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Principais Lançamentos
Contábeis, Doações,
Subvenções e Parcerias
(Pré e Pós-Pago),
Imobilizado (Controles e
Adequação à Norma),
Obrigações Acessórias
e Rateio por Áreas de
Atuação
Elaborado por:
Giovana Garcia Firmino
O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade dos autores.
A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n. 9610)
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS:
É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO.
CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184.
De 14 a 16 de junho de 2015
Acesse: www.convecon.com.br
Necessidade de transparência, prestação de contas e gestão profissional Parcerias e convênios Subvenções Doações Contribuições Isenção e imunidade tributária Intensa utilização de recursos externos
Externas
Internas
Da própria operaçãoSuas atividades são financiadas através das seguintes fontes: Características das Entidades do Terceiro setor
CONSTITUIÇÃO DAS ENTIDADES ASSISTENCIAIS
- São Pessoas Jurídicas de Direito Privado;
- Realizam atividades caracterizados como de interesse
público de assistência social (definidos na LOAS).
- Gozam de Imunidades e Isenções Tributárias
Imunidade: art. 150 Constituição Federal
Isenções: decorrem de lei que as regulamentem, exceto INSS –
constituição federal (Art. 195 § 7º)
Tributos
Imunidades
Isenções
IRPJ/CSLL Art. 150 CF; Lei 9.532/07 – art. 12 Pis Cofins MP 2.158/01 – art. 13 e 14 INSS Patronal Art. 195 CF (Isenção ou Imunidade?) – Lei 12.101/09 com alterações da L.
Problema?
Setor com alta complexidade nas operações,
envolvendo diversas entidades, que atuam em
vários segmentos, em diferentes áreas.
Necessidade de uma
contabilidade direcionada
para as
particularidades desse segmento
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE Representam:
-Orientações e Práticas
Norteiam:
-Escrituração e o registro contábil -Elaboração das Demonstrações Contábeis
Aplicáveis:
- À entidades em continuidade
As práticas contábeis brasileiras compreendem:
A legislação societária brasileira (Lei 11.638/07), As Normas Brasileiras de Contabilidade, emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade,
Os pronunciamentos, as interpretações e as orientações emitidos pelo CPC e homologados pelos órgãos reguladores, e práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados*, desde que atendam à NBC TG Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das
Demonstrações Contábeis emitida pelo CFC
Normas Brasileiras de Contabilidade que afetam o Terceiro Setor
ITG 2000: Escrituração contábil (Resolução CFC nº 1.330/11)
NBC TG: Estrutura conceitual para a Elaboração e
Apresentação das Demonstrações Contábeis
Estas normas reconhecem diferenças na escrituração do Terceiro Setor e
NBC’s - Normas Brasileiras de Contabilidade que afetam o Terceiro Setor
NBC TG 1000: Contabilidade para pequenas e médias empresas; NBC TG 06: Operações de Arrendamento Mercantil
NBC TG 07: Subvenção e assistência governamentais; NBC TG 16 R1: Estoques
NBC TG 25: Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes NBC TG 27: Ativo Imobilizado
ITG 2002: Resolução 1409/12: Entidade sem Finalidade de Lucros
A ITG 2002
OBJETIVO:
Esta Interpretação estabelece critérios e procedimentos específicos de avaliação, de reconhecimento das transações e variações
patrimoniais, de estruturação das demonstrações contábeis e as informações mínimas a serem divulgadas em notas explicativas de entidade sem finalidade de lucros.
ALCANCE
Esta Interpretação aplica-se às pessoas jurídicas de direito privado sem finalidade de lucros, especialmente entidade imune, isenta de impostos e contribuições para a seguridade social, beneficente de assistência social e atendimento aos Ministérios que, direta ou indiretamente, têm relação com entidades sem finalidade de lucros e, ainda, Receita Federal do Brasil e demais órgãos federais, estaduais e municipais.
Aplica-se à Entidades Sindicais e associações de classe.
Não se aplica a Conselhos Federais, Regionais e Seccionais de profissionais liberais.
ALCANCE:
Aplicam-se à entidade sem finalidade de lucros:
- os Princípios de Contabilidade e esta Interpretação.
- a NBC TG 1000 – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas ou
- as normas completas (IFRS completas) naqueles aspectos não abordados por esta Interpretação.
