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SOL E MAR. Escrita por Henrique Sebastião. Supervisão de Texto: Édson Dutra

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Academic year: 2021

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SOL E MAR

Escrita por Henrique Sebastião Supervisão de Texto: Édson Dutra

Capítulo 006

CENA 01. EMPRESA ADALBERTO. SALA ADALBERTO. INT. DIA.

Continuação da cena do Capítulo anterior Adalberto desliga o telefone e olha para Janine.

JANINE: - Bom, você ta ocupado agora, depois conversamos. ADALBERTO: - Claro.

Nesse instante Flávia vai entrando na sala de Adalberto.

FLÁVIA: - Com licença, senhor Adalberto...

Flávia fica surpresa ao ver Janine, que também demonstra a mesma reação.

JANINE: - Você?!

Flávia e Janine se encaram.

JANINE: - Até mais então papai, boa entrevista pra você. ADALBERTO: - Obrigado filha.

Janine se retira da sala, sem antes, passar por Flávia e encará-la mais uma vez.

ADALBERTO: - Então é você quem vai me entrevistar para o RioEsportes? FLÁVIA: - Sou eu sim. Flávia Campello.

ADALBERTO: - Muito prazer. FLÁVIA: - Bem, podemos começar?

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ADALBERTO: - Claro...

CENA 02 PRAIA - QUIOSQUE – EXT – DIA

Júlia sai do mar e senta numa mesa no quiosque. Igor se aproxima da moça.

IGOR: - Posso? JÚLIA: - Pode...

Igor senta-se junto à mesa.

IGOR: - Você manda bem demais no surf.

JÚLIA: - Digamos que eu me esforço. Faz tempo que eu surfei assim... Lá em Recife é complicado, e ainda tem o lance dos tubarões perto da praia...

IGOR: - Você mora em Recife?

JÚLIA: - Morava. Acabei de mudar pro Rio. Cheguei hoje.

IGOR: - Legal! Se precisar de um guia turístico, estou às ordens! JÚLIA: - Eu vou precisar mesmo.

IGOR:- Onde você aprendeu a surfar tão bem assim, já que em Recife era complicado?

JÚLIA: - Morei dois anos na Austrália com meu pai. Lá eu conheci uma galera que mandava super bem no surfe. Daí eu fui aprendendo aos poucos com eles.

IGOR:- Austrália, que maneiro! Eu to tentando me profissionalizar no surfe. Mas tem que rala bastante pra isso.

JÚLIA: - É eu sei. Surfo por prazer. Nunca pensei em viver disso, mas até na Austrália é difícil conseguir algo profissional.

IGOR: - Pô, a gente ta conversando há um tempão e eu nem sei o seu nome. JÚLIA: - Me chamo Júlia. E você?

IGOR: - Igor.

JÚLIA: - Prazer Igor. Você é daqui mesmo de Ipanema? IGOR: - Sim... E pelo visto, vamos ser vizinhos então.

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CENA 03. EMPRESA ADALBERTO. SALA ADALBERTO. INT. DIA.

Flávia entrevista Adalberto.

FLÁVIA: - A sua empresa está sempre apoiando eventos esportivos no estado e no país. Esse patrocínio ao Bola de Ouro, pode fazer o time ficar cada vez mais em evidência no futebol carioca, seria essa a intenção?

ADALBERTO: - Claro, minha empresa resolveu apostar nesse time. O Bola de Ouro vem colecionando vitorias nos últimos jogos. O nosso patrocínio só ira somar. Os investimentos ficaram cada vez maiores por lá.

FLÁVIA: - A Power Sport se tornou patrocinadora oficial e única do clube, isso foi uma imposição sua?

ADALBERTO: - Foi uma decisão tomada por eles, o que nos deixou muito contentes. Com patrocínio exclusivo podemos investir ainda mais no clube.

