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XX Congreso Latinoamericano y XVI Congreso Peruano de la Ciencia del Suelo

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Academic year: 2021

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XX Congreso Latinoamericano y XVI Congreso Peruano de la

Ciencia del Suelo

“EDUCAR para PRESERVAR el suelo y conservar la vida en La Tierra”

Cusco – Perú, del 9 al 15 de Noviembre del 2014

Centro de Convenciones de la Municipalidad del Cusco

RESUMO ESTENDIDO

PROJETO SOLO NA ESCOLA: EXPERIMENTOS DIDÁTICOS E

LÚDICOS – GRUPO DE EDUCAÇÃO EM SOLOS – GEOGRAFIA-

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO-BRASIL.

Cerminaro, A.C.¹, Manganotre, B.M². Oliveira, D. de³

¹Estudante de Pós Graduação, Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências

Humanas- Departamento de Geografia.

²Estudante de Graduação – Bacharelado e Licenciatura em Geografia, Universidade de São Paulo, Faculdade de

Filosofia, Letras e Ciências Humanas- Departamento de Geografia ³Professora Doutora, Universidade de São Paulo, aculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas- Departamento de Geografia * claracerminaro@usp.br +55 11 30918577 055800-000 São Paulo-Brasil RESUMO

O presente trabalho tem como intuito destacar a necessidade de que as atividades de educação em solos ultrapassem as barreiras formais do ensino teórico e se utilizem de ferramentas lúdicas diversas. São apresentados três experimentos que possibilitam a dicussão do solo enquanto corpo dinâmico inserido no meio, sua correlação com outros fatores físicos do ambiente e a intrínseca dependencia da vida humana deste importante recurso natural.

A seleção dos experimentos e execução foram realizadas pelo Grupo de Educação em Solos- Geografia, Universidade de São Paulo- USP, que desde 2009 realiza pesquisas teóricas e em 2014 inaugurou um espaço de aprendizagem interariva no

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Parque de Ciência e Tecnologia-Parque CienTec da USP, na cidade de São Paulo-SP-Brasil. Pretendemos auxiliar na popularização e divulgação do conhecimento da ciência do solo, utilizando atividades propositivas e experimentos didáticos de baixo custo e fácil execução visando contribuir no processo de construção da educação em solos

PALAVRAS CHAVE:

Experimentos; educação em solos; extensão acadêmica.

INTRODUÇÃO

O estudo de solos como recurso natural dinâmico, componente fundamental do ecossistema terrestre é frequentemente nulo nos ensinos fundamental e médio no sistema educacional brasileiro. O estudo científico do solo, a aquisição e disseminação de informações sobre o papel deste e sua importância na vida do homem são condições primordiais para sua proteção e conservação, e deve ser pensado a partir de uma postura responsável e propositiva no sentido de esclarecer e transmitir os aspectos da sua relevância para a sociedade em que vivemos.

A discussão sobre a produção e o uso de materiais e recursos didáticos na educação em solos é fundamental para o exercício de questionamento e aperfeiçoamento das práticas pedagógicas de ensino e aprendizagem do tema, tão relevante para vida humana e muitas vezes, ignorado. Ressalta-se aqui, portanto, o caráter deficitário do ensino de solo nos currículos da escola de educação básica brasileira.

A partir de tal panorama e tendo como perspectiva transmitir um conhecimento mais profundo sobre os solos, de forma didática e lúdica, constitui-se o Grupo de Educação em Solos, Geografia, da Universidade de São Paulo-USP, Brasil, com o objetivo de realizar pesquisas e produzir materiais e experimentos que possam ser utilizados como suporte a divulgação da educação em solos.

Desde a sua formação, em 2009, o grupo já desenvolveu alguns projetos de produção de material didático, como por exemplo, um livro paradidático, intitulado João Torrão: um pedacinho de solo-, destinado às crianças do Ensino Fundamental I, com uma história que conta com o auxílio de jogos interativos e exercícios para a realização de experimentos. Os jogos e experiências funcionam como um exercício de fixação do conteúdo, e transformam a aprendizagem mais prazerosa.

Foram selecionados para discussão neste trabalho, dois experimentos construídos e utilizados no espaço Solo na Escola no Parque de Ciência e Tecnologia da USP- São Paulo, Brasil. O Parque CienTec é um órgão vinculado à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da Universidade de São Paulo, e é uma instituição que oferece entretenimento educativo e de qualidade para crianças, jovens a adultos por meio de experiências didáticas, como passeios, demonstrações e

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experimentos. Dessa forma, a ciência o ensino e a tecnologia ficam muito mais próximas do visitante facilitando o processo de aprendizagem.

Neste trabalho recorreremos portanto, à uma explicação sobre a potencialidade de dois experimentos lúdicos no que concerne ao seu poder elucidativo e explicativo de conteúdos teóricos e formais. São elas: (1) Infiltração e retenção da água no solo, (2) Erosão Hídrica, (3) Salinidade do solo.

MATERIAIS E MÉTODOS

Num primeiro momento trabalhamos com uma pesquisa bibliográfica e realizamos levantamentos sobre o material didático e paradidático existente no sistema educacional brasileiro. Foi necessário afinal, perceber a defasagem, em um contexto geral da educação brasileira, tanto de conteúdos teóricos quanto de possibilidades práticas de execução e apreensão destes.

