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Coleta de Dados: instrumentos e técnicas para coleta de informações em investigações científicas. Profª Drª Cristina Lavoyer Escudeiro

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(1)

Coleta de Dados:

instrumentos e técnicas

para coleta de informações

em investigações

científicas

(2)

Coleta de Dados

A coleta de dados é uma etapa

necessária ao desenvolvimento da

pesquisa, que objetiva reunir os

dados pertinentes ao problema a

ser investigado.

Esta etapa se dá após elaboração,

discussão e, em alguns casos,

(3)

As pesquisas qualitativas são caracteristicamente

MULTIMETODOLÓGICAS, isto é, usam uma grande variedade de

procedimentos e instrumentos de coleta de dados.

Os mais utilizados são: observação;

entrevista;

(4)

A coleta e o registro dos dados

relativos ao assunto tratado é a

fase decisiva da pesquisa

científica, a ser desenvolvida com o

máximo de rigor e empenho do

pesquisador.

O pesquisador poderá utilizar uma

técnica de coleta ou uma

integração entre dois ou mais

recursos, dependerá do objeto de

pesquisa.

(5)

Técnicas de coleta de dados

pesquisa bibliográfica pesquisa experimental pesquisa documental estudo de caso observação entrevista questionário e formulário relatórios

(6)

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

É desenvolvida a partir de material já

elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos (GIL, 1995).

É de grande valia e eficácia ao pesquisador porque ela permite obter conhecimentos já catalogados em bibliotecas, editoras,

internet, videotecas e etc (BARROS, 2001).

Objetiva: colocar o pesquisador em contato

com o que já se produziu e registrou a respeito do seu tema de pesquisa.

(7)

Passos:

identificação e localização das fontes:

análise bibliográfica

- organização dos catálogos (assunto, títulos, autor)

- índices de periódicos nacionais e internacionais

- abstracts/resumos encontrados em

periódicos, revistas científicas e anais de congresso

- banco de dados

- sistematização: fonte; período; foco; palavras-chave

(8)

registro dos dados coletados:

- deve obedecer a uma estratégia de

procedimentos a fim de que sejam selecionados os dados realmente significativos.

- Atenção aos pontos: centralização no problema

levantado; classificação preliminar dos dados com relação ao plano de assunto da pesquisa; tomar

notas só depois de ter lido criticamente todo o texto.

- Registro em fichas/disquetes: elaboração de um “banco de dados” para auxiliar a pesquisa;

registrar qualquer idéia crítica que surge durante a leitura.

(9)

- Estrutura básica do registro:

- cabeçalho bem definido (ajuda na localização do conteúdo dentro de um sistema de classificação); - referência bibliográfica, citando com precisão a

fonte da informação (ABNT);

- resumos do pensamento original do autor - comentários pessoais do texto analisado

- Tipos de registro com base na bibliografia: de toda a obra; parte de uma obra; citação formal/literal (entre aspas e pág.); bibliografia consultada.

ATENÇÃO: não esquecer de citar as fontes (autores) na redação do relatório de pesquisa.

(10)

PESQUISA EXPERIMENTAL

Busca relações entre fatos sociais ou fenômenos físicos a partir da identificação e manipulação das variáveis que determinam a relação causa-efeito (estímulo-resposta) proposta na hipótese de trabalho.

(11)

Exige:

hipótese(s); variáveis; controle; manipulação; amostra; grupo experimental; grupo de controle; métodos estatísticos

variável independente: fator causal; é aquela

que o pesquisador toma como básica e procura verificar seu efeito;

variável dependente: efeito; ocorre em

função da variável independente, o que exige um controle rigoroso dos instrumentos de mensuração e da manipulação dos dados obtidos;

variável interveniente: fator que origina

(12)

Tipos de Desenho:

experimental: sujeitos do estudo distribuídos aleatoriamente por grupos.

quase-experimental: os sujeitos do estudo NÃO podem ser distribuídos aleatoriamente por grupos.

