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Seguros internacionais para intercambistas

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

PAOLA PLATT ROSADO

SEGUROS INTERNACIONAIS PARA INTERCAMBISTAS

Florianópolis 2014

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Aos meus pais, amigos e irmãos Sempre.

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Agradeço primeiramente aos meus pais, que sempre me deram força e fé para ir atrás dos meus sonhos.

A minha mãe por ser a minha motivadora, e que me fez nunca desistir, sendo capaz de chegar onde cheguei neste momento da minha vida.

Ao meu pai, por ser meu conselheiro e amigo, por ser tão dedicado aos filhos, ficando ao meu lado em qualquer situação.

Agradeço também aos meus mestres, desde aqueles que me ensinaram as primeiras letras, até aos que atualmente orientam e me ajudam nas minhas atividades, a eles devo minha formação.

Agradeço principalmente ao meu orientador Prof. Denis de Souza Luiz, que ajudou a guiar meus passos de forma cuidadosa.

Agradeço aos meus amigos, que incentivaram a passar finais de semana fazendo meu projeto e acreditaram em mim sempre.

Enfim, todas as pessoas a quem eu agradeço viram minha dedicação em relação aos estudos e me apoiaram em todos os momentos da minha vida.

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“Mas perfeito é aquele para quem todo solo é uma terra estrangeira. A alma frágil fixou seu amor em um ponto do mundo; o homem forte estendeu seu amor para todos os lugares; o homem perfeito extinguiu isso”.

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Nos últimos tempos o Turismo vem crescendo tanto no âmbito nacional como no internacional, gerando assim, oportunidades de negócios em diversas áreas. O presente estudo analisa a importância do seguro internacional e correlaciona-o com o intercâmbio, com o turismo e as relações internacionais. Para atingir seu propósito a análise será baseada desde antigamente, começando pelo turismo, mostrando a diversidade de oferta turística, analisar os tipos de turismo e em seguida o turismo internacional, para mostrar a importância e o porquê a demanda turística cresce cada vez mais rápido. No segundo momento, o intercâmbio mostrará sua relação com o turismo internacional, avaliando e medindo as questões da mobilidade estudantil, onde estudantes contratam um seguro onde não é suficiente se ocorrer algum acidente. Com o resultado, será possível avaliar qual a importância e o papel de contrato do seguro para intercambistas, na visão do turismo internacional.

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In recent times, tourism has been growing exponentially, both in Brazil and around the world, thus leading to a plethora of business opportunities in a multitude of different areas. The purpose of this study is to analyze the importance of international travel insurance and how it relates to exchange programs, tourism and international relations in general. In order to achieve its purposes, the analysis starts at the genesis of the activity, investigating tourism while delving into the diversity of tourist offerings, including types of tourism and international tourism, in order to demonstrate the importance of it as a business activity and why the demand for tourism has been increasing in recent times. Secondly, an analysis of exchange programs shows the relationship with international tourism by evaluating and measuring issues pertaining to student mobility, where students tend to take out insurance policies that are insufficient in the event they experience any kind of accident. As a result, it will be possible to evaluate how important it is for exchange students to take out insurance, from the standpoint of international tourism.

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OMT - Organização Mundial do Turismo

EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo

PROCON - Proteção e Defesa do Consumidor

PNMT - Programa Nacional de Municipalização do Turismo

ABAV - Associação Brasileira de Agência de viagens

BELTA - Brazilian Educational & Language Travel Association

UNESCO - United Nations Educational Scientific and Cultural Organization

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1 INTRODUÇÃO ...11

1.1 EXPOSIÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA...12

1.2 OBJETIVOS ...13 1.2.1 Objetivos gerais ...13 1.2.2 Objetivos específicos...13 1.3 JUSTIFICATIVA...14 1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...14 1.4.3 Caracterização da pesquisa ...15 1.5 ESTRUTURA DA PESQUISA...16 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...17

2.1 ASPECTOS DESTACADOS DO TURISMO E DO INTERCÂMBIO INTERNACIONAL...17

2.2 O TURISMO INTERNACIONAL...18

2.2.1 O conceito de turismo...19

2.2.2 Um escorço histórico do turismo internacional ...21

2.2.3 O turismo e as relações internacionais...22

2.2.4 O turismo cultural e o turismo educacional...24

2.3 A RELAÇÃO ENTRE O TURISMO E O INTERCÂMBIO INTERNACIONAL 27 2.3.1 O crescimento do intercâmbio como segmento do turismo internacional ...31

2.3.2 As experiências obtidas com o intercâmbio...32

2.3.3 Os tipos de intercâmbio...34

2.3.4 O surgimento das agências especializadas...37

2.3.5 A questão da mobilidade estudantil internacional...39

3 O CONTRATO DE SEGURO ...40

3.1 SEGURO COMO INSTITUIÇÃO ...40

3.1.1 Conceito de seguro ...41

3.1.2 História do seguro...42

3.2 O CONTRATO DE SEGURO NO INTERCÂMBIO INTERNACIONAL ...45

3.3 A IMPORTÂNCIA E O PAPEL DO CONTRATO DE SEGURO NO INTERCÂMBIO INTERNACIONAL ...46

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3.5 O PAPEL DO CONTRATO DE SEGURO PARA OS INTERCAMBISTAS....50 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...61 5 REFERÊNCIAS ...62

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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho pretende abordar a verdadeira importância do seguro internacional para os intercambistas, os contratos existentes e as diferenças entre assistência viagem e seguro viagem.

Como as relações internacionais e viagens internacionais, a comunicação entre países também passaram pelo processo de globalização, o que facilitou o acesso e contato das pessoas com as demais culturas e povos existentes no mundo, surgiram junto necessidades de segurança.

O turismo impulsiona a economia, este setor agrega a importância para a troca de informações e conhecimentos, pois somam experiências ao indivíduo que passa pelo contato de culturas diferentes da sua, principalmente em relação a formação intelectual. Por isso muitos estudantes optam pela modalidade de intercâmbio seja por curiosidade, por estudos ou estímulo social, conhecendo assim novas culturas e novas línguas.

A evolução histórica do turismo se sobressaiu alcançando seu esforço merecido em relação à economia, se tornando o principal ajudante para o crescimento do PIB. O turismo educacional vem sendo muito frequente em escolas e faculdades, a maioria dos estudantes estão querendo aprimorar sua cultura.

O intercâmbio tem cada vez mais importância na vida pessoal e acadêmica de um aluno, abrange sua cultura e seus conhecimentos, o fato de um estudante querer essa nova experiência se dá pelo seu sucesso obtido na maioria das vezes. Ao analisar o mercado como um todo existe uma realidade que mostra que algumas pessoas estão carentes de necessidades e desejos.

O seguro é a melhor forma de resolver algum imprevisto acontecido no exterior, para isto a obrigação de viajantes é ir a uma agência especializada de intercâmbio para ficar ciente de seu contrato de adesão, sua importância se dá em evitar problemas maiores na hora do sinistro.

Hoje a facilidade da comercialização de seguro é um ponto forte em quase todos os países, o contrato de seguro é um meio de o intercambista ficar ciente de quais são seus direitos, a leitura e o entendimento são primordiais para a efetividade.

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A transferência de risco é uma das contribuições do seguro para a sociedade quando comercializado, baseado nisto será observado à importância da contratação do seguro quando intercambistas resolvem fazer intercâmbio em prol de agregar seu conhecimento, planejando seu futuro com mais segurança.

EXPOSIÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA

O turismo vem sendo cada vez mais constantes em todo o mundo, e a sua contribuição para a economia é sempre relevante, pessoas que resolvem viajar seja por lazer, passeio e conhecimento de novas culturas tem o intuito de aprimorar seus conhecimentos e obter novas experiências.

Mas durante esta viagem pode acontecer algum imprevisto, por mais programada que seja sempre há algum risco de contratempos, para isto precisa-se contratar um meio de prevenção, e o seguro é o melhor meio de tranquilidade e pode diminuir os transtornos ocorridos. Porém além de contratar o seguro, o primordial é saber quais são seus direitos e deveres para não ser enganado.

