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Condições Gerais SEGURO MULTIRRISCOS HABITAÇÃO

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Academic year: 2021

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SEGURO MULTIRRISCOS

HABITAÇÃO

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ARTIGO PRELIMINAR

Entre a NOSSA – NOVA SOCIEDADE DE SEGUROS DE ANGOLA, S.A., adiante designada por NOSSA Seguros ou Seguradora, e o Tomador de Seguro mencionado nas Condições Particulares, estabelecem entre si um contrato de seguro de Multirriscos Habitação, que se regula pelas presentes Condições Gerais e pelas Condições Particulares, e ainda, quando contratadas, pelas Condições Especiais, de acordo com as declarações constantes da proposta de seguro, e demais informações complementares que lhe serviram de base e do qual fazem parte integrante.

CAPÍTULO I - DEFINIÇÕES, OBJECTO E GARANTIAS DO CONTRATO, COBERTURAS E EXCLUSÕES

Artigo 1.º - DEFINIÇÕES

Para efeitos do presente contrato, entende-se por:

Acta Adicional: documento que titula a alteração da Apólice e da qual faz

parte integrante.

Agregado familiar: As pessoas, de entre as quais a seguir se indicam, que

coabitam com o Segurado em economia comum; o cônjuge ou pessoa que viva em união de facto com o Segurado; parentes ou afins em linha directa e até ao 2º grau da linha colateral; adoptados e tutelados e ainda o pessoal doméstico quando ao serviço na habitação segura;

Apólice: conjunto de condições e documentos que titulam e formalizam o

contrato de seguro, celebrado entre o Tomador de seguro e a Seguradora, que engloba a proposta subscrita pelo Tomador de Seguro ou pelo Segurado, se for pessoa diferente, e as Condições Gerais e Particulares acordadas e demais elementos complementares que lhe serviram de base

Beneficiário: é a pessoa a favor de quem reverte a prestação da Seguradora,

decorrente do contrato de seguro.

Seguros: edifício ou fracção autónoma de edifício em regime de

propriedade horizontal e/ou o conteúdo, designado e valorado nas Condições Particulares.

Capital Seguro: também designado por valor seguro ou limite de

indemnização, é o valor máximo pelo qual a Seguradora responde em caso de sinistro coberto por esta Apólice.

Condições Especiais: Disposições que visam esclarecer, completar ou

especificar disposições das Condições Gerais.

Condições Gerais: Conjunto de disposições contratuais que definem e

regulamentam obrigações genéricas e comuns inerentes a um ramo ou modalidade de seguro.

Condições Particulares: Documento onde se encontram os elementos

específicos e individuais do contrato, que o distingue de todos os outros.

Conteúdo: conjunto de bens móveis, desde que se encontrem na residência

do Segurado identificada nas Condições Particulares: Considera-se como conteúdo:

1. O conjunto de objectos de uso doméstico e de uso pessoal, que sejam propriedade do Segurado, seus familiares ou de empregados ao seu serviço doméstico que com ele coabitem;

2. O mobiliário e instrumentos profissionais do Segurado necessários para o exercício de profissão liberal, desde que estejam identificados e valorizados nas Condições Particulares;

3. Os objectos de valor elevado, em habitações permanentes, entendendo-se como tal as pedras preciosas, metais preciosos, pérolas, jóias, gravuras e quadros, antiguidades ou raridades de qualquer natureza, colecções de filatelia e numismática ou de qualquer outra natureza, desde que estejam identificados e valorizados de forma unitária nas Condições Particulares;

4. As obras de reforma (benfeitorias) efectuadas no edifício pelo inquilino ou ocupante, desde que estejam identificados e valorizados nas Condições Particulares.

Dano material: Ofensa que afecte qualquer coisa móvel, imóvel ou animal. Dano não patrimonial: Prejuízo que, não sendo susceptível de avaliação

pecuniária, deve, no entanto, ser compensado através de uma obrigação

pecuniária.

Dano patrimonial: Prejuízo que, sendo susceptível de avaliação pecuniária,

deve ser reparado ou indemnizado.

Dano pessoal: Qualquer ofensa corporal ou de outra natureza causada a

uma pessoa.

Edifício ou fracção autónoma de edifício:

1. A estrutura, paredes, cobertura, tectos, pavimentos, portas e janelas, bem como os vidros nelas fixos, armários encastrados e outros elementos de construção;

2. As instalações fixas com carácter de permanência, tais como: - As instalações de água, gás, electricidade, telefónicas, sistemas

de comunicação interna, alarmes e similares; - Os aparelhos de aquecimento e refrigeração;

- As antenas de rádio e de televisão, com excepção das antenas parabólicas;

- Os painéis solares; os móveis de cozinha, quando o Segurado for proprietário da habitação;

- A louça sanitária da casa de banho.

3. As dependências anexas, como sejam, as garagens, adegas, arrecadações e sótãos, sempre que integrados no mesmo edifício ou fracção e construídos com os mesmos materiais;

4. Os logradouros e as partes exteriores do edifício, tais como cercas, portões e vedações, muros, terraços, pátios, piscinas, campos de ténis e outras instalações desportivas;

5. As obras de reforma (benfeitorias) ou elementos fixos de decoração que formem parte do edifício e pertençam ao Segurado;

6. O valor proporcional das partes comuns do edifício, caso o mesmo esteja sujeito ao regime da propriedade horizontal.

Estorno: devolução ao Tomador de Seguro de uma parte do prémio do

seguro já pago.

Franquia: a importância que em caso se sinistro fica a cargo do Segurado,

e cujo montante ou forma de cálculo se encontra estipulado nas Condições Particulares.

Habitação: Edifício ou fracção de edifício, objecto do seguro, no qual se

encontram instalados os bens móveis seguros;

Habitação não permanente: Aquela que não constitui a residência

permanente do Segurado, As visitas, ainda que regulares, com permanência igual ou inferior a três dias consecutivos, não interrompem o período de desabitação;

Local de risco: O local identificado nas Condições Particulares, onde se

encontram os bens, valores, interesses ou obrigações que constituem o objecto deste contrato;

Materiais não resistentes: consideram-se materiais não resistentes os

que não se enquadrem na definição de materiais resistentes nomeadamente madeira, plástico, policarbonatos, borracha, oleado, vinil ou tecido.

Materiais resistentes: por materiais resistentes consideram-se o ferro,

aço, pedra, betão armado, alvenaria, telha cerâmica e outros de resistência equivalente ao fogo, vento e peso da neve e granizo;

Objectos Seguros: Também designados Bens Seguros, são os bens móveis

e/ou imóveis garantidos pelo presente contrato, e que se indicam nas Condições Particulares.

Prémio Total: preço pago pelo Tomador de Seguro à Seguradora, pela

contratação do Seguro

Residência/Habitação Permanente: edifício ou fracção autónoma de

edifício, identificada nas condições Particulares, onde o Segurado habita e vive com estabilidade e tem instalada e organizada a sua economia doméstica e que, num ano civil, não se encontra desabitada mais de 60 dias seguidos ou intercalados. Considera-se que o local de risco está desabitado, quando nele não se pernoita.

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Risco: A possibilidade de ocorrência de um acontecimento fortuito, súbito

e imprevisto susceptível de produzir danos;

Salvados: Objectos Seguros que em consequência de um sinistro fiquem

danificados podendo o seu valor ser deduzido na indemnização a que o Segurado tiver direito.

Seguradora: A entidade acima indicada legalmente autorizada para a

exploração do seguro de Multirriscos Habitação e que subscreve, com o Tomador de Seguro, o presente contrato.

Segurado: a pessoa ou entidade que tem interesse em segurar os bens

seguros abrangidos pelo presente contrato ou no interesse da qual o contrato se celebra, e que se encontra identificada nas Condições Particulares.

Seguro em Primeiro Risco: Consiste em segurar um determinado capital,

nas coberturas com valor seguro em 1º risco, até ao qual fica limitada a indemnização, não sendo aplicável a regra proporcional;

Sinistro: o evento ou série de eventos resultantes de uma mesma causa

susceptível de fazer funcionar as garantias do contrato.