TERMINOLOGIA
Substituir em todas demonstrações e NE’s:
Capital Social Lucro Prejuízo Patrimônio Social Superávit Déficit
8. Os registros contábeis devem evidenciar as contas de receitas e despesas, com e sem gratuidade, superávit ou déficit, de forma
segregada, identificáveis por tipo de atividade, tais como educação, saúde, assistência social e demais atividades.
SAÚDE EDUCAÇÃO ASSISTÊNCIA
SOCIAL TOTAL Receitas da Atividade Com gratuidade Sem gratuidade ( -) Despesas da Atividade Com gratuidade Sem gratuidade (=) Superávit ou Déficit
NBC TG 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis. 10 . O conjunto completo das Demonstrações inclui:
(a) Balanço Patrimonial ao final do período; (b) Demonstração do Resultado do período;
(c) Demonstração do Resultado Abrangente do período;
(d) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido do período; (e) Demonstração dos Fluxos de Caixa do período;
(f ) Demonstração do Valor Adicionado do período, conforme NBC TG 09 (g) Notas Explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis
significativas e outras informações explanatórias.
Em destaque as obrigatórias segundo ITG 2002
1. Ativo 2. Passivo 3. Despesas 4. Receitas
4. Resultado com gratuidades (para entidades filantrópicas)
5. Encerramento do exercício 6. Compensação 7. Compensação Contas patrimoniais Contas de resultados
PLANO DE CONTAS
Contas de compensação Ativo e Passivo Elenco de contas para o Terceiro Setor.Sem caráter de padronização, apenas apresentação
Plano de contas: particularidades do terceiro setor ATIVO:
Banco C/C – recursos livres: Recursos financeiros de livre
aplicação nas atividades sociais.
Banco C/C – recursos de terceiros: Recursos financeiros de
terceiros em poder de entidade em virtude de parcerias e projetos sociais.
Banco C/C – recursos com restrições: Recursos financeiros
de entidades convenentes ou contratantes com aplicação específica no objeto contratado ou conveniado.
Plano de contas: particularidades do terceiro setor PASSIVO:
Recursos de projetos: Valor do aporte de recursos das
entidade gestoras (recursos de parcerias, projetos e convênios)
Recebimentos antecipados: Valores referente subvenções ou
contribuições para custeio, com recebimento antecipado.
Receita Diferida: Registro das doações que irão beneficiar
vários períodos (estoques a distribuir e imobilizados), confome NBC TG 07
Aspectos contábeis aplicados ao
Terceiro Setor:
Envolve: Doações Subvenções Contribuições Mensalidades Convênios/Subvenções Parcerias Gratuidades
Isenção e imunidade tributária Perdão de dívidas
Voluntariado
Necessidade de um plano de contas específico para esse tipo de atividade
REGISTRO CONTÁBIL
As doaçõespodem ser feitas em dinheiro, cheques, estoques,
perdão de dívidas, imóveis, terrenos, equipamentos, instalações, móveis, utensílios e serviços voluntários.
Devem ser classificadas como:
Doação incondicional: ocorre quando o doador
não impõe
qualquer condição para que o valor seja utilizado pela entidade.Doação condicional: é aquela em que o doador
determina
ao recebedor o cumprimento de uma obrigação ou destinação específica.
Doações na forma de ativos
Ativos que irão gerar benefícios por vários períodos: Estoques que serão doados em vários meses
Itens do imobilizado, como: equipamentos, instalações, máquinas, imóveis e terrenos
NBC TG 07:
Item 12 “recolher como receita ao longo do período e confrontada
com as despesas que pretende compensar, em base sistemática, desde que atendidas as condições desta Norma.
Item 24 “deve ser apresentada no balanço patrimonial em conta de
passivo, como receita diferida, ou deduzindo o valor contábil do ativo relacionado”.
Contabilização
Doações para custeioRecebidas por qualquer meio (cheque, dinheiro, depósito em conta corrente etc.) devem ser contabilizadas a débito, na conta específica do Ativo, e a crédito, na conta de Receita de Doações.
Doações em forma de ativos
Que integrarão o Patrimônio devem ser avaliadas e levadas a débito, na conta específica do Imobilizado, e a crédito, na conta de passivo denominada Receita Diferida(conforme item 24 da NBC TG 07).
