SISTEMA
LINFÁTICO
“Antigamente encarado
como um sistema de defesa
do organismo contra o meio
hostil, é hoje visto como um
sistema que integra o
organismo em seu meio
ambiente”.
Conceito
Sistema paralelo ao
circulatório, constituído por
uma vasta rede de vasos
semelhantes às veias
(vasos linfáticos), que se
distribuem por todo o corpo
e recolhem o líquido
tissular que não retornou
aos capilares sangüíneos,
filtrando-o e
reconduzindo-o à circulaçãreconduzindo-o sangüínea.
CONCEITO
O sistema linfático
representa uma via auxiliar
de drenagem do sistema
venoso. Os líquidos
provenientes do interstício
são devolvidos ao sangue
através da circulação
linfática, que está
intimamente ligada à
circulação sanguínea e aos
líquidos teciduais.
INTRODUÇÃO
O sistema linfático se assemelha ao sanguíneo, porém, existem diferenças entre esses dois sistemas, como ausência de um órgão bombeador no sistema linfático;
O sistema de vasos linfáticos forma apenas uma meia circulação que se inicia cegamente no tecido conjuntivo e desemboca pouco antes do coração, nas veias;
O sistema linfático consiste de uma extensa rede de capilares e amplos vasos coletores e órgãos linfóides (linfonodo, tonsilas, baço e timo).
É constituído pela linfa, vasos e órgãos linfáticos.
Os capilares linfáticos estão presentes em quase todos os tecidos do corpo.
Capilares mais finos vão se unindo em vasos linfáticos
maiores, que terminam em dois grandes ductos principais:
- DUCTO TORÁCICO: Mede de 38-45 cm de
comprimento;
Começa na cisterna do quilo;
Drena na subclávia esquerda.
Mede 1,25 cm de comprimento
Drena a linfa do lado
superior direito do corpo direto para veia subclávia direita
Fisiologia do sistema
linfático
As circulações linfáticas e sanguíneas estão intimamente relacionadas.
A macro e a microcirculação de retorno dos órgãos e/ou regiões é feita pelos sistemas venoso e linfático.
As moléculas pequenas vão, em sua
maioria, diretamente para o sangue, sendo conduzidas pelos capilares sanguíneos, e as grandes partículas alcançam a circulação através do sistema linfático.
Contudo, a pequena drenagem linfática é vital para o organismo ao baixar a
concentração protéica média dos tecidos e propiciar a pressão tecidual negativa
edema e recupera a proteína extravasada (Duque, 2000).
Fisiologia do sistema
linfático
A captação das macromoléculas
protéicas dos interstícios pode também ser feita por estruturas interligadas ao sistema linfático canalicular e aos pré-linfaticos, chamadas de sistema para-linfatico, uma vez que fazem o
transporte paralelo e de suplência, ao sistema linfático (Duque, 2000).
A formação e o transporte da linfa podem ser explicados através da
hipótese de Starling sobre o equilíbrio existente entre os fenômenos de
filtração e de reabsorção que ocorrem nas terminações capilares. A água, rica em elementos nutritivos, sais minerais e vitaminas, ao deixar a luz do capilar arterial, desembocam no interstício, onde as células retiram os elementos necessários ao seu metabolismo e eliminam os produtos de degradação celular. Em seguida, o liquido
intersticial, através das pressões
exercidas, retoma a rede de capilares venosos (Leduc, 2000).
Fisiologia do sistema
linfático
Várias pressões são responsáveis pelas trocas através do capilar sanguíneo (Vogelfand, 1996).
Pressão hidrostática (PH): a pressão
hidrostática sanguínea (PHs) impulsiona o fluido através da membrana capilar, em direção ao interstício, sendo sua pressão aproximadamente de 30 mmHg no capilar arterial e de 15 mmHg no capilar venoso. A pressão hidrostática intersticial (PHi) é a que tende a movimentar o fluido de volta para os capilares. É considerada igual a zero, uma vez que nas condições de
normalidade do interstício ela se equilibra em ambos os extremos capilares.