(13)

PESQUISA DOCUMENTAL

É realizada a partir de documentos,

contemporâneos ou retrospectivos,

considerados autênticos. Muito

utilizada nas ciências sociais, na

investigação histórica, a fim de

descrever/comparar fatos sociais,

estabelecendo suas características ou

tendências.

(14)

Fontes:

primárias (os documentos

propriamente ditos). Ex.: biografias,

atas, livros de registros, fotos,

depoimentos orais e escritos etc.

secundárias: dados estatísticos;

literatura crítica acerca de determinado

autor/pensamento.

(15)

Documentos:

é

toda

base

de

conhecimento fixado materialmente e

suscetível de ser utilizado para

consulta, estudo ou prova. Ex.: livros;

leis e regulamentos; normas; pareceres;

cartas;

diários

pessoais;

jornais;

revistas;

discursos;

roteiros

de

programas de rádio e televisão;

estatísticas; atas; arquivos pessoais,

escolares, institucionais

.

(16)

Análise: análise de conteúdo;

análise de estrutura lógica de

expressões e elocuções; análise

temática; detectar padrões (ex.:

aspectos políticos, psicológicos,

literários, filosóficos, éticos etc),

temas e categorias.

(17)

ESTUDO DE CASO

Considerado como um tipo de

análise qualitativa, o estudo de

caso pode complementar a coleta

de dados em trabalhos acadêmicos,

ou constituir, em si, um trabalho

(18)

É uma abordagem que leva em

consideração qualquer unidade social como um todo. Normalmente inclui o

desenvolvimento dessa unidade, que pode ser uma pessoa, uma família ou grupo

social, um conjunto de relações ou processos (como por exemplo, crises

familiares, ajustamento à doença, formação de amizade, invasão étnica de uma

vizinhança, violência na Rocinha etc) ou mesmo toda uma cultura.

(19)

Estudo em profundidade, o contexto é fundamental.

Instrumentos:

- diário de pesquisa: registro cotidiano dos acontecimentos observados: manifestações de comportamento; mudanças decorrentes de

medicamentos ministrados; conversas; atividades desenvolvidas; rotinas diárias em instituições,

escolas etc.

- história de vida: do indivíduo, do grupo ou de um dado processo social: documentos íntimos, conversas ou entrevistas; atestados médicos; depoimentos de pessoas ligadas ao pesquisado;

documentos oficiais; se institucionais: recorrer aos registros institucionais (atas, regimentos, folders, jornais de circulação interna, etc.)

(20)

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Os relatos de experiências vividas

pelo pesquisador muitas vezes

significa o único recurso para a

coleta de dados, principalmente nas

áreas onde o saber científico está

(21)

Sob uma visão contemporânea, entende-se que os relatos cumprem funções específicas, com o objetivo de transferir um segmento da realidade para um contexto de interpretação científica, com os seus dados sendo considerados como pontos de partida para o próprio conhecimento de dada realidade, a partir de seu processo.

Passa-se da “aparência” à “essência” da situação; permite interpretar a situação real com base no conhecimento científico.

(22)

OBSERVAÇÃO

Observar é ... Envolve ...

Validade como investigação científica? - controle

- sistematização - planejamento

(23)

Objetiva:

captar comportamentos, atitudes,

reações; comunicação não-verbal;

contato pessoal e estreito do

pesquisador com o fenômeno

estudado; verificação da ocorrência

de um fenômeno; proximidade com

a perspectiva do sujeito; descoberta

de aspectos novos de uma

(24)

Estruturada (ou Sistemáticas):

- os comportamentos e forma de registro são preestabelecidos, visando identificar categorias de observação relevantes; práticas; quantificar: presença ou ausência do comportamento;

freqüência; grau de um determinado comportamento.

