• Nenhum resultado encontrado

Mais informações: SUCO DE FRUTAS EM ALTA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Mais informações: SUCO DE FRUTAS EM ALTA"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)
(2)

18.1

Todafruta - Boletim Frutícola Nº 18 - Data: 26/06/2015 Editor: Luiz Carlos Donadio/ Coordenador: Carlos Ruggiero

CONFRUTI- um grupo de apaixonados pela fruticultura apoiado por técnicos e mídia, promoverá o Congresso Nacional de Fruticultura, que será de 3 a 9 de outubro próximo, on line. O evento terá 23 palestrantes que apresentarão videopalestras, sobre os mais variados temas. Várias entidades, como a Associação Brasileira de Frutas Raras, apoiam o evento. Um dos coordenadores do evento é Ataide Farias. Um dos objetivos é valorizar o consumo de frutas no País.

Mais informações: http://www.confruti.com.br/hpinicial

SUCO DE FRUTAS EM ALTA

A Pesquisa Refeição Assert mostrou que houve um aumento no consumo e também no interesse pelo suco de frutas no Brasil, principalmente no Nordeste e Centro-Oeste, com mais de 70 % de aumento nas citadas regiões. Sabe-se que os sucos de frutas são mais saudáveis que os refrigerantes, e o preço mais acessível têm levado os consumidores a preferi-los. Também pesa na escolha o valor alimentar dos sucos de frutas, ricos em fibras, nutrientes e vitaminas, além de muitos não terem conservantes. Um dos fatores do aumento deve-se ainda ao interesse por produtos mais saudáveis, com menos calorias e que podem prevenir doenças e levam à perda de peso. (fonte: Bonde.com)

(3)

18.2

Todafruta - Boletim Frutícola Nº 18 - Data: 26/06/2015 Editor: Luiz Carlos Donadio/ Coordenador: Carlos Ruggiero

FRUTAS NATIVAS DO BRASIL GANHAM DESTAQUE

Luiz Carlos Donadio Em 2000, a SBF publicou uma série sobre frutas brasileiras, abordando os principais aspectos de algumas delas e seu potencial de mercado, incluindo a comercialização, que é um ponto importante, pois muitas vezes não há conhecimento sobre a frutas ou sua qualidade pós-colheita e outros aspectos, como nutricional, que inviabilizam sua colocação no mercado. Em 2010, outra série foi publicada abordando outras frutas nativas nova série abordou frutas da Mata Atlântica publicando o livro de nossa autoria, Frutas Brasileiras, abordando 60 espécies. Nesse livro, é mencionado que, nos diferentes biomas brasileiros, há mais de 500 espécies de frutas nativas. Em 2009, a Embrapa publicou o livro Fruticultura Tropical-espécies regionais e exóticas.

Em nosso País, há diferentes climas e, nos diferentes biomas, podem ocorrer espécies nativas, mais adaptadas aos climas temperado, tropical ou subtropical, o que viabilizaria seu cultivo em diversas regiões. Para citar alguns exemplos, nos biomas Floresta Amazônia, Caatinga, Cerrados e parte da Mata Atlântica, espécies tropicais são mais comuns, enquanto nos biomas Pantanal, boa parte da Mata Atlântica e Campos, espécies de frutas subtropicais ocorrem, algumas até passíveis de cultivo em regiões de clima mais frio. Essa gama de possibilidades torna viável seu cultivo em todo o País, dependendo da escolha de espécies mais adaptadas.

A escolha de algumas espécies é tarefa difícil, mas, entre as mais comuns, pode-se fazer alguma indicação, baseada em sua qualidade, inclusive de pós-colheita, valor nutricional, ou nível de conhecimento do consumidor, o que facilitaria sua comercialização.

Considerando o enorme números de espécies nativas, em cada bioma, pelo menos de cinco a dez frutas já são comercializadas, mesmo que regionalmente.

(4)

18.3

Todafruta - Boletim Frutícola Nº 18 - Data: 26/06/2015 Editor: Luiz Carlos Donadio/ Coordenador: Carlos Ruggiero

A IMPORTAÇÃO DE GERMOPLASMA DE FRUTÍFERAS EXÓTICAS NO BRASIL

Renato Ferraz de Arruda Veiga; Wilson Barbosa Pesquisadores Científicos VI, do Centro de Recursos Genéticos Vegetais, Instituto Agronômico de

Campinas.

