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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RONDONÓPOLIS FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS E POLÍTICAS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RONDONÓPOLIS

FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS E POLÍTICAS

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

GEOVANA SILVA SANTOS

ICMS ESTIMATIVA SIMPLIFICADA: UMA ANÁLISE

COMPARATIVA DOS BENEFÍCIOS PARA UMA

EMPRESA DE COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS

DE VESTUÁRIOS E ACESSÓRIOS NA CIDADE DE

RONDONÓPOLIS-MT.

Rondonópolis – MT 2020

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GEOVANA SILVA SANTOS

ICMS ESTIMATIVA SIMPLIFICADA: UMA ANÁLISE

COMPARATIVA DOS BENEFÍCIOS PARA UMA

EMPRESA DE COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS

DE VESTUÁRIOS E ACESSÓRIOS NA CIDADE DE

RONDONÓPOLIS-MT.

Rondonópolis – MT 2020

Monografia apresentada à Universidade Federal de Mato Grosso, através do Departamento de Ciências Contábeis, do ICHS/CUR/UFMT, como exigência parcial para a conclusão do curso de Bacharel em Ciências Contábeis, sob a orientação do Professor Ms. Florentino Gonçalves Senise.

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GEOVANA SILVA SANTOS

ICMS ESTIMATIVA SIMPLIFICADA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DOS BENEFÍCIOS PARA UMA EMPRESA DE COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DE VESTUÁRIOS E ACESSÓRIO NA CIDADE DE RONDONÓPOLIS-MT.

FOLHA DE APROVAÇÃO

Esta monografia apresentada à Universidade Federal de Mato Grosso, através do Curso de Ciências Contábeis, do FACAP/CUR/UFMT, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis, tendo sido aprovada pela banca examinadora abaixo identificada e assinada. Data da defesa:____/____/ ______. Nota:

Rondonópolis – MT, ___ de _________ de 2020.

Profª Ms. Adelina Neres de Souza Campos Coordenador de Monografias

BANCA EXAMINADORA:

Prof. Ms. Florentino Gonçalves Senise Orientador e Presidente da Banca

Prof. Ramon Luiz Arenhardt Membro da Banca Examinadora

Prof. Marcílio da Silva Tomaz Membro da Banca Examinadora

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ser essencial em minha vida, autor do meu destino, meu guia, socorro presente nas horas de angústia. Dedico também a todos que direta ou indiretamente contribuíram para minha formação acadêmica e pessoal, em especial meus pais, familiares e amigos. Obrigada por sempre me apoiarem a persistir pelos meus objetivos e metas e nunca me deixarem desistir.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, meu pai celestial, que permitiu que tudo isso acontecesse ao longo de minha vida; não somente nestes anos como universitária, mas em todos os momentos, pelo dom da vida, pelo seu amor infinito, por todas as graças e bênçãos a mim concedidas.

A minha família, meus pais Giovani e Edenilza, meu irmão Matteus, que foram essenciais nessa jornada. Se não fosse por eles, eu não seria o que sou e não estaria onde estou hoje. Agradeço por não me deixarem desistir quando estava surtando!

Aos meus amigos de classe, em especial as minhas amigas Virginia, Paula, Vanessa e Francisca, que aprendi a amar e construí laços eternos. Obrigada por todos os momentos bons e ruins que passamos. Esta caminhada não seria a mesma sem vocês.

Sou grata ao meu orientador o professor Florentino Gonçalves Senise! Você me ajudou a traçar o caminho para a execução deste trabalho.

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“Se não puder destacar-se pelo talento, vença pelo esforço”.

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RESUMO

Comparar tecnicamente de modo objetivo, os dois regimes de ICMS em Mato Grosso, imposto de maior receita da federação, e que este trabalho tem como objetivo geral. Por ser um imposto indireto, ou seja, “invisível” para o consumidor, detalha-lo é essencial para que os contribuintes de fato saibam quanto e o que estão pagando, bem como o empresário consiga otimizar o seu planejamento tributário. O presente trabalho foi elaborado com base na legislação e também, foi realizado um estudo de caso com tabelas e gráficos para melhor visualização dos resultados. Portanto, este estudo, na sua conclusão, auxilia o empresário a observar a melhor opção de regime do ICMS em Mato Grosso, podendo visualizar o benefício que foi perdido, já que o regime de Estimativa Simplificada foi extinto no ano de 2020 pela Lei Complementar 631/2019.

Palavras-chave: ICMS. Regimes de tributação. Regime de Apuração Normal. Regime de Estimativa Simplificada. Estado de Mato Grosso.

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ABSTRACT

Technically compare objectively, the two ICMS regimes in Mato Grosso, the highest revenue tax in the federation, and that this work has as its general objective. As it is an indirect tax, that is, “invisible” to the consumer, detailing it is essential so that taxpayers in fact know how much and what they are paying, as well as the entrepreneur is able to optimize his tax planning. The present work was elaborated based on the legislation and also, a case study was carried out with tables and graphs for better visualization of the results. Therefore, this study, in its conclusion, helps the entrepreneur to observe the best option of the ICMS regime in Mato Grosso, being able to see the benefit that was lost, since the Simplified Estimate system was extinguished in 2020 by Complementary Law 631 / 2019.

Keywords: ICMS. Taxation regimes. Normal Counting Regime. Simplified Estimating Regime. State of Mato Grosso.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Unificação do ICMS. ... 26 Figura 2 - Unificação do ICMS Regime de Estimativa Simplificada. ... 37

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Demonstrativo de Cálculo ICMS Estimativa Simplificada ... 41

Tabela 2 - Faturamento com débito do ICMS ... 42

Tabela 3 - Compras com direito à crédito do ICMS ... 43

Tabela 4 - Apuração Normal do ICMS ... 43

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LISTA DE QUADRO

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LISTA DE GRÁFICO

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LISTA DE SIGLAS

CF – Constituição Federal

CNAE - Classificação Nacional de Atividades Econômicas CTN – Código Tributário Nacional

CONFAZ – Conselho Nacional de Política Fazendária DIFAL – Diferencial de Alíquotas

FOB - Free on board

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviço de transporte interestaduais e intermunicipais e de comunicação

IOF – Imposto sobre Operações Financeiras IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados ISS – Imposto sobre Serviços

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 16 1.1 Tema/Problema ... 17 1.2 Justificativa ... 18 1.3 Objetivos da pesquisa ... 19 1.3.1 Objetivo geral ... 19 1.3.2 Objetivos específicos ... 19 1.4 Hipótese ... 20 1.5 Metodologia da Pesquisa ... 20

1.6 Delimitação do Campo de Estudo ... 22

1.7 Organização Lógica da Monografia ... 23

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 24

2.1 Contabilidade Tributária ... 24

2.2 Planejamento Tributário ... 25

2.3 ICMS Geral ... 25

2.4 Fato gerador e incidência ... 28

2.5 Base de cálculo ... 30

2.6 Alíquota ... 32

2.7 Contribuintes ... 33

2.8 Regime de apuração normal ... 34

2.9 Regime de Estimativa Simplificada ... 36

3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 40

3.1 Caracterização da Empresa ... 40

3.2 Aplicação do modelo Regime de Estimativa Simplificada ... 40

3.3 Aplicação do modelo Regime de Apuração Normal ... 41

3.4 Comparativo dos Regimes ... 45

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 47

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1 INTRODUÇÃO

O atual cenário econômico passou por inúmeras transformações ao longo dos últimos anos, grandes corporações surgiram, novas atividades econômicas e comerciais foram desenvolvidas, produtos e serviços foram criados e aprimorados, normas e leis são constantemente criadas e adaptadas para acompanhar esse desenvolvimento econômico. Logo, a sobrevivência de qualquer empreendimento neste ambiente está vinculada ao seu planejamento e gestão de tributos, devido sua difícil compreensão e grande burocracia.

