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Componente de Química

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Academic year: 2021

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Componente de Química

1.3 Síntese do amoníaco e balanços energéticos

• Os sistemas químicos são formados por enormes quantidades de unidades estruturais que possuem energia, a energia interna do sistema.

o Energia cinética, que resulta dos movimentos das partículas do sistema.

o Energia potencial, que resulta da interacção entre as partículas,

nomeadamente das forças intermoleculares e interatómicas.

• Os átomos possuem também energia; parte dela está associada aos núcleos, a outra parte está associada aos electrões. Esta energia tem carácter potencial, em consequência das repulsões entre os electrões e da atracção entre o núcleo e os electrões, e carácter cinético, como resultado do movimento que os anima. • Logo, U =Ec +Ep

• A energia cinética de um sistema aumenta com a temperatura, uma vez que a temperatura é uma medida da energia cinética média das partículas que compõem o sistema.

1ª Lei da Termodinâmica, ou Lei da Conservação da Energia, afirma que a

energia total do Universo permanece constante, tal que, 0

tan ⇒∆ = =cons te U

U .

o A energia de um sistema isolado é constante

o Ec+Ep =constante⇒∆Ec+∆Ep =0⇔∆Ec =−∆Ep

• Em muitas reacções químicas o principal objectivo não é o de obter os produtos de reacção mas sim aproveitar a energia delas resultante. Assim:

o Numa reacção exotérmica que ocorre em sistema isolado há aumento

de temperatura, a que vai corresponder um aumento de energia

cinética, e, consequentemente, vai ter de existir uma diminuição da

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o Numa reacção endotérmica que ocorre em sistema isolado há

diminuição de temperatura, a que vai corresponder uma diminuição

de energia cinética, e, consequentemente, vai ter de existir um aumento

da energia potencial.

• Se o sistema não for isolado vão ocorrer trocas de energia com o exterior, mas a soma da energia total do sistema com a energia do meio exterior é constante.

o Usistema +Umaioexterior =kU =k

o As trocas de energia com o meio exterior podem ocorrer sob a forma de calor e de trabalho.

• Como os sistemas não isolados trocam energia com as vizinhanças, recorremos também às designações de reacções exoenergéticas e reacções

endoenergéticas. Assim:

o Numa reacção exoenergética ocorre transferência de energia do sistema para o exterior.

o Numa reacção endoenergética ocorre transferência de energia do exterior para o sistema.

o Numa reacção exotérmica a energia dos produtos é menor do que a energia dos reagentes.

o Numa reacção endotérmica a energia dos produtos é maior do que a energia dos reagentes.

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• Durante uma reacção química vão romper-se as ligações químicas existentes nos reagentes e vão formar-se novas ligações que originam os produtos da reacção. O processo de ruptura de ligações é sempre um processo endotérmico e o processo de formação de novas ligações é sempre exotérmico.

o Nas reacções exotérmicas, a energia necessária para quebrar as ligações dos reagentes, soma de todas as energias de dissociação, é menor do que a energia libertada na formação dos produtos, soma de todas as

energias de ligação.

o Nas reacções endotérmicas, a energia necessária para quebrar as ligações dos reagentes, soma de todas as energias de dissociação, é

maior do que a energia libertada na formação dos produtos, soma de

todas as energias de ligação.

• Ao conteúdo calorífico de um sistema chama-se entalpia e representa-se por H (entalpia é uma palavra de origem grega, enthalpein, que significa “aquecer”).