Uma das principais conclusões desta pesquisa bibliográfica inicial, foi a ausência de atividades lúdicas para assimilação dos conteúdos, muitas vezes complexos e interdisciplinares, bem como de materiais de apoio e formação continuada para os professores. Deste modo justifica-se a elaboração do livro paradidático já citado e a associação deste com experimentos, que permitissem facilitar o processo de aprendizagem dos conteúdos discutidos.

Para a concepção dos experimentos, foram princípios norteadores a possibilidade de construção com materiais de baixo custo e fácil acesso, que pudessem ser reproduzidos em diferentes contextos educacionais. Aliado ao baixo custo operacional, a função pedagógica quando se trabalha com experimentos lúdicos consiste em simular um processo ou dinâmica, em nosso caso específico sobre o solo, de difícil compreensão na realidade. O objetivo é sempre simplificar algum conhecimento abstrato por natureza, principalmente nas ciências ambientais, onde a escala de observação e entendimento muitas vezes supera a cronologia do tempo humano.

Neste sentido, a seleção e execução dos três experimentos visa também promover um exercício de reconhecimento das crianças em idade escolar para com as suas próprias práticas cotidianas, se tornando capazes de relacionar sua vivência interdependente do solo, enquanto recurso essencial às nossas vidas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

São apresentados como resultados o passo a passo de elaboração dos experimentos, bem como o desenho explicativo de cada um deles que compõe o livro paradidático “João Torrão: um pedacinho de solo”. Ainda, uma breve discussão dos conhecimentos que permitem serem assimilados sobre o solo enquanto corpo inserido no meio natural e o uso e exploração humana sobre ele.

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Na experiência sobre infiltração de água no solo, propomos que a tarefa seja efetuada apenas com a utilização de garrafas pets, filtros de papel, e diferentes amostras do solo (Imagem 1). Três garrafas são cortadas e montadas a fim de funcionarem como funis, os filtros de papel são encaixados em cada funil, e dentro de cada um deles é colocada uma amostra diferente de solo: areia, argila e terra de jardim. Após esta montagem, devemos jogar água nestas amostrar e observar os resultados. Será possível perceber, por exemplo, qual a diferença entre os componentes do solo, qual a quantidade de água que é retida e que passa por cada amostra, quais as consequências disso para um solo destinado à agricultura.

A experiência sobre erosão hídrica também pode ser realizada apenas com garrafas pets e amostras de solo. Novamente, três garrafas devem ser cortadas de forma a simularem uma bandeja cada uma delas deve ser preenchida, respectivamente com uma amostra de solo contendo grama (vegetação rasteira), outra com “terra de jardim”, com folhas e restos vegetais e a última apenas com o solo exposto (Figura 2). Neste exercício, o também despejamos água em cada uma das bandejas e observamos qual a quantidade e a qualidade da água que escorre para o recipiente captador. O objetivo é de que esta experiência desperte a compreensão da importância da cobertura vegetal na proteção do solo e na retenção da água.

Finalmente, a experiência sobre salinidade do solo consiste no cultivo de três mudas de feijão. Novamente, apenas copos plásticos serão utilizados como vasos após serem realizados pequenos furos na parte inferior. Em cada um dos três copos serão plantados grãos de feijão e após brotados, serão regados distintamente e respectivamente cada um “com água”, “com água e sal”, e “sem água” (Figura 3). O intuito da experiência é demonstrar as consequências do solo salinizado sob a vegetação e como o tipo de solo de uma região influência diretamente a agricultura e a sociedade.

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Figura 2: Desenho produzido para o livro paradidático sobre a experiência de erosão hídrica.

As experiências possibilitam a compreensão de conteúdos que constroem a educação em solo. Esta dimensão de contato entre o conteúdo teórico e o prático possibilita que as crianças entendam a importância do solo em nossas vidas e que o percebam enquanto organismo vivo, participante do meio ambiente.

CONCLUSÕES

Quando trabalhado na educação por meio das experiências práticas, qualquer conteúdo é mais facilmente absorvido. O interesse é despertado através da criação desta possibilidade de interação com o que era antes, apenas uma abstração teórica. Quando tratado de forma abstrata em sala de aula, o conteúdo de solos mantém-se distante do cotidiano dos alunos, ainda mais se tratando de alunos que vivem em grandes centros urbanos, marcados por este acentuado distanciamento do homem com a natureza.

A prática dos experimentos possibilita o entendimento do solo não somente por meio das suas características físicas e químicas, mas também pelo conjunto de organismos vivos nele inseridos, os quais desempenham as mais variadas funções. Um entendimento de que o solo deva ser visualizado como um conteúdo interativo, em que o próprio homem e, portanto, a criança está envolvida.

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As experiências tornam possível o exercício da indagação, da participação, da investigação experimental e da vivência empírica, do aprendizado do conteúdo técnico de forma acessível.

Referências Bibliográficas

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros

curriculares nacionais: ciências naturais. Brasília: MEC/SEF, 1997. 136p.

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OLIVEIRA, D. de. O solo sob nossos pés. 1. ed. São Paulo: Atual, 2010. V. 1. 63p.

LAVELLE, P.; BIGNELL, D.; LEPAGE, M.; WOLTERS, V.; ROGER, P.; INESON, P.; HEAL, OW.; LIMA, V.C.; LIMA, M.R.; SIRTOLI, A.E.; SOUZA, L.C.P.; MELO, V.F. Projeto Solo na

Escola: o solo como elemento integrador do ambiente no ensino fundamental e médio. Expressa Extensão, Pelotas, v. 7, n. especial, agosto 2002, CD-Rom.

MUGGLER, C. C. et al. Solos e Educação Ambiental: Experiência com alunos do Ensino

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Referências

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