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DECRETA: Capítulo I Das Disposições Preliminares

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DECRETO nº 525, de 29 de novembro de 2006.

Institui o Regulamento Geral das feiras de arte, artesanato e produtores de variedades, de comidas e bebidas típicas, de flores e plantas naturais e demais eventos afins do Município de Contagem, e dá outras providências.

A PREFEITA DO MUNICÍPIO DE CONTAGEM, no uso das atribuições que lhe confere o art. 92, inciso VII, da Lei Orgânica do Município; e considerando a necessidade de estabelecer regras gerais para a promoção e realização de feiras de artes e artesanato, produtores e eventos;

DECRETA:

Art.1º Fica instituído o Regulamento Geral de Feiras de arte, artesanato e produtores de variedades, de comidas e bebidas típicas, de flores e plantas naturais e demais eventos afins no Município de Contagem.

§1° As feiras a que se refere este Decreto são aquelas de caráter permanente, promovidas por órgãos públicos municipais, desde que realizadas em áreas de domínio público.

§2° Para fins deste Decreto, entende-se como permanente a feira realizada periodicamente, em locais pré-definidos pela Administração Regional e aprovados pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente.

§3º As feiras de caráter permanente de que trata este artigo funcionarão em horários compatíveis com sua finalidade e em áreas não conflitantes com o desenvolvimento e o curso normal das atividades diárias da cidade. §4° Excetuam-se do disposto neste Decreto, as feiras e demais eventos afins promovidos pela iniciativa privada ou por órgãos públicos municipais, de caráter temporário.

Capítulo I

Das Disposições Preliminares

Art. 2° As feiras de que trata este Decreto constituem centros de exposição e comercialização de produtos artísticos e artesanais, de variedades, de comidas e bebidas típicas da culinária nacional e internacional, de plantas e flores naturais.

§1º Para fins de aplicação deste Decreto, considera-se:

I – arte: trabalho realizado por uma mesma pessoa em todas as suas fases, predominantemente manual, que visa transformar a matéria-prima utilizada em bens artísticos e utilitários, nas áreas de moldagem, desenho, escultura, gravura, pintura e tapeçaria;

II – artesanato: resultado da ação predominantemente manual que agrega significado cultural, utilitário, artístico, patrimonial e ou estético, com todos os materiais possíveis, desde que não elaborados no nível final, exceto quando reciclados;

III – variedades: aqueles produtos elaborados pelo produtor em sua residência ou em oficinas com trabalho preponderantemente manual, de acordo com as seguintes definições:

a)

oficina é o estabelecimento que empregar, no máximo, cinco operários e, caso utilize força motriz, não dispuser de capacidade superior a cinco cavalos-vapor.

b)

o trabalho preponderante é o que contribuir no preparo do produto, para formação de seu valor, a título de mão de obra, no mínimo com 60% (sessenta por cento).

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IV - plantas e flores naturais: vegetais vivos, passíveis de comercialização, desde que cultivadas para esta finalidade, podendo ser comercializadas mudas, flores e arranjos criados, seus recipientes e insumos.

V - comidas e bebidas típicas: alimentos e bebidas ligados a uma origem cultural determinada, constituindo tradição de cozinhas regionais, originados de preparo e processo exclusivamente caseiro, sem processo de natureza industrial no produto final, à exceção de bebidas industrializadas, tais como cervejas e refrigerantes.

§2º Nos locais de realização de feiras poderão ser promovidos eventos culturais, desde que compatíveis com as atividades das feiras.

Art. 3º As feiras de que trata este Decreto funcionarão, em locais abertos, previamente autorizados, nos seguintes horários e dias:

I - de 08:00 às 15:00 horas, aos sábados e domingos, para as feiras promovidas em pista de rolamento de veículos; II - de 08:00 às 15:00 horas, em qualquer dia, para as feiras promovidas nas demais áreas públicas, em recintos abertos.

Parágrafo único. A instalação e montagem de barracas serão autorizadas no horário de 06:00 às 08:00 horas e a desmontagem no horário de 15:00 às 15:30 horas.

