• Nenhum resultado encontrado

UNIÃO AFRICANA Addis Ababa, ETHIOPIA P. O. Box 3243 Telephone Fax: Website:

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "UNIÃO AFRICANA Addis Ababa, ETHIOPIA P. O. Box 3243 Telephone Fax: Website:"

Copied!
62
0
0

Texto

(1)

AFRICAN UNION UNION AFRICAINE

UNIÃO AFRICANA

Addis Ababa, ETHIOPIA P. O. Box 3243 Telephone +251115- 517700 Fax: +251115- 517844

Website: www.africa-union.org

CONSELHO EXECUTIVO

Décima - Oitava Sessão Ordinária

24-28 de Janeiro de 2011

Adis Abeba, Etiópia

EX.CL/644 (XVIII)

Original: Inglês

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES SOBRE A IMPLEMENTAÇÃO DA

DECISÃO DA CONFERÊNCIA RELATIVA À TRANSFORMAÇÃO DA

COMISSÃO DA UNIÃO AFRICANA EM AUTORIDADE DA UNIÃO

AFRICANA

(2)

EX.CL/644 (XVIII) Pág. 1 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES SOBRE A IMPLEMENTAÇÃO DA DECISÃO DA

CONFERÊNCIA RELATIVA À TRANSFORMAÇÃO DA COMISSÃO DA UNIÃO AFRICANA EM AUTORIDADE DA UNIÃO AFRICANA

I. INTRODUÇÃO

1. A Conferência da União Africana analisou e tomou nota do Relatório de Actividades da Comissão sobre a Implementação da Decisão Assembly/AU/Dec.263 (XIII) relativa à Transformação da Comissão da União Africana (Comissão da UA) em Autoridade da União Africana (Autoridade da UA), adoptada pela Décima -Terceira Sessão Ordinária da Conferência em Sirte, Grande Jamahiriya, a 3 de Julho de 2010. Após a devida análise do relatório de progressos, a Conferência adoptou, na sua Décima - Quinta Sessão Ordinária, realizada em Kampala, Uganda, a 27 de Julho de 2010, a Decisão Assembly/AU/Dec.298 (XV) sobre a Transformação da Comissão da UA em Autoridade da UA, que previa, entre outras coisas, o seguinte:

"SOLICITA à Comissão a convocar uma reunião de acompanhamento de peritos governamentais, aberta aos membros do Comité dos Representantes Permanentes (CRP), para um período de 10 (dez) dias úteis, com vista a prosseguir a análise dos restantes instrumentos jurídicos sobre a Transformação da Comissão da União Africana em Autoridade da União Africana;

SOLICITA IGUALMENTE à Comissão a organizar uma reunião de ministros da Justiça/procuradores-gerais dos Estados-Membros, para analisar e adoptar os instrumentos jurídicos sobre a Transformação da Comissão da União Africana em Autoridade da União Africana;

DECIDE que as reuniões de peritos e de ministros sejam realizadas o mais rapidamente possível e financiadas através do orçamento suplementar ou de transferência de verbas ".

2. O presente relatório destina-se a informar a Conferência sobre o estado de implementação da decisão supracitada Assembly/AU/Dec.298 (XV).

3. Recorde-se que a Comissão de Peritos convocou a 1ª Reunião de Peritos Governamentais sobre a Transformação da Comissão da UA em Autoridade da União Africana em Tripoli, Grande Jamahiriya, de 11 a 15 de Abril de 2010. A reunião considerou e adoptou o projecto de Protocolo sobre as Emendas ao Acto Constitutivo da União Africana relativas à Transformação da Comissão da União Africana em Autoridade da União Africana (Anexo I).

4. A 2ª Reunião de peritos governamentais sobre a Transformação da Comissão da União Africana em Autoridade da União Africana teve lugar em Adis Abeba, Etiópia, de 17 a 21 de Maio de 2010. A reunião considerou e adoptou o projecto de Estatuto da Autoridade da União Africana (Anexo II).

(3)

EX.CL/644 (XVIII) Pág. 2

relativos à Transformação da Comissão da União Africana em Autoridade da União Africana realizou-se em Adis Abeba, Etiópia, de 22 de Novembro a 3 de Dezembro de 2010. A reunião analisou os nove (9) restantes projectos de instrumentos jurídicos e adoptou sete (7), estando dois (2) sujeitos a um processo de revisão diferente, tal como a Conferência solicitou (Anexo III).

II. PREPARAÇÃO DA ESTRUTURA DA AUTORIDADE, NOVO ÓRGÃO DA UA, TENDO EM CONTA O MANDATO CONFERIDO A AUTORIDADE, EM COLABORAÇÃO COM O CRP

6. A Conferência solicitou também à Comissão a tomar todas as medidas necessárias para preparar a estrutura da nova Autoridade da UA, tendo em consideração o mandato conferido à Autoridade, em colaboração com o CRP.

7. A estrutura da Autoridade da UA será determinada oportunamente, em colaboração com o CRP, e após a aprovação de todos os Instrumentos jurídicos sobre a transformação da Comissão da UA em Autoridade da UA.

III. PREPARAÇÃO DAS IMPLICAÇÕES FINANCEIRAS DA TRANSFORMAÇÃO DA COMISSÃO EM AUTORIDADE DA UA, EM COLABORAÇÃO COM O CRP

8. A Conferência solicitou ainda à Comissão a tomar todas as medidas necessárias para preparar as implicações financeiras da transformação da Comissão da UA em Autoridade da UA, em colaboração com o CRP.

9. As implicações financeiras da transformação da Comissão da UA em Autoridade da UA serão elaboradas na devida altura, em colaboração com o CRP, uma vez concluída a estrutura.

IV. VIA A SEGUIR

10. Os projectos de instrumentos jurídicos serão submetidos a uma reunião de Ministros da Justiça/Procuradores-Gerais dos Estados-Membros, para análise e adopção. A mesma será marcada para 2011, após consultas entre todas as partes envolvidas e, em especial, o CRP .

V. CONCLUSÕES/RECOMENDAÇÕES

11. A transformação da Comissão da UA em Autoridade da União Africana é um passo crucial e decisivo na consolidação do processo de construção institucional da UA e na aceleração da integração do continente. Neste sentido, os Estados-Membros devem assegurar que, uma vez concluído o processo de adopção dos instrumentos jurídicos sobre a transformação da CUA em AUA, os ratificarão rapidamente.

12. A Comissão gostaria de fazer as seguintes recomendações à Conferência, através do Conselho Executivo:

(4)

EX.CL/644 (XVIII) Pág. 3

i) REITERAR o seu compromisso de continuar a engajar-se no processo de

transformação da Comissão da União Africana em Autoridade da União Africana, a fim de reforçar o processo de construção institucional da União Africana e de acelerar a integração económica e política do continente;

ii) a Comissão deverá convocar a reunião dos Ministros da Justiça/Procuradores-Gerais dos Estados-Membros, durante o primeiro semestre de 2011, a fim de analisar e adoptar os instrumentos jurídicos sobre a transformação da Comissão da União Africana em Autoridade da União Africana.

(5)

EX.CL/644 (XVIII) Anexo I

RELATÓRIO DA REUNIÃO DE PERITOS DO GOVERNO

SOBRE OS INSTRUMENTOS JURÍDICOS RELATIVOS À TRANSFORMAÇÃO DA COMISSÃO DA UA EM AUTORIDADE DA UA

Tripoli, Grande Jamahiriya Árabe Líbia

Popular Socialista, 11-15 de Abril de 2010

(6)

AFRICAN UNION UNION AFRICAINE

UNIÃO AFRICANA Addis Ababa, ETHIOPIA P. O. Box 3243 Telephone : +251-115- 517 700 Fax : +251-115- 517844

website : www. africa-union.org

Reunião de Peritos do Governo sobre os

Instrumentos Jurídicos relativos à Transformação

da Comissão da UA em Autoridade da UA

11-15 de Abril de 2010

Tripoli, Grande Jamahiriya Árabe Líbia

Popular Socialista

Exp/Legal/AUC-Auth/Rpt(I) Rev.1

Original: Inglês

RELATÓRIO DA REUNIÃO DE PERITOS DO GOVERNO

SOBRE OS INSTRUMENTOS JURÍDICOS RELATIVOS À TRANSFORMAÇÃO DA COMISSÃO DA UA EM AUTORIDADE DA UA

(7)

Exp/Legal/AUC-Auth/Rpt(I) Rev.1 Pág. 1 RELATÓRIO DA REUNIÃO DE PERITOS DO GOVERNO

SOBRE OS INSTRUMENTOS JURÍDICOS RELATIVOS À TRANSFORMAÇÃO DA COMISSÃO DA UA EM AUTORIDADE DA UA

I. INTRODUÇÃO

1. Em conformidade com a Decisão Assembly/AU/Dec.263 (XIII) adoptada em Sirte, Grande Jamahiriya Árabe Líbia Popular Socialista, a 3 de Julho de 2009, foi convocada a Reunião de Peritos do Governo em Tripoli, Grande Jamahiriya Árabe Líbia Popular Socialista, de 11 a 15 de Abril de 2010, a fim de analisar os instrumentos jurídicos relativos à transformação da Comissão da União Africana em Autoridade da União Africana.