Há algumas formas de se contratar e comercializar o seguro, sendo exigidos alguns itens necessários. O estudo mostrará as diferenças de assistência viagem e seguro viagem, cada uma tem uma especialidade e dependendo da situação existe uma opção mais adequada da segurança internacionalmente.

Esta problemática foi escolhida por ser um tema não muito divulgado, causando assim dificuldades na pesquisa. E por ter experiência na área de seguros do Banco Bradesco SA, sabe-se que na hora da comercialização o segurado quer gastar menos e acaba contratando um seguro mais precário, e na hora do sinistro a seguradora é alvo de especulações negativas.

Os temas abordados neste trabalho são de suma importância para o intercambista na hora de sua viagem, para isto, seu papel, as diferenças entre assistência e seguro viagem no intercâmbio internacional, e o conhecimento dos contratos de seguros serão esclarecidos, trazendo relevância no propósito de esclarecer aos intercambistas todas as dúvidas referentes ao seguro e sua contratação.

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Academicamente servirá como aprendizagem e poderá ajudar na viagem de alunos da instituição para fora do país com intuito de conhecer novos horizontes, não haver contratempos que possam arruinar seu intercâmbio, demonstrando assim, a verdadeira importância do seguro internacional para intercambistas.

OBJETIVOS

A seguir, serão descritos o objetivo geral e os objetivos específicos que norteiam a confecção desta pesquisa.

1.2.1 Objetivos gerais

Demonstrar a importância e as especifidades do seguro no intercâmbio internacional.

1.2.2 Objetivos específicos

a) Compreender o fenômeno do turismo internacional;

b) Entender a relação entre turismo e intercâmbio internacional;

c) Vislumbrar o contrato de seguro no intercâmbio internacional e especificar as diferenças em relação ao contrato de seguro e assistência de seguro;

d) Refletir acerca da importância e o papel do contrato de seguro no intercâmbio internacional.

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JUSTIFICATIVA

Esta pesquisa tem como foco não apenas o estudo acadêmico que visa à conclusão do curso de Relações Internacionais, mas também agregar para inter cambistas as formas de segurança para poder viajar tranquilo. Com o passar dos anos, cada vez mais estudantes e turistas estão querendo viajar para outro país em prol de conhecer novas línguas, culturas e experiências, e com isto o intercâmbio vem sendo mais frequentes e comuns nos dias atuais. A maioria das pessoas busca o intercâmbio como uma forma de aprimorar seu inglês e ter experiência a fim de ampliar a visão do mundo.

Para a segurança de turistas nos países estrangeiros, existe uma única forma de evitar algumas tragédias e o seguro internacional de viagens é a forma mais qualificada na hora do sinistro. O fato do intercambista não estar no seu país de origem torna tudo mais difícil. A contratação do seguro internacional permite tranquilidade durante a viagem, minimizando incômodos, pois o risco é compartilhado entre terceiros, reduzindo as preocupações durante o sinistro e guiando o segurado durante todo o seu percurso.

A motivação pelo tema foi à experiência na área de seguros no Banco Bradesco S/A e com base nas reclamações existentes por viajantes e intercambistas enquanto praticante da área.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Neste momento será apresentada a metodologia desenvolvida no trabalho, a forma utilizada para a obtenção e coleta de dados para a construção do estudo, com embasamento teórico, para o melhor entendimento do leitor.

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1.4.3 Caracterização da pesquisa

Para uma pesquisa ser caracterizada cientifica e válida é necessário que seja baseado em fundamentos teóricos e em reflexão sólidas já existentes. Estes fundamentos irão organizar e planejar o estudo.

Como mencionado antes, o presente trabalho é um estudo sobre o seguro internacional para intercambistas, que tem como objetivo analisar a importância e o papel do contrato de seguro internacional para os intercambistas.

Quanto a natureza a pesquisa foi definida como básica e qualitativa, pois o estudo tem como o propósito de preencher lacunas de conhecimentos, e é classificado conforme o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e tecnológico como da área de ciências sociais aplicadas pois tem sua função de objetos de estudo e dos procedimentos metodológicos (GIL, 2010 p.26).

Para poder responder ao problema é necessário que o leitor se familiarize com o assunto proposto, sendo assim a revisão bibliográfica propõe dar inicio a evolução histórica do turismo, sua relação com o intercâmbio, os contratos existentes e a sua importância de contratar um seguro no intercâmbio, estes capítulos possuem finalidades exploratórias, pois segundo Gil (2010, p. 27) “é possível identificar pesquisas bibliográficas, estudos de caso e mesmo levantamentos de campo que podem ser considerado estudos exploratórios”.

Os capítulos sobre a evolução teórica do turismo e seus aspectos são de finalidades descritivas, pois tem como objetivo descrever a evolução do turismo, e também acabam por proporcionar uma nova visão do problema. Já os tópicos sobre o contrato de intercâmbio e de seguro internacional, e a importância e o papel do contrato de seguro no intercâmbio internacional possuem finalidade explicativa, pois irão responder a pergunta da pesquisa. (GIL, 2010, P. 28)

Os capítulos são enumerados na sequência para facilitar o raciocínio dedutivo do leitor e relacionar os tópicos dos assuntos ao objetivo geral e aos objetivos específicos e ao problema.

O desenvolvimento de uma pesquisa é a atividade que oportuniza a formação de pensamentos lógicos, críticos, capazes de estabelecer relações entre os

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conhecimentos concedidos por cada indivíduo, capaz de formar o crescimento intelectual a partir da sua prática (PÁDUA, 2004, p.38).

Quanto aos objetivos a pesquisa foi definida como bibliográfica, ou seja, a partir de artigos e materiais já publicados anteriormente, esta pesquisa é constituída basicamente de livros, artigos, monografias sobre o tema em questão. Ainda como meio de investigação foram utilizados os materiais disponibilizados na internet como a ABAV (Associação Brasileira de Agências de Viagens); o Ministério de turismo entre outros. No capítulo dos contratos de intercâmbio e de seguro internacional a pesquisa é documental, pois são utilizados documentos tais como legislação, como dados que foram tirados do site do Ministério do Turismo. (SEVERINO, 2007, p.22).

ESTRUTURA DA PESQUISA

A estrutura da pesquisa está dividida em quatro seções. A primeira é a dos elementos pré-textuais e introdução que norteiam o leitor sobre o que encontrará no trabalho dando uma visão geral do tema no intuito de buscar as respostas necessárias e os objetivos do trabalho.

A segunda inicia o referencial teórico e foi dividido em oito subcapítulos. Este capítulo vai introduzir o leitor sobre a evolução teórica do turismo, seus conceitos, o turismo nas relações internacionais e a diferença entre turismo cultural e educacional. O próximo capítulo irá mostrar a relação entre o turismo e o intercâmbio internacional, juntamente com seu crescimento reconhecido no segmento internacional. Após o leitor irá ficar ciente do contrato de intercâmbio e de seguro dentro do intercâmbio, e qual a importância e o papel do contrato de seguro no intercâmbio internacional. Esta sequência vai familiarizar o leitor com o assunto e responder ao problema e aos objetivos propostos da pesquisa.

A terceira é a parte composta pelas considerações finais concluindo-se o assunto abordado neste trabalho.

A quarta e última parte é composta pelas referências bibliográficas mostrando quais foram as fontes utilizadas pelo autor para a obtenção deste trabalho.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A globalização tem tomado conta do mundo todo, e com ela vem junto a facilidade das comunicações entre pessoas de países diferentes, o turismo foi uma das primeiras formas de trocas de informações entre países, com ele, a facilidade de conhecer novos horizontes foi só se aprimorando. Hoje são os estudantes que estão cada vez mais frequentes em outros países, querendo aprimorar seus conhecimentos, seus estudos, e até mesmo sua cultura, assim são chamadas viagens de intercâmbio.

