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BELLOTTO, Heloísa Liberalli

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BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Arquivos BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Arquivos

permanentes

permanentes: : tratamento documental.tratamento documental. 2 ed. Rio de Janeiro: FGV, 2004

2 ed. Rio de Janeiro: FGV, 2004

Cap. 1

Cap. 1 – – Da administração àDa administração à história: ciclo vital dos

história: ciclo vital dos documentos e função documentos e função

arquivística. arquivística.

(2)
(3)

•• Gerenciamento de arquivosGerenciamento de arquivos – – trânsito entre as áreas datrânsito entre as áreas da

administração e da história. Conceito de ciclo vital administração e da história. Conceito de ciclo vital desloca-se entre esses dois

desloca-se entre esses dois pontos.pontos.

•• Distância entre a administração e a história é umaDistância entre a administração e a história é uma

questão de tempo. Os documentos gerados hoje são os questão de tempo. Os documentos gerados hoje são os que, no futuro, servirão às

que, no futuro, servirão às pesquisas as mais diversas.pesquisas as mais diversas. Hoje, são produzidos para

Hoje, são produzidos para finalidades práticas:finalidades práticas: administrativas (arquivos institucionais, públicos e administrativas (arquivos institucionais, públicos e privados); profissionais/pess

privados); profissionais/pessoais (arquivos oais (arquivos pessoais). Nopessoais). No futuro, essas finalidades práticas podem servir de

futuro, essas finalidades práticas podem servir de

indícios de como funcionavam uma corporação, uma indícios de como funcionavam uma corporação, uma administração govername

administração governamental, a vida privada, a vida ntal, a vida privada, a vida emem sociedade.

(4)

Ciclo vital:

Ciclo vital: 3 fases documentais.3 fases documentais.

•• Documentos correntesDocumentos correntes – – permanêncpermanência ia nosnos

arquivos correntes por 1 ano arquivos correntes por 1 ano aproximadame

aproximadamente. Podem passar a nte. Podem passar a umum arquivo central do organismo onde

arquivo central do organismo onde

permanecerão por mais 5 a 10 anos (sem permanecerão por mais 5 a 10 anos (sem que signifique uma outra idade). Devem que signifique uma outra idade). Devem situar-se junto ao produtor, pois ele é o situar-se junto ao produtor, pois ele é o principal usuário.

(5)

 Documentos intermediários - permanênciaDocumentos intermediários - permanência

nos arquivos intermediários é de nos arquivos intermediários é de

aproximadamente 20 anos. Ali, uso das aproximadamente 20 anos. Ali, uso das tabelas de temporalidade, segundo

tabelas de temporalidade, segundo tipologia e

tipologia e função documentafunção documental. Tabelasl. Tabelas baseadas na legislação, nas normas

baseadas na legislação, nas normas

internas do órgão produtor, e na própria internas do órgão produtor, e na própria finalidade dos documentos em questão. finalidade dos documentos em questão.

Uma comissão interdisciplinar deve aplicar Uma comissão interdisciplinar deve aplicar a tabela

a tabela (arquivistas + administradores,(arquivistas + administradores,  juristas e historiadores). Critérios para  juristas e historiadores). Critérios para

eliminação. Pode estar em local

eliminação. Pode estar em local afastado,afastado, de guarda barata.

(6)

 Documentos permanentes – arquivos de

terceira idade. 25 ou 30 anos após a

produção do documento ou do fim de sua tramitação (depende da legislação em

cada país, estado ou município). Se

arquivo privado, resta no arquivo histórico da instituição. Se público, recolhimento

obrigatório para uma instituição

arquivística, que se encarregará da

custódia da documentação. Ou juntos à universidades e centros culturais.

(7)

• Custódia, ou guarda, não se resume a

conservar e preservar. No arquivo permanente, abrem-se outras

oportunidades de uso dos documentos: usos científico, social e cultural. Os usos primários do documento é que ficam para trás.

