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CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E PERFIL DE ATENDIMENTO DE IDOSOS NO SUPORTE BÁSICO DE VIDA DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA (SAMU), NO MUNICÍPIO DE PALHOÇA - SC

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FABRÍCIO MASSAFRA BASTOS

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E PERFIL DE ATENDIMENTO DE IDOSOS NO SUPORTE BÁSICO DE VIDA DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE

URGÊNCIA (SAMU), NO MUNICÍPIO DE PALHOÇA - SC

Trabalho de Conclusão de Curso julgado adequado como requisito parcial ao grau de médico e aprovado em sua forma final pelo Curso de Medicina, da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Palhoça, 16 de novembro de 2020.

Orientadora, Profa. Fabiana Oenning da Gama, Msc. Universidade do Sul de Santa Catarina

Prof. Paulo César dos Santos Borges, MD. Universidade do Sul de Santa Catarina

João Ghizzo Filho, MD. Dr. Universidade do Sul de Santa Catarina

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CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E PERFIL DE ATENDIMENTO DE IDOSOS NO SUPORTE BÁSICO DE VIDA DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE

URGÊNCIA (SAMU), NO MUNICÍPIO DE PALHOÇA - SC

CLINICAL CHARACTERISTICS AND PROFILE OF ELDERLY CARE IN THE BASIC LIFE SUPPORT OF THE MOBILE EMERGENCY CARE SERVICE (SAMU), IN THE

MUNICIPALITY OF PALHOÇA - SC

Fabrício Massafra Bastos1 Francisco Spessatto Neto2 Amantino Rodrigues Raulino3 Fabiana Oenning da Gama4

________________________

1 Discente do Curso de Medicina. Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil. E-mail: fabriciomassafra2010@gmail.com

2 Discente do Curso de Medicina. Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil. E-mail: spessatto_francisco@gmail.com

3 Enfermeiro. Especialista em Enfermagem em Emergência e Terapia Intensiva. Enfermeiro do SAMU/Santa Catarina. E-mail: amantinoraulino@gmail.com

4 Enfermeira. Mestre em Psicopedagogia. Especialista em Terapia Intensiva. Docente dos cursos de Graduação em Medicina e Enfermagem. Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil. E-mail: oenning_gama@yahoo.com.br

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RESUMO

Objetivo: Conhecer o perfil demográfico, clínico e as características dos atendimentos de idosos, no Suporte Básico de Vida do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Palhoça – Santa Catarina, em 2017. Método: Transversal descritivo, realizado na unidade de suporte básico do SAMU, Palhoça. Foram analisadas as fichas das ocorrências à idosos, em 2017. Foram analisadas as características demográficas, clínicas e de atendimento. Dados organizados no Excel e analisados pelo Statistical Package for the Social Sciences. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Analisadas 1.752 fichas, sendo 492 envolvendo idosos, com prevalência de 28,1%. O sexo mais acometido foi o feminino (52%), entre 60-75 anos (52,2%). As causas clínicas foram mais prevalentes (84,4%), principalmente dispneia (17,8%) e mal estar geral (12,2%), seguidas pelas causas externas (12,3%). Observada alteração da glicemia e da pressão arterial (PA) em 46,8% e 74,7% respectivamente. Em 5,1% constatou-se parada cardiorrespiratória em 4,4% óbito. Quanto as características dos atendimentos encontrada maior prevalência no mês de setembro (15,7%), as sextas-feiras (16,7%) e no período diurno (60%). As ocorrências foram canceladas em 4,3% das chamadas e em 3,8% houve recusa de atendimento no local. Conclusão: Encontrada importante prevalência de atendimento a idosos, na maioria do sexo feminino na faixa etária de 60 a 75 anos, como principal motivo do acionamento associado à condições clínicas como dispneia e mal estar geral. As alterações da glicemia e da PA foram encontradas em grande parte dos atendimentos. O mês de maior acionamento foi setembro, as sextas-feiras e no período diurno.

Descritores: Atendimento pré-hospitalar. Atenção à saúde do Idoso. Perfil Epidemiológico. Atendimento de Urgência.