ASPECTOS DESTACADOS DO TURISMO E DO INTERCÂMBIO INTERNACIONAL

O turismo teve início quando o homem deixou de ser sedentário para explorar e conhecer novas terras, para posteriormente explorá-la. Os maiores motivadores e responsáveis por estas viagens era a religiosa, por motivo das Cruzadas, turismo de saúde, quando viajavam para visitar as terras religiosas e por fim o turismo esportivo, com intuito de práticas os jogos da época, e nota-se que o turismo vem sendo explorado há anos (IGNARRA, 2003, p. 2).

No Brasil a história do turismo acontece pelas viagens exploratórias, após algumas instalações, o turismo de negócios entrou em alta, assim a necessidade das viagens de intercâmbio cultural, quando os filhos das classes mais elevadas eram mandados para outros países para estudar (IGNARRA, 2003, p. 6-7).

Desde 1950 que o turismo internacional vem crescendo ininterrompidamente no mundo todo, neste mesmo ano já havia milhões chegadas internacionais de turistas. A Europa em 1998 foi a que liderou, marcando neste ano 60% de todas as chegadas internacionais (MEDLIK, 2003, p. 5-7).

A Europa continuou liderando na questão das chegadas internacionais ainda por muitos anos, e ainda é o centro do turismo internacional. No turismo o enfoque da sua procura se dá por alguns fatores, “elevar a receita real, expandir gastos criteriosamente, aumentar o tempo de lazer, oferecer meios de transportes mais

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rápidos e baratos, e fazer ampla divulgação através da mídia impressa e televisiva e da internet”, consequentemente aumentará sua demanda (MEDLIK, 2003, p. 15).]

O turismo só tende a crescer, e sua consequência só será positiva para os países, pois a economia crescerá junto, assim, a demanda e a hospitalidade aumentará. Enquanto a tecnologia e as descobertas vão se proliferando, não haverá diminuição nas procuras por viagens, pois a internet tem a facilidade de compras, de preços, de todo o pacote sem precisar fazer esforço.

O TURISMO INTERNACIONAL

Em relação ao turismo, que há trinta anos modificou-se por ter a evolução histórica rápida, é um setor que tem se mostrado cada vez mais “moderno e atrativo” na economia globalizada, o seu desenvolvimento tecnológico tem avançado a cada ano e une o mundo pela modernização destas descobertas (THEOBALD, 2001, p. 15-16).

A sua forte influência tem sido reconhecida por governos, e tem sido alimentada pelo fato de aumentar a renda, de contribuir para o bem-estar pessoal, de proporcionar paz entre as nações, na criação de emprego, e realização de fatores como a diminuição do stress e a realização de fatores como o lazer. (MIDLIK, 2003, p.5)

O turismo que se conhece hoje nasceu no século XX, e teve início na Inglaterra após a Revolução Industrial. Nos tempos antigos, viajantes eram apenas os ricos aristocratas e funcionários de alto escalão. O desenvolvimento e a aceleração do turismo se deram por conta de transformações sociais, políticas e econômicas que revelou a aceleração das comunicações e diminuíram as distâncias de maneira significativa (THEOBALD, 2001, p. 27).

No Brasil antigo, a política de transporte sempre foi mais voltada para a expansão de ferrovias onde na maioria das vezes eram feitas por trocas de mercadorias entre países, após muitas reclamações como a segurança e suas sinalizações, o setor que ganhou notoriedade foi o aéreo, que se percebeu sua importância na atividade turística brasileira e com isso as agências especializadas tornaram as passagens mais acessíveis (SILVA, 2004, p. 15-17).

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Segundo Barretto (1995, p. 53):

No século XIX, surgiram as primeiras viagens organizadas, amparadas pelo trabalho de um agente de viagens. Neste período, a atividade turística nacional foi marcada pelas viagens de trem e a internacional pelas viagens de navio. Com o avanço dos modos de produção, melhora dos meios de transporte e a vida nas cidades, o turismo ganhou força e se tornou um fenômeno mundial de massas, que continua a crescer até hoje.

As viagens educativas possuem diversas denominações, no Brasil normalmente os nomes mais comuns para este tipo de turismo são Turismo Educacional, Turismo de Intercâmbio, ou Turismo Educacional-científico, já nos países como Argentina e Uruguai os termos são Turismo Universitário, turismo Pedagógico, Turismo Científico, e Turismo Estudantil (BRASIL, 2010, p. 15).

2.2.1 O conceito de turismo

Alguns autores procuram diferenciar turismo do modo de pensar de cada um, o turismo engloba variados e diferentes conceitos que distinguem de outros setores. Não existe forma correta de se definir o turismo, existem múltiplas definições, cada uma dela diferenciando um aspecto de alguma maneira para aprofundar seu conhecimento.

Para a OMT – Organização Mundial do Turismo, o turismo é definido como “o deslocamento para fora do local de residência por período superior a 24 horas e inferior a 60 dias motivados por razões não econômicas” (IGNARRA, 1999, p. 23), porém alguns anos depois surgiram algumas alterações perante este conceito, definiu-se então o turismo como “fator que engloba atividades das pessoas que viajam e permanecem em lugares fora de seu ambiente usual durante não mais do que um ano consecutivo, por prazer, negócios ou outros fins” (IGNARRA, 2003, p.11).

O conceito acima somente se aperfeiçoou no fator do tempo, quando as pessoas permanecem fora de seu país de residência, anteriormente não poderia ser maior que 60 dias, e agora poderia ser até de um ano, e ainda estabeleceram-se algumas alterações no que se refere às razões que estiveram fora.

Aguiar (2002, p. 23) explica ainda outra forma de pensar a respeito do conceito, formulou-se o seguinte pensamento:

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O conjunto de viagens cujo objetivo é o prazer, motivos comerciais, ou profissionais ou outros análogos e durante os quais a ausência de residência habitual é temporária. Não é denominado turismo as viagens realizadas para deslocar-se para o local de trabalho.

Outra forma de definir o turismo foi:

O turismo é um fenômeno social que consiste no deslocamento voluntário e temporário de indivíduos ou grupos de pessoas que, fundamentalmente por motivo de recreação, descanso, cultura ou saúde, saem de seu local de residência habitual para outro, no qual não exercem nenhuma atividade lucrativa nem remunerada, gerando múltiplas inter-relações de importância social, econômica e cultural (LA TORRE apud IGNARRA, 1999, p. 23).

Barretto (1995) ainda lembra que os elementos mais importantes são o tempo de permanência, o caráter não lucrativo da visita, a procura do prazer por parte dos turistas. O turismo é uma atividade em que a pessoa procura prazer por livre e espontânea vontade.

Como se vê, o conceito diferenciado dos autores leva a ter ideia de que o conceito de turismo é muito complexo para a OMC, o principal conceito depende principalmente da distância de seu local de residência, já para o segundo autor, o turismo é atendido pela necessidade e pelo prazer de se deslocar, e para o ultimo autor, o conceito pode ser classificado como um descanso, cultura ou saúde, agregado também ao deslocamento.

De acordo com estas definições, é importante ressaltar que o turismo integra variados motivos, sejam para lazer, visita a familiares, ou até mesmo saúde e religião. O fator que se destaca nos três conceitos, é que o turismo é a forma de se deslocar de diferentes formas do seu local de residência.

Ainda que para muitas pessoas, viagem seja confundida com turismo, existem algumas diferenças nessas duas especificações. O Turismo diz respeito a todo o pacote, e inclui a viagem apenas como uma parte. Por exemplo, as viagens de negócios, viagens de estudo, viagens para visitar parentes em ocasiões especiais, como doença ou morte, podem ser mais que um prazer, um compromisso social (BARRETTO, 1995).

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2.2.2 Um escorço histórico do turismo internacional

O turismo internacional compreende-se por ser “realizado entre países, receptivo e emissor”, e são atraídos pelas ofertas de outros países (DIAS, AGUIAR; 2002, p. 28).

Segundo Barretto (2003, p. 71), “o turismo é uma atividade que tem uma relação dialética com a sociedade. Do seu ponto de vista, o turismo pode ser uma atividade e gerador de riqueza dependendo da estrutura social do país e da região”.