Capítulo II

Da Coordenação das Feiras

Art. 4° As feiras de que trata este Decreto serão coordenadas pela Comissão Paritária das Feiras, composta por 10 (dez) membros, representantes dos expositores das feiras e da Administração Municipal, com a seguinte composição:

I - cinco representantes dos expositores: um de Flores e Plantas Naturais, um de Comidas e Bebidas Típicas, um de Variedades, um de Artesanato e um de Artes Plásticas.

II - cinco representantes da Administração Municipal, indicados pelos Secretários das respectivas pastas: um da Administração Regional, um do setor de Cultura, um do setor de Fiscalização de Posturas, um do setor de Vigilância Sanitária, e um do setor de Turismo.

§1° Os representantes titulares e suplentes dos expositores na Comissão Paritária das Feiras serão eleitos diretamente entre os credenciados nas feiras, em processo autônomo.

§2° O mandato dos membros será de dois anos, a contar da data de sua posse, sendo que os membros da Comissão Paritária das Feiras de que trata o inciso I deste artigo poderão reeleger-se apenas uma vez.

§3° Na ausência do titular, o suplente tem direito a voto em qualquer reunião da Comissão Paritária das Feiras. §4° Se o titular e o suplente faltarem a quatro reuniões da Comissão Paritária das Feiras, consecutivas ou não, no ano, sem justificativa, perderão o mandato, devendo haver nova eleição, em caso de representante do expositor, ou indicação, em caso de representante de órgão da Administração Municipal.

§5° Caberá ao representante da Administração Regional dirigir as reuniões da Comissão Paritária das Feiras e dar o voto de desempate quando necessário.

§6° As reuniões ordinárias serão mensais e as extraordinárias sempre que necessário.

§7° As funções dos membros da Comissão Paritária das Feiras não serão remuneradas, sendo consideradas relevantes serviços prestados aos cidadãos, sem qualquer vínculo empregatício entre seus membros eleitos e o Município.

§8º Os candidatos a cargos eletivos municipais, estaduais ou federais e os agentes políticos no exercício de mandato não poderão exercer a função de membro da Comissão Paritária das Feiras.

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§9º As demais entidades representativas de expositores das feiras e outros membros da Administração Municipal terão assento garantido nas reuniões da Comissão Paritária das Feiras, com direito a voz.

Art. 5° À Comissão Paritária das Feiras compete: I - organizar e orientar o funcionamento das feiras;

II - manifestar-se sobre os recursos impetrados por expositores notificados por infração, quando solicitado pela Administração Regional;

III – avaliar a substituição dos expositores em prazo superior a 30 (trinta) dias, nos termos do parágrafo único do art. 14 deste Decreto;

IV - reavaliar qualquer de seus expositores credenciados;

V - apresentar sugestões para melhoria do funcionamento das feiras;

VI - executar com urbanidade, probidade e isenção as tarefas para as quais foi constituída; VII - opinar sobre o eventual apoio da iniciativa privada às feiras.

VIII - solicitar do Poder Público assessoramento, quando necessário;

Art. 6° Compete à Administração Regional, ouvida a Comissão Paritária das Feiras:

I - promover estudos visando a criação e extinção das feiras, mediante reivindicação da comunidade, entidades e grupos representativos de setores ligados ao ramo pretendido;

II – distribuir credenciais aos expositores para as vagas existentes nas feiras;

III - fiscalizar as feiras no que diz respeito à identidade, credenciamento, freqüência, cumprimento de horário e outras determinações pertinentes de que trata este Decreto;

IV – fiscalizar as feiras no que se refere ao espaço e ambiente, saúde, limpeza e conservação, comercialização, forma e uso do mobiliário e outras condições definidas na legislação específica;

V - dirigir os trabalhos da Comissão Paritária das Feiras e informar aos interessados as deliberações; VI - manifestar-se sobre os recursos impetrados por expositores notificados por infração.

Capítulo III

Da Licença para Participação nas Feiras

Art. 7º A licença para participação em feiras terá caráter precário, podendo ser suspensa ou cancelada pelo Poder Executivo, sem ônus para o Município, por oportunidade e conveniência ou quando o expositor incorrer nas penalidades previstas neste Decreto.

