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Processo nº 0669172010-5 Acórdão 187/2012

Recurso HIE/VOL/CRF nº 130/2012

RECORRENTE: GERÊNCIA EXEC. DE JULGAMENTO DE PROC. FISCAIS - GEJUP RECORRIDA: RONNIE EBRTI DOS SANTOS

INTERESSADA: PHOENYX REPRESENTAÇÕES COMERCIAIS LTDA REPARTIÇÃO: COLETORIA ESTADUAL DE ALHANDRA

AUTUANTES: LUIZ ALBERICO PACHEO/NORMA DE ALBUQUERQUE PIRES RELATOR: CONS... RODRIGO ANTÔNIO ALVES ARAÚJO

RECURSO HIERÁRQUICO DESPROVIDO- DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA – AUSÊNCIA DE TIPIFICAÇÃO DO FATO INFRINGENTE DENUNCIADO – MANTIDA DECISÃO RECORRIDA – AUTO DE INFRAÇÃO IMPROCEDENTE.

Sendo flagrado o transporte de mercadorias, após ultrapassado o Posto Fiscal de Fronteira, com DANFE sem o Registro de Passagem do Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica, caracterizado estará o descumprimento de obrigação acessória. No caso em tela, o fato descrito como infração não alcança o DANFE, em face da ausência de obrigação para aposição de etiqueta nesse documento fiscal, caindo por terra a acusação em decorrência da ausência da tipificação do fato infringente denunciado.

Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

A C O R D A M os membros deste Conselho de Recursos Fiscais, a unanimidade de acordo com o voto do relator, pelo recebimento do recurso hierárquico, por regular e, quanto ao mérito, pelo seu DESPROVIMENTO, para que seja mantida a decisão recorrida que julgou IMPROCEDENTE o Auto de Infração Apreensão e Termo de Depósito nº 04818, lavrado em 03/06/2010 (fls. 03), contra RONNIE EBRTI DOS SANTOS, CNPJ nº 688.141.279-72, eximindo-o de quaisquer ônus oriundo do presente contencioso tributário.

Desobrigado do Recurso Hierárquico, na expressão do artigo 730, § 1°, inciso II, do RICMS, aprovado pelo Decreto nº 18.930/97.

P.R.E.

Sala das Sessões do Conselho de Recursos Fiscais, 15 junho 2012.

______________________________________________________ RODRIGO ANTÔNIO ALVES ARAÚJO – CONS. RELATOR

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Continuação do Acórdão nº 187/2012 2

R E L A T O R I O

Trata-se de recurso obrigatório interposto pela GEJUP, nos moldes do art. 128 da Lei 6.379/96, visto que a decisão monocrática julgou IMPROCEDENTE o libelo fiscal, contrariando as exigências da Fazenda Estadual.

De conformidade com o Auto de Infração Apreensão e Termo de Depósito nº 04818, lavrado em 03/06/2010 (fls. 03), consta a seguinte denúncia:

O autuado acima qualificado está sendo acusado de descumprimento de obrigação acessória, em virtude de efetuar, em território paraibano, o transporte de mercadorias acompanhadas por documentação fiscal sem etiqueta de aposição obrigatória pelos postos fiscais de fronteira. Veículo Scania 1113 H 4X2 360, placa AFD 4514/PH e placa AJC 7121/PH, do reboque, mãos na cor vermelha, conduzido pelo sr. Ronnie Ebrti dos Santos, CPF 688.141.279-72, CNH 02737107926/PR, não efetuou parada obrigatória no Posto Fiscal Cruz de Almas, sendo o veículo abordado em território Paraibano, na BR 101, sentido Recife/PE para João Pessoa/PB, quando solicitada a n/f, verificou-se que a documentação fiscal apresentada não tinha carimbo ou selo fiscal do Estado da Paraíba, sendo o veículo reconduzido ao Posto Fiscal. As N/F 000.000.406 a 000.000.409, com data de emissão de 28/05/2010, emitidas pela firma Phoenyx Representações Comerciais Ltda, CNPJ 01.930.673/0001-03, sendo o produto em todas as N/F feijão carioca em fardo.