ABSTRACT

Objective: To know the demographic, clinical profile and characteristics of elderly care, in the Basic Life Support of the Mobile Emergency Care Service (SAMU), Palhoça - Santa Catarina, in 2017. Method: Cross-sectional, performed in the support unit basic of SAMU, Palhoça. The records of incidents to the elderly in 2017 were analyzed. Demographic, clinical and care characteristics were analyzed. Data organized in Excel and analyzed by the Statistical Package for the Social Sciences. Study approved by the Research Ethics Committee. Results: 1.752 records were analyzed, 492 involving the elderly, with a prevalence of 28.1%. The most affected sex was female (52%), aged 60-75 years (52.2%). Clinical causes were more prevalent (84.4%), mainly dyspnea (17.8%) and general malaise (12.2%), followed by external causes (12.3%). Changes in blood glucose and blood pressure (BP) were observed in 46.8% and 74.7%, respectively. In 5.1%, cardiorespiratory arrest was found in 4.4% of deaths. As for the characteristics of the visits, the highest prevalence was found in the month of September (15.7%), Fridays (16.7%) and in the daytime (60%). The occurrences were canceled in 4.3% of the calls and in 3.8% there was a refusal to attend the site. Conclusion: An important prevalence of care for the elderly was found, most of them female between 60 and 75 years old, as the main reason for triggering associated with clinical conditions such as dyspnea and general malaise. Changes in blood glucose and BP were found in most of the visits. The month of greatest activation was September, on Fridays and during the day.

Descriptors: Prehospital care. Attention to the health of the Elderly. Epidemiological Profile. Urgent Care.

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INTRODUÇÃO

A Política Nacional de Atenção às Urgências do Ministério da Saúde descreve o atendimento pré-hospitalar (APH) como a assistência prestada, no primeiro nível de atenção, a pacientes que apresentam intercorrências agudas, de natureza clínica ou traumática, que possam causar algum tipo de sofrimento, sequela ou até mesmo morte(1-2).

Com vistas ao APH, deve-se levar em conta o aumento expressivo da população idosa mundial e brasileira, a fim de identificar os determinantes dos problemas de saúde desta população(3).Mundialmente são estimados mais de 2 bilhões de idosos com idade acima de 60 anos são estimados para 2050(4-6). Neste cenário o Brasil segue mesmo crescimento, onde segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), espera-se que até 2050 o número de idosos chegue a 66,5 milhões, o equivalente a 29,3% do total da população brasileira(7).

Com o significativo aumento na expectativa de vida e o aumento no número de idosos nas últimas décadas, esta população tem estado ainda mais suscetível aos agravos a saúde, por conta de declínios das reservas fisiológicas funcionais, necessitando cada vez mais dos serviços de urgência e emergência(8). Essa transição demográfica e epidemiológica requer a busca de alternativas de cuidado à saúde(9) pois, leva não somente o aumento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e seus agravos, como também a morbimortalidade por condições agudas decorrentes de causas externas(6,10). E ao observar a carência de políticas públicas que priorizem a atenção básica como porta de acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS), os idosos tem agravado facilmente sua situação de saúde, muitas vezes sendo necessário o atendimento pelos serviços de urgência e emergência(8).

Neste cenário o APH voltado à população idosa apresenta peculiaridades em relação à assistência voltada aos jovens, o que influencia diretamente nos tipos de ocorrências prestadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU)(11). Desta forma faz-se necessário entender o processo saúde-doença da população idosa, pois, a partir deste entendimento pode-se ter informações suficientes para intervir de forma eficaz, promovendo melhor qualidade de vida à população senescente(8). Assim, com vistas a esta problemática, ao perceber a importante prevalência dos atendimentos a idosos(8,11-16) e na busca de melhorias no APH a esta população, o estudo teve como objetivo conhecer o perfil demográfico, clínico e as características dos atendimentos de idosos, no Suporte Básico de Vida do Serviço Atendimento Médico de Urgência (SAMU), Palhoça – SC, em 2017.

MÉTODOS

Estudo observacional transversal descritivo, realizado na unidade de suporte básico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), do município de Palhoça - Santa Catarina, vinculado à Secretaria Estadual de Saúde.

