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A passagem acima registra, entre os segmentos 1 e 2, pela ordem, a seguinte relação:

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

PENSE NA CHINA

Sugestão para um dia em que você não tiver nada com o que se preocupar e estiver até convencido que o mundo pode melhorar, deve melhorar, tem que melhorar. Finja que é agora. Simule otimismo. Imite alguém acreditando no futuro com toda a força. Faça cara de quem não tem dúvidas de que tudo vai dar certo. Convença-se de que tudo vai dar certo. Pronto? Agora pense na China.

Desanimou, certo? É impossível pensar na China e continuar mesmo em fingimento, despreocupado. Dentro de muito pouco tempo vai acontecer o seguinte: a China vai tornar o resto do mundo supérfluo. Não vai ser preciso existir mais ninguém, de tanto que vai existir a China. O nosso destino é, enquanto a China cresce, irmos ficando cada vez mais desnecessários. Em, o quê? Vinte anos? A China terá o maior parque industrial, com a mão-de-obra mais abundante e portanto mais barata, da Terra, e produzirá de tudo para o maior mercado consumidor da Terra que será qual? O dos chineses, mesmo ganhando pouco. A China concentrará toda a atividade econômica do planeta entre as suas fronteiras. A China se bastará.

Mas não pense que vamos ficar assistindo ao espetáculo da auto-suficiência chinesa da cerca, esperando alguma sobra. Antes de se tornar definitivamente autocapaz a China terá que garantir as fontes da sua energia. O seu inevitável choque com aquele outro sorvedouro de combustível fóssil, os Estados Unidos, pelas últimas reservas de petróleo do mundo pode literalmente nos arrasar. Sugestão para a reflexão antes de dormir esta noite, se você conseguir dormir: o petróleo do Oriente Médio escasseando, dois monstros sedentos cuja sobrevivência depende do petróleo se encontrando - e nós no meio. Ganhará o confronto final, nuclear ou não, quem tiver mais gente. A China tem muito mais gente do que os Estados Unidos.

Enquanto isto, a Índia... Mas chega. Reanime-se. A vida é boa, há borboletas, os pêssegos estão ótimos e a Copa vem aí. Eu, na verdade, não tenho com o que me preocupar mesmo. Estou a caminho da fase pré-fóssil e não estarei aqui quando tudo isto acontecer. Mas só queria avisar.

(Luís FernandoVeríssimo, "O Globo", 29.01.2006)

01. A partir da leitura do texto I, podemos identificar como correspondente ao pensamento do autor o seguinte comentário: (A) Podemos e devemos considerar que é positiva para nós a circunstância de sermos um país com recursos

petrolíferos.

(B) É previsível um confronto entre a China e os Estados Unidos pelo petróleo do mundo, sendo de se supor que estes se tornem os vencedores.

(C) Para definir esse hipotético confronto entre americanos e chineses, as respectivas populações, em termos quantitativos, serão mais importantes do que aspectos militares ou nucleares.

(D) Apesar das razões para uma postura pessimista, na realidade devemos ser otimistas quanto ao futuro, por razões diversas, entre elas a possibilidade de conquistar a Copa do Mundo de futebol.

(E) A visão do que se pode esperar com a ascensão do poderio chinês no planeta é a de um mundo finalmente livre de um domínio unilateral, como o que hoje se verifica a partir da influência americana.

02. "Não vai ser preciso existir mais ninguém (1), de tanto que vai existir a China.(2)"

A passagem acima registra, entre os segmentos 1 e 2, pela ordem, a seguinte relação:

) causa e conseqüência. (B) conseqüência e condição. (C) condição e conseqüência. (D) conseqüência e causa. (E) causa e condição.

03. "A China terá o maior parque industrial, com a mão-de-obra mais abundante e portanto mais barata..."

A palavra em destaque só não poderia ser substituída, sem quebra do sentido pretendido, por um dos vocábulos ou expressões abaixo. Aponte a alternativa onde isso se dá:

(A) por isso; (B) por conseguinte; (C) em conseqüência; (D) em vista disso; (E) a despeito disso.

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04. Não é uma característica do texto I:

(A) Apresenta-se em prosa, com parágrafos e períodos. (B) Faz uso da língua culta.

