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Parecer Consultoria Tributária Segmentos Devolução de Mercadoria à empresa com CNPJ Inativo por motivo de Incorporação

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Parecer Consultoria Tributária Segmentos

Devolução de Mercadoria à empresa com CNPJ Inativo por motivo

de Incorporação

(2)

Parecer Consultoria Tributária Segmentos

Título do documento

Sumário

1.

Questão ... 3

2.

Normas Apresentadas pelo Cliente ... 3

3.

Análise da Consultoria ... 3

3.1. Consulta a SEFAZ/SP ... 6

4.

Conclusão ... 7

5.

Informações Complementares ... 7

6.

Referências ... 7

7.

Histórico de Alterações ... 7

(3)

Parecer Consultoria Tributária Segmentos

Parecer Consultoria Tributária Segmentos - TRRT74 - Devolução

1. Questão

O cliente, empresa comercial varejista, estabelecida no Estado de São Paulo, adquiriu mercadorias de um fornecedor e por motivo

qualquer necessita devolve-la. Ocorre que no intervalo entre o recebimento da mercadoria e necessidade de devolução, seu

fornecedor sofre uma incorporação.

Questiona-se como proceder neste caso.

2. Normas Apresentadas pelo Cliente

Não foram apresentadas normas iniciais para análise.

3. Análise da Consultoria

Antes de qualquer avaliação sobre o tema, nos cabe apresentar a definição de incorporação. Para isto, nos valemos da informação

apresentada no site de RFB (Receita Federal do Brasil) disponível no canal Perguntas Frequentes no item Transformação,

Incorporação, Fusão e Cisão:

216 - O que vem a ser a incorporação de pessoa jurídica?

A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações (Lei das S.A. - Lei n º 6.404, de 1976, art. 227; Código Civil - Lei n º 10.406, de 2002, art. 1116).

Desaparecem as sociedades incorporadas, permanecendo, porém, com a sua natureza jurídica inalterada, a sociedade incorporadora.

Cientes de que as normas tributárias que regulamentam a emissão de documento fiscais são estaduais, buscamos orientações nas

disposições legais do Estado de São Paulo.

A Solução à Consulta Tributária 1195/2013 contextualiza a questão analisada e nos apresenta os procedimentos a serem adotados.

RESPOSTA À CONSULTA TRIBUTÁRIA 1195/2013, de 06 de Fevereiro de 2013.

ICMS - CISÃO - TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE DE ESTABELECIMENTO QUE PERMANECERÁ NO MESMO LOCAL, EM SUA INTEGRALIDADE, SEM INTERRUPÇÃO DAS ATIVIDADES.

I - Para a legislação do ICMS, não importa o modelo comercial adotado para a reestruturação da sociedade (cisão, fusão, incorporação, etc.), mas sim o que acontece de fato com o estabelecimento.

II - Não há incidência do imposto estadual quando o estabelecimento for transferido na sua integralidade (artigo 3º, inciso VI, da Lei Complementar 87/1996).

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Parecer Consultoria Tributária Segmentos

Título do documento

III - É vedada a emissão de Nota Fiscal relativamente às mercadorias em estoque, produtos acabados, materiais de uso e consumo e bens do ativo imobilizado (artigo 204 do RICMS/2000).

IV - As transações efetuadas anteriormente à transferência de propriedade do estabelecimento, que ainda não foram concluídas ou que terão efeitos após essa transferência (ex: importação, devolução de mercadorias, etc.), serão assumidas automaticamente pela nova empresa, sem a necessidade de qualquer procedimento específico.

V - A nova empresa terá direito ao saldo credor constante na escrituração do estabelecimento que sofreu alteração de titularidade

1. A Consulente, que de acordo com sua CNAE tem como atividade a “ fabricação de medicamentos para uso veterinário”, informa que a diretoria de sua empresa, que possui ainda mais 15 estabelecimentos, decidiu separar seu estabelecimento realizando o processo de cisão.

2. Esclarece que, para tanto, foi criada uma nova sociedade empresarial e que “as atividades dessa nova empresa continuarão sendo exercidas na mesma planta da Consulente”.

3. Explica, ainda, que o “endereço da nova sociedade não mudará, ou seja, permanecerá no mesmo local físico que a sociedade cindida” e que tem “dúvidas se para a transferência de titularidade dos estoques e ativos, haverá necessidade de emissão de nota fiscal”.