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Fizeram parte do estudo as fichas preenchidas nas ocorrências de pacientes idosos, com idade igual ou superior a 60 anos, no período de janeiro a dezembro de 2017. Foram incluídos idosos de ambos os sexos, independente do motivo da chamada.

Foram analisadas como variáveis, as características sociodemográficas (sexo, idade e procedência), as características clínicas (motivo da chamada e dados da avaliação primária e secundária da vítima com base nos protocolos de sistema ABCDE) e o perfil do atendimento (dia da semana, mês do atendimento, tempo de atendimento tempo de deslocamento, horário da ocorrência, destino da vítima, óbito no local, necessidade de apoio da Unidade de Suporte Avançado e/ou de apoio de outras unidades como Corpo de bombeiros e Polícia Militar).

Os dados foram tabulados no software Windows Excel e após analisados por meio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Version 18.0. [Computer program]. Chicago: SPSS Inc; 2009. Onde os dados qualitativos estão apresentados na forma de frequências simples e relativa e os quantitativos através da média (mínimo e máximo).

O estudo respeitou a Resolução no 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde, sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Sul de Santa Catarina, sob CAAE 12858919.7.0000.5369. Os pesquisadores declaram ausência de conflitos de interesse.

RESULTADOS

O estudo analisou 1.752 atendimentos realizados pela unidade básica do SAMU em 2017, no município de Palhoça. Entre estas ocorrências, 492 envolveram o atendimento a pacientes idosos (idade > 60 anos), mostrando uma prevalência de 28,1%.

Quanto as características sociodemográficas dos idosos atendidos pela unidade básica do SAMU, 52% eram do sexo feminino, com idade média de 74,62 anos (mínimo de 60 e máximo de 104 anos), com prevalência da faixa etária de 60 a 75 anos (52,2%) e procedentes dos bairros próximos a unidade do SAMU (56,6%) (Tabela 1).

Sobre as características clínicas, o principal motivo de acionamento do serviço de atendimento móvel de urgência foi a dispneia (17,8%), seguido por mal estar geral (12,2%), queda de própria altura (7,6%), irresponsividade (6,2%), dor torácica (5,2%) e hipoglicemia (5%). O tipo de atendimento mais prevalente foi o clínico (84,4%), seguido por causas externas/trauma (12,3%) e causas psiquiátricas (3,3%) (Tabela 2).

Ao analisar a avaliação primária e secundária da vítima com base nos protocolos de sistema ABCDE, a maior parte dos pacientes apresentou via aérea pérvia (97,2%), respiração eupneica (83,2%), pulso regular (89,4%) e avaliação de pele normal (88,3%). Na avaliação do nível de consciência foi utilizada a escala de coma de Glasgow, onde 6,4% dos pacientes apresentaram-se com score de ≤ 8 pontos. A avaliação pupilar mostrou-se com alterações em 8,7% dos casos. O valor da Glicemia capilar (HGT >141mg/dl) foi observado em 46,8% dos atendimentos. 74,7% dos pacientes apresentaram pressão arterial elevada (> 121 x 80 mmHg),

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com valor médio da pressão arterial sistólica (PAS) de 150,27 mmHg (máxima de 280 mmHg e mínima de 50 mmHg). Se tratando da pressão arterial diastólica (PAD), obteve-se média de 88,9 mmHg (máxima de 180 mmHg e mínima de 30 mmHg). Dos idosos atendidos 5,1 % tiveram parada cardiorrespiratória, e 4,4% foram a óbito.

Ao observar as características do atendimento aos idosos, observa-se que no mês de setembro houve a maior prevalência (15,7%). Sexta-feira foi o dia da semana com mais acionamentos (16,7%), seguido por segunda-feira (15,6%), observa-se ainda que o número de atendimentos tem um valor muito parecido em todos os dias da semana inclusive sábados e domingos. Quanto ao turno dos atendimentos, o maior número de ocorrências aconteceu no período diurno das 6 às 18 horas, totalizando 60% dos atendimentos. O tempo médio de deslocamento até o local da ocorrência foi de 16,02 minutos e o tempo médio de atendimento foi de 40,55 minutos. Houve cancelamento ou correção (QTA) em 4,3% das ocorrências. Quanto a finalização dos atendimentos, excluindo os óbitos, 51,5% dos pacientes foram conduzidos a algum hospital ou unidade de pronto atendimento, sendo os demais liberados no local do atendimento. Em 3,8% das ocorrências os idosos recusaram atendimento quando da chegada da ambulância no domicílio (Tabela 3).

