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As certificações como instrumento ético de sustentabilidade ambiental em edificações da construção civil

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE DOUTORADO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBINETE. GIVALDO BARBOSA DA SILVA. AS CERTIFICAÇÕES COMO INSTRUMENTO ÉTICO DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL EM EDIFICAÇÕES DA CONSTRUÇÃO CIVIL. SÃO CRISTÓVÃO 2014.

(2) GIVALDO BARBOSA DA SILVA. AS CERTIFICAÇÕES COMO INSTRUMENTO ÉTICO DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL EM EDIFICAÇÕES DA CONSTRUÇÃO CIVIL. Tese apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Doutor, pelo Núcleo de PósGraduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade de Federal de Sergipe. Orientador: Prof. Dr. Antonio Carlos dos Santos. SÃO CRISTÓVÃO 2014.

(3) FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE. S586c. Silva, Givaldo Barbosa da As certificações como instrumento ético de sustentabilidade ambiental em edificações da construção civil / Givaldo Barbosa da Silva ; orientador Antonio Carlos dos Santos. – São Cristóvão, 2014. 338 f. : il.. Tese (Doutorado em Desenvolvimento e Meio Ambiente) Universidade Federal de Sergipe, 2014.. 1. Construção civil - Rotulagem ambiental. 2. Proteção ambiental. I. Santos, Antonio Carlos, orient. II. Título. CDU 69:502.

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(5) À minha mãe e ao meu pai, Eugênia e Severino..

(6) AGRADECIMENTOS. No esforço de conclusão desse trabalho, pude contar com a valiosa ajuda de várias pessoas. Ao meu orientador, Prof. Dr. Antonio Carlos dos Santos, que sabiamente soube me guiar pelos caminhos da filosofia e da interdisciplinaridade. A todos do PRODEMA, em especial à Prof.ª Dra. Maria José Nascimento, pelo apoio e colaboração, e àqueles que participaram da Banca de Qualificação, Prof.ª Dra. Cláudia Ruberg, Prof. Dr. Antonio José Pereira Filho e a Prof.ª Dra. Rosemeri Melo e Souza. Aos colegas e professores do Grupo de Pesquisa em Filosofia e Natureza, pelas valiosas contribuições. A todos os professores que passaram por minha vida e que me ajudaram a chegar até aqui. A todos os amigos, em especial a Zélio Nascimento e Gilderman Lázaro, pelo companheirismo e apoio constantes. À minha família, irmãs, sobrinhos, tias e cunhados, pela torcida e orações diárias. Em especial aos meus pais, Eugênia e Severino, pela dedicação, incentivo e amor incondicional ao longo de toda minha vida. A todas estas pessoas os mais sinceros agradecimentos..

(7) RESUMO. Esta pesquisa tem como objeto de estudo as certificações ambientais para edificações como um instrumento da sustentabilidade sob a perspectiva da ética ambiental. O intuito écontribuir para o avanço do conhecimento no campo da construção civil, de modo particular, na sua modernização, através de certificados de sustentabilidade no Brasil, e observar como essa metodologia pode contribuir para a melhoria da qualidade ambiental dos espaços urbanos. Desse modo, a tese foi estruturada, basicamente, em cinco abordagens ou capítulos. O primeiro capítulo, de caráter teórico, foca em três categorias analíticas: natureza, ética e sustentabilidade ambiental, as quais juntas formam o lastro conceitual de conexão entre todos os temas tratados. O conceito de natureza foi analisado a partir da modernidade, buscando-se entender como esta passou a determinar os rumos da própria existência humana e como foi inserida na sociedade e no espaço urbano. Aqui, o estudo da ética centra-se no desafio de equacionar os dilemas contemporâneos, frente aos avanços tecnocientíficos, no embate entre o homem e os danos ambientais. O tema da sustentabilidade ambiental está construído na problematização dos diversos sentidos que envolvem esta questão, no contraponto entre sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, em estabelecer suas extensões, superposições e divergências entre estes dois conceitos. O segundo capítulotrata da construção do espaço da cidade sustentável, desde suas bases histórico/urbanas até a influência dos marcos legais sobre sua formação. O terceiro capítulo investiga a resposta da indústria da construção civil aos novos desafios ambientais impostos pela escassez dos recursos naturais, nas possibilidades de rearranjo de sua cadeia produtiva e de seu sindicato. O quarto trata das certificações Leed, AQUA, Procel Edifica e Casa Azul, como estão sendo difundidas no país, em seus limites e abrangência. Por fim, no quinto e último capítulo, há duas constatações: primeiramente, buscou-se demonstrar, através de uma estrutura comparativa, a capacidade limitada dessas quatro metodologias de avaliação em certificar a sustentabilidade de edifícios, enquadrando-as em dois grupos, a saber, Certificações ambientais (Leed e Procel Edifica) e Certificações Socioambientais (AQUA e Casa Azul);segundo, foi apresentado um instrumento alternativo às certificações para quemnão quer ou não pode se vincular a uma instituição certificadora e, mesmo assim, deseja obter o reconhecimento de suas práticas construtivas sustentáveis, instrumento esse pautado na ética ambiental.. Palavras-chave: Natureza. Ética. Sustentabilidade Ambiental. Certificação Ambiental..

(8) ABSTRACT. This research is focused on environmental certifications for buildings as a tool of sustainability from the perspective of environmental ethics. The intention is to contribute to the advancement of knowledge in the field of construction, particularly in its modernization through sustainability certificates in Brazil, and observe how this methodology can contribute to improving the environmental quality of urban spaces. Thus, the thesis was structured basically in five chapters or approaches. The first chapter, which has a theoretical approach, focuses on three analytical categories: nature, ethics, and environmental sustainability, which together form the conceptual ballast connection between all treated subjects. The concept of nature was analyzed from modernity, seeking to understand how this came to determine the course of human existence and as entered in society and urban space. Here, the study of ethics is centered on the challenge of solving contemporary dilemmas facing the techno-scientific advances in the struggle between man and environmental damage. The theme of environmental sustainability is built in questioning of several senses involving this issue in the counterpoint between sustainability and sustainable development, to establish its extensions, overlaps and differences between these two concepts. The second chapter deals with the construction of the sustainable city space, from its historical / urban bases to the influence of legal frameworks for their training. The third chapter investigates the response of the building industry to new environmental challenges posed by the scarcity of natural resources, the possibilities of rearrangement of their production chain and their union. The fourth deals with LEED, AQUA, ProcelEdifica e Casa Azul certifications, how it is being widespread in the country, its limits and scope.Finally, in the fifth and final chapter, there are two findings: first, we sought to demonstrate, through a comparative framework, the limited capacity of these four assessment methodologies to certify the sustainability of buildings, fitting them into two groups, namely, Environmental Certifications (Leed e ProcelEdifica) and Social and Environmental Certifications (AQUA and Casa Azul); second, we present an alternative instrument to the certifications for those who do not want or cannot link to a certifying institution but that still want to get recognition for their sustainable building practices, this instrument grounded in environmental ethics.. Keywords: Nature. Ethics. Environmental Sustainability. Environmental Certification..