Ex. O professor:

Dirige-se à turma como um todo IIII Trabalha com pequenos grupos III Trabalha individualmente com o aluno IIII Não está envolvido em qualquer interação II

(25)

Não estruturada

(assistemáticas,

antropológicas, livres):

Observação Participante: o observador se

torna parte da situação observada

habilidades: ser capaz de estabelecer uma relação de confiança com os sujeitos; ter sensibilidade; ser bom ouvinte; ter

familiaridade com as questões observadas; não ter pressa de identificar padrões ou atribuir

significados aos fenômenos observados; ter flexibilidade para se adaptar a situações

(26)

Aspectos da observação a serem

contemplados no projeto:

nível de participação do observador no contexto estudado;

grau de conhecimento dos participantes sobre os objetivos do estudo;

contexto da observação;

duração provável e distribuição do tempo; forma de registro dos dados (diário de

campo, gravações em áudio ou vídeo, formulários etc)

(27)

Conteúdo das observações:

descritiva: descrição dos sujeitos;

reconstrução de diálogos; descrição de

locais, eventos especiais, das atividades e dos comportamentos do observador .

reflexiva: observações pessoais do

pesquisador feitas durante a fase de coleta: suas especulações, sentimentos, problemas, idéias, impressões, pré-concepções,

(28)

ENTREVISTA

Objetiva:

tratar de temas complexos; interagir com o sujeito; o investigador está interessado em compreender o significado atribuído pelos sujeitos a eventos, situações, processos ou personagens que fazem parte de sua vida cotidiana e; numa compreensão

detalhada das crenças, atitudes, valores e

motivações, em relação aos comportamentos das pessoas em contextos sociais específicos.

Registro:

gravação em fita K7; filmagem;

(29)

Classificação das entrevistas

Individuais:

Estruturada: quando o entrevistador segue um roteiro de perguntas feitas a todos os sujeitos de maneira idêntica e na mesma ordem visa a obtenção de resultados uniformes permitindo comparações

Não-estruturada: (livre-narrativa) é solicitado ao entrevistado a falar livremente a respeito do tema pesquisado

Semi-estruturada: é organizado um conjunto (roteiro) de questões sobre o tema estudado, mas permite, e às vezes até incentiva, que o entrevistado fale livremente sobre assuntos que vão surgindo como desdobramento do tema principal.

(30)

Grupos

:

Grupos: pequenos grupos de entrevistados respondem simultaneamente as questões, de maneira informal.

Grupo Focal: o entrevistador (moderador) é o catalisador da interação social (comunicação) entre os participantes. Objetiva: estimular os participantes a falar e reagir àquilo que outras pessoas no grupo dizem; os sentidos ou as representações que emergem são mais influenciados pela natureza social da interação do grupo em vez de se fundamentarem na perspectiva individual, como no caso da entrevista em profundidade.

(31)

O debate/discussão é uma troca de

pontos de vista, idéias e experiências,

embora expressas emocionalmente e

sem lógica, mas sem privilegiar

indivíduos particulares ou posições.

Implica em planejamento e

organização.

(32)

QUESTIONÁRIO

instrumento com questões fechadas (e/ou abertas) que são preenchidas pelos informantes (sujeitos) sem a presença do pesquisador.

Cuidados: limitar em extensão e finalidade; na elaboração determinar quais as questões mais relevantes a serem propostas (de acordo com objetivos/hipóteses); pode ser enviado pelo correio (indispensável uma carta de

apresentação contendo a finalidade do estudo, como preencher, se há ou não necessidade de identificação pessoal, como devolver o

(33)

FORMULÁRIO:

conjunto de questões que são

perguntadas e anotadas pelo

entrevistador, numa situação

face a face com o entrevistado.

(34)

Atenção!

Tanto o questionário quanto o formulário por se constituírem de perguntas

fechadas, padronizadas, são instrumentos de pesquisa mais adequados à

quantificação; são mais fáceis de codificar e tabular;

As perguntas devem ser ordenadas, da mais simples às mais complexas;

(35)

Atenção!

Pré-teste: para verificar as dificuldades do aplicador, de

entendimento das questões e verificar tempo médio gasto em cada aplicação;

Padronizar o cabeçalho do questionário e formulário, que deverão conter dados de identificação do informante (sexo, idade, estado civil, profissão, data de aplicação) seguidos dos dados da pesquisa propriamente dita.

(36)

RELATÓRIO

De Pesquisa*: Introdução; desenvolvimento; conclusão. De Atividade: Introdução; desenvolvimento; conclusão. Qual a diferença?

