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CONTRUÇÃO DO NOVO CENTRO ESCOLAR DE VILAR DE MOUROS JÁ COMEÇOU Intervenção de ,69 euros

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CÂMARA

DESPORTO

Intervenção de 241.764,69 euros

CONTRUÇÃO DO NOVO CENTRO ESCOLAR

DE VILAR DE MOUROS JÁ COMEÇOU

MÁRIO

PATRÍCIO

SUBSTITUI

BENTO

CHÃO

Freguesia de Azevedo

festejou 250º aniversário

LUDOTECA/BIBLIOTECA DE VILA PRAIA

DE ÂNCORA FESTEJOU 1º ANIVERSÁRIO

PÀSCOA UMA ÉPOCA

DE TRADIÇÕES

É um dos talentos musicais mais promissores do país. Disso já se deram conta no exterior, porque em Portugal o nome de Jaime Alvarez é praticamente desconhecido. O jovem contrabaixista, que conseguiu entrar numa das escolas mais exigentes da Europa e que foi seleccionado para a orquestra da União Europeia, não consegue quaisquer apoios em Portugal para prosseguir a carreira. O país corre mesmo o risco de ficar sem um dos seus prometedores talentos musicais.

ExPATRIADO

Ludoteca

de Vila Praia

de Âncora

Poderá

albergar

Espaço

Museológico

A Ludoteca de Vila Praia de Âncora, inaugurada há precisamente um ano, poderá vir a albergar um núcleo museológico ligado às tradições da terra. A revelação foi feita pelo vereador Paulo Pereira numa entre-vista ao Jornal “O Caminhense”, no decorrer da qual aquele vereador fez um balanço bastante positivo do primeiro ano de actividade da-quele equipamento. Mais do que um espaço de brincadeira, lazer e aprendizagem, a Ludoteca de Vila Praia de Âncora assume-se como um espaço de cultura destinado a diferentes públicos.

FESTIVAL DE VILAR DE

MOUROS COM REgRESSO

MARCADO PARA 2010

JUNTA DE ARgELA PROMOVE CURSO

DE TECELAgEM DE LÃ

REUNIÃO

À PORTA

FECHADA

ADIADA POR

FALTA DE

DOCUMENTOS

Inscrições

decorrem

até dia 2

de Junho

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www.caminhense.com 10 de aBRiL de 2009 S E M A N á R I O 1971 - 2009

Empresários

do Alto Minho

e galiza

assinam

compromisso

para responder

à crise

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www.caminhense.com sexta-feira, 10 de Abril de 2009

CONCELHO

A freguesia de Azevedo co-memorou no passado Domingo, dia 5 de Abril, o 250º aniversário da constituição da paróquia de S. Miguel de Azevedo.

As comemorações tiveram iní-cio na sexta-feira, dia 3 de Abril, com a celebração de uma missa na Igreja Paroquial, seguida de uma romagem ao cemitério onde foi feita uma homenagem aos au-tarcas e párocos da freguesia já

falecidos.

No Domingo as celebrações iniciaram-se com a entrada da Banda de Música de Lanhelas, ao que se seguiu o hastear da ban-deira, uma cerimónia que contou com a presença de diversos con-vidados, entre os quais o Gover-nador Civil de Viana do Castelo, José Joaquim Pita Guerreiro.

Após a celebração da euca-ristia, convidados e população

dirigiram-se até ao salão de festas da freguesia onde decorreu uma cerimónia de imposição de meda-lhas aos autarcas que no passado contribuiram para a construção da sede da Junta de Freguesia, “a Casa da Democracia”, como lhe chamou Jorge Fão, um dos convidados desta cerimónia.

Júlio Afonso, presidente da Junta de Freguesia de Azeve-do, começou a sua intervenção

FrEguEsia dE azEvEdO FEstEjOu 250º aNivErsáriO

com um breve enquadramento

histórico alusivo à criação da paróquia de S. Miguel de Aze-vedo. Segundo o autarca, existem vários momentos importantes que marcam a história daquela peque-na freguesia. “O primeiro marco foi quando D. Afonso Furtado de Mendonça dedicou à fregue-sia de Azevedo a Ermida de S. Tomé para Igreja. Outro marco importante foi o momento em que Azevedo começou a celebrar a eucaristia, o que aconteceu há precisamente 250 anos, altura em que fomos autorizados a ter um sacrário”.

Mais recentemente Azevedo assistiu à concretização de outros dois importantes reconhecimentos que foram, como referiu o presi-dente da Junta, a localização dos marcos históricos da freguesia, “um trabalho que terminámos ontem à tarde” e ainda o reco-nhecimento por parte do Tribunal de que Azevedo é efectivamente dona de uma parcela de terreno sobre a qual existia um litígio com a freguesia de Venade”.

Para o presidente da Junta, o dia 3 de Abril deverá ser um dia histórico para a freguesia, um dia que o autarca quer que seja assi-nalado no futuro. “Vamos propor à Assembleia de Freguesia que este passe a ser considerado o dia de Azevedo”.

Azevedo - Uma freguesia com história

Presente nesta cerimónia esteve também o historiador Artur Villa-res a quem a Junta encarregou de elaborar uma breve memória da Freguesia e Paróquia de S. Miguel de Azevedo, um trabalho que deu origem a uma pequena brochura que a Junta fez questão de distri-buír pelos presentes.

A propósito deste trabalho, elaborado a convite da Junta de Freguesia, Artur Villares destacou a sua importância na medida em que ele vai contribuir para a pre-servação da memória da comuni-dade de Azevedo. “A preservação dessa memória é um compromisso fundamental que cada geração tem para com o seu tempo. Nós que vivemos no tempo presente não somos nada sem a memória daqueles que nos antecederam, sem o respeito pela sua vida e pela sua obra. Nós somos devedores de todos os que nos antecederam, da definição daquilo que somos e da identidade que nós transpor-tamos. É isso que hoje estamos a festejar ao celebrarmos os 250 anos da Paróquia de S. Miguel de Azevedo”, referiu.

Em representação da Câmara Municipal de Caminha esteve o vereador Paulo Pereira que fez questão de dar os parabéns à freguesia de Azevedo por esta importante data. “Dirijo-me não só à população mas também a todas as instituições da freguesia. A todos quantos com o seu traba-lho a a sua dedicação ajudaram e ajudam a formar uma identidade própria. Foi através do empenho

das suas gentes que se construiu esta freguesia centenária, gentes originalmente ligadas à Irmanda-de que apostaram na formalização da paróquia e que há 250 anos conseguiram trazer para aqui o Sacrário”.

Paulo Pereira fez questão de salientar as riquezas naturais da freguesia de Azevedo, “uma fre-guesia que é circundada por vários montes, uma circunstância que torna este local muito aprazível com um riquíssimo património natural”.

LudOtECa/BiBLiOtECa dE viLa Praia dE ÂNCOra

FEstEjOu 1º aNivErsáriO

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FrEguEsia dE azEvEdO FEstEjOu 250º aNivErsáriO

Paulo Pereira aproveitou a

ocasião para comunicar a cedên-cia do edifício da escola primária de Azevedo para sede do Grupo de Bombos da freguesia, uma associação que tem contribuído não só para a divulgação de Aze-vedo mas também do concelho de Caminha.

Jorge Fão, deputado na As-sembleia, da República eleito pelo circulo de Viana do Cas-telo, salientou a importância de se homenagearem as pequenas comunidades que, contra tudo

e contra todos “vão resistindo àquilo que foi e continua a ser a atracção e o exôdo para o litoral e para as grandes zonas urbanas”.

Jorge Fão enalteceu a forma como quer a Junta quer todos quantos com ela colaboraram, pre-pararam estas cerimónias, “com muito carinho e muita dedicação”.

As comemorações dos 250 anos da criação da paróquia ter-minaram com um almoço no qual participaram para além das enti-dades convidadas, a população da freguesia.

Meia centena de crianças fes-tejaram, no passado Sábado, o 1º aniversário da Ludoteca/Bi-blioteca de Vila Praia de Ânco-ra, na companhia do vereador do pelouro, Paulo Pereira e alguns funcionários do Município.

A Câmara de Caminha para assinalar esta data proporcionou às crianças, que frequentam ha-bitualmente aquele espaço, uma tarde com múltiplas actividades, onde não faltou o bolo de ani-versário. De facto, a partir das 15 horas, a Ludoteca esteve em festa. O programa começou com um atelier de culinária, durante o qual as crianças confeccionaram um bolo e doce de morango, que posteriormente também fizeram parte integrante do lanche. A

LudOtECa/BiBLiOtECa dE viLa Praia dE ÂNCOra

FEstEjOu 1º aNivErsáriO

seguir, decorreu a actividade 4

Gavetas com a leitura do conto infantil “O Soldadinho de Chum-bo”. O momento alto da tarde foi o lanche preparado para as crianças, durante o qual se can-taram os parabéns à “menina” Ludoteca, seguido de um atelier de construção de flores de papel, onde foram realizadas flores para os mais pequenos oferecerem aos respectivos padrinhos na Páscoa.