II. PARTICIPANTES

2. Participaram na reunião os seguintes Estados Membros: África do Sul, Angola, Argélia, Camarões, Benin, Botsuana, Burkina Faso, Burundi, Chade, Comores, Congo, República Democrática do Congo, República Centro Africana, Gabão, Egipto, Etiópia, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné Equatorial, Quénia, Lesoto, Grande Jamahiriya Árabe Líbia Popular Socialista, Malawi, Mali, Mauritânia, Namíbia, Nigéria, República Democrática Árabe Saharaui, Ruanda, Senegal, Sierra Leone, Somália, Suazilândia, Sudão, Tanzânia, Togo, Tunísia, Uganda, Zâmbia e Zimbabué.

III. ABERTURA DA REUNIÃO

Discurso de abertura pelo Comissário Responsável pelo Departamento de Paz e Segurança da UA

3. Sua Excelência Sr. Ramtane Lamamra, Comissário Responsável pelo Departamento Paz e Segurança, no seu discurso de abertura deu as boas-vindas a todos os participantes na reunião em nome do Presidente da Comissão da União Africana (UA). Realçou o papel preponderante desempenhado pelo Líder da Grande Jamahiriya Árabe Líbia Popular Socialista, Irmão Muamar Ghaddafi, visando a integração política e socioeconómica do continente e a concretização dos Estados Unidos de África.

4. O Comissário lembrou que a reunião foi convocada em conformidade com a Decisão da Conferência da União Africana, adoptada durante a Sessão Ordinária realizada em Sirte em Julho de 2009, solicitando à Comissão da UA que tomasse todas as medidas necessárias para elaborar os instrumentos jurídicos relativos à transformação da Comissão da UA em Autoridade da UA e que os submetesse à consideração dos Peritos dos Governos dos Estados Membros. Ele afirmou ainda que, com base neste mandato, a Comissão empreendeu várias acções de elaboração dos instrumentos jurídicos pertinentes, incluindo o recrutamento de consultores de alto nível para efectuarem uma análise abrangente dos mesmos com base na Decisão da Conferência de Sirte.

(8)

Exp/Legal/AUC-Auth/Rpt(I) Rev.1 Pág. 2

5. Em jeito de conclusão, o Comissário sublinhou que o desenvolvimento do nosso continente depende sobretudo dos governos e povos de África, o que explica a necessidade de se prosseguir com o processo de aceleração e integração.

Alocução do Sub-Secretário do Comité Popular para as Relações Exteriores e Cooperação Internacional da Grande Jamahiriya Árabe Líbia Popular Socialista 6. Sua Excelência Dr. Khaled El Maktoof Kaeem, Sub-Secretário do Comité Popular para as Relações Exteriores e Cooperação Internacional deu aos participantes as boas-vindas a Tripoli (Grande Jamahiriya).

7. O Sub-Secretário informou que a transformação da Comissão da União Africana em Autoridade da União Africana não era uma mera mudança de designação mas um processo que devia conduzir finalmente à materialização dos Estados Unidos de África. Ele informou ainda que, embora possam existir divergências na abordagem, o objectivo geral da integração continental era o mesmo.

8. O Sub-Secretário afirmou também que esta reunião era a primeira duma série de reuniões que serão organizadas para realizar emendas substanciais ao Acto Constitutivo da União Africana e a outros instrumentos jurídicos da União Africana.

9. O Sub-Secretário em seguida desejou aos participantes deliberações frutíferas e uma estadia agradável em Tripoli. Finalmente, declarou oficialmente aberta a reunião.

IV. ELEIÇÃO DA MESA

10. Após consultas, a reunião decidiu manter a Mesa da Conferência como se segue:  Presidente: Malawi

 1º Vice-presidente: Gabão  2º Vice-presidente: Uganda  3º Vice-presidente: Libéria

 Relator: Grande Jamahiriya

11. No entanto, a Mesa decidiu que a reunião será presidido de forma rotativa entre os membros da Mesa. Neste sentido, a reunião foi presidido numa primeira fase pela Sra. Anne Florette Niomba Gros, Representante do Gabão, e Vice primeiro Presidente da Mesa e numa segunda fase pela Representante do Uganda, segunda vice presidente da Mesa.

V. ANÁLISE E ADOPÇÃO DO PROJECTO DE ORDEM DO DIA

12. A reunião adoptou sem emendas o seguinte projecto de ordem do dia proposto: I. Cerimónia de abertura

II. Eleição da mesa

III. Análise e adopção do projecto de ordem do dia IV. Organização dos trabalhos

(9)

Exp/Legal/AUC-Auth/Rpt(I) Rev.1 Pág. 3

V. Apresentação e análise dos projectos de instrumentos jurídicos:

i. Projecto de Protocolo Adicional relativo às Emendas ao Acto Constitutivo da União Africana;

ii. Projecto de Estatuto e Regulamento Interno da Autoridade da União Africana; iii. Projecto de Regulamento Interno da Conferência da União Africana;

iv. Projecto de Regulamento Interno do Conselho Executivo;

v. Projecto de Regulamento Interno do Comité dos Representantes Permanentes;

vi. Projecto de Protocolo Adicional relativo às Emendas ao Protocolo sobre a criação do Conselho de Paz e Segurança da União Africana;

vii. Projecto de Protocolo relativo às emendas ao Protocolo sobre o Banco Africano de Investimento;

viii. Projecto de Estatuto do Conselho Económico, Social e Cultural da União Africana;

ix. Projecto de Estatuto da Comissão da União Africana sobre Direito Internacional;

x. Projecto de Protocolo sobre as emendas ao Protocolo do Tratado que estabelece a Comunidade Económica Africana relativo ao Parlamento Pan-Africano;

xi. Projecto de Protocolo relativo às Emendas ao Protocolo sobre o Estatuto do Tribunal Africano de Justiça e dos Direitos Humanos;

VI. Adopção do relatório e do projecto de instrumentos jurídicos; VII. Diversos;

VIII. Cerimónia de encerramento.

VI. ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHOS

13. A reunião adoptou o seguinte horário de trabalho: - Manhã: 09H00 – 13H00

(10)

Exp/Legal/AUC-Auth/Rpt(I) Rev.1 Pág. 4 VII. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS PROJECTOS DE INSTRUMENTOS

JURÍDICOS

14. No seu discurso inaugural, a Sra. Djenema Diarra, Vice-Conselheira Jurídica da Comissão da UA, evocou o mandato da reunião. Neste contexto, ela salientou que, conforme a Decisão Assembly/AU/Dec.263(XIII), adoptada em Sirte, Grande Jamahiriyia, a 3 de Julho de 2009, a Conferência solicitou que a Comissão tomasse todas as medidas necessárias para elaborar, entre outras coisas, os instrumentos jurídicos visando a alteração do Acto Constitutivo e de outros documentos pertinentes, e que a presente reunião foi convocada para analisar os referidos instrumentos a fim de fazer recomendações adequadas aos Órgãos de Decisão.

15. Salientou ainda que, em conformidade com o referido mandato, a Comissão levou a cabo uma série de acções assegurando a preparação dos instrumentos jurídicos pertinentes. Neste sentido, a Comissão contratou os serviços de consultores de alto nível para avaliar os instrumentos jurídicos com base:

i. Na Decisão de Sirte (Assembly/AU/Dec.263(XIII);

ii. Nas Conclusões da Cimeira sobre as modalidades de transformação da Comissão da União Africana em Autoridade da União Africana.

16. A Vice-Conselheira Jurídica apresentou os Consultores, nomeadamente:

1. Sr. Richard Nzerem, Secretário do Tribunal de Arbitragem do Secretariado da Commonwealth;

2. Sr. Rafaâ Ben Ashour, Professor Titular de Direito Público e Ciências Políticas na Faculdade de Ciências Jurídicas, Políticas e Sociais da Universidade de Tunes; e

3. Prof. Tiyanjana Maluwa, Professor de Direito, Director da Escola Superior de Relações Internacionais na Faculdade de Direito de Dickson, Universidade Estatal da Pensilvânia.

a. Projecto de Protocolo Adicional ao Acto Constitutivo da União Africana

17. Na apresentação do Projecto de Protocolo Adicional ao Acto Constitutivo, o Sr. Richard Nzerem disse que o Projecto de Protocolo submetido à reunião para análise contém um preâmbulo e onze (11) artigos. Ele informou a reunião de que as disposições contidas no preâmbulo não eram legalmente vinculativas e, em seguida, procedeu a uma apresentação sucinta do Projecto de Protocolo, salientando as emendas propostas ao Acto Constitutivo relativas aos seguintes objectivos, princípios, órgãos da União, poderes e funções da Conferência, comités técnicos especializados, Autoridade da UA e inclusão de novos órgãos criados após a adopção do Acto Constitutivo e respectivas funções

(11)

Exp/Legal/AUC-Auth/Rpt(I) Rev.1 Pág. 5

18. Concluindo, o Consultor referiu-se aos problemas relativos ao Protocolo sobre as emendas ao Acto Constitutivo da União Africana, adoptado em Julho de 2003, incluindo a sua entrada em vigor. A este respeito, sugeriu que seja inserida uma disposição particular no Projecto de Protocolo em análise a fim de tratar desta questão, uma vez que o Protocolo de 2003 emendando o Acto Constitutivo não foi alvo do número de ratificações necessárias para entrar em vigor.