(8)

Atividades clássicas de administração que não podem existir sem documentos:

• Prever

• Organizar • Comandar • Coordenar • Controlar

(9)

• O arquivo armazena tudo o que uma

unidade administrativa produz: normas, objetivos, documentos decorrentes de

suas funções. Servem para informação e a gestão. Mas para a tomada de decisão, a unidade administrativa necessita mais do que apenas seus documentos: precisa de legislação, dados econômicos, sociais, políticos etc.

(10)

• Por isso, necessário o arquivo, além de

uma biblioteca e de um centro de documentação para prover o

administrador de dados necessários à sua atuação profissional.

• Fase inicial do documento e seu valor

primário – “chama-se primário o valor que

o documento apresenta para a

consecução dos fins explícitos a que se

(11)

• Valor secundário – desde o elemento

informativo para análise crítica da administração até, em perspectiva, os aspectos sociais e

políticos generalizados que, no mesmo documento, o historiador puder detectar.

Segundo Schellenberg, neste segundo tipo há o valor da informação. No sentido de prova, será possível saber sobre a organização e o

funcionamento do órgão que produziu o

documento e, como informação, pode conter dados sobre pessoas, coisas, fatos.

(12)

• Para encaminhar bem os documentos pelo seu

ciclo de vida, é necessário revelar as suas

potencialidades. Cabe ao arquivista identificar, descrever, resumir e indexar.

• No uso secundário, cabe ao pesquisador

selecionar, interpretar e “explicar”. Para que isso

se realize, é necessário que o fluxo não seja

interrompido. Entidade produtora não deve nem pode descartar documentos sem a supervisão de autoridades arquivísticas para tal (nos

(13)

Algumas razões para o grande aumento de produção documental:

• Avanços da tecnologia

• Complexidade dos sistemas burocráticos • Aumento das necessidades

administrativas, jurídicas e científicas na atualidade

(14)

Conservar tudo o que é produzido é inviável.

Eliminação, então, não só é necessária como obrigatória.

Critérios para eliminação: exame da procedência, do tipo documental, do

conteúdo, e dos potenciais informativos da documentação.

(15)

• Arquivo permanente não se constrói ao acaso.

O que chega até ele, deve ser o resultado de um trabalho bem feito em etapas, com

coordenação, planejamento e controle.

• Manter a organicidade da documentação é

essencial. O conjunto de uma documentação tem que retratar a infra-estrutura e as funções do órgão gerador. Reflete suas atividades-meio e suas atividades-fim. Esta é a base da teoria de fundos.

(16)

• Fator norteador da constituição do fundo é o princípio da proveniência: “a origem do

documento em um dado órgão gerador e o que ele representa, no momento de sua criação, como instrumento que

possibilitará a consecução de uma

atividade dentro de uma função, que cabe ao referido órgão gerador no contexto

administrativo no qual atua, ou que

(17)

4 tipos de público para os arquivos públicos:

• O administrador

• O cidadão em busca de comprovação de

direitos

• O pesquisador

• O cidadão comum à procura de cultura

(18)

• Elementos norteadores do arranjo dos

documentos nos arquivos permanentes:

estrutura e funcionamento da administração, reforçando o princípio do respeito aos fundos, que preside a organização dos arquivos.

• Autorias, caracterização das tipologias dos

documentos, função implícita, assuntos, data e local serão fornecidos mediante a execução da operação de descrição de documentos. Cabe ao arquivista, na elaboração dos instrumentos de

pesquisa, fornecer essas informações ao usuário.

(19)

• Arranjo estrutural/funcional serve como

instrumento de pesquisa mediador entre o trabalho arquivístico e a pesquisa

histórica.

• Arranjo – deve-se respeitar a classificação

anterior e adaptá-la, caso haja muitas

lacunas deixadas pelas eliminações. Pode haver uma acomodação à classificação

(20)

• Já a descrição é ditada pelos interesses

da pesquisa, sem se perderem as amarras dos documentos com suas

origens. Coexistência dessa dualidade é a única forma de os arquivos continuarem a servir para ambas as áreas (administração e história).