O 1º aniversário da Ludoteca ainda ficou marcado pela entrada em funcionamento do “Ninho do Mocho” - o colector de livros usados, que visa estimular a reu-tilização e partilha de livros usa-dos, bem como ampliar o sentido social e cultural das Bibliotecas Municipais em Caminha.

Paulo Pereira aproveitou a oca-sião para felicitar os funcioná-rios da Ludoteca pelo “magnífico trabalho” que desempenharam durante o primeiro ano de vida deste espaço, uma vez que “o sucesso da Ludoteca/Biblioteca de Vila Praia de Âncora se deve em grande parte a vocês, pela iniciativa, pelo entusiasmo, pelas ideias novas que trouxeram e que aqui foram implementadas”.

Esta iniciativa também se inse-riu no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Livro Infantil e do Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, que a Câmara está a promover durante este mês, através das Bibliotecas Munici-pais de Caminha e de Vila Praia de Âncora, com vista a interpelar os caminhenses para temáticas ac-tuais e interessantes, subjacentes ao livro e à leitura.

Neste primeiro ano de

activida-de da Ludoteca/Biblioteca activida-de Vila Praia de Âncora, salienta-se que este espaço contou com 504 inscrições e uma média de 90 utilizadores por dia, nos vários serviços disponíveis no edifício, nomeadamente nos espaços internet, periódicos, biblioteca de adultos, ludote-ca com respectivas oficinas e galeria.

Este espaço conta com mais de 13 mil documentos, dos mais variados, designa-damente livros, jogos, mú-sica e filmes, uma dezena de computadores com ligação à Internet, LCD’s, aparelhos de mp3, entre outros. Um espa-ço ideal para motivar os mais novos para a leitura e para as tecnologias, consolidando a relação com o livro, abrindo novos caminhos na aventura da leitura e do conhecimento.

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www.caminhense.com sexta-feira, 10 de Abril de 2009

CONCELHO

Jornal “O Caminhense” (J.C.) - A Ludoteca de Vila Praia de Âncora abriu portas há precisamente um ano. Depois de uma longa espera para que entrasse em funcionamento e de muitas expectativas criadas à volta daquele equipamento, que balanço faz deste primeiro ano de actividade?

Paulo Pereira (P.P.) - Passado este primeiro ano, a avaliação que fazemos é muito positiva. Julgo mesmo que conseguimos superar as melhores expectativas e criar um equipamento que é muito va-riado em termos de recursos e que está direccionado para diferentes públicos, ou seja, desde os mais pequenos aos mais crescidos. Por um lado temos a Ludoteca que é um espaço que está muito mais vocacionado para a criança e para a interacção desta com os pais. Temos também a Biblioteca que é um espaço direccionado para um público mais jovem e adulto e ainda todos os outros espaços multimédia, que vão desde a vi-deoteca à audioteca, passando pelos diversos pontos de acesso à Internet. Trata-se no fundo de um conjunto de valências que acaba por permitir que toda a po-pulação em geral possa usufruir deste espaço de cultura e de lazer e obviamente ter acesso a uma oferta cultural variada.

J.C. - O sucesso desta Ludo-teca enquanto espaço de

brin-cadeira e aprendizagem deve-se em parte à colaboração dos pais que frequentam o espaço com os seus filhos mas também às escolas. Como é que tem sido feita essa articulação?

P.P. - Obviamente que o espaço da Ludoteca não fazia sentido se não houvesse esta interacção com a comunidade. Temos procurado estabelecer essa interacção funda-mentalmente com os agrupamentos de escolas e, dentro das diferentes actividades que vamos programan-do para aquele espaço tentamos sempre duvulgá-las junto das esco-las no sentido de que eesco-las tragam os alunos até à Ludoteca. Isso tem efectivamente acontecido e tem resultado muito bem. A Ludoteca oferece uma série de actividades e ateliers que as escolas não possuem, dando oportunidade aos alunos de fazerem coisas diferentes. Julgo que é um trabalho que tem corrido muito bem e que vamos certamente melhorar no futuro.

J.C. Quando se pensou em mudar a biblioteca para o mesmo edifício da Ludoteca, algumas pessoas foram contra alegando que o espaço não era tão central o que poderia levar a uma menor afluência de públi-co. Ao fim deste primeiro ano é possível avaliar se efectivamente essa redução foi uma realidade?

P.P. - Eu julgo que é um pou-co difícil estarmos a estabelecer

comparações. Como sabe o actual edifício oferece uma série de ser-viços e respostas que o outro não oferecia e isso desde logo motiva muito mais as pessoas a acederem ao espaço. Nesta perspectiva julgo que não seria correcto estarmos a fazer comparações. É verdade que temos muitas mais pessoas a acederem ao equipamento do que no passado, mas também não é menos verdade que as ofertas são muito maiores do que as que exis-tiam. Essa afluência é visível até mesmo no número de livros que são requesitados pelas pessoas, cujo número também aumentou bastante.

J.C. - Em relação ao edifício em si, sei que ainda não está aca-bado. Quando é que a Câmara pensa avançar com o que falta?

P.P. - O edifício da Ludoteca em si está concluído, o que falta são os espaços exteriores ou seja os jardins. Neste momento a Câmara está a desenvolver um projecto no sentido de poder canalizar para aquele espaço um possível Museu ligado às alfaias agrícolas. A autarquia possui um espólio vasto nesta temática que gostaria de o disponibilizar à população através da criação desse tal espaço museológico. Por outro lado queremos também criar alguns espaços verdes e também um acesso à própria Ludoteca através do nó da erva verde, facilitando desta forma o acesso ao edifício. Estamos a trabalhar na ideia, já foram apresentadas algumas propos-tas mas ainda não existe uma decisão definitiva.

J.C. - A Galeria de Arte Guntilanis é outra das verten-tes do edifício. Foi inaugurada posteriormente e já recebeu algumas exposições. Conside-ra que esta foi também uma aposta ganha?

P.P. - Julgo que sim. Como sabe a instalação de uma galeria de arte no edifício já fazia parte do projecto inicial o que de certa forma veio preencher um vazio que existia. Não havia em Vila Praia de Âncora, ao contrário do que acontecia em Caminha, nenhuma estrutura do género e julgo que a criação desta sala de exposições foi muito importante. Temos previlegiado os artistas locais que ali têm divulgado e promovido os seus trabalhos e julgo que Vila Praia de Âncora ganhou muito com a criação da-quele espaço.

Recorde-se que após uma longa espera, a Ludoteca de Vila Praia de Âncora, que custou perto de um milhão de euros, foi finalmente inaugurada no ano passado.

Ludoteca de Vila Praia de Âncora

Poderá albergar Espaço Museológico

a Ludoteca de vila Praia de Âncora, inaugurada há precisamente um ano, poderá vir a albergar um núcleo

museo-lógico ligado às tradições da terra. a revelação foi feita pelo vereador Paulo Pereira numa entrevista ao jornal “O

Caminhense”, no decorrer da qual aquele vereador fez um balanço bastante positivo do primeiro ano de actividade

daquele equipamento. Mais do que um espaço de brincadeira, lazer e aprendizagem, a Ludoteca de vila Praia de

Âncora assume-se como um espaço de cultura destinado a diferentes públicos.

I n t e r v e n ç ã o v a i c u s t a r 2 4 1 . 7 6 4 , 6 9 e u r o s

A Câmara Municipal de Ca-minha apresentou no passado dia 6, em Vilar de Mouros, o projecto do Novo Centro Es-colar daquela freguesia, numa cerimónia que decorreu no Centro de Instrução e Recreio Vilarmourense. Esta sessão de apresentação do projecto ficou ainda marcada pela assinatura do respectivo contrato de em-preitada da obra, adjudicada por 241.764,69 euros.

A cerimónia contou com a presença da presidente da Câmara, Júlia Paula Costa, dos vereadores do Municí-pio, do presidente da Junta de Freguesia, Carlos Alves, e ainda de representantes do Agrupamento de Escolas Cou-ra e Minho.