Salvados: objectos seguros que em consequência de um sinistro fiquem

danificados podendo o seu valor ser deduzido na indemnização a que a Seguradora tiver direito.

Seguradora: entidade acima indicada legalmente autorizada para exploração

do seguro de Multirriscos Habitação e que subscreve, com o Tomador de Seguro, o presente contrato.

Terceiros: Todas as pessoas à excepção de:

- Aquelas cuja responsabilidade civil esteja coberta por esta apólice;

- Os membros do agregado familiar do Segurado.

Tomador de Seguro: a pessoa ou entidade que celebra o presente contrato

com a Seguradora, sendo responsável pelo pagamento dos prémios

Vencimento da apólice: Num seguro temporário, a data em que termina

o contrato; num seguro de um ano e sucessivas prorrogações, a data da renovação anual do contrato.

Artigo 2.º - OBJECTO DO CONTRATO

1. O presente contrato garante, nos termos estabelecidos nas respectivas coberturas contratadas, prestações devidas por:

a) Perdas ou danos causados aos bens seguros indicados nas Condições Particulares;

b) Responsabilidade Civil Extracontratual do Segurado.

2. Salvo convenção em contrário, expressa nas Condições Particulares da apólice, o presente contrato garante a cobertura dos seguintes riscos:

COBERTURA BASE:

1. Incêndio, Acção Mecânica de Queda de Raio e Explosão; 2. Tempestades;

3. Inundações;

4. Responsabilidade Civil Extracontratual Familiar; 5. Queda de Aeronaves e Travessia da Barreira do Som; 6. Choque ou Impacto de Veículos Terrestres ou de Animais; 7. Choque ou Impacto de Objectos Sólidos;

8. Quebra de Vidros, Espelhos, Pedras e Loiças Sanitárias; 9. Quebra ou Queda de Antenas;

10. Quebra ou Queda de Painéis Solares; 11. Danos por Água;

12. Furto ou Roubo;

13. Fenómenos Sísmicos;

14. Actos de Vandalismo ou Maliciosos;

15. Greves, Tumultos e Alterações da Ordem Pública; 16. Demolição e Remoção de Escombros.

3. Mediante convenção expressa nas Condições Particulares, facultativamente o presente contrato pode ainda garantir, a título de Cobertura Adicional, os seguintes riscos:

CONDIÇÕES ESPECIAIS:

• Aluimento de Terras; • Riscos Eléctricos; • Danos por Fumo ou Calor; • Danos Estéticos;

• Privação Temporária de Uso de Residência Permanente, • Perda de Rendas;

• Danos em Bens do Senhorio; • Derrame Acidental de Óleo.

CAPÍTULO II - EXCLUSÕES, ÂMBITO, DEFINIÇÕES E LIMITES Artigo 3.º - EXCLUSÕES GERAIS

No âmbito do presente contrato não ficam garantidas, em caso algum, as perdas ou danos que derivem directa ou indirectamente de:

1. Guerra, declarada ou não, invasão, acto de inimigo estrangeiro, hostilidades ou operações bélicas, guerra civil, insurreição, rebelião ou revolução, bem como os causados acidentalmente por engenhos explosivos ou incendiários;

2. Levantamento militar ou acto do poder militar legítimo ou usurpado; 3. Actos de Terrorismo, entendendo-se como tal todos e quaisquer actos,

praticados por pessoas ou grupo de pessoas, actuando isoladas ou em nome ou ligação com quaisquer organizações, autoridades ou governos, com motivações políticas, religiosas, ideológicas ou étnicas e/ou com intenção de influenciar as autoridades ou governos e/ou lançar o pânico e/ou medo na população em geral ou em grupos delimitados, e seja qual for a forma ou grau de violência e/ou ameaça empregue, bem como seja qual for o meio de efectivação dessa violência ou ameaça; 4. Actos de Sabotagem, entendendo-se com tal, um acto de destruição

que impossibilite o funcionamento ou desvie dos seus fins normais, definitiva ou temporariamente, total ou parcialmente, meios ou vias de comunicação, instalações de serviços públicos ou destinados ao abastecimento e satisfação de necessidades vitais da população, com a intenção de destruir, alterar ou subverter o Estado de direito constitucionalmente estabelecido, praticado por qualquer indivíduo ou conjunto de indivíduos;

5. Confiscação, requisição, destruição ou danos produzidos nos bens seguros, por ordem do Governo, de direito ou de facto, ou de qualquer autoridade instituída, salvo quando praticados com o fim de salvamento, se o forem em razão de qualquer risco coberto por esta Apólice; 6. Explosão, libertação do calor e irradiações provenientes de cisão

de átomos ou substâncias radioactivas e ainda os decorrentes de radiações provocadas pela aceleração artificial de partículas;

7. Actos ou omissões dolosas do Tomador de Seguro, do Segurado ou de pessoas por quem estes sejam civilmente responsáveis;

8. Custas e quaisquer outras despesas provenientes de procedimento criminal, fianças, coimas, multas, taxas ou outros encargos de idêntica natureza;

9. Extravio, furto ou roubo dos bens seguros, quando praticados durante ou na sequência de qualquer sinistro coberto por este contrato; 10. Qualquer tipo de poluição ou contaminação;

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11. Reclamações de natureza consequencial, tais como, perda de lucros ou de rendimentos, com excepção dos expressamente mencionados nas condições do presente contrato;

12. Valor estimativo ou depreciação de uma colecção em virtude de ficar desfalcada de alguma unidade;

13. Consideram-se ainda excluídos, seja qual for a causa que os determine, excepto se forem decorrentes de um dano material directo coberto pela apólice, os danos causados a componentes, programas, sistemas ou dados informáticos, nomeadamente:

I. Perda, alteração ou danificação de dados, registos, informações, programas e dum modo geral quaisquer sistemas ou componentes habitualmente designados por software;

II. Perda, redução ou modificação de funcionalidades, disponibilidade ou operacionalidade de computadores, “chips”, programas e/ ou sistemas informáticos;

III. Toda e qualquer interrupção ou afectação de actividade decorrente das situações previstas nas alíneas anteriores.

Artigo 4.º - ÂMBITO E LIMITES DA COBERTURA BASE

Os riscos garantidos pela cobertura base têm o seguinte âmbito e limites: 1. Incêndio, Acção Mecânica de Queda de Raio e Explosão

Esta cobertura garante, até ao limite estabelecido nas Condições Particulares, os danos causados aos bens seguros em consequência de:

• Incêndio;

• Meios empregues para combater o incêndio, assim como os danos derivados de calor, fumo ou vapor ou explosão em consequência do incêndio e ainda remoções ou destruições executadas por ordem da autoridade competente ou praticadas com o fim de salvamento, se o forem em razão de qualquer dos factos atrás previstos;

• Acção mecânica de queda de raio, explosão acidental, mesmo que não acompanhados por incêndio.

Para efeitos da garantia desta cobertura entende-se por:

• Incêndio - Combustão acidental, com desenvolvimento de chamas estranhas a uma fonte normal de fogo, ainda que nesta possa ter origem, e que se pode propagar pelos seus próprios meios; • Acção Mecânica de Queda de Raio - Descarga atmosférica

ocorrida entre a nuvem e o solo, consistindo em um ou mais impulsos de corrente que conferem ao fenómeno uma luminosidade característica (raio) e que provoque deformações mecânicas permanentes nos bens seguros;

• Explosão - Acção súbita e violenta da pressão ou depressão de gás ou de vapor.

Para além das exclusões gerais previstas no artigo 3º, ficam ainda excluídos os seguintes danos:

• Que derivem de Riscos Eléctricos, nomeadamente os danos ocasionados por efeitos directos de corrente eléctrica em aparelhos, instalações eléctricas e seus acessórios, nomeadamente sobretensão e sobreintensidade, incluindo os produzidos pela electricidade atmosférica, tal como a resultante de raio e curto-circuito, ainda que nos mesmos se produza incêndio;

• Não são danos por incêndio os causados pela acção isolada do calor ou pelo contacto directo ou indirecto com aparelhos de aquecimento, iluminação, velas ou candelabros e lareiras, por “acidentes de fumadores”, e ainda os danos causados quando os objectos caiam isoladamente ao fogo, a não ser que tais factos ocorram durante um incêndio propriamente dito, ou que este resulte das causas referidas.