Dentre esses tributos está o imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, também conhecido como ICMS, ele é um dos impostos com maior carga tributária para as empresas e o que mais gera receita para o Estado.

No cotidiano depara-se com um vasto número de leis, normas e decretos que visam a regulamentação do sistema de apuração e recolhimento do ICMS, as quais possui um alto grau de complexidade acerca do entendimento, isso faz com que grande parte das situações o contribuinte não analise a melhor forma de recolher o ICMS, optando assim recolher pela forma mais simplificada ou que a maioria das empresas adotam. Diante das diversas formas de apuração presentes no Estado de Mato Grosso, torna-se necessário que os empresários e contadores analisem os regimes e optem pelo mais benéfico à entidade.

Sendo assim, este trabalho tem como objetivo a análise e comparação técnica da tributação do ICMS no Estado de Mato Grosso, mas especificamente na cidade de Rondonópolis, de uma empresa de Comércio Varejista de Artigos de Vestuários e Acessórios, em especial no regime de estimativa simplificada e apuração normal. A razão social e o nome fantasia da empresa serão mantidos em sigilo, para preservação da sua identidade e de suas informações.

Para tanto, a investigação se baseou em uma pesquisa classificada tipologicamente como descritiva, quanto aos procedimentos do tipo estudo de caso, bibliográfica e documental, já quanto á abordagem é qualitativa. Como forma de

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coleta de dados serão utilizados os demonstrativos contábeis elaborados e os disponibilizados pela empresa.

Cabe destacar que uma das formas de apuração analisada, já é a opção utilizada pela organização até o presente exercício financeiro, de modo que tal análise considerou os impactos financeiros ocasionados.

1.1 Tema/Problema

O Código Tributário Nacional (CTN), em seu art. 3º, define tributo da seguinte forma: “tributo é toda a prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. Os tributos são divididos em impostos, taxas e contribuição de melhoria, o ICMS está enquadrado na categoria impostos, pois decorre de situação geradora independente de qualquer contraprestação do estado em favor do contribuinte, é cobrado de forma indireta, ou seja, seu valor é adicionado ao preço do produto comercializado ou do serviço prestado.

É de competência dos Estados e Distrito Federal o direito de tributar as operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte intermunicipal e interestadual e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

A tributação interestadual do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) é um dos assuntos mais polêmicos do regime tributário vigente no estado de Mato Grosso, em razão dos efeitos que as distorções dos atuais regimes vêm produzindo e dos poderosos interesses ligados à questão. Segundo Azevedo, Silva e Gatsios (2018, p. 1):

O Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é a principal fonte arrecadadora dos Estados brasileiros. Considerando todas as esferas governamentais, em torno de 20% do que se é arrecadado no Brasil é proveniente do ICMS.

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Neste sentido, fatores como dificuldade de interpretação das legislações em vigor a respeito do ICMS acabam por afetar diretamente o custo dos produtos, refletindo na formação dos preços de venda, que causa transtornos na competitividade empresarial.

A redação do art. 128 do RICMS do Mato Grosso, capítulo VI, define que os estabelecimentos dos contribuintes obrigados a efetuar e manter escrituração fiscal deverão apurar o valor do imposto a recolher, em conformidade com os seguintes regimes: I – Regime de apuração normal; e II – Regime de estimativa.

Considerando a intensa concorrência no município de Rondonópolis que possui 1445 (um mil quatrocentos e quarenta e cinco) empresas legalmente cadastradas em com a atividade de comércio varejista de artigos de vestuários e acessórios, conforme pesquisa Revista Perfil Rondonópolis (2017).

Diante dos levantamentos apresentados pretende-se responder ao seguinte questionamento: Qual a melhor forma de recolhimento do ICMS para uma empresa de comércio varejista de artigos de vestuários e acessórios estabelecida em Rondonópolis/MT, Regime de Apuração Normal ou Estimativa Simplificada?

1.2 Justificativa

A dificuldade de acompanhar, interpretar e aplicar a legislação tributária brasileira é grande, devido à complexibilidade de entendimento da escrita e o grande número de leis a respeito de um único tributo. Essas circunstâncias têm aumentado a necessidade das empresas organizarem seus negócios com foco na diminuição do pagamento de tributos, sendo que o ICMS é um o tributo mais caro para as empresas, e quem paga é o consumidor final.

Desta forma, tal pesquisa se faz relevante aos gestores da organização objeto desse trabalho, no sentido de norteá-los na tomada de decisão para a escolha da melhor forma de regime para o recolhimento do ICMS nos próximos anos-calendários, otimizando seus custos e auxiliando na expansão de suas riquezas.

A respectiva pesquisa também se faz primordial aos contadores para reforçar a importância que têm o planejamento e estudo de qual forma de regime para

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recolhimento do ICMS a entidade deve adotar, usando os benefícios concedidos pelo estado da melhor maneira.

Sendo assim, fica claro que a viabilidade de crescimento organizacional está relacionada com a gestão de tributos e expectativa de rentabilidade futura, que só poderá ser alcançada com o planejamento de custos e despesas. Vale salientar que os resultados da pesquisa não se limitam apenas a empresa estudada, podendo assim servir como base às demais entidades de mesmo porte e atividade.

1.3 Objetivos da pesquisa

Nesta sessão, são apresentados os propósitos norteadores da pesquisa, os quais são compostos por um objetivo geral e três objetivos específicos.

1.3.1 Objetivo geral

Identificar dentre as duas opções de recolhimento do ICMS, nos Regimes de Estimativa Simplificada e Apuração Normal, qual proporciona maior economicidade à empresa de comércio varejista de artigos de vestuários e acessórios localizada na cidade de Rondonópolis-Mato Grosso.

1.3.2 Objetivos específicos

Os objetivos específicos da pesquisa são:

(a) Apresentar dois dos regimes de tributação do ICMS no Estado de Mato Grosso.

(b) Demonstrar mediante análise comparativa as formas de recolhimento do Regime de Apuração Normal e Regime de Estimativa Simplificada na empresa estudada.

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(c) Comparar as vantagens e desvantagens de cada regime estudado para um comércio varejista de artigos de vestuários e acessórios localizado na cidade de Rondonópolis-MT.

1.4 Hipótese

A hipótese apresenta uma possível e provisória solução ao problema apresentado pelo pesquisador, ao qual pode ou não ser confirmada com o decorrer do estudo, conforme destaca Silva (2008, p. 48):

A hipótese não é a certeza da resposta à pesquisa, pois se assim o fosse não seria necessário realizar a pesquisa. Contudo, faz-se necessário ter uma relação estreita entre o problema e hipótese(s) de pesquisa. As hipóteses são provisórias, porque poderão ser confirmadas ou refutadas com o desenvolvimento da pesquisa. Um mesmo problema pode ter diversas hipóteses, que são soluções possíveis para sua resolução.