Doações em dinheiro ou na
forma de ativos
Exemplo 1 – Doação incondicional, em dinheiro
Recebimento de doação incondicional de “Pessoa Jurídica” em dinheiro, para custeio, no valor de R$ 5.000,00
D – Bancos cta movto – recursos livres (ATIVO) C – Doações pessoa jurídica (RECEITA)
Ativo Demonstração Superávit (Déficit)
Circulante: Receitas:
Disponível Doações
Bcos cta movto – recursos livres 5.000,00 Pessoa jurídica 5.000,00
Exemplo 2: doações incondicionais, na forma de ativos (estoques)
Recebimento de doação de um materiais escolares, no valor de R$
10.000,00, referente 250 unidades (estojo, cadernos, lápis, borracha, etc). O material foi distribuído da seguinte forma: 150 unidades em janeiro, 50 em fevereiro e 50 em março.
2.1) Recebimento dos materiais doados
D – Materiais doados a distribuir (ATIVO)
C – Receita diferida – Materiais a distribuir (PASSIVO).……….R$ 10.000,00
2.2) Distribuição dos materiais no mês de janeiro
D – Materiais doados (DESPESA)
C – Materiais doados a distribuir (ATIVO)………...R$ 6.000,00
2.3) Pela realização do material doado no mês de janeiro
D – Receita diferida – Materiais a distribuir (PASSIVO)
Exemplo 2: doações incondicionais, na forma de ativos (estoques)
Ativo Passivo
Circulante: Circulante
Estoques Receita Diferida
Materiais doados a distribuir 10.000,00 Receita Diferida Materiais 10.000,00
(-) Distribuição de materiais (6.000,00) (-) Realização (6.000,00)
4.000,00 4.000,00
Demonstração do Superávit (Déficit) do mês de janeiro Receitas:
(+) Doações incondicionais 6.000,00 Despesas:
(-) Materiais doados (6.000,00)
Superávit/Déficit 0
Exemplo 3: doações incondicionais, na forma de ativos (imobilizados)
Recebimento de doação de um equipamento, no valor de R$ 20.000,00. A estimativa de vida útil do equipamento é de 10 anos.
(*) de acordo com o item 12, da NBC TG 07 “recolher como receita Receita com Doação (*): deverá ser reconhecida ao longo do
período, nos próximos próximos 10 anos, na proporção de 0,83333% ao mês.
Despesas com depreciação (*): deverá ser reconhecida ao longo do
período que se pretende compensar: próximos 10 anos, na proporção de 0,8333% ao mês
Exemplo 3: doações incondicionais, na forma de ativos (imobilizados)
Recebimento de doação de um equipamento, no valor de R$ 20.000,00. A estimativa de vida útil do equipamento é de 10 anos.
4.1) Recebimento do bem doado
D – Máquinas e equipamentos (ATIVO)
C – Receita diferida – Equipamentos (PASSIVO).……….R$ 20.000,00
4.2) Despesa com depreciação mensal, no valor de R$ 166,67
D – Despesas com depreciação (DESPESA)
C – Depreciação acumulada (ATIVO).……….……….R$ 166,67
4.3) Realização mensal do bem doado, no valor de R$ 166,67
D – Receita diferida – Equipamentos (PASSIVO)
C – Doações pessoa jurídica………....R$ 166,67
Exemplo 3: doações incondicionais, na forma de ativos (imobilizados)
Ativo Passivo
Não Circulante: Circulante/Não Circulante :
Imobilizados Receita Diferida
Máquinas e equipamentos 20.000,00 Receita Diferida - Equipamentos 20.000,00
(-) Depreciação acumulada (166,67) (-) Realização (166,67)
19.833,33 19.833,33
Demonstração do Superávit (Déficit) do Exercício Receitas:
Doações incondicionais 166,67 Despesas:
4.4.3. Despesas com depreciação (166,67)
Contribuição governamental
NBC TG 07:
Item 25. São considerados aceitáveis dois métodos de apresentação,
nas demonstrações contábeis, da subvenção relacionada com ativos.
Item 26. Um dos métodos reconhece a subvenção governamental como receita diferida no passivo, sendo reconhecida como receita em base
sistemática e racional durante a vida útil do ativo.
Ativo Passivo
Imobilizados Receita Diferida
Exemplo: Constituição da subvenção
Item 27. O outro método deduz a subvenção governamental do valor contábil do ativo relacionado com a subvenção para se chegar ao valor
escriturado líquido do ativo, que pode ser nulo. A subvenção deve ser reconhecida como receita durante a vida do ativo depreciável por meio de crédito à depreciação registrada como despesa no resultado.
