RESÍDUOS SÓLIDOS
DEFINIÇÃO:
SÃO AQUELES NOS ESTADOS SÓLIDO E SEMI-SÓLIDO, QUE
RESULTAM DE ATIVIDADES DE ORIGEM: INDUSTRIAL,
DOMÉSTICA, HOSPITALAR, COMERCIAL, AGRÍCOLA, DE
SERVIÇOS E DE VARRIÇÃO.
FICAM INCLUÍDOS NESTA DEFINIÇÃO OS LODOS
PROVENIENTES DE SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUA,
AQUELES GERADOS EM EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES
DE CONTROLE DE POLUIÇÃO, BEM COMO DETERMINADOS
LÍQUIDOS CUJAS PARTICULARIDADES TORNEM INVIÁVEL
O SEU LANÇAMENTO NA REDE PÚBLICA DE ESGOTOS OU
CORPOS D’ÁGUA, OU EXIJAM PARA ISSO SOLUÇÕES
TÉCNICA E ECONOMICAMENTE INVIÁVEIS FACE À
MELHOR TECNOLOGIA DISPONÍVEL.
RESÍDUOS SÓLIDOS
RESÍDUOS
CLASSE I
PERIGOSOS
CLASSIFICAÇÃO
RESÍDUO SÓLIDO OU MISTURA DE
RESÍDUOS SÓLIDOS QUE, EM
FUNÇÃO DAS SUAS
CARACTERÍSTICAS DE
INFLAMABILIDADE,
CORROSIVIDADE, REATIVIDADE,
TOXICIDADE E PATOGENICIDADE,
PODEM APRESENTAR RISCO À
SAÚDE PÚBLICA, PROVOCANDO
MORTALIDADE, INCIDÊNCIA DE
DOENÇAS OU ACENTUANDO SEUS
ÍNDICES E/OU RISCOS AO MEIO
AMBIENTE, QUANDO
GERENCIADOS DE FORMA
INADEQUADA
.
CLASSIFICAÇÃO
RESÍDUOS
CLASSE II
NÃO
PERIGOSOS
RESÍDUOS SÓLIDOS OU MISTURA
DE RESÍDUOS SÓLIDOS QUE NÃO
SE ENQUADRAM NA CLASSE I
RESÍDUOS SÓLIDOS
CLASSE II A – NÃO INERTES
AQUELES QUE NÃO SE ENQUADRAM NAS CLASSIFICAÇÕES DE RESÍDUOS
CLASSI I – PERIGOSOS OU DE RESÍDUOS CLASSE IIB – INERTES
BIODEGRADÁVEIS, COMBISTÍVEIS OU SOLÚVEIS EM ÁGUA
CLASSE II B – INETRES
-
RESÍDUOS SÓLIDOS OU MISTURA DE RESÍDUOS QUE
SUBMETIDOS AO TESTE DE SOLUBILIZAÇÃO DE RESÍDUOS, CONFORME NBR
10.006, NÃO TIVEREM NENHUM DE SEUS CONSTITUINTES SOLUBILIZADOS EM
CONCENTRAÇÕES SUPERIORES AOS PADRÕES DE POTABILIDADE DA ÁGUA,
EXCETUANDO-SE ASPECTO, COR, TURBIDEZ, DUREZA E SABOR.
RESÍDUO COM ORIGEM CONHECIDA É RESTO DE EMBALAGEM? É PRODUTO OU SUB-PRODUTO FORA DE ESPECIFICAÇÃO? ESTÁ NA LISTAGEM 1 E 2 ? CONTÉM SUBSTÂNCIAS DA LISTAGEM 4 ? RESÍDUO COM ORIGEM DESCONHECIDA CONSULTAR LISTAGEM 5 CONSULTAR LISTAGENS 5 E 6 AVALIAR CARACTERÍSTICAS DE PERICULOSIDADE ESTÁ NA LISTAGEM ? RESÍDUO CLASSE I PERIGOSO TEM ALGUMA CARACTERÍSTICA ? EXISTE RAZÃO PARA CONSIDERAR COMO PERIGOSO ? ANALISAR PERICULOSIDADE ANALISAR SOLUBILIDADE COMPARAR RESULTADOS COM PADRÕES DA LISTAGEM 8
RESULTADOS ACIMA DO PADRÃO ? É PERIGOSO ? RESÍDUO CLASSE III INERTE RESÍDUO CLASSE II NÃO INERTE SIM NÃO
NÃO NÃO NÃO NÃO
SIM NÃO NÃO SIM SIM SIM SIM SIM SIM NÃO SIM NÃO FLUXOGRAMA PARA CLASSIFICA
NBR 10.004 - RESÍDUOS SÓLIDOS
LISTAGEM Nº 1
Resíduos reconhecidamente
perigosos de fonte não
específicas.
