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77% dos empresários da construção civil apontam a. 100% dos empresários sentem-se prejudicados. 64% das empresas que dispõem de mecanismos para

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77%

dos empresários da construção civil apontam a

falta de mão de obra qualificada como problema









Esse é maior com relação às ocupações de

pedreiros (100%)

,

encarregados de obra (88,9%)

e

engenheiros (74,1%)

100%

dos empresários sentem-se prejudicados

com este problema









70,4%

têm dificuldade para aumentar o volume de

obras e serviços

64%

das empresas que dispõem de mecanismos para

lidar com este problema fortalecem as políticas

de retenção do trabalhador

100%

das

empresas

precisam

investir

em

qualificação dos trabalhadores, mas encontram

dificuldades para fazê-lo

(2)

A falta de mão de obra qualificada, conforme indicado pelos dados obtidos através das sondagens industriais trimestrais, não é um problema recente para o setor produtivo do Rio Grande do Sul. Nota-se que, no setor de construção civil, o mesmo atingiu seu pico em 2010, quando houve elevação significativa do nível de atividade. Nos trimestres mais recentes, o problema perdeu força, embora ainda esteja longe de ser insignificante para as empresas.

Gráfico 1: Percentual de empresários da construção civil (RS) que apontam a falta de mão de obra qualificada como um dos principais problemas do setor

68,6 76,2 66,7 70,6 85,3 76,5 62,5 76,9 62,9 65,1 57,1 60,5 2009/4 2010/1 2010/2 2010/3 2010/4 2011/1 2011/2 2011/3 2011/4 2012/1 2012/2 2012/3 2012/4 2013/1 2013/2

Fonte: FIERGS/UEE. Sondagem Industrial Trimestral.

No intuito de aprofundar este debate, a Sondagem Especial Falta de Trabalhador Qualificado, realizada em março de 2013, fez um mapeamento da situação das indústrias de construção do Rio Grande do Sul em relação a este tema. Sendo idêntica àquela feita em 2010, esta pesquisa permite ainda que os dados sejam comparáveis nos dois momentos, possibilitando a análise sobre a evolução deste significativo limitador da atividade.

(3)









A falta de trabalhadores qualificados atinge a

maior parte dos empresários industriais gaúchos

Segundo os resultados da Sondagem Especial, a falta de trabalhador qualificado afeta 77,1% das empresas de construção do RS. Este percentual demonstra uma melhora do quadro, dado que em 2010 o mesmo era consideravelmente maior (88,9%).

Cabe destacar que a diferença entre os resultados apresentados nos gráficos 1 e 2, se deve à distinção da natureza da investigação. No caso da sondagem trimestral (gráfico 1), o empresário pode escolher a falta de mão de obra qualificada em uma lista com 14 problemas que a empresa enfrenta. Já na sondagem especial (gráfico 2), ele se defronta como o seguinte questionamento: a falta de trabalhador qualificado é um problema para sua empresa?

Esta diferença evidencia que, embora em intensidade diferente, a escassez de trabalhadores qualificados tem se colocado com um importante entrave para os empresários industriais gaúchos, haja visto que muitos daqueles que não a colocam como um dos principais problemas de sua empresa, a considera uma limitação.

Gráfico 2: Percentual de empresas da construção do Rio Grande do Sul para as quais a falta de trabalhador qualificado é um problema

88,9

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A falta de trabalhador qualificado atinge

diversas categorias profissionais

Uma empresa emprega trabalhadores em diversas áreas de categorias profissionais. Desta forma, a escassez de trabalhadores qualificados pode não ser problema em determinada área da empresa, mas pode ser em outra.

Na tentativa de investigar esta questão, foi perguntado para a parcela de empresários que consideram a falta de trabalhador qualificado um problema, como este atinge as diferentes categorias profissionais de sua empresa. Assim, o empresário pôde classificar em que grau a falta de mão de obra qualificada em cada área afeta os resultados da organização, quantificando entre 0 e 4, sendo que quanto mais perto de 4, maior o problema, ou seja, mais a área é afetada pela falta de trabalhadores qualificados.

Gráfico 3: Grau em que a falta de trabalhadores qualificados afeta as diversas áreas (quanto mais próximo de 4, mais afetada)

3,42 3,32 2,52 1,78 1,37 2,11 1,90 3,48 3,30 2,83 1,92 1,74 1,68 1,50 Funcionário Básico (pedreiro, servente, etc) Funcionário Técnico (encarregado de obra, mestre de obra, etc) Funcionário Especializado (engenheiro, arquiteto, etc)

Gerencial Administrativa Pesquisa e Desenvolvimento

Vendas/Marketing 2010 2013

Fonte: FIERGS/UEE. Sondagem Industrial Especial: Falta de Trabalhador Qualificado.