(C) Seu narrador interage com os leitores. (D) É predominantemente denotativo.

(E) É constituído em linguagem essencialmente poética.

05. Identifique a opção em que se caracteriza erradamente o sentido de palavra ou expressão em destaque, no texto I: (A) "...não tiver nada com o que se preocupar e estiver até convencido..." (inclusão)

(B) "...maior mercado consumidor da Terra que será qual? O dos chineses, mesmo ganhando pouco." (causa) (C) "A China concentrará toda a atividade econômica do planeta entre as suas fronteiras." (lugar)

(D) "Sugestão para a reflexão antes de dormir esta noite, se você conseguir dormir:" (tempo) (E) "Sugestão para a reflexão antes de dormir esta noite, se você conseguir dormir:" (condição)

06. Assinale a opção em que se cometeu erro ao enunciar-se a natureza da consideração feita, a propósito de elemento presente no texto I:

(A) Dúvidas – é um substantivo feminino, flexionado em número, como o comprova o elemento -s. (Morfologia) (B) Sugestão – há nesta palavra um ditongo nasal decrescente. (Fonética)

(C) Do planeta – é uma locução adjetiva e exerce a função sintática de adjunto adnominal. ( Morfossintaxe) (D) Ao espetáculo – completa, como objeto indireto, o verbo assistir. (Estilística)

(E) Mas (último período) – introduz a idéia de oposição em relação ao que se disse anteriormente. (Semântica)

07. Se compararmos o emprego do adjetivo "fóssil" em "combustível fóssil" (terceiro parágrafo) com aquele existente em "fase pré-fóssil" (quarto parágrafo), podemos afirmar que:

(A) a palavra se emprega denotativamente nos dois casos. (B) a palavra se emprega conotativamente nos dois casos. (C) a palavra tem valor conotativo no terceiro parágrafo. (D) a palavra tem valor denotativo no quarto parágrafo. (E) a palavra se emprega conotativamente no quarto parágrafo. TEXTO II

CAPITÃO DE LONGO CURSO

Quantas vezes subia, eu menino, a um cajueiro

e convidava todo o meu bando a embarcar! Nessa goleta verde, eu, herói-marinheiro, corria o mundo inteiro...

sem sair do lugar . Dava ordens de comando.

Novo pirata-chefe, ordenava: abordar!

Em torno, o campo em flor ao vento marulhando ondulava bravio...

E, saltando nos galhos, balançando, eu afrontava o mar, rindo, num desafio, sem sair do lugar.

Será por isso que, sem frotas e sem velas, hoje, mocinho, continuo a viajar?!

Comando aéreas e impalpáveis caravelas... e num mar que floresce em glória e desvario aprôo as quilhas de meus sonhos às estrelas... sem sair do lugar.

(Murilo Araújo)

Vocabulário:

Goleta – escuna, espécie de embarcação. Marulhando – agitando-se, formando ondas. Desvario – insanidade, demência, loucura. Aprôo – conduzo, dirijo.

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08. Assinale o comentário que não cabe, sobre o poema que constitui o texto II:

(A) O texto, nitidamente, apresenta dois segmentos distintos, representativos de diferentes momentos. (B) São freqüentes, no texto, palavras e expressões de emprego conotativo.

(C) O poema exemplifica um texto literário.

(D) O poema assume caráter predominantemente informativo. (E) O texto é constituído por versos e estrofes.

09. Assinale a palavra que, na construção figurada do texto, não pertence ao mesmo campo significativo das demais:

(A) frotas; (D) estrelas;

(B) velas; (E) quilha.

(C) caravelas;

10. "aprôo as quilhas de meus sonhos às estrelas... sem sair do lugar."

Assinale a opção na qual não se faz substituição conveniente – com vistas à manutenção do sentido – da oração grifada: (A) ainda que não saia do lugar;

(B) mesmo não saindo do lugar; (C) embora não saia do lugar; (D) sem que saia do lugar; (E) desde que não saia do lugar. TEXTO III

O amor não é um fenômeno eqüestre. Não começa no dorso de um cavalo, preferivelmente branco, que vai passando pela floresta da nossa juventude, e no qual tomamos uma carona em rumo direto para a felicidade. Nem é obra do acaso, golpe de sorte, predestinação. O amor, aquele amor maior que faz do casal uma unidade, é fruto da dedicação e do cuidado com que o construímos, em suas várias etapas. Um longo trabalho de aprimoramento e entrega, que começa no conhecimento e que, se bem conduzido, nunca acaba.