FLÁVIA: - Dr. Adalberto, recentemente alguns sites de esporte divulgaram algumas matérias a respeito de supostas fraudes feitas pela sua empresa na manipulação de resultados de partidas de futebol do campeonato juvenil do estado do Rio. Como você explica esses rumores?

ADALBERTO: - Eu coloquei o meu advogado a disposição de vocês da imprensa. Ele já deu explicações sobre esse mal entendido. Eu não tenho nada a falar sobre isso. Eu nunca estaria de acordo com atitudes fraudulentas.

CENA 04. CARRO RAQUEL. EXT. DIA

Raquel espera o sinal abrir, em quanto isso alguns garotos distribuem panfletos nos carros. Um deles se aproxima do carro de Raquel e bate na janela do carro, ela abre imediatamente.

RAQUEL: - Eu não tenho dinheiro, mas serve uma balinha?

O garoto entrega um panfleto e vai embora. O sinal abre, Raquel liga o carro e segue dirigindo sem prestar muita atenção ao panfleto.

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CENA 05. EMPRESA ADALBERTO. SALA ADALBERTO. INT. DIA.

Flávia termina a entrevista com Adalberto, eles se cumprimentam.

FLÁVIA: - Muito obrigada pela entrevista. E parabéns pela nova parceria. ADALBERTO: - Obrigado você! Afinal o que seria de nós sem a mídia, não é verdade?

FLÁVIA (levantando-se, saindo): - Até logo, e Obrigada novamente.

Flávia vai embora.

ADALBERTO: - Jornalistazinha petulante. Perguntando o que não deve...

CENA 06. TRANSIÇÃO DE TEMPO/ANOITECER. EXT. DIA

Imagens do Rio de Janeiro ao anoitecer. Mostra o Cristo Redentor e a cidade iluminada.

CENA 07. LANCHONETE. EXT/INT. NOITE

Aline e Danilo bebem algo e conversam.

ALINE: - Eu não entendo porque você enfrenta o Cláudio desse jeito.

DANILO: - Eu sou tão dono do RioEsportes quanto ele. A Raquel sabe disso.

ALINE: - Pois então seja um pouco menos vítima. Por que você não se auto-afirma lá dentro?

DANILO: - Calma... To esperando o momento certo pra isso.

ALINE: - Enquanto isso, a tal de Flávia é tratada como a estrela da redação... Ninguém merece aquela sonsa o dia inteiro falando “Tudo bem Cláudio” , “Isso tem tudo a ver comigo”.. Ai, me da nos nervos viu?!

DANILO: - Abre o olho hein! Ela se faz de santa mas ta louca pra puxar o tapete de alguém...

ALINE: - Ela que não se meta a besta comigo!

Um carro estaciona frente à lanchonete, Aline olha uma mensagem de texto no celular.

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ALINE: - Foi você que me convidou pro happy hour, então paga a conta, tá? DANILO: - Já vai embora?

ALINE: - Já, até amanhã! DANILO: - Até.

Aline sai da lanchonete, entra no carro e vai embora.

DANILO: - Aline nesse carrão? Ai tem coisa...

CENA 08. EMPRESA ADALBERTO. SALA ADALBERTO. INT. NOITE.

Adalberto e Gregório conversam.

GREGÓRIO: - O editor do caderno de esportes do Jornal Paulista disse que a quantia que você ofereceu é muito pouca.

ADALABERTO: - Aquele paspalho pensa que tá fazendo negócio com um moleque. Ela jura que pode se dar bem nas minhas custas... E aí, quanto ele quer agora? GREGÓRIO: - O dobro do que você ofereceu.

ADALBERTO: - O dobro?! Tá ficando louco, só pode...

GREGÓRIO: - Pense bem, Adalberto... Essas notas que ele vai dar no jornal podem fazer a empresa conseguir mais contratos. É bom pagar o que ele esta pedindo. Mas aí você deixa bem claro pra ele quem da às cartas do jogo. Se ele não fizer o trabalho que ele disse que faz, você recupera tudo...