(9) LISTA DE FIGURAS. Figura 1 - Santuário da Natureza – Findhorn, Escócia. Fonte: Novos Paradigmas Ambientais. Ricardo Braun, 2008. ................................................................................................................................................................ 27 Figura 2 - Arquitetura Ecológica – Praia do Peba, foz do Rio S. Francico. Fonte: Novos Paradigmas Ambientais. Ricardo Braun, 2008. ................................................................................................................... 28 Figura 3 - Jardim Francês. Jardim do ChateauVaux-le-Viconte. ..................................................................... 51 Figura 4 - Jardim Francês. Jardim do Palácio de Versailles. ........................................................................... 51 Figura 5 - Jardim Inglês. Parque Buttes, .......................................................................................................... 52 Figura 6 - Jardim Inglês. Parque Rousseau, ..................................................................................................... 53 Figura 7 - Teto Jardim. Rockfeller Center, Nova York. .................................................................................. 59 Figura 8 - Jardim Vertical. Barcelona, Espanha. Autor: Patrick Blanck. ......................................................... 60 Figura 9 - Modelo da Sustentabilidade Forte. Fonte: Adams (2006). .............................................................. 90 Figura 10 - Modelo da Sustentabilidade Fraca. ............................................................................................... 91 Figura 11 - Vila de New Lanark. Fonte: Google Photos. ............................................................................... 108 Figura 12 - Palácio Social de Fourrier. .......................................................................................................... 108 Figura 13 - Vila de Saltaire. Autor: Jonfarman .............................................................................................. 109 Figura 14 - Cidade Jardim de Ebenezer Howard. .......................................................................................... 109 Figura 15 - Cidade Linear – Perfil Transversal. ............................................................................................. 111 Figura 16 - Cidade Industrial de Tony Garnier. ............................................................................................. 112 Figura 17 - Casa da Cascata – Pensilvânia – Estados Unidos – Frank Lloyd Wright. ................................... 115 Figura 18 - Plan Voisin, Paris – Le Corbusier. .............................................................................................. 120 Figura 19 - Plano Piloto de Brasília – Lúcio Costa. ....................................................................................... 120 Figura 20 - Centro Pompidou, Paris – Renzo Piano e Richard Rogers. Autor: Galeria Anapinatelier. ......... 122 Figura 21 - Museu do Mar de Galicia - Espanha – Aldo Rossi/César Portela. Autor: Galeria Anapinatelier. ....................................................................................................................................................................... 123 Figura 22 - Teatro Nacional da Catalunha – Ricardo Bofil. Autor: KatjaVitskaja. ....................................... 123 Figura 23 - Parque La Villete, Paris – Bernard Tschumi. Autor: KatjaVitskaja. ........................................... 124 Figura 24 - Etiqueta ENCE. Fonte: www.eletrobras.com. ............................................................................. 239 Figura 25 - Selo Procel. Fonte: www.eletrobras.com. ................................................................................... 240 Figura 26 - Logomarcas do Selo Casa Azul níveis Ouro, Prata e Bronze. ..................................................... 249.

(10) LISTA DE TABELAS. Tabela 1 - Estrutura de Avaliação LEED NC v.3 – 2009 .............................................................................. 228 Tabela 2 - Critério Sustentabilidade do Espaço ............................................................................................. 229 Tabela 3 - Critério Racionalização do Uso da Água ...................................................................................... 230 Tabela 4 - Critério Eficiência Energética ....................................................................................................... 230 Tabela 5 - Critério Qualidade Ambiental Interna .......................................................................................... 231 Tabela 6 - Critério Materiais e Recursos ....................................................................................................... 231 Tabela 7 - Critério Inovação e Processo do Projeto ....................................................................................... 232 Tabela 8 - Critérios Regionais para o Brasil .................................................................................................. 232 Tabela 9 - Estrutura da QAE .......................................................................................................................... 237 Tabela 10 - Estrutura da Procel Edifica – RTQ-R ........................................................................................ 243 Tabela 11 - Estrutura da Procel Edifica – RTQ-C ......................................................................................... 244 Tabela 12 - Limites de Avaliação e Localidades para o Selo Azul nível Bronze .......................................... 249 Tabela 13 - Critérios de Avaliação da Categoria Qualidade Urbana ............................................................. 254 Tabela 14 - Critérios de Avaliação da Categoria Projeto e Conforto ............................................................. 256 Tabela 15 - Critérios de Avaliação da Categoria Eficiência Energética ........................................................ 259 Tabela 16 - Critérios de Avaliação da Categoria Conservação de Recursos Materiais ................................. 262 Tabela 17 - Critérios de Avaliação da Categoria Gestão da Água ................................................................. 265 Tabela 18 - Critérios de Avaliação da Categoria Práticas Sociais ................................................................. 268 Tabela 19 - Base Comparativa com as Categorias de Avaliação, Conceitos e Critérios Gerais .................... 287 Tabela 20 - Agrupamento das Categorias de Avaliação por Esferas da Sustentabilidade ............................. 289.

(11) LISTA DE SIGLAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas Abramat - Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção ABRELPE - Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais ACV - Análise do Ciclo de Vida ADEMI - Associação dos Dirigentes da Indústria Imobiliária AFNOR - Associação Francesa de Normatização AIA - Avaliação de Impacto Ambiental ANA - Agência Nacional de Águas ANAMACO - Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção ANTAC - Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído AQUA -Alta Qualidade Ambiental ASHRAE - American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers. ASTM - American Society for Testing and Materials ATT - Área de Transbordo e Triagem BEPAC - Building Environmental Performance Assessment Critéria BEQUEST – Building Environmental Quality Evaluation for Sustainability Throutime BREEAM - Building Research Establishment Enviromental Assessment Method BSCD - Business Council for Sustainable Development BSI - British Standards Institution CASBEE - Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency CBCS - Conselho Brasileiro de Construção Sustentável CBIC - Câmara Brasileira da Indústria da Construção CEBDS - Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável CIB – International Council for Research and Innovation Association in Building and Construction CIESP - Centro das Indústrias do Estado de São Paulo CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CNI - Confederação Nacional da Indústria COMASP - Comitê de Meio Ambiente do Sinduscon-SP Conama - Conselho Nacional de Meio Ambiente Concept - Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural CRISP – Construction Related Sustainability Indicators.