2. Tempestades

Esta cobertura garante, até ao limite estabelecido nas Condições Particulares, os danos causados aos bens seguros em consequência de:

• Tufões, ciclones, tornados e toda a acção directa de ventos fortes ou choque de objectos arremessados ou projectados pelos mesmos, sempre que a sua violência destrua ou danifique vários edifícios de boa construção, objectos ou árvores num raio de 5 km envolventes dos Bens Seguros;

• Alagamento causado pela queda de chuva, neve ou granizo, desde que estes agentes atmosféricos penetrem no interior do edifício seguro em consequência de danos causados por riscos mencionados na alínea a), e desde que os danos se verifiquem nas 48 horas seguintes ao momento da destruição parcial do edifício seguro;

Para efeitos da garantia desta cobertura entende-se por:

• Ventos fortes: aqueles que atinjam uma velocidade superior a 90 quilómetros por hora;

• Edifícios de boa construção: aqueles cuja estrutura, paredes exteriores e cobertura sejam construídas de acordo com a regulamentação vigente à data da construção, utilizando materiais resistentes ao vento, designadamente betão armado, alvenaria e telha cerâmica.

São considerados como constituindo um único e mesmo sinistro os estragos ocorridos nas 48 horas que se seguem ao momento em que os bens seguros sofram os primeiros danos.

Para além das exclusões previstas no artigo 3º ficam ainda excluídos os danos:

• Causados pela acção do mar, sejam de que natureza forem, mesmo que estes acontecimentos resultem de temporal; • Em construções de reconhecida fragilidade, e ainda quando os

edifícios se encontrem em estado de reconhecida degradação no momento da ocorrência, incluindo quaisquer objectos que se encontrem nos mesmos edifícios ou construções. Considera-se que são construção de reconhecida fragilidade aqueles que forem considerados como de não boa construção.

• Em bens móveis que se encontrem ao ar livre;

• Em dispositivos de protecção (tais como persianas e marquises), muros, vedações, portões, toldos, estores exteriores, os quais ficam, todavia, cobertos se forem acompanhados da destruição total ou parcial do edifício onde se encontrem os bens seguros; • Provocados por entrada de água das chuvas através de telhados,

portas, janelas, clarabóias, terraços e marquises, excepto quando se trate de danos resultantes do risco contemplado nesta cobertura e ainda o refluxo de águas provenientes de canalizações ou esgotos não pertencentes ao edifício;

• Provocados por infiltrações através de paredes e/ou tectos, humidade e/ou condensação, excepto quando se trate de danos resultantes dos riscos de Tempestade ou Inundações.

3. Inundações

Esta cobertura garante, até ao limite estabelecido nas Condições Particulares, os danos causados aos bens seguros em consequência de:

• Tromba de água ou queda de chuvas torrenciais resultantes de precipitação atmosférica de intensidade superior a 10mm em 10 minutos, no pluviómetro;

• Rebentamento de adutores, colectores, drenos, diques e barragens;

• Enxurrada ou transbordamento do leito de cursos de água naturais o artificiais;

São considerados como constituindo um único e mesmo sinistro os estragos ocorridos nas 48 horas que se seguem ao momento em que os bens seguros sofram os primeiros danos.

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Para além das exclusões previstas no artigo 3º ficam ainda excluídos os danos:

• Provocados por subidas de marés e marés vivas, bem como pela acção continuada do mar ou de outras superfícies de água, naturais ou artificiais;

• Provocados por infiltrações através de paredes, tectos, portas, janelas, clarabóias, terraços ou marquises, bem como por goteiras, humidade, condensação e ou oxidação, excepto quando directamente resultantes dos riscos previstos no ponto I. da alínea a) do âmbito desta cobertura.

Salvo convenção em contrário constante das Condições Particulares, esta cobertura também não garante os danos causados em:

• Construções não inteiramente fechadas ou cobertas;

• Construções que não tenham sido dimensionadas de acordo com a regulamentação vigente à data da construção e cuja estrutura, paredes exteriores e ou cobertura não sejam maioritariamente construídas com materiais resistentes ao vento, designadamente betão armado, alvenaria e telha cerâmica, assim como naquelas em que os materiais de construção ditos resistentes não predominem em pelo menos 50%, e, ainda, quando os edifícios se encontrem em estado de degradação no momento da ocorrência; • Conteúdos existentes nas construções referidas nas alíneas

anteriores;

• Bens móveis que estejam ao ar livre;

• Coberturas, cortinas ou tectos, exteriores, de construções ou instalações, cujos componentes sejam de materiais ditos não resistentes;

• Muros, persianas, marquises, portões e estores exteriores, excepto se ocorrer simultaneamente destruição total ou parcial do edifício seguro ou onde se encontrem os bens seguros. 4. Responsabilidade Civil Extracontratual Familiar

Esta cobertura garante, até ao limite estabelecido nas Condições Particulares, o pagamento de indemnizações legalmente exigíveis ao Segurado, por danos causados a terceiros pelas pessoas que habitem, a título legítimo, no local de risco identificado nas Condições Particulares, nomeadamente proprietários e arrendatários.

Quando o Segurado for uma pessoa colectiva, considera-se também como Segurado a pessoa singular que tenha residência no referido edifício ou fracção, desde que esteja expressamente identificada nas Condições Particulares.

Esta cobertura também abrange:

• A responsabilidade civil extracontratual das Pessoas Seguras em consequência da sua vida privada, relativamente a actos ou omissões cometidas exclusivamente em Angola, salvo convenção em contrário constante das Condições Particulares;

• A responsabilidade civil extracontratual das Pessoas Seguras até à idade de 24 anos, quando estejam deslocadas da residência permanente do Segurado por razões de continuação de estudos, sem prejuízo do âmbito territorial previsto.

Os danos causados a terceiros:

I. I. Por empregados domésticos do Segurado, desde que os factos geradores de responsabilidade civil ocorram durante a prestação do respectivo serviço doméstico;

II. Pelas Pessoas Seguras durante a prática de desportos, excepto quando em competições ou nos respectivos treinos e desde que não sejam utilizados quaisquer tipos de armas ou veículos. Para além das exclusões previstas no artigo 6ª esta cobertura também não garante:

• Danos resultantes de qualquer actividade profissional ou de carácter lucrativo, praticada pelas Pessoas Seguras;

• Danos causados às Pessoas Seguras entre si, bem como aos seus

parentes ou afins na linha recta e até ao 2º grau da linha colateral, adoptados, tutelados e curatelados ainda que não coabitem com o Segurado;

• Danos causados ao Tomador de Seguro e aos agentes ou representantes legais do Segurado;

• Danos causados aos empregados domésticos do Segurado quando decorram de acidente que possa ser considerado como acidente de trabalho;

• Danos causados por bens, veículos e actividades que, nos termos da lei, devam ser objecto de Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil;

• Danos causados por quaisquer outros veículos terrestres, aéreos ou aquáticos com motor, incluindo modelos motorizados com controlo à distância;

• Danos decorrentes de actos ou omissões dolosas praticadas pelas pessoas cuja responsabilidade civil se segura, salvo se não tiverem plena capacidade de exercício de direitos;

• Danos decorrentes de actos ou omissões praticadas sob a influência de narcóticos, estupefacientes ou medicamentos fora de prescrição médica, ou sob o efeito de álcool;

• Danos resultantes da utilização de velocípedes sem motor; • Danos resultantes da participação em rixas ou desordens; • Danos causados a objectos ou animais confiados ou à guarda das

Pessoas Seguras;

• Danos causados a bens móveis ou imóveis, alugados, arrendados ou detidos a qualquer título pelas Pessoas Seguras;

• Danos causados por edifício ou fracção de edifício, propriedade do Tomador de Seguro ou de qualquer das Pessoas Seguras, ainda que seguros pelo presente contrato;

• Danos causados pelos bens seguros;

• Danos decorrentes de acordo ou contrato, na medida em que a responsabilidade que daí resulte exceda a que a Pessoa Segura estaria obrigada na ausência de tal acordo ou contrato;

• Danos decorrentes de poluição não acidental;

• Indemnizações atribuídas a título de “danos punitivos” (punitive damages), “danos de vingança” (vindicative damages), “danos exemplares” (exemplary damages) ou de quaisquer outros tipos de danos que não sejam indemnizáveis ao abrigo da ordem jurídica angolana;

• Danos causados por animais detidos, a qualquer título, pelas Pessoas Seguras.