ADALBERTO: - Tem razão Greg... To me preocupando à toa. Pode fazer o acerto. GREGÓRIO: - Eu vou ligar pra ele, e daí vocês agendam uma reunião e/

ADALBERTO: - Você agenda uma reunião e depois me passa tudo direitinho. GREGÓRIO: - Sim, foi isso que eu quis dizer... Bem, agora eu tenho que voltar pro escritório. Tenho um cliente daqui a meia hora.

ADALBERTO: - O tal de Osvaldo entrou em contato com você? Ele ficou de te encaixar no escritório dele não foi?

GREGÓRIO: - Não, conheço a peça. Ele gosta das coisas feitas por ele. É por isso que trabalha sozinho há tantos anos. Acho que não sabe trabalhar com outro advogado dando opiniões. Ele quer ser o dono... E o Bola de Ouro, segue tudo ok? ADALBERTO: - O presidente do clube está muito empolgado com a parceria. Se o Estadual já dá lucro, imagina esse campeonato Juvenil, lançando craques... Parece que rende uma grana preta pro clube vencedor.

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ADALBERTO: - Quem sabe? Seria bom pro meu bolso, e ótimo pro Bola de Ouro. GREGORIO: - Vai com calma! Eu não sou Deus pra te livrar de tudo.

ADALBERTO: - Você não, mais quem sabe o seu colega. GREGÓRIO: - Colega?

ADALBERTO: - O Osvaldo...

Gregório fica um tanto surpreso com a indagação de Adalberto.

CENA 09. APTO. BERNARDO. SALA. INT. NOITE

Bernardo está deitado no sofá, pensando em Flávia.

BERNARDO: - Já sei!

Bernardo pega o celular e disca um numero.

BERNARDO: - Alô! (T) é do RioEsportes? (T) É que preciso do contato de uma repórter daí (T)...

CENA 10. MOTEL. QUARTO. INT. NOITE

Osvaldo e Aline estão deitados cama, coberto com lençóis, conversam.

OSVALDO: - Vou passar o fim de semana em Agra dos Reis. ALINE: - Que maravilha, vai me levar com você né?

OSVALDO: - To indo com a família toda. Eu preciso conversar com Igor de uma maneira leve. Se eu empurrá-lo contra parede, vai ser bem pior.

ALINE (tom de deboche): - Você vai pra Angra com a Bárbara, segunda lua de mel? OSVALDO:- Vai dar uma de amante tradicional agora?

ALINE:- Acho que tenho direto, afinal faz três anos que estamos juntos. E único lugar que você me leva é pra esse motel vagabundo.

OSVALDO:- Motel vagabundo? É o melhor e mais caro da cidade, Aline! E outra, eu nunca te enganei. Você sabe que eu preciso estar perto da minha família...

ALINE:- Eu sei!... Também não quero destruir casamento de ninguém. Mas se estamos juntos apenas por sexo que seja ao menos algo diferente e diversificado. OSVALDO:- Não seja por isso. Que tal irmos numa dessas casas de swing? Ta aí algo bem diferente.

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ALINE:- Isso Nunca!... Não quero dividir você com mais ninguém. Ainda mais num momento só nosso...

OSVALDO: - Adoro isso. Esse seu senso de poder, de domínio.

ALINE; - Gosta é? Então tá. Vamos ao que interessa já que vou ter que ficar sozinha no fim de semana. Tenho que aproveitar! Quero ter você todinho pra mim agora!

Aline e Osvaldo beijam-se intensamente.

CENA 11. APTO. SALA. FLÁVIA E TATIANA. SALA. INT. NOITE

Márcio espera Tatiana, enquanto isso conversa com Flávia que manuseia um notebook.

MÁRCIO: - Trazendo trabalho pra casa Flávia?