Art. 8° Os expositores que, na data da entrada em vigor deste Decreto, estiverem em situação regular nas feiras já existentes, deverão obter licença para participação em feiras, com a observância do procedimento descrito no Anexo I deste Decreto:

§1º O requerimento de licença para participação em feiras deverá ser encaminhado para a Secretaria da Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, num prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da entrada em vigor deste Decreto, instruído com os seguintes documentos:

I – Formulário de Requerimento para Recadastramento de Expositores, emitido pela Secretaria da Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, devidamente preenchido;

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II – comprovante de inscrição no Cadastro de Pessoa Física – CPF; III – documentos de Identidade;

IV – comprovante de Residência;

V – comprovante de quitação da Taxa de Fiscalização de Localização e Ocupação do Solo;

VI – indicação de preposto, acompanhada de seu comprovante de inscrição no Cadastro de Pessoa Física – CPF, documentos de identidade e comprovante de residência.

§2º Os expositores cuja licença encontra-se vigente ficam isentos dos procedimentos previstos no caput deste artigo.

§3º A licença de que trata o caput desse artigo terá validade de 1 (um) ano, podendo, a critério do Poder Executivo, ser renovada por igual período.

§4º O preposto de que trata o inciso VI, do §1º, deste artigo, deverá ser, preferencialmente, cônjuge, pai/ mãe, filho/ filha, irmão/ irmã ou outro familiar do expositor ou, ainda, outra pessoa de sua escolha, nomeada junto à Administração Regional.

Art. 9° Para a renovação da licença para participação em feiras deverá ser encaminhado ao órgão competente requerimento instruído com cópia da licença anteriormente obtida e da comprovação de pagamento da Taxa de Fiscalização de Localização e Ocupação do Solo.

Art. 10 A licença para participação em novas feiras, bem como para a utilização de novas vagas geradas nos casos de vacância nos termos do art. 17 deste Decreto, será outorgada mediante licitação.

§1º O edital do certame de que trata o caput deste artigo buscará estabelecer, dentre os critérios de seleção da proposta mais vantajosa para a administração pública, a escolha de produtos produzidos de forma artesanal, na forma da Lei.

§2º Parte das vagas de que trata o caput deste artigo, a critério do Poder Executivo, poderão ser destinadas aos seguintes seguimentos:

I – Deficientes físicos: 5% (cinco por cento);

II – Organizações não Governamentais: 2% (dois por cento); III – Órgãos Públicos: 1% (um por cento).

§3º Será garantida pelo menos uma vaga para cada segmento de que trata o §2º deste artigo. Art. 11 A licença para participação em feiras é pessoal e intransferível.

Art. 12 A licença será especifica para cada feira ou, se for o caso, para cada dia de feira.

Art. 13 É vedada a obtenção de mais de uma licença para participação em feiras, pelo mesmo contribuinte, sendo esta proibição extensiva ao cônjuge e aos parentes, até o terceiro grau civil.

Art. 14 Cada expositor poderá indicar, por escrito, uma pessoa como seu preposto, que será cadastrada junto ao Poder Executivo, nos termos do inciso VI, do §1º, do art. 8° deste Decreto, para que o substitua em caso de necessidade devidamente comprovada junto à Administração Regional.

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Parágrafo único. O prazo máximo para a substituição de que trata o caput deste artigo será de 30 (trinta) dias, desde que comprovada a necessidade da mesma, ficando os casos excepcionais sujeitos à avaliação da Comissão Paritária das Feiras.

Art. 15 Serão destinadas às entidades assistenciais e filantrópicas domiciliadas no Município de Contagem 02 (duas) vagas para exposição e comercialização de produtos artesanais e/ou artísticos confeccionados por seus internos ou assistidos, segundo critérios definidos pela Administração Regional.

Parágrafo único. As entidades assistenciais e filantrópicas somente poderão utilizar as vagas previstas no caput deste artigo 4 (quatro) vezes ao ano, sendo vedada essa utilização em um mesmo mês.

Capítulo IV Da Inscrição

Art. 16 Qualquer cidadão, brasileiro ou estrangeiro em situação regular no país, poderá candidatar-se a uma vaga nas feiras, desde que:

I – cumpra a convocação por edital publicado em órgão oficial do Poder Público, com ampla divulgação;

II – não seja credenciado em nenhuma outra feira já existente no Município, exceto nos processos de transferência entre as feiras;

III – seja detentor do conhecimento de todas as fases do processo de confecção do produto pretendido e demonstre, quando solicitado, a comprovação de tal habilidade, ressalvadas as especificidades de cada feira;

IV – haja vaga na feira solicitada para o produto pretendido;

V – apresente a documentação exigida pela Administração Regional;

VI – não utilize residência ou oficina de expositor credenciado de qualquer feira sob supervisão da Administração Regional.