5. Queda de Aeronaves ou Travessia da Barreira do Som

Esta cobertura garante, até ao limite estabelecido nas Condições Particulares, os danos causados aos bens seguros em consequência de:

• Choque ou queda de todo ou parte de aparelhos de navegação aérea e engenhos espaciais ou objectos deles caídos ou alijados; • Vibração ou abalo resultantes de travessia da barreira do som por

aparelhos de navegação aérea.

6. Choque ou Impacto de Veículos Terrestres ou Animais

Esta cobertura garante, até ao limite estabelecido nas Condições Particulares, os danos causados aos bens seguros em consequência de choque ou impacto de veículos terrestres ou animais.

Para além das exclusões previstas no artigo 3º esta cobertura não garante os dados causados:

• Por veículos, objectos ou animais que sejam propriedade ou estejam sob a responsabilidade do Tomador de Seguro, do Segurado ou das restantes pessoas seguras;

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pelo Tomador de Seguro, pelo Segurado ou pelas restantes pessoas seguras e ainda por pessoas que quem estes (as) sejam civilmente responsáveis;

• Em veículos;

• Em bens móveis existentes ao ar livre, com excepção daqueles que se encontrem fixos ao edifício ou fracção.

7. Choque ou impacto de objectos sólidos

Esta cobertura garante, até ao limite estabelecido nas Condições Particulares, os danos causados aos bens seguros em consequência de choque ou impacto de objectos sólidos procedentes do exterior. 8. Quebra de Vidros, Pedras Fixas e loiças sanitárias

Esta cobertura garante, até ao limite estabelecido nas Condições Particulares, os danos associados a:

• Despesas efectuadas com a substituição por quebra acidental de espelhos fixos e/ou chapas de vidro de pelo menos um metro quadrado de superfície e espessura igual ou superior a 4 milímetros desde que aplicados em suporte adequado;

• Despesas efectuadas com a substituição por quebra acidental de pedras de mármore e granito e loiças sanitárias devidamente aplicadas.

Para além das exclusões previstas no artigo 3º não ficam garantidos por esta cobertura:

• O custo de gravuras ou pinturas efectuadas nos objectos seguros, salvo menção expressa nas Condições Particulares;

• Os danos ocorridos durante trabalhos ou obras efectuadas no local de risco, bem como durante operações de transporte ou mudança dos referidos bens;

• Os danos resultantes de defeitos ou colocação, montagem ou desmontagem, de vício próprio assim como por defeito de construção do imóvel;

• Os danos causados a bens objecto desta cobertura não colocados em suporte adequado;

• Os danos ocorridos em suportes, caixilhos ou molduras dos bens objecto desta cobertura;

• Os danos verificados em vidros ou espelhos que façam parte de lâmpadas ou reclames, assim como os sofridos por objectos decorativos, cristais de óptica, e aparelhos de imagem e de som. 9. Quebra ou Queda de Antenas

Esta cobertura garante, até ao limite estabelecido nas Condições Particulares, os danos directamente causados em consequência de quebra ou queda acidental de antenas exteriores receptoras de imagem e som bem como dos respectivos mastros e espias, desde que se encontrem fixas ao edifício seguro ou onde se encontram os bens seguros. Esta cobertura também garante os outros bens seguros danificados ou destruídos em consequência da referida queda; Para além das exclusões previstas no artigo 3º ficam ainda excluídos os danos:

• Por montagem deficiente;

• Originados no decurso de operações de montagem, desmontagem, reparação e/ou manutenção das antenas e respectivos mastros e espias;

• Durante os trabalhos de construção, reparação, limpeza ou transformação do edifício.

10. Quebra ou Queda de Painéis Solares

Esta cobertura garante, até ao limite estabelecido nas Condições Particulares, os danos directamente causados em consequência de quebra ou queda acidental de antenas exteriores receptoras de imagem e som bem como dos respectivos mastros e espias, desde que se encontrem fixas ao edifício seguro ou onde se encontram os

bens seguros. Esta cobertura também garante os outros bens seguros danificados ou destruídos em consequência da referida queda; Para além das exclusões previstas no artigo 3º ficam ainda excluídos os danos:

• Por montagem deficiente;

• Originados no decurso de operações de montagem, desmontagem, reparação e/ou manutenção das antenas e respectivos mastros e espias;

• Durante os trabalhos de construção, reparação, limpeza ou transformação do edifício.

11. Danos por Água

Esta cobertura garante, até ao limite estabelecido nas Condições Particulares, os danos directamente causados em consequência de quebra ou queda acidental de antenas exteriores receptoras de imagem e som bem como dos respectivos mastros e espias, desde que se encontrem fixas ao edifício seguro ou onde se encontram os bens seguros. Esta cobertura também garante os outros bens seguros danificados ou destruídos em consequência da referida queda; Para além das exclusões previstas no artigo 3º ficam ainda excluídos os danos:

• Provocados por torneiras deixadas abertas, salvo quando se tiver verificado uma falta de abastecimento de água, não imputável ao segurado, e que seja comprovada pelos serviços abastecedores; • Provocados por subida de marés, marés vivas e, mais

genericamente, pela acção do mar;

• Devidos a pesquisas e reparação de roturas, defeitos ou entupimentos;

• Provocados por refluxo de águas provenientes de canalizações ou esgotos não pertencentes ao Edifício Seguro;

• Devidos a falta de manutenção ou conservação, bem como decorrentes de deterioração ou desgastes naturais devidos à continuação de uso;

• Causados em edifícios, em caso de falta de manutenção da respectiva rede, existindo vestígios claros e inequívocos de que esta já se encontrava deteriorada ou danificada, manifestados por oxidação, infiltrações ou manchas;

• Provocados por instalações provisórias e ou que não obedeçam às regras técnicas de execução e montagem;

• Por derrames de água provocados pela realização de obras de construção ou reforma;

• Que sejam consequência de facto originado fora do edifício; • Decorrentes de obras efectuadas no local de risco;

• Em construções com materiais de reconhecida fragilidade ou que à data do sinistro, já se encontram danificados, defeituosos, desmoronados, deslocados das suas fundações ou em estado de reconhecida degradação, de modo a afectar a sua estabilidade e segurança global e ainda nos bens existentes no interior dessas construções;

• Por desabamento, assentamento, colapso ou defeito de construção do edifício/fracção seguro(a) ou onde se encontrem os bens seguros.

12. Furto ou Roubo

A cobertura de furto ou roubo (mesmo quando tentado ou frustrado), no interior do local do risco, funciona desde que se caracterize por uma das seguintes circunstâncias:

• Praticado com arrombamento, escalamento ou chaves falsas; • Cometido sem os condicionalismos da alínea anterior, quando o(s)

autor(es) do crime se introduzir(em) furtivamente no local ou nele se esconder(em) com a intenção de furtar;

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• Praticado com violência contra as pessoas que habitem ou se encontrem no local do risco ou através de ameaças com perigo iminente para a sua integridade física ou para a sua vida, ou pondo-as, por qualquer maneira, na impossibilidade de resistir. Para efeitos desta cobertura entende-se por:

Arrombamento — o rompimento, fractura ou destruição, no todo ou em parte, de qualquer elemento ou mecanismo que servir para fechar ou para impedir a entrada, exterior ou interiormente, na habitação segura ou lugar fechado dela dependente, ou de móveis destinados a guardar quaisquer objectos;

Escalamento — a introdução na habitação segura ou em lugar fechado dela dependente, por telhados, portas, janelas, paredes ou por qualquer construção que sirva para fechar ou impedir a entrada ou passagem e bem assim por abertura subterrânea não destinada à entrada; Chaves falsas — as imitadas, contrafeitas ou alteradas; as verdadeiras, quando, fortuita ou sub-repticiamente, estejam fora do poder de quem tiver o direito de as usar; as gazuas ou quaisquer instrumentos que possam servir para abrir fechaduras ou outros dispositivos de segurança.