FLÁVIA:- Pois é. Acredita que perdi um monte de arquivos no computador da redação? To refazendo um projeto bem trabalhoso aqui.

MÁRCIO: - Poxa que chato.

FLÁVIA: - Hoje eu entrevistei o novo patrocinador do Bola de Ouro, Adalberto Couto Menezes.

MÁRCIO: - A empresa dele vai investir pesado no clube. O Sérgio tá muito animado com essa parceria.

FLÁVIA: - Achei ele tão arrogante, sempre se retratava na primeira pessoa do singular... Era sempre eu isso, eu aquilo. Quase nunca falou pela empresa. Parece que ele sozinho faz tudo.

MÁRCIO: - Esse cara já foi acusado de cada coisa no mundo esportivo, mas é como dizem, quem é rico nesse país é sempre inocente.

FLÁVIA: - Eu perguntei sobre os rumores da suposta fraude do campeonato juvenil do ano passado. Ele foi bem frio na resposta, me cortou logo de imediato.

Tatiana chega à sala

TATIANA: - Estou pronta. Vamos ao martírio? FLÁVIA: - Martírio?

MÁRCIO: - Vamos ver uma sessão de terror! Que tal esquecer um pouco o trabalho e vir com a gente?

FLÁVIA: - Nossa Senhora! Não, não podem ir tranqüilos! Divirtam-se! TATIANA: - Tá vendo como eu sofro né, Flávinha?

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MÁRCIO: - Acho melhor irmos logo, a sessão ta quase começando. Tchau Flávia. TATIANA: - Se não tem jeito, vamos né! Tchau Flávia!

FLÁVIA: - Tchau! Bom filme! TATIANA: - Duvido que seja...

Tatiana e Maurício vão embora, Flávia se concentra no seu projeto.

CENA 12. ACADEMIA SOLARIS. INT. NOITE

Melissa corre na esteira e conversa com Adriano, que está ao seu lado.

MELISSA: - Estou quase conseguindo conquistar o Eric. Hoje fui ao CT do clube de novo.

ADRIANO: - E pra variar tomou outro fora, acertei?

MELISSA: - Claro que não! Você acha que eu, Melissa, levo fora de homem? Pelo amor de Deus né, Adriano.

ADRIANO: - Humildade mandou sinceras lembranças pra você... Olha só, amanhã o Eric ta vindo malhar na academia.

Melissa desliga a esteira e sai do equipamento, eufórica.

MELISSA: - O que?! Não acredito!

ADRIANO: - Nem sei por que te contei isso viu? Ô boca santa essa minha!... Mas só, você não ficou sabendo, tá? Se vier amanhã, vai ser coincidência...

MELISSA: - Adriano, meu amor! É amanhã que me torno oficialmente a senhora Montana, e você vai me ajudar.

ADRIANO: - Eu? Já te ajudei dizendo que ele vai estar na academia amanhã. O resto é contigo.

Adriano vai embora.

MELISSA: - Adriano! Adriano volta aqui! (T) Isso vai ser melhor que a tal simpatia. Ai Eric, agora você não me escapa garoto.

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Janine desenha alguns croquis sobre a escravinha. Ela para o que esta fazendo e pensa em Bernardo, logo em seguida pega o celular olha o nome e o número dele na tela, mas desiste de ligar.

JANINE: - Bernardo... O que você ta fazendo comigo?

Alguém bate a porta do quarto.

JANINE: - Entra!

Gilda entra no quarto com uma badeja nas mãos.

GILDA: - Você não desceu pro jantar, trouxe um lanche.

JANINE: - Pode deixar ai Gilda. To terminado uns desenhos aqui. GILDA: - Desenhos. Me mostra!

Janine pega um dos desenhos e entrega para Gilda.

GILDA: - Nossa! Que lindos! Você leva jeito pra moda mesmo hein Janine. JANINE: - Finalmente o meu pai reconheceu isso, Gilda. To desenhando a nova coleção de uniformes e roupas esportivas da empresa.