No mundo globalizado, existem vários setores que se beneficiam com o turismo como um todo, o turista ajuda o país em diferenciados aspectos, um deles é o desenvolvimento do país, quanto mais consumidores, melhorias existirão e passarão a ser prioridade para o governo, outro e não menos importante é que o turismo é o responsável por movimentar milhões de pessoas, e pode ainda ser o gerador de renda e emprego (BARRERO, 2002, p. 72).

Barretto (2003, p. 72) salienta ainda que o turismo tem efeitos econômicos diretos e indiretos na economia de um país:

Os diretos são resultantes da despesa realizada pelos turistas, é quando o turista pagou diretamente por alguma coisa dentro dos próprios equipamentos turísticos do país, e o indireto são os fatores resultantes da despesa efetuada pelos turistas com equipamentos e prestadoras de serviços, dinheiro trazido pelo turista, porém está sendo gasto com quem está trazendo o turista em primeira mão.

Turismo internacional tem sido relevante desde a antiguidade, e é o grande responsável pelo desenvolvimento econômico de diversos países, por gerar um grande volume de empregos, renda e investimentos e ainda possuir elevadas taxas de crescimento nas últimas décadas (IGNARRA, 2002, p. 26).

A OMT (Organização Mundial de Turismo) sucinta que por causa das políticas de turismo, a estatística de crescimento internacional vem aumentando gradativamente (IGNARRA, 1999, p. 27).

De acordo com Silva (2004), o grande acontecimento para que o progresso de viagens internacionais acontecesse ocorreu na década de 50, quando neste ano a introdução do avião a jato no transporte comercial de passageiros apareceu, assim, as pessoas conseguiram viajar para lugares mais longes e com mais facilidade (SILVA, 2004, p. 15).

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Porém, não foi somente este fator que fez as viagens ficarem mais constantes, há alguns outros fatores responsáveis por este crescimento significativo do turismo internacional acontecer, são eles os mais importantes: “barateou a passagem aérea, houve desenvolvimento dos transportes, intensificou o processo de urbanização, facilitou a comunicação, o tempo despendido nos transportes urbanos, a poluição, a violência urbana, entre outros“, estes são os fatores pragmáticos para que as pessoas levassem a dar tanta importância ao turismo, por principalmente facilitar a transação de pessoas no mundo e faz o crescer rapidamente (SILVA, 2002, p. 28- 30).

Ainda no que se concerne ao crescimento em relação ao turismo internacional, segundo Cooper et al. (2003, p, 100), acreditam que após a Segunda Guerra Mundial, houve um “rápido crescimento em relação ao turismo em todo o mundo”. Ainda acreditam que após este acontecimento, o turismo internacional ganhou espaço, pois a população começou a ter mais tempo e dinheiro para viajar, e outro fator que ajudou foi a chegada do avião a jato e a queda do combustível (COOPER et al., 2003).

Os incentivos dados pelo governo foram os responsáveis para segmento do turismo virar imprescindível para um país, com o aumento frequente e o desenvolvimento gradativo, quem saiu ganhando foi à economia dos países, quanto mais investimento, o lucro subirá consequentemente. (THEOBALDI, 2001, p. 359).

2.2.3 O turismo e as relações internacionais

Segundo a Organização Mundial do turismo (OMT), o turismo no mercado de viagem representa 30% das exportações mundiais de serviços, e na categoria exportação o turismo está em 4º lugar, perdendo apenas para os combustíveis, produtos químicos e automóveis. Estes dados justificam o poder da atividade turística em gerar emprego e renda, e embora a crise econômica de 2009 tenha afetado os negócios do turismo, a atividade ainda tem uma representação muito alta no mercado mundial, em torno de 900 bilhões de dólares (OMT, 2003)

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A evolução da atividade turística esteve sempre interligada às “transformações sociais, econômicas, políticas e tecnológicas verificadas na historia do turismo”. (RABAHY, 1990)

No âmbito social, por exemplo, veio à modernização das leis trabalhistas, com direito as férias remuneradas, fazendo com que trabalhadores europeus de todas as classes sociais tivessem a possibilidade de viajar (BARRETTO, 2003).

Já no âmbito econômico, a qualificação da distribuição da renda e seu aumento, e as amplas camadas de população junto com seu desenvolvimento econômico, ajudou na contribuição para o aumento da atividade turística (RUSHMANN, 2003).

No âmbito político, a internacionalização da economia e a interdependência no comercio internacional contribuíram para a formação de mercados globais de consumo de massa, incrementando diversas atividades internacionais e assim, consequentemente as atividades turísticas (BARRETTO, 2003).

Quanto ao âmbito tecnológico, o desenvolvimento dos meios de comunicação e a modernidade dos meios de transportes estimularam uma variedade de produtos turísticos disponíveis no mercado internacional, para dar suporte à demanda de viagens internacionais (COOPER, 2001). A tecnologia e o desenvolvimento avançado do transporte ferroviário e rodoviário, posteriormente do transporte aéreo, à distância e o tempo encurtaram e facilitaram o acesso de maior número de pessoas viajando para o mundo todo (RABAHY, 1990).

A partir destas transformações, conhecido como análise de STEP (Sociais, Tecnológicos, Econômicos e Políticos), foi onde a questão da quebra de barreiras internacionais começaram a ser quebradas, e foi onde a atividade turística se expandiu rapidamente e ganhou ainda mais força (COOPER, 2001).

A visão econômica da Organização Mundial do Turismo (OMT) avalia que, a partir de 1950, quando as viagens internacionais tornaram-se mais atrativas a um maior número de pessoas, foi que a chegada de turistas internacionais aumentou, e consequentemente as receitas do país geraram lucros (OMT, 2003).

Em visão geral dos autores que discutem o turismo internacional e sua demanda, a previsão é altas taxas de crescimento, segundo Cooper (2001, p. 453-454) em 2020 a estimativa de crescimento será de 1,6 bilhões de viagens turísticas internacionais, tanto para o turismo internacional quanto ao turismo doméstico, a expectativa é só positiva, pois este crescimento contínuo nas regiões do leste da

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Ásia e Pacifico resultaram nas transformações destas nações emergentes na questão da receptividade da atividade turística, assim, fica visível, que a demanda turística continuará a ser influenciada e conduzida pelas mudanças econômicas e políticas em termos globais.

Nas relações internacionais, o turismo tornou-se o principal aliado e o principal item de exportações mundiais, desde 1993 (ABAV, 2003), os derivados de petróleo, automóveis e eletrônicos tem se sobressaído. O turismo é a atividade econômica que mais cresce, em relação à representação do total de impostos, ele responde cerca de 20% do total de impostos pagos no mundo e 13% de todos os gastos mundiais (SILVA, 2003, p. 26).

O Brasil recebe cada vez mais turistas internacionais, os argentinos são os visitantes mais assíduos, e ajudam diretamente para a economia do país. E para melhorar o produto turístico do país, resolveu-se montar programas que tinham como objetivo a valorização do mercado nacional, e então se criou o PNMT (Programa Nacional de Municipalização do Turismo) em 1996 pela EMBRATU, com objetivo de desenvolver de forma sustentável o turismo, sendo uma tentativa de criar um consenso de propostas para o desenvolvimento local (DIAS, 2003).

2.2.4 O turismo cultural e o turismo educacional

A definição de cultura convoca diversas questões. Mesmo não pretendendo avaliar ou discutir o termo cultura, a mesma pode ser vista como sendo “um veículo ou um meio pelo qual se dá o relacionamento dos indivíduos no interior dos grupos e entre estes. Envolve o pensar, o agir, o viver, revelando a identidade de um povo” (COOPER, 2001, p. 212).

Barretto (2000, p. 19) define turismo cultural como “aquele em que o principal atrativo não seja a natureza, mas abranja algum aspecto do ser humano, podendo ser história, cotidiano, artesanato, entre outros aspectos que o conceito de cultura engloba”.