Desta forma, acredita-se que por se tratar de um benefício fiscal concedido pelo Estado de Mato Grosso, que está regulamentado atualmente pela Lei nº 7098/98 com alterações no decreto 1599/2018 o regime de estimativa simplificada seja mais benéfico à empresa estudada, pois paga-se o valor do ICMS na entrada das mercadorias oriundas de outros estados, utilizando uma alíquota chamada „carga média‟ que é definida de acordo com a atividade da empresa, assim encerrando a cadeia do imposto.

Portanto, infere-se que o regime de recolhimento estimativa simplificada é o que proporcionaria maior economia fiscal, é a opção adotada pela empresa até o presente exercício financeiro.

1.5 Metodologia da Pesquisa

Na metodologia apresenta-se as características da pesquisa quanto aos seus critérios relacionados ao tema, como os objetivos e a finalidade da monografia. Segundo Silva (2008, p. 54), “a definição dos objetivos da pesquisa condiciona a escolha do(s) método(s) a ser (em) utilizado(s) pelo pesquisador. Diante dos objetivos traçados, o pesquisador deve ter uma ideia clara de como o trabalho será

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desenvolvido.” Sendo assim, a metodologia apresentará as etapas que conduziram a investigação, no sentido de articular os planos e estruturas para à obtenção de respostas ao problema de pesquisa estabelecido.

O primeiro passo é a delimitação da amostra com a finalidade de identificar a parcela da população a ser examinada. Sendo assim, a amostra a ser analisada neste trabalho monográfico abrangeu apenas uma empresa de comércio varejista de artigos de vestuários e acessórios localizada na cidade de Rondonópolis - Mato Grosso, cujo nome fantasia e razão social não serão divulgados com o intuito de preservar sua identidade, bem como seus dados e informações.

A coleta dos dados foi feita através da análise das demonstrações contábeis fornecidas pela empresa, referente ao ano de 2019, sendo elas: Relatório de Faturamento mensal, Relatório de Compras mensal e Razão das contas de ICMS pagas no ano. Os resultados da pesquisa serão apresentados por meio de tabelas, quadros e gráficos, considerando os resultados das apurações mensal e anual.

Inúmeras são as classificações apresentadas pelos autores quanto aos métodos a serem utilizados. Segundo Beuren (2010) aborda que é possível enfocar as tipologias de delineamentos de pesquisas em três categorias, sendo elas: pesquisa quanto aos objetivos, que contempla a pesquisa exploratória, descritiva e explicativa; pesquisa quanto aos procedimentos, que inclui o estudo de caso, o levantamento, a pesquisa bibliográfica, documental, participante e experimental; e a pesquisa quanto à abordagem do problema, que compreende a pesquisa qualitativa e a quantitativa.

Aderindo a classificação de Beuren (2010), quanto aos objetivos, essa pesquisa se classifica como descritiva, que na concepção de Gil (2002) tem como propósito primordial a descrição das características de determinadas populações e fenômenos. Sendo assim, será feita uma análise comparativa dos valores dos ICMS apurado em dois regimes, apuração normal e estimativa simplificada, buscando evidenciar qual é a opção mais econômica à entidade analisada, descrevendo os benefícios, vantagens e desvantagens à organização.

Quanto aos procedimentos, a pesquisa se encaixa em três categorias: estudo de caso, bibliográfica e documental. No que se refere a estudo de caso Silva (2008, p. 57) menciona que “o objetivo a ser pesquisado neste tipo de pesquisa pode ser o

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indivíduo, a empresa, uma atividade, uma organização ou até mesmo uma situação”. Tendo em vista, que a amostra deste estudo contempla apenas um elemento da população, fundamenta-se então, a classificação desta pesquisa na categoria estudo de caso.

Quanto à pesquisa bibliográfica, Silva (2008, p. 54) destaca que “essa pesquisa explica e discute um tema ou problema com base em referências teóricas já publicadas em livros, revistas, periódicos, artigos científicos etc.”. Sendo assim, como a pesquisa utiliza-se de matérias publicadas por autores conceituados, de livros e legislações a respeito da matéria estudada se enquadra também na pesquisa bibliográfica.

Ainda no que tange à pesquisa documental, segundo Silva (2008, p. 55) “difere da pesquisa bibliográfica por utilizar material que ainda não recebeu tratamento analítico ou que pode ser reelaborado; suas fontes são muito mais diversificadas e dispersas”. Levando em consideração que foi utilizado os dados disponibilizados pela empresa para análise, e elaborado demonstrações com base neles.

Na abordagem do problema, a pesquisa classifica-se como qualitativa, pois segundo Beuren (2010, p. 92) “na pesquisa qualitativa concebem-se análises mais profundas em relação ao fenômeno que está sendo estudado”. Sendo necessária uma interpretação profunda de diversas variáveis para a mensuração das vantagens e desvantagens dos dois tipos de regime do ICMS, faz-se oportuna sua classificação como qualitativa.

1.6 Delimitação do Campo de Estudo

Tendo em vista que o tributo de maior destaque para o ramo do comércio é o ICMS, e que a legislação acerca deste imposto possui um alto grau de complexibilidade, que dificulta o entendimento do contribuinte, assim influenciando na decisão de qual regime optar para o recolhimento.

A pesquisa se limitou ao regulamento do ICMS de Mato Grosso, com foco em uma análise comparativa entre dois regimes, de apuração normal e estimativa

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simplificada, aplicado em uma empresa de comércio varejista de artigos de vestuários e acessórios, a qual está localizada na cidade de Rondonópolis, região sul do Estado de Mato Grosso.

1.7 Organização Lógica da Monografia

Para uma melhor compreensão e visualização do leitor acerca do tema proposto, a presente pesquisa se encontra estruturada em quatro capítulos.

O capítulo um é composto pela apresentação do tema, abordagem e definição do problema, os objetivos geral e específicos almejados, bem como a hipótese de possível resposta ao problema e os procedimentos metodológicos adotados.

O segundo capítulo apresenta a fundamentação teórica de assuntos importantes para a elaboração do trabalho, através de uma revisão literária baseada em legislações fiscais e tributárias aplicáveis e em materiais publicados por renomados autores em livros, artigos, revistas, teses, dissertações e anais de congressos, descrevendo sobre o imposto ICMS e sua importância para as organizações.

No terceiro capítulo, apresenta-se o resultado da pesquisa realizada através da aplicação de técnicas de pesquisa preestabelecida bem como identificar a problemática existente a partir dos resultados obtidos.

No quarto e último capítulo, serão apresentadas as conclusões e as principais contribuições que a pesquisa proporcionou, avaliando os pontos fortes e fracos e se a hipótese levantada se confirmou, finalizando com as sugestões de futuros trabalhos.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Esta seção aborda conceitos necessários para a compreensão dos objetivos propostos, a qual visa facilitar a compreensão do leitor acerca do tema, bem como expor as características pertinentes do ICMS e dos dois regimes de recolhimento utilizados para este estudo, apuração normal e estimativa simplificada, dispostas em aspectos legais.

Deste modo, por meio de uma pesquisa em legislações fiscais e tributárias aplicáveis à matéria, foi possível a elaboração do referencial teórico, para compor o embasamento da pesquisa proposta, colaborando assim para o seu enriquecimento.

