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O que é e como funciona o eletrocautério?

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O que é e como

funciona o

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Índice

Índice --- pg 02 Introdução --- pg 03 Tipos de Sistemas de Eletrocautério --- pg 04 As Unidades Eletrocirúrgicas --- pg 05 Princípios da Eletrocirurgia --- pg 06 Densidade de Corrente --- pg 07 Resistência dos Tecidos --- pg 08 A Importância dos Condutores Externos --- pg 09 A Duração da Corrente --- pg 10 A Área de Exposição --- pg 11 Mecanismo de Ação e Técnicas de Aplicação --- pg 12 Precauções Adicionais --- pg 13 Conclusão --- pg 15 Bônus: Eletrocautério MMO New Skin --- pg 16 Autores e Referências --- pg 17

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Introdução

O uso terapêutico da cauterização já é conhecido pela humanidade há muito tempo. Remonta à época de Hipócrates (300 a.C), quando o pai da medicina moderna introduziu técnicas de

assepsia e de cauterizações com ferro quente para o tratamento de feridas.

Atualmente, a eletrocirurgia vem adquirindo cada vez mais destaque, tornando-se amplamente utilizada em centros cirúrgicos e procedimentos estéticos no mundo todo graças às suas

propriedades.

Neste e-book, você vai descobrir o que é, como funciona e quais são as propriedades

terapêuticas do eletrocautério, bem como os riscos e protocolos de segurança que devem ser seguidos para um bom uso desta tecnologia.

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Tipos de Sistema de Eletrocautério

Existem dois tipos de sistemas de eletrocautério, o sistema monopolar e o sistema bipolar.

Sistema Monopolar é composto por uma unidade geradora de corrente elétrica onde serão conectadas a

caneta do bisturi elétrico (eletrodo ativo) e a placa de dispersão (eletrodo dispersivo). A caneta é a parte estéril do bisturi, que será manuseada pelo profissional nas áreas de aplicação. Já a placa dispersora será posicionada no paciente, para fechar o circuito elétrico e absorver a energia proveniente do bisturi. Sistemas monopolares são utilizados quando há a necessidade de corte, coagulação, ou ambos. No corte, a caneta entra em contato com o tecido, aquecendo-o até as células se desintegrarem. Já na coagulação, o tecido recebe uma quantidade de calor forte o suficiente para apenas fazer as células secarem.

O Sistema Bipolar também é composto por uma unidade geradora de corrente elétrica - com potência menor que o sistema monopolar - e por uma caneta ou pinça bipolar. Este tipo de aparelho é indicado somente para a coagulação, e tem como vantagem o fato de dispensar o uso de placa dispersora, pois a corrente só passa pelas duas pontas da pinça bipolar. Sistemas bipolares são indicados para tecidos sensíveis, áreas pequenas e localizadas, pois o bisturi bipolar tem por característica a preservação dos tecidos próximos à área de aplicação.

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As Unidades Eletrocirúrgicas

Bisturi monopolar (esquerda) Pinça bipolar (direita)

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Princípios da Eletrocirurgia

O princípio básico da eletrocirurgia fundamenta-se na passagem de uma corrente elétrica de alta

frequência pelos tecidos-alvo. A corrente elétrica - que é produzida por um gerador e liberada

através de um eletrodo ativo - percorre o corpo do paciente e sai através de um eletrodo neutro - ou dispersivo - conhecido como placa de dispersão.

Ao encontrar a resistência do tecido humano, a corrente elétrica é transformada em calor. Vários efeitos terapêuticos de corte, coagulação ou cauterização podem ser alcançados, dependendo da variação da aplicação do calor proveniente da corrente elétrica.

Estes efeitos dependem de fatores como: resistência dos tecidos, tempo de exposição à corrente elétrica, da superfície exposta e da densidade da corrente elétrica utilizada.

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Densidade da Corrente

A densidade de corrente - o nome dado à quantidade de eletricidade que flui através de uma área do

tecido - é o mais importante conceito na compreensão da eletrocirurgia, uma vez que o tecido

exposto a uma maior densidade de corrente sofrerá maiores efeitos.