GILDA:- O seu Adalberto pode ter todos os defeitos do mundo, mas ele é apaixonado por você, minha linda. Olhando esse modelos eu lembro da sua mãe. Ela adora desenhar vestidos de noiva.

JANINE: - Apesar de nunca ter visito a minha mãe, nunca ter sentido o abraço forte dela, é como se ela vivesse em mim. Às vezes me sinto tão protegida... É como se fosse uma força oculta que invade meu coração, me da uma paz tão grande. GILDA: - Pode ter certeza que é sua mãe sim e ela vai estar sempre perto de você. Por isso que no último suspiro em vida, ela me pediu que eu te entregasse essa medalhinha.

JANINE: - Meu amuleto. Não consigo viver sem essa medalha. É tão doído falar da mamãe, Gilda e, ao mesmo tempo, tão confortante.

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GILDA: - Oh minha florzinha! A sua mãe morreu pra você viver. Ela deve estar muito feliz agora, vendo você assim linda, inteligente e com tanta bondade no coração. JANINE: - Eu sei, agora vamos parar com essa momento melancólico né? O que você trouxe pro lanche?

Gilda começa a mostrar algumas guloseimas que estão na bandeja.

CENA 14. APTO. SALA. FLÁVIA E TATIANA. SALA. INT. NOITE

Flávia continua concentrada frente ao notebook, a Campânia toca.

FLÁVIA: - Gente, quem será? Porteiro nem interfonou. Cabeça de vento da Tati esqueceu a chave de novo, aposto.

Flávia levanta do sofá e vai atender a porta. Quando abre a porta se depara com Bernardo segurando um buque de flores.

BERNARDO: - Posso entrar? FLÁVIA: - Bernardo?!

CENA 15 QUIOSQUE.EXT. NOITE

Débora e Júlia chegam ao Quiosque, se aproximam da mesa onde estão Tomás e Cissa. Logo Olívia se aproxima deles também.

DÉBORA:- Olá pessoal! Essa é a Júlia, minha filha.

TOMÁS: - Júlia! Você não imagina o quanto sua mãe tava ansiosa pra sua chegada. JÚLIA: - Eu também estava louca de vontade de chegar logo no Rio, e de conversar com ela...

CISSA: - Sentem aqui conosco meninas.

Débora e Júlia sentam-se na mesa com os outros.

OLÍVIA: - Seja bem vinda ao Rio Júlia! Te vi tão pequenina, agora já esta uma mulher. JÚLIA: - Obrigada.

TOMÁS: - Bom, já que estamos comemorando a chegada da Júlia, pode servir outra rodada de chope aqui Olívia.

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CISSA: - Vai com calma hein moço, amanhã você acorda super cedo. TOMÁS: - Eu to bebendo com moderação, amor.

CISSA: - Sei. Bom vamos brindar a chegada da Júlia né gente! Eu vou com meu suco aqui mesmo.

OLÍVIA: - Você quer um suco também, Júlia? JÚLIA: - Pode ser água mesmo.

CISSA: - Muito bom! Água é vida!

Olívia se afasta para pegar os pedidos.

JÚLIA: - O Rio é lindo de dia, mas também à noite. TOMÁS: - Não é à toa que é a Cidade Maravilhosa.

JÚLIA: - Meu pai não é muito fã não. Acha a violência aqui altíssima. DÉBORA: - Violência tem em qualquer lugar. Seu pai que é um recaldado. CISSA: - Débora!

DÉBORA: - Desculpa... Eu quis dizer exagerado. JÚLIA: - Nem esquenta mãe...

Olívia se aproxima com as bebidas.

OLÍVIA: - Está tudo aqui... Chopes, suco e água. TOMÁS: - Vamos brindar então!

Todos erguem os copos e brindam juntos.