Como pode ser visto no gráfico 3, as áreas mais intensamente afetadas pela falta de trabalhadores qualificados são aquelas relacionadas à produção, que contemplam os cargos de pedreiros, serventes, encarregados de obra, mestres de obra, engenheiros e arquitetos. A escassez de qualificação em atividades com esta finalidade impacta diretamente a produção da empresa e, consequentemente, sua produtividade do negócio.

(5)









A falta de trabalhador qualificado prejudica

100% das empresas da indústria de construção

Para os empresários que consideram a falta de mão de obra qualificada um problema, foi perguntado se este prejudica ou não sua empresa. A gravidade da questão fica evidente quando – tanto em 2010 quanto em 2013 – 100% destes respondem positivamente ao questionamento. Como o trabalho é um dos principais insumos utilizados no processo de produção, o resultado não deveria ser considerado uma surpresa.

Gráfico 4: Percentual de indústrias da construção do RS que enfrentam o problema de falta de mão de obra qualificada e são prejudicadas pelo mesmo

100 100

2010 2013

Fonte: FIERGS/UEE. Sondagem Industrial Especial: Falta de Trabalhador Qualificado.

Em 2013, entre aqueles que responderam positivamente à questão acima, 70,4% indicaram que o maior prejuízo observado relaciona-se à impossibilidade de aumentar o volume de obras e/ou serviços. Esse aspecto se intensificou desde 2010, quando concentrava 68,8% das respostas.

(6)

mercado de trabalho, por consequência, tende a impactar negativamente sobre este aspecto.

Outros importantes prejuízos sentidos pelos empresários da construção civil em 2013 estão relacionados ao gerenciamento das obras e/ou serviços e a garantia e melhora da qualidade dos empreendimentos, ambos com 48,1% das respostas.

Gráfico 5: Como a falta de trabalhador qualificado prejudica a empresa?

-3,7 11,1 48,1 48,1 55,6 55,6 70,4 12,5 9,4 15,6 65,6 40,6 56,3 59,4 68,8

Desenvolver novas tecnologias Adquirir ou absorver novas tecnologias Realizar a manutenção dos equipamentos Garantir e melhorar a qualidade dos

empreendimentos/serviços Gerenciar a obra/serviço Buscar eficiência ou reduzir desperdícios

(aumentar a produtividade) Cumprir os prazos Aumentar o volume de obras/serviços

2010 2013

Fonte: FIERGS/UEE. Sondagem Industrial Especial: Falta de Trabalhador Qualificado.

* Os % não somam 100 devido à possibilidade de escolha de até 3 opções por parte do respondente.









92,6% das empresas têm mecanismos para lidar

com a falta de trabalhadores qualificados

Devido à relevância do problema, uma porcentagem significativa das empresas que afirmaram ter dificuldades quanto à falta de trabalhador qualificado possui mecanismos para lidar com esta questão (92,6%). Este percentual aumentou marginalmente desde 2010, quando era de 90,6%.

(7)

Gráfico 6: Percentual de indústrias da construção do RS que enfrentam o problema de falta de mão de obra e tem mecanismos para lidar com o mesmo

90,6

92,6

2010 2013

Fonte: FIERGS/UEE. Sondagem Industrial Especial: Falta de Trabalhador Qualificado.

Assim como em 2010, o principal mecanismo utilizado para lidar com o problema é a política de retenção dos trabalhadores através da ampliação dos benefícios e aumento dos salários, como apontado por 64% dos respondentes em 2013 e por 62,5% dos mesmos naquele ano.

Gráfico 7: De que forma empresa lida com a falta de trabalhador qualificado?

8,0 8,0 8,0 16,0 24,0 56,0 60,0 64,0 3,1 9,4 21,9 9,4 18,8 18,8 62,5 43,8 62,5

Realiza parcerias com instituições de ensino Recruta profissionais de outras regiões do país Terceiriza etapas do processo de

administração

Realiza capacitação foram da empresa/obra (cursos externos)

Altera o processo construtivo na direção de uma indústria de montagem Realiza capacitação na própria empresa/obra

Terceiriza etapas do processo de construção/prestação de serviço Fortalece a política de retenção do trabalhador

(salários e benefícios)

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ocupando o segundo lugar entre os listados. Em 2010, este representava um percentual bem menor (43,8%). Em contrapartida, o recrutamento de profissionais de outras regiões do País, que concentrava quase 22% das respostas em 2010, caiu em desuso, tendo sido apontado apenas por 8% dos respondentes em 2013.

