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Aula1-EstruturadeNucleotideoseAcidosNucleicos

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Academic year: 2021

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(1)

Estrutura de Nucleotídeos e

Ácidos Nucléicos

Profa Renata Canalle

Universidade Federal do Piauí

Campus Ministro Reis Velloso – Parnaíba

Curso Biomedicina

(2)

Sumário

Generalidades

Ácidos Nucléicos: Estrutura Química

Descoberta do DNA: experimentos clássicos Ácidos Nucléicos: Estrutura Molecular

Formas tridimensionais do DNA Estruturas não-usuais do DNA Estruturas secundárias do RNA Tipos de RNA

(3)

Generalidades

Os nucleotídeos possuem vários papéis no metabolismo celular :

 “Moeda” energética (carregadores de energia) – ATP, GTP

 Media resposta da célula a hormônios e outros estímulos celulares

(mensageiros químicos) – AMP cíclico, GTP cíclico

 Cofatores de enzimas – FAD, NAD

 Constituem o DNA e o RNA, os repositórios da informação genética

- monômeros dos ácidos nucléicos

(4)

Generalidades

Monômeros dos Ácidos Nucléicos

DNA e RNA: estrutura X função DNA: função única (desoxirribose)

- armazenar a informação genética

- transmitir a informação genética (replicação fiel) - expressar a informação genética (molde/RNAs)

RNA: funções múltiplas (ribose)

- tradução - estrutural

- splicing do RNA

(5)

Nucleotídeo Base nitrogenada Grupo fosfato Açucar de 5 carbonos

Ácidos Nucléicos: Estrutura Química

Nucleosídeo

(6)

Ácidos Nucléicos: Estrutura Química

RNA DNA Nucleotídeo Base nitrogenada Grupo fosfato Ribose Açucar de 5 carbonos Desoxirribose

- Base nitrogenada: ligada ao carbono 1’ da pentose (ligação glicosídica)

- Um ou até 3 grupos fosfatos: ligados ao carbono 5’ da pentose

Desoxirribonucleotídeo Ribonucleotídeo

(7)

Ácidos Nucléicos: Estrutura Química

1 único anel de 6 átomos

2 anéis fundidos de 5 e 6 átomos

Nucleotídeo Pirimidinas Purinas Citosina (C) Uracila (U) Timina (T) Adenina (A) Guanina (G) Base nitrogenada Grupo fosfato Ribose Açucar de 5 carbonos Desoxirribose

(8)

Ácidos Nucléicos: Estrutura Química

Fosfato

P

O

O

-O

-O

-ADP, CDP, GDP, TDP

ATP, CTP, GTP, TTP

A

MP,

C

MP,

G

MP,

T

MP

α β γ 5’

DNA: nucleotídeos monofosfatados Precursores para síntese: trifosfatados

(9)

Ácidos Nucléicos: Estrutura Química

A letra "d" é utilizada para indicar que o açúcar é a desoxirribose. Ex.:

dAMP (desoxiadenosina monofosfato), AMP (adenosina monofosfato)

dNTPs

= desoxirribonucleosídeos trifosfatados (PCR)

-UMP

uridilato

uridina

Uracil

dTMP

-timidilato

timidina

Timina

dCMP

CMP

citidilato

citidina

Citosina

dGMP

GMP

guanilato

guanosina

Guanina

dAMP

AMP

adenilato

adenosina

Adenina

DNA

RNA

Nucleotídeo

Nucleosídeo

Base

(10)

Ácidos Nucléicos: Estrutura Química

Ligação fosfodiéster

OH ligado ao C 3’

Nucleotídeo que será

incorporado a cadeia nascente

Extremidade 5’ da cadeia

polinucleotídica

Trifosfato

ligado ao C 5’

2 fosfatos são

liberados

Sentido da

síntese

5’

3’

(11)

DNA

RNA

5’

3’

5’

3’

Ácidos Nucléicos: Estrutura Química

Os ácidos nucléicos

5’

3’

• Oligonucleotídeo : cadeia

pequena de nucleotídeos (<50 nt)