(12) CSMA - Comissão de Sustentabilidade e Meio Ambiente DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos DOE - U.S. Department of Energy DOF - Documento de Origem Florestal EIA - Estudo de Impacto Ambiental ELECS – Encontro Latino Americano de Edificações e Comunidades Sustentáveis ENCE - Etiqueta Nacional de Conservação da Energia ENECS - Encontro Nacional de Edificações e Comunidades Sustentáveis EPA - U.S. Environmental Protection Agency FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço FIEC - Federação das Indústrias do Estado do Ceará FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos GBC Brasil – Green Building Council Brasil Habitare - Programa de Tecnologia da Habitação HQE - Haute Qualité Environnementale IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia IFES-SE- Instituto Federal de Educação de Sergipe IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas IPTU – Imposto Territorial Urbano ISO - International Organization for Standardization LEED- Leardership in Energy and Environmental Design MCTI - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação P+L - Produção Mais Limpa PAC – Programa de Aceleração do Crescimento PBE - Programa Brasileiro de Etiquetagem PBE - Programa Brasileiro de Etiquetagem PBQP-H - Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat Planasa - Plano Nacional de Saneamento PmaisL - Projeto Produção mais Limpa PMCMV - Programa Minha Casa, Minha Vida PMCMV - Programa Minha Casa, Minha Vida PND - Plano Nacional de Desenvolvimento do Brasil PNMA - Política Nacional de Meio Ambiente PNRH - Política Nacional de Recursos Hídricos.

(13) Pnuma - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente Procel Edifica - Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica da Edificação PRODEMA – Programa de Desenvolvimento em Meio Ambiente PSQ - Programa Setorial da Qualidade PSQ - Programa Setorial de Qualidade PSQ - Programas Setoriais da Qualidade RCD - Resíduos da Construção e Demolição RCD - Resíduos da Construção e Demolição RCD - Resíduos de Construção e Demolição RIMA - Relatório de Impacto Ambiental RTQ-C - Requisitos Técnicos da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos. RTQ-R - Requisitos Técnicos da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edifícios Residenciais SAS - Sistema de Aquecimento Solar SBPE - Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas SEMA - Secretaria Especial de Meio Ambiente SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SESI – Serviço Social da Indústria SGA - Sistema de Gestão Ambiental SGA - Sistema de Gestão Ambiental SGE - Sistema de Gestão do Empreendimento SICV Brasil - Inventário do Ciclo de Vida para Competitividade Ambiental da Indústria Brasileira SiMaC - Sistema de Qualificação de Materiais, Componentes e Sistemas Construtivos SINAT - Sistema Nacional de Aprovação Técnica SINAT - Sistema Nacional de Avaliações Técnicas SINDUSCON – Sindicato da Indústria de Construção Civil Singreh - Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos Sisnama - Sistema Nacional de Meio Ambiente Snirh - Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos SUSHI - Sustainable Social Housing Initiative UFBA – Universidade Federal da Bahia UFS – Universidade Federal de Sergipe.

(14) WBCSD - World Business Council for Sustainable Development WCED - World Commission on Environment and Development WICE - World Industry Council for the Environment ZEE - Zoneamento Ecológico-Econômico ZEIS - Zona Especial de Interesse Social.

(15) SUMÁRIO. INTRODUÇÃO..............................................................................................................18 1– Contextualização...........................................................................................................20 2 – Questões Norteadoras..................................................................................................30 3 – Objetivos da Pesquisa..................................................................................................30 4 – Pertinência Científica e Social.....................................................................................31 5 – Plano Conceitual da Pesquisa......................................................................................32. CAPÍTULO 1 – PRESSUPOSTOS TEÓRICOS ..............................................35 1.1 O Conceito de Natureza...............................................................................................35 1.2 – O Conceito de Ética a partir da Modernidade.......................................................63 1.2.1 – Ética Aplicada..........................................................................................................65 1.2.2 – Ética Ambiental........................................................................................................68 1.2.3 – A Ideia de Ética Utilitarista......................................................................................73 1.3 – A Sustentabilidade Ambiental..................................................................................81 1.3.1 – Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável....................................................82 1.3.2 – A Apropriação do Discurso do Desenvolvimento Sustentável pelo Setor Empresarial...........................................................................................................................93. CAPÍTULO 2 – CONSTRUÇÃO DA CIDADE SUSTENTÁVEL: A ESTRATÉGIA DA GESTÃO AMBIENTAL...................................................102 2.1 – A Gênese do Espaço Urbano Moderno..................................................................107 2.1.1 – Primeiras Iniciativas...............................................................................................107 2.1.2 – O Urbanismo Moderno...........................................................................................113 2.2 – A (In)Sustentabilidade Urbana e o Planejamento Ambiental.............................126 2.3 – Assentamentos Urbanos Sustentáveis....................................................................131 2.4 – As Políticas Ambientais Urbanas no Brasil..........................................................133 2.5 – Instrumentos de Gestão Ambiental Urbana Sustentável.....................................145. CAPÍTULO 3 – A INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL........................................................157 3.1 – A Cadeia Produtiva da Indústria da Construção e o desafio da Sustentabilidade................................................................................................................161 3.2 – O papel do Sinduscon nas principais capitais do país........................................173 3.2.1 – SINDUSCON – Pará..............................................................................................175 3.2.2 – SINDUSCON – Tocantins.....................................................................................175.

(16) 3.2.3 – SINDUSCON – Ceará............................................................................................176 3.2.4 – SINDUSCON – Pernambuco.................................................................................177 3.2.5 – SINDUSCON – Bahia............................................................................................180 3.2.6 – SINDUSCON – Sergipe.........................................................................................181 3.2.7 – SINDUSCON – Goiás............................................................................................181 3.2.8 – SINDUSCON – Mato Grosso................................................................................182 3.2.9 – SINDUSCON – Rio de Janeiro..............................................................................183 3.2.10 – SINDUSCON – São Paulo...................................................................................185 3.2.11 – SINDUSCON – Rio Grande do Sul.....................................................................189 3.2.12 – SINDUSCON – Paraná........................................................................................190 3.2.13 – Considerações Gerais sobre as Ações Sustentáveis dos Sindicatos da Indústria da Construção Civil.................................................................................................................191 3.3 – Outras instâncias que tratam da Construção Sustentável ..................................193 3.3.1 – Instâncias Governamentais.....................................................................................194 3.3.2 – Instâncias do Setor Privado....................................................................................200 3.3.3 – Instâncias Acadêmicas e da Sociedade Civil.........................................................203 3.4 – Norma ABNT NBR 15575/2013.............................................................................207. CAPÍTULO 4 – CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL.........................................212 4.1 – As Certificações Ambientais na Indústria da construção....................................215 4.2 – A Certificação LEED..............................................................................................225 4.2.1 – Estrutura do Sistema LEED...................................................................................227 4.3 – A Certificação Aqua................................................................................................234 4.3.1 – Estrutura do Sistema AQUA..................................................................................236 4.4 – A Certificação Procel Edifica.................................................................................239 4.4.1 – Estrutura do Sistema PROCEL Edifica..................................................................241 4.5 – O Selo Casa Azul da Caixa.....................................................................................247 4.5.1 – Conceituação do Selo e Pré-Requisitos..................................................................248 4.5.2 – Identificação dos Aspectos Socioambientais.........................................................251 4.5.3 – Categoria Qualidade Urbana..................................................................................253 4.5.4 – Categoria Projeto e Conforto..................................................................................256 4.5.5 – Categoria Eficiência Energética.............................................................................259 4.5.6 – Categoria Conservação de Recursos Materiais......................................................262 4.5.7 – Categoria Gestão da Água......................................................................................265 4.5.8 – Categoria Práticas Sociais......................................................................................267 4.5.9 – Considerações acerca do Selo Casa Azul...............................................................274.