Sobre a importância de construir um Centro Escolar na freguesia de Vilar de Mou-ros, Júlia Paula Costa salien-tou que, a aposta do executi-vo na construção de Centros Escolares nas freguesias do interior, “é a melhor solução para combater a desertifica-ção e manter as crianças nas suas freguesias, perto das suas realidades culturais”, acres-centando que “é essa a nossa aposta, a de manter as escolas do interior do Concelho. Não queremos contrariar esta situa-ção de forma a que as pessoas continuem a ter raízes”.

Sobre as condições do futu-ro Centfutu-ro Escolar, que também vai integrar o jardim-de-in-fância, a presidente salientou que vai ser um espaço com múltiplas valências, onde as crianças vão poder estudar, brincar, fazer as suas refeições com segurança e qualidade, facto que até agora não se verificava.

Para além de ser uma apos-ta no interior do concelho, a construção deste Centro Esco-lar é, segundo a Câmara, “uma forte aposta na requalificação do património concelhio que não queremos desprezar”.

Júlia Paula fez questão de reforçar que a educação tem sido uma das prioridades do seu executivo, lembrando “o grande esforço financeiro que a Câmara está a fazer para construir os centros escolares e o Jardim-de-infância de Vila Praia de Âncora, um investi-mento que ultrapassa os 1,8 milhões de euros”.

Um dia feliz para Vilar de Mouros

O lançamento da obra do Centro Educativo de Vilar de Mouros foi considerado por Carlos Alves, presidente da Junta, muito importate. O autarca referiu mesmo que era “seguramente um dos dias mais felizes dos últimos anos para a freguesia de Vilar de Mouros e para a sua po-pulação”. Com o lançamen-to desta obra - disse Carlos Alves - “concretiza-se, final-mente, uma ideia muito antiga lançada em primeira mão, é

bom recordar, por esta Junta de Freguesia, de juntar num só edi-fício as crianças do 1º ciclo e as do pré-escolar”.

O presidente da Junta de Fre-guesia de Vilar de Mouros fez ainda questão de agradecer pu-blicamente à Câmara “o empenho que colocaram na elaboração da Carta Educativa do concelho de Caminha e a contemplação de Vi-lar de Mouros, como freguesia do interior, com uma obra de muito interesse para a localidade”.

Aproveitando a presença do executivo em Vilar de Mouros, o autarca lembrou outras obras que, como o próprio afirmou, “deve-riam ter merecido outra atenção e tratamento por parte da Câmara Municipal”. “Referimo-nos ao perpétuo adiamento da requali-ficação da Estrada da Cavada; à recusa clara e liminar em apoiar a última fase das obras de am-pliação do cemitério; aos valores insuficientes para limpeza de ca-minhos e valetas; ao continuado esquecimento a que foi votado o Bairro da Ranha; ao sempre esquecido e adiado projecto para uma nova ponte sobre o rio Coura e a falta de saneamento”.

Sobre as reivindicações feitas por Carlos Alves, nomeadamente sobre a Estrada da Cavada, Júlia Paula Costa informou que o pro-jecto já estava a ser elaborado, o

CONtruÇÃO dO NOvO CENtrO EsCOLar

dE viLar dE MOurOs já COMEÇOu

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I n t e r v e n ç ã o v a i c u s t a r 2 4 1 . 7 6 4 , 6 9 e u r o s

mesmo acontecendo em relação à construção da futura ponte para a qual estão a ser desenvolvidos estudos. “Garanto-lhe que o pro-jecto da Cavada está a ser feito e que a Câmara já o incluiu no

programa de contratualização”. Relativamente ao saneamento, a presidente salientou que a Câmara não pode executar o saneamento em baixa sem as Águas do Minho e Lima executarem o saneamento

em alta. “Não é possível fazer troços em baixa, se os de alta não estiverem feitos”, foram as palavras da presidente.

Júlia Paula Costa deixou bem claro que os vilarmourenses não

estão esquecidos e que o seu executivo está a trabalhar nesse sentido.

A presidente ainda se congratu-lou com a assinatura do protocolo entre a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia de Vilar de Mouros e a Porto Eventos, a fim de revitali-zar o Festival de Vilar de Mouros, um evento de referência a nível nacional e tão importante para o concelho e para Vilar de Mouros.

Centro Escolar de Vilar de Mouros um investimento de 241.764.69 euros

A construção do novo Centro Escolar de Vilar de Mouros já começou. É um investimento de 241.764.69 euros, que consiste na remodelação e na ampliação da EB 1 de Vilar de Mouros, que passará à tipologia de EB1 com jardim-de-infância. Salienta-se que a este valor, ainda será acres-centado o investimento com o equipamento e o mobiliário es-colar.

O projecto prevê a ampliação das instalações, a realizar dentro do recinto escolar, na parte Norte do terreno, com a criação de no-vos espaços, como são os casos do recreio coberto, do refeitório e da cozinha. Está igualmente prevista a execução de instalações sanitárias para o pessoal auxiliar, professores, alunos do pré-escolar e da EB1, e ainda para pessoas com mobilidade reduzida. Os dois edifícios estarão interligados atra-vés do alpendre já existente, que formará uma área coberta para os alunos, bem como um apoio ao restante espaço de recreio.

Dos trabalhos ainda fazem par-te a colocação de lavatórios nas salas e a construção de rampas de acesso, de modo a garantir um acesso confortável entre o exterior e o interior das instalações, no-meadamente para os alunos com deficiência motora e para os alunos do jardim-de-infância.

A obra resulta de uma candi-datura submetida e aprovada ao Eixo III “Valorização e Qualifica-ção Ambiental e Territorial”, do Programa Operacional ON.2 - O Novo Norte (Programa Operacio-nal RegioOperacio-nal do Norte 2007-2013 (QREN)), no âmbito da “Requalifi-cação da Rede Escolar do 1º Ciclo do Ensino Básico e da Educação Pré-Escolar”, e que se integra no objectivo específico “Qualificação dos Serviços Colectivos Territo-riais de Proximidade”. O futuro Centro Escolar de Vilar de Mouros é co-financiado em 161.886,11 euros pelo Fundo Europeu de De-senvolvimento Regional (FEDER), sendo a restante quantia 79.878,58 euros, mais equipamentos e mobi-liário, suportados pela autarquia.

CONtruÇÃO dO NOvO CENtrO EsCOLar

dE viLar dE MOurOs já COMEÇOu

O actual chefe de gabinete da presidente da Câmara de Caminha, Mário Patrício, foi o candidato escolhido pelo PSD para substituir o lugar vago deixado pelo vereador José Bento Chão, que no ano passado foi afastado do cargo de vice-presidente da Câmara de Caminha pela presidente da autarquia caminhense.

A encabeçar a lista à Câ-mara de Caminha, apoiada pelo PSD vai estar uma vez mais a actual chefe do executivo caminhense, Júlia Paula Costa, logo seguida de Flamiano Mar-tins, actual vice-presidente da Câmara. Depois surge Mário Patrício em terceiro lugar e em quarto irá Celeste Taxa, seguida do actual vereador da Cultura, Paulo Pereira, ocu-pando este a quinta posição.

Incógnita continuam a ser os candidatos que os sociais democratas vão apresentar às Juntas de Freguesia de Caminha e Âncora.

Por conhecer estão tam-bém os candidatos socialis-tas às Junsocialis-tas de Freguesia e Câmara, com excepção do candidato à presidência, Jorge Miranda, que actual-mente desempenha funções de vereador da oposição.

MÁRIO

PATRÍCIO

SUBSTITUI

BENTO

CHÃO

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www.caminhense.com sexta-feira, 10 de Abril de 2009

CONCELHO

Onze associações empresariais do Alto Minho e do Baixo Mi-nho galego, reunidas na passada quinta-feira dia 2 de Maio, em Caminha, subscreveram, sob a égide do Conselho Empresarial dos Vales do Lima e Minho (CE-VAL), o designado Compromis-so de Caminha. Trata-se de um acordo de entendimento que visa o estabelecimento de relações

Empresários do alto Minho e galiza

assinam compromisso para responder à crise

regulares entre todas as entida-des que potencie, a curto prazo, a criação de um organismo que permita promover o desenvolvi-mento económico desta região transfronteiriça.

De acordo com o documento, o objectivo passa por “planear, promover e a articular iniciativas/ projectos de interesse comum, com vista ao desenvolvimento

económico e social das áreas de abrangência” das estruturas as-sociativas signatárias, que estão abertas a receber outras institui-ções empresariais que queiram aderir a esta iniciativa.

O presidente da Associação de Comerciantes e Industriais de Tui (ACITUI) revelou, na ocasião, as preocupações actuais de todos os empresários do Baixo Minho

A Câmara Municipal de Caminha, Junta de Freguesia de Vilar de Mouros e a Portoeventos, empresa responsável pela realização do Festival desde 1999, assinaram, no passado dia 3 de Abril, o protocolo que irá permitir o regresso do mítico Festival de música a Vilar de Mouros.

