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RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA - RA Nº 00034/2019. Técnico Administrativa

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RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA - RA Nº 00034/2019

Técnico Administrativa

PROCESSO N.º : 18222/17

INTERESSADO : Juliano Fabricio Radkiewicz Gonzaga

ASSUNTO : Reclamação contra de recontagem de tempo de serviço

para licença prêmio.

EMENTA. RECLAMAÇÃO. TEMPESTIVIDADE. AUSÊNCIA DE FATOS OU ARGUMENTOS NOVOS. MANUTENÇÃO DO ATO RECLAMADO.

Ausência de fato ou argumento novo capaz de modificar os fundamentos do indeferimento da recontagem de tempo de serviço para efeito de licença prêmio.

RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA RA Nº

Tratam os autos de reclamação interposta pelo senhor JULIANO

FABRICIO RADKIEWICZ GONZAGA, em busca da reforma do Despacho

Presidencial nº 5235/2017, que resolveu revogar o Despacho nº 5194/2016, de 30/08/2016; o Despacho nº 5579/2016; e ratificar o Despacho nº 1463/2015, mantendo a data da concessão do 1º primeiro quinquênio de licença-prêmio na data de 16/02/2015.

I – DA ADMISSIBILIDADE DA RECLAMAÇÃO

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Se constata nos autos do processo nº 02302/15 que o servidor tomou conhecimento do Despacho nº 5235/2017 em 30.10.2017, dentro, portanto, dos 15 (quinze) dias legalmente estabelecidos para essa espécie recursal.

Após análise do requisito temporal, esta Presidência decide, preliminarmente, pela admissibilidade da Reclamação, com base no que dispõe o art. 43 da Lei nº 15.958/07 – LOTCM.

II – DOS MOTIVOS DO INDEFERIMENTO DO PEDIDO

A Presidência deste Tribunal ao emitir o Despacho n. 5235/2017, que indeferiu a pretensão do servidor, adotou os entendimentos expostos no Parecer ADSET n. 029/2017, da Advocacia Setorial.

O citado parecer foi pela retificação do Despacho nº 5194/16, com base no dever-poder de autotutela, em razão do equívoco na apuração do quinquênio que redundou no reconhecimento do direito à licença-prêmio, porquanto não há direito à contagem do tempo de serviço anterior prestado a municipalidade.

Dessa forma, quando a errada apuração do quinquênio redundou no reconhecimento do direito à licença-prêmio ainda não gozada ou indenizada, embora presentes igualmente o equívoco da Administração Pública e a boa-fé do servidor, o ato correlato não implica efeitos imediatos, de forma que se permite a sua retificação, desde que não ultrapassado o prazo decadencial de 5 (cinco) anos para o exercício do poder de autotutela do Poder Público.

III – DAS RAZÕES APRESENTADAS NA RECLAMAÇÃO

Objetivando reformar o Despacho nº 5235/2017, da Presidência deste Tribunal, o interessado impetrou Reclamação, apresentando as razões de fls. 01/15.

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1. a manutenção do indeferimento do seu pedido afronta o princípio da isonomia, dado que em outros processos administrativos da mesma natureza teriam sido deferidos os pedidos dos solicitantes, dos quais se destacam os Processos nº 01209/2014; nº 08125/2011; nº 09636/2011; nº 09733/2012; nº 23.654/2012; e nº 15164/2013.

2. o ato atacado não observou o princípio da legalidade, porquanto pela literalidade do disposto no artigo 243 da Lei 10.460/1988, o termo “Estado” deveria ser aplicado em “sua acepção ampla, abarcada a Administração Pública subjetivamente (compreendendo órgãos governamentais e os órgãos administrativos) e objetivamente (compreendendo função política e a função administrativa) considerada”.

3. no caso, os requisitos restritivos constantes do artigo 31 da Lei 16.894/2010 são inaplicáveis, sob pena de violação a direito adquirido, devendo ser utilizado o diálogo das fontes, de forma a considerar o tempo de efetivo exercício prestado à Prefeitura de Goiânia como apto a preencher os critérios prenunciados na Lei 10.460/1988.

4. Após narrar o teor dos processos administrativos citados acima, em que este Tribunal teria concedido o benefício a servidores em condições análogas ao do presente caso, o reclamante afirma que o suposto tratamento diferenciado ofende os princípios da isonomia, legalidade, segurança jurídica e a regra intertemporal do direito adquirido.