LISTAGEM Nº 2
Resíduos reconhecidamente
perigosos de fonte específicas.
LISTAGEM Nº 3
Constituintes perigosos - base para
relação dos resíduos e produtos das
listagens Nº 1 e 2.
LISTAGEM Nº 4
Substâncias que conferem
periculosidade aos resíduos.
LISTAGEM Nº 5
Substâncias agudamente tóxicas.
LISTAGEM Nº 6
Substâncias tóxicas.
LISTAGEM Nº 7
Concentração - limite máximo no
extrato obtido no teste de
lixiviação.
LISTAGEM Nº 8
Padrões para o teste de
solubilização.
LISTAGEM Nº 9
Concentrações máximas de
poluentes na massa bruta do
resíduo, que são utilizadas pelo
Ministério do Meio Ambiente - França,
para a classificação de resíduos.
LISTAGEM Nº 10
Concentração mínima para
INFLAMABILIDADE
Um resíduo será considerado inflamável se sua amostra representativa
(NBR - 10.007) apresentar qualquer uma das seguintes propriedades:
• SER LÍQUIDA e ter ponto de fulgor inferior a 60ºC, determinado
conforme ASTM D-93, excetuando-se as soluções aquosas com menos
de 24% de álcool em volume.
•
NÃO SER LÍQUIDA e ser capaz de, sob condições de temperaturas e
pressão a 25ºC e 0,1 MPa (1 atm), produzir fogo por ficção, absorção de
umidade ou por alterações químicas espontâneas e, quando inflamada,
queimar vigorosa e persistentemente, dificultando a extinção do fogo.
• SER UM OXIDANTE definido como substância que pode liberar
oxigênio e, como resultado, estimular a combustão e aumentar a
intensidade do fogo em outro material.
CORROSIVIDADE
Um resíduo é caracterizado corrosivo se dua amostra representativa
(NBR - 10.007) apresentar qualquer uma das seguintes propriedades:
• SER AQUOSA e apresentar pH inferior ou igual a 2, ou superior
ou igual a 12,5, ou sua mistura com água na proporção de 1:1
em peso, produzir uma solução que apresente pH inferior ou
igual a 2 ou superior ou igual a 12,5.
• SER UM LÍQUIDO, ou quando misturado em peso equivalente
de água produz um líquido, e corroer o aço (SAE 1020) a uma
razão maior que 6,35 mm ao ano, a uma temperatura de 55ºC,
de acordo com o NACE TM-01-69 ou equivalente.
REATIVIDADE
Um resíduo é caracterizado como reativo se uma amostra
representativa, dele obtida segundo a NBR - 10.007 apresentar
uma das seguintes propriedades:
•
ser normalmente instável e reagir de forma violenta e
imediata, sem detonar;
• reagir violentamente com a água;
• formar misturas potencialmente explosivas com a água;
• gerar gases, vapores e fumos tóxicos em quantidades
suficientes para provocar danos à saúde ou ao meio ambiente,
quando misturados com a água;
• possuir em sua constituição ânions, cianeto ou sulfeto,
que possam, por reação, liberar gases, vapores ou fumos tóxicos
em quantidades suficientes para por em risco a saúde humana
ou ao meio ambiente;
REATIVIDADE
• ser capaz de produzir reação explosiva ou detonante sob a
ação de forte estímulo, ação catalítica ou da temperatura em
ambiente confinados;
• ser capaz de produzir prontamente, reação ou decomposição
detonante ou explosiva a 25ºC e 0,1 MPa (1 atm);
• ser explosivo, definido como uma substância fabricada para
produzir um resultado prático através de explosão ou de
efeito pirotécnico, esteja ou não esta substância contida em
dispositivo preparado para este fim.
PATOGENICIDADE
UM RESÍDUO É CARACTERIZADO COMO PATOGÊNICO SE UMA
AMOSTRA REPRESENTATIVA, DELE OBTIDA SEGUNDA A
NBR - 10.007, CONTIVER MICROORGANISMOS OU SE SUAS
TOXINAS FOREM CAPAZES DE PRODUZIR DOENÇAS.
NÃO SE INCLUEM NESTE ITEM OS RESÍDUOS SÓLIDOS
DOMICILIARES E AQUELES GERADOS NAS ESTAÇÕES DE
TRATAMENTO DE ESGOTOS DOMÉSTICOS.