4. Cita e transcreve trechos da Resposta à Consulta 561/2001, que, em seu entendimento, traz manifestação no sentido de que “faz-se necessária a emissão de documento fiscal nos casos de cisão, mesmo não ocorrendo a movimentação física das mercadorias”, mas argumenta que essa resposta “se baseou num caso em que haveria uma cisão parcial; que parte do estabelecimento pertenceria a uma sociedade e a outra parte à outra”. 5. Reforça a alegação de que no seu caso “não haverá desmembramento interno, ou seja, todos os bens de ativo, estoques, materiais, mobiliários, e tudo o que mais estiver ligado ao estabelecimento da Consulente, será objeto dessa cisão” e, por essa razão, entende que “a emissão de notas fiscais nessa operação está em desacordo com o Artigo 204 do RICMS que dispõe sobre a vedação de emissão de documento fiscal, sem efetiva saída ou entrada de mercadoria”.

6. Explica, ainda, que esse estabelecimento é “centralizador do estado de São Paulo, na apuração do ICMS” e que será efetuada “a apuração dos valores de ICMS do estabelecimento” e, em caso de saldo a pagar, será efetuado o recolhimento dentro do prazo legal e, em caso de restar saldo credor, efetuará a transferência dele, “juntamente com todos os demais bens já citados para o estabelecimento novo”.

7. Esclarece, ainda, que tem dúvidas relacionadas com as notas de devolução de clientes que adquiriram os produtos do estabelecimento da Consulente, antes da referida cisão, e dúvidas relativas às importações efetuadas antes da cisão e que porventura sofreram atraso em sua liberação nos portos ou aeroportos.

8. Diante do exposto, indaga:

“1 - Na data da cisão (...) a Consulente precisará emitir notas fiscais de transferências de materiais de estoque, produtos acabados, materiais improdutivos de uso e consumo e bens que compõem seu ativo fixo, mesmo sabendo que permanecerão no mesmo local físico e que não haverá venda ou recebimento de valores nessa operação?

2 - Sendo positiva a resposta acima, a Consulente, solicita esclarecimentos como serão transferidos os estoques de matéria primas, produtos acabados, bens que compõe seu ativo fixo (CIAP) e materiais improdutivos de uso e consumo. Haverá destaque de ICMS nas operações?

3- Se houver saldo credor de ICMS no momento da cisão, poderá ser transferido através de conta gráfica no Registro de Apuração do ICMS?

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Parecer Consultoria Tributária Segmentos

Parecer Consultoria Tributária Segmentos - TRRT74 - Devolução

4- Como podemos transferir o saldo credor do controle de crédito do ICMS do ativo permanente (CIAP)?

5- A Consulente, poderá receber mercadoria como exemplo: devolução, importação e outras operações após a cisão em nome da empresa antiga? Como poderá recepcionar mercadorias nessas condições?”

9. Inicialmente, é importante registrar que, em regra, os negócios jurídicos que envolvem transformação na natureza e na forma de sociedades não estão diretamente afetos às questões tributárias pertinentes ao ICMS, pois cuidam de questões civis, ligadas ao patrimônio social e não à circulação de mercadorias. Isso não significa, contudo, que em todas as situações em que o patrimônio, integral ou parcialmente, passa de uma para outra empresa, nova ou preexistente, não haja situação que configure hipótese de incidência do ICMS.

10. Para a legislação do ICMS, não importa o modelo comercial adotado para a reestruturação da sociedade (cisão, fusão, incorporação, etc.), mas sim o que acontece de fato com o estabelecimento.

11. O artigo 3°, inciso VI, da Lei Complementar 87/1996, estabelece que não incide o ICMS sobre operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de propriedade de estabelecimentoindustrial, comercial ou de outra espécie.

11.1 Note-se que para que não incida o imposto o estabelecimento, como unidade autônoma que é, deve ser transferido na sua integralidade.

12. Conforme exposto na consulta, o estabelecimento em questão permanecerá em atividade no mesmo local, sendo transferido em sua totalidade para uma nova empresa, que passará a deter as suas respectivas titularidades, com todos os elementos que os integram, portanto, a situação fática objeto da presente Consulta está enquadrada no artigo 3º, inciso VI, da Lei Complementar 87/1996.

13. Assim, tendo em vista que no caso relatado não haverá a movimentação física de bens e mercadorias e, principalmente, que é vedada expressamente a emissão de documento fiscal que não corresponda a uma efetiva saída ou entrada de mercadoria (artigo 204 do RICMS/2000), não há que se falar em emissão de documento fiscal relativamente às mercadorias em estoque, produtos acabados, materiais de uso e consumo e bens do ativo imobilizado.

14. Registre-se, ainda, que quando o estabelecimento é transmitido na sua totalidade, sua individualidade permanece íntegra. Tanto que não haveria, em tese, a necessidade de se alterar a inscrição estadual dos estabelecimentos. A escrita contábil e fiscal do estabelecimento transferido poderia ser mantida integralmente sob a nova titularidade, podendo, ainda, se utilizar os mesmos livros e documentos, com as devidas adaptações (artigo 1º, III, “a”, da Portaria CAT 17/2006). Ressalte-se que, na prática, em virtude dos procedimentos decorrentes do cadastro sincronizado de contribuintes da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo e da Secretaria da Receita Federal, a serem realizados eletronicamente, quando se altera a inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda - CNPJ, também acaba sendo necessário alterar a Inscrição Estadual correspondente.