O referido documento prevê a possibilidade da criação de uma entidade constituída pela Câmara e Junta de Freguesia que consiga “levar a bom porto a reedição do Festival já no ano de 2009”. No entanto, quer a presidente da Câmara quer a própria Junta de Freguesia já informaram ser impossível o regresso do festival ainda este ano, admitindo apenas a possibilidade da realização de uma festa para assinalar o relançamento do certame.

O protocolo prevê ainda a transferência de uma verba no valor de 44.587 euros para pagamento de dívidas relacionadas com a edição de 2005 do Festival e a cedência por parte da Portoeventos, a título gratuito, da marca “Festival de Vilar de Mouros” que a empresa tinha registado em seu nome.

A propósito da assinatura do protocolo tripartido, que obrigou a uma série de reuniões e negociações até se conseguir um acordo, as entidades envolvidas emitiram o seguinte comunicado: “A Câmara Municipal de Caminha, a Junta de Freguesia de Vilar de Mouros e a Portoeventos assinaram um protocolo tripartido no sentido de viabilizar as futuras edições do mítico Festival de Vilar de Mouros.

Nos últimos meses foram realizadas diversas reuniões entre as partes que permitiram encontrar as melhores so-luções para reactivar o Festival.

O documento, agora assinado, mereceu a aprovação de todos os intervenientes e é por todos considerado uma boa solução para o Festival de Vilar de Mouros.

O entendimento entre as partes foi facilitado dado “o sentido de elevação e respeito que as três instituições têm sobre o Festival”.

“O Festival de Vilar de Mouros é um acontecimento cultural que encerra em si um historial alicerçado na vi-vência de várias gerações e faz parte do património cultural Português do Concelho de Caminha e da Freguesia de Vilar de Mouros em particular”.

A Câmara Municipal de Caminha, a Junta de Freguesia de Vilar de Mouros e a Portoeventos congratulam-se pela assinatura do referido protocolo, mostrando disponibilidade para continuar a contribuir para a preservação e promoção do mais antigo festival de música nacional.

Com o acordo finalmente assinado e todas as questões legais resolvidas resta agora esperar que o Festival volte a Vilar de Mouros, o que deverá acontecer já em 2010.

FEstivaL dE viLar dE

MOurOs COM rEgrEssO

MarCadO Para 2010

Promovido pela Junta de Fre-guesia de Argela, em parceria com a ACEB - Associação para a Cooperação dos Baldios, com sede em Viana do Castelo, está a decorrer na sede da Junta de Freguesia de Argela um curso de tecelagem de lã. Esta acção de formação conta com 15 for-mandos oriundos não só do con-celho de Caminha mas também de outros concelhos vizinhos como é o caso de Vila Nova de Cerveira e até Valença.

Neste curso, com uma dura-ção aproximada de 200 horas, os formandos vão ter oportunidade

juNta dE argELa PrOMOvE CursO

dE tECELagEM dE LÃ

de aprender todo o processo de tecelagem da lã, “desde a tosquia das ovelhas até à confecção das diferentes peças no tear”, como nos explica a formadora Alme-rinda Cerqueira.

Natural de Terras de Bouro, esta artesã nasceu no meio da lã, das rocas, dos fusos e dos teares e tudo o que hoje sabe aprendeu com a avó e com a mãe a quem nunca conheceu

outra profissão. A avó, uma das melhores tecedeiras da aldeia, confeccionava os enxovais para as lavradeiras mais ricas da terra e das suas mãos saiam autênticas obras de arte.

Seguindo os passos da mãe e da avó, Almerinda Cerqueira decidiu também ela dedicar-se à confecção de peças artesa-nais que, segundo confessa, já tiveram melhores vendas. Com

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juNta dE argELa PrOMOvE CursO

dE tECELagEM dE LÃ

galego ao considerar que este “é o momento de fazer um esforço conjunto por via da crise que atravessamos”.

Do lado alto-minhoto, Olegá-rio Gonçalves, Presidente do CE-VAL, e Luís Ceia, Presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC), foram unâni-mes em considerar que “cada vez mais, é necessária abrangência na apresentação de candidaturas e é necessário estabelecer uma organização de carácter jurídico que permita criar uma dinâmica inovadora e criativa junto das entidades decisoras”.

Eventos ao nível da gastro-nomia, dinamização de zonas de comércio como Valença e Tui, e promoção de áreas de lazer como Baiona e Vila Praia de Âncora são áreas já afloradas pelos di-rigentes associativos. Do lado galego há particular interesse no incremento da promoção do Caminho de Santiago pela costa, mas essa pretensão esbarra na ausência de uma ponte sobre o rio Minho que ligue Caminha e a A Guarda. No entanto, Luís Ceia, Presidente da AEVC, en-tende que é possível avançar, desde já, “com uma ponte virtual enquanto se aguarda pela deci-são política de construção de um ponte física”.

O Compromisso de Caminha

foi subscrito por representantes das seguintes instituições: ACI-TUI - Associação de Comercian-tes e Industrias de Tui, ABACO - Associação de Comerciantes e Empresários do Baixo Minho; ADETO - Associação de Comer-ciantes de Tomiño; Associação de Empresários do Vale Miñor; ACHEGO - Associação de Co-merciantes de Gondomar, ACE-BA - Associação de Empresários e Comerciantes de Baiona, AEVC - Associação Empresarial de Viana do Castelo; ACIAB - Associação Comercial e Industrial dos Arcos e Barca; ACIVAC - Associação

Comercial e Industrial dos Vales do Âncora e Coura, ACICMM Associação Comercial e Indus-trial dos Concelhos de Monção e Melgaço, e AEPL - Associação Empresarial de Ponte de Lima.

O próximo encontro, ainda sem data marcada, deverá ter lugar em Tui. Esta foi, pelo menos, a von-tade manifestada pelo presidente da Associação de Comerciantes e Industriais daquela localidade galega. Recorde-se que a reunião da passada quinta-feira foi a se-gunda a realizar-se em Portugal, tendo a primeira sido realizada em Vila Nova de Cerveira.

a crise a chegar ao mercado do artesanato, esta artesã dedica-se também a ensinar aos outros uma arte que, na sua opinião, tende a desaparecer.

A tarefa obedece a várias fases distintas: Depois de reti-rada a lã do animal através do processo de tosquia, a mesma é lavada. De seguida é carpiada (abrir a lã) e depois fiada (com a roca e o fuso a transformar a

lã em fio). O passo seguinte con-siste em dobar a lã, («tocando» a dobadoura ao fazer girar com a mão o objecto quadrangular em madeira, onde o fio é enro-lado em meadas, ou utilizando o «sarilho», peça também ela de madeira para enrolar a lã em novelos). Por fim a lã é tecida no tear e é transformada em tapetes, mantas, cobertores, etc.

Para José Carlos Silva,

pre-sidente da freguesia de Argela, a aposta na formação tem sido uma das prioridade da autarquia. “A Junta tem apostado ao longo dos dois mandatos na formação profissional. Consideramos que esta é uma área muito importante na medida em que vai permitir às pessoas adquirirem novos conhecimentos. Por outro lado este tipo de acções permite-nos reabilitar alguns usos e costumes tradicionais que, com o tempo, foram caindo no esquecimento”.

Este curso é financiado o que permite aos formandos auferi-rem no final um rendimento.

Ficou adiada por falta de documentos a reunião camarária que estava marca-da para a passamarca-da segunmarca-da- segunda-feira, dia 6 de Abril. Esta reunião, com carácter extra-ordinário, que se realizou à porta fechada e sem a pre-sença dos jornalistas, tinha como principal objectivo tomar uma decisão sobre um processo disciplinar instau-rado a uma funcionária da autarquia.

Recorde-se que a Câ-mara decidiu instaurar um inquérito por suspeitas de

rEuNiÃO À POrta FECHada

adiada POr FaLta

dE dOCuMENtOs

desvio de dinheiro a uma funcionária da autarquia que trabalhava na bilheteira do ferry-boat Santa Rita de Cás-sia que faz a ligação, através do rio Minho, de Caminha a La Guardia, Espanha.

Segundo informações vin-das a público na imprensa diária, nomeadamente no Jornal de Notícias de 25 de Janeiro, a funcionária em causa, colocada naquele posto de trabalho há mais de um ano, terá depositado o dinheiro resultante da venda de bilhetes para o ferry numa conta pessoal, em vez de o entregar à autarquia. Com este estratagema, terá, acres-centa o mesmo jornal, conse-guido depositar até ao final do ano passado 19 mil euros. Com os juros que auferia do montante depositado, a funcionária estaria a pagar as prestações de um automóvel que adquirira recentemente.