Exemplo: Constituição da subvenção Exemplo: Realização da subvenção
Ativo Ativo
Imobilizados Imobilizados
(-) Depreciação acumulada
(-) Subvenção governamental (-) Subvenção governamental (+) Realização do bem
• Resolução CFC 1.305/10 - NBC T 07
– Subvenção Governamental é uma assistência
governamental geralmente na forma de contribuição de
natureza pecuniária, mas não só restrita a ela,
concedida a uma entidade normalmente em troca do
cumprimento passado ou futuro de certas condições
relacionadas às atividades operacionais da entidade.
• - Subvenção relacionadas a ativos
• - Subvenção relacionadas a resultado (custeio)
• - Isenção Tributária
• Outras denominações:
Subsídio, incentivo fiscal, doação,
prêmio, etc. (Convênios).
Exemplo 1: Recebimento de Contribuição governamental destinada ao
custeio
Entidade recebe R$ 20.000,00 de contribuição governamental para ser utilizado no custeio da atividade.
ITG 2002 Item 12 – As receitas decorrentes de doação,
contribuição, convênio, parceria, auxílio e subvenção por meio de convênio, editais, contratos, termos de parceira e outros
instrumentos, para aplicação específica, mediante constituição, ou não, de fundos, e as respectivas despesas devem ser registradas em contas próprias, inclusive as patrimoniais, segregadas das demais contas da entidade.
Recebimento de subvenções e contribuições para custeio que irão beneficiar vários períodos. Reconhecer como receita antecipada, no Passivo, conforme item 16, da NBC TG 07.
RECONHECIMENTO DA SUBVENÇÃO
SUBVENÇÃO
=
RECEITA COMPETÊNCIASubvenção Governamental não deve ser reconhecidaaté que exista razoável segurança de que:
a) A entidade cumprirá todas as condições estabelecidas e relacionadas à subvenção; e
Exemplo 1: Recebimento de Contribuição governamental destinada ao
custeio
1) Entidade recebe R$ 20.000,00 de contribuição governamental para ser
utilizado no custeio da atividade.
1.1) Recebimento da contribuição
D – 1.1.2.3 Banco cta movto – recursos com restrição (ATIVO)
C – 4.2.2.1. Contribuições governamentais (RECEITA).….……….R$ 20.000,00
Ativo Demonstração Superávit (Déficit)
Circulante: Receitas:
Disponível Contribuições
Banco cta movo – recursos c/restrição 20.000 Contribuição governam. 20.000
Exemplo 2: Recebimento de Contribuição governamental destinada ao
custeio, de um determinado período.
2) Entidade recebe R$ 40.000,00 de contribuição governamental para ser
utilizado no custeio da atividade, nos próximos quatro meses. Entidade utiliza $ 10.000 no 1º mês para pagar despesas com custeio (aluguéis).
2.1) Reconhecimento da Receita antecipada……….$ 40.000,00
D – Banco cta movto – recursos com restrição (ATIVO)
C – Recebtos antecipados – Subvenções, auxílios e contribuições (PASSIVO)
2.2) Pela realização das despesas de custeio (1º mês)………$ 10.000,00
D – Desp. Aluguéis (DESPESA)
C – Banco cta movto – recursos com restrição (ATIVO)
2.3) Pela realização da receita (1º mês)………..$ 10.000,00
D – Recebtos antecipados – Subvenções, auxílios e contribuições (PASSIVO) C – Contribuições governamentais (RECEITA)
Ativo Passivo
Circulante: Circulante:
Disponível Recebimentos antecipados
Bcos Cta Movto: recursos c/
restrição 40.000,00 Contribuição governamental 40.000,00 (-) Pagto despesas do mês (10.000,00) (-) Realização da receita do mês (10.000,00)
Saldo da conta 30.000,00 Saldo da conta 30.000,00
Demonstração do Superávit (Déficit) do Exercício Receitas:
(+) Subvenções e contribuições 10.000,00 Despesas:
(-) Despesas com aluguéis (10.000,00)
Superávit/Déficit 0
Exemplo 2:
Projetos Sociais:
Convênios e Termos de parceria
Referem-se aos fundos obtidos pelas Entidades de Interesse Social, para financiar e viabilizar seus projetos sociais, que ocorrem de Convênios ou Parcerias.