Profundidade; complexidade; dimensão; características; objetivos; formas de

(37)

Etapas:

Introdução: assunto/tema; problema*; justificativa; objetivos; contribuições*; Desenvolvimento: revisão de literatura sobre o tema*; metodologia (como;

materiais e métodos); apresentação e discussão dos resultados;

(38)

Conclusão: resumo marcante dos

argumentos principais; não deve a

rigor introduzir novos elementos que

não constam do corpo do trabalho,

entretanto pode incluir propostas e

sugestões de continuidade da

pesquisa ou novos temas que

(39)

ANÁLISE DOS DADOS

É uma etapa que exige criatividade,

paciência, elaboração, retorno aos

objetivos, “sacação”, sistematização.

É um processo complexo, não-linear,

que implica um trabalho de redução,

organização, classificação e

interpretação.

(40)

Envolve:

classificação e organização das informações coletadas;

estabelecimento das relações existentes entre os dados: - pontos de divergência; - pontos de convergência; - tendências; - regularidades; - princípios de causalidade; - possibilidades de generalização

quando necessário, tratamento estatístico dos dados .

(41)

Quando se utiliza a entrevista, em

um primeiro momento, a partir de

uma leitura atenta, assinala-se os

principais pontos das respostas de

cada entrevistado.

A seguir, registre essas informações

de maneira a se ter uma visão de

(42)

Uma estratégia para facilitar esse processo é a confecção de quadros identificando o entrevistado e as questões levantadas (principais informações), o que auxiliará o pesquisador a detectar e a interpretar os pontos de divergência e/ou convergência entre os dados, em relação à teoria ou desta em relação à prática ou à realidade estudada.

(43)

Ex.: Quadro

Questão 1 Questão 2 Questão 3

Entrevistado 1 Principais informações Principais informações Principais informações Entrevistado 2 Principais informações Principais informações Principais informações

(44)

Para o tratamento e análise

estatística dos dados recomenda-se a

representação visual a partir de

diagramas, gráficos, tabelas, a fim de

facilitar a compreensão dos dados e

ampliar as possibilidades de

correlação e comparação, facilitando

o processo de análise e interpretação.

(45)

Atentar para não tomar os dados

como verdades absolutas,

envolvendo-se demais com as

técnicas, perdendo o referencial

teórico e o significado do próprio

projeto.

(46)

As mudanças mais fundamentais em

qualquer ciência comumente resultam,

não tanto da invenção de novas técnicas

de pesquisa, mas antes de novas

maneiras de se olhar para os dados,

dados estes que podem ter existido por

longo tempo” (GOULDNER).

(47)

Bibliografia:

ALVES-MAZZOTTI, A. J.; GEWANDSZNAJDER, F. O método nas ciências naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. São Paulo: Pioneira, 1998.

GASKELL, G. Entrevistas individuais e grupais. In: BAUER, M.; GASKELL, G. (Editores) Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. tradução de Pedrinho A. Guareschi. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. cap. 3, p. 64-89.

GAUTHIER, J. H. M. et al. Pesquisa em Enfermagem: novas metodologias aplicadas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.

GREY, M. Desenhos experimentais e quase-experimentais. In: LOBIONDO-WOOD, G.; HABER, J. Pesquisa em Enfermagem: métodos, avaliação crítica e utilização. Tradução Ivone Evangelista

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HAGUETTE, T. M. F. Metodologias qualitativas na sociologia. 8. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001 LOBIONDO-WOOD, G.; HABER, J. Pesquisa em Enfermagem: métodos, avaliação crítica e utilização. Tradução Ivone Evangelista Cabral. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

PÁDUA, E. M.M. de. Metodologia da Pesquisa: abordagem teórico-prática. 6. ed. rev. e ampl. Campinas, SP: Papirus, 2000 (Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico)

POLIT, D. F.; HUNGLER, B. P. Fundamentos de Pesquisa em Enfermagem. Tradução Regina Machado Garcez. 3 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

TRIVIÑOS, A. N.S. Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.

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