O apoio de corpo de bombeiros e polícia militar foi utilizado em 0,4% e 0,6% dos atendimentos respectivamente. Em 35,5% dos atendimentos foram administradas medicações, sendo as de uso mais frequentes a dipirona, seguidos do plasil, buscopan composto, tramadol, ondansetrona, metoclopramida e tenoxicam.

DISCUSSÃO

Estudo original que buscou conhecer o perfil clínico e das ocorrências envolvendo idosos atendidos pela unidade básica do SAMU do município de Palhoça, no ano de 2017. O estudo atual encontrou importante prevalência de atendimentos a idosos (28,1%), o que, corrobora com o estudo de Gonsaga et al.(15) (2013), que ao analisar mais de 75 mil

atendimentos feitos pelo SAMU entre os anos de 2006-2012, na cidade de Catanduva-SP, concluiu uma prevalência de 34,8% dos atendimentos para indivíduos que apresentavam mais que 55 anos. Resultado semelhante também encontrado por Dias et al.(13) (2014) ao analisarem

3.186 atendimentos pré-hospitalares, onde a população maior ou igual a 55 anos representou 52,2% dos chamados. Já em estudo realizado por Chien-Chia Huang et al.(17) (2016), em

Taiwan, observou-se que dentre os 775 pacientes incluídos no estudo, 276 eram idosos (35,6%), mostrando uma prevalência similar quando comparados com outros estudos nacionais(13,15).

No presente estudo, pouco mais da metade dos atendimentos a idosos esteve associado ao sexo feminino, entre a faixa etária dos 60 aos 75 anos. Achado similar a outros estudos que analisam o APH a idosos no Brasil, como o estudo de Lino et al.(12) (2014) que encontrou uma

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feminino. E também, o estudo de Patrício et al.(11) (2016), em que a média de idade encontrada

foi de 75,5 anos ± 9,5 anos, com prevalência de 54,6% de pacientes do sexo feminino. Entretanto, ao comparar com outros estudos(14,15) que analisaram os atendimentos para população geral, não foi encontrada essa diferença na prevalência quanto ao sexo.

Essa discordância entre os resultados pode ser explicada pela diferença entre os motivos de acionamento de cada faixa etária e sexo, como mostra o estudo realizado por Tavares et al.(18)

(2014), em que 67,5% dos acidentes motociclísticos atendidos pelo SAMU-ES em 2012, ocorreram na faixa etária de 15-32 anos, sendo que dentre todos os acidentes relatados 87% foram sofridos por homens.

A grande maioria das ocorrências no estudo atual foram de natureza clínica (84,4%), assim como observado em outros estudos(8,11-13), sendo a dispneia (17,8%) e o mal estar geral (12,2%) responsáveis por mais de um quarto dos atendimentos (30%). O que corrobora com o estudo realizado por Tokarski et al.(9) (2016), em que a dispneia foi responsável por 9,83% de todos os acionamentos. Em estudo realizado por Lino et al.(12) (2014) a dispneia também foi o principal motivo de acionamentos por natureza clínica, com valor ainda mais próximo quando comparado com o estudo atual, encontrando uma prevalência de 18%. A grande incidência de mal estar geral é difícil de ser discutida uma vez que as fichas coletadas não apresentam essa descrição, o que leva a pensar que os profissionais da saúde envolvidos nestes atendimentos não tem um parâmetro específico, mas que colocaram na causa da ocorrência o que foi descrito pelos pacientes, o que impossibilita a comparação com outros estudos.