Convênio, é um acordo de cooperação e atuação
conjunta/complementar entre órgãos públicos, que também, podem firmar-se entre as entidades públicas e uma organização de interesse público.
Termo de Parceria: permite ao Estado transferir recursos
públicos para entidade parceira, para realização de atividades de interesse público. São firmados entre órgãos públicos e
entidades que possuem a qualificação de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público OSCIP.
Tipos de Projetos
Recursos próprios: financiados com recursos da própria
entidade
Recursos externos: financiando com recursos externos
Contrapartida: financiada com recursos externos (parte do
projeto), mas entidade conveniada deve adicionar recursos próprios (contrapartida), para execução do projeto.
Registro contábil: ITG 2002
Item 8: As receitas e as despesas devem ser reconhecidas,
respeitando-se o regime contábil de competência.
Item 12: As receitas decorrentes de doação, contribuição, convênio,
parceria, auxílio e subvenção por meio de convênio, editais, contratos, termos de parceira e outros instrumentos, para aplicação específica, mediante constituição, ou não, de fundos, e as respectivas despesas devem ser registradas em contas próprias, inclusive as patrimoniais, segregadas das demais contas da entidade.
Item 17: Os registros contábeis devem ser segregados de forma
que permitam a apuração das informações para prestação de contas exigidas por entidades governamentais, aportadores, reguladores e usuários em geral.
Necessidade de evidenciar os recursos por “tipo de projeto”
Entidade ALFA realiza um convênio com o governo do Estado, no valor de R$ 100.000, para desenvolver um projeto de
“Inclusão social” de menores carentes. O projeto é composto da seguinte forma:
• Gastos com pessoal: R$ 50.000 • Gastos com aluguéis: R$ 8.000 • Gastos com transporte: R$ 10.000 • Gastos com materiais: R$ 20.000 • Gastos com alimentação: R$ 12.000
O projeto será desenvolvido integralmente no mês de maio de 2014, com previsão de atendimento de 120 pessoas.
Bcos recuros terceiros: Proj. inclusão social
Projeto inclusão social Desp. Materiais Transferência Recursos Proj. inclusão social
1100.000 100.0001
Recursos aplicados no Desp. Locomoção Projeto inclusão social
Desp. Alimentação
Desp. Salários
Desp. Aluguéis
ATIVO PASSIVO DESPESA RECEITA
Bcos recuros terceiros: Proj. inclusão social
Projeto inclusão social Desp. Materiais Transferência Recursos Proj. inclusão social
1100.000 12.000 2 100.0001 212.000
Recursos aplicados no Desp. Locomoção Projeto inclusão social
Desp. Alimentação
Desp. Salários
Bcos recuros terceiros: Proj. inclusão social
Projeto inclusão social Desp. Materiais Transferência Recursos Proj. inclusão social
1100.000 12.000 2 100.0001 212.000 21.000 3 3 8.000
Recursos aplicados no Desp. Locomoção Projeto inclusão social 3 6.000
Desp. Alimentação
37.000
Desp. Salários
Desp. Aluguéis
ATIVO PASSIVO DESPESA RECEITA
Bcos recuros terceiros: Proj. inclusão social
Projeto inclusão social Desp. Materiais Transferência Recursos Proj. inclusão social
1100.000 12.000 2 100.0001 212.000 21.000 3 3 8.000 9.000 4
Recursos aplicados no Desp. Locomoção Projeto inclusão social 3 6.000
44.000 Desp. Alimentação
37.000
45.000 Desp. Salários
Bcos recuros terceiros: Proj. inclusão social
Projeto inclusão social Desp. Materiais Transferência Recursos Proj. inclusão social
1100.000 12.000 2 100.0001 212.000 21.000 3 3 8.000 9.000 4
58.000 5 Recursos aplicados no Desp. Locomoção Projeto inclusão social 3 6.000
44.000 Desp. Alimentação 37.000 45.000 Desp. Salários 550.000 Desp. Aluguéis 58.000
ATIVO PASSIVO DESPESA RECEITA
Bcos recuros terceiros: Proj. inclusão social
Projeto inclusão social Desp. Materiais Transferência Recursos Proj. inclusão social
1100.000 12.000 2 100.0001 212.000 100.0006
21.000 3 3 8.000 9.000 4
58.000 5 Recursos aplicados no Desp. Locomoção Projeto inclusão social 3 6.000
6100.000 44.000 Desp. Alimentação 37.000 45.000 Desp. Salários 550.000 Desp. Aluguéis
ATIVO PASSIVO DESPESA RECEITA