CENA 16. APTO. SALA. FLÁVIA E TATIANA. SALA. INT. NOITE

Flávia e Bernardo estão sentados no sofá, conversam.

FLÁVIA: - As flores são lindas, mas como você conseguiu meu endereço? BERNARDO: - Mais um truque do “Super Bernardo”. Precisamos levar um papo. FLÁVIA: - Bem, eu posso imaginar o que se trata.

BERNARDO: - A Janine/

FLÁVIA: - Bernardo, a gente apenas se beijou, eu não estou te cobrando nada. Aliás, estou te devendo um favor de quando você me livrou daqueles brutamontes.

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BERNARDO: - Flávia me escuta... A Janine e eu, quer dizer eu e a Janine nos conhecemos por acaso, e de repente ela foi me convidando pra sair e eu fiquei meio sem jeito diante dessa situação.

FLÁVIA: - Claro, um homem que dispensa uma mulher bonita só pode ser frouxo acertei?

BERNARDO: - Eu to curtindo você demais. Não paro de pensar em você nem um segundo do meu dia (acariciando o rosto de Flávia) só te peço uma chance pra gente se conhecer melhor, deixa de ser durona. Eu to louco pra ficar com você.

FLÁVIA: - Bernardo não!

Flávia levanta rapidamente e abre a porta.

FLÁVIA: - Vai embora! Eu não quero me envolver com você. Eu to cheia de trabalho e isso é minha prioridade no momento.

Bernardo levanta e se aproxima de Flávia.

BERNARDO: - Não é isso que eu seu olhar ta dizendo.

Bernardo rouba um beijo de Flávia, ela tenta resistir mais acaba cedendo. Ela empurra a porta com os pés. A porta fecha. E os dois se beijam intensamente.

CENA 17. QUIOSQUE. EXT. NOITE

Igor chega ao quiosque de moto, estaciona e logo percebe a presença de Júlia. Júlia também percebe a chegada de Igor, que vai até o balcão do quiosque.

IGOR: - Fala Chico, tudo em cima?

CHICO: - E aí rapaz, tudo tranqüilo e você?

IGOR; - Tudo numa boa. Vê um suco de laranja aí pra mim. CHICO: - É pra já... Vem cá, essa moto aí é tua?

IGOR: - Presente do coroa quando eu passei no vestibular. Não ando muito, mas hoje deu vontade.

CHICO: - Legal! Ainda bem que vai no suco, rapaz! Se fosse na cerveja já não te dava não. Nada de beber e sair dirigindo, seja moto ou carro.

IGOR: - Pode deixar que quanto a isso eu não corro perigo nenhum. Nem sou de beber.

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Igor e Júlia trocam olhares.

JÚLIA: - Gente da licença um minutinho, vou dar um oi pro um amigo.

DÉBORA: - Amigo? Não sabia que você tinha amigos no Rio. Conheceu na Internet? JÚLIA:- Não, nos falamos hoje de manhã...

Júlia sai da mesa e vai em direção a Igor.

JÚLIA: - Oi.

IGOR: - Oi, tudo bem?

JÚLIA: - Tudo... Quer dizer então que além das pranchas você curti duas rodas? IGOR: - Entre as duas coisas eu prefiro a prancha, mas posso ter a duas sem problemas.

Chico entrega o suco para Igor e se afasta, indo em direção à mesa onde está o pessoal.

JÚLIA: - Legal, também adoro moto. Já fiz trilha uma vez acredita?

IGOR: - Sério? Nossa! Você existe mesmo? Surfa, curti fazer trilha... Garota incrível você.

JÚLIA: - Assim você me deixa sem graça.

Os dois conversam, riem. Débora vê eles conversando da mesa.

DÉBORA: - Bonito esse novo amigo da Júlia, você conhece Cissa? CISSA: - Já vi ele surfando aqui na praia, me parece ser boa gente. CHICO; - É um garoto cabeça boa sim. Vira e mexe tá aqui no quiosque. TOMÁS: - Pelo papo, ele quer ser mais que amigo da Júlia...