Art. 17 São hipóteses de vacância de vagas nas feiras: I – morte;

II - invalidez permanente; III – infreqüência;

IV – abandono;

V - cancelamento de licença para participação em feiras;

VI - outro motivo a ser avaliado pela Comissão Paritária das Feiras e pela Administração Regional.

Parágrafo único. Não haverá vacância nos termos do caput deste artigo nos casos em que a feira estiver com número excedente ao limite máximo de expositores estipulado em seus regimentos internos.

Capítulo V Da Credencial

Art. 18 A credencial para participação em feiras é pessoal, intransferível, a título precário, e válida apenas para a feira, dia e espaço físico determinado, especificados na mesma.

Parágrafo único. Cabe à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente a expedição de credencial aos expositores, nos termos deste Decreto e observada a legislação aplicável.

(6)

Art. 19 A credencial para participação em feiras conterá as seguintes informações, devendo o modelo ser estabelecido por Portaria da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente:

I - informações claras sobre o produto credenciado, cujas características deverão ser mantidas pelo expositor; II - dados de identificação, foto atualizada e assinatura do expositor;

III - localização da vaga a ser utilizada;

IV - assinatura do Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente.

Parágrafo único. O expositor poderá pedir a revisão e a correção do documento, caso não considere exato o conteúdo do mesmo.

Art. 20 A credencial para participação em feiras deverá ser afixada em local visível na barraca, durante todo o transcorrer da feira.

Parágrafo único. No caso de substituição por preposto, o mesmo deverá portar, além da credencial para participação em feiras, seu documento de identidade.

Art. 21 É permitido mudar de produto comercializado, mediante aprovação da Comissão Paritária das Feiras, com base em uma avaliação técnica e desde que haja vaga.

Capítulo VI Dos direitos e deveres Art. 22 São direitos do expositor:

I – ausentar-se por um dia/feira ao mês, até o máximo de oito em um ano;

II – ausentar-se por um mês de férias ao ano, podendo as mesmas ser divididas, no máximo, em duas vezes dentro do mesmo exercício;

III – indicar um preposto, para substituí-lo e/ou auxiliá-lo em caso de necessidade, por um prazo máximo de 30 dias, ficando os casos excepcionais sujeitos à avaliação da Comissão Paritária das Feiras.

Art. 23 São deveres do expositor:

I – deixar afixado na barraca ou estabelecimento a credencial, acompanhada da respectiva Guia de Arrecadação da Taxa de Fiscalização de Localização e Ocupação do Solo devidamente quitada;

II – responder à chamada, exceto nos casos de substituição nos termos do art. 14 deste Decreto, quando a chamada deverá ser respondida pelo preposto;

III – justificar as faltas que excedem mais de um dia/feira ao mês, desde que elas não ultrapassem três dias/feiras consecutivos, ficando a cargo da Comissão Paritária das Feiras avaliar os casos não previstos neste Decreto;

IV – respeitar a criação dos demais, não expondo imitações ou cópias de trabalho ou produto já apresentado por outro expositor;

V – trabalhar apenas nas feiras e com os materiais para os quais esteja licenciado;

VI – respeitar o regulamento, os Regimentos Internos das Feiras, as determinações da Comissão Paritária das Feiras e da Administração Regional;

(7)

VII – não utilizar letreiros, cartazes, faixas ou outros processos que venham causar poluição sonora ou visual, conforme os Regimentos Internos das Feiras;

VIII – apresentar seus produtos e trabalhos em barracas padronizadas, cavaletes ou suportes móveis, conforme os Regimentos Internos das Feiras e determinação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente;

IX – manter a limpeza da área comum das feiras, respeitando o meio ambiente;

X – colaborar com a fiscalização no que for necessário, prestando as informações solicitadas e apresentando os documentos pertinentes à atividade;

XI – manter balança aferida e nivelada, quando for o caso;

XII – manter relacionamento cordial com outros expositores e com a Administração da Feira.

