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A FORÇA DA INDÚSTRIA DA CARNE MINEIRA
10 de Abril de 2017
InfoCarne
Informativo Sinduscarne: Notícias do setor da carne
Edição 90
Só consumo interno salva indústria da carne em Minas
Destaque
Eventos
Maioria dos mercados suspendeu restrições à carne brasileira, diz Maggi
Fórum das Cooperativas Agropecuárias debate futuro do segmento Funrural deve tirar R$ 14 bilhões de investimentos na pecuária Mercado Cotações Associação Brasileira de Proteína Animal em ação no México e na UE; agilidade nas respostas
Expomeat Minas na China
InfoCarne Nro 91 10 de Abril de 2017
Destaque
Só consumo interno salva indústria da carne em Minas
Representantes da indústria e do agronegóciominei-ros estudam estratégias para minimizar os impactos da Operação Carne Fraca na economia estadual. Se-gundo o secretário de Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento de Minas Gerais, Pedro Leitão, a intenção é garantir a boa imagem da carne produzida no Es-tado no mercado interno, que responde por 80% do consumo do alimento. A preocupação é que haja um freio na compra de carne em Minas, fazendo com que a economia estadual desande.
“Estamos em contato com o Ministério da Agricultura dando apoio na retomada das exportações, mas nosso foco agora é o mercado interno”, ressalta. O governo federal mobilizou o Itamaraty para convencer os prin-cipais parceiros comerciais do país de que a carne na-cional é segura. Hoje, representantes do Planalto vão à Organização Mundial do Comércio (OMC) para es-clarecer a crise e conter embargos. Será feita uma apre-sentação mostrando que a atuação da Polícia Federal (PF) tem como foco a corrupção e não a qualidade da carne. Além disso, um documento será enviado a 165 países na tentativa de evitar novas barreiras.
Reunião
Segundo o secretário de Agricultura, uma reunião foi realizada nesta semana com representantes da Federa-ção das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) para criar estratégias que pos-sam minimizar os impactos. Ele não detalhou o que será feito.
“Temos que situar o consumidor. Não há denúncia de alteração de carne em Minas”, ressaltou. Ele destacou, ainda, que Minas Gerais possui um órgão de
fiscaliza-ção com laboratório próprio, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), onde são realizados testes que asseguram a qualidade da carne produzida em solo mineiro. “Além disso, recebemos missões internacio-nais que validam a qualidade do nosso produto”, afir-mou.
Hashtag
O presidente do Sindicato Intermunicipal das Indús-trias de Carne e Derivados de Minas Gerais (Sindus-carne), Leônidas Maciel,
está em contato direto com uma equipe da Fiemg para reduzir os “estragos” feitos pela Operação Car-ne Fraca no setor. A pri-meira ação do grupo de gestão de crise foi aderir à campanha #CarneForte. O objetivo é defender o produto nacional. As
en-tidades também lançaram uma carta aberta em que rechaçam a generalização das informações.O presi-dente da Faemg, Roberto Simões, também mobiliza o setor para resgatar a imagem da carne mineira lá fora. Na semana que vem, ele irá a Brasília participar de uma reunião com o presidente Michel Temer. Na pauta, o escândalo da carne nacional. “Esse problema tem que ser resolvido o mais rápido possível. Os en-volvidos têm que ser punidos com rigor. Mas a forma como a operação foi anunciada, com estardalhaço, afundou o setor inteiro em um copo d’água”, alertou. Assim como o secretário de Agricultura, ele diz não ser capaz de estimar quanto tempo a crise irá durar. No entanto, espera que os entraves sejam passageiros.
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Cotações
Fonte: Scot Consultoria - Acesso em 30/03/17
BOI GORDO
Mercado
. Frango Abatido Resfriado KG / atacado = R$ 4,00 . Frango Vivo -KG / Posto Granja
Média do Mercado = R$ 2,50
Fonte: AVIMIG - Acesso: 07/04/17
FRANGO SUÍNOS
BOLSA DE SUÍNOS DE MINAS GERAIS FECHA EM R$4,00
A Bolsa de Suínos de Minas Gerais, realizada no dia 03/04, entre representantes dos frigoríficos e suinocul-tores foi fechada no valor de R$4,00. O valor acordado entre as partes tem validade até a próxima segunda-feira (10) quando haverá nova reunião de Bolsa.
Estrago enorme
Para o professor de Comércio Internacional do Ib-mec/MG, Cláudio Aguiar, será preciso um trabalho enorme para consertar o estrago feito com a divul-gação da PF de que frigoríficos comercializavam até carne podre.
“Para um país construir a credibilidade demora anos. Mas para destruir leva apenas um minuto. Tanto o go-verno quanto as empresas terão que investir pesado para resgatar a confiabilidade do mercado externo e das próprias pessoas”, diz. Segundo ele, um dos cami-nhos nesse sentido pode ser a visita a países importa-dores da carne brasileira para mostrar que o problema foi pontual.