19. Na sequência da apresentação, a reunião decidiu examinar o Projecto de Protocolo parágrafo por parágrafo, a começar pelo título.

Análise do Título

20. Durante os debates sobre o título destacaram-se duas posições. Algumas delegações consideraram que o título do Projecto de Protocolo, tal como proposto, se referia ao protocolo de 2003 emendando o Acto Constitutivo, o que podia causar confusão se os títulos não reflectissem os objectivos deste protocolo. Uma vez que o Projecto de Protocolo de 2003 não entrou em vigor, propuseram a reformulação do título do actual Projecto de Protocolo a fim de evitar qualquer confusão com o Protocolo de 2003.

21. Outras delegações consideraram que o termo “adicional” não devia constar do título do Projecto de Protocolo pois, no plano jurídico, não significa uma emenda mas o acréscimo de uma disposição suplementar.

22. No fim dos debates, a reunião concordou em emendar o título tal como se encontra no Projecto de Protocolo em anexo a este relatório.

Análise do preâmbulo

23. Durante a análise do preâmbulo do Projecto de Protocolo, as delegações fizeram os comentários e as observações seguintes:

i. o preâmbulo proposto é demasiado longo e deve ser reduzido a dois (2) ou três (3) parágrafos no máximo;

ii. o preâmbulo deve reflectir a natureza intergovernamental da União Africana;

iii. certos parágrafos do preâmbulo, que constituem repetições do preâmbulo do Acto Constitutivo, devem ser suprimidos;

iv. o último parágrafo do preâmbulo, tal como formulado, contraria o Acto Constitutivo pois parece conceder poderes a um órgão de nível inferior, nomeadamente à Autoridade para coordenar e harmonizar as actividades de órgãos políticos.

(12)

Exp/Legal/AUC-Auth/Rpt(I) Rev.1 Pág. 6

24. Considerando os comentários e as observações feitos pelas várias delegações e o consenso alcançado, o projecto de preâmbulo foi emendado tal como consta do Projecto de Protocolo.

Análise do artigo 1º: Definições

25. Ao examinarem esta proposta de artigo, as delegações, que intervieram, fizeram os comentários e as observações seguintes:

i. o conceito de Estados Unidos de África deveria ser definido de modo a determinar a sua natureza e a sua estrutura;

ii. o conceito de Estados Unidos de África é uma visão política que constitui o objectivo último da União Africana. A este respeito, não é possível atribuir-lhe qualquer definição jurídica nesta fase;

iii. acrónimos como “CUADI” e expressões como “Tribunal”, que não aparecem no Projecto de Protocolo, devem ser suprimidas;

iv. a definição de Comissão contida no Projecto de Protocolo devia estar em conformidade com a do Acto Constitutivo que define a Comissão da União Africana como o Secretariado da União.

26. Considerando as discussões, as explicações prestadas pela Comissão e o consenso alcançado, o conceito de Estados Unidos de África foi definido como “o objectivo último do processo de integração económica e política levado a cabo pela União Africana”. As emendas acordadas no Artigo 1º encontram-se reflectidas no Projecto de Protocolo em anexo.

Análise do Artigo 2º: Objectivos

27. Durante a análise do Artigo 2º do Projecto de Protocolo, a reunião fez comentários e observações como se segue:

i. É necessário acrescentar a palavra “gradual” uma vez que a concretização dos Estados Unidos de África se fará por fases e através das Comunidades Económicas Regionais (CERs), de acordo com o consenso alcançado durante as discussões dos Chefes de Estado e de Governo em Sirte, em Julho de 2009;

ii. A utilização das palavras “aceleração” e “gradual” ao mesmo tempo não seria contraditória?;

iii. A menção a Comunidades Económicas Regionais (CERs) “presentes e futuras” era contraditória à Decisão de Banjul de 2006, Assembly/AU/Dec.112 (VII) sobre a moratória acerca do reconhecimento das CERs;

(13)

Exp/Legal/AUC-Auth/Rpt(I) Rev.1 Pág. 7

28. No fim dos debates, a reunião adoptou as emendas tal como contidas no Projecto de Protocolo em anexo.

Análise do Artigo 3º: Princípios

29. Durante a análise do Artigo 3º do Projecto de Protocolo, constatou-se que os sub-parágrafos propostos deviam ser eliminados pois trata-se de uma repetição do objectivo indicado no Artigo 2º do Projecto de Protocolo (objectivos).

30. No fim das deliberações, a reunião concordou em emendar o Artigo 4º (d) do Acto Constitutivo de modo a incluir a questão da coordenação das políticas de defesa dos Estados Membros, além do estabelecimento duma política comum africana, visto que este assunto será da competência da Autoridade uma vez criada.

31. As emendas ao Artigo 3º estão incluídas no Projecto de Protocolo em anexo.

Análise do Artigo 4º: Órgãos de União

32. Durante a análise do Artigo 4º, a Reunião fez comentários e observações, como se segue:

i. Não era necessário fazer referência ao Protocolo relativo às emendas ao Acto Constitutivo no Artigo 5º proposto uma vez que o Conselho de Paz e Segurança foi criado por um protocolo à parte;

ii. A expressão “africano” deve ser acrescentada a “Tribunal de Justiça e Direitos Humanos”;

iii. Todos os órgãos da União devem ser enumerados, sem excepção, embora o Artigo 5º (2) do Acto Constitutivo preveja a criação de novos órgãos pela Conferência;

33. No fim dos debates a reunião adoptou as emendas como reflectidas no Artigo 4º do Protocolo em anexo.

Análise do Artigo 5º: Poderes e Funções da Conferência

34. Na análise do Artigo 5º, a reunião fez as seguintes observações:

i) A necessidade de realçar a supremacia da Conferência de Chefes de Estado e de Governo, em particular em relação ao controlo das actividades e dos programas dos vários órgãos da UA, tendo em vista a aceleração do processo de integração do continente;

ii) Devem ser concedidas atribuições à futura Autoridade de acordo com o espírito da decisão Assembly/AU/Dec.263 (XIII) da Cimeira de Sirte de Julho de 2009,

(14)

Exp/Legal/AUC-Auth/Rpt(I) Rev.1 Pág. 8

reflectindo a vontade dos Chefes de Estado e de Governo de dotar este órgão de atribuições necessárias, que lhe permitam proceder à coordenação das actividades e dos programas dos órgãos da União Africana tendo em vista a aceleração do processo de integração do continente;

iii) É importante respeitar o mandato tal como contido na decisão Assembly/AU/Dec.263 (XIII) da Cimeira de Sirte, limitando as emendas ao Acto Constitutivo apenas às disposições relativas à transformação da Comissão em Autoridade;

35. No fim das deliberações, a reunião adoptou as emendas reflectidas no Artigo 5º do Projecto de Protocolo em anexo.

Análise do Artigo 6º: Os Comités Técnicos Especializados

36. Ao examinar o Artigo 6º, a reunião fez propostas de emendas quanto à formulação relativas, em particular, à utilização de abreviaturas, como reflectido no Projecto de Protocolo.

Análise do Artigo 7º: A Autoridade da União

37. Aquando da análise do Artigo 7º, a reunião fez as seguintes observações: i) A necessidade de suprimir o parágrafo (2) deste artigo;

ii) Assegurar-se de que todas as atribuições da Autoridade como órgão são tidas em conta, incluindo o seu papel de Secretariado da União;

iii) A futura Autoridade deve possuir atribuições que lhe permitam assumir a responsabilidade de coordenação das actividades e programas dos vários órgãos da União a fim de acelerar a materialização dos Estados Unidos de África.

38. No fim dos debates, a reunião adoptou as emendas reflectidas no Artigo 7º do Projecto de Protocolo em anexo.

Análise do Artigo 8º: Funções da Comissão da União Africana de Direito Internacional

39. Ao analisar o Artigo 8º, a reunião fez as seguintes observações:

i) A necessidade de suprimir o Artigo 8º porque se refere exclusivamente à Comissão da União Africana de Direito Internacional, enquanto que os novos órgãos enumerados no artigo 4º não têm artigos específicos;

ii) A necessidade de incluir um artigo acerca da natureza, composição e funções de todos os novos órgãos enunciados no Artigo 4º.