2.1 Contabilidade Tributária

Fica evidenciado que, a contabilidade, como ciência que estuda e controla a evolução patrimonial das organizações, materializa-se como instrumento primordial ao processo decisório no que tange aos diversos aspectos empresariais, sendo uma de suas funções, a orientação e controle das vertentes tributárias que norteiam as atividades das empresas, demonstrando assim um ramo específico da contabilidade, a contabilidade tributária, conforme preceitua Fabretti (2013, p. 5):

[...] ramo da contabilidade que tem por objetivo aplicar na prática conceitos, princípios e normas básicas da contabilidade e da legislação tributária, de forma simultânea e adequada [...] deve demonstrar a situação do patrimônio e o resultado do exercício, de forma clara e precisa, rigorosamente de acordo com conceitos, princípios e normas básicas de contabilidade. O resultado apurado deve ser economicamente exato.

Sendo assim, a contabilidade tributária, em obediência aos princípios e conceitos, tem por finalidade interpretar e aplicar normas legais, bem como apurar os valores tributários devidos, sendo a responsável direta pela execução das funções e atividades da gestão tributária.

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2.2 Planejamento Tributário

A redução dos custos é uma necessidade constante de todas as empresas brasileiras vista as condições de alta competitividade, uma das condições básica para o sucesso de qualquer empreendimento é a realização de um bom planejamento tributário, que é utilizado como mecanismo estratégico para obtenção de melhores resultados.

No que se refere ao planejamento tributário, Fabretti (2013, p. 8) salienta que “O estudo feito preventivamente, ou seja, antes da realização do fato administrativo, pesquisando-se seus efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas legais menos onerosas, denomina-se planejamento tributário”. Portanto, o planejamento deve ser feito de forma ordenada, de acordo com a legislação vigente, antes da ocorrência do fato gerador e exige o bom senso do planejador ao analisar todas as opções que estão disponíveis.

Sendo assim, o planejamento tributário, por meio da utilização de métodos e práticas com respaldo jurídico, pode vir a minimizar a incidência da carga tributária nas atividades empresariais, visto que a própria legislação oferece inúmeras opções legais acessíveis e incentivos fiscais, que somente a partir de um estudo minucioso das vertentes organizacionais, será possível verificar a alternativa mais vantajosa para a realidade da empresa.

2.3 ICMS Geral

Com a instituição da Lei nº 4.625/1922 se inicia no Brasil a evolução histórica do ICMS, que era chamado a princípio de “Imposto sobre vendas Mercantis (IVM)”. Com a Constituição de 1934, é criado o antigo “Imposto Sobre Vendas e Consignações (IVC)”, tributo de modelo cumulativo que incidia sobre as vendas de mercadorias em geral, sendo em seguida substituído pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICM), que foi criado com o intuito de inovar por não apresentar as características de cumulatividade, o ICM detinha de um capítulo próprio no Código Tributário Nacional para regulamentar as operações Estaduais e Municipais relativas

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à circulação de mercadorias, sem encontravam nos artigos 52 à 62, posteriormente foi revogado pelo Decreto-lei nº 406/1968 que lhe deu novas formas. (VALOR TRIBUTÁRIO, [2013?]).

De acordo com Da Silva, Da Costa Cruz e Almeida Santos (2016, p. 81) “a Constituição Federal de 1988 criou este único imposto com a junção de outros impostos já previstos na Constituição Federal de 1967”. Essa junção pode ser observada na Figura 1 que segue.

Fonte: Da Silva, Da Costa Cruz e Almeida Santos (2016, p. 81).

O atual Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) surgiu com a promulgação da Constituição Federal de 1988, em que se ampliou a base de incidência do antigo ICM, incorporando a produção de petróleo e derivados, de energia elétrica e os serviços de telecomunicações e de transporte interestadual, até então objetos de um regime tributário próprio, ganhou a sua configuração de ICMS, sendo regido, a partir de 1996, pela Lei Complementar nº 87.

O imposto é de competência dos Estados e do Distrito Federal conforme está previsto no artigo 155, II, da Constituição Federal (1988):

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Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

II - Operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

Ainda neste sentido, deve considerar-se a importância da arrecadação do ICMS para os municípios, levando em consideração o que está mencionado no artigo 158, IV, da Constituição Federal (1988):

Pertencem aos Municípios:

IV - Vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de

serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

Pode-se destacar que o ICMS se trata de um imposto indireto, uma vez que quem paga ao Fisco (contribuinte de direito) pode regularmente transmitir o respectivo ônus da carga fiscal para um terceiro, que é consumidor final (contribuinte de fato). Na perspectiva jurídica, o imposto indireto compreende uma dualidade de sujeitos, ou seja, seu fato gerador é uma operação e o contribuinte a pessoa que impulsiona o ciclo econômico, podendo transferir o encargo para outro partícipe do mesmo fato gerador.

O ICMS atenderá aos seguintes princípios, conforme (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988).

a) Não cumulatividade: compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal, e a isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da legislação, não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes, acarretando a anulação do crédito relativo às operações anteriores;

b) seletividade: em que a lei poderá fixar alíquotas diferenciadas para certos produtos ou serviços em função da sua essencialidade;

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c) imunidades: sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, bem como sobre serviços prestados a destinatários no exterior; sobre operações que destinem a outros Estados, petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; sobre o ouro como ativo financeiro; e sobre as prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita; sobre as operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão; sobre as operações com fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais.

No Estado de Mato Grosso, a norma regulamentadora das operações dentro do Estado encontra-se na lei nº 7.098/1998, e no RICMS aprovado pelo Decreto nº 2.212 de 2014.

2.4 Fato gerador e incidência

O fato gerador e a incidência do ICMS podem ser verificados na atual Constituição Federal, na Lei Kandir nº 87/1996 e na Lei Estadual do Mato Grosso nº 7.098/1998.

O Código Tributário Nacional em seus artigos 114 e 115 traz a definição de fato gerador como sendo:

Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.

Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.

O fato gerador do ICMS pode ser sintetizado em três grupos: a) circulação de mercadorias;

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c) prestação de serviços de comunicação.

Em relação às operações de circulação de mercadoria, referem-se à saída física ou jurídica de mercadorias do estabelecimento que envolva uma efetiva transferência da propriedade da mercadoria. Por exemplo, não incide o ICMS nas operações de locação, comodato, leasing, consignação entre outras, pois há apenas a mera saída física da mercadoria e não a transferência de propriedade. Consideram-se mercadorias as coisas móveis objeto de comércio, adquiridas para revenda até o consumidor final, realizada de forma habitual e com fins comerciais. Para que seja qualificada como mercadoria, esta deve ter destinação comercial, isto é, objetivo de venda ou revenda efetuada por comerciante, ou seja, alguém que, com habitualidade, dedica-se ao comércio. A redação da lei do Mato Grosso nº 7.098/1998 em seu artigo 3º considera ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

I - da saída da mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular;

II - do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabelecimento;

III - da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em armazém geral ou em depósito fechado;

IV - da transmissão da propriedade da mercadoria, ou de título que a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente;

No que diz respeito aos serviços de transporte interestadual e intermunicipal de pessoas e bens, locomoção por qualquer via ou meio, inclusive por dutos ou semelhantes, para ocorrer a incidência do ICMS, o transporte deve ultrapassar fronteira territorial, entre Municípios e entre Estados. No serviço intermunicipal (dentro do mesmo município), será fato gerador do ISS e não do ICMS se o transporte for de pessoas, por exemplo, transporte terrestre de ônibus de coletivos, o imposto será ISS e incidirá sobre o preço do serviço. Se o transporte for de bens, mercadorias ou valores, o imposto incidirá sobre o valor do frete cobrado. Contudo o imposto não incide no caso de transporte de carga própria, uma vez que se configura uma venda FOB (Free on board), isto é, sem pagamento de frete a terceiros. A lei nº 7.098/1998 em seu artigo 3º, V e VI, considera ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

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V - do início da prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, de qualquer natureza;

VI - do ato final do transporte iniciado no exterior;

Os serviços de comunicação para fins de incidência do ICMS devem-se considerar como comunicação o transporte de mensagem, por qualquer meio (inclusive eletrônica), sempre de forma onerosa, entre o emissor e o receptor. O ICMS não deve incidir sobre a habilitação de celular (etapa anterior ao serviço de comunicação), mas tão somente sobre o serviço de comunicação de telefonia fixa ou móvel. A lei nº 7.098/1998 em seu artigo 3º, VII, considera ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

VII - da prestação onerosa de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;

Portanto o fato gerador é a realização da hipótese de incidência tributária que faz nascer à obrigação de pagar o tributo.