Bcos recuros terceiros: Proj. inclusão social
Projeto inclusão social Desp. Materiais Transferência Recursos Proj. inclusão social
1100.000 12.000 2 100.0001 212.000 100.0006
21.000 3 3 8.000 9.000 4
58.000 5 Recursos aplicados no Desp. Locomoção Projeto inclusão social 3 6.000
6100.000 44.000 Desp. Alimentação
37.000
45.000 Desp. Salários
ABRIL
(+) Saldo inicial 0
(+) Recebimento dos recursos do convênio 100.000
(-) Pagamentos realizados 0
(=) Saldo final 100.000
MAIO
(+) Saldo inicial 100.000
(-) Pagamentos realizados na 1ª semana (12.000)
(-) Pagamentos realizados na 2ª semana (21.000)
(-) Pagamentos realizados na 3ª semana (9.000)
(-) Pagamentos realizados na 4ª semana (58.000)
(=) Saldo final 0
Conciliação da conta:
GRATUIDADES
ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS
13. Os benefícios concedidos pela entidade sem
finalidade de lucros a título de gratuidades devem
ser
reconhecidos
de
forma
segregada,
destacando-se aqueles que devem ser utilizados
em
prestações
de
contas
em
órgãos
ITG 2002 – Divulgação em Notas Explicativas:
m) todas as gratuidades praticadas devem ser registradas de forma
segregada, destacando aquelas que devem ser utilizadas na prestação de contas nos órgãos governamentais, apresentando dados quantitativos, ou
seja, valores dos benefícios, número de atendidos, número de atendimentos, número de bolsistas com valores e percentuais
representativos;
Gratuidades são despesas ou gastos incorridos para a prestação dos serviços gratuitos (sem contrapartida financeira) exigidos por força de lei (Lei 12.101/2009) em percentuais mínimos das receitas totais conforme a
área de atuação da entidade.
Sugere-se que se registre esses valores em conta de Despesa com Gratuidades, devendo transitar pelo resultado da organização. Gratuidade é uma renúncia de receita, mas é também um consumo
de Ativo.
GRATUIDADES CONCEDIDAS
Exemplo 1 – Doação de 10 Cestas Básicas, no valor de R$50,00 sem
contrapartida, ou seja, sem cobrar nada do beneficiário. 1. Entidade compra 10 cestas básicas por R$50,00 cada.
D – Estoque – Cestas Básicas (ATIVO)
C – Banco cta. Movto. Recursos livres (ATIVO) ...R$ 500,00
2. Entidade doa 10 cestas básicas sem contrapartida.
D – Custo das Gratuidades (DESPESA)
GRATUIDADES RECEBIDAS – ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS
São considerados Gratuidades Recebidas os tributos e Contribuições Sociais que a entidade não recolhe por conta de incentivos fiscais de
isenção ou imunidade.
NBC TG7 – Resolução 1305/10
9. A forma como a subvenção é recebida não influencia no método de contabilização a ser adotado. Assim, por exemplo, a contabilização deve ser a mesma independentemente de a subvenção ser
recebida em dinheiro ou como redução de passivo.
12. Uma subvenção governamental deve ser reconhecida como receita ao longo do período e confrontada com as despesas que pretende compensar, em base sistemática (...)
GRATUIDADES RECEBIDAS – ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS ITG 2002
(c) a renúncia fiscal relacionada com a atividade deve ser evidenciada nas demonstrações contábeis como se a obrigação devida fosse;
Portanto deve-se proceder ao cálculo da quota patronal sobre a folha de pagamento (segregado por área e projeto), efetuar o registro contábil da despesa de INSS e reconhecer a Gratuidade Recebida, pela
GRATUIDADES RECEBIDAS – ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS Exemplo: A entidade apurou no mês de agosto R$ 2.000,00 de quota
patronal de INSS sobre a folha dos funcionários.
1. Lançamento da despesa de agosto
D – Encargos pessoal (Despesa)
C – Prev. Social Patronal – renúncia fiscal (Passivo) ...R$ 2.000,00
Passivo Demonstração Superávit (Déficit)
Circulante: Despesas:
Obrigações Tributárias Recursos Humanos
Previdência Social – Renúncia Fiscal 2.000 Encargos + benef pessoal c/ vinculo (2.000)
GRATUIDADES RECEBIDAS – ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS Exemplo: A entidade apurou no mês de agosto R$ 2.000,00 de quota
patronal de INSS sobre a folha dos funcionários.