Para além das exclusões previstas no artigo 3º não ficam garantidos os danos:

• Derivados do desaparecimento inexplicável, perda ou extravio, furto ou roubo de objectos seguros quando cometidos por pessoas ligadas ao Segurado por contrato de trabalho, verbal ou escrito, ou por qualquer outra pessoa que com ele coabite, bem como por qualquer dos seguintes familiares, independentemente de coabitação: cônjuge (ou pessoa que viva com o Segurado em condições análogas às do cônjuge), descendentes, ascendentes e irmãos, adoptados e afins em linha recta e até ao 2.º grau da linha colateral, tutelados e curatelados;

• Verificados em objectos existentes ao ar livre, em anexos não fechados ou em tendas e caravanas;

• Furto e roubo dos bens seguros, praticados durante ou na sequência de qualquer outro sinistro abrangido pelas coberturas do presente contrato;

• Furto subsequente à não substituição das fechaduras ou dos respectivos mecanismos em caso de furto, roubo ou perda das chaves do edifício ou fracção, bem como subsequente ao abandono, ainda que temporário, das chaves nas portas ou em outro local acessível a qualquer pessoa.

13. Fenómenos Sísmicos

Esta cobertura garante, até ao limite estabelecido nas Condições Particulares, os danos causados nos bens seguros em consequência da acção directa de tremores de terra, terramotos, erupções vulcânicas, maremotos e fogo subterrâneo e ainda incêndio resultante destes fenómenos.

Constituem um único sinistro todos os danos ocorridos durante as 72 horas que se seguem ao momento em que se verifiquem os primeiros danos nos bens seguros.

Para além das exclusões previstas no artigo 3º não ficam garantidos os danos:

• Existentes à data do sinistro;

• Em construções que não tenham sido dimensionadas de acordo com a regulamentação vigente à data da construção e ou cuja estrutura, paredes exteriores e cobertura não sejam maioritariamente construídas com materiais resistentes, designadamente betão armado, alvenaria e telha cerâmica, assim como naquelas em que os materiais de construção ditos resistentes não predominem em, pelo menos, 50%;

• Em edifícios devolutos, total ou parcialmente, que se destinem a demolição;

• Em edifícios que, no momento imediatamente anterior ao do sinistro, já se encontravam danificados, defeituosos,

desmoronados ou deslocados das suas fundações, de modo a afectar a sua estabilidade e segurança global.

14. Actos de Vandalismo ou Maliciosos

Esta cobertura garante, até ao limite estabelecido nas Condições Particulares, ou danos directamente causados aos bens seguros por:

• Actos de Vandalismo ou maliciosos;

• Actos praticados por qualquer autoridade legalmente constituída, por ocasião das ocorrências mencionadas na alínea a), para salvaguarda ou protecção de pessoas e bens;

Para além das exclusões previstas no artigo 3º ficam ainda excluídos desta cobertura, os danos causados:

• Danos decorrentes de pinturas, inscrições, grafitti, fixação de cartazes ou similares nos bens seguros;

• Interrupção, total ou parcial, do trabalho ou cessação de qualquer processo de laboração em curso, de demora ou de perda de mercado, e/ou quaisquer outros prejuízos indirectos ou consequenciais semelhantes;

• Manifestações organizadas e convocadas para exprimir o protesto contra quaisquer pessoas, instituições, autoridades e/ou Governos, bem como contra a ordem social e políticas vigentes; • Actos de Sabotagem, quando configure um acto de destruição que

impossibilite o funcionamento ou desvie dos seus fins normais, definitiva ou temporariamente, total ou parcialmente, meios ou vias de comunicação, instalações de serviços públicos ou destinadas ao abastecimento e satisfação de necesidades vitais da população, com a intenção de destruir, alterar ou subverter o Estado de direito constitucionalmente estabelecido, praticado por qualquer indivíduo ou conjunto de indivíduos;

• Actos de Terrorismo, entendendo-se como tal todos e quaisquer actos, praticados por pessoas ou grupo de pessoas, actuando isoladas ou em nome ou ligação com quaisquer organizações, autoridades ou governos, com motivações políticas, religiosas, ideológicas ou étnicas e/ou com intenção de influenciar as autoridades ou governos e/ou lançar o pânico e/ou medo na população em geral ou em grupos delimitados, e seja qual for a forma ou grau de violência e/ou ameaça empregue, bem como seja qual for o meio de efectivação dessa violência ou ameaça. 15. Greves, Tumultos e Alterações da Ordem Pública

Esta cobertura garante, até ao limite estabelecido nas Condições Particulares, os danos causados aos bens seguros em consequência de greves, tumultos e alterações de ordem pública, entendendo-se como tal, para efeitos desta cobertura, perdas ou danos aos bens seguros, directamente ocasionados por:

• Pessoas que tomem parte em greves ou distúrbios no trabalho; • Em consequência directa de tumultos, motins e/ou alterações da

ordem pública resultantes de actos de grevistas;

• Por qualquer autoridade legalmente constituída, em virtude de medidas tomadas por ocasião das ocorrências mencionadas nas alíneas anteriores, para a salvaguarda ou protecção de pessoas e bens.

Para efeitos desta cobertura, tende-se por:

Greve: paralisação concertada do trabalho por um grupo de trabalhadores, empregados, funcionários ou trabalhadores independentes;

Tumultos: manifestações violentas, mesmo não concertadas, de um grupo de pessoas que, embora não se revoltando contra a ordem estabelecida, evidencie uma agitação dos ânimos, caracterizada por desordens ou pela prática de activos ilegais;

Motins e/ou alterações de ordem pública: manifestações violentas, mesmo não concertadas, de um grupo de pessoas que evidencie uma agitação dos ânimos, caracterizada por desordens ou pela prática de actos ilegais, bem como por uma confrontação com as entidades responsáveis pela manutenção da ordem pública, desde que não se

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verifique a tentativa de derrubar os poderes públicos estabelecidos. Para além das exclusões previstas no artigo 3º não ficam garantidas: • As pessoas que tomem parte em greves ou distúrbios no trabalho; • As perdas ou danos ocasionados por expropriação, permanente ou

temporária, resultante de confiscação, apropriação ou requisição, levada a efeito por qualquer autoridade legalmente constituída; • As perdas ou danos ocasionados por expropriação, permanente

ou temporária, de qualquer edifício, em resultado de ocupação ilegal desse edifício por qualquer pessoa;

• Contudo, e ao abrigo dos pontos anteriores, a Seguradora não fica desobrigada da sua responsabilidade peranteo Segurado, relativamente aos danos materiais nos bens seguros que tenham ocorrido antes da referida expropriação.

Ao abrigo desta cobertura não ficam, igualmente, garantidos quaisquer perdas ou danos ocasionados directa ou indirectamente, ou que se devam ou sejam consequência de qualquer das seguintes ocorrências: • Guerra, invasão, actos de potências inimigas, hostilidades ou

operações bélicas (com declaração de guerra ou não), guerra civil, lei marcial e poder militar ou usurpado;

• Motins e comoções civis, levantamento ou tomada de poder por militares, incluindo acções tomadas pelas autoridades existentes «de jure» ou «de facto» para prevenir, defender-se ou combater tais ocorrências;

• Acções hostis ou de guerra de qualquer pessoa que actue em nome ou em conexão com quaisquer organizações com actividades dirigidas para o derrube, pela força, do governo «de jure» ou «de facto», ou para o influenciar por actos de terrorismo e/ou violência;

• Quaisquer perdas consequenciais ou indirectas de qualquer espécie;

• Por actos cometidos pelo Tomador de Seguro, pelo Segurado, seus familiares ou com a cumplicidade do pessoal ao seu serviço, seus locatários, sublocatários ou ocupantes do edifício/fracção seguro(a);

• Em bens que se encontrem no exterior do edifício/fracção. 16. Demolição e Remoção de Escombros

Esta cobertura garante, até ao limite estabelecido nas Condições Particulares, o pagamento das despesas suportadas pelo Segurado com a demolição e remoção de escombros, sempre que os referidos custos tenham origem em qualquer sinistro coberto por esta apólice. Ficam igualmente garantidos por esta cobertura as despesas com a limpeza das instalações do Segurado, incluindo a remoção de lamas, que seja necessária em consequência de sinistro coberto pelo presente contrato.