TOXICIDADE
Um resíduo é caracterizado como tóxico se uma amostra
representativa, dele obtida segundo a NBR - 10.007,
apresentar uma das seguintes propriedades:
•
Possuir quando testada, uma DL50 oral para ratos menor
que 50 mg/kg ou CL 50 inalação para ratos menor que
2 mg/l ou uma DL50 dérmica para coelhos menor que
200 mg/kg;
• Quando o extrato obtido desta amostra, segundo
NBR - 10.005 - Lixiviação de Resíduos, contiver qualquer
um dos contaminantes em concentrações superiores aos
valores constantes da Listagem Nº 7. Neste caso, o resíduo
será caracterizado como tóxico TL (teste de lixiviação).
TOXICIDADE
•
Possuir uma ou mais substâncias constantes da Listagem Nº 4 ou
5 e apresentar periculosidade. Para avaliação desta
periculosidade, devem ser considerados os seguintes fatores:
– natureza da toxidez apresentada pelo resíduo;
– concentração do constituinte no resíduo;
– potencial que o constituinte, ou qualquer produto
tóxico de sua degradação, tem de migrar do resíduo
para o ambiente, sob condições impróprias de
manuseio;
– persistência do constituinte ou de qualquer produto
tóxico de sua degradação;
– potencial que o constituinte ou qualquer produto tóxico
de sua degradação, tem de se degradar em constituintes
não perigosos, considerando a velocidade em que ocorre
a degradação;
– extensão em que o constituinte, ou qualquer produto
tóxico de sua degradação, é capaz de bioacumulação
nos ecossistemas.
TOXICIDADE
• Se
constituída por restos de embalagens contaminadas
com substâncias da Listagem Nº 4.
• Resíduos de derramamento ou produtos fora de
especificação de qualquer substâncias constantes nas
Listagens Nº 4 e Nº 5.
NBR 10004 - Classificação de Resíduos
Anexo A - Listagem nº 1 - Resíduos Perigosos de
Fontes Não-Específicas
Indústria Código do Resíduo Perigoso
Res. Perigoso
Código de
Periculosidade
Genérica F001 Os seguintes solventes halogenados gastos, utilizados em desengraxe: tetracloroetileno, tricloroetileno, dicloro metano, 1, 1, 1 - tricloroetano, tetraclroreto de carbono e fluorcarbonetos clorados, além de lamas provenientes destes solventes.
( T )
Os seguintes solventes halogenados
gastos: tetracloroetileno; 1, 1, 1 - tricloroetano; dicloro metano; tricloroetileno; 1, 1, 2-tricloroetano, clorobenzeno; 1, 2, 2-tricloro-1,2,2-trifluoretan;
orto-diclorobenzeno; triclorofluormetano e resíduos de fundo da recuperação destes solventes.
F002
F003 Os seguintes solventes não halogenados usados: xileno, acetona, acetato de etila, etilbenzeno, éter etílico, metilisobutilcetona, n-butanol, ciclohexanona e metanol, além de resíduo de fundo de coluna da recuperação destes solventes.
( T )
NBR 10004 - Classificação de Resíduos
Anexo B - Listagem nº 2 - Resíduos Perigosos de
Fontes Específicas
Indústria Código do Resíduo Perigoso
Res. Perigoso
Código de
Periculosidade
Preservação
de madeira K001 Lodos de sedimentos do fundo de tanques de tratamento de efluentes líquidos de processos de preservação de madeira que utilizam creosoto e/ou pentaclorofenol.
( T )
Lodo de tratamento de efluentes líquidos da produção de pigmentos laranja e amarelo de cromo.
K002
K003 Lodo de tratamento de efluentes líquidos da produção de pigmento laranja de molibdato.
( T )
( T ) Pigmentos
Inorgânicos
K004 Lodo de tratamento de efluentes líquidos da produção de pigmento amarelo de zinco.
( T )
K005 Lodo de tratamento de efluentes líquidos da produção de pigmento verde de cromo.
( T )
K006 Lodo de tratamento de efluentes líquidos da produção de pigmento verde de óxido de cromo (anidro e hidratado).
NBR 10004 - Classificação de Resíduos
Anexos A e B - Constituintes Perigosos - Base para
Relação dos Resíduos e Produtos das Listagens nºs 1 e 2
Código do
Resíduo Perigoso
F001
Tetracloroetileno, dicloro metano, tricloroetileno,
1, 1, 1 - tricloroetano, tetracloreto de carbono, fluorcarbonos
clorados.