DÉBORA: - Não brinca com isso, Tomás! A Júlia acabou de chegar e já tá de namoro?! E eu morando há anos aqui solteira, encalhada?!

CISSA: - Não esquenta, Débora. O Tomás tá de zoação... E você tá solteira porque quer. Duvido que na Academia não tenha nenhum partidão lá...

OLÍVIA: - Eles estão apenas conversando, Débora. A Júlia não parece ser dessas que conhece num dia e já sai namorando.

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Igor e Júlia se olham por um instante.

IGOR: - Ta afim de conhecer um pouco da noite carioca de moto? JÚLIA: - Sabe que não é ma idéia...

IGOR: - Então formo. Borá lá!

Igor sobe na moto, põe o capacete e em seguida Júlia sobe no carona.

OLÍVIA: - Eles estão saindo de moto?

DÉBORA: - Como assim? E a Júlia nem me fala nada! (levanta-se e sai) TOMÁS: - Eu disse que ele quer ser mais que amigo da Júlia...

Débora se aproxima dos dois, que estão prestes a sair de moto.

DÉBORA: - Júlia, onde você vai na garupa dessa moto, meu Deus? JÚLIA: - Fica fria, mãe. O Igor vai me levar pra conhecer a noite carioca! DÉBORA: - Como assim?!

IGOR: - Não precisa se preocupar, tia. É só um passeio. E rápido. Não vai ter nada de mais.

DÉBORA: - Assim espero, rapaz... E você Júlia, por favor, me liga qualquer coisa! JÚLIA: - Pode deixar mãe.

Igor e Júlia saem. Débora volta pra mesa.

CISSA: - E aí?

DÉBORA: - Eles vão dar um passeio...

OLÍVIA: - Vai ver eles foram petinho. Já, já tão de volta. DÉBORA: - Espero.

CHICO: - Relaxa mamãe e aproveita o chopinho aí!

CENA 18. APTO. SALA. FLÁVIA E TATIANA. SALA. INT. NOITE

Bernardo e Flávia se entregam um ao outro. Deitados no sofá eles se beijam intensamente, trocam caricias... Indício de transa.

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CENA 19. CASA RAQUEL. SALA DE ESTAR. INT NOITE

Raquel lê o panfleto com atenção.

RAQUEL (lendo): - Madame Sayonara, resolve os problemas do corpo, da alma e do coração. Conheça a força do poderoso baralho cigano... (para de ler) É você que vai me ajudar, Madame Sayonara.

Raquel fica pensativa. Cláudio entra na sala e ela esconde o panfleto rapidamente dentro da blusa.

CLÁUDIO: - Pensando na vida meu amor?

RAQUEL: - Tava esperando você pra jantar... Vamos? CLÁUDIO: - Hum, a comida ta com cheirinho bom.

RAQUEL: - Você sabe que a Dora é melhor cozinheira do país né meu bem. Não é a toa que ela trabalha pra gente.

Eles seguem pra sala de jantar.

CENA 20. RESTAURANTE. INT. NOITE

Gregório e o editor do caderno de esporte conversam em uma das mesas.

GREGÓRIO:- Você só precisa fazer como eu disse agora. Ele já sabe a nova quantia que terá que te pagar.

EDITOR: - Você tem certeza que isso não vai me prejudicar no meu trabalho? GREGÓRIO: - Claro que não, confia em mim.

EDITOR: - Eu recebo a minha parte assim que ele te passar à grana, certo? GREGÓRIO: - Certo, agora acho melhor você ir embora. Não quero levantar suspeitas, eu ligo pra você.

O editor sai do restaurante discretamente.

GREGÓRIO: - É meu caro Adalberto, acho que eu mereço receber um bônus por tantos anos limpando suas sujeiras.

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