(17) CAPÍTULO 5 – DIAGNÓSTICO FINAL – CONCLUSÕES.....................280 5.1 – Abordagem crítica das principais certificações ambientais na indústria da construção nacional..........................................................................................................280 5.1.1 – Resumo Comparativo entre os Sistemas LEED, AQUA, PROCEL Edifica e Selo Casa Azul...........................................................................................................................286 5.1.2 – Alternativas à Certificação de Edificações.............................................................299. REFERÊNCIAS...........................................................................................................311 ANEXOS.........................................................................................................................318.

(18) INTRODUÇÃO. O tema central da pesquisa é a certificação enquanto instrumento ético da sustentabilidade em edificações da construção civil. As certificações podem contribuir para a sustentabilidade no setor, tendo em vista que, nas últimas décadas, esse ramo comercial vem assumindo a missão de incorporar ao seu ciclo de produção a responsabilidade ambiental. Este processo requer não só incorporar mudanças profundas neste segmento, mas também em todos os agentes envolvidos, seus colaboradores e clientes. Esta pesquisa visa a contribuir para o avanço do conhecimento no campo da construção civil, de modo particular, na sua modernização, através da análise dos certificados de sustentabilidade no Brasil. Por esta razão, a proposta desta pesquisa representa um triplo desafio. O primeiro, porque ela visa a investigar as questões da sustentabilidade sob o ponto de vista das construtoras responsáveis pelos empreendimentos imobiliários; o segundo, analisar as principais empresas certificadoras que creditam às edificações como sustentáveis; finalmente, o terceiro, problematizar o poder público enquanto órgão regulador urbanístico. Correlacionar este tripé nos dá a dimensão da problemática e o tamanho do desafio que se deseja enfrentar. A presente pesquisa se justifica por quatro razões fundamentais: a primeira, de ordem prática; a segunda, de ordem política; a terceira de ordem teórica; e a última de ordem pessoal. A primeira, por se tratar de um tema atual, urgente e necessária. O crescimento da construção civil no Brasil, aliado ao apelo à preocupação com a natureza, tem provocado uma procura enorme nos chamados empreendimentos imobiliários ditos “sustentáveis”. Mas até que ponto eles o são? Quais são os critérios? A população tem acesso a esses dados? Sem informações mais apuradas ou “científicas”, as construtoras invadem a população com panfletos e propagandas em que basta haver muitas árvores ou jardins para que aquele empreendimento passe a imagem de ser considerado “sustentável”. Ou seja, trata-se aqui de uma questão da ordem do dia, uma vez que está em jogo uma questão.

(19) 19. prática: como a sustentabilidade pode ser realmente incorporada ao setor da construção civil, afastando-se dos mecanismos do “marketing verde”? A segunda razão é que, apesar dos avanços das pesquisas nesta área no Brasil, o tema exige maior aprofundamento e reflexão, principalmente diante do crescente número de edificações certificadas1 e da falta de um marco legal específico2 que, de alguma forma, regule estas construções ou certificações sobre padrões adequados à realidade social e ambiental do país. A terceira é de ordem teórica. Se o conceito de sustentabilidade per si já é uma discussão complexa, ela ganha novos contornos ainda mais proeminentes aplicados à construção civil, um setor estratégico para o desenvolvimento de qualquer país, e que envolve muitos interesses e distintos processos. Por fim, uma última razão que justifica a pesquisa tem relação a questões pessoais. Formado em Arquitetura e Urbanismo, com quase vinte anos de atuação na área e dezessete anos de docência no Instituto Federal de Educação (IFES-SE), ministrando disciplinas vinculadas à área desta pesquisa, esta tese tornou-se, assim, fruto de uma maturidade intelectual e prática. Ela não nasceu de forma artificial ou superficial; tem uma história de vida pessoal e profissional que se complementam e que, ao mesmo tempo, impulsionam para a sua finalização, tornando-a não só factível como apaixonante e motivadora. Desta forma, esta tese é o aprofundamento e consolidação de um trabalho que já vem sendo construído e que vai reverberar tanto na vida pessoal quanto na profissional, especialmente agora, em que os Institutos Federais (IFES) deixaram de ser “Escola” e passaram a ter o status de “Institutos de Pesquisa”, que precisam de profissionais cada vez mais bem qualificados. De forma direta, essa formação altamente qualificada vai ressoar na prática de ensino, melhorando a formação do aluno com ênfase em ética ambiental na construção civil, contribuindo, enfim, para uma nova educação, ainda na base, precisamente nos futuros técnicos em edificações, arquitetos e engenheiros. Mas esta formação também ecoará no trabalho quotidiano, enquanto profissional do setor, materializada na forma de projetos residenciais, comerciais e institucionais, de pequeno, 1. Segundo o GBC Brasil –Green BuildingCouncilBrasil, empresa responsável pela certificação LEED, o número de processos registrados de edifícios buscando esta certificação passou de 01 para 231 unidades em 2010. 2 Há leis que versam sobre questões ambientais e o espaço urbano, entretanto, não há leis específicas sobre certificação ambiental..

(20) 20. médio e grande porte, e que ao longo dos últimos anos vem despertando um interesse pela incorporação de outros elementos que possam assegurar uma edificação mais próxima de uma realidade socioambiental e uma sustentabilidade presente em todo o processo construtivo. Doravante, seus projetos poderão ou deverão manifestar este aprendizado, fruto da pesquisa, e que certamente servirá de exemplo ou de inspiração para tantos outros profissionais do setor. Se a experiência adquirida por ocasião do mestrado no PRODEMA-UFS, reforçada pelo interregno entre o seu término e a elaboração desta tese, possibilitou o amadurecimento intelectual necessário à boa condução do doutorado, a continuidade e o aprofundamento de uma linha de pesquisa com um novo enfoque científico, o da sustentabilidade na construção civil, poderá abrir novas portas ou perspectivas de resolução de muitos dos problemas no setor. Por tudo isso, esta pesquisa se justifica e se firma como urgente e necessária.. 1 – Contextualização. A temática da engenharia de construção, em sua interface com o paradigma da sustentabilidade, desdobra-se em uma série de questões que se conectam em uma trama complexa, e que, por isso, precisa ser analisada em todas as suas partes. Desde sua cadeia produtiva, as normas de construção até as fases da obra, todos esses aspectos incidem sobre as possibilidades de se alcançar ou não um patamar mais sustentável para o setor. Se a sustentabilidade, por si só, engendra uma série de questionamentos, quando associada ao ramo construtivo assume novos contornos, devido não só aos grandes impactos causados pela sua operacionalização, mas também por sua capacidade de aumentar a qualidade de vida das pessoas (atendimento das necessidades básicas como abrigo, saúde, educação, transporte, etc.) e pela participação expressiva na geração de empregos e renda de qualquer país. Segundo Silva (2003), não é possível alcançar o desenvolvimento sustentável, sem que haja construção sustentável e define:. Buscar uma indústria da construção sustentável e fornecer mais valor, poluir menos, ajudar no uso sustentado de recursos, responder mais efetivamente às partes interessadas, e melhorar a qualidade de vida presente sem comprometer o futuro. Construção sustentável não é desempenho ambiental excepcional à custa.