Parágrafo único. Constatada a semelhança, imitação ou cópia de trabalho ou produto já apresentado por outro expositor, o caso será encaminhado a Comissão Paritária das Feiras.

Art. 24 É proibido ao expositor:

I – faltar injustificadamente a 3 (três) dias de feira consecutivos ou mais de 8 (oito) faltas alternadas de feira por ano;

II – apregoar mercadorias em voz alta;

III – vender produtos diferentes dos constantes na licença;

IV – fazer uso dos passeios, da arborização pública, do mobiliário urbano, das fachadas ou quaisquer outras áreas das edificações lindeiras para exposições, depósito ou estocagem de mercadorias, vasilhames ou apetrechos, afixação de faixas e cartazes ou para suporte de toldos ou barracas, exceto nos casos autorizados pelo órgão municipal competente.

V – ocupar espaço maior do que o que lhe for licenciado;

VI – explorar a licença para participação em feiras exclusivamente por meio de preposto;

VII – lançar, na área da feira ou em seus arredores, detritos, gorduras e águas servidas ou lixo de qualquer natureza; VIII - vender, alugar ou ceder a qualquer título, total ou parcialmente, permanente ou temporariamente, seu direito de participação de feira;

IX - utilizar letreiros, cartazes, faixas e outros processos de comunicação no local de realização da feira;

X - fazer propaganda de caráter político-partidário ou religioso durante a realização da feira, no local onde ela funcione, bem como utilizar a barraca como espaço para o uso de bandeiras, símbolos e mensagens;

XI – comercializar animais vivos, exceto peixes ornamentais;

XII - consumir bebidas alcoólicas ou substâncias entorpecentes e/ou trabalhar alcoolizado ou sob efeito de tóxicos ou narcóticos, bem como permanecer sem camisa durante a realização da feira;

XIII – comercializar bebidas alcoólicas, refrigerantes, água mineral ou qualquer líquido em garrafas e copos de vidro;

XIV – extrapolar o horário estabelecido no art. 3° deste Decreto. Capítulo VII Da fiscalização

Art. 25 Fica instituída a Fiscalização de Funcionamento de Feiras do Município de Contagem, atribuída ao setor de Fiscalização de Posturas e à respectiva Administração Regional.

(8)

§1° O Fiscal de Posturas exercerá suas funções por delegação dada pelas Posturas Municipais, nos termos do art. 16 do Código de Posturas do Município, Lei Municipal n. 761, de 28 de janeiro de 1967.

§2° Cabe ao Fiscal de Posturas:

I – verificar a freqüência dos expositores;

II – verificar a disposição das barracas e bancas, segundo layout aprovado na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente;

III – verificar as credenciais para participação em feiras dos expositores;

IV – verificar mercadorias e serviços quanto a sua compatibilidade com o disposto na respectiva licença;

V – notificar os expositores quanto à obrigação de fazer ou deixar de fazer algo em virtude de lei, decretos ou normas gerais;

VI – apreender mercadorias ou mobiliários instalados irregularmente. VII – aplicar as penalidades previstas neste Decreto.

Art. 26 Além das disposições constantes e aplicáveis deste Decreto, as barracas de bebidas e comidas típicas e congêneres estão sujeitas ao que dispõe o Código Sanitário do Município, Lei n. 2.166, de 16 de dezembro de 1990.

Capítulo VIII Das penalidades Art. 27 Os expositores estão sujeitos às seguintes penalidades: I – advertência;

II – suspensão da licença e respectiva credencial; III – cancelamento da licença e respectiva credencial; IV – apreensão de mercadorias.

Art. 28 São de responsabilidade do titular da credencial para participação em feiras todas as ações do preposto que firam o Regulamento Geral, Regimentos Internos e a legislação vigente.

Art. 29 Serão advertidos por escrito os expositores que não cumprirem as disposições deste Decreto. Art. 30 O expositor que receber 2 (duas) advertências será suspenso por 30 (trinta) dias.

Art. 31 O expositor que receber 3 (três) advertências terá sua licença para participação em feiras cancelada.