2.5 Base de cálculo

A Lei Complementar nº 87 de 1996 em seu artigo 13, determina que a base de cálculo do ICMS seja em regra geral, o preço de venda da mercadoria. No entanto, por existir diversas hipóteses de incidência, a base de cálculo pode ser composta de outros valores. Abaixo segue quadro 1 que ilustra como funciona o valor da base de cálculo do ICMS.

Quadro 1 - Delineamento da Lei Kandir nº 87 de 1996.

Lei Kandir Fato Gerador Base de Cálculo

Artigo 13, I Saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular.

O Valor da operação.

Transmissão à terceiro de mercadoria depositada em armazém geral ou em depósito fechado, no Estado do transmitente. Transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente.

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outras mercadorias por qualquer estabelecimento.

mercadoria e serviço.

Artigo 13, III Prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

Preço do Serviço.

Artigo 13, IV, a Fornecimento de mercadoria com prestação de serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios.

O Valor total da operação.

Artigo 13, IV, b Fornecimento de mercadoria com prestação de serviços compreendidos na competência tributária dos Municípios e com indicação expressa de incidência do imposto de competência estadual, como definido na lei complementar aplicável.

O preço corrente da mercadoria fornecida ou empregada.

Artigo 13, V Desembaraço aduaneiro de mercadorias ou bens importados do exterior.

A soma das seguintes parcelas: a) o valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de importação, observado o disposto no art. 14; b) imposto de importação; c) imposto sobre produtos industrializados; d) imposto sobre operações de câmbio; e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras.

Artigo 13, VI Recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no exterior.

O valor da prestação do serviço, acrescido, se for o caso, de todos os encargos relacionados com a sua utilização.

Artigo 13, VII Aquisição em licitação pública de mercadorias ou bens importados do exterior e apreendidos ou abandonados.

O valor da operação acrescido do valor dos impostos de importação e sobre produtos industrializados e de todas as despesas cobradas ou debitadas ao adquirente. Artigo 13, VIII Entrada no território do Estado de

lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização.

O valor da operação de que decorrer a entrada.

Artigo 13, IX Utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação subsequente.

O valor da prestação no Estado de origem.

Fonte: Elaborado pela autora, 2019.

base de cálculo na saída de mercadorias é o valor da operação. No fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer

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estabelecimento a base de cálculo é valor da operação, compreendendo mercadorias e serviço. No transporte, é o preço do serviço. Na importação, o valor da mercadoria ou bem, incluindo as parcelas referentes ao IPI, IOF e quaisquer outros impostos, taxas, contribuiç es e despesas aduaneiras. Quando a mercadoria é fornecida para uso ou consumo do destinatário, e não para comercialização, o valor do IPI, se houver, entra também na base de cálculo.

2.6 Alíquota

As alíquotas são valores em percentual ou fixo aplicados para calcular qual valor será pago de determinado tributo.

Segundo a lei nº 7.098/1998 as alíquotas do imposto são as seguintes:

a) 17% (dezessete por cento), nas operações realizadas dentro do Estado, ressalvadas as hipóteses expressamente previstas no inciso I da lei nº 7.098/1998;

b) 12% (doze por cento), nas operações realizadas fora do Estado, ressalvadas as hipóteses expressamente previstas no inciso II da lei nº 7.098/1998;

c) 25% (vinte e cinco por cento), nas operações internas e de importação, realizadas com as mercadorias segundo a Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH), ressalvadas as hipóteses expressamente previstas no inciso IV da lei nº 7.098/1998;

d) 30% (trinta por cento), nas demais prestações onerosas de serviços de comunicação, inclusive quando prestados ou iniciados no exterior, ressalvadas as hipóteses expressamente previstas no inciso V da lei nº 7.098/1998;

e) Variáveis de acordo com as faixas de consumo de energia elétrica, ressalvadas as hipóteses expressamente previstas no inciso VII da lei nº 7.098/1998;

f) 4% (quatro por cento, nas prestações de serviços de transporte aéreo interestadual de passageiro, carga e mala postal e nas operações interestaduais com bens e mercadorias importadas do exterior,

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ressalvadas as hipóteses expressamente previstas no inciso VIII da lei nº 7.098/1998;

g) 35% (trinta e cinco por cento), nas operações internas e de importação, realizadas com as mercadorias segundo a Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH), ressalvadas as hipóteses expressamente previstas no inciso IX da lei nº 7.098/1998;

As alíquotas do ICMS estão divididas entre operações com mercadorias e prestações de serviços de transporte e comunicação realizados dentro do mesmo Estado alíquotas internas, fixadas pela lei nº 7.098/1998 e as realizadas para fora do Estado alíquotas interestaduais, fixadas por Resolução do Senado Federal, e as realizadas fora do país alíquotas de exportação.

No comércio entre pessoas localizadas em Estados diferentes, usa-se a alíquota interestadual se o destinatário for contribuinte do ICMS. Se o destinatário não for contribuinte do ICMS, a alíquota será a interna (CF, art. 155, § 2º, VII).

2.7 Contribuintes

O art. 155, § 2º, XII, a, CF, determina que cabe lei complementar definir quem será o contribuinte do ICMS.

Sendo assim, contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços descritas como fatos geradores do tributo (LEI COMPLENTAR Nº 87, 1996).

Qualquer pessoa, que participa da cadeia de circulação e compra de um produto ou serviço é contribuinte do ICMS, porque ele é cobrado de maneira indireta, o que significa que o valor do imposto é adicionado ao preço final do bem adquirido.

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Art. 4º (...) Parágrafo único. É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial:

I – Importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade;

II - Seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;

III – adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados;

IV – Adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização.

A Constituição Federal, em seu art. 150, § 7º, admite o fenômeno da responsabilidade atinente ao ICMS, no contexto da substituição tributária progressiva ou “para frente”, onde o substituto recolhe o imposto de operações posteriores ou futuras, a escolha de uma terceira pessoa para recolher o tributo antes da ocorrência do fato gerador, em uma nítida antecipação de recolhimento perante um fato gerador presumido.

Na substituição tributária, o Fisco deixa de lado o contribuinte, atribuindo o encargo do imposto a um substituto, que deve ser pessoa vinculada de alguma forma ao fato gerador. Em certos casos, quando o substituto também é contribuinte, recolherá ele, na mesma nota fiscal, uma parcela referente ao ICMS normal, como contribuinte, e outra referente ao ICMS por substituição, como substituto.

