informa
Infraestrutura Extra
O Boletim Informa Infraestrutura apresenta periodicamente um resumo das principais alterações legislativas e das decisões judiciais e administrativas aplicáveis a projetos de infraestrutura no Brasil. Destina-se aos clientes e integrantes do Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados. Este Boletimnão tem por objetivo prover aconselhamento legal sobre as matérias aqui tratadas e não deve ser interpretado como tal.
São Paulo:
Luis Antonio Semeghini de Souza luis.souza@scbf.com.br
Ronald Herscovici
ronald.herscovici@scbf.com.br Joaquim José Aceturi Oliveira joaquim.oliveira@scbf.com.br Alexandre Barreto
alexandre.barreto@scbf.com.br Roberto Mario Amaral Lima Neto roberto.lima@scbf.com.br Karin Yamauti Hatanaka karin.yamauti@scbf.com.br Tiago Bonatti Peres tiago.peres@scbf.com.br Fernando de Melo Gomes fernando.gomes@scbf.com.br
Rio de Janeiro:
Maurício Teixeira dos Santos mauricio.santos@scbf.com.br
Em 24 de junho de 2011, foi promulgada a Lei nº 12.431 (“Lei 12.431”), que criou as chamadas Debêntures de Infraestrutura, estabelecendo os requisitos mínimos para a sua emissão e o seu tratamento fiscal favorável. Esta lei foi regulamentada pelo Decreto nº 7.603/11, o qual determina que cada Ministério deveria editar norma especificando as condições para aprovação e acompanhamento dos projetos.
No caso do Saneamento Básico, o Ministério das Cidades editou a Portaria nº 481 em 2012. A Lei 12.431/11 foi posteriormente alterada e passou a permitir, além das Debêntures de Infraestrutura, a utilização de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios e Certificados de Recebíveis Imobiliários como instrumentos de financiamento para projetos de investimento nos setores de infraestrutura.
Em 21 de janeiro de 2014, compatibilizando o seu regulamento à legislação alterada, o Ministério das Cidades editou a Portaria nº 18, revogando a Portaria nº 481, ficando assim permitida a utilização de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios e Certificados de Recebíveis Imobiliários com os incentivos fiscais previstos na Lei 12.431, além de trazer outras mudanças.
Este avanço busca atender aos anseios das companhias do setor e expandir as possibilidades de financiamento disponíveis, uma vez que é estimado um investimento de pelo menos R$ 300 bilhões para atingir a universalização dos serviços no setor de Saneamento nos próximos 10 anos.
Quem pode enquadrar projetos?
Quais instrumentos de financiamento podem ser
utilizados?
Os Projetos devem obedecer quais regulamentações do
setor?
Conceito de manejo de resíduos sólidos
Requisitos adicionais para Projetos na área de
esgotamento Sanitário
Requisitos adicionais para projetos de manejo de resíduos sólidos envolvendo
recuperação energética
Pessoas jurídicas de Direito Privado, sob a forma de SPE.
Debêntures de Infraestrutura (Lei nº 12.431).
Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico e a Política Federal de Saneamento Básico.
Abrange a coleta, o transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição
e limpeza de logradouros e vias públicas.
-Concessionárias, titulares de serviços de saneamento básico,
sob forma de Sociedade por Ações.
Debêntures de Infraestrutura, Fundo de Investimento em
Direitos Creditórios - FIDC e Certificado de Recebíveis
Imobiliários - CRI.
Sem alteração.
Passa a incluir sua disposição final ambientalmente adequada
dos resíduos sólidos, dos serviços de limpeza pública, de estabelecimentos de saúde, de resíduos da construção civil
e de rejeitos, assim como a reutilização, reciclagem e seu reaproveitamento energético.
Sistema proposto deverá prever a coleta e o tratamento
dos esgotos antes do seu lançamento no corpo hídrico
receptor.
Deverão ter sua viabilidade econômica comprovada pela
Requisitos adicionais para Projetos na área de manejo de
águas pluviais
Projetos de manejo de águas pluviais e reassentamento de
famílias
Projetos de investimento na área de Saneamento
Integrado
Destinação dos recursos captados
-Passa a incluir o transporte a detenção ou a retenção de águas
pluviais para amortecimento de vazões de cheias em áreas urbana,
além do tratamento e disposição final das águas pluviais.