Nos primórdios da humanidade, há cerca de doze mil anos, o homem alterou seu hábito de itinerante, quando vivia do extrativismo da natureza, para o de se fixar em uma região por mais tempo, o que somente foi possível com o início da prática da agricultura abastecida pelo intercâmbio de germoplama.

O Brasil, hoje, o principal país em megabiodiversidade, tem um papel relevante nesta atividade de intercâmbio por seu imenso potencial em espécies frutíferas nativas, no processo de exportação, com aproximadamente quinhentas espécies, a grande maioria não domesticada. Na importação, no entanto, por ter adquirido hábitos de seus colonizadores, tornou-se dependente de espécies de frutíferas exóticas introduzidas, mais de uma centena, necessitando constantemente da introdução de acessos de recursos genéticos, do exterior, visando ao aumento da variabilidade genética disponível aos melhoristas genéticos brasileiros.

Nossa história, em intercâmbio de fruteiras, começou por intermédio de trocas de acessos de espécies, entre tribos indígenas e/ou grupos da mesma tribo, anteriormente à nossa colonização, como com: abiu, biriba, cubiu, pupunha, e os umaris. Já os cultivos agrícolas de frutas exóticas começam com a chegada dos portugueses, espanhóis e holandeses. Estes trouxeram as frutíferas, de outras partes do mundo, especialmente para os chamados Jardins Botânicos Agrícolas. Na bibliografia frutícola, há citações de mudas e sementes de frutíferas de clima temperado sendo trazidas durante a expedição colonizadora de Martin Afonso de Souza (1531-1532), como o pessegueiro e a uva. Os jesuítas também colaboraram trazendo diversas espécies de citros. A história conta que o português Braz Cubas foi o principal introdutor de videira no País, quando em 1551 as cultivou no Planalto de Piratininga, hoje grande São Paulo. Outro caso, o da laranjeira e de outras espécies de citros, segundo o viajante Gabriel Soares de Souza, já eram bastante cultivadas no território brasileiro, em 1587. A própria escravatura tornou-se uma introdutora de germoplasma no País, sendo que o cronista português Pero Magalhães de Gandavo cita já ter encontrado cultivados no Brasil os figos, melões e romãs. Mas foi em 1808, que o príncipe regente Dom João de Bragança (futuro rei D. João VI) criou o Jardim da Aclimação, depois Horto Real, hoje denominado Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, para aclimatar plantas diversas, dentre as quais as frutíferas, como as oriundas da Guiana Francesa: abacate, fruta-pão, manga, noz-moscada, nogueira-pecã, e outras.

(5)

18.4

Todafruta - Boletim Frutícola Nº 18 - Data: 26/06/2015 Editor: Luiz Carlos Donadio/ Coordenador: Carlos Ruggiero

Embora pesquisas, com frutíferas introduzidas no País, sejam conhecidas desde as primeiras escolas de Engenharia Agronômica, como a de Cruz das Almas (1875) e de Pelotas (1883), uma fase posterior acelerou o melhoramento genético de plantas que teve de ser abastecido com novos acessos através da introdução de germoplasma com a necessária variabilidade genética. Isto deu-se principalmente desde os primeiros anos da fundação do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), em 1887. Foi, porém, a partir da década de 1920, que o IAC ampliou seus estudos com frutíferas temperadas e tropicais, contando com grande apoio da Escola de Agronomia Luiz de Queiroz/USP, fundada em 1901. Logicamente que outras instituições nacionais também foram importantes para a fruticultura brasileira neste período, como o Instituto Agronômico do Sul, hoje Embrapa Clima Temperado, fundado em 1943, e na década de 1970 com a criação da Sociedade Brasileira de Fruticultura e da Embrapa Mandioca e Fruticultura. Além dessas, outras Faculdades, Universidades, Institutos de Pesquisa e centros diversos da Embrapa poderiam ser citados.