O turismo cultural, para o Ministério do Turismo (2008, p. 16), fundamenta-se em dois pilares: “a existência de pessoas motivadas em conhecer culturas diversas e a possibilidade do turismo servir como instrumento de valorização da identidade

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cultural, da preservação e conservação do patrimônio e da promoção econômica de bens culturais”.

O Ministério do Turismo (2008, p. 16) também define turismo cultural como sendo “as atividades turísticas relacionadas à vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura”.

Ressalta-se que as características básicas do turismo cultural “não se expressam pela viagem em si, mas por suas motivações, cujos alicerces se situam na disposição e no esforço de conhecer, pesquisar e analisar dados, obras ou fatos, em suas variadas manifestações” (ANDRADE, 1998, p. 71).

Turismo cultural, de acordo com o SEBRAE (apud FERREIRA, 2012, p. 6), é aquele que:

[...] permite o acesso ao patrimônio cultural, ou seja, à história, à cultura e ao modo de vida de uma comunidade. São inúmeros os motivos que levam as pessoas a praticar o turismo cultural, podendo ser a gastronomia, o artesanato, as festas folclóricas, cidades históricas, entre outros.

Ainda, para Ferreira (2012, p. 6), o turismo cultural não busca somente o lazer, o repouso e a boa vida. Caracteriza-se também e principalmente:

[...] pela motivação do turista em conhecer regiões onde o seu alicerce está baseado na história de um determinado povo, nas suas tradições e nas suas manifestações culturais, históricas e religiosas, além da busca de enriquecimento do seu intelecto de uma maneira. [...] as vantagens do turismo cultural são diversas, como preservação do patrimônio cultural, valorização da cultura local do meio receptor, intercâmbio cultural, melhoria na infraestrutura da cidade turística, geração de empregos, etc.

A definição de Turismo Cultural relaciona-se à motivação do turista, especificamente a de vivenciar o patrimônio histórico e cultural e determinados eventos culturais, de modo à experienciá-los e preservar a sua integridade. Vivenciar implica, segundo Andrade (2002, p. 95) essencialmente:

[...] em duas formas de relação do turista com a cultura ou algum aspecto cultural: a primeira refere-se ao conhecimento, aqui entendido como a busca em aprender e entender o objeto da visitação; a segunda corresponde a experiências participativas, contemplativas e de entretenimento, que ocorrem em função do objeto de visitação.

Ainda, para Andrade (2002, p.71) turismo cultural:

É típico, pois se efetua de maneira diversa da dos demais tipos de turismo, que geralmente se caracterizam pela permanência da preocupação e das atividades que se traduzem em lazer, repouso e descompromisso. Além disso, é forma de turismo itinerante intensivo, pois se constitui de viagem maior, durante a qual realizam-se pequenas viagens ou viagens suplementares ou de complementação, em único país ou região ou em países e regiões diferentes.

(27)

O turismo cultural faz-se através de visitas a ruínas, castelos, museus, shows musicais, festivais, teatros, concertos, manifestações folclóricas, convívio com comunidades distintas, entre outros. Ademais de proporcionar um ganho em conhecimento educacional e cultural, permite que se entre em contato com diferentes hábitos e costumes, fazer novas amizades, bem como mudar significativamente a forma de pensar e interpretar a própria realidade (COOPER, 2001).

Ressalta-se que, quanto mais informações obter-se sobre um destino turístico antes de realizar a devida viagem, segundo Freire (1998, p. 57):

[...] melhor poderá o turista “extrair” conhecimentos durante a viagem, porque este irá “enxergar” mais. [...] qualquer pessoa que se aventure em um lugar exótico é porque já viu, leu e ouviu o suficiente para se apaixonar pela idéia de conhecer este lugar. Pessoas normais costumam viajar única e exclusivamente para confirmar antigas expectativas sobre os lugares que estão indo conhecer.

O turismo cultural, de acordo com o Ministério do Turismo, é “a atividade turística relacionada à vivência do conjunto de elemento significativa do patrimônio histórico e cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura” (BRASIL, 2008).

Já o turismo educacional, compreende programas sobre os quais os participantes viajam para “um determinado sítio em grupo com a principal finalidade de terem uma aprendizagem relacionada com o sítio [...]. Com este tipo de turismo pretende-se que o indivíduo mude os seus conhecimentos, capacidades e comportamentos” (SILVA, 2013, p. 27).

Segundo o mesmo autor, o turismo educacional depende:

[...] da segmentação dos indivíduos, tendo em conta alguns fatores. Em termos demográficos, importa destacar a idade, o género, a educação, ocupação, as origens e o grupo com que a pessoa viaja. Interessa, também, a segmentação do comportamento de viagem, tendo em consideração as experiências passadas, o planeamento da viagem, a duração da estadia e os padrões de viagem. Outros aspetos a ter em conta devem ser as motivações e as percepções (expectativas, preferências, recomendações) do indivíduo (SILVA, 2013, p. 28).

Quando um indivíduo decide ir para um país desconhecido, o mesmo vai desenvolver o denominado “contato intercultural. Este diz respeito à interação e comunicação entre pessoas de culturas diferentes. São várias as teorias elaboradas com o intuito de perceber melhor a forma como indivíduos de culturas diferentes comunicam, interagem e veem o mundo” (SILVA, 2013, p. 30).

(28)

Para a EMBRATUR (2008), o seu objetivo principal é “aumentar o número de intercambiários e fomentar o turismo internacional”, este objetivo é principalmente fazer com que o Brasil seja um dos destinos principais de intercâmbio e estudos neste âmbito educacional. Referente à receptividade de estrangeiros, os norte-americanos são os segundos maiores emissores de visitantes no Brasil, aumentando entre 2003 a 2005 em 28% a porcentagem.

O turismo educacional ajuda o profissional ou estudante a aprimorar seus conhecimentos, principalmente de novas línguas e idiomas e novas culturas, e é o principal motivo que os levam a fazer os intercâmbios e a estudar no exterior. Em 2012, segundo a BELTA (2013) em 2012, 175 mil viajaram para outros países em buscas destes objetivos.

A procura do intercâmbio estudantil vem aumentando a cada ano, e segundo a coordenadora da Belta, Maria Aparecida Barbo, o Canadá é o primeiro lugar procurado por eles, desejando aprimorar a qualificação profissional (BELTA; 2013).

Depois do Canadá, os Estados Unidos e o Reino Unido são os destinos preferidos, conforme a pesquisa, esses destinos indicam que o inglês é o idioma que os brasileiros mais buscam aprender. (EBC, 2013)

2.3 A RELAÇÃO ENTRE O TURISMO E O INTERCÂMBIO INTERNACIONAL

Uma viagem envolve uma determinada cadeia de motivações culturais, humanísticas sociais e econômicas. As motivações para um indivíduo programar e realizar o turismo vão desde descanso, integração social, comunicação, descobertas, ampliação de horizontes intelectuais, entre outras (KRIPPENDORF, 2009).

Em 1949, em Berlim, que a paz mundial foi à preocupação de jovens estudantes que buscavam a harmonia entre países para melhor “convivência pacífica” mundial, foi então que foi criado o primeiro grupo que viajaria pelo mundo por esta busca. O grupo se identificou com o nome de ICYE (Internacional Christian Youth Exchange), e acreditavam que no mundo pós-guerra, a viagem para outro país e faria melhorar a imagem dos alemães. (SEBBEN, 2001, p.15-16)

(29)

[...] foi somente entre 1950 e 1970, com o advento do turismo de massa, que o setor se consolidou no cenário econômico mundial. Os destinos mais procurados eram América do Norte (mais especificamente Estados Unidos) e Europa. Em 1960, o continente europeu recebeu mais de 70% do total dos turistas do mundo.

O setor cresceu expressivamente, aumentou o número de serviços e melhorou a qualidade das atividades (hospedagem, transporte, alimentação, atrativos). Apareceram inúmeras novas cadeias hoteleiras bem como empresas de publicidade especializadas, dando ênfase ao conceito de produto turístico. A tecnologia, o entretenimento e a comunicação são fatores significativos para o turismo. O novo turista apresenta um perfil ensejando respostas para a educação, independência, conscientização e reconhecimento cultural (POON, 2007).