Devem contemplar a implantação e os serviços de
engenharia poderão prever ações para o reassentamento de famílias, cuja remoção das moradias seja indispensável
para a implantação do respectivo projeto.
Passa-se a admitir projetos de investimento na área de Saneamento Integrado, que
contém ações integradas e simultâneas nas diferentes áreas
do Saneamento Básico, de pelo menos duas modalidades, sendo
uma delas necessariamente o abastecimento de água ou de esgotamento sanitário, que deverão compor no mínimo 65%
do valor do investimento.
Podem ser alocados no pagamento futuro ou reembolso
de gastos que tenham ocorrido em prazo igual ou inferior a
24 (vinte e quatro) meses e relacionados aos respectivos
Cadastramento dos Projetos de Investimento
Documentos técnicos a serem encaminhados à Secretaria
Nacional de Saneamento Ambiental - SNSA
O cadastramento das propostas de projetos de
investimento deve ser realizado via preenchimento dos modelos constantes nos
anexos II a VI da Portaria.
O interessado deve preencher a Carta Consulta, disponível
no site do Ministério das Cidades e encaminhar a SNSA
os documentos necessários à comprovação das informações
ali declaradas, bem como a seguinte documentação: (i) inscrição, no registro do comércio, do ato constitutivo
da SPE; (ii) indicação do número de inscrição da SPE no
CNPJ; (iii) relação das pessoas jurídicas que integram a SPE com seus respectivos CNPJs; (iv) certidão conjunta negativa
de débitos relativos a tributos federais e à Dívida Ativa da
União; (v) comprovação de regularidade fiscal relativa a créditos tributários e não tributários para o setor de saneamento; (vi) instrumento
que rege a relação contratual entre a SPE e os titulares dos
serviços de saneamento.
O cadastramento das propostas de projetos de
investimento deve ser realizado via preenchimento
de formulário eletrônico no endereço www.cidades.
gov.br/saneamento/ incentivosfiscais.
O interessado deve preencher a Carta Consulta
(disponível em www. cidades.gov.br/saneamento/ incentivosfiscais), e encaminhar a SNSA os documentos necessários à comprovação das informações ali declaradas,
bem como a seguinte documentação: (i) inscrição, no registro do comércio, do ato constitutivo
da concessionária; (ii) indicação do número de inscrição da concessionária no
CNPJ; (iii) relação das pessoas jurídicas que integram a concessionária com seus respectivos CNPJs; (iv) certidão conjunta negativa de débitos relativos a tributos
federais e à Dívida Ativa da União; (v) comprovação de regularidade fiscal relativa
a créditos tributários e não tributários para o setor de saneamento; (vi) instrumento legal que rege a relação contratual entre a concessionária e os titulares dos serviços de saneamento.
Projetos de investimento que beneficiem mais de um
Município
Enquadramento dos Projetos de Investimento
Projetos de Investimento aprovados pela SNSA
Apreciação da SPOA
Obrigações posteriores à captação dos recursos
-Realizado pela SNSA, que poderá solicitar à SPE um resumo executivo da proposta
do projeto de investimento.
Projetos aprovados e não aprovados pela SNSA são encaminhados à Secretaria Executiva do Ministério das
Cidades.
-Encaminhar anualmente ao Ministério das Cidades e ao Ministério da Fazenda, quadro
de acompanhamento do projeto, conforme Anexo VII da
Portaria.
Concessionária deverá detalhar, na Carta Consulta e na documentação técnica,
a lista dos Municípios beneficiados e as intervenções previstas para
cada um deles.
Realizado pela SNSA, que poderá solicitar à concessionária, titular do projeto, um resumo executivo
da proposta do projeto de investimento.
Somente Projetos aprovados pela SNSA são encaminhados
à Secretaria Executiva do Ministério das Cidades. Após apreciação da SPOA,
esta submete o pleito à Consultoria Jurídica para sua
análise e manifestação.
Encaminhar anualmente ao Ministério das Cidades e
ao Ministério da Fazenda, quadro de acompanhamento do projeto, mediante preenchimento de formulário específico no endereço: www. cidades.gov.br/saneamento.
Prazo de prioridade para a
emissão - Concessionária que não realizar Um ano, devendo a
a emissão das debêntures ou do CRI, ou a instituição do FIDC,
neste prazo, informar à SNSA, via comunicação formal.