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Avaliação da cimentação adesiva de ligas metálicas ao dente humano através de teste de cisalhamento

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Academic year: 2021

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Universidade Federal Fluminense

Faculdade de Odontologia

Programa de Pós-Graduação em Odontologia

AVALIAÇÃO DA CIMENTAÇÃO ADESIVA DE

LIGAS METÁLICAS AO DENTE HUMANO

ATRAVÉS DE TESTE DE CISALHAMENTO

Armando Hayassy

Orientador: Professor Dr. Ricardo Carvalhaes Fraga

Niterói

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H412 Hayassy, Armando

Avaliação da cimentação adesiva de ligas metálicas ao dente humano através de teste de cisalhamento/ Armando Hayassy; orientador: Prof. Dr. Ricardo Carvalhaes Fraga.– Niterói: [s.n], 2011

66 f.:il.

Dissertação (Mestrado em Odontologia – Odontologia Clínica –Universidade Federal Fluminense, 2011.

Bibliografia: f. 63-66

1.Cimentação adesiva. 2. Teste de cisalhamento. I. Fraga, Ricardo Carvalhaes. II. Título.

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Armando Hayassy

AVALIAÇÃO DA CIMENTAÇÃO ADESIVA DE

LIGAS METÁLICAS AO DENTE HUMANO

ATRAVÉS DE TESTE DE CISALHAMENTO

Orientador: Professor Dr. Ricardo Carvalhaes Fraga

Universidade Federal Fluminense Niterói

2011

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre. Área de concentração: Clínica Odontológica

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ARMANDO HAYASSY

AVALIAÇÃO DA CIMENTAÇÃO ADESIVA DE

LIGAS METÁLICAS AO DENTE HUMANO

ATRAVÉS DE TESTE DE CISALHAMENTO

ORIENTADOR: Professor Dr. Ricardo Carvalhaes Fraga

Aprovado em 16 de junho de 2011

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Ricardo Carvalhaes Fraga

Universidade Federal Fluminense – UFF / Niterói

_______________________________________________________________ Prof. Dr. Cresus Vinicius Depes de Gouvêa

Universidade Federal Fluminense – UFF / Niterói

_______________________________________________________________ Profa. Dra. Monica Zacharias Jorge

Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ / RJ

Niterói 2011

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre. Área de concentração: Clínica Odontológica

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Dedicatória

Dedico esse trabalho ao meu Filho Kenji. Obrigado por você existir

em minha vida.

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Agradecimentos

Ao Prof. Dr. Ricardo Carvalhaes Fraga, pela orientação e amizade.

Ao Prof. Raimundo Alexandre Vidigal Lacerda da Silveira, pelo

apoio e amizade.

Ao Prof. Antonio Charbel José Zaib, pelo incentivo, apoio e

amizade.

Ao Prof. Dr. Cresus Vinícius Depes de Gouvêa, pelo apoio e

amizade.

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Sumário

Lista de Tabelas...06

Lista de Figuras...07

Lista de Gráfico...08

Lista de abreviaturas, siglas e símbolos...09

Resumo ...10 Abstract ...11 1. Introdução ...12 2. Objetivo...15 3. Revisão de Literatura ...16 4. Materiais e Métodos ...42 4.1 Material ...42 4.2 Método ...43 5. Resultados ...54 6. Discussão ...58 7. Conclusão ...62 8. Referências Bibliográficas ...63 Anexo...67

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Lista de Tabelas

Tabela 1 - Valores médios da resistência à remoção por ensaio de cisalhamento (valores Kgf/cm2) de ligas de NiCr e NiCrBe e cimentos resinosos...54

Tabela 2 - Análise de variança para observar a diferença estatística entre os cimentos resinosos e as ligas de Ni-Cr e e Ni-Cr-Be...55

Tabela 3 - Análise estatística através do contraste do teste t-student entre as ligas de Ni-Cr e Ni-Cr-Be e os cimentos resinosos...56

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Lista de Gráfico

Gráfico 1 - Comparação gráfica entre os valores obtidos após teste de cisalhamento dos diferentes cimentos resinosos e ligas de Ni-Cr e Ni-Cr-Be..57

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Lista de abreviaturas, siglas e símbolos

MC = Metalocerâmica Ni-Cr = Níquel-Cromo Ni-Cr-Be = Níquel-Cromo-Berílio Be = Berílio ºC = Grau Celsius

m = Micrómetro, Micrômetro ou Mícron CPS= Corpos de Prova

50cc = 50 milímetros cúbicos = 0,5 litros Ø = Diâmetro

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Lista de Figuras

Fig. 1 - Dente posicionado no delineador Bioart 1000...44

Fig. 2 - Fig. 2 - Cilindro metálico jateado com óxido de aluminio...45

Fig. 3 - Dente sobre a mesa padrão (M), observe o esquadro de pedreiro (E) servindo de base para o preparo do dente (D)...46

Fig. 4 – Sistema Adesivo de frasco único Prime e Bond NT (Dentsply)...47

Fig. 5 - Cilindro de Ni-Cr cimentado ao dente, vista horizontal...48

Fig. 6 - Cilindro Ni- Cr-Be cimentado ao dente, vista vertical...48

Fig. 7 - Conjunto do cimento Panávia Ex (Kuraray)...49

Fig. 8 - Conjunto do cimento Enforce (Dentsply)...50

Fig. 9 - Conjunto do cimento Fill Magic Dual (Vigodent)...51

Fig. 10 - Cimento Variolink - base e catalizador (Vivadent)...52

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Resumo

Este trabalho teve como finalidade avaliar a união de duas ligas metálicas, níquel-cromo e níquel-cromo-berílio aos dentes cimentados com quatro cimentos resinosos, Panávia Ex, Enforce, Variolink e Fill Magic Dual através de teste de cisalhamento. Foram tratados 40 cilindros de 6 mm por 4 de diâmetro por método de jateamento e cimentados a superfície vestibular de 40 dentes preparados com 1,0 mm em dentina. Os corpos de prova foram divididos em 4 grupos de 10 para utilização dos cimentos, sendo que de 10 foram divididos por 2 para diferenciar as ligas. Após cimentação, seguindo a orientação de cada fabricante, os corpos de prova foram armazenados por 7 dias em umidade relativa a 100%. Depois foram submetidos ao teste de cisalhamento. Obtidos os resultados e analisando-os estatisticamente, foi possível concluir que não houve diferença significativa considerando o poder de adesão, entre os cimentos usados nas duas ligas testadas.

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Abstract

This work has as main target to evaluate and compare the shear bond between two metal alloys (Ni-Cr and Ni-Cr-Be) cemented to teeth with four different luting agents (Panávia-Ex, Enforce, Conspan and Vivadent) through a shearing test. Forty cilinders of 6 mm hight and 4 mm in diameter have undergone a jet treatment and have been cemented to the surface of forty teeth wich had had their dentin previously hollowed in 1,0 mm. The test specimens were divided into four groups of ten so that if could be tested each one of the cements, and, in turn, each group was divided into two other groups of five in order to vary the alloys. After cementation, according to manufactures directions, the test specimens were kept during seven days under a 100% relative humidity. Following this period the shearing force tests took place. The results were statistically analised leading us to the conclusion there is no significative difference among the luting agents and metal alloys when considering the union power.

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1.Introdução

A utilização das coroas protéticas metalocerâmicas (MC) na prática odontológica apresentou acentuado crescimento nos últimos 50 anos. Atualmente, trata-se de um dos tipos de restauração indireta mais utilizada em Odontologia Restauradora, o sistema metalocerâmico trouxe significativas mudanças na execução das restaurações protéticas, (SANTOS, KATO e RODRIGUES, 2003). Esse sistema alia as propriedades de resistência da estrutura metálica à excelente estética da cerâmica, possibilitando a restauração de elementos dentais de maneira altamente satisfatória ( RIBEIRO, RODE, NEVES et al. 2005).

O uso de porcelanas aplicadas sobre ligas não nobres, chamadas alternativas obteve grande aceitação devido as propriedades mecânicas favoráveis das mesmas e, também, por apresentarem custo inferior ao das ligas nobres e semi nobres. A liga a base de Níquel-Cromo (Ni-Cr), é a principal representante destas ligas e pode ser encontrada com a adição de vários outros elementos como, por exemplo, berílio (Be). O acréscimo de Be em ligas de Ni-Cr melhora a propriedade de fusão e a interação com as cerâmicas odontológicas, porém impregna o ar atmosférico durante a usinagem, ou mesmo durante a fundição da liga, fato que exige cuidados especiais como proteção do operador e realização do processo em ambiente isolado afim de evitar possíveis contaminações. (BEZZON et all 2001).