Uma nova reunião terá agora que ser marcada para que a vereação possa tomar uma decisão acerca deste processo disciplinar.

Desde o dia 4 de Abril que os munícipes têm à disposi-ção o “Ninho do Mocho” - o colector de livros usados - na entrada da Ludoteca/Biblio-teca de Vila Praia de Âncora. Trata-se de uma actividade pioneira no concelho de Cami-nha, inserida nas comemora-ções do Dia Mundial do Livro Infantil e do Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor que a Câmara está a promover durante este mês.

O Ninho do Mocho é um receptor de livros usados, de todos os géneros literários e para todas as idades, nomea-damente manuais escolares, literatura, banda desenhada, romances ou ficção, que visa estimular os munícipes para a reutilização e para a partilha de livros usados, bem como ampliar o sentido social e cul-tural das Bibliotecas Munici-pais do concelho de Caminha.

Os interessados em parti-cipar nesta aventura cultural só têm que juntar num saco plástico bem fechado os

res-NiNHO dO MOCHO: COLECtOr

dE LivrOs usadOs

pectivos livros (três por saco) e dirigir-se à Ludoteca para os depositar no Ninho do Mocho. Posteriormente, os títulos irão estar disponíveis para consul-ta em www.cm-caminha.pt. Salienta-se que a Câmara vai oferecer todos os livros depo-sitados. Os interessados, em obter qualquer um dos títulos, devem enviar um e-mail para biblioteca@cm-caminha.pt.

Através do Ninho do Mo-cho, os Caminhenses podem dar uma nova vida aos livros que têm em casa dando-lhes a possibilidade de voltarem a ser lidos por outras pessoas, assumindo novamente alguma utilidade. Na verdade ao colo-car um livro usado no Ninho do Mocho, está a partilhar conhecimento e a contribuir para o enriquecimento cultural dos leitores.

A Câmara de Caminha vai dar continuidade a esta acti-vidade, levando o Ninho do Mocho em digressão, estando em Caminha durante o mês de Maio.

sEja assiNaNtE dO

jOrNaL O CaMiNHENsE!!!

tOda a iNFOrMaÇÃO dO CONCELHO E

dO distritO...

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www.caminhense.com sexta-feira, 10 de Abril de 2009

CONCELHO

A Câmara de Caminha vai promover, pela primeira vez, a Maratona BTT “Mosaico de Paisagens”, no dia 21 de Junho, com um programa que inclui duas provas de competição e um pas-seio, bem como várias actividades paralelas e muita animação.

Os interessados podem fazer a inscrição até ao dia 2 de Junho.

A maratona consiste numa pro-va de BTT com 80 km (maratona) e 45 km (meia maratona), de ca-rácter competitivo, onde os parti-cipantes vão competir e percorrer

inscrições decorrem até dia 2 de junho

i MaratONa Btt MOsaiCO dE PaisagENs

dia 21 dE juNHO EM CaMiNHa

diversos trilhos pelo concelho de Caminha, atravessando uma grande variedade de paisagens, do litoral ao interior, do rural ao urbano.

Paralelamente, decorrerá tam-bém um passeio, a realizar junto ao rio e ao mar, pelas diferentes ecovias, cujo percurso é de 20km, com um baixo grau de dificuldade e acessível a todos os públicos, com vista a proporcionar um in-teressante momento de descon-tracção e uma oportunidade única para ficar a conhecer e desfrutar

Programa

08h00 - Abertura do secre-tariado - Paços do Concelho - Praça Conselheiro Silva Torres, Caminha

08h00 às 10h00 - Apoio ao participante - Informações sobre horários, actividades paralelas destinadas a acompanhantes.

10h00 - Partida para as duas Maratonas e início do Passeio

Programa Complementar

10h00 - Descida do rio Cou-ra em Kayak (necessária pré-inscrição, até dia 19 de Junho, através dos seguintes contactos: Tlm. 962023674; info@minha-ventura.com; www.minhaventura. com; Tlm. 962015598 e www. lealaventura.com)

10h30 - 1ª Visita ao Núcleo Museológico do Centro Histórico de Caminha - Início/concentração - Torre do Relógio

15h00 - 2ª Visita ao Núcleo Museológico do Centro Histórico de Caminha - Início/concentração - Torre do Relógio

16h00 - Entrega de prémios e sorteio de artigos, no pódio loca-lizado junto à META.

do Mosaico de Paisagens. Para além da Maratona de BTT e do passeio pela costa, o cartaz integra outras actividades, no-meadamente a descida do Rio Coura em kayak, visitas ao Núcleo Museológico do Centro Histórico de Caminha, animação de rua, insufláveis para os mais peque-nos, demonstrações de actividades de academia, música ambiente e stands de venda de equipamento relacionado com o BTT.

Para além de promover e fo-mentar a prática desportiva, a Câ-mara pretede, com a realização da I Maratona BTT Mosaico de Paisagens, promover e impulsio-nar o Turismo Activo, de Natureza e Cultural no concelho de Cami-nha, com vista a atrair cada vez mais visitantes, tornando-o num local de referência nos roteiros turísticos.

Para mais informações, con-sulte o sítio desportocaminha@ blogspot.com.

Está tudo a posto para receber amanhã, Sábado, a maior mesa de páscoa do país.

A iniciativa, promovida pela Associação dos Empresários de Hotelaria, Alojamento Turistíco e Restauração do Concelho de Caminha, vai decorrer na Rua Direita, onde será instalada uma mesa gigante, com cerca de 300 metros, ao longo dos quais vão estar em exposição as diversas iguarias da gastronomia minhota relacionadas com a páscoa.

A mesa será composta por diversos produtos fornecidos pelos muitos empresários ligados ao sector (cafés, pastelarias, restaurantes, etc.) que desde a primeira hora aderiram a esta iniciativa inédita, cujo objectivo principal é divulgar e promover o turismo e a gastronomia do concelho.

Desta forma, a organização convida toda a população a passar amanhã pela Rua Direita para uma degustação das iguarias pascais e apreciar o artesanato local que também irá estar em exposição.

Caminha

recebe amanhã

Maior Mesa de Páscoa do País

O Grupo de Teatro amador 23 de Abril, da freguesia de Lanhelas, participou no passado Sábado, dia 4 de Abril, no evento Teatrofilia, VI mostra de Teatro Amador de Vedra - Santiago de Compostela - competindo-lhe a honrosa tarefa de encerrar o evento com a apresen-tação da peça de teatro “Os Man-driões”, cuja direcção, adaptação e ensaio está a cargo de Fernando Borlido.

gruPO dE tEatrO 23 dE aBriL

dE LaNHELas Na tEatrOFiLia

O Grupo de Teatro amador 23 de Abril, cuja génese se ficou a dever ao empenho e organização da Junta de Freguesia de Lanhelas, tem dado mostras da mais-valia que constitui, não apenas para a freg-uesia de Lanhelas, mas para todo o concelho de Caminha, tendo dado cunho impulsionador e inovador para a criação de grupos de teatros amadores em outras freguesias do concelho. (Fotos na página 20).

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“Jaime António Mendonça Al-varez vai converter-se, com toda a segurança, num dos músicos portugueses de maior projecção nacional”. A afirmação é de Jesus Gómez Madrigal, professor pia-nista e catedrático de educação auditiva na Escola Superior de Música Rainha Sofia, em Madrid, Espanha. A frase consta de uma carta que o professor escreveu à fundação portuguesa Calouste Gulbenkian a pedir que “o jovem talento português seja convenien-temente apoiado para poder pros-seguir os seus estudos”. O jovem é um músico, contrabaixista, com 24 anos, natural de Venade, no concelho de Caminha. Oriundo de uma família que vive com parcos recursos, Jaime, apesar do talento demonstrado - terminou o ensino superior na Escola Superior de Música de Lisboa com 17 valores e acaba de ser admitido na orquestra da União Europeia -, nunca rece-beu qualquer apoio de qualquer entidade portuguesa para prosse-guir os estudos. A falta de dinheiro tem-lhe ameaçado a carreira e o talento, mas, em declarações a O Caminhense, confessa que “nunca” pensou em desistir por causa da questão monetária.

É com uma vontade férrea que tem conseguido ultrapas-sar todas as adversidades. Mesmo quando vivia em Lisboa com apenas um euro no bolso por dia. Não explica como conseguia sobreviver, mas a voz

trémula deixa perceber a emoção com que revive aqueles momen-tos: “é estranho explicar isso. É difícil”. Nessa altura estava já a frequentar o ensino superior. Mas as dificuldades surgiram logo que deu os primeiros passos no mundo da música.