Nesse contexto encontra-se a segmentação do turismo, o que para Tomazzoni e Oliveira (2013, p. 394), apresenta-se:

[...] como estratégia de marketing para desenvolvimento de destinos. Para Ansarah (2005), a segmentação turística é resultado do processo de surgimento de novos grupos de turistas, que se classificam por suas características, preferências, nível social, econômico e cultural e por suas experiências de viagens.

Para Cobra (2001, p. 160), a segmentação de mercado é:

[...] uma técnica para agrupar consumidores com comportamentos de compra semelhantes para realizar esforços concentrados. O segmento de mercado bem definido possibilita a eficácia da aplicação dos instrumentos de marketing, otimizando recursos de se observar o mercado para subdividi-lo da maneira mais adequada.

As empresas especializadas devem se atualizar e se adaptar para poderem ofertar a certos segmentos turísticos, ações de marketing totalmente adequadas para a conquista de novos clientes e manutenção de sua base de dados cadastrada. O turista da atualidade tornou-se exigente, e possui mais acesso à informação, donde as ofertas devem se adaptar, no intuito de atender seus desejos (PANOSSO NETTO; ANSARAH, 2009).

Para Madia (2007, p. 239), “quanto mais globais somos, mais individuais e específicos nos revelamos em nossos comportamentos de compra. E, por isso, empresas buscam a segmentação e a customização”. De acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT, 2007, [s.p.]), “sociodemografia, tipologias de viagens, motivações e estilos de vida são fatores importantes da segmentação turística”.

(30)

Tais conceitos aplicam-se aos programas de intercâmbio, que de acordo com Rabahy (2003, p. 121):

[...] o turismo contribui para o intercâmbio tecnológico e cultural entre países e regiões, e, nesse sentido, os contatos pessoais entre turistas e residentes proporcionam interação cultural e sociológica. Essa experiência vivida pelo turista pode constituir-se em fator de atração para novas viagens e para indicações a outros viajantes.

Afora objetivos e motivações do intercambista, o intercâmbio, conforme Tomazzoni e Oliveira (2013, p. 394) constitui-se em:

[...] experiência turística cultural e educacional. Nesse sentido, a definição de turismo cultural é complexa, em razão da profundidade antropológica do conceito de cultura. Basicamente, cultura é o conjunto de características históricas, ambientais, sociais, políticas, econômicas, comportamentais, que diferenciam os povos e os grupos sociais. As mudanças de visões, de mentalidades e de comportamentos por meio da interação entre pessoas de culturas diferentes são definidas como interculturalismo [...]. Viajar, observar, vivenciar outros destinos e outras culturas implica conviver com modos de vida diferentes e ensina a respeitar valores e a administrar conflitos, reconhecendo a alteridade, por meio do acolhimento e da mútua preservação de identidades.

Nesse contexto, o turismo cultural “compreende as atividades turísticas relacionadas à vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura” (BRASIL, 2012, [s.p.]).

O turismo é uma prática de viagens com interesses e finalidades. No contexto de especialização, destacam-se as viagens de caráter pedagógico. Possui como objetivo a aplicação de conceitos e teorias das mais diversas áreas do conhecimento. Dessa forma, o desenvolvimento intelectual, moral e profissional, possui analogia ao conceito de turismo de intercâmbio (FERREIRA, 2009).

Para o Ministério do Turismo, o segmento de turismo de intercâmbio caracteriza-se pela “movimentação turística gerada por atividades e programas de aprendizagem e vivências para fins de qualificação, ampliação de conhecimento e de desenvolvimento pessoal e profissional” (BRASIL, 2012, [s.p.]).

O turismo de intercâmbio tem como prática ser feito por jovens estudantes, objetivando “realizar cursos ou aprender idiomas em outros países. Os estudantes hospedam-se em casas de famílias e freqüentam cursos em escolas regulares. Alguns preferem frequentar escolas especializadas no ensino de idiomas para estrangeiros” (TOMAZZONI; OLIVEIRA, 2013, p. 395).

Sobre o intercâmbio, conforme Giaretta (2003, p. 34), o mercado convencionou ser “toda e qualquer viagem de estudos de idiomas, cursos de áreas

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específicas, estágios no exterior, trabalho remunerado, ou seja, toda e qualquer viagem com a função de agregar algum conhecimento”.

Com a globalização e o avanço da comunicação através das tecnologias das redes informacionais:

[...] as pessoas são motivadas a realizar experiências de viagens internacionais. Entre os intercambistas de várias faixas etárias, estão principalmente os jovens, cujo interesse é agregação de cultura e de conhecimento, além do aprendizado e da prática de idiomas para ascensão no mercado de trabalho [...]. O intercambista desfruta também de atrativos, utiliza equipamentos e consome serviços, movimentando o turismo do destino [...], o intercâmbio é laboratório para testar e desenvolver a capacidade de enfrentar problemas por conta própria, em ambiente desconhecido (TOMAZZONI; OLIVEIRA, 2013, p. 395).

Os mesmos autores diferenciam intercâmbio cultural de intercâmbio educacional. O intercâmbio cultural “abrange programas que promovem respeito e entendimento das diversidades, cujos exemplos são os programas voluntários, em prol de causas sociais”. Intercâmbio educacional “oferece, além de troca de informações, conhecimentos, experiências e desenvolvimento profissional ou acadêmico” (TOMAZZONI; OLIVEIRA, 2013, p. 395).

Dreher e Poutvaara (2005) constataram que, em muitos casos, os intercambistas tornam-se imigrantes no país de destino. Na opinião dos autores, os países devem investir para atrair estudantes que se tornem imigrantes, estrategicamente valorizando o capital humano nacional. O fluxo de estudantes imigrantes representa ganhos em produtividade no trabalho e estabelecimento de redes acadêmicas e de negócios dos países desenvolvidos.

Para Stalivieri (2009 apud TOMAZZONI; OLIVEIRA, 2013, p. 395), o nível de competência intercultural e as habilidades de comunicação global são significativamente essenciais “para o sucesso do intercâmbio internacional. Tanto o estudante quanto as universidades devem dedicar-se ao desenvolvimento dessas habilidades e à motivação para a realização da experiência de conhecer culturas de outros países”.

E, segundo Bett (2012 apud TOMAZZONI; OLIVEIRA, 2013, p. 395) em prol da falta de clareza dos estudantes em relação ao intercâmbio, o mesmo “destaca a necessidade de oferta de preparação intercultural dos estudantes pelas instituições acadêmicas, visando ao melhor aproveitamento da experiência internacional”. A melhor forma de deixar o aluno preparado para seu intercâmbio, é a ajuda dos professores e colaboradores dentro das instituições de ensino, pois existem alunos

(32)

que não tem conhecimento nesta área, e para o melhor aproveitamento no exterior, o aprendizado antes da partida é necessário.

2.3.1 O crescimento do intercâmbio como segmento do turismo internacional

O intercâmbio internacional encontra-se em expansão. Segundo dados da UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization), cerca de 2,7 milhões dos 100 milhões de estudantes de ensino superior do mundo:

[...] estão matriculados em países que não sejam o seu país de origem, e a previsão para 2025 é que esse número alcance os oito milhões de estudantes em inserção internacional. [...] 4,5 milhões de estudantes de cursos de diversos níveis realizam estudos no exterior. O aumento tem sido de 14,5% ao ano, com previsão de alcançar 10 milhões de estudantes até 2025, representando crescimento de 280% em apenas 20 anos (TOMAZZONI; OLIVEIRA, 2013, p. 389).