Ao final, pugna pela declaração de nulidade do Despacho Presidencial atacado, para fins de rever o entendimento que, no seu sentir, é equivocado, para acolher a pretensão do reclamante em reconhecer a averbação do tempo de serviço prestado à Prefeitura de Goiânia, para fins de licença-prêmio. Ainda, roga pela concessão de licença-prêmio referente ao 1º (primeiro) e 2º (segundo) quinquênios, para gozo em época oportuna, assim como a conversão em pecúnia, nos termos do

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§ 2º do artigo 31, da Lei 16.894/2010, correspondente a 1/3 de cada período, a ser paga quando do tempo de fruição.

IV – DA ANÁLISE DA ADVOCACIA SETORIAL

A Advocacia Setorial, via Parecer ADSET nº 031/18, apontou que, em que pesem os argumentos lançados pelo reclamante, não há nenhum argumento novo que justifique a mudança do entendimento jurídico lançado pela Advocacia Setorial, no Parecer ADSET nº 029/2017, fundamentado na linha de orientação pelo Estado de Goiás, consoante exposto no Despacho “AG” nº 003811/2017 (processo nº 201700048000044), que acolheu o Parecer ADSET nº 005/2017 da Setorial.

Acrescenta que “no que tange à alegada quebra de isonomia consubstanciada no reconhecimento do direito de servidor em semelhante contexto fático, razão não assiste ao reclamante, visto que todos os benefícios concedidos em desconformidade com a orientação entabulada nos mencionados documentos jurídicos estão sendo revistos.”

Por fim, manifesta pelo recebimento da reclamação, porquanto tempestiva, pela preservação do ato administrativo reclamado (Despacho nº

5235/2017, da e. Presidência do TCMGO), bem como pelo encaminhamento dos

autos para conhecimento e julgamento pelo Tribunal Pleno.

V – DO VOTO DO RELATOR

O reconhecimento de tempo de serviço anterior ao ingresso nos Quadros Permanentes do TCM-GO, para fins de licença-prêmio, foi objeto de consulta à Procuradoria-Geral do Estado, problematizando a matéria em requerimentos de servidores amparados no aparente conflito existente entre a regra do artigo 243 da Lei nº 10.460/1988 e o artigo 31 da Lei nº 16.894/2010, cuja resposta foi emitida por intermédio do Parecer ADSET nº 5/2017, no bojo do processo nº 11928/17.

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No mencionado parecer, firmou-se o entendimento de que o tempo de efetivo exercício a outro ente federativo não pode ser computado na apuração de quinquênio de licença-prêmio, porquanto o termo “Estado” presente no caput do artigo 243, da Lei 10.460/1988 se limita aos vínculos com o Estado de Goiás, não possuindo a amplitude até então empregada.

A situação do servidor em epígrafe se enquadra no item I, alínea “a” e “b”, constantes do parágrafo 58 do já citado parecer:

“I - Considerando a data da entrada em vigor do PCCR, em 1º de fevereiro de 2010, pode ser concedida licença-prêmio aos nomeados em data posterior, com base apenas no tempo de serviço prestado ao Estado, em sentido amplo, ou somar esse tempo de serviço àquele prestado efetivamente ao TCM-GO? Resposta: (I.1) O conceito de Estado não é amplo como sugerido neste quesito. Para efeito de concessão de licença-prêmio, é restrito ao vínculo dos servidores públicos com o Estado de Goiás, não abrangendo o vínculo celetista ou outros vínculos estatutários com entes federativos diversos; (I.2) A licença-prêmio só poderá ser concedida em data posterior ao regime da Lei nº 16.894/2010, no caso de o servidor ter completado o quinquênio e adquirido o direito à licença-prêmio integralmente no período anterior, em que estava vinculado exclusivamente ao regime da Lei nº 10.460/1988; ou, no período posterior, considerado apenas o tempo de serviço prestado ao TCM-GO, enquanto vigente o regime da lei nova; e (I.3) Não é possível somar o tempo de serviço anterior àquele prestado ao TCM-GO para fins de concessão de licença-prêmio.