Pelo fato, foi enquadrada a infração no art. 119, inciso V e XV, do RICMS/PB, aprovado pelo Decreto nº 18.930/96, sendo proposta aplicação de multa por infração com fulcro no art.88, inciso I, alínea “a” c/c § 1º, incisos I, II, III, IV, V e § 2º, todos da Lei nº 6.379/96.

Não sendo observada a realização da ciência ao acusado, seja pessoalmente, por Aviso de Recebimento ou Edital, vindo interpor reclamação a empresa emitente da nota fiscal denominada de PHOENYX REPRESENTAÇÕES COMERCIAIS LTDA, na qual alega em sua petição reclamatória (fls. 25), que o condutor do veículo realizou a parada para selagem das notas fiscais em todos os postos fiscais que cruzou, sendo tal fato facilmente vislumbrado através das notas fiscais que foram recolhidas e anexadas ao processo administrativo instaurado.

Acrescenta ser estranho o fato do condutor, após ter parado em todos os postos fiscais anteriores, simplesmente ignorar o Posto Fiscal de Cruz de Almas, o que acabou culminando no auto de infração impugnado.

Aduz o causídico, que conforme evidenciam as fotografias que seguem anexadas, a falta de sinalização apropriada, bem como de cones na pista para destacar a presença do posto fiscal, ensejou a omissão do condutor, que passou despercebido pelo posto no qual deveria parar, alegando que situação idêntica teria ocorrido no Estado de Rondônia, onde foi considerada improcedente a autuação.

Alegando ser cristalina a boa fé do motorista, a qual foi totalmente ignorada pela autoridade fazendária, o que viciou o auto de infração lavrado uma vez que conforme resta comprovado, desde a sua origem, o condutor veio adimplindo com todas as suas obrigações tributárias, passando despercebido pelo Posto Fiscal de Cruz de Almas em razão da sua deficiente sinalização.

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Continuação do Acórdão nº 187/2012 3

Por fim, requer que seja declarada a ilegalidade da autuação fiscal, sendo reconhecido que a autuada foi prejudicada pela má sinalização da rodovia, estando consubstanciada a sua boa fé, para que conseqüentemente, seja desconstituído o crédito tributário constituído em seu desfavor.

A fiscalização instada a se pronunciar acerca da petição reclamatória interposta, aduz em sua contestação (fls. 42, que a defesa em precários parágrafos, se contradiz quando afirma que o transportador realizou a parada obrigatória em todos os postos fiscais do percurso e, logo após, justamente no posto fiscal de destino das mercadorias, passou despercebido, onde deveria parar.

Acrescenta o fazendário se tratar de um caso de responsabilidade objetiva, não levando em consideração se o transportador teve ou não consciência da situação.

Alega o autuante que a própria fotografia permite destacar ainda mais a presença de um posto fiscal, onde se verifica vários veículos parados, lembrando que o posto fiscal de Cruz de Almas fica localizado na BR 101, principal porta de entrada do Estado da Paraíba, sendo o posto de maior movimento de veículos, conseqüentemente de entrada e saídas de mercadorias no Estado.

Por fim, diante dos fatos expostos, discordamos das argumentações do autuado e reiteramos entendimento pela procedência do Auto de Infração nº 4818 para os fins estabelecidos em lei.

Seguindo a marcha processual, os autos foram conclusos à instância prima com a informação de não haver reincidência (fls. 45), sendo distribuído à julgadora fiscal Dra. Gílvia Dantas Macedo, que após a análise, julgou o libelo basilar IMPROCEDENTE, ementando sua decisão conforme explicitado abaixo.

AUSÊNCIA DE SELO EM DANFE – INCONGRUÊNCIA DA AUTUAÇÃO – NÃO TIPIFICAÇÃO DA INFRAÇÃO – PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL – CORRIGENDA DO LANÇAMENTO DE OFÍCIO COM O OBJETIVO DE ADEQUAR À NORMA TRIBUTÁRIA VIGENTE.