O percurso musical teve início na Academia de Música Fernandes Fão, em Vila Praia de Âncora. Os professores diziam que tinha “jei-to”, mas os pais tiveram de o retirar da Academia porque não podiam pagar a mensalidade. Jaime não

desistiu e conseguiu entrar para a Escola Profissional de Música de Viana do Castelo. Tudo cor-reu bem até chegar ao último ano. Nessa altura, a escola exigiu que Jaime devolvesse o contrabaixo que lhe tinha sido emprestado. “A escola tinha poucos contrabaixos para emprestar e como estavam a entrar alunos mais novos, os mais velhos tiveram de comprar instru-mentos para deixar os emprestados para os mais novos”, explica Jaime. Contam os pais que ainda tentaram explicar à direcção da escola que não tinham quaisquer possibilida-des económicas para comprar um contrabaixo, mas, dizem, de nada valeu. Ou

com-pravam um novo instrumento, ou Jaime teria de deixar a escola. N ã o d e -

sisti-ram! Com “grande sacrifício” venderam um terreno que possuíam e conseguiram os 3 mil eu-ros necessários para a compra de um contrabaixo novo. Dono do seu próprio contra-baixo, Jaime Alvarez consegue ingressar no ensino superior, na Escola Superior de Música de Lis-boa, onde se licencia. É na capital que o jovem contrabaixista ouve as primeiras críticas. Dizem-lhe os professores que o contrabaixo em que toca é “fraquinho” e que, assim, não vai a lado nenhum. Admite que é verdade, mas salienta os aspectos positivos: “os professores ajudam-nos a encontrar a melhor parte do contrabaixo, a tentar esconder o mau e a salientar o bom”.

É um dos talentos musicais mais promissores do país. disso já se deram conta no

ex-terior, porque em Portugal o nome de jaime alvarez é praticamente desconhecido. O

jovem contrabaixista, que conseguiu entrar numa das escolas mais exigentes da Europa

e que foi seleccionado para a orquestra da união Europeia, não consegue quaisquer

apoios em Portugal para prosseguir a carreira. O país corre mesmo o risco de ficar sem

um dos seus prometedores talentos musicais.

ExPatriadO

Terminada a licenciatura, é com o contrabaixo “fraquinho” que de-cide concorrer a umas das melhores escolas de música da Europa: a Escola Superior de Música Rai-nha Sofia. Os exames de admissão são exigentes e a concorrência é grande. Há estudantes de todo o mundo a tentar a sua sorte. “Fui fazer as

provas nervoso porque acha-va que era uma proacha-va de vida ou de morte. Influenciava muito o meu futuro. Fui fazer a prova sa-bendo que estavam os melhores professores a assistir e não podia falhar. Mas fui falhando ao longo da prova e terminei dizendo que não havia hipótese de ser admitido”. Enganou-se! Foi admitido e ainda teve direito a uma bolsa de estu-dos financiada por uma fundação espanhola. Tentou também o apoio da Gulbenkian, mas na fundação portuguesa disseram-lhe que “não tinha nível para obter uma bolsa para estudar em Espanha”. Apenas com o apoio dos espanhóis, Jaime passou a viver em Madrid com 1.200 euros mensais, dos quais retira todos os meses 600 euros para pagar a propina. Ficam-lhe outros 600 que para pouco mais dão do que para as despesas da casa.

Os tostões continuam a ser contados ao cêntimo e o contrabaixo continua a ser o “fraquinho” de sempre. Mas é com ele que conquista mais uma vitória. Foi o úni-co úni-contrabaixista português a ser escolhido para integrar a orquestra da União Europeia. Mais uma vez, as provas correram-lhe mal. Quando terminou disse ao pai: “esquece, não consegui!”. Voltou a enganar-se! A boa-nova foi-lhe transmitida por um colega. Era dia 1 de Abril, não acreditou.

Para evoluir, Jaime Alvarez pre-cisa de comprar um contrabaixo novo, para o qual não tem dinheiro. A O Caminhense, o contrabaixista revela que pediu ajuda à Câma-ra de Caminha, mas obteve “uma resposta sem sucesso”. “Parece que está difícil. A Câmara de Caminha tem as suas contas para pagar e não pode disponibilizar, neste momen-to, tanto dinheiro para um instru-mento”. Instada a explicar esta decisão, a presidente da Câmara afirma que “formalmente, o senhor até agora não pediu qualquer tipo de apoio”. Júlia Paula Costa

acres-c e n t a que teve uma con-versa “in-formal” com Jaime Alvarez, “a outro propó-sito”, e durante o encontro “ele desa-bafou comigo algumas dificuldades que está a ter com a manutenção do estudo”. “Mas não se forma-lizou rigorosamente nenhum tipo de pedido de apoio à Câ-mara”, sublinha.

Inconformado com a falta de apoio das entidades portuguesas a um talento que considera que virá a ser “um dos músicos portugueses com maior projecção nacional”, um dos professores de Jaime na Escola Rainha Sofia, Jesus Gomes Madrigal, escreveu uma carta à comissão da Fundação Calouste Gulbenkian responsável pela atri-buição das bolsas de estudo a pedir que “o jovem talento português seja convenientemente apoiado para poder prosseguir os seus estudos”. O professor acrescenta que o jovem músico do concelho de Caminha “perfila-se como um dos candidatos a melhor aluno do ano na cadeira de contrabaixo”. Se tal se confir-mar, no final do ano lectivo, Jaime vai receber o prémio das mãos da rainha Sofia.

Mas sem apoios, o contrabai-xista não consegue comprar um novo instrumento, ficando, assim, com a promissora carreira estag-nada. Não se conforma. Sente que o país o abandonou:“tive de sair de Portugal e só com a ajuda de um país estrangeiro, neste caso Espanha, é que consegui progredir. Em Portugal foram-me vedados os apoios dizendo que não tinha nível para obter as bolsas de estudo a que concorri”. “O que mais me custa é que o país não ajuda os artistas que têm de ir para fora com a ajuda de outras nações para conseguirem impor-se no mercado. Claro que, depois, é pouca a motivação que temos para regressar e ensinar o que nos ensinaram lá fora”.

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sexta-feira, 10 de Abril de 2009 www.caminhense.com

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A Páscoa é a festa come-morativa da ressurreição de Jesus Cristo e é também uma época cheia de tradições cuja origem já quase se per-deu. Uma das coisas que não devemos esquecer é o dia em que é celebrada. A Páscoa é no primeiro Domingo de-pois da lua cheia que ocorre no dia ou depois de 21 de Março, como foi decidido no Concílio de Nicéia 325 d.C.. A Quarta-feira de Cinzas tem lugar 46 dias antes da Páscoa e a Terça-feira de Carnaval é 47 dias antes da mesma celebração.

Por todo o país, na Páscoa vivem-se tradições ances-trais. Uma delas é a visita ou compasso pascal, onde o sacerdote leva a cruz flori-da, “sinal de Cristo morto e ressuscitado”, às famílias. Durante o Domingo de Páscoa e na segunda-feira seguinte e no II Domingo de Páscoa, o sacerdote, na companhia do sacristão ou acólitos, visita os cristãos e dá-lhes a saudação pascal: “A paz de Cristo Ressusci-tado esteja convosco e habi-te nesta família”. Em troca recebe o chamado «folar», que é um envelope com uma pequena “lembrança”.

A festa da Páscoa, tal como nós a concebemos, deve ser vista como um todo, de modo integrado (Páscoa judaica e Páscoa cristã), o que nos ajuda a compreender e perceber a simbologia da nossa Páscoa e da nossa li-turgia, já que é das tradições judaicas que nós recebemos o quadro de referência que dá sentido à linguagem e aos diversos símbolos que usa-mos nas nossas celebrações. Por exemplo: Ceia pascal, Cordeiro pascal, a Noite pascal, etc.

Além das referências di-rectas às festas, temos tam-bém muitos motivos que são tomadas da simbologia das festas e da sua fundamen-tação teológica, recorrendo aos textos do Antigo Testa-mento.

Todas as festas têm na sua base e origem um sen-tido agrícola (ou agrário, se quisermos) e nomádico. Cor-respondem às grandes etapas (ou fases) da vida agrícola, da vida dos campos e dos nómadas. A Páscoa: saída dos rebanhos, após as chu-vas de Inverno, no início da Primavera, correspondendo também à época do germinar da vida e dos campos.