Seguido das condições clínicas, as causas externas foram as mais prevalentes no presente estudo (12,3%), principalmente por queda de própria altura (7,6%). Dados semelhantes são encontrados quando comparados com outros estudos(8,12), como o de Silva et al.(8) (2013), em que trauma representou 19,17% de todos os atendimentos, sendo que dentre os tipos de trauma, a maior afecção foi por queda de própria altura (65,22%). Estudo de Silva HC et al.(16) (2016) ao observar a prevalência do trauma em idosos, encontrou importante predomínio do sexo feminino, com faixa etária entre 60 e 69 anos, onde os atendimentos à população idosa vítima de trauma corresponderam a mais de 85% dos atendimentos(16). Em estudo realizado por Fong(19) (2011), na cidade de Hong Kong, foram analisados 554 pacientes, todos com mais de 65 anos, a prevalência de queda foi de 20% e 6,2% para duas ou mais quedas em um ano, mostrando que o problema não é apenas regional, mas mundial. Isso pode ser explicado pelo fato dos idosos terem maior propensão a quedas, e também, por apresentarem menor defesa ao cair, tanto pelas limitações no movimento quanto pela diminuição dos reflexos e acuidade dos sentidos, assim como a diminuição da força muscular e o aumento de comorbidades ao longo do processo de envelhecimento(20-22).

Ao analisar a avaliação primária com base nos protocolos de sistema ABCD, nos idosos atendidos pode-se observar que a maioria não apresentava problemas clínicos graves, assim

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como em outros estudos(11,12,13), mantendo via aérea pérvia, respiração eupneica, frequência cardíaca regular, e ectoscopia normal, sendo que em apenas 8,7% dos pacientes avaliou-se alteração pupilar e em 6,4% dos idosos o nível de consciência encontrava-se com Glasgow ≤8 pontos, um importante preditor de gravidade, principalmente na população idosa, assim como descrito por Kehoe(23).

No presente estudo, pode-se constatar o HGT com valores superiores a 141 mg/dl em quase metade dos idosos e a Pressão Arterial (PA) acima dos níveis normais estabelecidos pelo Sociedade Brasileira de Cardiologia, em 74,7% dos idosos. Isso pode representar a alta prevalência de DCNT descompensada da população, como destacado em diversos estudos(24-26). Segundo estudos internacionais aproximadamente 385 milhões de pessoas no mundo tem diagnóstico de DM2(27), e cerca de 1,3 bilhões de pessoas no mundo tem diagnóstico de HAS, o que significa uma prevalência de 31% de todos os adultos, além de um aumento de prevalência de 5,2% entre os anos de 2010-2018(28). Pode-se observar que essa alta prevalência de HAS e DM 2 também é vista no Brasil, como apontam estudos realizados em solo nacional(24,29,30). Observa-se neste sentido, a importância de atentar-se para as DCNT mais prevalentes na população no momento em que inferimos a marcante presença delas na população geral, pois possuem tratamento efetivo e por diversas vezes deixam de ser diagnosticadas, acompanhadas ou tratadas de forma adequada(31). Vale ressaltar que a elevação da PA e do HGT pode ocorrer por outras alterações no organismo e não necessariamente para pacientes portadores de HAS e DM, pois existem certas respostas metabólicas, fisiológicas e imunológicas a outras situações clínicas e traumáticas que podem cursar com estas elevações(32-34).

No estudo atual, a PCR foi observada em 5,1% dos atendimentos, dado proporcionalmente elevado quando comparados com o estudo de Lino et al.(12) (2014), que encontrou um valor de apenas 1%, o que pode estar relacionado as diferentes características da população em diferentes localidades, bem como das comorbidades apresentadas. Verificou-se óbito em 4,4%, resultado semelhante encontrado por Silva et al.(8) (2013), que encontrou uma prevalência de 3,1%. O importante percentual de chamadas por motivos clínicos no presente estudo pode estar associada a prevalência de PCR e óbito encontrada, uma vez que, no Brasil, as DCNT principalmente HAS, DM, doença respiratória crônica e câncer são responsáveis por cerca de 70% das mortes totais, o que pode estar associado com a falta de tratamento ou mesmo de um diagnóstico precoce, o que poderia diminuir as complicações e o risco de morte referentes a estas doenças tão prevalentes na população brasileira e mundial(31,40).