“O Brasil precisa provar que as irregularidades já pas-saram. Que foi uma exceção, e não a regra. É necessá-rio mostrar que há um controle rígido sobre a produ-ção. E, se for o caso, ir até a OMC como reação ao veto dos importadores”, afirma.
Conforme mostrou o Hoje em Dia, até a última se-gunda, as exportações de Minas para os países que suspenderam a compra do produto nacional soma-vam US$ 208,8 milhões, quase 30% do que é comer-cializado para o estrangeiro. Os países que embarga-vam o produto nacional eram China, Chile e Egito, além da União Europeia. Ontem, Suíça, Japão e Jamai-ca engrossaram a lista de embargos.
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Maioria dos mercados suspendeu restrições à carne brasileira, diz Maggi
O Brasil já conseguiu reabrir amaioria dos mercados que tinham imposto restrições às carnes brasi-leiras, disse o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abasteci-mento), no encerramento da 33ª Reunião Ordinária do Conselho Agropecuário do Sul (CAS), em Buenos Aires.
As medidas restritivas ocorreram
por causa da repercussão internacional da Operação Carne Fraca da Polícia Federal, em investigação de fri-goríficos. Na Argentina, Blairo Maggi reuniu-se com ministros da Agricultura da Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai.
“Ainda há alguns mercados fechados no Caribe, po-rém, ontem, a Jamaica também reabriu e, em seguida, Barbados fez o mesmo”, comentou o ministro. “Assim, sucessivamente, vão sendo retiradas as últimas restri-ções”, acrescentou, ressaltando que a investigação é sobre condutas de pessoas e não sobre a qualidade das carnes brasileiras. Maggi reafirmou que houve equí-voco na forma de divulgação da operação e lembrou
que o Ministério da Agricultura en-viou aos mercados todos os esclare-cimentos solicitados, sempre com muita transparência. “O Brasil deu as devidas explicações não só aqui no CAS, mas no mundo inteiro”. Maggi destacou ainda que o Bra-sil compreende a preocupação no mercado internacional. “Todos os países importadores têm o direito de ser mais seletivos e investigativos, para ter mais certeza sobre o que estão recebendo. Não reclamamos disso, porque cada país deve manter a sua legislação e a sua segurança”.
O ministro aproveitou o final da reunião para infor-mar que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu-ária (Embrapa) deverá apresentar, até o fim do ano, pesquisa com a produção de carne com emissão zero de carbono. “Todo o processo [de criação de bovinos] vem sendo desenvolvido com mitigações, com a me-lhoria de pastagens e tudo mais. Até o fim do ano, a Embrapa vai apresentar o balanço desse trabalho ao Brasil e ao mundo”.
Fonte: Carnetec
O ministro brasileiro (Arquivo/Divulgação Mapa)
Fórum das Cooperativas Agropecuárias debate futuro do segmento
O presidente da Organização das Cooperativas doEs-tado de Santa Catarina (Ocesc), Luiz Vicente Suzin, participou nesta semana do Fórum das Cooperati-vas Agropecuárias, em São Paulo. Desenvolvido pela Informa Group, o evento reuniu público altamente qualificado, formado na maioria por presidentes, di-retores e superintendentes de cooperativas. As infor-mações são da assessoria de imprensa da Ocesc, a MB Comunicação. Com o tema central “As Cooperativas do Futuro - Vamos semear juntos o futuro das
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de intercooperação, reunindo conteúdo e networking entre as lideranças cooperativistas e entidades do agronegócio.
Dados divulgados pela Informa Group apontam que enquanto o desemprego atinge quase 13 milhões de pessoas, as cooperativas agropecuárias proporcionam 181 mil empregos diretos no Brasil. Elas somam 1.543 unidades no país e, destas, mais de 23% são agrope-cuárias. Em 2015, considerando todos os setores, as cooperativas exportaram para 148 países um volume de U$ 5,3 bilhões, sendo 98% originários das coope-rativas agropecuárias.
Suzin mencionou que a contribuição das cooperativas catarinenses ao desenvolvimento social e econômico do estado e do país é significativa. “Os dados de 2016 estão em fase de contabilização, mas em 2015, o coo-perativismo do estado cresceu 12,96%. As 260 coope-rativas reúnem 1,908 milhão de famílias associadas, mantêm 56.311 empregos diretos e faturam mais de R$ 27 bilhões por ano”, disse.
Segundo Suzin, as cooperativas do ramo agropecuá-rio estão entre as que registram, anualmente, maior
movimento econômico. Em 2015, as 51 cooperativas do setor representavam 64% do movimento econômi-co de todo o sistema econômi-cooperativista catarinense. No conjunto, elas mantêm um quadro social de 69.518 cooperados e um quadro funcional de 38.076 colabo-radores. O faturamento anual do ramo agropecuário totalizou R$ 17,27 bilhões.
“O evento trouxe palestrantes renomados que falaram sobre os desafios do setor, além de oportunizar mo-mentos de troca de experiência. Iniciativas como essas têm importante papel no enriquecimento da gestão e no desenvolvimento de nossas cooperativas que já são consideradas referência no país”, disse o presidente da Ocesc em nota.