2.8 Regime de apuração normal

O Regime de Apuração Normal do ICMS está regulamentado no artigo 131 e 132 do RICMS MT. É o regime de apuração mais comum no país, sendo que a sua principal característica é apuração do crédito na entrada das mercadorias e o débito na saída das mesmas. Por consequência, caso os créditos forem maiores que os débitos o contribuinte possuirá Impostos a Recuperar junto ao fisco, sendo que se os débitos forem maiores que os créditos o contribuinte terá Imposto a Pagar ao fisco.

A sistemática de apuração das entradas e saídas está fundamentada no Art. 131, incisos I e II do RICMS MT (2014):

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Os estabelecimentos enquadrados no regime de apuração normal apurarão, no último dia de cada mês:

I – no Registro de Saídas:

a) o valor contábil total das operações e/ou prestações;

b) o valor total da base de cálculo das operações e/ou prestações com débito do imposto e o valor do respectivo imposto debitado;

c) o valor fiscal total das operações e/ou prestações isentas ou não tributadas;

d) o valor fiscal total de outras operações e/ou prestações sem débito do imposto;

II – no Registro de Entradas:

a) o valor contábil total das operações e/ou prestações;

b) o valor total da base de cálculo das operações e/ou prestações com crédito do imposto e o valor total do respectivo imposto creditado;

c) o valor fiscal total das operações e/ou prestações isentas ou não tributadas;

d) o valor fiscal total de outras operações e/ou prestações sem crédito do imposto;

e) o valor total da diferença do imposto devido a este Estado, decorrente da entrada ou aquisição das mercadorias oriundas de outra unidade federada, destinadas a uso, consumo ou ativo fixo, e da utilização de serviço cuja prestação não esteja vinculada à operação ou prestação subsequente alcançada pela incidência do ICMS;

Cabe destacar que, conforme consta na alínea “e” mencionada acima, se a mercadoria adquirida em operação interestadual for destinada à uso, consumo ou ativo fixo do contribuinte, este deverá calcular e recolher separadamente o imposto, em código especifico, denominado “Diferencial de líquota”.

A alíquota aplicada as mercadorias a título de Diferencial de Alíquota, é a diferença entre a alíquota interna do estado e a alíquota aplicada no estado de origem, conforme art. 96, II, RICMS MT (2014):

Quanto à alíquota, deverão, ainda, ser observadas as seguintes regras: II – (...) em relação à entrada no estabelecimento de contribuinte de bem ou mercadoria, adquiridos em outra unidade federada, destinados a uso, consumo ou ativo permanente, bem como na utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação tenha sido iniciada fora do território mato-grossense e não esteja vinculada à operação ou prestação subsequente, alcançada pela incidência do imposto, a alíquota será o percentual que resultar da diferença entre a alíquota interna deste Estado, aplicável à operação ou à prestação, e aquela aplicada na unidade federada de origem da mercadoria ou do serviço para a operação ou a prestação interestadual.

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Deste modo, será recolhido o Diferencial de Alíquota, pois esta mercadoria não será objeto de operação ou prestação subsequente, tão somente será feito o uso ou fará parte do ativo fixo da empresa.

As alíquotas aplicadas para a apuração normal do ICMS em Mato Grosso, variam de acordo com o tipo de atividades e mercadorias, contudo conforme art. 95 do RICMS/MT, é definido como alíquota base do estado o percentual de 17%, para operações internas, as realizadas dentro deste estado e de 12% para operações interestaduais, aquelas destinadas a outros estados, por ser as de maior abrangência.

A portaria nº 100/1996 que consolida as normas que dispõem sobre os prazos de recolhimento do ICMS e dá outras providências, institui em seu artigo 1º, I, que:

O Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS -, inclusive a parcela relativa ao diferencial de alíquota, deverá ser recolhido nos prazos abaixo:

I – para os contribuintes sujeitos ao regime de apuração mensal, inclusive aqueles enquadrados nas disposições do artigo 132 do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n° 2.212, de 20 de março de 2014, ressalvado o disposto nos incisos seguintes: até o 6° (sexto) dia do mês subsequente ao da apuração.

Para o prazo de recolhimento do ICMS deverá ser observada as exceções impostas pela legislação. Caso a data de recolhimento do imposto cair em dias de sábado, domingo, feriado, ponto facultativo ou qualquer outra data em que não tenha expediente normal nos Bancos ou órgãos públicos estaduais, o pagamento do tributo deverá ser realizado no primeiro dia útil seguinte ao vencimento.

2.9 Regime de Estimativa Simplificada

O Regime de Estimativa Simplificado, também conhecido como Carga Média, foi instituído para apuração e pagamento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) pelos Decretos n° 392/2011, 410/2011 e 468/2011, entrou em vigor no dia 1º de junho de 2011, a motivação para a criação do novo regime foi para melhorar a eficiência nos controles tributários e contribuir

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para a simplificação dos procedimentos, tanto para o fisco quanto para o contribuinte.

A legalidade do decreto está consignada no rt. 30, inciso V, alínea “b”, da Lei nº 7.098/98:

Em substituição ao regime mencionado nos artigos 28 e 29, a apuração do imposto poderá ser efetuada, também, através:

V - de regime de estimativa por operação ou prestação, nos termos do regulamento e normas complementares, cuja tributação poderá, cumulativa ou alternativamente, objetivar: (Nova redação dada pela Lei 9.226/09) b) a simplificação, mediante exigência baseada na carga tributária média e eventual encerramento da fase tributária.

Ademais, o regime de estimativa encontra se regulamentado no RICMS do Mato Grosso, nos artigos 133 a 139 e seus efeitos são para os fatos geradores ocorridos a partir de 1º de junho de 2011. O Decreto nº 392/2011 introduziu o anexo XVI no RICMS MT, conhecido como percentual de carga média por atividade (CNAE), para fins de aplicação em todas as operações.

O regime de estimativa simplificada foi criado através da junção de outras modalidades de recolhimento, conforme figura 2, ilustrada abaixo:

Figura 2 - Unificação do ICMS Regime de Estimativa Simplificada. Fonte: Sefaz Mato Grosso, [2015?].

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A sistemática deste regime é aplicar uma carga média, que se encontra no anexo VI do RICMS MT, de acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) principal do contribuinte sobre a base de cálculo do imposto. É aplicado este sistema a todos os contribuintes pertencentes a esse regime em todas as operações interestaduais de entrada sujeitas ao fato gerador do ICMS.

No regime de Estimativa Simplificada não há mais distinção entre bens e mercadorias destinadas a venda ou ao ativo permanente, uso ou consumo. Desta forma, aplicar-se-á, no caso de mercadorias destinadas ao ativo permanente, uso ou consumo a mesma sistemática das mercadorias destinadas à comercialização. Sendo assim, para o cálculo do ICMS devido aos fatos geradores abrangidos pelo diferencial de alíquota, o contribuinte aplicará a sistemática do Regime de Estimativa Simplificado, onde o ICMS devido será: Valor da operação ou prestação x Carga Média conforme o anexo XIII do RICMS MT 2014.

Conforme o artigo 139 (RICMS, 2014):

Fica vedada ao contribuinte enquadrado no regime de estimativa a utilização, para abatimento do montante mensal a recolher, de qualquer valor, inclusive daqueles referentes à aplicação em atividades incentivadas, geradoras de créditos fiscais para compensação com o ICMS.