A BELTA (Brazilian Educational & Language Travel Association) tem o mesmo entendimento, confirmando essa expansão:

A estimativa de brasileiros que realizaram cursos no exterior aumentou de 42 mil pessoas em 2004 para 220 mil em 2012. O crescimento de estudante que escolhe os Estados Unidos como o seu destino para a realização para o seu intercâmbio tem sido de 5% em média a cada três anos. [...] as estratégias de promoção de oportunidades de estudos no exterior pelas universidades estrangeiras no país e o surgimento de novos cursos de graduação no exterior, não oferecidos no Brasil, seriam fatores de aumento da procura de programas de intercâmbio pelos brasileiros. [...] a melhor distribuição de renda também contribui para a expansão das viagens de intercâmbios pelos brasileiros (TOMAZZONI; OLIVEIRA, 2013, p. 389-390).

O intercâmbio proporciona experiência para a pessoa que conhece outra realidade e para quem recebe o intercambista. O mesmo promove desenvolvimento pessoal em ambiente desconhecido. Por existirem inúmeras modalidades de intercâmbio, quem participa, desenvolve competências contribuindo para ascensão de sua carreira. Contribui para o desenvolvimento individual e proporciona retornos para diversas áreas do destino receptivo (BRASIL, 2012).

De acordo com o Ministério do Turismo, os campos das contribuições do intercâmbio para os destinos classificam-se em:

econômico (competividade do mercado de trabalho); político (segurança nacional, relações internacionais, promoção da paz); sociocultural (fortalecimento da identidade regional e nacional); e educacional (cooperação intelectual, comércio de serviços educativos, ampliação de horizontes pedagógicos, melhoria da qualidade dos sistemas de ensino) (BRASIL, 2012).

(33)

Em âmbito global, o Brasil é um dos principais emissores de estudantes para o mundo, conforme Brasil (2012 apud TOMAZZONI; OLIVEIRA, 2013, p. 395):

[...] classificando-se em 4º e 7º lugares no ranking de maiores emissores de estudantes nos anos de 2007 e 2009 respectivamente. O segmento fomenta diferentes interesses, atende às mais diversas necessidades de seus clientes, em busca de desenvolvimento pessoal e principalmente profissional. Contribui para articulação dos vários setores envolvidos na formulação da atividade, que vão desde as instituições educacionais até as entidades e serviços ligados ao turismo. Nesse sentido, as viagens de intercâmbio são estratégias para aumentar o fluxo de turistas estrangeiros para o Brasil. O crescimento do turismo receptivo de estudos e intercâmbio tem sido superior à média da economia nacional.

O segmento de intercâmbio tem avançado no Brasil, contudo sua cadeia produtiva é ainda pouco estruturada, se comparada com a de outros países (BRASIL, 2012).

2.3.2 As experiências obtidas com o intercâmbio

Os primeiros países a realizarem intercâmbio foram os Estados Unidos e a Alemanha, com um objetivo amplo, visando, além da troca de informações e de experiências, promover a paz mundial, devido aos impactos da guerra (BRASIL, 2012).

Segundo Tomazzoni e Oliveira (2013, p. 397):

Até a década de 1970, a escolha dos participantes era rigorosa, e sempre que um estudante era enviado a outro país, a sua família também recebia um estudante estrangeiro. O crescimento do turismo e o avanço tecnológico facilitaram esses programas. Nos Estados Unidos, Nova Zelândia, Reino Unido, Austrália e Japão movimentavam-se cerca de 30 bilhões de dólares, em 2008, apenas com programas de high school.

De acordo com o Ministério do Turismo:

[...] a educação internacional teve o seu valor ampliado nos últimos anos, passando a ser prioridade na agenda institucional de diversos países. Adquirir experiência internacional faz parte dos planos de milhares de estudantes de diferentes idades, níveis acadêmicos e de todos os lugares do mundo (BRASIL, 2012, [s.p.]).

O Quadro 1 mostra alguns dos fatores que influenciam o turismo de intercâmbio, as expectativas e os seus interesses na viagem.

Quadro 1 – Fatores de influência e expectativas do turista de intercâmbio

Interesses dos

intercambistas

Razões da definição da oferta pelas operadoras

(34)

• Conhecer lugares; • Qualidade dos programas; • Novas culturas; • Diversão (atividades complementares); • Aventura e prática de esportes;

• Contato com a natureza (consciência ecológica); • Crescimento pessoal e profissional;

• Independência.

•Produto Inovador (novo destino); •Programa adequado ao perfil do estudante; •Preço competitivo; •Atividades complementares; •Organização da cadeia produtiva; •Política comercial do destino; •Assessoria e segurança.

• Hospitalidade; (ser bem recebido);

• Qualidade dos serviços;

• Segurança (estrutura, serviços e ambiente social);

• Autenticidade da cultura.

Motivações das viagens Estímulos para a escolha do destino

Diferencial na escolha

• Explorar outros países: 34%; • Descanso e diversão: 28%; • Visita a parentes e amigos: 17%; • Estudar fora: 9%; • Trabalhar fora: 7%; • Voluntariado: 3%; • Curso de línguas: 2%. • A motivação pessoal e o desenvolvimento da carreira (foco profissional); • Qualidade e reputação das instituições de ensino superior; • Oportunidade (concorrência dos países para atrair talentos); • A educação como fator econômico; • Programas de mobilidade; • Fatores geográficos, históricos, políticos, linguísticos e econômicos. • A facilidade de obtenção de vistos; • Qualidade da educação, reconhecimento do grau; • Facilidade de admissão universitária; • As opções de financiamentos disponíveis;

• Custo de vida, segurança pessoal;

• Linguística, fatores culturais e sociais;

• Comunicação e promoção do destino;

• Comunicação e informação, destacando-se a Internet como principal meio de acesso às informações.

(35)

As empresas no intuito de premiar, contemplam indivíduos com visão multidisciplinar para solucionar problemas. Para Sebben (2001, p. 6), cada vez mais as empresas nacionais e internacionais, assim como órgãos públicos, “requerem no seu quadro funcional jovens com experiência no exterior por entenderem que essas pessoas têm perfil arrojado, de iniciativa, flexibilidade e criatividade”. Tamião (2010, p. 5) argumenta que a razão do intercâmbio estudantil se volta para alunos com interesse “de aprimorar seus conhecimentos e sua atividade profissional, além de conhecer novas culturas e pessoas. O intercâmbio oferece diferenciação nos estudos, enriquece o currículo escolar, contribuindo para ingresso no mercado de trabalho”.

A BELTA (Brazilian Educational & Language Travel Association), criada em 1992, informa que mais de 80% dos indivíduos contemplados, procuram intercâmbios para cursos de aprimoramento profissional, priorizando investir em suas carreiras. Entre os mais assíduos são estudantes e profissionais entre 15 e 30 anos. Os países mais procurados pelos brasileiros são: Canadá, Reino Unido, Estados Unidos, Espanha, França e Irlanda, Nova Zelândia, Alemanha e África do Sul (TAVARES, 2008).

Segundo Tomazzoni e Oliveira (2013, p. 398):

O mercado de intercâmbio é formado por diversas organizações, como escolas de idiomas, faculdades e ONGs. Os serviços incluem o curso, a acomodação e a passagem aérea. Os intercambistas podem optar por planejar seu intercâmbio de forma independente, porém as agências são facilitadoras do processo e da opção escolhida por muitos. [...] O foco da viagem de intercâmbio é o objetivo da experiência e não o destino turístico, e geralmente os intercambistas viajam sozinhos. As características do intercâmbio diferenciam-se em relação a: restrições de idade, gênero e permanência para alguns programas, necessidade de vistos específicos, regras rígidas das famílias hospedeiras, entre outros.

No Brasil, as agências de intercâmbio mais conhecidas são: Experimento Intercâmbio Cultural (EIC), Central de Intercâmbio (CI), Student Travel Bureau (STB) e Education First (EF) (TOMAZZONI; OLIVEIRA, 2013).

2.3.3 Os tipos de intercâmbio

De acordo com Sebben (2001, p.15-16), a qual faz parte da Internacional Association for Cross-Cultural Psychology e diretora da Intercultural Training, foi com

(36)

o crescimento do intercâmbio que a idéia da “ educação intercultural” veio para minimizar as diferenças e fazer com que a humanidade evolua, pois a partir dela que as pessoas começaram a ver os verdadeiros valores um dos outros.