(15)

Exp/Legal/AUC-Auth/Rpt(I) Rev.1 Pág. 9

40. No fim das deliberações, a reunião decidiu incluir novos artigos sobre cada novo órgão indicado no Artigo 4º.

Análise do Artigo 9º: Assinatura, Ratificação e Adesão

41. Ao analisar o Artigo 9º, a reunião decidiu suprimir o título porque fazia referência ao Artigo 27º do Acto Constitutivo e não ao Projecto de Protocolo e, portanto, não era relevante.

Análise do Artigo 10º: Entrada em Vigor

42. A reunião adoptou o Artigo 10º sem emendas.

Análise do Artigo 11º: Disposições Provisórias

43. A reunião decidiu emendar o Artigo 11º como reflectido no Projecto de Protocolo

b. Projecto de Estatuto e Regulamento Interno da Autoridade da União Africana

44. Apresentando o projecto de Estatutos e de Regulamento da Autoridade da União Africana, o Sr. Richard Nzerem, consultor jurídico, informou que o projecto de Estatutos e de Regulamento emenda certas disposições dos Estatutos da Comissão da UA adoptados em 2002 e emendados em 2007 pela Conferência.

45. Informou ainda que as emendas introduzidas nos Estatutos da Comissão têm em conta nomeadamente as novas funções e nomenclatura da Autoridade da UA que já se encontram consagradas nas modalidades sobre a transformação da Comissão da UA em Autoridade da UA, adoptadas pelo Conselho Executivo e homologadas em Sirte, em Julho de 2009, pela Conferência.

46. O consultor alongou-se em certas disposições do projecto de Estatutos e de Regulamento da Autoridade que introduzem emendas de fundo nos Estatutos da Comissão, a saber:

i) as áreas de competência da Autoridade (Artigo 3º); ii) as atribuições da Autoridade (Artigo 5º); e

iii) as pastas da Autoridade (Artigo 14º).

47. Finalmente chamou a atenção da reunião para as disposições do projecto de Estatutos e de Regulamento da Autoridade, retomando as já contidas nos Estatutos da Comissão. Estas disposições referem-se, nomeadamente, ao mandato dos membros da Autoridade, ao processo da sua nomeação bem como ao seu número.

(16)

Exp/Legal/AUC-Auth/Rpt(I) Rev.1 Pág. 10

48. Concluindo, o consultor salientou que o projecto de Estatutos e de Regulamento da Autoridades da UA entrará em vigor depois da sua adopção pela Conferência, à semelhança dos Estatutos actuais da Comissão.

49. O consultor jurídico apresentou apenas o Projecto de Estatutos. Por conseguinte, a reunião recomendou que seja convocada uma outra reunião para analisar os restantes instrumentos jurídicos, incluindo o Projecto de Estatutos e de Regulamento da Autoridade da União Africana.

VIII. ADOPÇÃO DO RELATÓRIO E DOS PROJECTOS DE INSTRUMENTOS JURÍDICOS

50. A reunião adoptou sem emendas o Relatório e o Projecto de Protocolo sobre as Emendas ao Acto Constitutivo da União Africana relativo à Transformação da Comissão da União Africana em Autoridade da União Africana.

IX. DIVERSOS

51. Não houve debates no quadro deste ponto da ordem do dia.

X. CERIMÓNIA DE ENCERRAMENTO

52. No seu discurso de encerramento, a Presidente agradeceu à Grande Jamahiriya Árabe Líbia Popular Socialista por acolher a reunião e por todos os esforços realizados visando o sucesso da mesma.

53. Na cerimónia de encerramento, Sra. Anne Florette Niomba Gros, Representante do Gabão agradeceu aos peritos, à Comissão da UA, inclusive os tradutores e intérpretes, bem como aos consultores pelas suas contribuições durante a reunião.

Anexo: Projecto de Protocolo sobre as Emendas ao Acto Constitutivo da União Africana Relativo à Transformação da Comissão da União Africana em Autoridade da União Africana

(17)

EX.CL/644 (XVIII) Anexo II

RELATÓRIO DA REUNIÃO DE SEGUIMENTO DE PERITOS DOS

GOVERNOS SOBRE OS INSTRUMENTOS JURÍDICOS RELATIVOS À

TRANSFORMAÇÃO DA COMISSÃO DA UA EM AUTORIDADE DA UA

(18)

REUNIÃO DE SEGUIMENTO DE PERITOS DOS GOVERNOS

SOBRE OS INSTRUMENTOS JURÍDICOS RELATIVOS À

TRANSFORMAÇÃO DA COMISSÃO DA UA EM

AUTORIDADE DA UA

17-21 DE MAIO DE 2010

ADIS ABEBA, ETIÓPIA

PRC/Exp/Legal/AUC-Auth./Rpt(II)

Original: Inglês

RELATÓRIO DA REUNIÃO DE SEGUIMENTO DE PERITOS DOS

GOVERNOS SOBRE OS INSTRUMENTOS JURÍDICOS RELATIVOS À

TRANSFORMAÇÃO DA COMISSÃO DA UA

EM AUTORIDADE DA UA

AFRICAN UNION UNION AFRICAINE

UNIÃO AFRICANA

Addis Ababa, Ethiopia P. O. Box 3243 Telephone: +251 11 551 7700 Fax: +251 11 551 7844

(19)

PRC/Exp/Legal/AUC-Auth./Rpt(II) Pág. 1

RELATÓRIO DA REUNIÃO DE SEGUIMENTO DOS GOVERNOS SOBRE OS INSTRUMENTOS JURÍDICOS RELATIVOS À TRANSFORMAÇÃO DA COMISSÃO DA

UA EM AUTORIDADE DA UA I. INTRODUÇÃO

1. Nos termos da Decisão Assembly/AU/Dec.263 (XIII), adoptada em Sirte, Grande Jamahiriya Árabe Líbia Popular Socialista, a 3 de Julho de 2009, a Reunião de Seguimento de Peritos dos Governos realizou-se em Adis Abeba, Etiópia, de 17 a 21 Maio de 2010, para a análise dos instrumentos jurídicos relativos à transformação da Comissão da União Africana em Autoridade da União Africana. A reunião foi aberta aos Representantes Permanentes dos Estados Membros junto da União Africana. Tratou-se de um seguimento da Primeira Reunião de Peritos dos Governos realizada em Tripoli, Grande Jamahiriya Árabe Líbia Popular Socialista, de 11 a 15 de Abril de 2010.

2. Convém recordar que dos 11 (onze) instrumentos jurídicos que constavam da agenda, a Primeira Reunião só conseguiu apreciar o Projecto de Protocolo sobre as Emendas ao Acto Constitutivo da União Africana para a Transformação da Comissão da União Africana em Autoridade. Por conseguinte, a reunião recomendou que fosse convocada uma outra reunião, com o objectivo de analisar os restantes instrumentos jurídicos.

II. PRESENÇAS

3. Participaram os seguintes Estados-Membros:

Argélia, Angola, Benim, Botswana, Burquina Faso, Burundi, Camarões, República Centro Africana, Chade, Congo, Costa do Marfim, Egipto, Guiné Equatorial, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Gana, Quénia, Lesoto, Libéria, Líbia, Malawi, Mali, Mauritânia, Ilhas Maurícias, Nigéria, Ruanda, República Árabe Sarahui Democrática, Senegal, Sierra Leone, Somália, África do Sul, Sudão, Suazilândia, Tanzânia, Togo, Tunísia, Uganda, Zâmbia e Zimbabwe.

III. ELEIÇÃO DA MESA

4. Por se tratar de um seguimento da Reunião de Peritos dos Governos realizada em Tripoli, a reunião decidiu manter a seguinte Mesa Estatutária da Conferência:

 Presidente: Malawi  1º Vice-Presidente: Gabão  2º Vice-Presidente: Uganda  3º Vice-Presidente: Libéria

(20)

PRC/Exp/Legal/AUC-Auth./Rpt(II) Pág. 2 IV. ABERTURA DA REUNIÃO

Discurso de boas-vindas proferido pela Comissária para os Assuntos Políticos da UA

5. No seu discurso de abertura, S.E. Sra. Julia Dolly Joiner, Comissária para os Assuntos Políticos, deu as boas vindas a todos os participantes à reunião, em nome do Dr. Jean Ping, Presidente da Comissão da União Africana (UA). Realçou o facto de que a presença das delegações na reunião, constituía um testemunho de que o processo conducente à Autoridade da União Africano ganhou ímpeto desde a Declaração de Sirte de 9.9.99 adoptada em Sirte, Grande Jamahiriya, em Setembro de 1999.

6. A Comissária sublinhou que a transformação da Comissão da UA em Autoridade da UA, tem a sua génese na histórica Declaração de Sirte e no estabelecimento de compromissos destinados à revitalização da organização continental, para que esta possa desempenhar um papel mais activo e continuar a ser preponderante na satisfação das necessidades dos povos de África, bem como na resposta às exigências dos desafios prevalecentes.