Dessa forma ao optar por este regime o contribuinte não terá direito a dedução, manutenção, estorno ou glosa de crédito, sendo que, salvo exceções, o recolhimento do imposto neste regime encerra a cadeia tributária.

Ficam excluídas do Regime de Estimativa Simplificada as operações com veículos automotores novos e usados, bebidas alcoólicas, cigarros e seus derivados, combustíveis, lubrificantes e biodiesel, energia elétrica, saídas de produtos integrantes de cesta básica do estabelecimento industrial, operações promovidas por estabelecimentos industriais mato-grossenses e demais exceções que se encontram no artigo 157, § 2º do RICMS-MT 2014.

Para o prazo de recolhimento do ICMS Estimativa Simplificada é até o vigésimo do segundo mês subsequente à entrada da mercadoria, caso a data de recolhimento do imposto cair em dias de sábado, domingo, feriado, ponto facultativo ou qualquer outra data em que não tenha expediente normal nos Bancos ou órgãos

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públicos estaduais, o pagamento do tributo deverá ser realizado no primeiro dia útil seguinte ao vencimento.

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3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Este capítulo está dividido em tópicos para a exposição da aplicação das bases teóricas e modelos práticos, na análise dos impactos financeiros da adoção de duas formas de recolhimento do ICMS, Regime de Estimativa Simplificada e Regime de Apuração Normal.

3.1 Caracterização da Empresa

A pesquisa foi aplicada em uma empresa localizada na cidade de Rondonópolis-MT, cujo nome fantasia e razão social foram mantidos em sigilo, no intuito de resguardar seus dados, informações e imagem.

A empresa está constituída sob a forma de sociedade limitada, com tributação no Lucro Presumido, e tem como objeto comercial a venda de artigos de vestuários e acessórios.

O quadro societário da entidade está composto por 6 (seis) sócios e 33 (trinta e três) funcionários legalmente registrados. O montante faturado pela empresa por ano é de aproximadamente R$ 5.200.000,00 contribuindo assim, significativamente para o desenvolvimento econômico da cidade.

3.2 Aplicação do modelo Regime de Estimativa Simplificada

De acordo com o anexo com o anexo XIII do RICMS MT 2014, o percentual de carga média tributária para o CNAE nº 47.84-4-00 - Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, da empresa estudada, é de 19%. Para compor a base de cálculo mensal do imposto utiliza-se o valor das mercadorias que deram entrada dentro do mês, proveniente de outras unidades de federação, inclusive as mercadorias destinadas a uso consumo e ativo fixo da empresa. No ano de 2019, a empresa fez o recolhimento do ICMS utilizando este regime, a tabela 1 abaixo demonstra os valores apurados e recolhidos pela entidade durante o ano.

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Tabela 1 - Demonstrativo de Cálculo ICMS Estimativa Simplificada

Mês

Compras de outros Estados de Mercadorias para revenda, uso e

consumo e ativo fixo.

Carga Média Valor devido e Recolhido de ICMS jan/19 R$ 62.173,94 19% R$ 11.813,05 fev/19 R$ 62.505,43 19% R$ 11.876,03 mar/19 R$ 126.448,00 19% R$ 24.025,12 abr/19 R$ 178.306,12 19% R$ 33.878,16 mai/19 R$ 227.944,66 19% R$ 43.309,49 jun/19 R$ 187.520,19 19% R$ 35.628,84 jul/19 R$ 120.487,01 19% R$ 22.892,53 ago/19 R$ 187.867,49 19% R$ 35.694,82 set/19 R$ 69.870,11 19% R$ 13.275,32 out/19 R$ 591.333,37 19% R$ 112.353,34 nov/19 R$ 804.400,26 19% R$ 152.836,05 dez/19 R$ 306.717,37 19% R$ 58.276,30 TOTAL R$ 2.925.573,95 R$ 555.859,05 Fonte: Elaborada pela autora, 2020.

Conforme apresentado na tabela 1, o cálculo do ICMS Estimativa Simplificada utiliza o valor das compras oriundas de outros estados, que são destinadas a revenda, uso, consumo e ativo fixo, multiplicando-se pela carga média da empresa que foi estabelecida em 19%. Sendo assim as compras do ano totalizaram o valor de R$ 2.925.573,95 que gerou um desembolso de R$ 555.859,05 referente ao ICMS apurado.

Vale destacar, que no mês de novembro ocorreu o maior volume de compras e também o maior recolhimento do imposto, as compras totalizaram o valor de R$ 804.400,26 e o ICMS o valor de R$ 152.836,05 que se dá pelas datas comemorativas do final de ano. Nos meses de janeiro e fevereiro houve o menor número de compras e menor desembolso do imposto, sendo respectivas as compras de R$ 62.173,94 e R$ 62.505,43 e o ICMS de R$ 11.813,05 e R$ 11.876,03, por se tratar de um período de pouco movimento para as vendas.

3.3 Aplicação do modelo Regime de Apuração Normal

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de apuração do crédito na entrada das mercadorias para revenda e o débito na saída das mesmas. A tabela 2 abaixo, apresenta os dados do faturamento fornecido pela empresa, os quais já se encontram deduzidos os valores das devoluções, abatimentos, descontos comerciais concedidos e o ICMS por substituição tributária.

Tabela 2 - Faturamento com débito do ICMS

Mês

Valor do Faturamento Líquido

Alíquota Interna

do ICMS no MT Débito do ICMS jan/19 R$ 206.034,68 17% R$ 35.025,90 fev/19 R$ 195.646,96 17% R$ 33.259,98 mar/19 R$ 252.074,11 17% R$ 42.852,60 abr/19 R$ 494.672,01 17% R$ 84.094,24 mai/19 R$ 499.575,29 17% R$ 84.927,80 jun/19 R$ 325.909,54 17% R$ 55.404,62 jul/19 R$ 404.102,87 17% R$ 68.697,49 ago/19 R$ 540.110,35 17% R$ 91.818,76 set/19 R$ 349.808,66 17% R$ 59.467,47 out/19 R$ 414.074,22 17% R$ 70.392,62 nov/19 R$ 479.053,24 17% R$ 81.439,05 dez/19 R$ 1.025.601,86 17% R$ 174.352,32 TOTAL R$ 5.186.663,79 R$ 881.732,84 Fonte: Elaborada pela autora, 2020.

A tabela 2 mostra que a empresa obteve um faturamento anual de R$ 5.186.663,79. No mês de fevereiro obteve o menor faturamento de R$ 195.646,96, já no mês de dezembro, devido as datas comemorativas, obteve o maior faturamento no valor de R$ 1.025.601,86.

A empresa revende as mercadorias no mercado interno, dando origem a um débito de 17% de ICMS, conforme o art. 95 do RICMS MT (2014) que diz:

As alíquotas do imposto são: (cf. caput do art. 14 da Lei n° 7.098/98) I – 17% (dezessete por cento), ressalvadas as hipóteses expressamente previstas nos incisos II a VII deste artigo: (cf. inciso I do caput do art. 14

da Lei n° 7.098/98)

a) nas operações realizadas no terriório do Estado;

O débito de ICMS do ano totalizou-se em R$ 881.732,84 correspondente a aplicação do percentual de 17% nos valores dos faturamentos obtidos mês a mês.