(21) 21 de uma empresa que saia do mercado, nem desempenho financeiro excepcional, à custa de efeitos adversos no ambiente e comunidade local [...], não implica em priorizar uma dimensão em detrimento das demais, nem demanda uma solução perfeita, e sim a busca por equilíbrio entre a viabilidade econômica que mantém as atividades e negócios; as limitações de ambiente; e as necessidades da sociedade. (SILVA, 2003, p. 04).. A cadeia produtiva no que diz respeito à construção civil, envolve uma enorme complexidade de ações, atores e materiais, sendo responsável pela alteração do ambiente natural para o construído. Este processo implica em grandes impactos ambientais, além de estar em amplo processo de crescimento com previsão de crescer duas vezes e meia até o ano de 2050 (AGOPYAN; JOHN, 2011). Este setor depende de uma série de etapas para o seu desenvolvimento: desde a extração de matérias-primas, transporte, legislação, projetos, construção, manutenção, até a demolição, ou seja, praticamente todas estas etapas, de alguma forma, interagem e impactam o meio ambiente. A sustentabilidade nesta área produtiva depende de instrumentos não menos complexos e ações articuladas em todos os níveis de forma sistêmica. Na produção de materiais e insumos básicos, devem ser tomadas medidas de mitigação aos danos ambientais, controle nos processos de extração e uma vigilância constante dos órgãos governamentais responsáveis pela liberação de licenças de exploração de recursos. Este acompanhamento deve estender-se inclusive ao transporte destes materiais no sentido de se criar alternativas de otimização da infraestrutura viária bem como veículos menos poluidores e mais eficientes. As normas construtivas, tais como plano diretor e código de obras, tanto podem servir como vetor de indução a práticas mais sustentáveis, como podem desestimular tais soluções, dificultando as inovações. Diretamente ligado a este fator, o projeto, e as decisões inerentes a ele, afetam a utilização dos recursos naturais e energéticos, pois atuam desde a especificação de materiais até os efeitos estéticos e urbanísticos. A fase de execução, provavelmente, é a que mais visivelmente se produzem resíduos, na maioria das vezes pela falta de planejamento nos canteiros, e este efeito é agravado principalmente quando as obras são realizadas nas áreas urbanas. Entretanto, é durante sua manutenção que a edificação mais causa impacto ao meio ambiente. Isto se deve ao seu longo período de vida útil, ao menos de 30 a 50 anos, exigindo assim soluções.

(22) 22. construtivas inteligentes e coerentes com a atual escassez de recursos (AGOPYAN; JOHN, 2011). Ao final deste ciclo a demolição deve ser prevista com o reaproveitamento do máximo possível de materiais, a reciclagem do que não pode ser reutilizado e por fim uma destinação correta para os resíduos gerados. Como se pode notar, a sustentabilidade, para ser alcançada na construção civil, deve perpassar todas estas etapas, configurando-se como um caminho que envolve não só uma mudança de comportamento por parte dos empresários, mas também dos usuários e da classe política. Necessita do estabelecimento de uma agenda de metas de curto, médio e longo prazo, permitindo ao mercado ajustar-se adequadamente e também uma constância na franca divulgação dos avanços, retrocessos e dificuldades enfrentadas pelo setor, permitindo à sociedade estar sempre bem informada. A construção civil é um setor estratégico para o desenvolvimento de qualquer nação e hoje já dá exemplos de boas condutas ambientais, como pode ser observado em muitos países do exterior e, portanto, deve ser posto como uma prioridade, como um instrumento concreto aliado à sustentabilidade, uma prática presente em vários países com a contribuição de diversas entidades3 de pesquisa. A partir dos últimos dez anos observa-se uma tendência crescente pela adoção do instrumento da certificação ambiental como uma alternativa que irá mudar o mercado de consumo. Este movimento, já solidificado em outros setores da sociedade, encontrou solo fértil na construção civil, e o que se tem é que a cada semana surgem novos selos, muitas vezes para um mesmo tipo de produto. Uma certificação deve possibilitar a uma pessoa comum reconhecer que determinado produto diferencia-se dos demais por apresentar características singulares, e, no caso de uma certificação ambiental, este produto deve, no mínimo, significar que no processo de sua produção medidas foram tomadas de modo a reduzir o impacto ao meio ambiente. Entretanto, esta proliferação de certificações traz mais dúvidas que certezas, e, no caso do Brasil, existem muitos sistemas que não divulgam claramente suas regras,. 3. Vários países vêm desenvolvendo trabalhos na área ambiental da construção, a exemplo dos indicadores de sustentabilidade para o setor das redes européias BEQUEST (Building Environmental QualityEvaluation for SustainabilityThroutime) e CRISP (ConstructionRelatedSustainabilityIndicators); pesquisa e eventos organizados pelo CIB (InternationalCouncil for ResearchandInnovationAssociation in BuildingandConstruction), na Holanda, Estados Unidos e outras nações..

(23) 23. dificultando sua avaliação e relevância, aproximando-se mais de uma espécie de “verniz verde” do que de dados científicos e seguros (AGOPYAN; JOHN, 2011). Os greenbuildings(e suas certificações) não devem ser confundidos com construções sustentáveis, uma vez que não internalizam em seus processos variáveis socioeconômicas. Além do mais, são tecnicamente muito rigorosos e inacessíveis a uma parcela da população, provavelmente sendo os que mais necessitam dos benefícios de espaços em harmonia com as condições ambientais. Na realidade do mercado brasileiro, estas certificações estão reduzidas a um tipo de excelência, para empreendimentos de altíssimo padrão, e vale salientar que, no exemplo das certificações importadas, estes critérios retratam o estágio de desenvolvimento sustentável dos países de origem. Assim sendo, quando em um mesmo local diversos selos competem, sem muitos critérios, o mercado, por sua vez, acaba seguindo caminhos distintos, muitas vezes distantes do propósito de reduzir as agressões à natureza (AGOPYAN; JOHN, 2011). Estudos para a compreensão da importância das certificações de empreendimentos imobiliários já vêm ocorrendo ao longo da última década. Entretanto, por se tratar de uma atividade em constante processo de adaptação, pois além de se basear no capital financeiro também se sustenta na exploração de recursos móveis, precisa ser sistematicamente reavaliada. À medida que o mercado imobiliário brasileiro cresce em volume de construções, tornando-se mais dinâmico, acaba afetando a sua relação com as bases sócioambientais, principalmente no momento atual, em que um conjunto de ações4 do Governo Federal visa a estruturar o crescimento do país. No Brasil, quatro certificações destacam-se por serem mais conhecidas e utilizadas: duas de origem estrangeira e duas nacionais. Das primeiras, o Leed (Leardership in Energy and Environmental Design), aplicado pelo GBC Brasil, importou esta metodologia dos. 4. Por meio do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, lançado em 2007, engloba uma série de medidas políticas e econômicas em várias áreas. Tem como objetivo construir a infraestrutura logística para sustentar o crescimento do país e está subdividido em cinco grandes eixos de ação: energia, habitação, cidade melhor, comunidade cidadã, água e luz para todos e transportes. Pretende criar também todo um aparato para otimizar o sistema financeiro e fiscal, com investimentos na casa dos bilhões de reais advindos do poder público direto, das estatais, dos bancos oficiais e privados. A maior parte destes investimentos está sendo direcionada para o setor da construção, uma vez que para a materialização das ações sempre são necessárias obras civis, tais como sistema de esgotamento sanitário e abastecimento de água, construção de estradas, ferrovias, hidrelétricas, escolas, hospitais, além do programa “Minha Casa Minha Vida”, que pretende construir mais de um milhão de casas. Desta forma, nos últimos anos, a indústria da construção civil nacional vem passando por um crescimento surpreendente de suas bases e com previsão de continuação deste processo por pelo menos mais dez anos.Dados disponíveis em www.pac.gov.br/sobre-o-pac..