Para além das exclusões previstas no artigo 3º fica ainda excluído desta cobertura os custos com:

• Demolição de qualquer parte, ou fracção, do Edifício Seguro que não esteja danificada, mesmo que essa demolição resulte de obrigação legal ou regulamentar.

• Descontaminação da zona afectada pelo sinistro bem como os de recuperação de produtos infiltrados no solo ou nos bens seguros.

Artigo 5.º - ÂMBITO TERRITORIAL

Salvo convenção em contrário, expressa nas Condições Particulares ou em cada condição especial, o presente contrato apenas produz efeitos em relação a eventos ocorridos em Angola.

CAPÍTULO III - DECLARAÇÃO DO RISCO, INICIAL E SUPERVENIENTE Artigo 6.º - DECLARAÇÃO INICIAL DO RISCO

a) O tomador de Seguro ou o Segurado está obrigado, antes da celebração do contrato, a declarar com exactidão todas as circunstâncias que conheça e razoavelmente deva ter por significativas para a apreciação do risco pela Seguradora;

b) O disposto na alínea anterior é igualmente aplicável a circunstâncias cuja menção não seja solicitada em questionário fornecido pela Seguradora para o efeito.

c) A Seguradora que tenha aceitado o contrato, salvo havendo dolo do Tomador de seguro ou do Segurado com o propósito de obter uma vantagem, não pode prevalecer-se:

• Da omissão de resposta a pergunta do questionário;

• De resposta imprecisa a questão formulada em termos demasiado genéricos;

• De incoerência ou contradição evidente nas respostas ao questionário;

• De facto, que o seu representante, aquando da celebração do contrato, saiba ser inexacto ou, tendo sido omitido, conheça; • De circunstâncias conhecidas da Seguradora, em especial quando

são públicas e notórias.

d) A designação dos objectos seguros e os valores indicados na Apólice não implicam reconhecimento, por parte da Seguradora, da sua existência ou do valor que lhes é atribuído, sem prejuízo da devolução dos prémios que o Tomador de seguro tenha liquidado a mais. e) Em caso de omissões ou inexactidões dolosas ou negligentes do

Tomador de seguro e/ou do Segurado aplica-se o disposto nos artigos 7º e 8º destas Condições Gerais, respectivamente.

Artigo 7.º - INCUMPRIMENTO DOLOSO DO DEVER DE DECLARAÇÃO INICIAL DO RISCO

a) Em caso de incumprimento doloso do dever de declaração inicial do risco, o contrato é anulável mediante declaração enviada pela Seguradora ao Tomador de Seguro.

b) Não tendo ocorrido sinistro, a declaração referida na alínea anterior deve ser enviada no prazo de quatro meses a contar do conhecimento daquele incumprimento.

c) A Seguradora não está obrigada a cobrir o sinistro que ocorra antes de ter tido conhecimento do incumprimento doloso referido na alínea a) ou no decurso do prazo previsto na alínea b) do presente artigo, seguindo-se o regime geral da anulabilidade.

d) A Seguradora tem direito ao prémio devido até ao final do prazo previsto na alínea b) do presente artigo, salvo se tiver concorrido dolo ou negligência grosseira do Segurado ou do seu representante. e) Em caso de dolo do Tomador de Seguro ou do Segurado com o

propósito de obter uma vantagem, o prémio é devido até ao termo do contrato.

Artigo 8.º - INCUMPRIMENTO NEGLIGENTE DO DEVER DE DECLARAÇÃO INICIAL DO RISCO

1. Em caso de incumprimento com negligência do dever de declaração inicial do risco, a Seguradora pode, mediante declaração a enviar ao Tomador de Seguro, no prazo de quatro meses a contar do seu conhecimento:

• Propor uma alteração do contrato, fixando um prazo, não inferior a 15 dias, para o envio e aceitação ou, caso a admita, da contraproposta;

• Fazer cessar o contrato.

2. O contrato cessa os seus efeitos 30 dias após o envio da declaração de cessação ou 20 dias após a recepção pelo Tomador de Seguro da proposta de alteração caso este nada responda ou a rejeite.

3. No caso referido na alínea anterior, o prémio é devolvido pro rata temporis (proporcionalmente ao período de tempo não decorrido até ao vencimento).

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4. Se antes da cessação ou da alteração do contrato, ocorrer um sinistro cuja verificação ou consequências tenham sido influenciadas por facto relativamente ao qual tenha havido omissões ou inexactidões negligentes:

• A Seguradora cobre o sinistro na proporção entre o prémio pago e o prémio que seria devido, caso, aquando da celebração do contrato, tivesse conhecido o facto omitido ou declarado inexactamente;

• A Seguradora, demonstrando que, em caso algum, teria celebrado o contrato se tivesse conhecido o facto omitido ou declarado inexactamente, não cobre o sinistro e fica apenas vinculada à devolução do prémio.

Artigo 9º - MODIFICAÇÃO DO RISCO

a) O Tomador de Seguro e o Segurado estão obrigados, durante a vigência do contrato, a comunicar à Seguradora, por correio registado, ou por outro meio do qual fique registo escrito, todos os factos ou circunstâncias susceptíveis de determinarem uma modificação do risco, nos 8 dias subsequentes ao do conhecimento da sua verificação. b) Se os factos ou circunstancias comunicadas à Seguradora:

• Determinarem o agravamento do risco, a Seguradora disporá do prazo de 15 dias a contar da data de recepção da comunicação, para propor ao Tomador de Seguro as novas condições de vigência ou para lhe comunicar, por correio registado ou por qualquer outro meio do qual fique registo escrito, com aviso prévio de 30 dias sobre a data de produção de efeitos da resolução do contrato; • Determinarem uma diminuição do risco e forem de natureza tal

que possibilitem a fixação de condições mais vantajosas para o Tomador de Seguro, a Seguradora disporá do prazo de 15 dias a contar da data da recepção da comunicação para propor as novas condições do contrato;

• O Tomador de Seguro dispõe de igual prazo de 15 dias a contar da data de recepção da comunicação da Seguradora, para rescindir o contrato, caso não aceite as novas condições que lhe são propostas;

• As alterações considerar-se-ão tacitamente aceites no caso de alguma das partes não se pronunciar em contrário dentro dos prazos previstos neste artigo;

• Se o Tomador de Seguro ou a Seguradora optarem pela resolução do contrato, o estorno do prémio a que houver lugar será calculado nos termos do disposto na alínea b) do Artigo 24°. consoante a iniciativa da resolução tenha cabido à Seguradora ou ao Tomador, respectivamente.

Artigo 10.º - SINISTRO E AGRAVAMENTO DO RISCO

a) Se antes da cessação ou da alteração do contrato nos termos previstos no artigo anterior ocorrer o sinistro cuja verificação ou consequência tenha sido influenciada pelo agravamento do risco, a Seguradora: • Cobre o risco, efectuando a prestação convencionada, se o

agravamento tiver sido correcta e tempestivamente comunicado antes do sinistro ou antes de decorrido o prazo previsto na alínea a) do artigo anterior;

• Cobre parcialmente o risco, reduzindo-se a sua prestação na proporção entre o prémio efectivamente cobrado e aquele que seria devido em função das reais circunstâncias do risco, se o agravamento não tiver sido correcta e tempestivamente comunicado antes do sinistro;

• Pode recusar a cobertura em caso de comportamento doloso do Tomador de Seguro ou do Segurado com o propósito de obter uma vantagem, mantendo direito aos prémios vencidos.

b) Na situação prevista nos pontos da alínea a) do presente artigo, a Seguradora não está obrigado ao pagamento da prestação se demonstrar que, em caso algum, celebra contratos que cubram riscos com as características resultantes desse agravamento do risco.