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Na obtenção dos créditos será utilizando alíquota de ICMS próprio de 7%, pois a maior concentração de compras da empresa é oriunda dos estados de São Paulo e Paraná. A tabela 3 ilustra o cálculo dos créditos de acordo com os relatórios disponibilizados pela empresa.

Tabela 3 - Compras com direito à crédito do ICMS

Mês Valor das Compras para Revenda

Alíquota

Interestadual Crédito do ICMS jan/19 R$ 53.309,21 7% R$ 3.731,64 fev/19 R$ 57.062,78 7% R$ 3.994,39 mar/19 R$ 126.448,00 7% R$ 8.851,36 abr/19 R$ 178.306,12 7% R$ 12.481,43 mai/19 R$ 217.134,14 7% R$ 15.199,39 jun/19 R$ 178.455,18 7% R$ 12.491,86 jul/19 R$ 120.872,27 7% R$ 8.461,06 ago/19 R$ 187.867,46 7% R$ 13.150,72 set/19 R$ 62.641,24 7% R$ 4.384,89 out/19 R$ 222.429,24 7% R$ 15.570,05 nov/19 R$ 234.610,77 7% R$ 16.422,75 dez/19 R$ 175.374,16 7% R$ 12.276,19 TOTAL R$ 1.814.510,57 R$ 127.015,74 Fonte: Elaborada pela autora, 2020.

No regime de apuração normal é utilizado crédito do ICMS apenas das compras de mercadorias destinadas a revenda. A tabela 3 destaca que as compras do ano somaram o valor de R$ 1.814.510,57 que aplicado a alíquota de ICMS de Origem de 7% totaliza um crédito anual de R$ 127.015,74.

Depois de encontrar os valores de débito e crédito do ICMS, é feita a apuração do valor devido, conforme ilustração da tabela 4 que segue abaixo:

Tabela 4 - Apuração Normal do ICMS

Mês Débito do ICMS Crédito do ICMS ICMS Devido no Mês

jan/19 R$ 35.025,90 R$ 3.731,64 R$ 31.294,25 fev/19 R$ 33.259,98 R$ 3.994,39 R$ 29.265,59 mar/19 R$ 42.852,60 R$ 8.851,36 R$ 34.001,24 abr/19 R$ 84.094,24 R$ 12.481,43 R$ 71.612,81 mai/19 R$ 84.927,80 R$ 15.199,39 R$ 69.728,41

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44 jun/19 R$ 55.404,62 R$ 12.491,86 R$ 42.912,76 jul/19 R$ 68.697,49 R$ 8.461,06 R$ 60.236,43 ago/19 R$ 91.818,76 R$ 13.150,72 R$ 78.668,04 set/19 R$ 59.467,47 R$ 4.384,89 R$ 55.082,59 out/19 R$ 70.392,62 R$ 15.570,05 R$ 54.822,57 nov/19 R$ 81.439,05 R$ 16.422,75 R$ 65.016,30 dez/19 R$ 174.352,32 R$ 12.276,19 R$ 162.076,13 TOTAL R$ 881.732,84 R$ 127.015,74 R$ 754.717,10 Fonte: Elaborada pela autora, 2020.

Ao confrontar os valores de débito e crédito, conforme mostrado acima na tabela 4 no regime de apuração normal pega-se o valor de débito R$ 881.732,84 e subtrai-se o crédito de R$ 127.015,74 o resultado de R$ 754.717,10 é o valor devido de ICMS no ano. Cabe salientar, que este valor é somente sobre as mercadorias que foram revendidas, quando há compra de mercadorias destinadas a uso, consumo e ativo fixo será cobrado o ICMS Diferencial de Alíquotas, pois está mercadoria não será objeto de operação ou prestação subsequente.

O ICMS Diferencial de Alíquota, também conhecido como DIFAL, é a diferença entre a alíquota interna do estado e a alíquota aplicada no estado de origem. Na tabela 5 está tabulado o valor devido.

Tabela 5 - Apuração do ICMS DIFAL

Mês Compras Materiais de Uso, Consumo e Ativo Fixo Alíquota Interna do ICMS Alíquota Interestadual do ICMS Diferença de Alíquota Valor devido de ICMS DIFAL jan/19 R$ 7.839,73 17% 7% 10% R$ 783,97 fev/19 R$ 5.211,00 17% 7% 10% R$ 521,10 mar/19 R$ - 17% 7% 10% R$ - abr/19 R$ - 17% 7% 10% R$ - mai/19 R$ 10.416,73 17% 7% 10% R$ 1.041,67 jun/19 R$ 8.945,01 17% 7% 10% R$ 894,50 jul/19 R$ - 17% 7% 10% R$ - ago/19 R$ - 17% 7% 10% R$ - set/19 R$ 3.574,02 17% 7% 10% R$ 357,40 out/19 R$ 368.871,00 17% 7% 10% R$ 36.887,10 nov/19 R$ 575.204,60 17% 7% 10% R$ 57.520,46 dez/19 R$ 130.374,90 17% 7% 10% R$ 13.037,49 TOTAL R$ 1.110.436,99 R$ 111.043,70

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Fonte: Elaborada pela autora, 2020.

Tendo em vista a ampliação e reforma da empresa no ano de 2019 houve um alto número as aquisições de ativos imobilizados. A tabela 5 descreve os valores mensais das compras de mercadorias destinadas a uso, consumo e ativo fixo que somam R$ 1.110.436,99 aplicado a alíquota de 10% que é resultante da diferença entre 17% alíquota interna do Mato Grosso e 7% alíquota interestadual de São Paulo e Paraná, encontra-se o valor devido a titulo de ICMS Diferencial de alíquotas de R$ 111.043,70.

Para recolhimento do ICMS no regime de Apuração Normal a empresa desembolsaria dentro do ano o valor de R$ 865.760,80, somando o valor devido sobre as vendas de mercadorias e o diferencial de alíquotas das compras que não são destinadas a revenda.

3.4 Comparativo dos Regimes

Os valores apurados em cada regime podem ser observados no gráfico 1 abaixo:

Gráfico 1 - Comparativo entre os dois Regimes Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

R $11. 813, 05 R $11. 876, 03 R $24. 025, 12 R $33. 878, 16 R $43. 309, 49 R $35 .628,84 R $22. 892, 53 R $35. 694, 82 R $13. 275, 32 R $112. 353, 34 R$152. 836, 05 R $58. 276, 30 R $ 32.078, 22 R $ 29.786, 69 R $ 34.001, 24 R$ 71.612, 81 R $ 70.770, 08 R $ 43.807, 26 R $ 60.236, 43 R $ 78.668, 04 R $ 55.439, 99 R$ 91.709, 67 R $ 122 .536,76 R $ 175.113, 62 J A N F E V M A R A B R M A I J U N J U L A G O S E T O U T N O V D E Z Série1 Série2

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Conforme demonstrado no gráfico 1, o azul representa os valores apurados pelo regime de estimativa simplificada, já o laranja representa os valores apurados pelo regime de apuração normal, incluindo o diferencial de alíquotas. Podemos observar que nos meses de janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro e dezembro, cerca de 83% dos meses, é vantajoso para a empresa recolher pelo regime de estimativa simplificada, pois acarretará em menor desembolso.

Os meses de outubro e novembro foram os únicos em que o recolhimento pelo regime de apuração normal foi o menor, devido ao alto número de compras e consequentemente créditos para aproveitar. Segundo informações repassadas pela empresa, são os meses com maior concentração de compras para estocagem de mercadorias para vendas em dezembro.

Referências

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