Apesar do grau de aprimoramento das ligas metálicas e das cerâmicas, a longevidade dos trabalhos protéticos ainda é motivo de grande preocupação tanto por parte do cirurgião-dentista quanto do paciente (MUTTI, 2010). Um bom prognóstico da restauração MC encontra-se vinculada a uma série de fatores tais como: correto planejamento e execução dos preparos protéticos e da infra-estrutura metálica; qualidade da liga metálica utilizada; compatibilidade entre a cerâmica e a liga metálica escolhida; integridade estrutural e estado biológico dos dentes pilares e tecidos periodontais; grau de carga funcional

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e/ou parafuncional exercida sobre as restaurações; manutenção apropriada; controle de placa realizado pelo paciente, bem como a precisão com a qual o técnico e o profissional trabalham em todos os passos de sua confecção e finalmente a cimentação. (SANTOS, SAMPAIO E LÔBO, 2006).

A cimentação pode comprometer significativamente o sucesso de um tratamento restaurador indireto com MC, seja pela falha técnica ou habilidade do profissional, seja pelas propriedades químicas e mecânicas dos agentes cimentantes. Os cimentos convencionais utilizados na cimentação de MC, apresentam falta de aderência e infiltração marginal entre o cimento e os substratos dentais (RIBEIRO, LOPES, FARIAS et al. 2007; DELLA BONA, BORBA, BENETTI et al. 2007; CASUCCI, OSORIO, OSORIO et al. 2009 ).

SWARTZ, PHILLIPS E JHONSTON (1955) Citado por LISBOA (2005), preocupados com a infiltração marginal causada pela cimentação de restaurações MC com cimento fosfato de zinco, deram inicio às investigações clínicas e laboratoriais com cimentos a base de resinas. A princípio, esses protótipos dos cimentos resinosos atuais não possuíam características de adesão à estrutura dental ou aos metais, mas já apresentavam um tipo de condicionador de superfície que aumentava a adesão desses cimentos, ao esmalte e à dentina, embora seu mecanismo de ação não fosse conhecido.

Uma das grandes preocupações dos pesquisadores com relação a cimentação de MC são as falhas, principalmente no tocante a união dente-cimento resina-metal, como a fratura do dente-cimento resinoso, quanto a sua fragilidade e a falha adesiva decorrente do ataque ácido, do sistema adesivo, da escolha do material cimentante a ser usado na superfície, do tratamento do metal, ou seja, pelo fato de os métodos de retenção convencionais trazerem várias limitações, tornando-os insatisfatórios. (ISHIJIMAT, CAPUTO, MITO, 1992; OYAGUE, MONTICELLI, TOLEDANO, 2009).

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Outra preocupação envolve a necessidade de se saber a dinâmica da união resina ao metal, pois envolve parâmetros técnicos que podem ocasionar problemas, tais como: comprometimento da resistência mecânica de retenção, irritação do tecido gengival, microinfiltração, instabilidade da cor, perda da área para aplicação da face estética. ( STRYGLER, NICHOLLS, TOWNSEND, 1991).

Em face a esse problema, o mercado odontológico vem desenvolvendo, nos últimos anos, de maneira acentuada, ligas alternativas, cimentos resinosos, adesivos, ácidos e uma gama de produtos para viabilizar, à maior parte da população, ao acesso deste tipo de trabalho protético.

Motivo pelo qual, justifica-se a elaboração dessa pesquisa, pois cresce o interesse em conhecer o comportamento de tais materiais utilizando ligas e cimentos resinosos, para acrescentar e comparar informações com a literatura.

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2. Objetivo

Este estudo tem a proposição de comparar através do teste de cisalhamento a união produzida pelos cimentos resinosos Panavia Ex, Enforce, Varolink e Fill Magic Dual e duas ligas metálicas odontológicas, Resistal-P e Biobond II, respectivamente de Níquel-Cromo e Níquel-Cromo-Berílio, ao dente, tendo em vista o propósito de avaliar a união adesiva entre o metal tratado por jateamento com óxido de alumínio e o substrato dental.

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3. Revisão de Literatura

ISHIKIRIAMA et al. (1984), apresentaram a técnica de ataque eletrolítico para cimentação de próteses adesivas utilizando diferentes tipos de ligas encontradas no comércio brasileiro, bem como alguns resultados preliminares de resistência à ligação adesiva relacionados aos tipos de liga e ácido utilizados, que foram os seguintes: Biobond (86,6 kg/cm2), Unibond (46,4 kg/cm2), Durabond (54,6 kg/cm2), Resistal P (51,6 kg/cm2), Rexilium (231,0 kg/cm2), NiCrBe (84,2 kg/cm2). A técnica consistiu em: todas as áreas dos retentores da prótese adesiva que não devem sofrer ataque são isoladas com cera; as superfícies dos retentores a serem atacadas devem ser limpas com jato de óxido de alumínio 50 m e enxaguadas com água; a prótese é submetida ao banho eletrolítico utilizando ácido sulfúrico a 10% por três minutos; enxágua-se com água; posteriormente, a mesma deve ser limpa em ultra-som com solução de ácido clorídrico a 18% durante 10-20 minutos e enxaguada.

BARZILAY et al. (1988), avaliaram sete sistemas de retenção de resinas fotoativadas com ligas metálicas, sendo quatro químicos e três mecânicos. Dentre os sistemas químicos se encontrava o Silicoater. Foram utilizadas três diferentes ligas (Litecast B, Ticonium, Vitalium). Os autores realizaram o trabalho em duas etapas: na primeira, os sistemas foram testados individualmente; e, na segunda, criadas combinações entre as retenções mecânicas e químicas. Foi verificado que: os sistemas fornecem resultados inferiores nos testes de resistência ao cisalhamento; junto com outro sistema de retenção mecânica, o Silicoater promoveu os melhores resultados; a união

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química diminui a formação de solução de continuidade na interface metal-compósito.

AQUILINO e ARNOLD (1989), compararam a resistência de tração resina-metal de ligas de NiCrBe condicionadas eletroliticamente, com ligas tratadas com gel químico. Os agentes químicos utilizados foram: Etch-It (American Dental Suplly), Quick-Etch (Horizon Products) e Met-Etch (Presco Products). Todas as fundições após tratamento foram aderidas com cimento Conspan (Caulk Dentsply), estocadas 24 horas a 37ºC em água destilada, termocicladas por 24 horas (1080 ciclos), à temperatura de 5ºC e de 60ºC. Ao teste de tração, a resistência de união encontrada para os espécimes eletroliticamente tratados foi de 44,6 Mpa; e 31,8 Mpa para os exemplos quimicamente condicionados. Concluíram que as retenções micromecânicas, tratadas pelo condicionamento eletrolítico, são superiores às criadas pelo condicionamento químico.

SEDBERRY, BURGRESS, SCHWARTZ (1989), compararam a resistência de união entre Rexillium III (liga de NiCrBe) e uma resina cimentante, tratando o substrato metálico por tês sistemas químicos de condicionamento ácido (Assure-Etch, Met-Etch, Etch-It gel) e por condicionamento eletrolítico. As amostras foram termocicladas à temperatura de 5º e de 60ºC durante 600 ciclos. A análise estatística, feita através do teste de Tukey, indicou que a resistência de união nas amostras tratadas eletroliticamente foi superior a das amostras quimicamente condicionadas (p.<0,05).

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KOHLI et al. (1990), verificaram três diferentes tratamentos da superfície metálica quanto à força de união da resina ao metal (liga de NiCrBe). Os grupos foram tratados da seguinte maneira: Grupo A - os substratos metálicos condicionados com ácido na forma líquida (William Gold - Assure Etch) e cimentados com Conspan; Grupo B - os substratos metálicos condicionados com ácido na forma de gel e (Met-Etch) cimentado com Conspan; Grupo C - os substratos metálicos jateados com óxido de alumínio com 50 m e cimentados com Panávia. Todas as amostras, antes de teste de resistência à fratura, foram termocicladas às temperaturas de 5º e de 55ºC, onde o tempo de espera em cada temperatura consistiu em 70 segundos, perfazendo um total de 100 ciclos. O resultado da força de união das amostras tratadas com Assure - Etch foi significativamente mais elevado do que o obtido com Met - Etch e também do que o obtido com as amostras jateadas e cimentadas com Panávia. Contudo, concluíram que em face aos elevados resultados, encontrados nos três grupos, todos os tratamentos podem ser utilizados com sucesso clínico. Afirmaram, também, que a força de união obtida com esses sistemas foi no mínimo três vezes maior do que a força de união entre esmalte e resina.

