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05/10/2014 09h00- Atualizado em 05/10/2014 09h06
Agricultores familiares diversificam a
produção para garantir lucro no PR
Família produz leite, iogurte e pão na propriedade em
Campo Magro.
Veja o tamanho da agricultura familiar na produção
nacional de alimentos.
Do Globo Rural
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Este é o ano internacional da Agricultura Familiar. Segundo o Ministério do
Desenvolvimento Agrário, 70% dos alimentos que entram no prato do brasileiro vêm da agricultura familiar. Esse tipo de agricultura é muito antigo, mas a definição atual é de 2006. Está na lei 11.326.
O tamanho da propriedade não pode ultrapassar os quatro módulos fiscais. É uma medida que varia de região para região. Para ser considerado um agricultor familiar, a mão de obra deve ser, predominantemente, da família. A renda deve vir,
principalmente, das atividades econômicas da terra e o sítio deve ser dirigido com a família.
Segundo o último censo agropecuário, quase 85% das propriedades rurais do Brasil são de agricultura familiar. O número é alto, mas como a área delas é pequena, juntas, ocupam menos de 25% da área de fazendas e sítios.
O coordenador geral da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (FETRAF) Marcos Rochinski fala das principais atividades desenvolvidas nos sítios. “Nós produzimos mais de 80% do feijão, mais de 80% da mandioca, mais de 80% do leite, das carnes como aves e suínos. Mesmo em commodities, como milho e soja, os agricultores familiares têm uma participação expressiva”, explica o coordenador.
A família Escher, de Campo Magro, no Paraná, é um exemplo de agricultura familiar. Adelmo, Salete e os filhos Luciano e Juliano cuidam de todo o serviço do sítio. A produção é orgânica e, por isso, Adelmo escapa de uma reclamação comum entre agricultores familiares: a dificuldade de negociar preços melhores nos insumos por comprar em menor quantidade. Eles se esforçam pra ser autossuficientes: a maioria das sementes, por exemplo, vem do próprio sítio.
A família também aposta na diversificação. Tem doze vacas leiteiras, um pomar recém -plantado com mudas de pessegueiro, laranjeira e cultivos de tomate, morango,
abobrinha.
Luciano, hoje com 29 anos, há sete tentou outro trabalho na cidade, mas optou por voltar. “Não tava me sentindo feliz e aí eu decidi retornar. A gente acabou fazendo os investimentos aqui na propriedade construir uma vida”, diz ele.
Em uma fazenda grande, onde se produz soja, por exemplo, os grãos deixam o campo sem nenhum processamento. Em uma pequena propriedade é possível agregar valor antes que o produto saia do sítio. Isso é feito na agroindústria dos Escher.
Na agroindústria, a família fabrica iogurte natural com o leite das vacas. Da ordenha, o leite vai pro resfriador e depois de pasteurizado, é embalado ou transformado em iogurte. A agroindústria, com todos seus equipamentos, e o caminhão pra transportar os produtos, foram financiados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar (Pronaf).
Salete conta que é difícil cumprir a legislação sendo pequeno. “A legislação é uma só para uma grande agroindústria, para uma grande indústria e para uma pequena
agroindústria. Hoje, a gente está adequado a legislação. A gente pode vender onde quiser, para quem quiser.”
Outra produção no sítio é a de pães. Surgiu de uma demanda dos compradores na feira, que viram a família comendo um pãozinho de lanche, experimentaram e passaram a encomendar. O padeiro é o Luciano. “Começamos vendendo quatro pães na feira. De quatro foi para 15, de 15 para 30 e foi aumentando progressivamente. Hoje ta em torno de 250 pães por semana.”
Para ajudar na produção do sítio, o filho Juliano cursa medicina veterinária. Ele diz que já aprimorou algumas coisas no sítio com o que aprendeu na faculdade.
“Melhorias na pastagem, silagem, manejo do gado, das novilhas.”
A família mostra com orgulho a declaração de aptidão ao Pronaf. “É importante porque mostra quem é agricultor familiar, define os critérios de quem é o agricultor familiar, melhora o acesso desses agricultores a essas políticas de incentivo à produção. Antes éramos confundidos como grandes proprietários, movimentos sem terra e na maioria das vezes ficávamos invisíveis”, conta Salete.
É com esse documento que os agricultores podem pegar empréstimos do Pronaf ou vender seus produtos em dois programas: o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Cada agricultor pode vender até R$ 28 mil por ano nos dois programas.
Os produtos da família Escher e de muitos outros são entregues em um barracão da Associação dos Agricultores Agroecológicos, no município de Colombo. De lá, seguem para a merenda escolar, um mercado que trouxe garantia de renda para os agricultores. “No estado do Paraná concorria à alimentação escolar um total de cinco
empresas. Hoje, só aqui, eu tenho 710 agricultores entregando produto. Então imagina a mudança de quantas pessoas estão sendo beneficiadas”, fala o coordenador da
associação José Antônio Marfil.
A variedade de produtos é grande, tanto produtos in natura quanto processados. Os agricultores comentam a melhora nas vendas depois que se uniram. “Hoje o maior entrave que tem para o produtor é a comercialização. Se você não tem onde colocar você cai na mão de um atravessador. Geralmente um atravessador vai na sua
propriedade, vai carregar de vários produtores. Ele vai vender e você vai receber o que ele quiser pagar”, explica o agricultor Edilson Ceccon.
Para a família Escher, o forte das vendas vem da barraca montada em três feiras de produtos orgânicos toda semana – 70% do faturamento dos Escher vêm da feira. Para ter diversidade, eles ainda vendem produtos de outras famílias, sempre com
certificação orgânica. De acordo com Luciano, o faturamento total está em torno dos R$ 20 mil, R$ 22 mil por mês bruto.
Para Salete, tão valioso quanto a renda da feira é o contato com os consumidores. “Meus filhos cresceram na feira. Aprenderam através desse contato com os
consumidores a valorizar e a perceber a importância do trabalho que a gente faz na propriedade.”
Assim são os agricultores familiares nos dias de hoje. Nada de produzir só pra subsistência. Eles buscam melhorar. Eles sabem quem são, sabem o valor do seu trabalho e, principalmente, têm orgulho do que fazem.
“Pequeno agricultor era aquele pequeno, enfim, o coitadinho, que ficava mendigando e nós não queríamos isso. nós queríamos ser reconhecidos como uma categoria que sustenta esse país, que na verdade, os produtos, os alimentos que o homem da cidade, a mulher da cidade consome, quem produz isso são os agricultores familiares. Eu tenho um orgulho de ser agricultor familiar”, finaliza Adelmo Escher.
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