Ao analisar o perfil das ocorrências, pode-se observar que o maior número de atendimentos foi realizado no mês de setembro (15,7%), sendo o período com o maior número de acionamentos o diurno (60% das chamadas), entre as 6 às 18 horas. Semelhante ao encontrado nos estudos de Dias et al.(13) (2016) e Tokarski et al.(9) (2016). Houve pouca variação entre os dias da semana em relação ao número de ocorrências, no entanto, a sexta-feira

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mostrou-se o dia com maior número de chamdas (16,7%), resultado contrário ao que foi encontrado no estudo de Tokarski et al.(9) (2016), onde o dia da semana menos acometido foi sexta feira (11,4%).

O tempo médio de deslocamento até o local da ocorrência foi de 16,02 minutos, o que indica um parâmetro regular (15-20 minutos), como apresentado no estudo de Ortiga et al.(35). Talvez, esse tempo de deslocamento abaixo do ideal decorra de problemas encontrados no trânsito, por difícil comunicação com a central de regulação, dificuldades de encontrar endereços de difícil localização/acesso ou até mesmo pela falta de ambulâncias, apontando para uma necessidade de melhorias, uma vez que, o rápido atendimento pré-hospitalar pode diminuir o número de óbitos e também das sequelas em determinados casos, como no infarto Agudo do Miocárdio, por exemplo, como mostram estudos nacionais e internacionais(15,35-37).

O tempo médio do atendimento foi de 40,55 minutos e a prevalência de cancelamento ou correção (QTA) foi de 4,3%. Estudo realizado por Hora et al.(38) (2019), no Brasil, encontrou um tempo de resposta médio de 39 minutos, resultado muito similar com o presente estudo. Porém na variável de cancelamento ou correção (QTA), foi encontrado valor quase três vezes menor quando comparado com o estudo de Hora et al. que encontrou um percentual de 12,3%, mostrando talvez que a população de Palhoça está mais orientada a respeito dos objetivos e premissas deste tipo de serviço.

Quanto a finalização dos atendimentos, excluindo os óbitos, 51,5% dos pacientes foram conduzidos a algum hospital ou unidade de pronto atendimento, semelhante a outros estudos(13,15). Obteve-se alta prevalência de pacientes liberados no local do atendimento (46,1%), o que pode ser explicado pelo grande número de chamadas que não necessariamente precisavam de um serviço móvel de urgência, e possivelmente decorreram de uma má adesão aos protocolos pré-estabelecidos ou até uma falta de orientação e informação para os funcionários envolvidos nos atendimentos(15,35,36). Em 3,8% das ocorrências os idosos recusaram atendimento quando da chegada da ambulância no domicílio, uma prevalência pequena, similar ao encontrado em outro estudo(38).

Como limitações do estudo destaca-se a dificuldade na coleta dos dados nas fichas de atendimento, uma vez que nem todas as variáveis definidas previamente foram encontradas por falta de registro, bem como, o tamanho amostral e a metodologia transversal, que não permite uma relação exata entre as variáveis analisadas.

No entanto, estudos epidemiológicos, na área podem contribuir para a organização e gestão eficiente deste e de outros serviços semelhantes, além de sugerir um redirecionamento na qualificação profissional(14). No Brasil, como em Santa Catarina o perfil dos atendimentos realizados pelo SAMU são pouco conhecidos, desta forma conhecer a epidemiologia dos agravos agudos que acometem a população idosa é fundamental para definir políticas de prevenção desses agravos e das mortes por eles causadas(39). Uma vez que as características

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populacionais e geográficas de cada área de atendimento do SAMU interferem diretamente em sua efetividade, e em seus indicadores de qualidade(15).

CONCLUSÃO

O estudo encontrou prevalência de 28,1% de atendimento a idosos, onde a maioria era do sexo feminino, com idade média de 74,62 anos, com prevalência da faixa etária de 60 a 70 anos (52,2%). Os motivos de acionamento por motivo clínico foram os mais recorrentes, tendo como sintomas a dispneia, o mal estar geral, seguidos de queda de própria altura. A hipertensão arterial e o valor da glicemia acima dos valores estabelecidos foram observados em grande parte dos atendimentos, deixando aparente a presença de DCNT na população estudada. Foi observada PCR em 5,1% dos idosos e 4,4% foram a óbito.