Um aspecto importante da densidade se reflete na escolha do local em que é colocada a placa de dispersão. Quanto mais próxima ao campo operatório, menor é a quantidade de energia perdida no circuito e, assim, são necessárias correntes de densidades menores para que se alcancem os efeitos desejados.

Por outro lado, quando a placa de dispersão é posicionada longe do campo operatório, uma quantidade maior de energia será perdida em razão da resistência do corpo e do tamanho maior do circuito. Este fator acabará exigindo uma maior densidade de energia elétrica. Isto,

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Resistência dos Tecidos

Outro fator importante é a resistência dos tecidos. Quanto maior a resistência à corrente

elétrica, maior a quantidade de calor produzido. Os materiais que oferecem menor resistência à passagem da corrente elétrica são chamados de “bons condutores”. Esté é o caso dos metais, do solo, das soluções iônicas e do próprio corpo humano.

Porém, os tecidos adiposos e ósseos apresentam uma resistência maior quando comparados à pele, aos tecidos musculares e às áreas bem vascularizadas. Portanto, áreas com concentração de gordura ou de ossos geram mais calor.

Estes fatores são de suma importância especialmente na hora de escolher o local onde será posicionada a placa dispersiva. Deve-se dar preferência às áreas com menor resistência à

eletricidade - tecidos altamente vascularizados e com maior musculatura - evitando-se áreas de maior concentração de gordura, de pelos, tatuagens ou proeminências ósseas.

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A Importância dos Condutores Externos

A questão da resistência ou condutividade é super importante para que se entenda a

obrigatoriedade de que sejam retirados todos os materiais condutores da área onde será

realizado o procedimento.

Para o uso do eletrocautério, é obrigatório que sejam removidos adereços de baixa resistência como jóias, brincos, piercings, colchetes, botões, enfim: todos e quaisquer adornos metálicos. Por sua característica de baixa resistência - ou seja, por facilitarem a passagem da eletricidade devido à sua composição metálica - eles acabam oferecendo um caminho alternativo para a saída da corrente elétrica. Isto pode produzir queimaduras, além de reduzir significantemente a eficácia do processo eletrocirúrgico.

Vários trabalhos na literatura médica relatam a ocorrência de queimaduras em locais com interferência de adornos metálicos, como: eletrodos de eletrocardiograma,

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A Duração da Corrente

A duração da corrente, ou seja, o tempo de exposição à corrente elétrica, é outro fator que influencia nos efeitos da passagem da eletricidade pelo corpo humano.

Quanto maior o tempo de exposição à ação da eletricidade maiores são os efeitos sobre os tecidos. O tempo de exposição deve ser calculado levando-se em conta a área de exposição, a densidade da corrente e a proximidade da placa dispersora.

A fórmula de aplicação é “pontilhada”, evitando a exposição contínua, a fim de evitar queimaduras.

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A Área de Exposição

A área do corpo que sofrerá a exposição à corrente elétrica interfere nos efeitos sobre os tecidos. Afinal, para uma mesma quantidade de energia, uma área de menor superfície deverá conduzir a corrente com maior densidade, o que pode ocasionar efeitos prejudiciais.

Este princípio é aplicado especialmente na utilização da placa dispersiva. Ela deve ter ampla área de dispersão da eletricidade, de forma a não concentrá-la, evitando assim que sejam causados danos aos tecidos.

Além disso, devem ser utilizadas geleias ou pastas condutoras para aumentar a área de contato com a pele e reduzir a resistência oferecida. Caso a placa não esteja completamente aderida à pele, ou se a aplicação do gel condutor for insuficiente, a superfície total de dispersão fica menor, aumentando o risco de queimadura ou lesão por concentrar a saída da eletricidade em uma área menor.

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Mecanismo de Ação e Técnicas de

Aplicação

O eletrocautério atua através da corrente elétrica direcionada, não sendo necessário nenhum produto adicional, além de um anestésico tópico. Ele causa microlesões na pele, provocando um leve processo inflamatório e pequenas queimaduras.

Esse processo inflamatório pode resultar no escurecimento da região da aplicação, que deve ser tratado com terapias despigmentantes. Este aparecimento de manchas é mais observado em pessoas com pele morena. Coimbra (2010) relata o desaparecimento destas manchas em até dois meses.