Pressão osmótica: é originada pela
presença de moléculas protéicas no sangue e no fluido intersticial. A pressão osmótica sanguínea (POs) tende a movimentar o fluido do interstício em direção ao capilar,
sendo de aproximadamente 28 mm Hg em ambos os extremos capilares. A pressão osmótica intersticial (POi) é a força oposta, que tende a "sugar" fluido dos capilares, sendo de aproximadamente 6 mm Hg nos extremos dos capilares.
Fisiologia do sistema
linfático
Quando o sistema circulatório chega no tecido, na área capilar, temos a força do sangue naparede do vaso, que se chama pressão hidrostática. A força é tão grande que ele extravasa, sai do capilar e inunda todos os tecidos. A troca, então, ocorrerá dentro dessa inundação. À
medida em que o sangue extravasa, a pressão
hidrostática cai dentro do
sistema vascular, e uma outra força entra em ação, que é a pressão osmótica. A pressão hidrostática por ser
infinitamente mais forte do que a osmótica, “o que significa dizer que nem todo plasma que saiu vai retornar”. Por isso, existe um sistema de drenagem, que é o linfático, que tem como
finalidade drenar o excesso de plasma que ficou retido.
LINFA
Líquido que circula pelos
vasos linfáticos. Sua
composição é semelhante à
do sangue, mas não possui
hemácias, apesar de conter
glóbulos brancos dos quais
99% são linfócitos. No
sangue os linfócitos
do total de glóbulos
brancos.
LINFA
A linfa desempenha
importante papel no
transporte de
substâncias no
organismo, ajuda a
eliminar o excesso de
líquido e produtos
que deixaram a
corrente sangüínea,
tendo ação
imunológica, isto é, a
linfa é rica em
anticorpos.
CIRCULAÇÃO LINFÁTICA
Capilares linfáticos (alta
permeabilidade) -
Permite a passagem de
proteínas, cristalóides e
água;
Cerca de 3L de linfa
penetram no sistema
cardiovascular em 24hs;
Fluxo lento dependente
internas do organismo
como: gravidade,
movimentos passivos,
contração muscular,
pulsação arterial,
peristaltismo visceral e
movimentos
respiratórios.
Órgãos Linfóides
Podem ser classificados
em dois grupos:
- Primários ou centrais
(Aqueles em que os
linfócitos se originam e
amadurecem e, onde os
linfócitos são capazes de
reconhecer antígenos):
MEDULA ÓSSEA E TIMO;
- Secundários ou
periféricos (Onde os
linfócitos maduros
respondem aos
antígenos estranhos):
BAÇO, TONSILAS E
LINFONODOS.
CONSTITUIÇÃO
Linfonodos
(Nódulos
Linfáticos) :
Órgãos
linfáticos
mais
numerosos
do
organismo;
Função:
filtrar a linfa
e eliminar
corpos
estranhos
que ela
possa
conter, como
vírus e
bactérias.
Possuem
linfócitos,
macrófagos
e
plasmócitos.
A
proliferação
dessas
células
provocada
pela
presença de
bactérias ou
substâncias/
organismos
estranhos
determina o
aumento do
tamanho
dos
gânglios,
que se
tornam
dolorosos,
formando a
íngua.
Amígdalas
(Tonsilas
Palatinas):
Produzem
linfócitos,
atuam
contra a
invasão
bacteriana.
CONSTITUIÇÃO
Timo:
Órgão
linfático
mais
desenvo
lvido no
período
pré-natal,
regride
desde o
nascime
nto até
a
puberda
de.
Funçõe
-
Papel
crítico
no
desenvo
lvimento
e
proteçã
o do
organis
mo;
-
Produz
Timozin
a
(Hormôn
io que
estimula
a
maturaç
ão de
linfoblas
tos em
linfócito
s);
-
Combat
e a
invasão
por
microor
ganismo
s
infeccios
os e
também
atua na
identific
ação e
destruiç
ão de
qualque
r coisa
que
possa
ser
descrita
como
“não
própria”
,
incluind
o
transpla
ntados e
células
maligna
s;
- Nele
precurso
ras
células
“T”
oriundas
da
medula
óssea
recebem
definitiv
a
transfor
mação
atuando
eficiente
mente
nas
infecçõe
s
crónicas
,
micoses
e
CONSTITUIÇÃO
Baço: Possui grande quantidade de macrófagos que, através da fagocitose, destroem micróbios, restos de tecido, substâncias
estranhas, células do sangue em circulação já desgastadas como eritrócitos, leucócitos e
plaquetas;
Dessa forma, o baço “limpa” o sangue, funcionando como um filtro desse fluído tão essencial; Tem participação na resposta
imune, reagindo a agentes infecciosos;
É considerado por alguns
cientistas, um grande nódulo linfático.
