5 FORMAS DE INTERNAR UM
DEPENDENTE QUÍMICO
Problemas com substâncias químicas, sejam elas lícitas ou ilícitas, exigem um tratamento especial por parte de qualquer pessoa que esteja envolvida. Isso porque, para internar um dependente químico é preciso muito mais do que uma simples permissão do estado.
Uma mudança desse tipo mexe totalmente com o psicológico e muda a estrutura da vida do ser humano. Esse pode aceitar a troca de ambientes e o tratamento de forma tranquila. Ou pode se revoltar totalmente e ficar em uma situação ainda pior que anteriormente.
Portanto, ao pensarmos em como internar um dependente químico precisamos estar bem atentos a cada peculiaridade de casos para conseguir atender melhor E, se pararmos para pensar, muitos dependentes nem pensar em se internar justamente por não enxergarem problemas em suas vias.
Veja a seguir algumas formas de internar um dependente químico
COMO INTERNAR UM DEPENDENTE QUÍMICO
Existem muitas formas de lidar com as coisas. Várias abordagens podem funcionar de formas diferentes para pessoas diferentes ou vice-versa. Escolher abordagem errada é algum comum dentro das tentativas de ajudar o próximo. O problema seria não ajudar se algo grande estivesse para acontecer e gerar exatamente o efeito contrário
Mas vejamos como são essas formas de tratar dos pacientes de sua doença e o tratamento para ela. Esse tratamento também é algo que acontece com horários e decisões.
1. CONVENCENDO O PACIENTE
A primeira maneira mais convencional de internar um dependente químico é convencendo-o dos problemas de sua vida. Esse tipo de intervenção pode não ser a coisa mais prática e nem funcional para ambas as partes.
Entretanto, se der certo, é garantido que ambos estão a par da decisão tomada e que essa garantia não precisa ser recomprovada. Uma decisão tomada em conjunto é muito mais simples e gasta menos mão de obra, além de dar menos dor de cabeça.
Logicamente que o processo de convencimento de alguém dependente químico é extremamente desgastante. Esse tipo de internação acontece em poucos casos. Entretanto, se isso é um caso que existe na sua vida e você acredita que vale a pena brigar por essa opção, vai fundo.
É importante que saibamos entender o tempo e o espaço de cada um conforme cada um quiser vivê-lo. Isso significa até saber respeitar a vontade de um dependente químico. É possível, logicamente, forçá-lo a algumas situações usando o aparato jurídico que geralmente não seria necessário.
2. INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA
Continuando a falar sobre internação, vamos tratar agora sobre os casos em que ela é compulsória. Existem casos de abuso de substâncias que chegam a níveis insustentáveis.
Nessas instâncias é preciso que exista uma intervenção na família ou entre amigos para ir até os meios legais. Geralmente consegue-se um laudo de incapacidade da pessoa que tem esse problema com o vício.
Logo após é possível conseguir que uma equipe faça o trabalho de internar o paciente. Casos com a polícia também podem acabar em internação por abuso de drogas. Para isso é necessário a intervenção de um advogado para que se consiga a autorização da justiça para ser internada.
Logicamente isso é uma medida um tanto quanto extrema para se tomar. Tal se torna ainda mais radical quando pensamos em casos de pessoas da família e amigos próximos. Entretanto, é preciso compreender que o melhor para esse indivíduo é o isolamento para poder se curar de seus demônios.
A psique humana por muitas vezes necessita desse tempo e, se não for pelo convencimento, é melhor que seja pela obrigação. Dessa maneira se torna muito mais fácil conservar vidas e evitar problemas. Esses podem ser para o indivíduo que tem consumido as drogas ou para as pessoas a sua volta.
3. INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA
Esse tipo de internação não requer o uso de violência nem força, mas ainda assim é feita sem o consentimento do paciente. Ao buscar como internar um
dependente químico é importante considerar essa opção pois ela,
provavelmente, será a mais usada.
Pessoas com vícios tem o costume de pensar não haver problema em suas vidas. É a famosa frase da pessoa que não é viciada, pode parar a hora que quiser, mas acaba consumindo a droga todos os dias.
Isso acaba por consumir corpo e personalidade desse indivíduo. Vendo como essa pessoa próxima está, um familiar ou responsável pode requerer a
internação deste indivíduo. A internação pode ser dada mediante avaliação psiquiátrica e deve ser enviada ao ministério público.
Tal pedido é necessário para evitar acusações de cárcere privado, o que, muitas vezes, pode acontecer. Existe o famoso caso da mãe que prendia o filho com correntes à cama do quarto por conta de seu alto consumo de drogas. Uma medida desse tipo é extrema e vai contra as leis vigentes na federação.