CAPÍTULO IV – PAGAMENTO E ALTERAÇÃO DOS PRÉMIOS Artigo 11.º - VENCIMENTO DOS PRÉMIOS

a) Salvo convenção em contrário, o prémio inicial, ou a primeira fracção deste, é devido na data da celebração do contrato.

b) As fracções seguintes do prémio inicial, o prémio de anuidades subsequentes e as sucessivas fracções deste são devidos nas datas estabelecidas no contrato.

c) A parte do prémio de montante variável relativa a acerto do valor e, quando seja o caso, a parte do prémio correspondente a alterações ao contrato são devidas nas datas indicadas nos respectivos avisos.

Artigo 12.º - COBERTURA DO RISCO

A cobertura dos riscos depende do prévio pagamento do prémio.

Artigo 13.º - VENCIMENTO DOS PRÉMIOS

a) Na vigência do contrato, a Seguradora deve avisar por escrito o Tomador de Seguro do montante a pagar, assim como da forma e do lugar de pagamento, com uma antecedência mínima de 30 dias em relação à data em que se vence o prémio, ou fracções deste.

b) Do aviso devem constar, de modo legível, as consequências da falta de pagamento do prémio ou da sua fracção.

c) Nos contratos de seguro em que seja convencionado o pagamento do prémio em fracções de periodicidade igual ou inferior a três meses e em cuja documentação contratual se indiquem as datas de vencimento das sucessivas fracções do prémio e os respectivos valores a pagar, bem como as consequências do seu não pagamento, a Seguradora pode optar por não enviar o aviso referido na alínea a), cabendo-lhe, nesse caso, a prova da emissão, da aceitação e do envio ao Tomador de Seguro da documentação contratual referida nesta alínea.

Artigo 14.º - EFEITOS DA FALTA DE PAGAMENTO DOS PRÉMIOS

a) A falta de pagamento do prémio inicial, ou da primeira fracção deste, na data de vencimento, determina a resolução automática do contrato a partir da data da sua celebração.

b) A falta de pagamento do prémio de anuidades subsequentes, ou da primeira fracção deste, na data do vencimento, impede a prorrogação do contrato.

c) A falta de pagamento determina a resolução automática do contrato na data do vencimento de:

• Uma fracção do prémio no decurso de uma anuidade;

• Um prémio de acerto ou parte de um prémio de montante variável; • Um prémio adicional resultante de uma modificação do contrato

fundada num agravamento superveniente do risco.

d) O não pagamento, até a data do vencimento, de um prémio adicional resultante de uma modificação contratual determina a ineficácia da alteração, o contrato com o âmbito e nas condições que vigoravam antes da pretendida modificação, a menos que a subsistência do contrato se revele impossível, caso em que se considera resolvido na data do vencimento do premio não pago.

e) Nos casos em que a subsistência do contrato se revele impossível e tenha havido pagamento de algum prémio, haverá lugar a estorno do prémio relativo ao período do contrato não transcorrido.

Artigo 15.º - PAGAMENTO POR TERCEIRO

Existindo terceiro interessado, titular de direitos ressalvados no contrato, é-lhe conferido o direito de proceder ao pagamento do prémio.

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Artigo 16.º - ALTERAÇÃO DOS PRÉMIOS

Não havendo alteração no objecto ou garantia do contrato, qualquer alteração do prémio apenas poderá efectivar-se no vencimento anual seguinte, mediante aviso ao Tomador de Seguro com a antecedência mínima de 30 dias.

CAPÍTULO V – INÍCIO DE EFEITOS, DURAÇÃO E VICISSITUDES DO CONTRATO

Artigo 17.º - INÍCIO DA COBERTURA E DE EFEITOS

a) O contrato considera-se celebrado pelo período de tempo estabelecido nas Condições Particulares, produzindo os seus efeitos a partir das zero horas do dia seguinte ao da aprovação da proposta pela Seguradora, salvo se na mesma for indicada data de início posterior. b) A proposta considera-se aprovada no décimo quinto dia a contar

da data da sua recepção na Seguradora, a menos que, entretanto, o candidato a Tomador de seguro seja notificado da recusa ou da sua antecipada aprovação, ou da necessidade de recolher esclarecimentos essenciais à avaliação do risco.

c) Em caso algum o contrato produzirá efeitos antes da recepção da proposta pela Seguradora.

Artigo 18.º - DURAÇÃO DO CONTRATO

a) O contrato pode ser celebrado por um período certo e determinado (seguro temporário) ou por um ano prorrogável por novos períodos de um ano;

b) Caso o presente contrato seja celebrado por um período certo e determinado, os seus efeitos cessam às 24 horas do último dia. c) No caso de ser celebrado por um ano a continuar pelos seguintes,

considera-se sucessivamente renovado por períodos anuais, excepto se qualquer das partes o denunciar por correio registado, ou outro meio do qual fique registo escrito, com a antecedência mínima de 30 dias em relação ao termo da anuidade.

Artigo 19.º - CESSAÇÃO DO CONTRATO

a) O contrato de seguro cessa nos termos gerais, nomeadamente por caducidade, revogação, denúncia e resolução.

Artigo 20.º - EFEITOS DA CESSAÇÃO

a) Sem prejuízo de disposições que estabelecem a eficácia de deveres contratuais depois do termo do vínculo, a cessação do contrato de seguro determina a extinção das obrigações da Seguradora e do Tomador de seguro enunciadas no contrato.

b) A cessação do contrato não prejudica a obrigação da Seguradora de efectuar a prestação decorrente da cobertura do risco, desde que o sinistro seja anterior ou concomitante com a cessação e ainda que este tenha sido a causa da cessação do contrato.

Artigo 21.º - CADUCIDADE

a) A cessação do contrato por caducidade pode ocorrer: • Por termo do período de vigência estipulado;

• Na eventualidade de superveniente perda do interesse ou de extinção do risco e sempre que se verifique o pagamento da totalidade do valor seguro, para o período de vigência do contrato, sem que se encontre prevista a reposição desse capital.

Artigo 22.º - CADUCIDADE

a) A Seguradora e o Tomador de seguro podem, por acordo, a todo o tempo, fazer cessar o contrato de seguro.

b) Não coincidindo o Tomador de seguro com o Segurado identificado na

Apólice, a revogação carece do consentimento deste.

Artigo 23.º - DENÚNCIA

a) O contrato de seguro celebrado por período determinado e com prorrogação automática pode ser livremente denunciado por qualquer das partes para obviar à sua prorrogação.

b) O contrato celebrado sem duração determinada pode ser denunciado a todo o tempo, por qualquer das partes.

Artigo 24.º - RESOLUÇÃO

a) Tanto o Tomador de Seguro como a Seguradora podem, a todo o tempo, resolver o presente contrato mediante correio registado, ou por outro meio do qual fique registo escrito enviado à contraparte, com antecedência mínima de 30 dias em relação à data em que a resolução produz efeitos.

b) Se o contrato for resolvido, o montante do prémio a estornar correspondente ao período inicialmente contratado e não decorrido será, após dedução das fracções já pagas, de 75% ou de 50% consoante a iniciativa da resolução tenha cabido à Seguradora ou ao Tomador de Seguro, respectivamente.

c) As resoluções do contrato produzem os seus efeitos às 24 horas do próprio dia em que se verifiquem.

d) À resolução do contrato por falta de pagamento do prémio aplica-se o disposto no Artigo 14°.

e) Existindo privilégio credor sobre os bens que constituem objecto do seguro, a Seguradora obriga-se a comunicar por escrito à entidade credora, declarada nas Condições Particulares, a resolução do contrato com a antecedência mínima de 15 dias em relação à data em que produz os seus efeitos.

f) Após uma sucessão de sinistros, a Seguradora pode proceder à resolução do contrato nos termos da Lei ou das presentes Condições Gerais. Para tal assume-se que há sucessão de sinistros quando ocorram 2 sinistros num período de 12 meses ou, sendo o seguro anual, no decurso da anuidade.