LINFÓCITOS
Célula hematopoiética (Medula óssea vermelha)
pode se diferenciar em dois progenitores: Linfóide (dará origem aos linfócitos) e
mielóide (dará origem a
outras células sanguíneas); Os linfócitos têm importante
papel no desenvolvimento das respostas imunológicas, produção de anticorpos e
reações imunes;
Linfócitos T – Maturam-se no timo;
Linfócitos B – Saem da
medula já maduros (capazes de produzir anticorpos);
Os linfócitos chegam aos
órgãos linfáticos periféricos através do sangue e da linfa.
Edema: Excesso
de Líquidos
Excesso de líquidos nos
tecidos corporais.
Na maioria dos casos, o
edema ocorre
principalmente no
compartimento
extracelular, mas também
pode envolver o
Edema
Intracelular
Normalmente as causas dos edemas intracelulares são: depressão dos
sistemas metabólicos dos tecidos corporais ou falta de nutrição celular adequada.
Por exemplo, quando o fluxo
sanguíneo diminui, também diminui a oferta de oxigênio e nutrientes.
No entanto, se diminuir ao ponto de não conseguir manter o metabolismo normal do tecido, o funcionamento das bombas iônicas da membrana celular ficará deficiente.
Neste caso, os íons sódio ficam presos dentro das células, sendo que este
excesso de sódio no interior das
células causa osmose de água para dentro das células, caracterizando o edema intracelular.
Osmose é a passagem do solvente
de uma região pouco concentrada em soluto para uma mais
concentrada em soluto, sem gasto de energia.
Edema Extracelular
É o acúmulo de líquidos nos
espaços extracelulares.
Normalmente as causas
são: extravasamento
anormal de líquidos do
plasma para os espaços
intersticiais através das
paredes dos capilares ou
falha do sistema linfático
em levar o líquido e
proteínas do interstício de
volta para o sangue.
O BLOQUEIO DOS
LINFÁTICOS CAUSA EDEMA:
Quando há bloqueio dos
linfáticos, o edema pode tornar-se acentuado, pois as proteínas plasmáticas que vazam para o interstício não tem como ser removidas.
A elevação na concentração de proteínas aumenta a pressão
osmótica do líquido intersticial, o que puxa ainda mais líquidos
para fora dos capilares.
Algumas doenças graves podem causar esse bloqueio dos
linfáticos causando edema extracelular, como: câncer,
infecções, cirurgias ou ausência de anormalidades congênitas de vasos linfáticos.
Aumento do Fluxo de Linfa como Fator de Segurança contra a
Formação de Edema:
Uma das principais funções do sistema linfático é devolver à circulação os líquidos e as
proteínas que, por filtração, passaram dos capilares para o interstício
.
Se não houvesse esse contínuo retorno para o sangue, o volume plasmático diminuiria
rapidamente e ao mesmo tempo ocorreria edema intersticial.
O sistema linfático atua como fator de segurança contra a formação de edemas, pois o
fluxo da linfa pode aumentar de 10 a 50 vezes quando começa o acúmulo de líquidos nos tecidos.
O aumento do fluxo de linfa pode ser conseguido com as várias técnicas de drenagem linfática, que age sobre os líquidos biológicos do
organismo.
O líquido extracelular, principalmente o líquido
intersticial, é mais vulnerável à pressões externas, pois uma de suas funções é amortecer
estímulos mecânicos, com isso o líquido se movimenta com maior facilidade.
Quando existe um edema na
região de afluência dos gânglios linfáticos, eles se mostram
endurecidos, porém após uma sessão de drenagem linfática podemos notar a dissolução
deste acúmulo de líquidos e a regressão do aspecto
endurecido dos gânglios, pelo tato e pela sensação de alívio do paciente.