(...)

É por isso que logo após o encontro começa a delicada fase em que estabelecemos as bases para a igualdade, em que criamos condições para que o amor nascente não seja apenas um amor romântico, enfeitado de sonhos, mas um amor real estruturado para durar.

Ao falarmos em igualdade não estamos dizendo que ele e ela devem se tornar idênticos, descaracterizados das possíveis diferenças homem/mulher. Queremos dizer que cada um deverá encontrar a sua identidade masculina ou feminina não na caixinha de rótulos, mas dentro de si. E que estas duas identidades por sua vez procurarão estabelecer a convivência dentro de iguais direitos e deveres partilhados.

(...) (...)

No amor responsável está a grande possibilidade de sucesso para o casal. Não se trata de compromisso porque compromisso encerra um ar de obrigatoriedade, comprometimento quase legal. É sobretudo uma intenção, uma consciência de que este amor é bom e deve ser protegido.

(...)

O amor pode existir e ser agradável, agradabilíssimo até, sem ser responsável. Mas é um outro tipo de amor. É o amor-festival, um amor inconseqüente, que não busca a perenidade mas tão-somente a satisfação do eros. E pode ser considerado de alguma maneira um amor escapista, porque se estabelece na periferia da realidade, ignorando qualquer intenção mais profunda.

(...)

Não há como garantir a duração do amor. É certo que não basta a entrega. Responsabilizar-se por ele, devotar-lhe luta e atenção pode não otimizá-lo, mas nos dá a certeza de uma qualidade maior e mais sólida de amor, a única capaz de realmente configurar um casal.

(Marina Colassanti; Mulher daqui pra frente)

11. Através da comunicação que o texto representa, a intenção da autora é:

(A) questionar a importância do amor, que tem a ver com sorte e destino. (B) declarar a infinitude do amor, se eliminadas as diferenças do casal. (C) mencionar aspectos negativos do amor responsável.

(D) defender como válido o chamado amor-festival.

(E) caracterizar o amor como fruto da participação responsável do casal.

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12. Segundo se pode depreender do texto, o amor deve caracterizar-se por: (A) valores exclusivamente românticos, fruto dos sonhos realizados.

(B) construção demorada, com deveres e direitos equilibrados.

(C) compromissos que, uma vez estabelecidos, não podem ser alterados. (D) despreocupação com intenções de durabilidade.

(E) entrega absoluta e incondicional dos parceiros. 13. O "amor-festival" pode ser caracterizado por um/uma: (A) tentativa de alcançar-se o envolvimento mais profundo.

(B) postura superficial, em busca de satisfação apenas momentânea. (C) comprometimento gerado por atitudes de responsabilidade. (D) envolvimento capaz de anular as diferenças homem/mulher. (E) atitude realista, sem se deixar envolver por sentimentalismos.

14. Aponte a única opção em que a palavra ou expressão em destaque - em passagem retirada do texto III - não poderia ser substituída, sem alteração do sentido, pela que se coloca entre parênteses:

(A) "O amor, aquele amor maior (...) é fruto da dedicação..." (causa) (B) "...para que o amor nascente não seja apenas um amor romântico..." (só) (C) "...não na caixinha de rótulos, mas dentro de si." (interiormente)

(D) "Não se trata de compromisso porque compromisso encerra um ar de..." (já que) (E) "É sobretudo uma intenção, uma consciência de..." (primordialmente)

TEXTO IV

SONETO DA FIDELIDADE

De tudo ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento. E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure.

(Vinicius de Moraes)

15. "Que não seja imortal, posto que é chama".

Através do verso acima, pretende o eu lírico afirmar que a chama é:

(A) duradoura. (D) temporária.

(B) perene. (E) imorredoura.

(C) permanente.