Artigo 25.º - VENDA OU TRANSMISSÃO DOS BENS SEGUROS

a) Ocorrendo a venda ou transmissão dos bens seguros, o Tomador de Seguro e/ou Segurado está obrigado a, atempadamente e por carta registada ou outro meio do qual fique registo escrito, comunicar tal facto à Seguradora. Nestes casos considera-se o contrato resolvido, salvo se o transmitente manifestar previamente a intenção de ceder a sua posição no contrato ao adquirente do bem seguro e este manifestar, por escrito, a sua intenção em o manter.

b) Quando o pedido de cessão da posição contratual lhe for transmitida, a Seguradora está obrigado a, no prazo de 15 dias contados a partir da recepção daquela comunicação, optar entre:

• A resolução do contrato, devendo avisar o Tomador de Seguro e/ ou Segurado, por carta registada ou por qualquer outro meio do qual fique registo escrito;

• A manutenção do contrato com as mesmas ou novas condições, facto que deve comunicar ao adquirente da coisa segura e este dispõe de um prazo de 15 dias contados a partir da comunicação da Seguradora, para rescindir o contrato, caso não aceite as condições que lhe são propostas;

c) Se a transmissão de propriedade dos bens seguros se verificar por falecimento do Segurado, a responsabilidade da Seguradora subsistirá para com os herdeiros enquanto estes pagarem os respectivos prémios e assumirem todas as obrigações contratuais estabelecidas.

d) No caso de falência ou insolvência do Tomador de Seguro ou do Segurado, a responsabilidade da Seguradora subsistirá para com a respectiva massa falida, nas mesmas condições, pelo prazo de 60 dias. Decorrido este prazo, a garantia deste contrato de seguro cessa,

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salvo se a Seguradora, por acta adicional, tiver admitido o respectivo averbamento.

e) Se o contrato for resolvido o estorno de prémio será calculado nos termos do disposto na alínea b) do Artigo 24°.

CAPÍTULO VI – OBRIGAÇÕES DA SEGURADORA, DO TOMADOR DO SEGURO E/OU DO SEGURADO EM CASO DE SINISTRO

Artigo 26.º - CAPITAL SEGURO

a) A responsabilidade da Seguradora é sempre limitada às importâncias máximas fixadas nas Condições Particulares e nas presentes Condições Gerais.

b) A determinação do capital seguro, no início e na vigência do contrato, é sempre da responsabilidade do Tomador de Seguro e/ou Segurado e deverá obedecer, tanto à data da celebração deste contrato, como a cada momento da sua vigência, aos seguintes critérios:

• Seguro de Imóveis - O capital seguro deverá corresponder ao custo da respectiva reconstrução, ou ao valor matricial no caso de edifícios para expropriação, demolição ou estado de degradação. À excepção do valor dos terrenos, todos os elementos constituintes ou incorporados pelo proprietário devem ser tomados em consideração para a determinação daquele capital, bem como o valor proporcional das partes comuns, nos seguros de fracções em regime de propriedade horizontal;

• Seguro de Mobiliário ou de conteúdo - O capital seguro deverá corresponder ao custo de substituição dos bens, objecto do contrato, pelo seu valor em novo. Quando o Tomador de Seguro e/ ou Segurado não discriminarem o conteúdo, objecto a objecto, os valores seguros relativos a jóias, objectos de ouro, de prata, ou de outros metais preciosos, objectos de arte, quadros, antiguidades, colecções de qualquer espécie e abafos de pele, ficam limitados, em caso de sinistro, a 20% do valor do conteúdo.

Artigo 27.º - ACTUALIZAÇÃO CONVENCIONADA DO CAPITAL SEGURO

a) Mediante convenção expressa nas Condições Particulares, poderá ser garantida a actualização do valor seguro, nos seguintes termos: • Sem prejuízo do disposto na Lei e nos Art.º 26º e 29º destas

Condições Gerais, fica expressamente convencionado que o valor seguro pela presente Apólice, constante das Condições Particulares, será actualizado, em cada vencimento anual, pela aplicação da percentagem indicada para esse efeito nas Condições Particulares.

• O valor seguro actualizado constará do recibo de prémio correspondente, relativo à anuidade seguinte.

• O estipulado neste Artigo não dispensa o Tomador de seguro de proceder as convenientes revisões do valor seguro, quer por reavaliação dos bens seguros, benfeitorias ou beneficiações, quer pela inclusão de novos bens.

b) Em caso de sinistro, não haverá lugar à aplicação da regra proporcional prevista no Art.º 29º destas Condições Gerais, se o valor seguro for igual ou superior a 85% do valor dos bens seguros.

c) O Tomador de seguro pode renunciar à actualização estabelecida neste Artigo desde que o comunique à Seguradora, com a antecedência mínima de 30 dias em relação à data do vencimento anual da Apólice.

Artigo 28.º - REDUÇÃO DO CAPITAL SEGURO

a) Qualquer das partes pode, a todo o tempo, reduzir o valor do presente contrato, desde que o notifique, por correio registado ou outro meio do qual fique registo escrito, à outra parte, com a antecedência mínima de 8 dias em relação à data a partir da qual pretende que a redução produza os seus efeitos.

b) Verificando-se a redução do contrato por iniciativa da Seguradora,

haverá lugar a estorno do prémio ao Tomador de seguro, calculado proporcionalmente ao capital reduzido e/ou ao período de tempo não decorrido.

c) No caso de redução por iniciativa da Seguradora, assiste ao Segurado o direito de, com 8 dias de antecedência, sobre a data em que tal redução produziria efeitos, solicitar a resolução do contrato, processando-se o estorno do prémio nos termos do número anterior.

Artigo 29.º - INSUFICIÊNCIA OU EXCESSO DE CAPITAL

a) Salvo convenção em contrário se, no momento do sinistro, o capital seguro pelo presente contrato não coincidir com o valor dos bens seguros, determinado nos termos do Art.º 26º aplicar-se-ão as seguintes regras:

• No caso do capital seguro ser inferior ao valor dos bens seguros, o Segurado responderá pela parte proporcional dos prejuízos, como se fosse seguradora do excedente.

• No caso de o capital seguro exceder o valor dos bens seguros, a Seguradora indemnizará o prejuízo efectivamente causado, até ao limite do bem ou interesse seguro.

b) Se o objecto do presente contrato for constituído por diversos bens seguros, devidamente discriminados por verbas e quantias designadas separadamente, os preceitos do número anterior são aplicáveis a cada um deles, como se fossem contratos de seguro distintos.

c) No caso de coexistirem vários lesados pelo mesmo sinistro e o montante total dos danos exceder o valor seguro por sinistro, a responsabilidade da Seguradora, face a cada lesado, reduzir-se-á, salvo convenção expressa em contrário na Apólice, proporcionalmente em relação ao montante dos danos sofridos por cada um, até à concorrência desse valor.

Artigo 30.º - COEXISTÊNCIA DE CONTRATOS

a) O Tomador de Seguro e/ou o Segurado ficam obrigados a participar à Seguradora, sob pena de responderem por perdas e danos, a existência de outros seguros com o mesmo objecto e garantia.

b) A omissão fraudulenta da informação referida no número anterior exonera a Seguradora da respectiva prestação.

c) Se à data do sinistro existir mais do que um contrato de seguro, com o mesmo objecto e cobertura, a presente apólice apenas funcionará em caso de inexistência, nulidade, ineficácia ou insuficiência de seguros anteriores.

d) Se algum dos contratos envolvidos não estabelecer o mesmo princípio aplicam-se as disposições legais vigentes.

e) Constituindo o objecto seguro uma fracção autónoma do imóvel descrito, considera-se este contrato como subsidiário do seguro principal que eventualmente seja efectuado pelo Administrador do Condomínio, funcionando o presente contrato de seguro na sua falta ou insuficiência.

CAPÍTULO VII – OBRIGAÇÕES E DIREITOS DAS PARTES Artigo 31.º - DIREITOS DA SEGURADORA

São direitos da seguradora:

• Denunciar e resolver o presente contrato nos termos previstos na Lei e nesta Apólice;

• Em caso de estorno ao Tomador de seguro por modificação do contrato, deduzir as despesas e encargos suportados por força de tal modificação;

• Reduzir ou desonerar-se de pagar a indemnização a que se encontra obrigado, nos termos previstos na Lei e no Art.º 33º destas Condições Gerais;

• Exercer o direito de sub-rogação que lhe assistir, nos termos da Lei e do Art.º 43º destas Condições Gerais;

Referências

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