e perseveram unidos na fé e no testemunho até a entrega total de suas vidas. O Papa Francisco sublinha que a fé em Jesus Cristo tornou Pedro e Paulo irmãos e o martírio os levou a serem um só. São Pedro e São Paulo, tão diferentes entre si no plano humano, foram escolhidos pessoalmente pelo Senhor Jesus e responderam ao chamamento oferecendo sua vida inteira. Em ambos, a graça de Cristo realizou grandes coisas, transformou-os. E como os transformou!

Simão negara Jesus no momento dramático da Paixão; Saulo perseguira duramente os cristãos. Ambos, porém, acolheram o amor de Deus, deixando-se transformar por sua misericórdia, assim, tornaram-se amigos e apóstolos de Cristo. Por isso, eles continuam a falar à Igreja e indicam-nos, até hoje, o caminho da salvação. Também a nós, Deus nos transforma como transformou Pedro e Paulo.

O livro dos Atos dos Apóstolos apresenta muitas características e seu testemunho. Por exemplo, Pedro ensina-nos a fitar os pobres com um olhar de fé e a comunicar-lhes aquilo que possuímos de mais precioso: o poder do nome de Jesus. Foi o que fez aquele paralítico: ofereceu-lhe tudo o que possuía, ou seja, Jesus (cf. At 3,4-6).

Sobre Paulo, narra-se três vezes o episódio da vocação no caminho de Damasco, o qual transformou sua vida, marcando claramente um antes e um depois. Antes, Paulo é um implacável inimigo da Igreja. Depois, põe sua existência inteira a serviço do evangelho. O encontro com a Palavra de Cristo é capaz de transformar completamente nossa vida. Não é possível ouvir esta Palavra e ficar parado no mesmo lugar, permanecer bloqueado nos próprios hábitos. Ela nos impele a vencer o egoísmo que se abriga em nosso coração para seguir com determinação aquele Mestre que deu a própria vida por seus amigos. Mas é Ele que, com sua Palavra, nos transforma; é Ele que nos muda; é Ele que nos perdoa tudo, quando nós abrimos o nosso coração e pedimos perdão. Deus deseja também que nós sejamos repletos de sua graça, como fez com Pedro e Paulo (Cf. Ângelus, Praça São Pedro, 29 de junho de 2014).

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4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

Deus nos concede hoje a alegra de festejar São Pedro e Paulo. São “os santos que, vivendo neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue. Beberam do cálice e se tornaram amigos de Deus” (antífona de entrada).

Pedro e Paulo foram discípulos assíduos na escuta do Mestre Divino. Não só ouviram, como viveram e anunciaram a Palavra do Senhor. Que a Palavra que hoje nos alimenta nos impulsione para a missão que o Senhor nos confia.

Fiéis seguidores de Jesus Cristo, eles se associaram intimamente ao mistério da paixão e morte do Senhor, por meio do martírio pela cruz e a espada.

Participando da Eucaristia, somos identificados com Cristo e confirmados em seu caminho, para sermos disponíveis a nossos irmãos e irmãs, até a morte.

Oração dos fiéis:

Presidente: Por intercessão de Pedro e Paulo elevemos nossas preces ao Pai.

1. Senhor, pelo Santo Padre, o Papa Francisco, para que, sustentado pela força do Espírito dado por Jesus a Pedro, possa guiar a Igreja nos caminhos da paz e da alegria. Peçamos:

Todos: Ouvi-nos, ó Pai.

2. Senhor, pelo nosso Bispo Vilson, para que na graça da missão apostólica a ele doada, sirva as comunidades que lhes foram confiadas fazendo-se modelo para o rebanho. Peçamos:

3. Senhor, pelos nossos irmãos e irmãs que sofrem perseguições, para que a alegria experimentada pelos Santos Apóstolos no martírio os conforte em seu testemunho e seja fonte de liberdade evangélica. Peçamos:

4. Senhor, por todos os cristãos que vivem prisioneiros por causa da fé, para que nossa oração chegue a Ti e lhes conceda a liberdade. Peçamos:

5. Senhor, por todos nossos dizimistas, para que a exemplo de São Pedro e São Paulo possam sempre se comprometer com tua Igreja, por meio da manutenção material. Peçamos:

(Outras intenções)

Presidente: Ó Deus, nosso Pai, que bem aceitaste a oferta de vida dos santos apóstolos

Pedro e Paulo, ouvi com carinho nossas preces e atendei-as em tua infinita bondade. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

III. LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS:

Presidente: Ó Deus, que a oração de vossos Apóstolos acompanhe as oferendas que vos

apresentamos para serem consagradas, e nos alcance celebrarmos este sacrifício com o coração voltado para vós. Por Cristo, nosso Senhor.

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ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO:

Presidente: Concedei-nos, ó Deus, por esta Eucaristia, viver de tal modo na vossa Igreja

que, perseverando na fração do pão e na doutrina dos Apóstolos, e enraizados no vosso amor, sejamos um só coração e uma só alma. Por Cristo, nosso Senhor. Todos: Amém.

BÊNÇÃO E DESPEDIDA:

Presidente: O Senhor esteja convosco. Todos: Ele está no meio de nós.

Presidente: Abençoe-os o Deus todo-poderoso, que lhes deu por fundamento aquela fé

proclamada pelo Apóstolo Pedro e sobre a qual se edifica toda a Igreja. Todos: Amém.

Presidente: Ele, que os instruiu pela incansável pregação de São Paulo, os ensine a

conquistar também nossos irmãos e irmãs para o Cristo. Todos: Amém.

Presidente: Que a autoridade de Pedro e a pregação de Paulo os levem à pátria celeste,

onde chegaram um pela cruz e outro pela espada. Todos: Amém.

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