A melhor forma de ocorrer essa internação é logo no começo do problema. Entretanto, é sabido que isso não é uma prática comum e que o corriqueiro é a internação depois que a situação já se agravou.
Mesmo assim, cabe o alerta aqui para que parentes e amigos fiquem atentos a comportamentos estranhos. Dessa maneira é possível evitar piores consequências na vida de todos os pares. Até porque internar um dependente
químico é um processo cansativo e complicado para todas as partes envolvidas.
4. VOLUNTÁRIA
Outra forma de internar um dependente químico que existe e não envolve ninguém é a voluntária. Uma pessoa que, em uma rara condição, tem noção de sua existência e como ela tem sido prejudicada pelo vício, vai atrás de ajuda e internação.
Claramente isso é muito raro e, como dissemos no primeiro tópico, requer muita força de vontade. Geralmente familiares e pessoas próximas precisam convencer o indivíduo a tomar esse tempo para si. Entretanto, existem alguns outros que já conseguem, por si só, perceber as mazelas de sua vida.
Assim, a pessoa pode procurar uma clínica pública ou particular para que receba o tratamento que lhe deixar mais confortável.
De todas as formas de internação essa é uma das mais corajosas e humanas, pois exige uma dose gigantesca de sinceridade, mas preserva a dignidade do indivíduo.
Isso porque, dar o direito de decisão para uma pessoa que já está fragilizada é um passo gigantesco em direção ao respeito.
Respeito inclusive que é essencial para a mente humana em processo de recuperação. Logo que o indivíduo se dá conta de sua condição, é preciso que exista uma recuperação de sua dignidade e de sua responsabilidade mental. Isso se dá com tratamento e apoio, com superação e inteligência.
A sensibilidade com a qual deve ser tratado alguém em processo de internação é gigantesca. Qualquer deslize pode levar esse indivíduo diretamente de volta ao mundo das drogas ou até para caminhos piores. Mesmo porque drogas assim podem trazer outros tipos de doenças psicológicas a serem tratadas.
5. RECOMENDAÇÃO
A última maneira de internar um dependente químico pode ser através de recomendação. Muitas pessoas podem ser aconselhadas por doutores ou médicos de sua confiança a serem internadas nos estágios mais precoces da doença. Isso porque ajuda, como já dissemos, a evitar problemas maiores e mais pungentes.
Dessa forma, confiar também nos doutores e especialistas é uma boa forma de começar um processo de recuperação. Tal não trata tão somente das drogas, mas também de álcool ou até remédios controlados.
Muitas pessoas acreditam que o vício se baseia exclusivamente a um tipo de droga que se encontra nos ramos do tráfico. Entretanto, remédios tarja preta possuem essa característica estética justamente por serem viciantes.
E, no caso de um médico identificar um grau de vício elevado em seu paciente, ele poderá recomendar uma internação à pessoa ou a família. A participação da comunidade científica neste processo de recuperação e conscientização é indispensável pois são eles que realizam as pesquisas e coletam os dados.
É importante, na verdade, trazer todos para perto em horas assim. Isso ajuda tanto na situação individual quanto na geral. Pois, com a ajuda de profissionais especializados é possível que esse tipo de tratamento seja mais dignificante e mais efetivo de maneira geral.
Com o tempo é possível imaginar como seria o processo de evitar a deterioração de um usuário de drogas. Conforme a tecnologia e a psicologia evoluem, podemos pensar em um amanhã um pouco mais compreensivo e um pouco mais humano. Entretanto, sabe-se também que a ciência é fria, objetivamente fria.
O que tira essa frieza dela são as pessoas e sua empatia, seus sentimentos e suas histórias que diferem entre si. Logo, é preciso da ciência, mas também é preciso do povão. O povão, doravante, precisa ver o ato de internar um dependente
químico como um problema de saúde e não de crime.
Criminalizar uma doença é como criminalizar uma gripe ou uma catapora. São doenças que você contrai por conta de certas ações e que precisam de tratamentos. É claro que estes não são, de forma nenhuma, tão agressivos quanto os tratamentos contra a dependência de drogas.
Mesmo assim, é preciso incutir na mente da massa que esse tipo de visão criminalizada do doente não ajuda ninguém. Muito pelo contrário, ele afasta indivíduo A do indivíduo B e ao invés de criar uma rede de segurança cria uma corda de suicídio.
Este suicídio subjetivo é da pessoa que usa as drogas ou o álcool ou qualquer outra substância. Esse indivíduo, sem ajuda, acaba sendo suicidado pela sociedade que o renega, pelos parentes que ignoram e pela internação que não vem. Nestes casos, internar um dependente químico é a diferença entre a vida e a morte.