7. A Sra. Joiner reiterou ainda que o que se desenvolveu desde a adopção do Acto Constitutivo da União Africana foi um elemento de continuidade e um compromisso para reforçar ainda mais a União - daí o uso do termo Autoridade. Esta foi a lógica fundamental das Conclusões da Reunião dos Chefes de Estado e de Governo de Sirte, em Julho de 2009, que se destinava a reforçar a União. Nesta conformidade, as emendas aos instrumentos jurídicos são um alicerce para a melhoria da capacidade da União e da sua transformação num instrumento eficaz para a paz, para a promoção de valores comuns e para o desenvolvimento e integração do continente.

Ao concluir, a Comissária agradeceu a todos os participantes pela sua presença e desejou a todos sucessos nas deliberações.

Discurso proferido pela Presidente, Juíza Dra. Jane Ansah, Procuradora-Geral da República do Malawi.

8. No seu discurso de abertura, a Juíza Dra. Jane Ansah agradeceu às delegações pela confiança nela depositada, pela sua eleição como Presidente da reunião. Prosseguiu dando as boas-vindas aos participantes a Adis Abeba e a importante reunião, que a considerou como sendo crucial. Salientou que havia uma série de instrumentos jurídicos a serem analisados e realçou a necessidade de a reunião prosseguir de forma célere, mas cautelosa, tendo em conta a importância do mandato.

Ao concluir, exortou os participantes a se esforçarem para que o mandato que lhes foi confiado pelos Órgãos Deliberativos seja executado oportunamente de modo a que se possa fazer recomendações apropriadas para a realização da agenda global continental.

(21)

PRC/Exp/Legal/AUC-Auth./Rpt(II) Pág. 3 V. ANÁLISE E ADOPÇÃO DO PROJECTO DE AGENDA

11. Durante a análise do projecto de Agenda, uma delegação sugeriu que a ordem dos instrumentos jurídicos fosse invertida para que a reunião analisasse primeiro o Regulamento Interno dos órgãos deliberativos e, por conseguinte, o projecto de Estatuto da Autoridade.

12. Seguiu-se um longo debate no fim do qual a reunião adoptou o projecto de Agenda proposto conforme adoptado na reunião de Tripoli em Abril de 2010, sem emendas. Portanto, a reunião adoptou o seguinte projecto de agenda sem emendas:

1. Cerimónia de Abertura 2. Eleição da Mesa

3. Análise e Adopção do Projecto de Agenda 4. Organização do Trabalho

5. Apresentação e Análise do Projecto de Instrumentos Jurídicos:

i) Projecto de Estatuto e Regulamento da Autoridade da União Africana; ii) Projecto de Regulamento Interno da Conferência da União Africana; iii) Projecto de Regulamento Interno do Conselho Executivo;

iv) Projecto de Regulamento Interno do Comité dos Representantes Permanentes;

v) Projecto de Protocolo Adicional relativo às Emendas ao Protocolo sobre a criação do Conselho de Paz e Segurança da União Africana;

vi) Projecto de Protocolo relativo às Emendas ao Protocolo do Banco Africano de Investimento;

vii) Projecto de Estatuto do Conselho Económico, Social e Cultural da União Africana;

viii) Projecto de Estatuto da Comissão do Direito Internacional da União Africana; ix) Projecto de Protocolo relativo às Emendas ao Protocolo do Tratado que

Institui a Comunidade Económica Africana que diz respeito ao Parlamento Pan-Africano;

x) Projecto de Protocolo relativo às Emendas ao Protocolo sobre o Estatuto do Tribunal Africano de Justiça e Direitos Humanos;

6. Adopção do relatório e do projecto de instrumentos jurídicos 7. Diversos

8. Cerimónia de Encerramento

VI. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

13. A reunião adoptou o seguinte horário de trabalho: - Manhã: 09h00 - 13h00

(22)

PRC/Exp/Legal/AUC-Auth./Rpt(II) Pág. 4 VII. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DO PROJECTO DE INSTRUMENTOS JURÍDICOS

14. Nas suas observações preliminares, o Sr. Ben Kioko, Conselheiro Jurídico da UA evocou o mandato da reunião. Neste sentido, salientou que através da Decisão Assembly/AU/Dec.263 (XIII), adoptada em Sirte, Grande Jamahiriya, em 03 de Julho de 2009, a Conferência solicitou a Comissão que tomasse todas as medidas necessárias para elaborar, entre outros, os instrumentos jurídicos para as emendas ao Acto Constitutivo da União Africana e outros textos relevantes, e que uma reunião de peritos dos Governos fosse realizada para analisar esses instrumentos, com vista a formular recomendações adequadas para os Órgãos Deliberativos.

15. Adiantou ainda que, com base no referido mandato, a Comissão efectuou uma série de acções para a elaboração dos instrumentos legais relevantes, e para esse efeito, tinha contratado os serviços de consultores de alto nível para procederem à revisão dos instrumentos jurídicos, com base no seguinte:

(i) A Decisão de Sirte (Assembly/AU/Dec.263 (XIII));

(ii) As Conclusões da Cimeira sobre as Modalidades da Transformação da Comissão da UA em Autoridade da UA;

(iii) Outros instrumentos pertinentes.

16. Concluiu a sua intervenção fazendo a apresentação dos Consultores, e acrescentou que durante as consultas internas, acordou-se que devido a sensibilidade do assunto, os consultores iriam manter os documentos na sua posse e os apresentariam à reunião como foi o caso em Tripoli. Os consultores são:

1. Sr. Richard Nzerem, Jurista Internacional e actualmente Secretário do Tribunal Arbitral da Commonwealth;

2. Sr. Ben Rafaa Ashour, Professor Associado de Direito Público e Ciências Políticas na Faculdade de Ciências Jurídicas, Sociais e Políticas da Universidade de Tunes; e

3. Prof Maluwa Tiyanjana, Professor de Direito e Director da Escola de Relações Internacionais da Faculdade de Direito de Dickson, da Universidade Estadual da Pensilvânia.

a) Projecto de Estatuto e Regulamento da Autoridade da União Africana:

17. Ao apresentar o projecto de Estatuto e Regulamento da Autoridade da União Africana, o Sr. Richard Nzerem, Consultor Jurídico, salientou que o projecto de Estatuto e Regulamento em análise altera algumas disposições do Estatuto da Comissão da União Africana adoptado em 2002 e emendado subsequentemente em 2007 pela Conferência.

(23)

PRC/Exp/Legal/AUC-Auth./Rpt(II) Pág. 5

18. Além disso, as emendas introduzidas no Estatuto da Comissão da União Africana tomam em consideração as novas funções e a nomenclatura da Autoridade da União Africana, que já se encontram consagradas nas conclusões sobre as Modalidades para a Transformação da Comissão da União Africana em Autoridade da União Africana, adoptadas pelo Conselho Executivo e aprovadas em Sirte em Julho de 2009 pela Conferência.

19. O Consultor realçou algumas disposições do projecto de Estatuto e Regulamento da Autoridade, que alteram o conteúdo do Estatuto da Comissão, nomeadamente:

(i) áreas de competência da Autoridade (artigo 3 º); (ii) funções da Autoridade (artigo 5 º);

(iii) pastas da Autoridade (artigo 14º).

20. O Consultor enfatizou que a Autoridade exercerá as suas funções com base no princípio de subsidiariedade, devido ao facto da União ser uma União de Estados independentes. Neste sentido, frisou que a principal função da Autoridade seria a de coordenar as actividades da União, tendo em conta o mandato dos outros intervenientes, nomeadamente os Estados-Membros e as Comunidades Económicas Regionais. 21. Em jeito de conclusão, o Consultor referiu que o Projecto de Estatuto e Regulamento da Autoridade da União Africana entrará em vigor após a sua adopção pela Conferência, à semelhança do actual Estatuto da Comissão.

22. No final da apresentação, os participantes concordaram em analisar o projecto de instrumento, artigo por artigo. A reunião analisou igualmente o título do instrumento jurídico e constatou que por se tratar de normas internas da Autoridade e não terem sido apresentadas ao órgão deliberativo para adopção, havia necessidade de alterar o título do instrumento jurídico para Projecto de Estatuto através da supressão das referências ao Regulamento Interno.

Análise do Artigo 1: Definições

23. Ao analisar o Artigo 1, as delegações fizeram as observações e comentários que se seguem:

(i) A necessidade de especificar os termos por ordem alfabética em todas as línguas de trabalho;

(ii) A necessidade de proporcionar uma definição mais precisa do termo “Conselho Executivo”;

(24)

PRC/Exp/Legal/AUC-Auth./Rpt(II) Pág. 6

24. No final das deliberações, a reunião emendou o Artigo 1º como se segue:

(i) Substituir o termo “Deputy-President” por “Vice-President” (Vice-Presidente), em conformidade com as conclusões de Sirte.