Portanto, temos aqui duas perspectivas fundamentais: Celebrar a vida nova que renasce e agradecer os dons

PÀSCOA UMA ÉPOCA DE TRADIÇÕES

recebidos, testemunhando assim que tudo isto é um dom que o Povo de Israel, agradecido, vive e celebra.

A Páscoa Judaica: O que é? A festa da Páscoa (Pesah) é de todas a mais significativa do calendário judaico e a pri-meira das chamadas ‘festas de peregrinação’ (Ah harregalîm: Páscoa, Pentecostes e Taberná-culos). Estas festas celebravam os principais acontecimentos da história da salvação e, por isso, todo o israelita devia ‘su-bir’ a Jerusalém por ocasião de uma dessas três festas, para aí festejar os dons de Deus e a Sua aliança. A celebração da Páscoa, na noite de 14 de Nisãn, estava inserida e dava início a uma outra festa, a dos Ázimos que durava sete dias e se concluía com uma convo-cação solene no 7º dia da festa que assim encerrava o ciclo da solenidade pascal.

Os textos que chegaram até nós mostram-nos duas tradições muito fortes que se misturam e entrecruzam na sua redacção: falam-nos de origens nomádi-cas (tradições pastoris) e da experiência da saída do Egipto (tradições do Êxodo).

A celebração da Páscoa judaica

A festa da Páscoa (Pesah), de todas a mais significativa do calendário judaico, era es-sencialmente um ‘memorial’ da libertação do Egipto. Após a passagem do Jordão, os israe-litas celebraram a 1ª Páscoa já na terra prometida, ‘comendo dos frutos da terra: pães ázimos e espigas tostadas’. Trata-se, naturalmente, de uma espécie de ritual de ‘exorcização’ do local, para aí manifestar a supremacia sobre os costumes dos cananeus. O centro da celebração litúr-gica da festa da Páscoa decorria no Templo e nas famílias, com o Seder pascal: a refeição da família. É a partir da reunião familiar que se desenvolve a Ha-ggadah pascal que é, ao mesmo tempo, um ‘ordo’ da refeição e um memorial do acontecimento celebrado que não se confina apenas à libertação do Egipto, mas também abarca os princi-pais momentos da história da salvação.

A Páscoa Cristã

A páscoa cristã comemora a morte e a ressurreição de Jesus, ressurreição que aconteceu três dias depois da sua crucificação.

Como não se sabe exatamente o dia da ressurreição, a páscoa é comemorada no primeiro do-mingo depois da lua cheia, que ocorre entre os dias 21 de Março

e 25 de Abril, chamada data do equinócio.

São diversas as formas de celebrar a páscoa e cada região simboliza a páscoa de uma forma diferente.

Existem vários símbolos as-sociados a esta data como por exemplo:

O cordeiro, que simboliza Jesus a ser morto pelo seu re-banho; A cruz, que simboliza o sofrimento de Jesus; O pão e o vinho, que simbolizam a vida eterna; O ovo, que simboliza o novo nascimento; O coelho, que simboliza a nova geração de fiéis; O círio que simboliza a luz do mundo, que é Deus; O girassol, que simboliza a busca do homem pela luz; A pomba branca, que simboliza a vinda do Espírito Santo; e o sino, que simboliza a alegria e a celebra-ção pela ressurreicelebra-ção de Jesus.

Páscoa com tradições A Páscoa está associada a várias práticas alimentares em que os ovos, os folares, as amên-doas e os cordeiros ocupam o primeiro lugar. O “folar” tem especial relevância e varia muito conforme a região do país em que é consumido, mas qualquer que ele seja, assenta sempre num ritual de dádiva, solidariedade e convívio. O folar mais corren-te em Portugal é um “bolo de massa seca, doce e ligada, feito com farinha de trigo, ovos, leite, azeite, banha ou pingue, açúcar e fermento, e condimentado com canela e erva-doce, encimado, conforme o seu tamanho, por um ou vários ovos cozidos inteiros e em certos lugares tingidos, meio incrustados e visíveis sob as tiras de massa que os recobrem”.

A tradição de oferecer ovos no Domingo de Páscoa, como símbolo da ressurreição, é ou-tra das ou-tradições desta época e vem da China. Há alguns séculos atrás, os orientais embrulhavam pacientemente os ovos naturais com cascas de cebola e cozinhavam-nos com beterraba, criando boni-tos desenhos mosqueados nas cascas. Os ovos eram dados de presente na festa da Prima-vera. O costume chegou até ao Egipto. Depois da mor-te de Jesus Cristo, os cris-tãos consagraram esse hábito e no século XVIII a Igreja adoptou-o oficialmente. Desde então, as pessoas trocam ovos enfeitados no Domingo após a semana santa. Progressiva-mente os ovos naturais têm vindo a ser substituídos por ovos de chocolate. Talvez por-que a Igreja proibisse durante a Quaresma a alimentação com ovos, carne e derivados, mas mais provavelmente por causa do desenvolvimento da indústria de chocolate.

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PÀSCOA UMA ÉPOCA DE TRADIÇÕES

Do Lava-Pés à Procissão do Senhor «Ecce Homo»

Em Quinta-Feira Santa a ante-ceder a missa da Ceia do Senhor, o Lava-Pés actualiza esse momento em que Jesus, sabendo que esta-va prestes a morrer, se leesta-vantou da mesa, pegou numa toalha e lavou os pés aos doze apóstolos como símbolo do seu amor pela humanidade. Neste ritual, o ce-lebrante repete o gesto e lava os pés a doze pessoas seguindo o ensinamento de Jesus: «Ora, se Eu, sendo Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que, assim como Eu fiz, vós façais também.»

Na noite de Quinta-Feira Santa sai à rua a Procissão do Senhor Ecce Homo. Esta procissão, que percorre as ruas das comunidades na noite de Quinta-feira Santa, evoca o julgamento de Jesus, ao mesmo tempo que recorda a misericórdia por ele ensinada. Em muitas localidades adquire também o nome de Procissão dos Fogaréus. Populares, mu-nidos de archotes, relembram os guardas que, durante a noite, foram prender Jesus. A imagem do Senhor Ecce Homo representa

À semelhança de anos anteriores, a Santa Casa da

Miseri-córdia de Caminha, em colaboração com a Câmara

Muni-cipal, vão levar a efeito uma série de cerimónias religiosas

evocativas da Semana Santa.

CELEBraÇõEs da sEMaNa

saNta EM CaMiNHa

o Cristo tal como Pilatos o apre-sentou à multidão, dizendo: «Eis o Homem!»

Da Procissão do Enterro à Visita Pascal

Na Sexta-Feira Santa decorre um pouco por todo país uma das procissões mais comoventes do tempo quaresmal; a Procissão do Enterro do Senhor. O esquife do Senhor morto percorre as ruas de muitas localidades. É uma pro-cissão marcada pela dor onde as figuras alegóricas trajam de luto.

Depois de celebrada a Res-surreição de Cristo na Vigília Pascal, na noite de Sábado San-to, o Domingo de Páscoa é o primeiro dia de um novo mun-do oferecimun-do ao homem através da ressurreição de Cristo, a sua passagem da morte para a vida. Uma boa nova que a Igreja quer espalhar pela comunidade. Em muitas localidades, um grupo de pessoas, acompanhadas pelo sacerdote, parte da igreja local e vai percorrer os lares anuncian-do a ressurreição de Cristo. É o «Compasso» que leva a Cruz de Cristo a beijar a casa das famílias que colocam tapetes de flores à entrada e uma mesa posta lá

dentro, onde não faltam os doces e os licores tradicionais da época pascal.

A Procissão do Enterro do Senhor encerra as procissões do ciclo da Quaresma.

Programa:

9 de Abril (Quinta-feira) 10:00 horas - Cerimónia do lava-pés na Igreja Matriz de Caminha

21:30 horas - Procissão do Senhor “Ecce Homo” e pregação

Dia 10 de Abril (Sexta-feira)

15:00 horas - Adoração da Cruz na Igreja Matriz

21:30 horas - Procissão do “Enterro” e pregação Dia 12 (Domingo) Visita Pascal Dia 13 (Segunda-feira) Visita Pascal

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www.caminhense.com sexta-feira, 10 de Abril de 2009

distritO

O Conselho Empresarial dos Vales do Lima e Minho (CEVAL), e a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste (CCAMN), rubricaram em Viana do Castelo, o protocolo que institui o CARTÃO DO EMPRESÁRIO.

Trata-se de uma iniciativa que visa fornecer aos em-presários da região mais uma ferramenta de gestão, neste caso ao nível financeiro, tendo por destinatários os sócios da Associação Comercial e Industrial de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca, da Associação Comercial e Industrial dos Concelhos de Monção e Melgaço, da Associação Comercial e Industrial dos Vales do Âncora e Coura, da Associação Empresarial de Ponte de Lima e da Associação Empresarial de Viana do Castelo.