• Polinucleotídeo : cadeia acima de 50 nt

(12)

Primeiros estudos com o DNA

DNA como Fonte da Informação genética

Friederich Miescher (1869) – DNA material genético (nucleína) Griffith (1928) – O princípio transformante (transformação)

Avery, MacLeod e McCarty (1944) – O princípio transformante é o DNA Hershey e Chase (1952) – infecção de E. coli

Watson e Crick (1953) – modelo da dupla hélice

Chargaff e colaboradores (1948) – relação A=T/G=C

(13)

Primeiros estudos com o DNA

DNA como Fonte da Informação genética

Friederich Miescher (1869) : isolou uma substância contendo

fósforo no núcleo dos glóbulos brancos – a “nucleína”

DNA (ácido) + proteína (básica)

(14)

Primeiros estudos com o DNA

DNA como Fonte da Informação genética

Griffith (1928) – O princípio transformante

Bactérias encapsuladas (virulentas) - vivas

Bactérias não-encapsuladas (não-virulentas) - vivas

Bactérias virulentas –

mortas pelo calor

Bactérias virulentas – mortas + Bactérias não-virulentas - vivas

(15)

Griffith (1928) – O princípio transformante

Bactérias não virulentas foram transformadas em virulentas

DNA como Fonte da Informação genética

(16)

Avery, MacLeod e McCarty (1944) – O princípio transformante é o DNA

DNA como Fonte da Informação genética

(17)

Avery, MacLeod e McCarty (1944) – O princípio transformante é o DNA Remove lipídeos e carboidratos de uma solução de células S (virulenta) mortas pelo calor Separa a solução em três frascos e adiciona proteases no frasco 1, ribonuclease no frasco 2, desoxirribonuclease no frasco 3

Adiciona uma pequena

quantidade de cada amostra em outros frascos de cultura contendo células R (não virulenta) vivas

A transformação não pode ocorrer na ausência de DNA; dessa forma, o DNA é o material hereditário

DNA como Fonte da Informação genética

(18)

Do que são feitos os genes?

Hershey e Chase (1952) – Os genes de bacteriófagos T2 são feitos de DNA

Capa protéica tinha enxofre, mas não fósforo

DNA continha fósforo, mas não enxofre

(19)

Do que são feitos os genes?

Hershey e Chase (1952) – Os genes de bacteriófagos são feitos de DNA

(20)

Do que são feitos os genes?

Hershey e Chase (1952) – Os genes de bacteriófagos são feitos de DNA

(21)

Fago T2

Maioria da

radioatividade

encontrada nas

cápsulas

Maioria da

radioatividade

dentro da

bactéria

35

S

32

P

Cápsula

(proteína)

DNA

(22)

Ácidos Nucléicos: Estrutura Molecular

Erwin Chargaff Pareamento das bases

A=T

e

C=G

logo

A+G = T+C

Duas pontes de hidrogênio Três pontes de hidrogênio

Concentração de purinas sempre igual à concentração de pirimidinas Proporção de A+T/C+G variava amplamente nos DNA de espécies diferentes

açucar açucar açucar açucar ceto (C=O): T e U amino (C-NH2): A ceto e amino: C e G

(23)
(24)

Ácidos Nucléicos: Estrutura Molecular

Rosalind Franklin Maurice Wilkins

DNA é helicoidal (hélice), bifilamentar

Padrões de difração de raios X

3,4 Å 34 Å

Possui 2 periodicidades : Primária : a cada 3,4 Å Secundária : a cada 34 Å Feixe raio X Raios difratados Molécula cristalizada Filme

(25)

James Watson

Francis Crick

Ácidos Nucléicos: Estrutura Molecular

“Molecular Structure of Nucleic Acids: A struture for Deoxyribose Nucleic Acid”. Nature, 1953.