É legítima a atitude do julgador fiscal ao corrigir o lançamento compulsório, alterando o valor do crédito tributário oficialmente lançado, numa circunstância em que houve erro de fato na formalização do processo. É o que ocorre no caso dos autos, em que foi denunciado transporte de mercadorias cujos documentos estavam sem etiqueta de aposição obrigatória, quando, em verdade, os documentos são registrados mediante procedimento diverso, a saber: com o registro de passagem do Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica – DANFE.

AUTO DE INFRAÇÃO IMPROCEDENTE

Após cientificado o autuado regularmente da decisão singular através de Edital

(fls. 59), os autos foram enviados ao autor do feito para elaboração de contra-razões (fls. 63), na qual alega de

acordo com o art. 105, § 1º da Lei nº 6.379/96, concluímos ser legal o procedimento fiscal, uma vez que a natureza da infração e a pessoa do infrator estão meridianamente determinados no auto de infração, circunstâncias, por si só, suficiente para garantir a legalidade do procedimento fiscal.

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Continuação do Acórdão nº 187/2012 4

Alega o fazendário que o art. 88, I, “a” da Lei nº 6.379/96 dispõe que o Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (DANFE) deve ser registrado nos Postos Fiscais de fronteira e a identificação de sua passagem é verificada através de carimbo no verso do DANFE.

Acrescenta que o contribuinte está compelido pela lei à prestação de parar no posto fiscal, em virtude de que dentro do nosso ordenamento jurídico tributário existe obrigações acessórias, cujo descumprimento expõe o sujeito passivo a penalidade pecuniária, nos termos legais.

Assevera ainda restar incontroverso o fato das mercadorias estarem de fato sendo transportadas acompanhadas de documentação fiscal sem o carimbo do Posto Fiscal de fronteira, visto que um simples exame nas notas fiscais objeto da autuação, demonstra que a infração apontada na exordial encontra-se devidamente configurada, irregularidade essa que caracteriza descumprimento de obrigação tributária acessória, como conseqüência da desobediência a um imperativo legal, pois é uníssono o entendimento de que o cumprimento ou não cumprimento de uma norma pressupõe uma conseqüência, um efeito pelo seu cumprimento ou seu descumprimento.

Por fim, diante do exposto, conclui-se que deve ser alterado o mérito da decisão singular, porquanto não remanesce dúvida quanto ao acerto da autuação diante da configuração da conduta infringente denunciada e requerem os autuante a procedência do auto de infração, fazendo dessa forma a mais perfeita justiça fiscal.

Este é o RELATÓRIO.

V O T O

No caso vertente, versam os autos sobre a infração de descumprimento de obrigação acessória em virtude do flagrante de transportar mercadorias sem a etiqueta de aposição obrigatória pelos Postos Fiscais de Fronteira, ensejando a exação cujo crédito tributário demonstramos abaixo:

⇒ ⇒ ⇒

Crédito Tributário ICMS MULTA TOTAL

Descumprimento Obrigação Acessória 0,00 11.126,59 11.126,59 V alor Exigido => 0,00 11.126,59 11.126,59

É cediço que todas as mercadorias que entram e saem do território paraibano devem ter seus documentos fiscais averiguados pela fiscalização de fronteira, com a aposição obrigatório de selos ou etiquetas dos posto fiscais, quando se tratam de notas fiscais, ou realização do registro de passagem do Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica, quando se trata de DANFE, cujas informações alimentam o banco de dados da Secretaria de Estado da Receita, proporcionando ao Fisco um maior controle das mercadorias oriundas de outra unidade da Federação.

In casu, dentre os diversos efeitos da parada dos transportadores nos postos fiscais

de fronteira, evidenciamos o controle fiscal quanto ao prazo de validade da nota fiscal, que é determinado pela etiqueta ou carimbo aposto no documento fiscal quando da entrada da mercadoria no território da Paraíba, devendo o transportador apresentar os documentos fiscais sempre que adentrar no Estado para fins de aposição de carimbo ou etiqueta ou realização do registro de passagem.