2. Lançamento da Gratuidade Recebida (Benefício Usufruído)
D – Prev. Social Patronal – renúncia fiscal (Passivo)
C – Gratuidades Concedidas (isenção usufruída) ...R$ 2.000,00
Passivo Demonstração Superávit (Déficit)
Circulante: Receitas:
Obrigações Tributárias Gratuidades Concedidas
Previdência Social – Renúncia Fiscal 2.000 Isenções Usufruídas 2.000
(-) Prev. Social – Isenção usufruída (2.000) Despesas: Recursos Humanos
Encargos + benef pessoal c/
GRATUIDADES RECEBIDAS – SERVIÇOS VOLUNTÁRIOS Regulado pela Lei 9.608/98
Serviço Voluntário é “a atividade não remunerada, prestada por
pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive,
mutualidade”.
Por questões de avaliação de desempenho e correspondente divulgação (disclosure), é recomendável a contabilização observando
critérios de mensuração e divulgação dessa informação.
GRATUIDADES RECEBIDAS – SERVIÇOS VOLUNTÁRIOS Exemplo: A entidade contratou serviços contábeis para manutenção de sua escrituração
contábil. O escritório contratado firmou um contrato de prestação de serviços no qual os honorários propostos são de R$ 700,00/mês para escrita contábil, contrato este que alude a
um termo de Voluntariado firmado entre as partes em que a elaboração da folha de pagamento é serviço voluntário de valor dos honorários estimados em R$300,00. 2. Lançamento da serviço contratado – honorário mensal
D – Honorários (Despesa)
C – Contas a Pagar – Honorários (Passivo) ... R$ 1.000,00
Passivo Demonstração Superávit (Déficit)
Circulante: Despesas:
GRATUIDADES RECEBIDAS – SERVIÇOS VOLUNTÁRIOS 2. Lançamento da Pagamento dos Honorários
D – Contas a Pagar – Honorários (Passivo)
C – Banco cta. Movimento (Ativo) ...R$ 700,00
Ativo Passivo
Circulante Circulante
Banco Conta Movto (700) Contas a Pagar (Honorários) 1000 (-) Pgto Serviços Prestados (700) (-) Gratuidade Concedidas (300)
Despesas Receitas
Honorários 1000 Gratuidades Concedidas SV 300
Total 300 300
3. Lançamento da Receita da Gratuidade – Serviços Voluntários
D – Contas a Pagar – Honorários (Passivo)
C – Gratuidades Recebidas – Serv. Voluntários (Receita)...R$ 300,00
14. A entidade sem finalidade de lucros deve constituir
provisão em montante suficiente para cobrir as perdas
esperadas sobre créditos a receber, com base em
estimativas de seus prováveis valores de realização e
baixar os valores prescritos, incobráveis e anistiados.
CPC 25 – PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES.
Definições
CPC 25 – PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES.
Definições
Passivo – é uma obrigação presente da entidade,
derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se
espera que resulte em saída de recursos da
entidade capazes de gerar benefícios econômicos.
CPC 25 – Item 13
Provisões
são reconhecidas como Passivo
(presumindo-se que possa ser feita
estimativa
confiável
) porque são obrigações presentes e é
provável
que uma saída de recursos que
incorporam benefícios econômicos seja
necessária para liquidar a obrigação.
RECONHECIMENTO DA PROVISÃO
CPC 25 – ITEM 14
Uma provisão será reconhecida quando:
-
For uma obrigação presente;
- Seja provável a necessidade de saída de
recursos; e
- Possa ser feita estimativa confiável do valor.
CPC 25 – ITEM 16ª
Reconhece-se a provisão quando for
mais
provável que sim do que não
que existe uma
obrigação presente na data do Balanço.
EXEMPLO DE PROVISÃO
Na data de encerramento do Balanço foi identificado junto ao jurídico a existência de das seguintes ações contra a instituição:
Ação Estimativa de valor Obrigação presente Reconhecimento Trabalhista Confiável – R$ 80.000 Provável: previsto 70% de chance da entidade ter que pagar a obrigação
Constitui a Provisão Danos Morais Incerto –
R$ 30.000
Previsto 55% de chance da entidade ter que pagar a obrigação Não constitui provisão – só divulga em NE Danos a terceiros Queda de árvore Confiável R$ 20.000 Previsto 30% de chance da entidade ter que pagar.