(ii) Utilizar a ordem alfabética na secção de Definição em cada versão linguística do texto;

(iii) Manter a definição de “Conselho Executivo” como está, uma vez que é a definição adoptada no Acto Constitutivo da União Africana;

(iv) Manter a definição de “Membros da Autoridade”, uma vez que se encontra em conformidade com o anterior Estatuto da Comissão;

(v) Acrescentar a definição do termo “Secretários” em consonância com a definição estabelecida nas Conclusões de Sirte e no projecto de Protocolo relativo às Emendas ao Acto Constitutivo da União Africana sobre a Transformação da Comissão da União Africana em Autoridade da União Africana, adoptada na Reunião de Peritos dos Governos, realizada em Tripoli em Abril de 2010. Análise do Artigo 2º: Natureza da Autoridade

25. No decorrer da análise do Artigo 2º, as delegações fizeram os seguintes comentários e observações:

(i) A Autoridade não é apenas um Secretariado;

(ii) A natureza da Autoridade já foi definida nas Conclusões de Sirte e no Protocolo relativo às Emendas ao Acto Constitutivo da União Africana sobre a Transformação da Comissão da União Africana em Autoridade da União Africana, adoptado na Reunião de Peritos dos Governos, realizada em Tripoli em Abril de 2010;

(iii) A natureza intergovernamental da União e de todos os seus órgãos deve ser reflectida no Protocolo Relativo às Emendas ao Acto Constitutivo, para que não seja repetida num único instrumento.

26. No final das deliberações, a reunião emendou o Artigo 2º conforme se encontra redigido no projecto de Estatuto.

Análise do Artigo 3º: Áreas de Competência

27. Durante a análise do Artigo 3º, as delegações fizeram os seguintes comentários e observações:

(i) O princípio de subsidiariedade deve constar no texto, tal como decidido nas Conclusões de Sirte da Conferência;

(25)

PRC/Exp/Legal/AUC-Auth./Rpt(II) Pág. 7

(ii) Na alínea a), uma vez que o objectivo último é a erradicação da pobreza no continente e não apenas a redução da pobreza, há necessidade de emendar a

alínea em conformidade;

(iii) Na alínea c), o uso do termo “etc.” não é adequado, por isso deve ser suprimido ou substituído por um vocábulo mais adequado na redacção. (iv) Na alínea d) deve-se referir às alterações climáticas ao invés de aquecimento

global, uma vez que o aquecimento global é apenas um aspecto da questão de alterações climáticas. Outras delegações consideraram que questões ambientais eram mais gerais e adequadas;

(v) Na alínea (e), deve-se incluir nas áreas de competência da Autoridade, a luta contra a malária, visto que a doença mata mais pessoas no continente do que o HIV/SIDA;

(vi) Questões de desenvolvimento social, como educação, devem ser incluídas nas áreas de competência da Autoridade.

28. Levantou-se a questão do âmbito do mandato da reunião conferido pela Conferência, vide a sua Decisão Assembly/AU/Dec.263 (XIII). Neste contexto, solicitou-se esclarecimento, uma vez que algumas delegações foram de opinião que a reunião não tinha mandato para fazer alterações de fundo aos instrumentos jurídicos, à excepção das áreas que diziam respeito à decisão sobre a transformação da Comissão da UA em Autoridade da UA e, portanto, as decisões anteriores adoptadas pelos órgãos de decisão não deviam ter sido emendadas. Contudo, outras delegações constataram que a Conferência, ao conferir mandato à Comissão para elaborar os instrumentos jurídicos necessários para a transformação da Comissão da UA em Autoridade da UA, conferiu implicitamente um mandato à Comissão para analisar os referidos instrumentos jurídicos, com vista a fazer todas as emendas necessárias incluindo, se se julgar necessário, questões previamente acordadas pelos órgãos deliberativos.

29. O Conselheiro Jurídico, ao proporcionar um esclarecimento relativamente ao mandato da reunião, evocou o processo que iniciou com a análise da questão da criação de um Governo da União que foi colocado na agenda da Conferência há quase sete anos e que levou à adopção da Decisão Assembly /AU/Dec 263 (XIII) sobre a transformação da Comissão da UA em Autoridade da União Africana em Sirte, Grande Jamahiriya Árabe Líbia em Julho de 2010. Frisou que o mandato conferido pela Conferência, vide Decisão Assembly/AU/Dec.263 (XII), responsabilizava a Comissão a elaborar instrumentos jurídicos relacionados com a criação da Autoridade da União Africana (UA) e a emendar os instrumentos jurídicos existentes em conformidade. Aconselhou que o mandato da reunião se limitasse a emendar os documentos existentes, em conformidade com as decisões tomadas pelos Órgãos Deliberativos, o que não incluía uma revisão dos textos existentes.

30. No final das deliberações, a reunião concordou que o seu mandato consistia em emendar os instrumentos jurídicos para incorporar a criação da Autoridade da UA, e não

(26)

PRC/Exp/Legal/AUC-Auth./Rpt(II) Pág. 8

levar a cabo uma revisão geral dos textos. Nesta base, foi ainda acordado que as propostas de emenda seriam reflectidas no Relatório da reunião. Assim, o Artigo 3º manteve-se inalterado.

Análise do Artigo 4 º: Composição

31. Na análise do Artigo 4º, os delegados chamaram a atenção para a necessidade, nos termos da alínea (b), de substituir o termo "Deputy-President" por "Vice-President" (Vice-Presidente) em conformidade com as conclusões de Sirte e onde quer que o termo surgir no Projecto de Estatuto.

Análise do Artigo 5 º: Funções

32. Na análise do Artigo 5º, as delegações fizeram os seguintes comentários e observações:

i) O Artigo 5 (2) (c) que diz respeito à implementação das decisões de outros órgãos da União e 5 (2) (g), que se refere à coordenação e à monitorização da implementação das decisões devem ser fundidos para uma maior coerência, na medida em que estão relacionados com o mesmo assunto; ii) As alíneas (c) e (g) devem estar separadas, uma vez que a implementação

das decisões pode ser igualmente levada a cabo por outros órgãos como o Parlamento Pan-Africano ou Tribunal Africano dos Direitos Humanos e dos Povos;

iii) Na alínea 5 (2) (fff) deve-se referir igualmente à “coordenação e protecção e não gestão de zonas económicas e águas territoriais da África", em conformidade com as conclusões de Sirte.

33. No final das deliberações, a reunião emendou o Artigo 5º (2) (fff) em conformidade com o projecto de Estatuto da Autoridade.

Análise do Artigo 6º: Obrigações

34. Na análise do Artigo 6º, as delegações fizeram os seguintes comentários e observações:

i) No parágrafo 1, o termo "acções" deve ser substituído pelo termo “acto"; ii) No parágrafo 3, deve ser feita referência ao Acto Constitutivo e ao

Regulamento Interno, por causa da definição dos deveres e obrigações dos membros da Autoridade e do Pessoal;

iii) Nos parágrafos 4 e 5, é necessário fazer uma distinção entre os membros da Comissão, que são funcionários eleitos, e o Pessoal.

(27)

PRC/Exp/Legal/AUC-Auth./Rpt(II) Pág. 9

35. No final dos trabalhos e após esclarecimentos prestados pelo Conselheiro Jurídico, a reunião emendou o Artigo 6º, em conformidade com o projecto de Estatuto da Autoridade.

Análise do Artigo 7 º: Sede da Autoridade

36. A reunião adoptou o Artigo 7º, sem emenda. Análise do Artigo 8º: Eleição dos Membros da Autoridade

37. A reunião adoptou o Artigo 11 com ligeiras alterações, isto é, substituição do termo “Deputy-President” por “Vice-President”.

Análise do Artigo 9º (novo 10º): O Presidente

38. Na análise do presente Artigo, alguns delegados propuseram que a alínea (b) deve referir-se ao Representante Jurídico da Autoridade e não da União, em conformidade com a alínea (a) e (c) por razões de coerência e tendo em conta que o Representante Jurídico da União é o Presidente da União.

39. Após um debate sobre se o Representante Jurídico da União deve ser o Presidente da União ou o Presidente da Comissão, o Conselheiro Jurídico esclareceu que deve haver um representante jurídico da União como um todo e que o estatuto da Comissão previa que devia ser o Presidente da Comissão, de acordo com a actual disposição.

40. No final dos debates e após esclarecimentos prestados pelo Conselheiro Jurídico, as delegações decidiram manter o Artigo 9º na sua presente forma.