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o A variação de entalpia numa reacção química é igual à diferença entre o somatório das entalpias dos produtos de reacção e o somatório das entalpias dos reagentes:

inicial final reagentes reacção da produtos H H H H H H = − ⇔∆ = − ∆

o A variação de entalpia durante uma reacção é avaliada pela quantidade de energia, sob a forma de calor, trocada entre o sistema e o exterior, a pressão constante.

o Numa reacção exotérmica o sistema cede calor ao exterior e 0

p

pH H

Hfinal inicial ⇒∆ .

o Numa reacção endotérmica o sistema recebe calor do exterior e 0

f

fH H

(5)

• Em conclusão:

o na formação de uma ligação química há libertação de energia, designada por energia de ligação.

o na quebra de uma ligação química há absorção de energia, designada por energia de dissociação.

o as energias de ligação e dissociação possuem valores simétricos; a energia de ligação é negativa e a energia de dissociação é positiva. o quanto mais forte é uma ligação maior é a energia libertada quando essa

ligação se forma e, consequentemente, maior será a energia absorvida quando é quebrada.

• Análise da equação que traduz a reacção de síntese do amoníaco: ) ( 2 ) ( ) ( 3H2 g +N2 gNH3 g

Ligação Processo Nº de ligações Energia por

ligação (kJ mol-1) Total (kJ)

H – H Quebra de ligação 3 436 1308 N ≡ N Quebra de ligação 1 945 945 N – H Formação de ligação 6 -391 -2346 Balanço - 93 kJ Nota: se tivessem sido utilizados valores exactos iríamos obter o valor de -92 kJ

o O calor de reacção (Q é atribuído à variação da energia interna do ) sistema reaccional verificada quando acontecem as quebras de ligações nos reagentes e a formação de novas ligações nos produtos de reacção. o Q=∆H =1308+945−2346=−93kJ

o Como )∆H p0(Qp0 , a reacção de síntese do amoníaco é

exotérmica.

o A reacção pode ser interpretada através de um diagrama dos níveis de entalpia:

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Equações termoquímicas

• Uma equação termoquímica especifica o calor de reacção correspondente, mostrando a variação de entalpia.

• As equações termoquímicas gozam das seguintes propriedades: o Invertendo a equação, H∆ muda de sinal.

kJ H g O g NO g NO kJ H g NO g O g NO 57 ) ( 2 1 ) ( ) ( 57 ) ( ) ( 2 1 ) ( 2 2 2 2 + = ∆ + → − = ∆ → +

o Multiplicando ou dividindo os coeficientes estequiométricos por um dado factor, ∆ é também multiplicado ou dividido por esse mesmo H factor. kJ kJ x H g NO g O g NO kJ H g NO g O g NO 114 ) 57 ( 2 ) ( 2 ) ( ) ( 2 57 ) ( ) ( 2 1 ) ( 2 2 2 2 − = − = ∆ → + − = ∆ → +

o Se uma equação termoquímica resultar da soma de duas ou mais equações (etapas), então, o ∆ da equação global é igual à soma dos H

H

∆ das várias equações etapas: ∆Hglobal =∆H1+∆H2 +... Esta relação é conhecida por lei de Hess, ou lei da aditividade dos calores de reacção.

(7)

Equações parciais kJ H g O H g O g H kJ H g CO g O s C kJ H g CH g H s C 286 ) ( ) ( 2 1 ) ( ) 3 ( 5 , 393 ) ( ) ( ) ( ) 2 ( 8 , 74 ) ( ) ( 2 ) ( ) 1 ( 2 2 2 2 2 4 2 − = ∆ → + − = ∆ → + − = ∆ → +

Equação global que traduz a combustão do metano

) ( 2 ) ( ) ( 2 ) ( 2 2 2 4 g O g CO g H O l CH + → +

Aplicando as propriedades atrás referidas, temos que:

kJ H O H g CO g O g CH kJ x H g O H g O g H kJ H g CO g O s C kJ H g H s C g CH 891 ) ( 2 ) ( ) ( 2 ) ( 572 ) 286 ( 2 ) ( 2 ) ( ) ( 2 5 , 393 ) ( ) ( ) ( 8 , 74 ) ( 2 ) ( ) ( 2 2 2 4 2 2 2 2 2 2 4 − = ∆ + → + − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − − = − = ∆ → + − = ∆ → + + = ∆ + → l

Referências

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