F002 F003 F004 F005 F006Constituintes perigosos pelos quais o resíduo foi listado
Tetracloroetileno, dicloro metano, tricloroetileno, 1, 1,
1-tricloroetano, clorobenzeno, 1, 1, 2-tricloro-1, 2, 2-trifluoretano,
orto-diclorobenzeno, triclorofluormetano, 1,1,2-tricloroetano
N.A.
Cresóis e ácido crisílico, nitrobenzeno.
Tolueno, metiletilcetona, dissulfeto de carbono, piridina, isobutanol,
2-etoxietanol, benzeno, 2-nitopropano
Cádmio, cromo hexavalente, níquel, cianeto (complexo).
NBR 10004 - Classificação de Resíduos
Anexo C - Listagem nº 3 - Substâncias que
Conferem Periculosidade aos Resíduos
C-1 ALGUMAS SUBSTÂNCIAS QUE CONFEREM PERICULOSIDADE AOS RESÍDUOS
ESTÃO RELACIONADAS ABAIXO:
•acetato de chumbo;
•acetato de fenilmercúrio; acetato de tálio (I);
•2-acetilaminofluoreno;
•1-Acetil-2-tiouréia;
•3-(α
α
α
α-acetonilbenzil)-4-hidroxicumarina e sais;
•acetonitrila;
•ácido arsênico;
•ácido benzenoarsônico;
•ácido cacodílico;
•ácido cianídrico;
•ácido fluorídrico;
•ácido fórmico;
•acrilamida;
•acrilato de etila;
•álcool isobutílico;
•anilina...
NBR 10004 - Classificação de Resíduos
Anexo D Listagem nº 4
-Substâncias Agudamente Tóxicas
Código da Substância P092 P002 P001 P010 P063 P003 P005 P102 P070 P004 P014 P017 P110
Algumas substâncias agudamente tóxicas
Acetato de fenilmercúrio 1-Acetil-2-tiouréia 3-(ααα-Acetonilbenzil)-4-hidroxicumarinaα Ácido aesênico Ácido cianídrico Acroleína Álcool alílico Álcool propargílico Aldicard Aldrin Benzenotiol Bromacetona Chumbo tetraetila
NBR 10004 - Classificação de Resíduos
Anexo E - Listagem nº 5 - Substâncias Tóxicas
Código da Substância U001 U144 U112 U214 U059 U005 U004 U002 U003 U008 U136 U134 Substância tóxica Acetaldeído (I) Acetato de chumbo Acetato de etila (I) Acetato de tálio (I)
(8S-cis)-8-Acetil-10-[ββββ-amino-2,3,6-trideóxi-αααα-L-oxil hexopiranosil oxil]-7,8,9,10-tetrahidro-6,8,11-trihidróxi-1-metoxi-5,12-naftacenediona
2-Acetilaminofluoreno Acetofenona
Acetona (I)
Acetonitrila (I,T) Ácido acrílico (I) Ácido cacodílico Ácido fluorídrico
NBR 10004 - Classificação de Resíduos
Anexo F - Listagem nº 6 - Concentração - Limite
Máximo no Extrato Obtido no Teste de Lixiviação
Código Poluente Limite máximo no
lixiviado ( mg/l) D005 D006 D007 D008 D009 D010 D011 D012 D013 D014 D015 D016 D026 D018 Arsênio Bário Cádmio Chumbo Cromo total Fluoreto Mercúrio Prata Selênio Aldrin + dieldrin Clordano DDT 2,4-D Endrin 1,0 70,0 0,5 1,0 5,0 150,0 0,1 5,0 1,0 0,003 0,02 0,2 3,0 0,06
NBR 10004 - Classificação de Resíduos
Anexo G Listagem nº 7
-Padrões para o Teste de Solubilização
Poluente Limite máximo no
extrato ( mg/l) Aldrin e dieldrin Arsênio Bário Cádmio Chumbo Cianeto Cromo total Fenóis totais Fluoreto Mercúrio Nitrato (mg N/l) Prata Selênio 3,0 x 10 -5 0,01 0,7 0,005 0,01 0,07 0,05 0,01 1,5 0,001 10,0 0,05 0,01
NBR 10004 - Classificação de Resíduos
Anexo H- Listagem nº 8 - Codificação de alguns
resíduos classificados como não perigosos
Descrição do resíduo Código de identificação
A001 A004 A005 A006 A007 A008 A009 A010 A011 A024 A099 Resíduo de restaurante
Sucata de metais ferrosos Sucata de metais não ferrosos Resíduo de papel e papelão
Resíduos de plástico polimerizado Resíduos de borracha
Resíduo de madeira
Resíduos de minerais não-metálicos Areia de fundição
Bagaço de cana