(24) 24. Estados Unidos e se autoapresenta como o sistema mais difundido no país; e o AQUA (Alta Qualidade Ambiental), que é de propriedade da Fundação Vanzolini, e adaptou este selo do sistema francês HQE (Haute Qualité Environnementale), e que, segundo esta mesma fundação, foi tropicalizado para a realidade nacional. Grosso modo, há dois problemas concernentes às certificações estrangeiras. O primeiro refere-se à sua venda como um produto internacionalmente reconhecido e, portanto, acima de qualquer suspeita quanto ao seu propósito. Entretanto, esta é uma afirmação que vai de encontro a uma das premissas básicas da sustentabilidade, em que se reconhece que se os problemas são globais a solução, por sua vez, tem que ser local, respeitando as especificidades e as culturas de cada região. Quanto ao segundo problema, vale salientar que a maioria dos defensores das certificações constrói sua defesa no pressuposto de que edifícios com selos ambientais são mais valorizados e que existe um nicho de consumidores dispostos a pagar mais por esse produto diferenciado. Entretanto, trata-se de uma proposição extremamente excludente e que deixa de fora um universo de pessoas (destacando-se, aqui, a grande maioria das construções, inclusive em épocas de planos de incentivo à construção de moradias para as classes “c” e “d”) que não dispõem de poder aquisitivo suficiente, mas que gostariam de viver ou trabalhar em construções menos impactantes e energeticamente eficientes. Soma-se a este fato a justa opção do cidadão individual, ou da pequena construtora, de não querer submeter-se aos ditames de uma certificação genérica, mas que deseja construir segundo padrões ambientalmente mais corretos e obter as benesses de uma construção sustentável. Sendo assim, não tem muitas opções de programas que possam guiá-lo em sua obra, ficando, na maioria das vezes, relegada às “facilidades” da informalidade. Diferente destas certificações importadas e/ou adaptadas, há duas brasileiras que se destacam: o Procel Edifica e o Selo Casa Azul, que foram desenvolvidos inteiramente por instituições locais, e criadas, teoricamente, para atender as especificidades do mercado da construção civil brasileira. Primeiramente, o selo Procel Edifica foi criado em 2003, pela Eletrobrás/Procel com o intuito de estabelecer uma metodologia para o uso racional de energia elétrica nas construções. Seu processo de certificação culmina com um selo semelhante aos utilizados por aparelhos eletroeletrônicos, onde a edificação é classificada segundo seu consumo energético. Em linhas gerais, o sistema é tecnicamente muito rigoroso, necessitando, na maioria dos casos, de uma equipe especializada para realizar as análises dos projetos e da obra, além de limitantes técnicos que dificultam a inclusão de.

(25) 25. pequenas construções tais como as moradias desenvolvidas pelo programa do PAC, por exemplo. Já o segundo, o Selo Casa Azul, foi desenvolvido pela Caixa Econômica Federal em parceria com a Fundação Universidade de São Paulo e envolveu diversos pesquisadores. Lançado em 2010, tem a pretensão de ser o primeiro instrumento de classificação de projetos sustentáveis, desenvolvido dentro da realidade brasileira. Diferencia-se das demais certificações por incorporar ao seu leque de critérios, além dos técnicos como qualidade urbana, eficiência energética, dentre outros, “práticas sociais” a serem desenvolvidas pelas empresas candidatas à certificação. Percebe-se que, nos últimos anos, diversas instituições vêm se mobilizando, na tentativa de criarem outros certificados e manuais mais adaptados à realidade do lugar, tais como o SINDUSCON e ADEMI de diversos estados5. Se a sustentabilidade na construção civil engendra uma série de desafios, as certificações ambientais sinalizam como mais uma alternativa, um instrumento legítimo com um papel importante na redução dos impactos ambientais. Trata-se, com certeza, de um enorme avanço em termos de criação de mecanismos direcionados a parametrização de ações mais sustentáveis na construção civil. Entretanto, é necessária uma reflexão mais profunda sobre estes critérios com a ética e, por conseguinte, sobre as pretensas iniciativas mais includentes e socialmente justas. Grosso modo, todo o desenvolvimento tecnológico e industrial dos últimos séculos elevou a qualidade de vida para as pessoas de uma forma geral, dando-lhes mais conforto. Entretanto, ainda uma enorme parcela da população não pode ter acesso a estas benesses e, além disso, é a que mais sofre com a degradação ambiental e social resultante de todo este processo. Isto demonstra que não apenas tratou-se de um “progresso” desigual, mas também que o homem ainda não conseguiu equacionar, de forma satisfatória, a relação entre a modernização da vida e o desgaste do meio ambiente. A ecologia profunda6 vem servindo de base filosófica para o desenvolvimento de muitas comunidades que procuram desenvolver-se dentro de parâmetros mais. 5. SINDUSCON – Sindicato da Industria da Construção, ADEMI – Associação dos Dirigentes da Indústria Imobiliária. Um exemplo desta mobilização refere-se ao SINDUSCON do Espírito Santo que lançou em 2010 uma certificação (apresentada no ELECS 2011 – Encontro Latino Americano de Edificações e Comunidades Sustentáveis) própria para guiar seus associados em práticas mais sustentáveis..