Análise do Artigo 10º (novo 11º): Funções do Presidente

41. Na análise do presente Artigo, as delegações fizeram as seguintes observações: i) No parágrafo (1) (r), deve-se corrigir a referência ao Artigo 21º, em vez do Artigo

18º;

ii) O parágrafo (1) (t) deve ser alterado e o Presidente da Autoridade deve elaborar dois (2) relatórios por ano, em vez de um (1) relatório sobre as actividades da União e seus Órgãos, uma vez que a Conferência se reúne duas vezes por ano 42. No fim das deliberações, a reunião emendou o Artigo 10º (novo 11º) tal como consta no projecto de Estatuto.

Análise do Artigo 11º: Vice-Presidente

43. A reunião adoptou o Artigo 11º (novo 12º) com uma pequena alteração, isto é, a substituição do termo “Deputy-President” por “Vice-President” (Vice-Presidente).

(28)

PRC/Exp/Legal/AUC-Auth./Rpt(II) Pág. 10

Análise do Artigo 12º: Mandato e Cessação de Mandato

44. O debate sobre o Artigo 12º centrou-se na versão francesa que não parecia estar em conformidade com a versão inglesa, no que diz respeito ao parágrafo 1. A reunião decidiu também que a disposição dos Artigos fosse feita de uma forma mais lógica.

45. No fim das deliberações, a reunião adoptou o Artigo 12º (novo 13º) conforme consta no projecto de Estatuto.

Análise do Artigo 13: Os Secretários

46. A reunião adoptou do Artigo 13º (novo 14º) sem emenda. Análise do Artigo 14: Pastas da Autoridade

47. Durante a análise do Artigo 14º (novo 15º), as delegações fizeram as seguintes observações:

i) No parágrafo (1) (iii), a palavra ‘gestão’ na frase “coordenação da gestão de políticas e estratégias comuns de defesa do continente” deve ser suprimida e substituída pela frase “coordenação das políticas comuns de defesa”. Além disso, a não-agressão não pode ser combatida, a colocação do termo “não-agressão” deve ser alterada;

ii) Este Artigo deve reflectir a expressão das Conclusões de Sirte;

iii) No parágrafo (1) (xi), deve-se acrescentar a palavra “coordenação” à frase “protecção de zonas económicas e águas territoriais de África” em conformidade com as Conclusões de Sirte;

iv) A transferência de algumas funções de uma pasta para a outra;

v) A necessidade de acrescentar mais uma pasta para a coordenação das políticas de defesa.

48. O Conselheiro Jurídico esclareceu que a atribuição de competências aos Secretários foi decidida na Conferência dos Chefes de Estado e de Governo conforme consta nas Conclusões de Sirte e, por conseguinte, a reunião não tinha mandato para analisar a atribuição de competências dos Secretários.

49. No fim das deliberações, a reunião emendou o Artigo 14º (novo 15º) conforme reflectido no projecto de Estatuto.

Análise do Artigo 15º (novo 16º): Funções Gerais dos Secretários

50. Durante a análise do Artigo 15º, o debate centrou-se na relevância do termo “Geral” no título, o que sugere que os Secretários têm funções gerais.

(29)

PRC/Exp/Legal/AUC-Auth./Rpt(II) Pág. 11

51. No fim das deliberações, a reunião adoptou o Artigo 15º após a supressão do termo “Geral”.

Análise do Artigo 16º (novo 17º): Nomeação dos Secretários

52. Durante a análise do Artigo 16, as delegações fizeram os seguintes comentários e observações:

i) O termo “nomeação” tinha sido traduzido para algumas línguas de trabalho como “designação”;

ii) A necessidade de definir o termo “Região” no Artigo 1.

53. No fim das deliberações, a reunião emendou o Artigo 16º conforme reflectido no projecto de Estatuto.

Análise do Artigo 17º (novo artigo 18º) Principais processos pré-eleitorais

54. A reunião emendou o Artigo 17º conforme se encontra reflectido no projecto de Estatuto da Autoridade.

Análise do Artigo 18º (Actual 16º) Qualificações e experiencia dos Secretários (as) 55. A reunião adoptou o Artigo 18º sem emenda.

Análise do Artigo 19º: Procedimentos de votação para eleição dos Secretários

56. Durante a análise do Artigo 19, uma delegação propôs que a ordem das pastas, de acordo como as eleições são realizadas, devia ser feita por sorteio no início de cada eleição.

57. No fim dos debates, a reunião adoptou o Artigo 19º sem emenda. Análise do Artigo 20º: Regulamento Interno

58. A reunião adoptou o Artigo 20º sem emenda. Entretanto, observou-se que devido ao facto de as normas serem internas em relação à Autoridade e não terem sido submetidas aos órgãos deliberativos para adopção, deve ser alterado o título do instrumento jurídico em conformidade.

Análise do Artigo 21º: Nomeação dos Funcionários da Autoridade

59. Durante a Análise do Artigo 21º, referiu-se que a Autoridade que procede às Nomeações é o Presidente da Autoridade e era necessário introduzir emenda nesse sentido. A reunião concordou igualmente em suprimir a palavra “outros” antes da palavra “funcionários”. Além disso, havia necessidade de outra alteração, pelo facto de o recrutamento do pessoal não ser feito em consulta com o CRP.

(30)

PRC/Exp/Legal/AUC-Auth./Rpt(II) Pág. 12

60. A reunião emendou o Artigo 21º conforme se encontra reflectido na “proposta de Estatuto”.

Análise do Artigo 22º: Privilégios e Imunidades

61. No decurso da Análise do Artigo 22º, as delegações fizeram os seguintes comentários e observações:

(i) Necessidade de mencionar as datas das Convenções citadas neste Artigo; (ii) Convém não fazer referência às Convenções que não estão em vigor, e àquelas

que não estão relacionadas com privilégios e imunidades; (iii) A necessidade de mencionar os privilégios e imunidades concedidos pelas

Convenções referidas no presente Artigo.

62. Ao prestar esclarecimentos, o Consultor informou que não era necessário acrescentar as datas das Convenções, uma vez que os títulos foram mencionados e que os privilégios e imunidades são tão numerosos, que seria impossível enumerá-los todos. 63. No final das deliberações e dos esclarecimentos prestados pelo Conselheiro

Jurídico e pelo Consultor, a reunião adoptou o Artigo 22º sem alterações. Análise do Artigo 23º: Programa e Orçamento

64. No decurso da Análise do Artigo 23º, as delegações fizeram os seguintes comentários e observações:

(i) No parágrafo 1, deve-se suprimir a frase “ e deverão submetê-lo, através do CRP e do Conselho Executivo, à Conferência para consideração, ” uma vez que a Autoridade deve remeter directamente à Conferência;

(ii) O CRP e o Conselho Executivo devem analisar o orçamento antes de o submeterem à Assembleia, em virtude da natureza intergovernamental da União; (iii) A periodicidade do orçamento deve ser revista pelo facto de o orçamento ser anual

e não de dois em dois anos;

(iv) A preparação do orçamento deve obedecer ao Regulamento Financeiro, assim como às decisões relevantes da Conferência nesta matéria;

(v) A necessidade de substituir os termos “Programa e Orçamento” pelo termo “Orçamento Programa” em conformidade com as regras existentes;

(31)

PRC/Exp/Legal/AUC-Auth./Rpt(II) Pág. 13

65. No final das deliberações e após os devidos esclarecimentos terem sido fornecidos, a reunião emendou o Artigo 23º conforme se encontra reflectido no estatuto.

Análise do Artigo 24º: Recursos Financeiros

66. No decurso da Análise do Artigo 24º, as delegações fizeram os seguintes comentários e observações:

(i) O título deve ser alterado para “demonstrações financeiras” ou “relatório financeiro”, porque o conteúdo do Artigo não está em conformidade com o actual título.

(ii) As disposições deste Artigo devem estar em conformidade com o Regulamento Financeiro.

(iii) A Autoridade deve submeter o orçamento aprovado pela Conferência aos Estados Membros no prazo de um mês após a sua aprovação.

(iv) Alguns participantes consideraram que existia um problema técnico, uma vez que o exercício financeiro tem início a 1 de Janeiro e o orçamento é adoptado em finais de Janeiro/Fevereiro; por essa razão o período de adopção devia ser Julho. Outros foram de opinião que o problema diz respeito à execução, e os Estados-Membros e a Autoridade devem cumprir;

(v) É importante que os Estados Membros sejam informados sobre as suas contribuições estatutárias do ano antes do início do ano financeiro; (vi) Em conformidade com a Decisão EX. CL./ Dezembro 527. (XVI), adoptada pela 16ª Sessão Ordinária do Conselho Executivo, realizada em Adis Abeba, Etiópia, de 25 a 29 de Janeiro de 2010, a Autoridade da UA, à semelhança da Comissão, deve submeter aos Estados Membros um relatório trimestral sobre a execução orçamental;

(vii) Os peritos de finanças dos Estados Membros devem estar envolvidos na análise do orçamento;

67. No final das deliberações, o Artigo 24º foi emendado em conformidade com o projecto de Estatuto. A reunião recomendou igualmente que os peritos de finanças dos Estados Membros sejam envolvidos no processo orçamental.