Art. 32 O Fiscal de Posturas poderá cancelar a licença para participação em feiras dos expositores, nas seguintes situações:

I – aluguel de barracas ou cessão de direitos a outras pessoas;

II – quando verificar a existência de “expositor-atravessador”, ou seja, aquele que fornecer produtos de qualquer natureza para revenda em outra barraca ou que revender produtos adquiridos de terceiros, expositores ou não;

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III – o não recolhimento da Taxa de Fiscalização de Localização e Ocupação do Solo. Art. 33 O expositor poderá ter sua mercadorias apreendidas quando:

I – utilizar garrafas e/ou copos de vidro para comercializar bebidas alcoólicas, refrigerantes, água mineral ou qualquer líquido;

II – houver incompatibilidade entre o produto constante da licença para participação em feiras e aquele comercializado;

III – as mercadorias estiverem fora do local indicado para a exposição.

§1° A devolução da mercadoria apreendida dar-se-á mediante assinatura de termo de recebimento, num prazo máximo de 30 (trinta) dias.

§2° A apreensão de mercadorias será considerada como advertência para os fins previstos nos arts. 30 e 31 deste Decreto.

Art. 34 As penalidades de que trata este Decreto serão aplicadas pelo fiscal de Posturas, no dia da exposição, devendo o expositor tomar ciência da mesma por escrito.

Parágrafo único. Caso o expositor se recuse a assinar a notificação, o fiscal deverá lavrar o auto na presença de duas testemunhas, colhendo a assinatura das mesmas.

Art. 35 O expositor poderá interpor recurso junto à Administração Regional até o terceiro dia útil após a ciência da notificação de que trata o parágrafo único do art. 34 deste Decreto.

§1° O recurso, recebido em efeito suspensivo, deverá ser julgado pela Administração Regional, até o quinto dia útil de seu recebimento.

§2° Na hipótese de inexistência ou indeferimento do recurso, a punição deverá ser aplicada a partir do próximo dia de exposição, contado, respectivamente, da aplicação da penalidade ou de seu julgamento.

Art. 36 Os expositores das feiras de que trata este Decreto estão sujeitos, além das proibições elencadas neste Decreto, à legislação de posturas urbanas, sanitárias e ambiental vigentes e as penalidades nelas previstas.

Capítulo IX Das disposições Gerais

Art. 37 O Poder Público poderá, sempre que necessário, avaliar a natureza e a qualidade da produção na casa do produtor, no atelier, oficina ou outro local de instalação onde é produzida; os materiais e ferramentas usados, bem como a autenticidade de suas declarações.

Parágrafo único. Para a avaliação prevista no caput desse artigo, serão designados um assistente social e um membro da respectiva Administração Regional, ou ainda pessoal especializado contratado e especialistas de notório saber sobre as atividades desenvolvidas nas feiras, segundo critérios previstos na Legislação vigente.

Art. 38 Os Regimentos Internos das Feiras realizadas no Município, sob a supervisão da Administração Regional, deverão ser elaborados e aprovados no prazo máximo de 90 (noventa) dias, a contar da data da publicação deste Decreto.

Art. 39 Até a instalação da Comissão Paritária das Feiras, compete à Administração Regional administrar e deliberar sobre as questões referentes às feiras de que trata este Decreto.

(10)

Art. 40 Compete à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, ouvida a respectiva Administração Regional, a elaboração de projeto das feiras e a fiscalização sua implantação.

Art. 41 Os casos omissos neste Decreto serão decididos pela Administração Regional, ouvida a Comissão Paritária das Feiras, em conformidade com a legislação vigente.

Art. 42 A duração máxima permitida para o funcionamento de cada feira é de 2 (dois) dias consecutivos, nos termos da Lei nº 3.956, de 20 de outubro de 2005.

Art. 43 Aplicam-se às feiras de que trata este Decreto, as disposições contidas nos arts. 172 a 175 da Lei nº 761, de 28 de janeiro de 1967 - Código de Posturas do Município, na Lei 2.629, de 1º de agosto de 1994 e na Lei 3.454, de 12 de setembro de 2001.

Art. 44 Revoga-se o Decreto nº 9.689, de 27 de junho de 1997. Art. 45 Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Palácio do Registro, em Contagem, 29 de novembro de 2006.

MARILIA APARECIDA CAMPOS Prefeita de Contagem

CARLOS VANDERLEY SOARES

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