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Continuação do Acórdão nº 187/2012 5

Assim, sendo flagrado pela fiscalização, após ultrapassado o posto fiscal de fronteira, o transporte de mercadorias acompanhadas de documentos fiscais sem o visto ou etiqueta obrigatória ou no caso do DANFE, o registro de passagem, caracterizado estará o descumprimento de obrigação acessória, o qual é punível com multa em UFR-PB, conforme dispõe a norma oriunda da Lei nº 6.379/96, infracitada:

Art. 88. Será adotado, também, o critério referido no inciso I do art. 80, com aplicação de multa, na forma a seguir:

I – de 10 (dez) a 300 (trezentas) UFR-PB, nos seguintes casos: a) aos que transportarem, receberem, estocarem, depositarem mercadorias ou efetuarem prestações de serviços de transporte sem

o visto ou etiqueta no documento fiscal, Termo de

Responsabilidade de Mercadorias em Trânsito ou Passe Fiscal, emitidos pelos Postos Fiscais de fronteira, ou sem o registro de passagem do Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica – DANF.

Destarte, infere-se serem frágeis e inéptas as alegações de defesa trazida na petição reclamatória, quanto ao fato do motorista não conhecer a localização do posto fiscal, bem como de não ter havido a intenção ou prejuízo com a ausência do selo ou etiqueta.

Ora, com a devida venia, perquire-se que não pode o contribuinte alegar ausência de dolo ou má-fé como meio de exclusão da punibilidade, haja vista se adotar no Direito Tributário Brasileiro a teoria da “responsabilidade objetiva”, a qual consagra a responsabilidade sem culpa, sendo, portanto, despicienda a perquirição sobre a intencionalidade animus infringendi, ou mesmo sobre o conhecimento no que respeita à relação de causalidade entre o agente e o fato infringente, conforme dispõe o art. 811, do RICMS/97, infracitado:

Art. 811. Constitui infração toda ação ou omissão, voluntária ou involuntária, que importe em inobservância, por parte de pessoa natural ou jurídica, de norma estabelecida por lei, por este Regulamento ou pelos atos administrativos de caráter normativo destinados a complementá-los.

Pois apesar da idoneidade dos documentos fiscais, como alegado pela acusada, no caso em tela, verificou-se que a infração teve por cerne o descumprimento da obrigação de transportar mercadorias sem a etiqueta de aposição obrigatória pelos postos fiscais de fronteira, assim, ao ser flagrado o transporte de mercadorias sem o devido selo ou etiqueta nas notas fiscais que acompanham o transporte, estará configurado o descumprimento de obrigação acessória, entendimento este já pacificado nos órgãos julgadores administrativos, a exemplo dos Acórdãos transcritos ipsis litteris abaixo:

OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA – Falta de selo fiscal

Correta a aplicação da penalidade relativa ao descumprimento da obrigação acessória atinente à ausência de selo no documento fiscal. Auto de Infração Procedente. Mantida a decisão recorrida. RECURSO VOLUNTÁRIO NÃO CONHECIDO.

Recurso nº CRF- 037/2005 Acórdão nº 218/2005

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Continuação do Acórdão nº 187/2012 6

Decisão: Unânime Data: 22/06/2005 D.O.E.: 09/08/2005

OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA – Falta de Selo Fiscal

Todo documento fiscal acobertando o trânsito de mercadorias, destinado ao Estado da Paraíba, desprovido de selo fiscal, é passível de penalidade por descumprimento de obrigação acessória. Redução da penalidade imposta por força da retroatividade benigna da lei nova. Mantida a decisão recorrida. Auto de Infração Parcialmente Procedente.

RECURSO DE OFÍCIO PARCIALMENTE PROVIDO. Recurso nº CRF- 197/2005

Acórdão nº 349/2005

Relator : CONS.ROBERTOFARIASDEARAÚJO Decisão: Unânime Data: 09/09/2005

D.O.E.: 10/11/2005

Nesse diapasão, vislumbramos que a multa em UFR-PB a ser aplicada nestes casos varia entre 10 e 300 UFR-PB, sendo considerado, para efeito de se obter a quantidade de UFR-PB a ser aplicada, o disciplinamento contido no § 1º do art. 88, e § 2º da Lei nº 6.379/96, que assim dispõe:

Art. 88...