Ainda não há literatura acadêmica suficiente disponível sobre contra-indicações desta técnica, mas devido a essas complicações em peles morenas, é recomendado que não sejam realizados procedimentos com eletrocautério em peles com esse fototipo, bem como em pessoas que

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Precauções Adicionais

Visando reduzir os riscos à aplicação da eletrocirurgia e do manuseio de energia elétrica, foram estabelecidas algumas recomendações de segurança quanto ao uso desta tecnologia, que servem como medidas para preventivas para todos os profissionais. São eles:

a) Posicionamento do Paciente - um bom posicionamento do paciente na mesa cirúrgica é ponto fundamental na prevenção de acidentes e lesões. O contato com objetos metálicos, do paciente da mesa, ou ainda com eletrodos de monitoramento podem acarretar na concentração da corrente, ou ainda em sua fuga, provocando lesões. Além disso, deve-se utilizar dispositivos isolantes na mesa e nos apoios de braços e pernas. Também é recomendado o uso de

compressas secas entre braços, tronco ou pernas, a fim de evitar a concentração de corrente nas áreas com acúmulo de fluidos.

b) Potência do Eletrocautério - deve ser confirmada antes da ativação, e deve ser a mais baixa potência efetiva possível, para que se atinja o efeito desejado para corte, coagulação ou

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Precauções Adicionais

c) Sistemas de Alarme - devem funcionar durante todo o tempo, com volume do indicador sonoro de atuação do aparelho mantido em nível audível, a fim de alertar imediatamente caso o eletrocautério seja acionado inadvertidamente, ou ainda para informar o uso adequado do mesmo.

d) Placa Dispersiva - o local de aplicação da placa dispersiva é indicado pelo sítio cirúrgico, sendo ela posicionada o mais próximo possível, em pele limpa e seca, em área bem vascularizada e com maior massa muscular, para garantir a melhor condutibilidade da eletricidade. Devem ser evitadas áreas com grande quantidade de pelos, cicatrizes e saliências ósseas, uma vez que diminuem o contato com a placa e conduzem a eletricidade com pouca eficiência. Deve-se evitar também a colocação da placa dispersiva sobre tatuagens, uma vez que muitas tintas possuem corantes metálicos.

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Precauções Adicionais

e) Marca Passo - pacientes usuários de marca-passo devem ser monitorados continuamente pois, embora modelos mais modernos sejam desenvolvidos de modo a ficarem protegidos da passagem da corrente elétrica, ainda estão sujeitos à interferência da eletrocirurgia, podendo ser danificados irreparavelmente ou terem suas funções alteradas. Não é recomendável a aplicação de eletrocirurgia em pessoas portadorass de marca-passo sem a orientação prévia de um cardiologista.

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Conclusão

É essencial o conhecimento dos fundamentos da eletrocirurgia e do eletrocautério, seus usos corretos e boas práticas, bem como o uso dos equipamentos de proteção e cumprimento dos protocolos de segurança.

Além da capacitação e experiência do profissional, é necessária a cooperação ampla e irrestrita do paciente diante das medidas preventivas e de segurança, a fim de evitar acidentes e lesões causadas pelo descumprimento das normas de segurança relacionadas ao uso da eletrocirurgia.

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Bônus: MMO New Skin - eletrocautério

(clique na imagem para saber mais)

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Referências Bibliográficas e Autores

Referências Bibliográficas

1. Artigo “Risco do uso do eletrocautério em pacientes portadores de adornso metálicos”, trabalho realizado pelo Departamento de Cirurgia da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil - Aceito para publicação em 23/07/2010

2. Electrocautery in in the rejuvenation of the superior orbital region

http://www.novafisio.com.br/a-utilizacao-de-eletrocauterio-no-rejuvenescimento-da-regiao-or bital-superior-um-estudo-de-caso/

Autores:

1. Cristina Toledo AFONSO, Alcino Lázaro da SILVA, Dreyfus Silva FABRINI, Carla Toledo AFONSO, Marcelo Giusti Werneck CÔRTES, Ludmila Leite SANT’ANNA

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Créditos e Copyright:

Pesquisa, edição, diagramação, revisão e textos adicionais:

Alexandre Bertolazi

Copyright:

Referências

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