(26)

Ácidos Nucléicos: Estrutura Molecular

Sulco menor Par de bases Arcabouço açucar-fosfato Sulco maior 3’ 5’ 5’ 3’ 34Å 3,4Å Ác. Desoxirribonucléico Citosina Guanina Adenina Timina Polaridade: 5’ → 3’ Watson e Crick propuseram 10

(27)

A Dupla Hélice

Fosfatos na porção externa -carga negativa Cadeias antiparalelas Ligação entre nucleotídeos : ligação fosfodiéster – liga o 5’-fosfato e o 3’-OH dos nucleotídeos vizinhos

Pareamento de bases é específico : A-T e C-G (

devido às pontes de hidrogênio

)

As fitas são

complementares

Ligação entre as bases : pontes H

5’

5’

3’

3’

Único em estocar e transmitir a informação genética -Permite reparos -Replicação -Transcrição -Hibridação (desnaturação renaturação) Polaridade: 5’ → 3’

(28)

Formas Tridimensionais do DNA: estruturas secundárias

DNA B: proposta por Watson e Crick, forma mais abundante em condições fisiológicas, gira para a direita, 3,4 nm.

DNA A: curta e larga, giro direita, 2,6 nm por volta, 11 pb por volta

(desidratados, conteúdo de sal diminuído). Híbridos DNA/RNA na transcrição, RNA/RNA.

DNA Z: açúcar e base do mesmo lado, gira para a esquerda, 4,56 nm, C e G.

12 pb por giro 10 pb

por giro

Tipos de DNA

Não alteram a informação da seq. de bases, mas podem facilitar ou dificultar a interação com proteínas

11 pb por giro

(29)

Estruturas não-usuais de certas seqüências de DNA

Curvatura ou dobras

- longas cadeias de DNA: regiões mais suscetíveis à curvatura - pontos importantes que controlam: replicação, transcrição e

recombinação

- Ligação de proteínas: histonas, fatores de transcrição, DNA-girase - condensar e empacotar o DNA: nucleossomos

- Aproximar sítios de ligação distantes no DNA linear - Estruturas especiais proteína/DNA

(30)

Estruturas não-usuais de certas seqüências de DNA

grampo

cruciforme Seqüências no DNA com

simetria: repetidas e invertidas

(31)

Ácidos Nucléicos: Estrutura Molecular

Ác. Desoxirribonucléico Ác. Ribonucléico Bases nitrogenadas Bases nitrogenadas Uracila Adenina Guanina Citosina Citosina Guanina Adenina Timina

(32)

Ácidos Nucléicos: RNA

 Fita simples

 Mais reativo do que o DNA (OH), instável

 Não apresenta estrutura secundária simples e regular

 Várias estruturas são possíveis

 Pareamento de bases, estrutura 2a: G≡C

A=U

G=U → estruturas terciárias

(33)

Ácidos Nucléicos: RNA

Estruturas secundárias da molécula RNA

Grampo

Alça interna

Saliência

Fita simples

(34)

Tipos de RNA

RNA heterogêneo nuclear (hnRNA) ou transcrito primário

RNA mensageiro (mRNA) – molde para a síntese protéica (taxa de renovação rápida; perda da cauda poli A) – 1 a 5% do RNA total da célula

RNA transportador (tRNA) – leva aminoácidos para o ribossomo – 10-15% RNA total RNA ribossômico (rRNA) – principal componente dos ribossomos – 75% do RNA total Pequenos RNA nucleares (snRNA) – processamento (splicing) do mRNA e tRNA

(complexados a proteínas, snRNPs/ribozimas)

Pequeno RNA nucleolar (snoRNA) – processamento do rRNA Pequeno RNA citoplasmático (scRNA)

Micro RNA (miRNA) ou RNAs de interferência - regulatórios

(35)

Propriedades químicas dos ácidos nucléicos

DNA dupla hélice

Denaturação

Reassociação (annealing)

DNA parcialmente

denaturado

Separação das

fitas

Fitas de DNA separadas estruturam-se

casualmente em espirais

Associação das fitas por

pareamento de bases

↑ To ou ▲pH (< 3,0 ou > 10,0) Formamida, DMSO

Ruptura das pontes de H

Denaturação e renaturação

Fusão e reanelamento

(36)