CAEG et al. (1990), verificaram a força de resistência da união entre resina e metal comparando tratamento eletrolítico da superfície metálica com Silicoater. Os autores utilizaram três tipos de liga: NiCr, CoCr, Pd. Variaram também os cimentos resinosos: Conspan, Conclude e Retain. Enfatizam a desvantagem do condicionamento eletrolítico face às inúmeras variáveis do sistema. Apesar das forças mecânicas serem altas, a ausência de atração molecular impede uma superfície de contato interno, havendo formação de fendas na interface, o que propicia o início de trincas na superfície da resina.

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As limitações do sistema eletrolítico são eliminadas com a silanização. Descrevem o processo onde o agente de união silano reage com os grupos OH do SiO2, formando uma ponte Si-O-Si através da remoção do metanol,

polimerizando o grupo orgânico remanescente com a resina. Ao teste de cisalhamento, verificaram que os espécimes tratados com Silicoater apresentaram valores mais altos do que os eletroliticamente tratados na ordem de 87,9%, independente do tipo de liga ou resina cimentante. Observaram também que as fraturas foram coesivas em todos os corpos-de-prova tratados com sílica, enquanto que nos eletrolíticos os modos de fratura foram adesivos e coesivos. Nos corpos-de-prova, onde associaram os dois sistemas de tratamento do metal, observaram que as retenções mecânicas causadas pelo condicionamento eletrolítico, antes do tratamento com sílica, diminuíram a resistência de união, possivelmente devido à queda da energia superficial e à formação de fissuras as quais não permitiram tratamento adequado com Sílica.

FUKUI e HASEGAWA (1990), propuseram estudo para investigar a relação da resistência de união entre resina e metal usando Silicoater, variando as condições de jateamento. Foram usados 2 tipos de liga: AgPd e NiCr. As partículas de óxido de alumínio, usadas para jateamento, compunham-se de duas granulometrias: 37 m e 250 m, a pressões de 3 kgf/cm2, 5 kgf/cm2 e 7 kgf/cm2. Os tempos de jateamento utilizados consistiram em 10, 30 e 45 segundos. As amostras foram submetidas aos testes uma semana após, onde parte foi mantida seca e parte sofreu termociclagem. Verificaram que, em condições secas, não se encontraram diferenças significativas variando o jateamento; porém, concluíram que as peças jateadas apresentaram valores duas vezes maiores quando comparadas às não jateadas. Observaram que os corpos-de-prova termociclados apresentaram valores inferiores aos corpos

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mantidos secos, e que os corpos jateados com partículas de 250 m forneceram resultados superiores àqueles obtidos com partículas de óxido de alumínio com granulação de 37 m.

HOFSTEDE et al. (1990), verificaram a resistência de união entre Panávia-Ex e superfícies metálicas fundidas com ligas AuPd, AgPd e NiCr, quando tratadas com: jateamento usando óxido de alumínio com 50 m de granulometria; cobertura de estanho; ou remoção da camada do óxido da superfície com ácido fluorídrico. Os corpos-de-prova foram estocados 7 dias em água a 37ºC e, então, submetidos ao teste de cisalhamento. Nas amostras, de onde foi removido a camada de óxido, verificaram redução significativa na resistência de união. Os resultados demonstraram resistência superior a 20 Mpa entre Panávia-Ex e ligas de NiCr e as ligas de AuPd com cobertura de estanho. Afirmam os autores a importância de presença da camada de óxido na união resina-metal.

BARZILAY et al. (1990), avaliaram a resistência de união entre resina e metal utilizando dois tipos de ligas: Tytin e Litecast B. As superfícies metálicas foram tratadas com: Soperbond CB, Cover Up I, Cover Up II, D II (todos contendo 4-META) e Panávia. Posteriormente, foram recobertas com resina Durafill VS e Silux. Os corpos-de-prova foram termociclados 300 vezes e submetidos ao teste de cisalhamento. Os resultados foram superiores com Panávia e Superbond CB em ambas as ligas.

BREAZEALE et al. (1991), compararam a resistência ao cisalhamento entre Panávia-Ex e metal, fundidos com liga de níquel-cromo-berílio, onde variaram o tratamento da superfície metálica. Entre as formas de tratamento do

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metal estavam Silicoater e Silicoater associado à resina sem carga. Após aplicação do Panávia, as amostras foram estocadas em solução salina durante 24 horas e depois termocicladas. Após teste de cisalhamento, os autores verificaram maiores resultados entre Panávia e metal tratado pelo processo Silicoater associado à resina sem carga.

IMBERY, BURGESS e NAYLOR (1991), compararam a força de união entre ligas metálicas e cimentos resinosos, utilizando dois tipos de liga metálica: Rexillium e Olympia. Utilizaram-se, também, três cimentos resinosos: Conspan, Panávia-Ex e C&B Metabond. Após as fundições dos espécimes, as superfícies metálicas foram tratadas por dois métodos diferentes: Sistema Silicoater e jateamento seguido de cobertura de estanho por eletrólise. Os grupos sofreram subdivisão para utilização dos diferentes cimentos. Para o grupo-controle confeccionaram corpos-de-prova com Rexillium tratados eletroliticamente e cimentados com Conspan. Após termociclagem, foi feita análise estatística e se concluiu que as amostas fundidas com a liga Olympia jateadas e tratadas com cobertura de estanho, cimentadas com Panávia, apresentaram os resultados mais altos quanto a resistência à tração. Ao compararem os resultados com grupo-controle e as amostras que sofreram cobertura de estanho, tanto os corpos-de-prova de Rexillium ou Olympia tiveram significativa variação nos resultados de acordo com o cimento utilizado, enquanto que o grupo das fundições com Rexillium, que foi silanizado, apresentou força de união significativamente mais alta do que o grupo da liga Olympia que sofreu sinalização, independente do tipo de cimento empregado.

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O’KEEFE et al. (1991), verificaram a resistência da união de metal ao cemento das raízes de 60 caninos que haviam sido extraídos, usando dois tratamentos no metal: jateamento e Rocatec. O metal para fundição consistiu em uma liga de NiCrBe (Rexillium III). As fundições foram fixadas com três diferentes cimentos: Panávia, Superbond e Dicor e estocados em água a 37ºC por 24 horas. Posteriormente, foram submetidos ao teste de tração com velocidade 0,05 kgf/min. Nas amostras jateadas, não houve diferença significativa entre os diferentes cimentos empregados. Os maiores valores de resistência de união foram obtidos nos espécimes tratados com Rocatec e cimentados com Superbond.

SCHNEIDER, POWERS e PIERPONT (1991), mediram a resistência de união entre metal-resina, utilizando liga de NiCrBe e liga de AuPd. Trataram-se as amostras com Silicoater, Silicoater MD, e condicionamento ácido. Posteriormente, foram estocadas em água a 37ºC por 24 horas e termocicladas a temperaturas de 5ºC e de 55ºC num total de 1000 ciclos. Os resultados indicaram que, independente do tipo de tratamento da superfície metálica, a resistência de união mostrou-se mais alta nos corpos fundidos com liga NiCrBe. A resistência de união das ligas de AuPd acondicionadas foi a mais baixa; contudo, os resultados com Silicoater, Silicoater MD e Rocatec nessas ligas não mostraram valores significantes.

STRYGLER, NICHOLLS e TOWNSEND (1991), examinaram quatro mecanismos de retenção química entre resina e metal, em relação à microinfiltração na interface liga-resina. Os substratos foram divididos em 5 grupos: Silicoater (camada de silano), Panávia-Ex (BISGMA), Superbond C&B (4-META), A.B.C. (uretano) e grupo-controle (jateado com óxido de alumínio).

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Após tratamento da superfície metálica, os corpos foram cobertos com resina opaca e mergulhados em tinta vermelha-índio a 37ºC por 72 horas para posterior cálculo de microinfiltração. Verificaram que, com o mecanismo de retenção química dos materiais Superbond C&B, Silicoater e Panávia-Ex, obtiveram menor microinfiltração do que com o do material A.B.C. e com o das amostras-controle. Relacionaram a microinfiltração à contração de polimerização da resina e à diferença do coeficiente de expansão térmica entre liga e resina.