Como exemplo de germoplasma exótico introduzido no Brasil, pode-se citar: a) abacate, abricós, acerola, achachairu, alfarroba, akee, ameixas, amêndoas, amora, anonas, araçá, araticum-açu, atemoia, azeitona; b) bachita, bananas, bignai, bonete; c) caferana, caimito, cajá-manga, calabura, canistel, caqui, carambola, carissa, cas, castanha-portuguesa, cerejas, champedak, cherimoia, ciriguela, coco, coité, condessa, guajilote, curry, cyca; d) damasco, decopom, doviális, durião; f) falso-mangostão, figo, figo-da-índia, framboesas, fruta-cana, fruta-cofre, fruta-do-conde; fruta-do-milagre, fruta-pão, fruta-tody; g) glicosmis, gmélia, grãos-do-paraíso, graviola, groselha, groselha-africana, guaimbê, gumi; i) imbé; j) jaca, jambolão, jambos, jamelão, jujuba-chinesa; k) karo, kino, kiwi; l) laranjas, legustro, lichia, lili-pili, limões, longana, lulo-peludo; m) macambo, mabolo, maçã, macadâmia, malulo, mamão, mamão-do-chile, mamey, maná, manga, mangostão, marmelo, marula, massala, melancia, melão, melão-de-ávore, mirtilo, morango; murta-peluda; n) naranjilha, nauclea, nectarina, nêsperas, noni, nozes; o) oncoba; p) pândaro, pera, pêssego, pinha, pitaias, pupunha; r) rambutã, româ; s) santol, sapota, sapoti, saurauia; t) tâmara, tamarillo, tamarindo, tomate arbóreo, tomatilho; u) umê, uva, uva-japonesa, uva-spim; v) vavangue, vinagreira; w) wanpee; z) zilo; e outras.

Para manter tais culturas pujantes, foi e continua sendo necessário o enriquecimento do programa de melhoramento com novos acessos, da espécie de frutífera pesquisada, obtidos no intercâmbio com Bancos Ativos de Germoplasma espalhados pelo mundo, ou através de germoplasma obtido por intermédio de coletas, em expedições científicas efetivadas nos centros de origem e/ou dispersão destas espécies.

Por outro lado, é sempre bom lembrar que o pesquisador vive o dilema da necessidade de obter variabilidade genética e, ao mesmo tempo, impedir a entrada de pragas exóticas no País, já que é justamente nestas áreas que se encontram as pragas exóticas (ácaros, bactérias, fungos, insetos, nematoides, plantas invasoras, viroides, vírus, etc.) adaptadas às plantas introduzidas e que podem ser prejudiciais no País. Assim, há um grande número de Pragas Quarentenárias A1 (aquelas ausentes no País), como, por exemplo: Mal-do-panamá, algumas Moscas-das-frutas, etc., e de Pragas Quarentenárias A2 (as que entraram no Brasil, mas estão em região restrita), como por exemplo: Ácaro-vermelho, Mariposa-da-maçã, Mosca-negra, Mosca-da-carambola, etc.

(6)

18.5

Todafruta - Boletim Frutícola Nº 18 - Data: 26/06/2015 Editor: Luiz Carlos Donadio/ Coordenador: Carlos Ruggiero

As próprias plantas de frutíferas exóticas, apesar de sua capacidade moderada de dispersão, podem tornar-se uma praga invasora, como foram os casos da amora e da nêspera.

É importante salientar que é extremamente necessário ao Brasil continuar a introduzir germoplasma de frutíferas exóticas, para ampliar sua variabilidade genética das espécies frutíferas exóticas, sem se esquecer de fortalecer a segurança fitossanitária no trânsito interno e no trânsito de importação, por intermédio de legislações modernas que agilizem nossa agricultura.

Referências

Documentos relacionados

Não se exige o princípio da execução coerente com o resultado pretendido, mas tão-so o propósito do autor que obviamente não pode alcançar, seja pelo

Conceitos e princípios do Planejamento:; 2.1 Estratégico: determinação dos objetivos empresariais, análise das condições ambientais, análise organizacional, formulação

(Editor, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brazil) • José Luiz Antunes de Oliveira e Sousa (Editor, UNICAMP, Campinas, SP, Brazil) • Luiz Carlos Pinto da Silva Filho (Editor,

(Editor, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brazil) • José Luiz Antunes de Oliveira e Sousa (Editor, UNICAMP, Campinas, SP, Brazil) • Luiz Carlos Pinto da Silva Filho (Editor,

(Editor, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brazil) • José Luiz Antunes de Oliveira e Sousa (Editor, UNICAMP, Campinas, SP, Brazil) • Luiz Carlos Pinto da Silva Filho (Editor,

(Editor, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brazil) • José Luiz Antunes de Oliveira e Sousa (Editor, UNICAMP, Campinas, SP, Brazil) • Luiz Carlos Pinto da Silva Filho (Editor,

(Editor, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brazil) • José Luiz Antunes de Oliveira e Sousa (Editor, UNICAMP, Campinas, SP, Brazil) • Luiz Carlos Pinto da Silva Filho (Editor,

Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Palestra 5 Um grupo do Projeto Fundão (IM-UFRJ) está desenvolvendo uma pesquisa com o objetivo de fornecer ao professor