Análise do Artigo 25º: Fundo Geral

68.Durante a análise do Artigo 25º, foram solicitados esclarecimentos quanto ao Fundo Geral, os quais foram prestados pelo Director Interino de Finanças.

(32)

PRC/Exp/Legal/AUC-Auth./Rpt(II) Pág. 14

Análise do Artigo 26º: Fundos Especiais

70. A reunião aprovou o Artigo 26º, sem emenda. Análise do Artigo 27º: Donativos e Outras Doações 71. A reunião aprovou o Artigo 27º, sem emenda. Análise do Artigo 28º: Depósito de Fundos

72. A reunião, alterou o Artigo 28º, em conformidade com o projecto de Estatuto. Análise do Artigo 29 º: Contas e Auditoria

73. A reunião aprovou o Artigo 29º sem emenda. Análise do Artigo 30º: Emendas

74. A reunião aprovou o Artigo 30º, sem emenda. Análise do Artigo 31º: Entrada em Vigor

75. Durante a análise do Artigo 31º, as delegações fizeram os seguintes comentários e observações:

i) O Estatuto da Autoridade deve entrar em vigor só depois da entrada em vigor do Protocolo relativo à Emenda ao Acto Constitutivo sobre a transformação da Comissão da UA em Autoridade da UA;

ii) O Estatuto da Autoridade deve revogar o anterior instrumento jurídico da Comissão da UA.

76. A reunião concordou com a necessidade imperativa de emendar o Artigo 31º de modo a demonstrar que o Estatuto da Autoridade só entrará em vigor depois da entrada em vigor do Protocolo relativo à Emenda ao Acto Constitutivo sobre a transformação da Comissão da UA em Autoridade da UA.

77. A reunião emendou o Artigo 31º tal como consta no projecto de Estatuto. Novo Artigo 32º: Disposições Finais

78. A reunião concordou que havia necessidade de incluir um novo Artigo com o título “disposições finais ou transitórias”.

(33)

PRC/Exp/Legal/AUC-Auth./Rpt(II) Pág. 15 VIII. ADOPÇÃO DO RELATÓRIO E DO PROJECTO DE INSTRUMENTOS

JURÍDICOS

79. Dos dez (10) instrumentos jurídicos contidos na Agenda, a reunião só analisou um, o projecto de Estatuto da Autoridade, e adoptou o Relatório e o projecto de Estatuto da Autoridade com emendas.

80. A Grande Jamahiriya Líbia apresentou reservas relativamente ao projecto de Estatuto da Autoridade e ao Relatório da reunião.

IX. DIVERSOS

81. Algumas delegações levantaram a questão do estatuto da reunião de Adis Abeba, que se refere ao CRP e peritos governamentais, em comparação com a reunião de Tripoli, que foi designada reunião de peritos dos governos aberta aos Membros do CRP. Outras delegações consideraram que a reunião de Adis Abeba era uma continuação da reunião de Tripoli visto que a Decisão Assembly/AU/Dec.263 (XIII) mandatava os peritos dos governos a levarem a cabo este exercício e estes não puderam concluir o seu trabalho em Tripoli.

82. No fim dos debates, a reunião concordou que, em conformidade com a Decisão Assembly/AU/Dec.263(XIII), a reunião de Adis Abeba era uma continuação da reunião de Tripoli e que era, portanto, uma reunião dos peritos dos governos que se destinava a concluir a análise do projecto de instrumentos jurídicos, e o CRP iria fazer as suas observações antes da análise pelo Conselho Executivo.

83. Por conseguinte, a reunião concordou que o relatório de actividades sobre a implementação da Decisão Assembly/AU/Dec.263(XIII) seria submetido à reunião dos órgãos deliberativos agendada para ter lugar em Kampala, Uganda, em Julho de 2010, mas que o projecto de instrumentos jurídicos adoptado seria submetido ao Conselho Executivo e à Conferência como um pacote após a conclusão de todos os restantes instrumentos.

84. Propôs-se que uma outra reunião de peritos dos governos fosse, se possível, organizada antes da Cimeira de Kampala de modo a finalizar a análise dos restantes instrumentos jurídicos. Contudo, outras delegações defenderam que dado ao volume de trabalho relacionado com os preparativos da Cimeira de Kampala, uma outra reunião só podia ser organizada depois da Cimeira de Kampala. No fim dos debates, ficou acordado que a reunião de acompanhamento seria realizada após a Cimeira de Kampala.

85. O Representante da África do Sul reiterou o convite do seu governo às cerimónias de abertura e encerramento do Campeonato Mundial de Futebol a ter lugar na África do Sul, de 11 de Junho a 11 de Julho de 2010.

86. Num outro contexto, o Conselheiro Jurídico informou os presentes na reunião que a Comissão iria enviar uma comunicação a todos os Estados Membros sobre a questão do

(34)

PRC/Exp/Legal/AUC-Auth./Rpt(II) Pág. 16

crime de agressão que será discutida durante a Conferência de Avaliação de Kampala do Tribunal Penal Internacional (TPI), agendada para Maio/Junho de 2010.

X. CERIMÓNIA DE ENCERRAMENTO

87. O Conselheiro Jurídico agradeceu as delegações e os membros do CRP pelo trabalho realizado, tendo em mente o facto de que os instrumentos mais complexos foram o projecto de Protocolo relativo às Alterações ao Acto Constitutivo e o projecto de Estatuto relativo à Autoridade, que haviam sido basicamente finalizados nas duas reuniões. Ele salientou que os restantes instrumentos jurídicos não iriam trazer grandes dificuldades e não iriam requerer muito tempo porque a maioria das alterações a serem feitas, em conformidade como as Conclusões de Sirte, estava contida no Estatuto da Autoridade, e que todas as outras alterações aos outros instrumentos jurídicos seriam apenas de natureza indirecta.

88. No seu discurso de encerramento, a Presidente da reunião, Ilustre Juíza Dra. Jane Ansah, agradeceu os Peritos dos Governos, os membros do CRP presentes, os funcionários da Comissão da UA, os Consultores e os Intérpretes, afirmando que sem eles não teria sido capaz de presidir com sucesso a reunião. Ela desejou a todos um agradável fim-de-semana, despediu-se de todos os participantes e desejou-os boa viagem de regresso aos seus respectivos países.

(35)

EX.CL/644 (XVIII) Anexo III

RELATÓRIO DA 3ª REUNIÃO DE PERITOS GOVERNAMENTAIS SOBRE

OS INSTRUMENTOS JURÍDICOS RELATIVOS À TRANSFORMAÇÃO DA

COMISSÃO DA UNIÃO AFRICANA EM AUTORIDADE

DA UNIÃO AFRICANA

22 de Novembro - 3 de Dezembro de 2010

Adis Abeba, Etiópia

(36)

AFRICAN UNION

UNION AFRICAINE UNIÃO AFRICANA

Addis Ababa, Ethiopia P. O. Box 3243 Telephone: +251 11 551 7700 Fax: +251 11 551 7844 Website: www.africa-union.org

Terceira Reunião de Peritos Governamentais sobre os Instrumentos Jurídicos Relativos à Transformação da Comissão da UA em Autoridade da UA

22 de Novembro - 3 de Dezembro de 2010 Adis Abeba, Etiópia

PRC/Exp/Legal/AUC-Auth./Rpt (III) Original: Inglês

RELATÓRIO DA TERCEIRA REUNIÃO DE PERITOS GOVERNAMENTAIS SOBRE OS INSTRUMENTOS JURÍDICOS RELATIVOS À TRANSFORMAÇÃO DA COMISSÃO

DA UNIÃO AFRICANA EM AUTORIDADE DA UNIÃO AFRICANA

Referências

Documentos relacionados

[r]

Diante dos trabalhos feitos, o Conseg conta com os apoios das Polícias Militar e Civil, GCMB, Demutran, das associações privadas, como a AREA e SOCET, que zelam pela

Com uma gestão integrada, a ABF Rio manteve durante esse biênio um ritmo forte de ações e eventos voltados para o interesse dos associados, preparando o mercado em geral e

Nós Ministros Africanos dos Recursos Hídricos e Chefes das delegações reunidos em Joanesburgo, África do Sul, de 9-13 de Novembro de 2009, na qualidade de membros do

E falo para todo mundo hoje, com maior orgulho que, às vezes, poxa, dezesseis anos de carreira, de atleta e eu acho que esses quatro meses como treinadora, a frente

A pesquisa desenvolvida para a escrita desta dissertação se assemelha aos estudos de Joly, Maria (2007); Santos (2013) e Silva (2012) na medida em que tratam da prática musical em

curtas introduções acima ou abaixo deles e que as falas das personagens sejam inseridas em balões, também é recorrente o uso de onomatopeias para expressar os sons.... TIPOS

Coronel, Valeria Alejandra 4-FC2/SP-2nd-YmackVizcaya-Shelton DORADO. Cruz, Isabel