O fórum teve apoio institucional da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Ocesp, OCB/ PA, OCB/PB, OCB/MS, OCEMG e OCBR/RJ, além de importantes organizações internacionais, como a Asociación de Cooperativas Argentinas (ACA) e a Cooperativas Agrarias Federadas (CAF), do Uruguai. O evento também contou com apresentações interna-cionais.
Fonte: Carnetec
Funrural deve tirar R$ 14 bilhões de investimentos na pecuária
A definição do STF (Superior Tribunal Federal) quedeclarou constitucional a cobrança do Funrural (Fun-do de Assistência ao Trabalha(Fun-dor Rural) deve tirar de R$ 14 a 16 bilhões da pecuária brasileira.
O levantamento da Scot Consultoria apontou que a volta do recolhimento terá impacto direto nos inves-timentos do setor. “Esse imposto vai tirar recursos do setor que seriam, certamente, investidos em progres-so, tecnologia e desenvolvimento”, diz Alcides Torres, presidente da Scot.
Ainda que muitas dúvidas e indefinições ainda
nor-teiem o assunto, o fato é que a cobrança já é uma re-alidade. Em São Paulo, “as ofertas de compra balcão continuam em R$ 140/@ a R$ 141/@, mas o pecuaris-ta não recebe integralmente esse valor”, diz o analispecuaris-ta, Alex Santos Lopes.
Com o desconto de 2,3% o produtor recebe em média R$ 136,90 pela arroba negociada em R$ 140,00. No caso de fazenda que pretende comercializar até o final do ano 1.200 cabeças, o desconto sobre a receita bruta totalizaria uma perda de 12% a 15% no lucro final. Além disso, o imposto também poderá trazer
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gurança jurídica na relação produtor indústria. A responsabilidade de recolhimento do Funrural é de pessoa jurídica - os frigoríficos -, porém, caso o paga-mento não seja realizado, a cobrança passa a ser
obri-gação do pecuarista, que necessitaria de um processo jurídico para solicitar a devolução do valor junto a indústria.
Fonte: Notícias Agrícolas
Associação Brasileira de Proteína Animal em ação no México e na UE; agilidade nas
res-postas
O presidente executivo da As-sociação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Tur-ra, participa nesta semana, na Cidade do México, de uma série de encontros com lideranças, im-portadores, jornalistas e outras
representações do governo e da sociedade mexicana. Em paralelo, a entidade participou do 10º Fórum para o Futuro da Agricultura (FFA), realizado em Bruxelas, na Bélgica, no último dia 28 de março, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exporta-ções e Investimentos (Apex-Brasil). O fórum europeu é considerado o principal evento para o debate sobre a agricultura e o meio ambiente no mundo.
A ação na União Europeia (UE) teve como objetivo reforçar os laços junto aos visitantes do fórum. Ma-terial institucional em inglês foi distribuído, com in-formações sobre sustentabilidade na criação de aves e suínos no Brasil. No total, foram entregues mais de 300 folders no estande mantido pela Apex-Brasil no evento.
Potencial mexicano
Nos encontros que teve no México, Turra vem desta-cando a qualidade dos produtos brasileiros, o status sanitário do país e o perfil sustentável da produção de aves e suínos, o que permite ao Brasil ser um impor-tante parceiro pela segurança alimentar da população do México, além de prestar esclarecimentos por parte da iniciativa privada brasileira sobre as informações equivocadas que circularam internacionalmente, após
a divulgação da Operação Carne Fraca.
Segundo os representantes no Mé-xico, o Brasil precisará manter a agilidade apresentada até aqui nas respostas aos questionamentos fei-tos pelas autoridades mexicanas, aproveitando assim a oportunidade diante da atual conjuntura das ções México-Estados Unidos para aproximar a rela-ção bilateral México-Brasil.
O diretor-geral de Comércio Exterior da Subsecre-taria de Indústria e Comércio da SecreSubsecre-taria de Eco-nomia mexicana, Juan Diaz Mazadiego, falou sobre a crescente demanda pela importação de produtos cár-neos no México, que cresce a uma taxa mais alta que a capacidade produtiva. De acordo com Mazadiego, em nota divulgada pela ABPA, a presença brasileira neste momento pode ser benéfica para o consumidor de seu país.
A boa notícia é que o processo de avaliação da aber-tura para a carne suína está em andamento e a ABPA já protocolou o estudo de análise de riscos, elaborado pelo Brasil por solicitação das autoridades mexicanas. “Queremos solidificar a imagem da cadeia exportado-ra bexportado-rasileiexportado-ra que, de forma injusta, foi impactada no mundo todo, inclusive no mercado do México. Esta-mos em um esforço conjunto, buscando reconstruir essa imagem, porque o Brasil é o maior exportador de proteína animal do mundo”, disse Turra.
10 de Abril de 2017 InfoCarne Nro 91 Apoio:
Eventos
http://migre.me/wlw92 http://www.minasnachina.com.brDias 13 e 19 de maio de 2017, em Xangai e Kunshan