Propriedades químicas dos ácidos nucléicos

Temperatura denaturação

Temperatura média de fusão

Metade das moléculas de DNA estão denaturadas

Varia de acordo com o tamanho e a composição das moléculas :

Temperatura de melting (Tm)

 Quanto maior a molécula

 Quanto maior o conteúdo GC

Temperaturas mais elevadas, pH mais alcalino

(37)

Propriedades químicas dos ácidos nucléicos

Temperatura denaturação

Temperatura média de fusão Temperatura de melting (Tm)

Tm para iniciadores = 2(A+T) + 4(G+C)

temperatura na qual se obtém o equilíbrio entre a formação e dissociação dos híbridos gerados pelo estabelecimento de pontes de hidrogênio entre os nucleotídeos complementares: 50% dos iniciadores estão anelados, e 50% encontram-se dissociados do molde

iniciadores (primers)

5 oC-10 oC abaixo do valor Tm

Tm (oC) = 69,3 + 0,41 (GC%)

AT% = 1 – (GC%) Cálculo para conteúdo de GC ou AT de

(38)

Propriedades químicas dos ácidos nucléicos

Hibridação :

ácidos nucléicos de origem diferente podem se associar

Amostra 1

Amostra 2

Dúplex

híbrido

- Amplitude de hibridação: similaridade dos ácidos nucléicos de duas fontes diferentes - Correlações evolutivas

- Localizar genes

O anelamento ou hibridação: ocorre normalmente a 25 oC

(39)

Cinética de Renaturação de DNA: detecção de sequências repetidas

 Primeiro detalhamento da frequência e da complexidade das sequências repetidas de DNA em eucariotos resultou de estudos das velocidades de

renaturação do DNA – a 100oC desnaturação de DNA

Velocidade de renaturação dependerá:

(1) concentração de DNA na solução: quanto mais alta a concentração de filamentos únicos na solução, maior a chance de uma colisão entre quaisquer dois deles (complementares)

(2) da complexidade do DNA: é o tamanho total de sequências de pares de nucleotídeos não repetidos no genoma. À medida que a complexidade do DNA aumenta, a proporção de colisões aleatórias entre filamentos únicos de DNA que estão entre filamentos únicos complementares diminuirá → taxa de

renaturação ↓

Grandes genomas (eucariotos) → aumenta número de genes → renaturação lenta

C

0

t

(40)

Cinética de Renaturação de DNA: detecção de sequências repetidas

Surpreendentemente, algumas sequências de DNA nos genomas complexos de eucariotos renaturam-se muito rapidamente

Sequências repetidas muitas vezes no genoma (1 milhão de vezes ou

mais): presente em concentração maior que uma sequência de cópia única durante renaturação → ↑ velocidade de renaturação / ↓ C0t

Velocidade de renaturação do DNA é diretamente proporcional ao número de cópias

Hibridação in situ → também usado para localizar sequências diferentes de DNA (principalmente tipos diferentes de sequências de DNA repetitivo em genomas eucarióticos)

(41)

Sequências de DNA de Cópia única e repetitivas em Genomas Eucarióticos

As sequências de DNA presentes em eucariotos são comumente agrupadas

em três classes:

1. Sequências únicas, ou de uma só cópia, de DNA – 1 a 10 cópias por

genoma haplóide (maioria dos genes que codificam proteínas) - ↑ C0t (reassociam-se mais lentamente; componente lento)

2. Sequências de DNA moderadamente repetitivas – 10 a 105 cópias

por genoma haplóide (proteína ribossômica/rRNA, proteínas musculares actina e miosina; que são necessárias em grandes quantidades, e cada uma delas é codificada por vários genes) –

componente intermediário

3. Sequências de DNA altamente repetitivas – mais de 105 cópias por

genoma haplóide (não codificam proteínas/nunca foram transcritas: centrômeros, transposons, VNTRs, STRs) - ↓ C0t (reassociam-se mais rápido; componente rápido)

Referências

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