Outros mecanismos bastante utilizados pelos empresários da construção têm sido a realização de capacitação na própria empresa/obra e alteração do processo construtivo na direção de uma indústria de montagem, com 56% e 24% das respostas em 2013, respectivamente. Quanto a este último, é importante notar que o encarecimento da mão de obra, causada em boa parte pela própria escassez de trabalhadores, leva à necessidade de substituição desse fator de produção no médio e no longo prazo. Em 2010, esse mecanismo era utilizado por um percentual consideravelmente menor de empresas (18,8%).









As empresas gaúchas precisam investir em

qualificação, mas têm dificuldades para fazê-lo

Todas as empresas que responderam à pesquisa afirmaram que precisam realizar investimentos na qualificação dos trabalhadores. Entretanto todas elas alegam encontrar dificuldades para tal. Nota-se que o grau de dificuldade para a realização desses investimentos aumentou consideravelmente desde 2010, quando era de 94,4%.

Gráfico 8: A empresa precisa investir em qualificação de trabalhadores?

Gráfico 9: Se sim, encontra dificuldades para fazê-lo?

100 100

94,4

(9)

Em 2013, a principal dificuldade enfrentada pelos empresários gaúchos no investimento na qualificação de seus funcionários tem sido o fato de que estes não têm interesse em se qualificar, como apontado por 60% dos respondentes. Isto evidencia que, além de todas as deficiências estruturais existentes no País, que muitas vezes impossibilitam que sejam geradas oportunidades para a população, há um problema cultural, o que se configura como uma barreira muito mais difícil de transpor.

Gráfico 10: Quais são as maiores dificuldades para investir em qualificação?

11,4 14,3 22,9 42,9 51,4 54,3 60,0 20,6 17,6 23,5 44,1 47,1 58,8 47,1

Não é possível liberar o trabalhador para fazer cursos

Os cursos que a empresa necessita possuem custos elevados

Não existe cursos adequados às necessidades da empresa Ao investir em qualificação, a empresa perde

o trabalhador para o mercado A má qualidade da educação básica prejudica

a qualificação dos trabalhadores Existe alta rotatividade dos trabalhadores Existe pouco interesse dos trabalhadores

2010 2013

Fonte: FIERGS/UEE. Sondagem Industrial Especial: Falta de Trabalhador Qualificado.

* Os % não somam 100 devido à possibilidade de escolha de até 3 opções por parte do respondente

Outro importante entrave aos investimentos em educação tem sido o elevado grau de rotatividade dos trabalhadores. Em 2010, essa era a principal dificuldade apontada pelos empregadores e concentrava 58,8% das respostas. Em 2013, a redução deste percentual foi marginal (54,3%), de modo que os danos causados

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escassa, são geradas disputas pelos indivíduos mais qualificados, dado que estes são, via de regra, mais produtivos.

Outro importante entrave para investir em qualificação, apontado pelas empresas que o fazem (concentrando 47,1% das respostas em 2010 e 51,4% em 2013), é o baixo preparo dos trabalhadores devido à má qualidade da educação básica oferecida no Brasil. Ou seja, a base de ensino é tão fraca que, quando os mesmos chegam ao mercado de trabalho, há pouco o que se possa fazer pelos mesmos.

O ranking PISA (Programme for International Student Assessment), calculado e divulgado pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), evidencia esta realidade. O indicador gerado avalia o quanto estudantes que estão próximos do fim da educação obrigatória assimilaram sobre alguns conceitos e habilidades que são considerados básicos para a plena participação na sociedade. São analisados os domínios em leitura, em matemática e ciências. De um total de 65 países, o Brasil ficou na 53ª colocação quanto ao índice geral, com um resultado estatisticamente abaixo da média dos países que compõem a OCDE e atrás de países como Chile (44º), Uruguai (47º) e México (48º).

Por fim, destaca-se que é pequena a porcentagem de empresários que teriam dificuldades em liberar o trabalhador para fazer cursos (20,6% em 2010 e 11,4% em 2013). Desta forma, as dificuldades encontradas para investir em qualificação estão muito mais atreladas a questões de capacitação e interesse dos trabalhadores para receber este treinamento do que relacionados à indisponibilidade por parte da empresa em conceder estes treinamentos.

As Sondagens Especiais sobre Falta de Trabalhador Qualificado foram realizadas em dezembro de 2010 (com a participação de 36 empresas respondentes) e em março de 2013 (com 35 empresas).

NOTA

A Sondagem industrial é elaborada pela unidade de Política Econômica da CNI em conjunto com as Federações de Indústria de 23 estados do Brasil (no caso do RS – Unidade de Estudos Econômicos - FIERGS), embora sejam consultadas empresas de todo o território nacional. As informações

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