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Atividades de Recuperação Paralela de Literatura
9º ano Ensino FundamentalConteúdos:
- Interpretação de poemas. - Poesia Lírica.
- Figuras de linguagem (comparação, metáfora, antítese e paradoxo). - Narrativa realista, fantástica e maravilhosa.
- Discurso direto, indireto e indireto livre.
- Estudo do conto “O gato preto”, de Edgar Allan Poe. - Estudo do conto “O menino”, de Lygia Fagundes Telles. - Estudo do conto “O fisco (conto de Natal)”, de Monteiro Lobato. Atividades:
As questões de 01 a 04 referem-se ao texto abaixo, de autoria do grande poeta chileno Pablo Neruda. Leia-o com atenção e responda-as.
Áspero amor, violeta coroado de espinhos, brejal entre tantas paixões eriçadas,
lança das dores, coroa da cólera,
por quais caminhos e como te dirige a minha alma? Por que precipitaste teu fogo doloroso, de súbito, entre as folhas frias do meu caminho? Quem te ensinou os passos que até mim te levaram? Que flor, que pedra, que humo mostraram minha morada?
O certo é que tremeu a noite pavorosa, a árvore chegou todas as copas com seu vinho
e o sol estabeleceu sua presença celeste, entretanto que cruel amor me cercava sem trégua
até que me lançando com espadas e espinhos abriu em meu coração um caminho de chamas.
(Disponível em: http://www.psb40.org.br/bib/b329.pdf Acesso de 24 abr. 2018.)
01. No poema lido, termos como “áspero”, “violeta”, “coroado de espinhos”, “doloroso”, “pavorosa”, “cruel” ajudam a criar uma visão de que o amor é, para o eu lírico, algo que traz, principalmente,
a) muito tédio. b) bastante tristeza.
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c) profunda solidão. d) imenso sofrimento.
02. O texto de Pablo Neruda pode ser considerado um poema pertencente ao gênero lírico? Justifique sua resposta. _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ 03. Como podemos caracterizar o eu lírico do poema de Pablo Neruda? Trata-se de um homem ou de uma mulher? Justifique sua resposta.
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O girassol
(Canção de Edgard Scandurra, interpretada pela banda Ira) Eu tento me erguer às próprias custas
E caio sempre nos seus braços Um pobre diabo é o que sou
Um girassol sem sol Um navio sem direção Apenas a lembrança do seu sermão
Você é meu sol, um metro e sessenta e cinco de sol E quase o ano inteiro os dias foram noites
Noites para mim Meu sorriso se foi Minha canção também
E eu jurei por Deus não morrer por amor E continuar a viver
Como eu sou um girassol, você é meu sol (3x) Eu tento me erguer às próprias custas
E caio sempre nos seus braços Um pobre diabo é o que sou
Um girassol sem sol Um navio sem direção Apenas a lembrança do seu sermão
Morro de amor e vivo por aí Nenhum santo tem pena de mim
Sou agora um frágil cristal Um pobre diabo que não sabe esquecer
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Que não sabe esquecer
Como eu sou um girassol, você é meu sol
(Disponível em https://www.vagalume.com.br/ira/o-girassol.html Acesso de 02 abr. 2018)
05. No texto “O girassol”, o eu lírico revela: a) estar sofrendo por amor.
b) sua paixão por girassóis.
c) que traiu a pessoa amada.
d) que sua identidade é feminina.
06. Analise o seguinte trecho do texto: “Você é meu sol, um metro e sessenta e cinco de sol/ E quase o ano inteiro os dias foram noites/ Noites para mim.”. O que representam o “sol” e as “noites” nessa canção? Interprete e explique (o sentido desses termos no texto).
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10. Estudamos as características da narração de diálogos. Conheceu-se, portanto, os tipos de discurso nas narrativas. Sobre o discurso indireto, assinale a alternativa INCORRETA.
a) O narrador é o porta-voz das falas e dos pensamentos das personagens.
b) No discurso indireto, o narrador utiliza suas próprias palavras para reproduzir a fala de uma personagem.
c) No discurso indireto, as personagens são conhecidas por meio de seu próprio discurso, ou seja, mediante suas próprias palavras (reprodução da forma original do enunciado).
d) Normalmente, é escrito na terceira pessoa, com o uso de verbos de elocução (dicendi) e conjunções. Sobre o conto “O gato preto” lido em sala, responda às questões 11 a 13:
11. Descreva o personagem principal do conto.
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14. Leia o trecho que segue.
Prólogo
No princípio era o pântano, com valas de agrião e rãs coaxantes. Hoje é o parque do Anhangabaú, todo ele relvado, com ruas de asfalto (...) a Eva de Brecheret, a estátua dum adolescente nu que corre – e mais coisas. Autos voam pela vida central, e cruzam-se pedestres em todas as direções. Lindo parque, civilizadíssimo.
Atravessando-o certa tarde, vi formar-se ali um bolo de gente, rumo ao qual vinha vindo um polícia apressado. Fogocitose, pensei. A rua é a artéria; os passantes, o sangue. O desordeiro, o bêbado, o gatuno são os micróbios maléficos, perturbadores do ritmo circulatório. O soldado de polícia é o glóbulo branco – o fogócito de Metchenikoff. Está de ordinário parado no seu posto, circunvagando olhares atentos. Mal se congestiona o tráfego pela
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ação anti-social de desordeiro, o fagócito move-se, caminha, corre, cai afunda sobre o mau elemento e arrasta-o para o xadrez.
Foi assim naquele dia. (...)
Alguém perturbara a paz do jardim, e em redor disse rebelde logo se juntou a um grupo de glóbulos vermelhos, vulgo passantes. E lá se vinha o fagócito fardado reestabelecer a harmonia universal.
LOBATO, M. O fisco (conto de Natal). In: Negrinha. São Paulo: Globo, 2008, p. 63 e 64. (fragmento).
Conotativamente, o narrador estabelece um paralelo entre funções da célula denominada fagócito e funções do soldado, tendo em vista que é tarefa de um policial
a) deter pessoas que descumpram suas ordens, pois insubordinação constitui um desacato à autoridade. b) garantir que, principalmente à tarde, os frequentadores de parques circulem com certa tranquilidade.
c) controlar os transeuntes, evitando que, ao caminharem por artérias que se cruzam, atrapalhem o tráfego. d) manter a ordem pública, protegendo o organismo social contra elementos que lhe são nocivos. 15. Observe o trecho seguinte.
“Súbito, viu um homem de boné caminhando para o seu lado. Olhou-lhe para as botinas. Sujas. Viria engraxar, com certeza - e o coração bateu-lhe apressado, no tumulto delicioso da estreia. Encarou o homem já a cinco passos e sorriu com infinita ternura nos olhos, num agradecimento antecipado em que havia tesouro de gratidão.
Mas em vez de espichar o pé, o homem rosnou aquela terrível interpelação inicial. - Então, cachorrinho, que é da licença?”.
O trecho em destaque apresenta um episódio ocorrido em um parque. Quem são os personagens presentes nesse trecho do conto? Em termos sociais, o que o autor quis retratar com essa cena e com os acontecimentos que se seguem a ela? Explique.
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