16. Assinale a opção em que o exemplo apresentado não condiz com o conceito emitido:

(A) Muitas vezes existe correspondência entre letras e fonemas: na palavra "possa", o número de fonemas é igual ao número de letras.

(B) Um mesmo fonema pode corresponder a mais de uma letra: o fonema /s/ pode ser representado em "sempre" pela letra "s" e em "face" pela letra "c". (C) Há letras que não são fonemas: é o caso do "u" em "quem".

(D) Uma mesma letra pode representar mais de um fonema: a letra "c" em "cada" representa o fonema /k/, mas em "face" representa o fonema /s.

(E) Nas palavras "zelo" e "pesar" encontramos letras diferentes ("z" e "s") para representar o mesmo fonema (/z/). TEXTO V

“Só vai disputar com o presidente Lula em 2006 quem não tiver opção. Quem não tiver de concorrer agradecerá, para não ter de contabilizar uma possível derrota no currículo.”(Marcos Coimbra, analista político, em entrevista à revista Época, em 08.11.04)

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Buscar tristeza, a soledade, o ermo, E ter o coração em riso e festa; E à branda festa, ao riso da nossa alma Fontes de pranto intercalar sem custo; Conhecer o prazer e a desventura No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto O ditoso, o misérrimo dos entes: Isso é amor, e desse amor se morre!

(Gonçalves Dias)

18. Sobre o poema, só não podemos afirmar que: (A) o titulo assume uma tonalidade interrogativa. (B) o eu lírico expõe definições de amor.

(C) tematiza um dos principais valores poéticos do Romantismo. (D) descreve situações para sustentar posições definidas.

(E) o eu lirico assume uma postura objetiva diante do que é tratado.

19. Na segunda estrofe, o autor menciona um “engano de amor”. Esse engano, que não é amor, é nomeado de diversas formas. Aponte a que não se enquadra nesse rol, dentre as palavras ou expressões direta ou indiretamente presentes no texto:

(A) Fascinação que surpreende. (B) Assomos de prazer. (C) Ilusão que se esvaece. (D) Luzes que morrem. (E) O coração em riso e festa.

20. Assinale um item em que se formula uma observação incorreta sobre o contido na terceira estrofe: (A) O poeta vincula o amor a elementos místicos, sentimentais e naturais.

(B) Há palavras cujos significados se opõem, em algumas das definições do amor. (C) A ligação entre as palavras “ditoso e misérrimo” constitui um paradoxo. (D) A afirmação básica do texto é a de que não se pode morrer por amor.

(E) Há, também, elementos representativos da atitude exagerada que caracterizou a poética do Romantismo. 17. O texto V pode e deve ser considerado um texto denotativo porque:

(A) a base da comunicação é a linguagem criativa. (B) se utiliza da linguagem figurada.

(C) transfigura a realidade através da linguagem.

(D) se trata de um texto com preocupações informativo-opinativas. (E) revistas como Época só publicam textos em linguagem informativa. TEXTO VI

SE SE MORRE DE AMOR

(Fragmento) Se se morre de amor – Não, não se morre,

Quando é fascinação que nos surpreende De ruidoso sarau entre os festejos; Quando luzes, calor, orquestra e flores Assomos de prazer nos raiam n'alma, Que embelezada e solta em tal ambiente No que ouve, e no que vê prazer alcança! Simpáticas feições, cintura breve, Graciosa postura, porte airoso, Uma fita, uma flor entre os cabelos, Um quê mal definido, acaso podem Num engano d'amor arrebatar-nos. Mas isso amor não é; isso é delírio, Devaneio, ilusão, que se esvaece, Ao som final da orquestra, ao derradeiro Clarão, que as luzes no morrer despedem: Se outro nome lhe dão, se amor o chamam, D'amor igual ninguém sucumbe à perda. Amor é vida; é ter constantemente

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Alma, sentidos, coração – abertos

Ao grande, ao belo: é ser capaz d'extremos, D'altas virtudes, té capaz de crimes! Compr'ender o infinito, a imensidade, E a natureza e Deus: gostar dos campos, D'aves, flores, murmúrios solitários; Buscar tristeza, a soledade, o ermo,

Referências

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