PRÖBSTER e KOURTIS (1991), testaram seis tipos de sistemas de retenção resina-metal, entre eles o Silicoater, utilizando como controle o jateamento. Cada sistema foi testado com trinta peças metálicas fundidas em níquel-cromo. Prontas, as amostras foram divididas em três grupos: 1) armazenado a seco; 2) armazenado em água por vinte e quatro horas e termociclado; 3) armazenado dois meses em água e termociclado. Os autores verificaram que todos os sistemas melhoraram a união resina-metal quando comparados ao grupo-controle. O armazenamento em água e a termociclagem, entretanto, afetaram os sistemas diferentemente, sendo que o Sistema Silicoater reteve toda a sua capacidade de união.

LOPES, BASTOS e MONDELLI (1991), compararam seis técnicas de retenção utilizadas em prótese adesiva, verificando a resistência à tração. Os métodos retentivos aplicados foram: tela fundida, esfera de resina, técnica do sal, retenções ponteadas, ataque eletrolítico, utilizando o Panávia como material cimentante. Posteriormente, os padrões foram incluídos e fundidos. Observaram os autores que, nos corpos-de-prova que sofreram ataque eletrolítico, algumas ligas apresentaram eletropolimento na sua superfície,

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como o caso da liga Durabond MS e Microdent, sendo portanto contra-indicadas em prótese adesiva tratada por esse sistema. Enfatizam ainda a dificuldade de se verificar visualmente a aplicação do condicionamento eletrolítico. As resinas utilizadas para fixação das próteses foram Conspan e Adaptic. Verificaram que, das ligas atacadas eletroliticamente, a Biobond II apresentou maiores valores de resistência à tração. Entre todas as condições testadas, a que apresentou maior resistência à tração foi a tela fundida conjugada à resina Conspan. A resina Panávia-Ex foi a que apresentou maior uniformidade de comportamento, apesar de os valores de resistência à tração não serem os maiores.

SMITH et al. (1991), compararam a resistência de união entre resina e metal, variando o tratamento da superfície metálica. Os métodos empregados foram condicionamento eletrolítico e Silicoater. Usaram-se Panávia e Conspan, como resinas cimentantes. Os corpos-de-prova subdivididos em: a) termociclados durante 7 dias; b) termociclados durante 42 dias; c) armazenados em água a 37º durante 7 dias; d) armazenados em água a 37ºC durante 42 dias. Verificaram, após teste de cisalhamento, que o Silicoater produziu maior resistência de união em curto tempo, em ambos os casos termociclados ou mantidos em água; contudo, a força de adesão diminuiu em 30% após 42 dias.

GODOY et al. (1991), realizaram estudo verificando resistência ao cisalhamento de dois cimentos resinosos, Panávia e Conspan a próteses metálicas tratadas por 2 diferentes métodos: condicionamento eletrolítico e jateamento com areia. As ligas metálicas utilizadas foram Rexillium III e Litecast B. Os resultados mostraram que a resistência de união da resina ao

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metal depende do tratamento superficial da liga e do tipo de cimento utilizado. Em relação ao modo de fratura, 80% dos casos ocorrem na interface cimento-metal. Relatam, também, que os resultados obtidos nesse estudo são suficientes para sucesso clínico; no entanto, são necessárias avaliações adicionais.

VERZIJDEN et al. (1992), investigaram a resistência entre vários cimentos resinosos e uma liga de NiCr, a qual teve sua superfície tratada por 4 maneiras diferentes: condicionamento eletrolítico, jateamento, cobertura de silano (Silicoater), cobertura de estanho. As superfícies tratadas com condicionamento eletrolítico mostraram bons resultados de união na maioria dos casos; porém, algumas falhas adesivas ocorreram. As amostras que sofreram cobertura de estanho apresentaram freqüentemente falha na interface resina-metal possivelmente relacionada à falha na deposição da fina camada de estanho. Os melhores resultados foram encontrados nas superfícies jateadas e sinalizadas.

HANSSON e MORBEG (1992), abordaram clinicamente e união de próteses adesivas usando Sistema Silicoater. Abordam diferentes variáveis responsáveis pelo insucesso clínico das próteses adesivas como: método do preparo dos dentes pilares; confecção de estrutura metálica; diferentes mecanismos de retenção resina-metal; critério de seleção do caso clínico. Prepararam 34 próteses, sendo que somente 30 foram reexaminadas após 41 meses. Para a fundição das próteses, utilizaram dois tipos de liga preciosa e uma liga de cobalto-cromo. A cimentação das próteses, após tratamento do metal com Silicoater e do condicionamento do esmalte dentário, foi feita com Conspan (Caulk/Dentsply). O percentual de insucesso na adesão após 5,5

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anos foi de 2,0% ao ano. Somente dois casos, após 37 e 38 meses respectivamente, se desprenderam. Aproximadamente 78% das fraturas ocorreram na interface resina-liga e 30% na interface resina-esmalte. Relatam que inúmeros estudos afirmaram que a técnica do Silicoater é mais eficiente em ligas de cobalto-cromo; porém, nesse trabalho, a maior parte das unidades foi confeccionadas com liga de ouro e o percentual de descolagem foi mínimo.

YOSHIDA et al. (1993), avaliaram a resistência de união entre resina fotopolimerizável em dois tipos de liga: uma CoCr e outra de AgPdCuAu, utilizando adesivos na interface resina-metal. Após aplicação dos “primers” adesivos, onde um continha 4-META e outro monômero de ácido fosfórico (MDP), uma resina opaca foi colocada sobre a estrutura metálica antes do posicionamento da resina fotoativada Dentacolor. Prontos, os corpos-de-prova foram imersos em água a 37ºC por 24 horas e, então, termociclados em água a 4ºC e 60ºC por 1 minuto perfazendo 20.000 ciclos. Após teste de cisalhamento, os resultados indicaram que o “primer” com MDP foi o mais eficaz na união da resina às ligas de CoCr. Verificaram, também, que os adesivos contendo 4-META e MDP não resultaram em alta resistência à união quando aplicados a metais nobres face à dificuldade de formação de óxido e que para criar uma camada de óxido sobre a superfície dos metais nobres, vários métodos vêm sendo desenvolvidos a fim de aumentar a força de união desses metais à resina.

BURGESS et al. (1994), mediram a resistência adesiva por cisalhamento de uma resina fotoativada a ligas de metal básico e ligas de metal nobre após a aplicação de adesivos dentinários na superfície metálica. Os corpos de prova foram microjateados com pó de óxido de alumínio de 50

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mm, lavados e secados. Aplicaram-se os seguintes adesivos dentinários: AllBond 2, Universal Bond 3 , ART Bond, Scotchbond MP, Optibond e GC seguidos da aplicação da resina composta. Os corpos de prova foram termociclados (06° C a 60° C ) em 2 510 ciclos e depois armazenados em água destilada por 03 semanas. Como resultado as resistências adesivas foram maiores na liga de metal básico de NiCrBe (All Bond 2 13,18 MPa e Scotchbond MP 11,88 MPa) quando comparadas com as ligas de metal nobre com 86% de Au (All Bond 2 - 7,09 MPa e Scotchbond MP - 7,49 MPa) em média.

OMURA & KAWASHIMA (1994), compararam a resistência adesiva do cimento resinoso adesivo Panavia 21 (Kuraray,Co.) com a do seu antecessor Panavia Ex (Kuraray,Co.). Foram comparados os seguintes substratos esmalte, dentina, liga de NiCr, liga áurica (70% de Au) e porcelana. Como conclusão dos resultados apresentados, os autores comentaram que a resistência adesiva do Panavia 21 (Kuraray Co.) é superior à do Panavia EX (Kuraray,Co.) em todos os substratos testados.