Quanto as características dos atendimentos, observa-se maior número de ocorrências no mês de setembro (15,7%), e quanto ao dia da semana a sexta e a segunda-feira, no entanto, com pouca diferença entre estes. O período com maior número de atendimentos foi o diurno (60%). O tempo médio de deslocamento até o local da ocorrência foi de 16,02 minutos e o tempo médio de atendimento foi de 40,55 minutos, sendo que 4,3% das chamadas foram canceladas ou corrigidas e 3,8% negaram atendimento. Dos idosos atendidos 51,5% foram conduzidos para atendimento terciário e em 35% das ocorrências foi administrado algum medicamento.

REFERÊNCIAS

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TABELAS

Tabela 1. Características sociodemográficas dos idosos atendidos pela unidade de suporte básico do SAMU – Palhoça, 2017.

Variáveis (n= 492) n % Sexo Masculino 228 48,0 Feminino 247 52,0 Idade 60 a 75 anos 257 52,2 75 a 90 anos 199 40,4 > 90 anos 36 7,3 Procedência (Bairros) Aririú 50 10,6 Barra do Aririú 43 9,1 Centro 43 9,1 Ponte do Imaruim 39 8,3 São Sebastião 25 5,3 Rio Grande 24 5,1 Bela Vista 23 4,9 Caminho Novo 20 4,2

Fonte: Elaboração dos autores, 2020.

Tabela 2. Características do atendimento dos idosos atendidos pela unidade de suporte básico do SAMU – Palhoça, 2017.

(14)

Variáveis (n= 130)

n %

Motivo do acionamento

Dispneia 86 17,8

Mal estar geral 59 12,2

Queda de própria altura 37 7,6

Irresponsividade 30 6,2 Dor torácica 25 5,2 Hipoglicemia 24 5,0 Síncope 21 4,3 Parada Cardiorrespiratória 18 3,7 Convulsão 17 3,5 Vômito/náusea/diarreia 16 3,3 Tipo do Atendimento Clínico adulto 411 84,4 Causas externas/trauma 60 12,3 Psiquiátrico 16 3,3 Glasgow ≤ 8 27 6,4 ≥ 9 393 93,6 Avaliação pupilar Normal 336 91,3 Com alterações 32 8,7 HGT <140 mg/dl 202 53,2 >141 mg/dl 178 46,8

Pressão arterial sistólica

≤120 mmHg 109 25,3

≥121 mmHg 322 74,7

Pressão arterial diastólica

<70 mmHg 106 21,5 >71 mmHg 326 75,5 PCR Sim 24 5,1 Não 448 94,9 Óbito Sim 21 4,4 Não 451 95,6

Fonte: Elaboração dos autores, 2020.

Tabela 3. Características do atendimento dos idosos atendidos pela unidade de suporte básico do SAMU – Palhoça, 2017.

(15)

Variáveis (n= 130) n % Mês Janeiro 44 8,9 Fevereiro 7 1,4 Março 34 6,9 Abril 8 1,6 Maio 57 11,6 Junho 51 10,4 Julho 36 7,3 Agosto 58 11,8 Setembro 77 15,7 Outubro 20 4,1 Novembro 35 7,1 Dezembro 65 13,2 Dia da semana Segunda-feira 77 15,6 Terça-feira 75 15,2 Quarta-feira 61 12,4 Quinta-feira 69 14,0 Sexta-feira 82 16,7 Sábado 62 12,6 Domingo 66 13,4 Turno do atendimento Manhã (6-12) 140 30,0 Tarde (13-18) 140 30,0 Noite (19-24) 119 25,5 Madrugada (00-5) 68 14,6 QTA* Sim 21 4,3 Não 471 95,7 Conduzido Sim 236 50,8 Não 229 49,2 Destino Liberado no Local 203 46,1 Hospital 152 34,5 UPA 64 14,5 Óbito no local 21 4,8 Recusa de atendimento Sim 18 3,8 Não 451 96,2

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