15. Nesse sentido, fica claro que a nova empresa, em relação ao estabelecimento que sofreu a alteração na titularidade, assumirá, de fato e de direito, todas as suas atividades, bens, direitos e obrigações.

15.1. Portanto, tendo em vista a continuidade dos negócios, as transações efetuadas anteriormente à reestruturação da sociedade, que ainda não foram concluídas ou que terão efeitos após a criação da nova empresa (ex: importação, devolução de mercadorias, etc.), serão assumidas automaticamente pela nova empresa, sem a necessidade de qualquer procedimento específico.

16. No mesmo sentido, se o estabelecimento transferido possui créditos em sua escrita fiscal, em concordância com as normas pertinentes ao crédito fiscal, esse deve permanecer vinculado ao próprio estabelecimento. Dessa maneira, a nova empresa terá direito aos créditos constantes na escrituração desse estabelecimento.

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Parecer Consultoria Tributária Segmentos

Título do documento

17. Contudo, para se resguardar de eventuais problemas, é importante que todos esses fatos estejam devidamente comprovados com documentos internos que oficializem a situação trazendo esclarecimentos acerca das ocorrências.

3.1. Consulta a SEFAZ/SP

Objetivando receber uma resposta enfática da SEFAZ do Estado de São Paulo, sobre qual pessoa jurídica devemos encaminhar a

nota fiscal de devolução de mercadoria, apresentamos por meio do canal Fale Conosco, disponível no site da SEFAZ de São Paulo,

a consulta abaixo descrita:

Protocolo de sua mensagem é 6548612

"O fornecedor AAA foi incorporado pela empresa BBB, a partir de então todas as obrigações do fornecedor AAA passaram a serem cumpridas pelo fornecedor BBB. Minha empresa necessita devolver a empresa AAA a mercadoria adquirida antes do processo de incorporação, agora que o processo já foi totalmente concluído.

Com o cenário acima exposto questiono: Tendo ciência desta incorporação devo devolver a mercadoria a incorporadora BBB, mesmo tendo adquirido a mercadoria da empresa AAA ou devo devolver a mercadoria com uma nota fiscal da empresa AAA cabendo a empresa BBB recepcionar este documento? "

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Parecer Consultoria Tributária Segmentos

Parecer Consultoria Tributária Segmentos - TRRT74 - Devolução

4. Conclusão

Pelo acima exposto, principalmente no item 15 da Solução de Consulta 1195/2013, entendemos que não cabe a pessoa jurídica

que retornara a mercadoria, responsabilidade de emissão de documento fiscal de devolução, em nome da nova pessoa jurídica que

se formou após a incorporação, esta opção se dára apenas em algumas situação, conforme consulta informal apresentada a

SEFAZ/SP.

Nossa recomendação é a devolução da mercadoria em favor da empresa que efetivamente efetuou a venda, sendo responsabilidade

da incorporadora recepcionar este documento, já que entre a incorporada e incorporadora há um contrato firmado que dá

sustentação a este procedimento.

Entendemos ser responsabilidade da incorporadora recepcionar, pela nova empresa, as transações que ainda não foram concluídas

ou que sofreram efeitos após a incorporação e que tem seus documentos fiscais emitidos em nome da empresa incorporada.

5. Informações Complementares

Esclarecemos que a informação passada neste parecer, com relação a emissão do documento, se trata do entendimento desta

consultoria para a questão. Recomendamos ao Contribuinte elaboração e envio de consulta formal à Administração Fazendária de

sua região como resposta formal do procedimento a ser adotado se houve necessidade de alteração do sistema.

6. Referências

http://info.fazenda.sp.gov.br/NXT/gateway.dll/Respostas_CT/icms/RC1195_2013.htm

http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/perguntasFrequentes.aspx?tipoConteudo=E4+tmY+ODf4=

https://www.fazenda.sp.gov.br/email/obrigado_sefaz.asp?id=6548612

http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/dipj/2005/pergresp2005/pr212a231.htm

7. Histórico de Alterações

ID

Data

Versão

Descrição

Chamado

LSB

13/03/2015

1.00

Devolução de Mercadoria à empresa com CNPJ Inativo por motivo de

Incorporação

TRRT74

LSB

20/03/2015

2.00

Devolução de Mercadoria à empresa com CNPJ Inativo por motivo de

Incorporação – Resposta da SEFAZ/SP

Referências

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