§ 1º Na hipótese dos incisos I e IV deste artigo, a multa a ser aplicada será:

I - de 10 (dez) UFR-PB, por documento com valor até 100 (cem) UFR-PB;

II - de 50 (cinqüenta) UFR-PB, por documento com valor superior a 100 (cem) e inferior a 500 (quinhentas) UFR-PB;

III - de 100 (cem) UFR-PB, por documento com valor igual ou superior a 500 (quinhentas) e inferior a 1000 (mil) UFR-PB; IV - de 200 (duzentas) UFR-PB, por documento com valor igual ou superior a 1000 (mil) e inferior a 2000 (duas mil) UFR-PB;

V - de 300 (trezentas) UFR-PB, por documento com valor igual ou superior a 2000 (duas mil) UFR-PB.

§ 2º As multas previstas neste artigo terão como limite máximo 20% do valor das mercadorias ou bens.

Todavia, ao perscrutarmos as peças dos autos inferimos que a acusação descrita no libelo acusatória tem por cerne o descumprimento de obrigação acessória referente ao transporte de mercadorias acompanhadas por documentação fiscal sem etiqueta de aposição obrigatória pelos postos fiscais de fronteira.

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Continuação do Acórdão nº 187/2012 7

Nesse contexto, verifica-se no caso em apreço que a documentação que acobertavam as mercadorias se referem a DANFEs (fls. 06, 07, 08 e 09), haja vista a acusação descrita no libelo acusatório referente à falta de etiqueta não alcançar esse tipo de documentação fiscal (DANFEs), cujo descumprimento de obrigação acessória teria como origem a constatação de ausência de registro de passagem do Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica – DANFE, conforme se abebera no disciplinamento constante do art. 88, inciso I, alínea “a”, abaixo:

a) aos que transportarem, receberem, estocarem, depositarem mercadorias ou efetuarem prestações de serviços de transporte sem

o visto ou etiqueta no documento fiscal, Termo de

Responsabilidade de Mercadorias em Trânsito ou Passe Fiscal, emitidos pelos Postos Fiscais de fronteira, ou sem o registro de passagem do Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica – DANFE. (grifo nosso)

Diante desse entendimento, não acolhemos as alegações trazidas à baila pelo autor do feito, haja vista o fato descrito ser claro quando explicita como infração o transporte de mercadorias acompanhadas por documentação fiscal sem etiqueta de aposição obrigatória pelos postos fiscais de fronteira, quando não existe essa obrigação para o DANFE, haja vista a obrigatoriedade para esse documento fiscal ter por cerne o registro de passagem do Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica.

Portanto, no caso em análise, não foi verificada a tipificação do fato infringente denunciado, partindo dessa premissa, infere-se cair por terra a denúncia formulada no auto de infração.

Assim, diante da ausência de tipificação do fato infringente, não há outra alternativa senão corroborarmos in totum a decisão singular que julgou IMPROCEDENTE o auto de infração em análise, cujo crédito tributário após o deslinde da querela assim se apresenta:

⇒ ⇒ ⇒

Crédito Tributário ICMS MULTA TOTAL

Descumprimento Obrigação Acessória 0,00 11.126,59 11.126,59 Valor Excluído (-) 0,00 (11.126,59) (11.126,59) V alor Exigido => 0,00 0,00 0,00 Ex positis,

V O T O – Pelo recebimento do recurso hierárquico, por regular e, quanto ao mérito, pelo seu DESPROVIMENTO, para que seja mantida a decisão recorrida que julgou IMPROCEDENTE o

Auto de Infração Apreensão e Termo de Depósito nº 04818, lavrado em 03/06/2010 (fls. 03), contra RONNIE EBRTI DOS SANTOS, CNPJ nº 688.141.279-72, eximindo-o de quaisquer ônus oriundo do presente contencioso tributário.

Sala das Sessões do Conselho de Recursos Fiscais, em 15 de junho de 2012.

(RODRIGO ANTÔNIO ALVES ARAÚJO) CONSELHEIRO RELATOR

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