Este novo cartão não tem anuidade, está associado a uma linha de crédito com uma taxa atractiva e, além disso, dá direito a descontos em instituições protocoladas.

Acima de tudo, CEVAL e CAIXA AGRÍCOLA colo-cam ao dispor de todos os empresários do Alto Minho os seus serviços, “congregados numa parceria que pretende criar mais e melhores condições para o desenvolvimento económico regional”.

CEvaL E CCaM CriaM

CartÃO dO EMPrEsáriO

O Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (CMIA) de Viana do Castelo tem vindo a elaborar exposições itinerantes que estão a ser solicitadas por vários municípios portugueses, nomeadamente, Marco de Canaveses, Valongo, Valença e Lisboa, Caminha, Barcelos e Ponte de Lima. A próxima viagem das exposições itinerantes do CMIA é Vouzela, a partir do dia 20 de Abril e até 04 de Maio, e aborda o tema da mobilidade sustentável nas cidades.

Estas exposições, que versam as mais diversas temáticas, visam a reflexão e sensibilização dos cidadãos e tem vindo a ser expostas por empréstimo depois de terem sido utilizadas no CMIA. Os principais destinos são as escolas do concelho de Viana do Castelo, mas também outros municípios, que tem vindo a solicitar com muita frequência as exposições desenvolvidas pelo Centro.

As mostras abordam temas diversificados como a Com-postagem, enquanto oportunidade de cidadania, a importância da biodiversidade que se reflecte no Programa Europeu da Rede Natura, que tipo de Resíduos produzimos e onde os encaminhar, o significado de Mobilidade Sustentável e ainda valores naturais a preservar nas zonas Litorais, de modo a sensibilizar a população para a preservação do meio ambiente.

O CMIA foi criado no âmbito do Programa Polis - Pro-grama de Requalificação Urbana e Ambiental das Cidades, promovendo a recuperação de espaços urbanos para a melhoria da qualidade nas cidades. A intervenção resultou na recuperação das Azenhas de D. Prior, onde se integra actualmente o Centro, e da Caldeira de D. Prior, espaço recuperado integrando o actual Parque Urbano da cidade. O centro integra uma sala museu, uma sala de exposições temporárias, um auditório, uma sala de leitura, uma biblio-teca, um laboratório e uma sala multimédia.

ExPOsiÇõEs itiNEraNtEs

dO CMia viajaM PELO PaÍs

A segunda edição do FILM-INHO - Festa do Cinema Galego e Português decorrerá entre os dias 16 e 18 de Julho deste ano no concelho português de Vila Nova de Cerveira e galego de Tomiño. As inscrições estão abertas até 30 de Maio, encontrando-se a respectiva ficha de inscrição dis-ponível em www.filminho.info. O festival engloba duas secções competitivas: Grande Prémio e Cinema Minhoto. O primeiro será atribuído ao mel-hor filme de produção galega e/ ou portuguesa em competição. Ao segundo podem concorrer filmes de qualquer género ou duração desde que rodados no Minho português e galego.

Nesta categoria, serão ainda admitidos filmes exteriores aos

A comissão organizadora da Feira do Alvarinho, que decor-rerá entre 10 e 14 de Junho no largo da antiga estação da CP, abriu o período de inscrições para quem pretenda participar neste importante evento de promoção do vinho alvarinho e gastronomia tradicional.

Podem participar pessoas singulares e colectivas ligadas ao Alvarinho, á gastronomia, á doçaria tradicional, ao artesanato, á caça e pesca, antiguidades e velharias, empresas relacionadas com o desenvolvimento local, colectividades sem fins lucrati-vos e patrocinadores oficiais do certame.

A inscrição, cujo prazo limite é 24 de Abril, será efectuada em impresso próprio disponibilizado pela organização ou através do

Festival decorre entre 16 e 18 de Julho

nos concelhos de Vila Nova de Cerveira e Tomiño.

FiLMiNHO

FEsta dO CiNEMa gaLEgO E POrtuguÊs

referidos limites geográficos com a condição de terem alguma referência minhota ou partilha-rem um contexto cultural semel-hante como, por exemplo, proxi-midade territorial ou a temática transfronteiriça.

Além dos requisitos mencio-nados, as obras a concurso devem ser recentes (concluídas após 1 de Janeiro de 2008), faladas ou legendadas dentro do sistema linguístico do galego e do portu-guês, e estarem disponíveis para exibição em 35 mm ou vídeo (DVCAM, DV ou miniDV, ap-enas sistema PAL).

O júri será constituído por três ou cinco elementos, garantindo-se a apropriada repregarantindo-sentativi- representativi-dade entre cinema galego e por-tuguês. Todos os elementos do

júri terão reconhecido mérito na sua área criativa e nenhum poderá estar directamente relacionado com alguma obra a concurso no festival.

Caso o filme seja seleccionado, o autor será notificado por correio electrónico até ao dia 21 de Junho de 2009, devendo a cópia de exi-bição estar na posse do festival até ao dia 3 de Julho de 2009. O festival garante o seguro de todos os filmes desde o momento da recepção até à sua devolução.

O FILMINHO - Festa do Cin-ema Galego e Português visa a promoção do audiovisual galego e português próximo do seu pú-blico natural. O festival presta ai-nda auxilio à produção de filmes na região do Minho através do Fórum de Criadores.

Interessados podem inscrever-se, até 24 de Abril, em

impres-so próprio ou através do portal da Câmara Municipal de

Mon-ção em www.cm-moncao.pt, o qual permite inscriMon-ção on line

ou descarregamento da ficha de inscrição.

aBErtura dE iNsCriÇõEs Para

a FEira dO aLvariNHO 2009

portal da Câmara Municipal de Monção www.cm-moncao.pt, o qual permite inscrição on line ou descarregamento da ficha de inscrição.

Os valores dependem da di-mensão dos stands e variam entre 1000 euros para os patrocinadores oficiais e 25 euros para colec-tividades sem fins lucrativos. A disposição é feita por uma área co-berta, onde ficam os produtores de vinho alvarinho, fumeiro, doçaria tradicional e as tasquinhas, e outra descoberta com artesanato, anti-guidades, caça e pesca, colectivi-dades e empresas.

A distribuição será única e ex-clusivamente da responsabilidade da organização e não será per-mitido ao expositor ceder o direito de ocupação a título gratuito ou oneroso, bem como promover

produtos e actividades que não tenham merecido consentimento da organização.

Nas áreas descobertas, o horário de funcionamento dos stands será das 10h00 às 24h00, excepto no último dia que encerra às 20h00. Nas áreas cobertas, o horário de funcionamento será das 10h00 às 04h00, excepto no último dia que encerra às 23h00. O stand terá de permanecer ab-erto nestes períodos, sendo cada expositor responsável pela sua limpeza e embelezamento.

A organização irá promover um concurso com a atribuição de um prémio (a designar) para o stand melhor decorado. Todos os expositores receberão um troféu e um diploma de participação. O regulamento pode ser consultado em www.cm-moncao.pt.

A Associação de Desenvolvimento Social e Local (ADSL) de Vila Nova de Cerveira, vai promover, com início a 18 de Maio, uma acção de formação sobre empreendedorismo feminino. As inscrições estão abertas até 4 de Maio e dirigem-se a mulheres de todo o distrito.

Esta acção, desencadeada no âm-bito do Programa Operacional Po-tencial Humano e da Comissão para a Cidadania e Igualdade do Género, tem como objectivo ajudar as

mu-aCÇÃO dE FOrMaÇÃO “EMPrEENdEdOrisMO FEMiNiNO”

lheres a criar o seu próprio negócio, favorecendo o auto emprego, a ca-pacidade empresarial e a qualidade da sua participação na vida activa.

Os conteúdos da formação, num total de 350 horas, relacionam-se com igualdade de género, gestão, rela-cionamento interpessoal e liderança e informática. Em complemento à formação, as participantes beneficiam ainda de consultoria na criação do plano de negócios.

Destinada a mulheres

desem-pregadas que pretendem criar o seu próprio negócio, esta acção garante uma bolsa de formação, subsídio de alimentação, despesas de transporte e certificado. Podem candidatar-se todas as mulheres com habilitações literárias iguais ou superiores ao 9º ano de escolaridade.

As candidaturas/inscrições podem ser efectuadas na Associação de De-senvolvimento Social e Local de Vila Nova de Cerveira, Centro de Apoio às Empresas, Zona Industrial II.

Referências

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