CZERW et al. (1995), comentaram que a adesão de uma resina composta à cerâmica é maior do que esta ao metal, em casos de reparos de próteses metálocerâmicas. O microjateamento com pó de óxido de alumínio é um método simples de se promover uma microrretenção na superfície metálica, incrementando a união das resinas compostas. O intuito deste trabalho foi avaliar se alguns sistemas adesivos atuais poderiam unir a resina composta ao metal microjateado sem a necessidade de se empregar outros

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tratamentos. Corpos de prova em NiCrBe (Rexillium III - Jeneric Gold,Co.) foram inicialmente microjateados com pó de óxido de alumínio de 50 mm, sob uma pressão de 80 lb/pol2 por 10 segundos, mantendo uma distância de 04- 05 cm da superfície metálica. Aplicaram-se os seguintes sistemas adesivos nos corpos de prova microjateados, seguindo as instruções do fabricante: Optibond (Kerr), All-Bond 2 (Bisco), Prisma Universal Bond 3 (Dentsply), Restobond 4 (Lee Pharmaceuticals) e Amalgamabond Plus HPA (Parkell). A resina empregada foi o Herculite XRV (Kerr). Os conjuntos foram armazenados por 120 dias a 37° C em água destilada , sendo então termociclados (500 ciclos de 06° C a 60° C). Os testes de cisalhamento foram executados e os resultados, em ordem decrescente de resistência adesiva (MPa), em média, foram: Amalgamabond Plus HPA (Parkell) 18,76, All-Bond 2 (Bisco) 14,28, Optibond (Kerr) 13,98, Prisma Universal Bond 3 (Dentsply) 12,49 e Restobond 4 (Lee Pharmaceuticals) 10,28 . Os autores concluiram que todos os sistemas adesivos testados promoveram uma adesão da resina composta ao metal e que os testes laboratoriais foram promissores. Entretanto, seriam necessários testes clínicos de longa duração para uma avaliação mais efetiva destes sistemas adesivos aos metais.

BURMANN (1995), avaliou a resistência adesiva, por tração, de dois cimentos resinosos (C&B Luting Composite – Bisco e Panavia Ex – Kuraray,Co.) e um de ionômero de vidro (Ketac Cem – Espe) a três ligas (Degudent U {AuPd} - Degussa S/A; Pors-On {AgPd} – Degussa S/A e Co- Span {NiCrBe} – Ceramodental Ltda.) sob três tratamentos dados às ligas (polimento, microjateamento e microjateamento com oxidação). Os corpos de

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prova, após as cimentações entre si, foram termociclados, armazenados em solução fisiológica a 37° C e testados por tração nas idades de 02, 90 e 180 dias. Considerando-se o experimento como um todo , verificou-se um melhor desempenho desses cimentos frente a liga de metais básicos; a oxidação das ligas testadas proporcionou uniões adesivas mais resistentes do que as obtidas com o microjateamento (pó de óxido de alumínio) que também originou uniões mais resistentes que o polimento. O cimento Panavia Ex proporcionou uniões adesivas mais resistentes do que as obtidas a partir do C&B Luting Composite e Ketac Cem, que proporcionaram uniões com resistência adesiva semelhante. O fator idade das amostras atuou negativamente sobre as uniões obtidas. Através da microscopia eletrônica de varredura e de uma lupa estereoscópica, observou-se que os cimentos Panavia Ex e Ketac Cem falharam predominantemente de forma coesiva, enquanto que com o C&B Luting Composite as falhas foram especialmente do tipo adesiva.

ASMUSSEN et al. (1996), mediram a energia de aderência de cimentos resinosos a uma liga de NiCr (Rexillium III - Jeneric), após pré-tratamento da liga com uma solução ácida (solução cetônica a 03% de ácido maleico) ou um primer (solução cetônica a 03% de N,N-dietanol -p-toluidina). Os autores concluiram que o componente polar da energia livre de superfície aumentou com os tratamentos efetuados. Os resultados mostraram, ainda, que houve um aumento de 22% a 54% na energia de aderência dos cimentos resinosos à liga testada. Os autores comentaram que a eficácia dos primers para metal existentes no mercado se deve a moléculas ativas contendo grupos polares.

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Estes grupos alterariam a superfície metálica através de um aumento nas interações polares com o cimento resinoso aplicado subseqüentemente.

PEGORARO et al. (1997), empregaram dois tipos de aparelhos para microjateamento , o Tri-jato (Odonto Larcon), com pó de óxido de alumínio de 125 mm, e o Micro-Etcher (Danville Enginnering), com pó de óxido de alumínio de 50 mm , avaliaram a resistência adesiva por tração de duas ligas metálicas que tiveram suas superfícies de cimentação tratadas por esses aparelhos. Os corpos de prova em liga de NiCr (Durabond MS - Dental Gaucho, Marquart e Cia) e CuAl (Duracast - Dental Gaucho, Marquart e Cia) foram cimentados entre si com o cimento resinoso adesivo Panavia Ex (Kuraray,Co.). Os resultados mostraram para o Micro-Etcher (50 mm) uma resistência adesiva média de 6,2 MPa para a liga de NiCr e 4,4 MPa para a liga de CuAl . Com o Tri-jato (125 mm) a resistência adesiva média para a liga de NiCr foi de 5,6 MPa e 3,6 MPa para a liga de CuAl . Como conclusões, os autores comentaram que a resistência adesiva da liga de NiCr foi significativamente maior do que a resistência adesiva da liga de CuAl , independente do aparelho utilizado para o tratamento superficial das ligas e, que não foi encontrada diferença estatistica significativa entre os tratamentos realizados para as duas ligas.

YOSHIDA et al. (1997), avaliaram a resistência adesiva por cisalhamento de quatro cimentos resinosos (Imperva Dual - Shofu, Inc., Panavia 21 - Kuraray,Co., SuperBond C&B - Sun Medical e Bistite Resin Cement - Shimadzu,Corp.) a uma liga de CoCr (Metacast - Sun Medical)

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empregando primers para metal como promotores de adesão. Foram avaliados o Cesead Opaque Primer (Kuraray,Co.) tendo como monômero adesivo o 10- MDP e o Metal Primer (GC) tendo como monômero adesivo o MEPS. Realizados os testes e avaliados os resultados, os autores concluíram que o Metal Primer (GC) foi ineficaz em aumentar a resistência ao cisalhamento dos cimentos resinosos Imperva Dual (70 MPa), SuperBond (50 MPa) e Bistite Resin Cement (53 MPa). O Metal Primer parece ser mais efetivo em ligas nobres do que em relação às ligas de metal básico. A aplicação do Cesead Opaque Primer, contendo 10-MDP, foi o mais efetivo em aumentar a resistência ao cisalhamento e manter a durabilidade da união dos cimentos resinosos Imperva Dual (66 MPa), SuperBond C&B (55 MPa) e Bistite Resin Cement (65 MPa) a liga de CoCr testada. Para o cimento resinoso adesivo Panavia 21, que contém o 10-MDP em sua composição, a aplicação dos dois tipos de primers ou a não aplicação resultaram em resistências adesivas acima de 66 MPa mesmo após termociclagem. Em todos os casos o grupo controle, que só recebeu o microjateamento com óxido de alumínio de 50 mm, apresentou uma média de resistência adesiva de 55 MPa. Segundo os autores, parece que o grupo éster fosfato presente no 10-MDP foi mais reativo aos óxidos de cromo presentes na superfície da liga do que os grupos de ácido carboxílico, presentes na composição dos cimentos resinosos Imperva Dual (4-AET) , SuperBond C%B (4-META) e Bistite Resin Cement (MAC10).

BURGER (1999), avaliou a resistência adesiva imediata por tração de cinco cimentos resinosos e um de fosfato de zinco a uma liga de NiCr microjateada com óxido de alumínio de 50 mm e 60 – 80 lb/pol2. O objetivo do

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trabalho foi avaliar a importância da adesividade, sistema de polimerização e fotoativação desses cimentos resinosos na união com a liga metálica após 01 hora da cimentação dos corpos de prova, visando simular uma condição clínica de trabalho. Como conclusão o autor mostrou que os cimentos resinosos adesivos (Panavia 21 e Panavia Fluoro Cement, Kuraray,Co.) apresentaram as mais altas resistências adesivas (em média, 35 MPa) em relação aos cimentos resinosos não adesivos (Cement-it – Jeneric/Pentron, 3M Rely X - 3M e Nexus- Kerr). Todos cimentos resinosos de dupla polimerização (Panavia Fluoro Cement, 3M Rely X e Nexus) apresentaram uma diminuição significativa das resistências adesivas quando não se promoveu a fotoativação durante a cimentação. Os cimentos resinosos não adesivos de dupla polimerização 3M Rely X e Nexus foram inferiores na promoção de uma resistência adesiva satisfatória (15 MPa em média) em relação ao cimento resinoso não adesivo de polimerização química, Cement-it (23 MPa). Apesar das diferenças apresentadas entre os cimentos resinosos, todos apresentaram uma média de resistência adesiva significativamente maior que o tradicional fosfato de zinco (2,4 MPa).