a) Um servidor que contava com 8 (oito) anos de serviço prestado ao Estado (União), antes da sua nomeação no TCM-GO, onde está em efetivo exercício há 3 (três) anos, pode ter concedidas 2 (duas) licenças-prêmio? Em caso positivo, aplica-se a previsão de conversão de 1/3 (um terço) em pecúnia, como previsto no artigo 31, § 2º, da Lei 16.894/2010? Resposta: O servidor teria direito a apenas uma licença-prêmio, caso o vínculo anterior fosse com o Estado de Goiás. Neste caso, como o direito a essa licença teria sido incorporado ao patrimônio do servidor estadual integralmente sob o regime antigo, não haveria

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para atender os requerimentos de servidores do TCM-GO cujas licenças tenham sido calculadas em períodos aquisitivos apurados integralmente após a vigência do artigo 31, § 2º, da Lei 16.894/2010. No caso da pergunta, voltando-se a servidores públicos federais, cujo regime estatutário nem sequer prevê o benefício da licença-prêmio ou assiduidade, não há como cogitar em direito adquirido ou mesmo expectativa de direito. Logo, a resposta à pergunta só pode ser negativa.

b) Um servidor nomeado antes da entrada em vigor do PCCR, que conte com 3 (três) anos de serviços prestados a algum município pode somar esse período a outro de 2 (dois) anos prestados ao TCM-GO? Em caso positivo, aplica-se a previsão inserta no artigo 31, § 2º, da Lei nº 16.894/2010? Resposta: Não.

Segundo a PGE-GO, no Despacho “AG” nº 000596/2013, o ato administrativo exaurido e praticado como resultado do erro de interpretação da Administração Pública presume a boa-fé do servidor público e não permite que se dê vez ao retorno à situação anterior, “... não cabendo sequer correspondente

reparação financeira ao Erário”.

No entanto, quando a errada apuração do quinquênio redundou no reconhecimento do direito à licença-prêmio ainda não gozada ou indenizada, embora presentes igualmente o equívoco da Administração Pública e a boa-fé do servidor, o ato correlato não implica efeitos imediatos, de forma que se permite a sua retificação, desde que não ultrapassado o prazo decadencial de 5 (cinco) anos

para o exercício do poder de autotutela do Poder Público.

Assim, em face de tudo que foi acima exposto, e com base no Parecer ADSET nº 031/2018 da Advocacia Setorial, este Relator apresenta seu voto no sentido de conhecer da Reclamação e, no mérito, negar-lhe provimento.

Isto posto,

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O TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS, pelos membros integrantes de seu Colegiado, acolhendo a manifestação do Relator, conhecer da Reclamação e, no mérito, NEGAR-LHE PROVIMENTO, mantendo o Despacho nº 5235/2017, de 26.10.2017, da Presidência deste Tribunal, que que resolveu revogar o Despacho nº 5194/2016, de 30/08/2016; o Despacho nº 5579/2016; e ratificar o Despacho nº 1463/2015, mantendo a data da concessão do 1º primeiro quinquênio de licença-prêmio na data de 16/02/2015.

À Superintendência de Secretaria, para as providências.

TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DE GOIÁS,

20 de março de 2019.

Presidente: Daniel Augusto Goulart Relator: Joaquim Alves de Castro Neto.

Presentes os conselheiros: Cons. Daniel Augusto Goulart, Cons.

Francisco José Ramos, Cons. Joaquim Alves de Castro Neto, Cons. Maria Teresa Garrido Santos, Cons. Nilo Sérgio de Resende Neto, Cons. Sérgio Antônio Cardoso de Queiroz, Cons. Valcenôr Braz de Queiroz, Cons. Sub. Flavio Monteiro de Andrada Luna, Cons. Sub. Maurício Oliveira Azevedo, Cons. Sub. Vasco Cícero Azevedo Jambo e o representante do Ministério Público de Contas, Procurador Henrique Pandim Barbosa Machado.

Votação:

Votaram (ou) com o Cons. Joaquim Alves de Castro Neto: Cons. Daniel Augusto Goulart, Cons. Francisco José Ramos, Cons. Maria Teresa Garrido Santos, Cons. Nilo Sérgio de Resende Neto, Cons. Sérgio Antônio Cardoso de Queiroz, Cons. Valcenôr Braz de Queiroz.

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