De acordo com Park (2014) existem muitos tipos de intercâmbio, cada um com sua modalidade, e são conhecidos por diversos nomes, o conhecimento de cada um deles pode ajudar o estudante a pesquisar qual seu perfil, e acaba facilitando no tipo de viagem a ser feita no exterior, são eles:

Intercâmbio de Idiomas – Curso de idiomas, a escolha do tempo e do lugar é do intercambista.

• Intercâmbio de High School ou Escolar- Cursar o segundo grau ou o ensino médio em outro país.

• Intercâmbio de Trabalho - Viagem sem curso de idiomas, na qual o intercambista vai com o intuito de trabalhar em uma empresa no exterior.

• Intercâmbio de Escolas, Colégios ou Estudantes - Alunos de diferentes escolas que passam a temporada um na casa do outro.

• Intercâmbio Educacional – é um termo utilizado no curso de idiomas e a colegial no exterior.

• Intercâmbio de Universidades - Intercâmbio onde o estudante estuda ou até recebe bolsa de estudos em universidades no exterior.

• Intercâmbio Acadêmico – Muito parecido com o de Universidades, porém é priorizado a curso de nível acadêmico elevado, como Pós-Graduação, Especialização ou PhD.

• Intercâmbio Científico - O aluno que já possui elevado conhecimento técnico vai para uma instituição e estuda no exterior ou trabalha, sem remuneração em empresas de tecnologia de ponta.

• Intercâmbio Profissional - Intercâmbio com cursos de idiomas para executivos como Business English ou MBA no Exterior.

• Intercâmbio de Trabalho, Laboral ou de Empresas - O intercambista que já possui um elevado conhecimento do idioma, geralmente sem remuneração, trabalha temporariamente em uma empresa local.

• Intercâmbio de Estudo e Trabalho - O estudante depois de passar a etapa inicial da temporada aprimorando o idioma posteriormente

(37)

trabalha em uma empresa local, geralmente como estagiário sem remuneração.

• Intercâmbio de Férias (de Verão ou de Inverno) – Estudantes que já tem um nível pelo menos intermediário do idioma viajam ao exterior nas férias para trabalhar em estações de esqui, acampamentos de verão ou parques temáticos.

• Intercâmbio do Rotary – Intercâmbio de Férias realizado exclusivamente no Inverno do hemisfério Norte, muitos acham que é gratuito, mas não é, e existe diversos custos que devem até ser pagos antecipadamente pelo intercambista.

• Intercâmbio Sem Viajar ao Exterior - Intercâmbio realizado no Brasil, geralmente é em acampamento, onde só se fala Inglês, Frances, ou Espanhóis.

• Intercâmbio Gratuito, "de Sofá" ou Couch Surfing, em Casa de Família ou Homestay - O brasileiro recebe um intercambista estrangeiro e paga suas despesas, incluindo acomodação e alimentação, porém sem o intuito de gerar lucro, somente para cobrir despesas.

• Intercâmbio Unilateral – Intercâmbio unilateral, gratuito, pois não há obrigação dos dois estudantes trocarem de país.

• Intercâmbio Bi-Nacional ou Entre Países– É o gratuito ou Unilateral, este intercâmbio é dado pela troca de países, os intercambistas trocam de país, porém não ao mesmo tempo.

• Intercâmbio Oficial – São intercâmbios dados pelo Governo em instituições públicas, onde todas as despesas são pagas de verbas oficiais.

• Intercâmbio ESL – Intercâmbio com o intuito de estudar Inglês, esta sigla ESL significa English as a Second Language.

• Intercâmbio pela Internet – Intercâmbio com trocas de informações na internet.

• Intercâmbio Para Terceira Idade - Intercâmbio para pessoas da terceira idade, onde o intuito não é somente aprender inglês, mas conhecer novos lugares.

(38)

• Intercâmbio de AuPair / Au-Pair / Au Pair - Intercâmbio voltado para meninas, onde a despesa é mínima pois serão babás que ficaram hospedados na residência da família.

• Intercâmbio Outbound ou Exportador – Intercâmbio fora do Brasil. • Intercâmbio Inbound ou Receptivo - Intercâmbio que recebe

intercambistas vindos do exterior.

• Intercâmbio em Navios – Intercâmbio onde estudantes pagam pelo curso, com duração de quatro a seis meses, realizada a bordo do navio com o intuito de conhecer novos lugares.

• Intercâmbio em Cruzeiros - Intercâmbio onde já tem que ter fluência em pelo menos uma língua, trabalham com remuneração e geralmente são de vários meses.

A escolha do tipo de intercâmbio é importante, pois não importa quanto tempo fique fora, se começar a planejar com antecedência irá escolher a melhor opção, e não se frustrará com sua viagem posteriormente. (SEBBEN, 2001, p.18)

2.3.4 O surgimento das agências especializadas

As agências especializadas surgiram na idade Média, na Cúria Romana onde em meios de deslocamentos e enviando missões a quem era merecedor de mensagens de Cristo, tornou-se a primeira agência de viagens (SILVA, 2004).

No século XIX, foi que se deram as primeiras viagens organizadas, após a revolução industrial foi que se implantou as ferrovias. A primeira viagem agenciada foi dada pelo pioneiro Thomas Cook, em 1841, onde fretou um trem para os participantes de um Congresso Antialcoolismo, neste mesmo ano criou a primeira agencia registrada no mundo, chamada “Thomas Cook andSon” (SILVA, 2004).

O “Pai do turismo” como era chamado, tornou as viagens mais fáceis e mais acessíveis para os chamados segmentos médios da população, e os principais destinos e os primeiros lugares a serem explorados foram às praias e o mar da América Latina (SILVA, 2004).

(39)

A Companhia Geral do Comércio do Brasil foi à pioneira na área de agência de turismo instituída pelo Padre Antônio Vieira, o intuito era de competir seus empreendimentos comerciais contra Portugal (SILVA, 2004).

Hoje, existem duas classificações para as agências de turismo, referente ao decreto 84.93344/80 dado pela Embratur:

Agências de Viagens: Prestam serviços a seus usuários em território brasileiro e em países de limítrofes, quando em função da complementação de viagens por tempo limitado.

As agências de viagens e turismo: Operadoras que prestam serviços as próprias agências de turismo, podem atuar com câmbio e remeter a moeda estrangeira ao exterior, em pagamento de serviços de natureza turística, efetuados sob sua responsabilidade. São criadoras de programas e fornecedoras de pacotes e planejamento a serem comercializados pelas agências (SILVA, 2004, p. 60).

Com o crescimento ao acesso a internet, muitas empresas deixaram de depender de agenciamento e da necessidade de pagar comissões por cada produto vendido. De acordo com Silva (2004) foi a partir de 1995 que começou o desespero na área turística, quando a Delta Airline surpreendeu o mercado turístico americano reduzindo pela metade as comissões das agências de viagens.

A partir deste grande choque, variadas companhias de diversos países resolveram reduzir absurdamente e até mesmo extinguir totalmente estas comissões, apenas a Venezuela fixou uma comissão de 10% obrigatória a ser pagas pelas companhias aéreas. No Brasil, por impedimento da Associação Brasileiras das Agências de Viagens e suas ações judiciais, a comissão em 18 estados brasileiros, vem sido mantida.

Esta chamada “Revolução da Informática” citada por Silva (2004) facilitou o acesso de milhões de pessoas a compras de passagens pela internet, e esse avanço tecnológico ameaça drasticamente o desaparecimento dessas empresas no setor de linhas aéreas.

As companhias de seguro antigamente eram inexistentes, e isto significava ausência de uma empresa em analisar e gerenciar riscos de outras pessoas. Na época remediavam os sinistros depois que eles ocorriam, diferente de hoje em dia, quando o prêmio significa exatamente a prevenção da fatalidade através do pagamento antecipado (GUIMARÃES, 2002, p. 16).

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