MARTUCI et al. (2000), avaliaram a resistência adesiva por tração de três cimentos a uma liga de NiCr (Litecast B). Os cimentos empregados foram: um de ionômero de vidro convencional (Ketac-Cem), um de ionômero de vidro resino-modificado (Vitremer) e um resinoso (Enforce) associado ao seu primer e adesivo. Corpos de prova em NiCr (0,6 cm de diâmetro) foram primeiramente padronizados com lixa # 200, aquecidos a 1010° C por 05 minutos e microjateados com óxido de alumínio (N Martins). Após as cimentações, os

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corpos de prova foram armazenados em água destilada por 01 e 90 dias e termociclados. Os resultados mostraram uma baixa resistência adesiva para todos os cimentos que , entretanto, apresentaram um aumento após o tempo de armazenamento. O Ketac-Cem apresentou 6 MPa para o valor mais alto e o Vitremer e Enforce 11 MPa e 15 MPa , respectivamente. Os autores chamaram a atenção que o cimento resinoso associado somente com o primer ou com o primer e adesivo, apresentaram resistências mais baixas quando comparadas ao mesmo cimento associado somente ao seu adesivo. (8,2 – 9,5 – 15 MPa, respectivamente). Mota & Pires (2000) avaliaram três tratamentos de superfície em corpos de prova confeccionados em NiCr e cimentados entre si com um cimento resinoso para verificar o seu efeito nas resistências adesivas. Foram avaliados a asperização com lixa # 400, o microjateamento com óxido de alumínio de 50 mm e 80 lb/pol2 de pressão e o condicionamento eletrolítico da liga. Os autores concluíram que os resultados obtidos com o microjateamento foram significativamente superiores aos outros dois tratamentos que por sua vez não apresentaram valores diferentes entre si.

BARKMEIER & LATTA (2000), avaliaram a resistência adesiva por cisalhamento de corpos de prova cilíndricos (0,32 cm de diâmetro) confeccionados em NiCrBe (Rexillium – Jeneric/Pentron) cimentados com o cimento resinoso adesivo Panavia 21 (Kuraray, Co.), a corpos de prova confeccionados em metal nobre (Firmilay, JF Jelenko) e amálgama de prata (Dispersalloy, Caulk Dentsply). Os corpos de prova em NiCrBe receberam apenas um microjateamento com óxido de alumínio de 50 mm. Para a liga nobre e o amálgama os autores realizaram o seguinte tratamento na superfície

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a ser unida: 1 – primer para metal (Alloy Primer – Kuraray,Co.), 2 – adesivo dental (ED Primer – Kuraray,Co.), 3 – primer para metal + adesivo dental e 4 – estanhamento como grupo controle. Após as uniões, metade dos corpos de prova foram armazenados em água destilada a 37° C por 24 horas e a outra metade por 90 dias e depois termociclada (1 000 ciclos de 5° C a 55° C). Como resultados, os autores mostraram que o estanhamento, nas duas condições observadas (24 horas e 90 dias), foi o melhor tratamento realizado na liga nobre (50 MPa em média) seguido do tratamento com o primer para metal isoladamente (46 MPa em média), mas não significativamente diferentes. Nesse caso a associação do primer para metal com o adesivo dental não proporcionou valores maiores (40 MPa , em média). O adesivo dental isoladamente apresentou o valor mais baixo (34 MPa, em média). Já para o amálgama, nas duas condições observadas, o melhor tratamento foi a aplicação do primer para metal isoladamente (38 MPa, em média) seguida do estanhamento (31 MPa, em média).

OLIVEIRA et al. (2000), avaliaram a resistência adesiva de corpos de prova confeccionados em ligas de NiCr (Durabond – Odonto Comercial Importadora Ltda) cimentados a dentes bovinos com 02 cimentos resinosos: um de polimerização química, o Comspan (Dentsply) e um de dupla polimerização, o Enforce (Dentsply). O objetivo da pesquisa foi avaliar qual o melhor tratamento dado aos corpos de prova metálicos para união com os cimentos resinosos. Foram avaliados 05 tratamentos: 1 – macrorretenções com auxílio de grãos de Cloreto de Sódio, 2 – condicionamento eletrolítico, 3 –

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asperização com ponta abrasiva diamantada # 2136, 4 – microjateamento com óxido de alumínio de 50 mm e 45 lb/pol2 e 5 – idêntico ao grupo 4 , mas com variação no tamanho do abrasivo (120 mm). Os corpos de prova tratados foram cimentados aos dentes empregando uma pressão de 0,8 MPa. Os conjuntos cimentados foram armazenados em água destilada a 37° C por 24 horas sendo, após este período , submetidos aos testes por cisalhamento. Os resultados mostraram que os maiores valores foram obtidos com o tratamento de macrorretenção (5,42 MPa para o Comspan e 13,00 MPa para o Enforce) e os menores valores foram registrados para a asperização com ponta abrasiva diamantada (4,47 MPa para o Comspan e 4,80 MPa para o Enforce). O microjateamento com abrasivo de 50 mm foi melhor que o com 120 mm para os dois cimentos. O microjateamento com abrasivo de 50 mm foi semelhante às macrorretenções (4,47 MPa para o Comspan e 10,29 MPa para o Enforce). Segundo os autores nessa pesquisa a macrorretenção foi superior aos outros tratamentos , para os corpos de prova em NiCr, sendo que o microjateamento com pó de óxido de alumínio de 50 mm ofereceu bons resultados com o

cimento resinoso Enforce.

YOSHIDA et al. (2001), avaliaram a resistência adesiva por cisalhamento de três cimentos resinosos (Imperva Dual - Shofu,Corp.- Panavia 21 - Kuraray,Co. - SuperBond C&B - Sun Medical) a duas ligas metálicas sendo uma nobre (AgPdCuAu) e um básica (CoCr) (Castwell M.C.12 - GC e Metacast -Sun Medical respectivamente). Empregaram-se para incrementar a união três primers para metal; o Metal Primer da GC que contém o monômero adesivo MEPS, o V-Primer da Sun Medical que contém o monômero adesivo

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VBATDT e o Cesead Opaque Primer da Kuraray,Co. que contém o monômero adesivo 10-MDP. Como resultado, os autores mostraram que a aplicação do Metal Primer foi eficaz em aumentar a resistência adesiva dos três cimentos à liga nobre em comparação a mesma liga na qual não se aplicou esse primer para metal (49 MPa em média com primer e 39 MPa sem primer). A aplicação do Cesead Opaque Primer registrou os maiores valores de resistência adesiva (na liga de CoCr) para os cimentos resinosos Imperva Dual (64,5 MPa com primer e 43,3 sem primer) e SuperBond C&B (41,1 MPa com primer e 32,2 MPa sem primer) após termociclagem de 50 000 ciclos. O cimento resinoso adesivo Panavia 21 não apresentou diferenças significativas nas resistências adesivas à liga de CoCr com ou sem a aplicação do Cesead Opaque Primer para todas as termociclagens (67 MPa em média). Parece que o Metal Primer (MEPS) foi efetivo em unir quimicamente a resina as ligas nobres e, por isso, permite a eliminação de qualquer outro tratamento na superfície metálica dessas ligas. O V-Primer (VBATDT) somente aumentou a resistência adesiva do cimento resinoso adesivo SuperBond C&B à liga nobre (50 MPa em média). Os monômeros adesivos promoveram uma união forte às ligas de metal básico, pois possuem uma afinidade aos óxidos metálicos como os de cromo, estanho e cobre. O monômero adesivo 10-MDP promoveu uniões maiores que o monômero 4-META, pois foi mais susceptível de reagir quimicamente com os óxidos de cromo presentes na liga de CoCr. Como conclusão final, os autores acreditaram que a combinação de primers específicos para os metais e o emprego de cimentos resinosos eliminariam tratamentos, muitas vezes complicados, realizados na superfície metálica. Parece que esta associação promoveria uma longevidade das próteses cimentadas adesivamente.