Não constitui provisão => NE.
RECONHECIMENTO
D – Despesa de Provisão Trabalhista
ATIVO IMOBILIZADO
CPC 27
DEFINIÇÕES
VALOR CONTÁBIL: é o valor pelo qual um ativo é reconhecido após dedução da depreciação e da perda por redução ao valor recuperável acumuladas.
VALOR DEPRECIÁVEL: é o valor do custo ou outro valor que o substitua, menos o seu valor residual.
VALOR JUSTO: é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.
DEFINIÇÕES
PERDA POR REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL: é o valor pelo qual
o valor contábil de um ativo excede seu valor recuperável.
VALOR RECUPERÁVEL é o maior valor entre o valor justo menos os
custos de venda de um ativo e seu valor em uso.
VALOR RESIDUAL DO ATIVO: é o valor estimado que a entidade obteria
com a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.
DEFINIÇÕES
ATIVO IMOBILIZADO
é o item tangível que:
(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e (b) se espera utilizar por mais de um período.
EXEMPLO DE CONTROLE DE ATIVO
Em 31/01/2013 Aquisição de veículo pelo valor de
R$ 45.000,00.
Vida útil estimada 8 anos.
Valor Residual: R$ 15.000,00
Valor Depreciável:
Valor de Custo – Valor Residual
45.000 – 15.000 = 30.000
Taxa de depreciação linear
Valor Depreciável / Tempo de vida útil
30.000 / 8 anos = 3.750,00 ao ano
RECONHECIMENTO INICIAL
1) Em 01/01/2013 Pela aquisição: Débito: ANC – Imobilizado – Veículos
Crédito: AC – Banco c/ movimento R$ 45.000
2) Em 31/12/2013 – Pela Depreciação do ano: Débito – Resultado: Despesa de Depreciação
MENSURAÇÃO SUBSEQUENTE
Em 31/12/2014 há indícios de perda do valor recuperável.
Aplica-se o testa de
Impairment => Teste de Recuperabilidade
Verifica-se que o valor Justo do bem nesta data é de R$ 40.000 e seu valor em uso (valor dos fluxos de caixa esperados – futuros – trazidos a valor presente) é de R$ 38.500.
Portanto seu valor recuperável é de R$ 40.000
MENSURAÇÃO SUBSEQUENTE
1º) Apura-se o Valor Contábil:VALOR CONTÁBIL= Valor do Custo – Depreciação Acumulada
VALOR CONTÁBIL=> R$ 45.000 – R$ 3.750 = R$ 41.250
2º) Compara-se o valor recuperável com o valor contábil nesta data:
Valor Contábil R$ 41.250
Valor Recuperável R$ 40.000
= Perda por
MENSURAÇÃO SUBSEQUENTE
CONTABILIZAÇÃO DA PERDA:Débito: Resultado: Despesa Perda por Desvalorização
Crédito: ANC Imobilizado: Perda por Desvalorização R$ 1.250
MENSURAÇÃO SUBSEQUENTE
ATIVO RESULTADO
Ativo Não Circulante Receitas
Imobilizado 40.000 ( - ) Despesas:
Veículo 45.000 Desp. Depreciação (3.750) ( - ) Deprec. Acumulada ( 3.750) Desp. Perdas por
Desvalorização (1.250) ( - ) Perda P/ Desvalorização ( 1.250)
Desafios do Terceiro Setor
Transparência
Sustentabilidade
Ética
Prestação de contas, de forma profissional, abrangente e de livre acesso aos financiadores. Gestão dos recursos utilizados.
Sobrevivência (continuidade) no longo prazo, através de: gestão, planejamento e profissionalismo
Credibilidade perante a sociedade, na realização dos projetos e utilização adequada dos recursos
BIBLIOGRAFIA:
In www.cpc.org.br– Pronunciamentos Técnicos: CPC 07 – Subvenção e Assistência Governamentais.
CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes, Ativos Contingentes. CPC 27 – Ativo Imobilizado
In www.cfc.org.br– Normas Brasileiras de Contabilidade. ITG 2002 – Entidades sem Finalidade de Lucro