(26) 26. democráticos e ambientalmente mais próximos da natureza. Assim, proclamam o questionamento de uma visão de mundo dita dominante, dentro de um padrão tecnocrataindustrial e regido pelos paradigmas centralizadores. Consideram o homem como parte orgânica do todo que deve alcançar dois estágios de consciência: a autorrealização como uma sabedoria advinda de um crescimento espiritual e que vai aproximar todos com a natureza e outros entes vivos, e a equidade biocêntrica onde todos os organismos “são igualmente importantes no processo evolutivo porque tudo está intrinsecamente relacionado” (BRAUN, 2008, p. 45). Como dito anteriormente, algumas comunidades adotam esses princípios em sua organização e isso se reflete, inclusive, nas construções que procuram causar o menor impacto possível ao meio ambiente e que se materializa num design dentro dos padrões de uma arquitetura dita ecológica. Em linhas gerais, estas edificações adotam diretrizes quanto à forma e ao uso de materiais, tais como: procuram uma adaptação ao meio ambiente circundante, uma integração com a paisagem na forma de um mimetismo7 acompanhando, muitas vezes, a conformação topográfica ou aproveitando formações naturais do relevo, tais como cavernas ou encostas; geralmente utilizam os materiais encontrados na região onde as construções são erguidas, em muitos casos sem nenhum tratamento industrial que retire as características naturais; as edificações procuram adaptarse as condições climáticas do local tirando o maior proveito dos recursos naturais, tais como localizar-se abaixo das árvores para aproveitar o sombreamento, os cursos dos rios e riachos para a movimentação de moinhos, etc. (Figura 01).. 6. Em seu campo conceitual a ecologia profunda pretende estender-se para além do saber científico, afirmando seu conhecimento advindo da verdadeira sabedoria da terra, fugindo do cartesianismo racional que é tido como limitador, um bloqueio para a realidade da natureza, só plenamente percebida quando evocado o campo espiritual (BRAUN, 2008). 7 Da ecologia quando um organismo procura uma adaptação com o objetivo de confundir-se com um outro indivíduo de outra espécie..

(27) 27. Figura 1 - Santuário da Natureza – Findhorn, Escócia. Fonte: Novos Paradigmas Ambientais. Ricardo Braun, 2008.. Como um dos princípios fundamentais da arquitetura ecológica é adaptar-se morfologicamente e retirar do local os materiais construtivos, exige-se uma longa observação, bem como pesquisas específicas e experimentações para se entender como as condições naturais de determinada região se formaram e, consequentemente, como podem interferir e contribuir para uma construção mais sustentável. Segundo Braun (2008), esta interação, por si só, representa uma arte, pois implica em descobrir os movimentos favoráveis da natureza a fim de seguir sempre o caminho da menor resistência, permitindo maior interação do ambiente externo com os detalhes íntimos da vida cotidiana. Muito do estilo das comunidades ecológicas modernas tem sua origem nos assentamentos nativos existentes em diversas partes do mundo, a maioria nas zonas rurais em florestas ou nas margens dos rios ou do mar. Estes agrupamentos trazem consigo uma tradição construtiva que foi construída ao longo de gerações através da observação direta dos fenômenos naturais, além da necessidade de transpor obstáculos econômicos e físicos, ou seja, pela falta de recursos para a compra de materiais industrializados e as grandes distâncias dos centros urbanos, respectivamente. Nestas comunidades, a utilização destas técnicas tradicionais aparece de forma muito clara, seja nas paredes de fechamento (em bambu, barro, madeira, etc.) ou nos telhados (em fibras naturais) onde visivelmente percebe-se o uso dos recursos naturais locais (Figura 02)..

(28) 28. Figura 2 - Arquitetura Ecológica – Praia do Peba, foz do Rio S. Francico. Fonte: Novos Paradigmas Ambientais. Ricardo Braun, 2008.. Nos agrupamentos modernos ditos sustentáveis, também chamados de ecovilas, além da incorporação destes saberes tradicionais existe uma preocupação com a reciclagem de materiais. Muitas destas comunidades são assistidas por grandes centros de pesquisa ou fazem parte de uma rede mundial8 que, ao mesmo tempo em que financiam estudos, facilitam o intercâmbio de know-how tecnológico entre diferentes grupos. Neste sentido, são muitas as experiências utilizando fontes alternativas como insumos as técnicas construtivas, a exemplo do uso de pneus usados de veículos para construção de paredes, garrafas plásticas de refrigerantes como elementos de iluminação ou aquecimento de água, papel reciclado para a construção de blocos, etc. Em todos estes casos, o que existe de comum é a reutilização de objetos descartados, com um forte aporte tecnológico no sentido de desenvolver processos que viabilizem sua reciclagem. Apesar de muitos princípios da arquitetura ecológica e das ecovilas terem sido aproveitados nos conceitos modernos das construções ditas sustentáveis, mas de alto padrão tecnológico9, seu desenvolvimento apresenta alguns limitantes quanto à sua utilização em grande escala, ou onde se apresenta a maior demanda por uma arquitetura menos impactante, ou seja, nos grandes centros urbanos. A maioria das técnicas utilizadas nesses dois padrões de arquitetura incorpora processos lentos de manufatura e com pouco 8. O Centro de Tecnologia Alternativa no País de Gales e a GEN (Rede Global de Ecovilas). Os tetos vegetalizados que foram adaptados aos tetos e paredes jardim; muitos materiais isolantes térmicos que foram elaborados a partir da reciclagem da madeira ou uso de elementos cerâmicos, etc. 9.

(29) 29. rigor estético, aproximando-se mais de um padrão conhecido como “rústico”, o que reduz sua utilização uma vez que não se aplica a todos os tipos de construção que muitas vezes requerem linguagens arquitetônicas mais sofisticadas. A arquitetura ecológica e as ecovilas também apresentam técnicas construtivas mais adequadas para edifícios de pequeno porte, como casas, praticamente inviabilizando sua utilização em edifícios de muitos andares ou que exijam soluções estruturais muito elaboradas, tais como grandes vãos livres ou marquises, por exemplo. Como emprega uma tecnologia quase artesanal, em muitos casos, adquirida através de um conhecimento passado de geração a geração, como um saber tradicional e antigo, torna-se difícil sua utilização em grande escala, mesmo que em empreendimentos simples, pois a pouca agilidade das técnicas empregadas inviabiliza financeiramente sua reprodução. Também, agregado ao sistema construtivo propriamente dito, exige que sejam utilizadas instalações de infraestrutura que sigam o mesmo princípio filosófico, como tratamento de dejetos por compostagem, purificação das águas servidas por processos naturais envolvendo filtragem com plantas aquáticas, dentre outros, o que necessita consequentemente a disponibilidade de grandes áreas para as construções, um elemento cada vez mais escasso nos grandes centros urbanos cada vez mais adensados. Deste modo, mesmo reconhecendo seu papel importante no desenvolvimento de técnicas e materiais construtivos mais sustentáveis, a arquitetura ecológica não se enquadra nos estudos que envolvem as certificações de edifícios, uma vez que essas se resumem ao tratamento de empreendimentos que utilizam processos industrializados, típicos do setor formal da engenharia e da arquitetura, uma vez que podem ser utilizados em larga escala e não apresentam limitantes quanto ao porte da obra e sua localização, e são os mais impactantes em termos de degradação ao meio ambiente. Assim, o marco legal ambiental que incide sobre o espaço sustentável, o posicionamento da indústria da construção frente ao desafio da sustentabilidade e aos sistemas de avaliação ambiental de edifícios no Brasil são temas que estruturam o presente trabalho e dialogam com a interface da natureza e da ética na sustentabilidade e, consequentemente, no acesso amplo e democrático nos espaços menos impactantes ao meio ambiente..