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JACQUES (2003), se propôs a investigar diferentes aspectos de alguns materiais utilizados na confecção de restaurações metalocerâmicas: liga de Au-Pt, liga de Co-Cr e ouro eletrodepositado. No teste de resistência de união, superfícies planas foram preparadas em dentina de 30 molares humanos; cilindros metálicos foram cimentados com dois cimentos resinosos (Variolink II e Panavia F) e os corpos-de-prova (cps) foram submetidos ao ensaio mecânico de tração. Para os testes de microinfiltração e adaptação marginal, 60 pré-molares foram preparados para coroa total e os mesmos cimentos resinosos foram usados na cimentação das restaurações metalocerâmicas. Após a imersão em solução azul de metileno a 0,5%, os cps foram seccionados no centro da restauração, no sentido mesio-distal e vestíbulo-lingual, obtendo-se quatro pontos de referência, nos quais o grau de microinfiltração marginal foi determinado. Posteriormente, o desajuste foi mensurado nestes mesmos cps. Copings foram confeccionados para avaliação de microdureza Vickers e das características microestruturais dos substratos metálicos, antes e após a simulação dos ciclos de queima de porcelana. Os resultados de todos os testes executados foram submetidos à análise de variância e o teste de Tukey (5%) foi empregado para verificar diferenças significativas entre os grupos. Tanto no ensaio de resistência de união, como nos testes de microinfiltração e adaptação marginal, não houve diferença estatística entre os cimentos resinosos. A liga de Co-Cr apresentou maiores valores de resistência adesiva que a liga de Au-Pt e o ouro eletrodepositado. A média dos valores de microinfiltração foi baixa em todos os grupos

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avaliados, ou seja, inferior ou próximo ao escore 1. Nenhum dos sistemas utilizados nesse estudo foi capaz de evitar a microinfiltração marginal, pois mesmo em pequeno grau, esta esteve sempre presente. As restaurações de metalocerâmicas obtidas por eletrodeposição de ouro apresentaram maior desadaptação marginal que as coroas fundidas em liga de Au-Pt e em liga de Co- Cr. Porém, as restaurações apresentaram desajuste marginal dentro do limite aceitável. A liga de Co-Cr apresentou os maiores valores de microdureza Vickers e não foi influenciada pelo tratamento térmico. Já na liga de Au-Pt e o ouro eletrodepositado, a situação dos ciclos de queima de porcelana reduziu a dureza superficial.

PARSA et al. (2003), realizaram um estudo para comparar a resistência adesiva por tração ao esmalte dentário de uma liga básica de Ni-Cr-Be (Argeloy N.P., The Argen Co., San Diego, USA), e um a nobre de Au-Pd-Ag-In-Sn-Ru (Argedent 52, The Argen Co., San Diego, USA) , tratadas com um primer metálico, Alloy Pr imer (Kuraray Co, Osaka, Japan), e/ou deposição superficial de estanho ( tin-plate) . Vinte discos da liga nobre ( Au-Pd-Ag-In-Sn-Ru) foram tratados com o tin-plate , outros vinte (Au- Pd-Ag-In-Sn-Ru) receberam um a camada do Alloy Pr imer e mais vinte discos de Ni-Cr-Be foram jateados com óxido de alumínio. Todos foram cimentados ao esmalte de molares humanos com o cimento resinoso Panavia F (Kuraray Co, Osaka, Japan) e armazenados em água a 37°C, sendo que metade por 24 horas e a outra metade por 7 dias. Todos os corpos de prova sofreram termociclagem (500ciclos) . As amostras de liga nobre com tin-plate apresentaram média de adesão

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significativamente maior (24 horas - 9,33 M Pa e 7 dias – 11,65 MPa) do que aquelas ligas nobres tratadas com o Alloy Primer (24 hor as – 6,11 e 7 dias – 5,45 MPA). A liga tratada com o Alloy Primer também se mostrou inferior à liga de metal básico jateada (24 horas – 10,61 MPa e 7 dias – 6,94 MPa). As amostras armazenadas por 7 dias mostraram maior resistência à tração do que as armazenadas por 24 horas. Segundo o autor pode ter havido algum processo de oxidação maior da camada de estanho durante o período prolongado de armazenamento. As amostras de metal básico se mostraram menos resistentes ao armazenamento por uma semana e apresentaram adesão significativamente menor do que as amostras armazenadas por 24 horas. Os autores concluíram que o tratamento com o tin-plate promove maior adesão de ligas de metal nobre ao esmalte do que o Alloy Primer.

ANDRETTI, MAIA E PRATES (2004), avaliaram a resistência de união à tração de duas marcas comerciais de cimento resinoso de dupla ativação e dois cimentos de ionômero de vidro para fixação a uma liga metálica de Ni-Cr, aos 15 minutos e 24 horas de armazenamento após o tem po de presa. Cento e vinte e cinco cilindros de Ni-Cr foram cimentados entre si e divididos em grupos: 1) Relyx CRA – 15minutos (R-15); 2) Relyx CRA – 24 horas (R-24); 3) Bistite II DC – 15 minutos (B-15); 4) Bistite II DC – 24 horas (B-24); 5) Ketac-Cem – 15 minutos (K-15); 6) Ketac-Cem – 24 horas (K-24); 7) Vivaglass Cem PL – 15 minutos (V-15) e 8) Vivaglass Cem PL – 24 horas (V-24) . As médias de resistência adesiva for am respectivamente: 10,1 MPa; 12,9 MPa; 18,4 MPa; 21,1 MPa; 7,7 MPa; 9,6 MPa; 3,3 MPa e 11,0

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MPa. Os autores concluíram que os grupos com o Bistite II DC mostraram resistências adesivas estatisticamente superiores aos demais, e que não houve diferença entre os cimentos resinosos armazenados com 15 minutos e 24 horas.

BADINI et al. (2008), em seu estudo, concluíram que os cimentos de polimerização dual são os indicados para a cimentação de restaurações metálicas ou não, por apresentarem vantagens como melhores propriedades mecânicas, tempo de trabalho, cura dual, controle da contração de polimerização e maior facilidade na remoção dos excessos no ato da cimentação e que o preparo prévio, tanto do dente preparado quanto da peça que vai ser cimentada, é de fundamental importância uma vez que a resistência adesiva da restauração cimentada não se relaciona apenas às propriedades do cimento resinoso.

NUNES et al. (2010), com objetivo analisar a resistência à remoção por tração de pinos pré-fabricados de aço inoxidável cimentados com um cimento quimicamente ativado e dois de dupla ativação, utilizaram trinta dentes pré-molares inferiores humanos unirradiculares extraídos, que tiveram seus canais radiculares tratados endodonticamente e suas coroas removidas. As raízes foram divididas em três grupos: Grupo 1 – RelyX U100®, Grupo 2 - Multilink® e Grupo 3 - Panavia F®. Após serem incluídas em tubos de PVC, as raízes tiveram seus canais preparados para os pinos Reforpost II nº 4 que foram cimentados de acordo com as instruções do fabricante de cada cimento e os ensaios de tração realizados em uma máquina de ensaios universal na

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velocidade de 0,5mm/min. Os valores da força máxima de tração para a descimentação dos pinos foram registrados e analisados estatisticamente (ANOVA). As médias da retenção proporcionada pelos cimentos (Kgf) e os respectivos desvios padrão foram: Grupo 1: 15,25±4,45; Grupo 2: 14,36±2,31; Grupo 3: 12,92±5,85. Os três cimentos analisados não apresentaram diferenças significativas na retenção dos pinos pré-fabricados (p>0,05). Com base nos resultados obtidos, foi possível concluir que os três cimentos testados foram efetivos para a cimentação de pinos metálicos de aço inoxidável.

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4 . Materiais e Métodos

O protocolo experimental para o presente estudo com dentes humanos, foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade São José CEP/FSJnº 03/10 - CAAE - 0224.0.314.010-10, (anexo 01).

Todos os procedimentos realizados foram baseados nas normas da International Standardization Organization “Dental materials – Testing of adhesion totooth structure” (ISO/TS 11405/2003).

4.1 Material

- 40 dentes (Banco de Dentes), conservados em soro fisiológico a 3% à temperatura de aproximadamente 10ºC

- Pote 20 x 9 tapewear (de plástico)

- Co-polímero de acrílico para consertos e reembazamento pó - cor incolor - JET (São Paulo-SP)

- Co-polímero de acrílico para consertos e reembazamento líquido JET (São Paulo-SP)

- Dois potes dappen - Delineador Bioart 1000

- Sprue de cera de 1 cm por 4 Ø 1/2 polegada - Broca cilíndrica para peça de mão nº 1156 - Seringa descartável de 50 cc para irrigação

- Motor para peça de mão PROMECO RPM 12.000 - Esquadro para pedreiro MÉRITO

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- Biobond II - Liga de Níquel-cromo-Berílio (Dentsply Ind. e Com. Ltda - Petrópolis-RJ)

- Resistal-P - Liga de níquel-cromo (Degussa S.A. São Paulo-SP) - Aparelho para fundição sistema por indução, marca Multihertz Ally

Digital.

- Óxido de alumínio - Wilson (Polidental - São Paulo-SP)

- Aparelho para jateamento TRIJATO (Odonto Larcon comando triplo - Materiais Dentários - UFRJ)

- Cimentos resinosos: Fill Magic Dual (Vigodent), Enforce (Dentsply) Variolink (Vivadent) e Panavia Ex (Kuraray)

- Sistema adesivo Prime Bond NT (Dentsply) - Fotopolimerizador Opt Luz 40 (KERR) - Espatula PREMIER USA RL CMI 2 - Especímetro (Colgran)

- Sonda exploradora - pinça para algodão

- Máquina Universal de Ensaios EMIC modelo DL-2000

4.2 Método

Quarenta dentes humanos entre incisivos e caninos hígidos foram selecionados de Banco de Dentes, limpos e armazenados em solução de cloramina a 0,5% (Fórmula & Ação, Rio de Janeiro, RJ, Brasil) à 10ºC durante 30 dias, sendo depois lavados em água corrente para remover a solução desinfetante e armazenados em água destilada para a realização do

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experimento.

Cada dente foi mantido fixo numa base quadrada revestida por resina acrílica, utilizando-se para isso o delineador Bioart 1000, respeitando-se o padrão de 90º de ângulo, o qual proporciona o devido paralelismo, para a posterior confecção dos preparos, (Fig. 1).

Fig. 1 - Dente posicionado no delineador Bioart 1000

Os corpos de prova de metal foram confeccionados a partir de cilindros de Sprue de cerca de 1 cm por 40 mm de Ø e 1/2 (polegada).

De posse das ligas de Níquel-Cromo Ni-Cr, (Resistal-P) e Níquel-Cromo Bérilio Ni-Cr-Be, (Biobond II), os 40 cilíndros, 20 cilindros de cada liga, foram fundidos através do sistema de indução como se fosse um microondas, pelo aparelho marca Multihertz Ally Digital, capaz de atingir 2000ºC. A temperatura

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utilizada para fundição foi para Biobond II 1470ºC e para Resistal-P 1400ºC, e aproximadamente a temperatura do anel quando o mesmo saiu do forno foi de 900ºC para ambas as ligas.

Os quarentas cilindros foram padronizados em 6 mm de altura por 4 ½ mm de Ø, isto foi possível graças ao Instituto Militar de Engenharia, Setor Maquinário, utilizando-se torno altamente preciso.

Os cilindros de metal então foram jateados com óxido de alumínio, numa das superfícies, com partículas de 250 m, sob pressão de 5 Kgf/cm2 e tempo de aplicação por 1 minuto, (Fig. 2).

Fig. 2 - Cilindro metálico jateado com óxido de aluminio.

Após jateamento foram guardados em água destilada ionizada por 7 dias.

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Os dentes então foram preparados, com paralelismo de 90º, que visava o subsequente uso do teste de cisalhamento, utilizando-se para isso o delineador Bioart 1000. O dente e sua base de acrílico foram encaixados na mesa padrão e essa sobre o delineador. Os dentes obtiveram um preparo em dentina de aproximadamente 1,0 mm de profundidade, na face vestibular do terço médio cervical, comparado com o diâmetro da broca utilizada. Utilizando-se um esquadro de pedreiro na posição horizontal ao delineador, deslizou-Utilizando-se a mesa padrão no sentido mesio-distal, onde a face vestibular do dente ia sendo desgastada por uma broca carbide cilíndrica nº 1156 para peça de mão no micro motor fixado na vertical da haste do delineador, onde ao mesmo instante da operação irrigava-se o dente com água através de uma seringa de 50cc, (Fig. 3).

Fig. 3 - Dente sobre a mesa padrão (M), observe o esquadro de pedreiro (E) servindo de base para o preparo do dente (D)

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De posse dos dentes já preparados e dos cilindros de metais jateados, partiu-se para cimentação adesiva dos mesmos, as fases laboratoriais e a cimentação foram executadas por um único operador.

Usou-se para cimentação 4 cimentos resinosos, Panavia Ex (Kuraray), Fill Magic Dual (Vigodent) , Enforce (Dentsply) e Variolink (Vivadent).

Para o condicionamento dos dentes, foi utilizado ácido fosfórico à 37% e adesivo Prime Bond NT (Dentsply), (Fig.4).

Fig. 4 – Sistema Adesivo de frasco único Prime e Bond NT (Dentsply).

O procedimento para cimentação foi realizado dividindo-se aleatoreamente os 40 dentes em 4 grupos experiementais (n=10), cada grupo correspondendo a um tipo de cimento, subdividindo-se 5 dentes para cada tipo de liga metálica, Ni-Cr e Ni-Cr-Be, (Fig. 5 e Fig. 6).

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Fig. 5 – Cilindro de Ni-Cr cimentado ao dente, vista horizontal.

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Para o cimento Panavia Ex (Fig. 7), seguindo orientações do fabricante, primeiramente foi feito condicionamento com ácido fosfórico a 37%, por 15 segundos no dente, lavou-se por 20 segundos e secou-se com papel absorvente, após esta etapa misturou-se uma porção de pó à 3 gotas de líquido, manipulou-se até homogeinização completa, aplicando-se na superfície metálica e pressionando ao dente preparado, retirou-se o excesso e as margens foram cobertas por oxiguard, aguardando-se 4 minutos, depois os corpos de prova foram lavados e secados.

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No cimento resinoso Enforce (Fig. 8), seguindo orientações do fabricante, foi feito condicionamento com ácido fosfórico à 37% por 15 segundos no dente, lavou-se por 20 segundos e secou-se com papel absorvente. Aplicou-se o adesivo no dente. Misturou-se cimento Enforce Pasta Matizada com quantidade igual de Pasta Catalizadora manipulando-se por 20 segundos e cimentou-se o cilindro metálico ao dente, com pressão digital constante por 6 minutos.

Uma fotopolimerização final de 30 segundos, para garantir uma ótima polimerização do cimento foi realizada segundo indicação do fabricante.

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No cimento Fill Magic Dual cement (Fig. 9), foi feito condicionamento com ácido fosfórico a 37% por 15 segundos no dente, lavou-se por 20 segundos e secou-se com papel absorvente. Aplicou-se o adesivo no dente. Após misturou-se porções iguais de Fill Magic Dual base e catalizador por 20 segundos e cimentou-se o cilindro metálico ao dente com uma pressão digital constante de 2 a 3 minutos e finalmente fotopolimerizou-se por 30 segundos.

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No uso do cimento Variolink (Fig.10), foi realizado o condicionamento com ácido fosfórico a 37% por 15 segundos, no dente lavou-se por 20 segundos e secou-se com papel absorvente, Manipulou-se o cimento Variolink base + catalizador, em proporção 1:1 por 10 segundos, com pressão constante por um tempo de 4 a 5 minutos para cimentação, seguindo-se as recomendações do fabricante.

Fig. 10 - Cimento Variolink - base e catalizador (Vivadent).

Os corpos de prova já cimentados foram mantidos em umidade relativa de 100% por 7 dias em geladeira com temperatura de aproximadamente 10ºC, para posterior teste de cisalhamento.

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Os testes foram realizados no Instituto Militar de Engenharia utilizando-se a máquina universal de ensaios EMIC, modelo DL-2000, (Fig. 11) usando-se a unidade Kgf/cm2 na escala de 100 30.00Kgf, para obtenção dos resultados.

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5. Resultados

Após o registro dos dados coletados e análise estatística, foram obtidos os resultados que estão expressos nas tabelas a seguir:

Tabela 1 - Valores médios da resistência à remoção por ensaio de cisalhamento (valores Kgf/cm2) de ligas de NiCr e NiCrBe e os cimentos resinosos. CIMENTOS LIGAS ENFORCE FILL MAGIC DUAL VARIOLINK PANÁVIA EX Ni-Cr 18,34  6,35 14,62  6,37 15,31  7,68 16,96  4,44 Ni-Cr-Be 16,25 4,14 18,65 3,96 20,22 5,81 16,51 2,64

Referências

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