(30) 30. 2 – Questões Norteadoras. Algumas questões mais significativas foram levantadas e podem contribuir para dar substância e forma ao problema da pesquisa, ao objeto, ao campo de atuação e atores envolvidos, assim temos:. 1) Como estas certificações podem contribuir para a sustentabilidade na construção civil? 2) As certificações importadas contribuem para uma construção sustentável no Brasil? De que forma? Quais as dificuldades? Quais os benefícios? 3) Como as certificações metodologicamente complexas podem interferir nas construções do dia-a-dia? 4) Quais estratégias podem ser adotadas para que as certificações possam adquirir um estatuto ético mais consistente? 5) Existem alternativas para quem não quer seguir os preceitos das certificações e mesmo assim edificar uma construção sustentável?. 3 – Objetivos da Pesquisa. Quanto aos objetivos da pesquisa: a) Geral: Analisar as certificações enquanto instrumento ético de sustentabilidade na construção civil. b) Específicos: 1) Caracterizar os conceitos de natureza, ética e sustentabilidade, e seus rebatimentos na problemática ambiental contemporânea; 2) Verificar a abrangência da gestão ambiental para a construção de espaços sustentáveis;.

(31) 31. 3) Analisar o conceito do desenvolvimento sustentável aplicado à indústria da construção civil no cenário brasileiro; 4) Investigar o papel das certificações ambientais para que empreendimentos imobiliários sejam caracterizados como sustentáveis; 5) Estabelecer uma comparação entre as certificações ambientais mais empregadas no país e propor uma alternativa a esse instrumento. A hipótese que norteia a pesquisa é: A certificação ambiental de edifícios na construção civil constitui um instrumento ético que garante os empreendimentos sustentáveis.. 4 – Pertinência Científica e Social da Tese. A pesquisa apresentada tem sua relevância ao abordar uma problemática contemporânea, em um setor que exerce forte impacto sobre as bases sociais e ambientais e que está em amplo crescimento. Temos assim, uma tripla tarefa: primeiro, avaliar a inserção deste setor no ideário do desenvolvimento sustentável, enquanto meta amplamente divulgada, não só pelo governo, mas também pela iniciativa privada; segundo, desvendar quais são os instrumentos e mecanismos que estão sendo utilizados, sua abrangência, limites, avanços e divergências, à luz de uma reflexão construída na ética; terceiro, pensar a extensão e o mérito de metodologias de certificação ambiental, construídas em bases científicas, e que se propõem elevar a sustentabilidade das obras civis serem aplicadas sistematicamente a todos os tipos de construções. Com o aquecimento do mercado imobiliário no Brasil e o avanço sem precedentes das preocupações ambientais, tornou-se necessário dar maior credibilidade aos empreendimentos ditos “verdes” e, por isso, os selos de certificações são considerados como uma espécie de passaporte da construção dita sustentável. Ora, pensar estes selos no Brasil se torna mais do que urgente, socialmente necessário, como já foi explicitado acima. O resultado desta pesquisa pode reverberar no maior rigor às propagandas destes empreendimentos e maior credibilidade àqueles que realmente levam em conta com seriedade as questões ambientais por meio da sustentabilidade..

(32) 32. 5 – Plano Conceitual da Pesquisa. Primeiramente, a parte introdutória deste trabalho abrange: a base justificatória da pesquisa; uma breve contextualização do tema; objetivos; a pertinência científica e social da pesquisa e seus limites. O primeiro capítulo está voltado para o aprofundamento de três categorias que foram incorporadas à pesquisa e deram o suporte teórico para o entendimento do objeto da pesquisa, a saber: natureza, ética e sustentabilidade. O conceito de natureza foi analisado, primeiramente, a partir da modernidade e como esta ideia, tão profundamente introduzida na humanidade, passou a determinar os rumos de sua própria existência. Em um segundo momento, tratou-se das questões relativas às modificações sofridas pela natureza por sua inserção na sociedade e no espaço urbano atual. Trata-se, aqui, de uma concepção romantizada e que vem servindo de validação para o recente movimento do greenbuilding e que culmina com uma reinvenção do conceito adaptado às novas necessidades e limites dos recursos ambientais. A segunda parte do primeiro capítulo está centrada na ética, provavelmente o saber mais desafiado nas últimas décadas. Em virtude dos inimagináveis avanços tecnocientíficos, o homem defronta-se constantemente com questões normativas que remetem ao real entendimento do “bem” e do “mal”. Neste sentido, uma nova ética vem sendo proposta como alternativa às bases clássicas criadas para a reflexão das ações humanas: uma ética ambiental e que tem a enorme missão de regular o agir do homem sobre a natureza. Por fim, ainda no mesmo capítulo, o tema da sustentabilidade ambiental foi construído na problematização dos diversos sentidos que envolvem esta questão, fazendo um contraponto entre sustentabilidade e desenvolvimento sustentável e, assim, estabelecer os limites, superposições e divergências entre estes dois saberes. O segundo capítulo trata das questões ligadas à construção do espaço urbano sustentável, desde a formação das bases do urbanismo moderno e sua influência na sustentabilidade dos assentamentos na cidade contemporânea, até o papel dos marcos legais que tratam das políticas urbanas no país. O terceiro capítulo apresenta o desenvolvimento sustentável como meta adotada pela indústria da construção civil para alcançar práticas ambientais menos impactantes. Neste sentido, coube abordar, primeiramente, sua cadeia produtiva e os elementos que.

(33) 33. contribuem para aumentar/diminuir o impacto ao meio ambiente e, também, analisar as possibilidades de inovação que o setor dispõe para incrementar práticas menos consumidoras de recursos naturais. Em segundo lugar, verificou-se o desempenho dos SINDUSCONS em algumas capitais do país, nas cinco regiões geográficas, afim de desvendar suas estratégias de divulgação e incentivo da construção sustentável e do instrumento de certificação ambiental de edifícios. Por fim, analisou-se o papel de outras instâncias (públicas, privadas e de pesquisa) que, de alguma forma, contribuem para o incremento da construção sustentável e o mais recente instrumento normativo da ABNT, que incide sobre as construções no país. O quarto capítulo examina o tema da certificação de edifícios como uma metodologia para se construir com otimização de recursos e focou as quatro principais certificações que estão em vigor no país (LEED, AQUA, Procel Edifica e Selo Casa Azul) e suas estruturas metodológicas. O quinto e último capítulo refere-se às considerações finais, às análises de comparação entre as quatro certificações estudadas, seus pontos de semelhança e divergência, sua capacidade de atuar em outros nichos mercadológicos, menos privilegiados. Por fim, foi apresentado um instrumento alternativo às certificações voltado para quem não quer se vincular a uma instituição certificadora e, mesmo assim, deseja o reconhecimento de suas práticas construtivas sustentáveis. Tal instrumento é pautado na ética ambiental..

(34) CAPÍTULO 1 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS.

Referências

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