(21)

• Ciclo vital – um todo indivisível. Função

arquivística presente em todo o ciclo. Tarefas sucessivas que o arquivista

desempenha ao longo do ciclo: controle

dos arquivos em formação, a destinação e a custódia definitiva.

(22)

• A função arquivística se completa com a

adição de sua faceta cultural, voltada à

comunidade. Entrosamento entre arquivo e cidadão é ampliado na atualidade. Entre arquivo e escola também. Arquivo como laboratório para futuros pesquisadores. Atividades dos arquivistas em arquivos

permanentes ganham também dimensões sociais e culturais muito mais amplas do que as que se encontram na fase inicial de produção documental.

(23)

Cap. 7 – Identificação de fundos

• Arquivos organizados por fundos.

Inadmissível outra forma de organização na atualidade. Recuperação da

informação se faz através de instrumentos de pesquisa e não da classificação/arranjo da documentação.

(24)

• Organização de um quadro de fundos – às

vezes é necessário em instituições arquivísticas de guarda de acervos.

• Estudo do conjunto administrativo

funcional para elaborar um arranjo, dentro de preceitos estabelecidos. Conhecimento de organogramas e da vida das várias

entidades e funções a que se ligam os

documentos para estabelecimento de um quadro de fundos.

(25)

Pontos fundamentais sobre o conceito de fundo:

• Abarca documentos gerados/recebidos

por entidades físicas ou jurídicas necessários à sua criação, ao seu funcionamento e ao exercício das atividades que justifiquem a sua

existência, descartando-se, assim, a

caracterização de coleção (documentos reunidos por razões científicas, artísticas, de entretenimento ou quaisquer outras

(26)

• Documentos pertencentes a um mesmo

fundo guardam relação orgânica entre si, constituindo uma unidade distinta, não

podendo ser seus componentes

separados para formar agrupamentos aleatórios;

• A noção de fundo está ligada ao órgão

gerador dos documentos. Produção de documentos – ligada à primeira idade;

fixação de fundos, ligada à terceira idade dos documentos.

(27)

• Para os documentos possibilitarem a

constituição de um fundo é preciso que a entidade produtora seja administrativa e  juridicamente consolidada;

• Fator norteador da constituição do fundo é

o órgão produtor, a origem do documento, o que ele representa no momento de sua criação. Entidade + razão + função de

produção = fatores que marcam o fundo e os documentos pelo ciclo todo de sua

(28)

• Principio da proveniência desdobra-se em

dois: princípio do respeito ao fundo e o princípio do respeito à ordem original, ou seja, à ordem que tinham os documentos quando na primeira e na segunda idades.

• Assim, além de não misturar papéis de um

organismo com os de outro, o arquivista teria que respeitar o arranjo interno dos documentos dados pelo órgão de origem

(29)

Dois aspectos a serem considerados:

• Respeitar o órgão de origem, não deixando que

seus documentos se misturem com os de outros órgão;

• Respeitar a ordem estrita com que os

documentos vieram da repartição de origem, na sequência original de séries, mesmo que

deturpada pelas baixas decorrentes da execução de tabela de temporalidade.

(30)

• Respeito à ordem original é principio mais

contestado, não é consensual na área, talvez por ter sido considerado de forma muito

rigorosa.

• A ordem original não seria necessariamente a

ordem física que os documentos tinham no arquivo corrente e sim o respeito pela

organicidade, isto é, a observância do fluxo

natural e orgânico com que foram produzidos e não propriamente dos detalhes ordenatórios de seu primeiro arquivamento.

(31)

• Quais requisitos para que se caracterize

um núcleo documental como um fundo? A questão da hierarquia entre órgãos.

• Complexidade da organização funcional e

os vínculos de subordinação. Deve-se

identificar a função primordial de um órgão maior, capaz de globalizar as atividades

de suas várias repartições. Função é mais importante do que o nome do órgão. O

nome muda, a competência subsiste. Se a competência mudar, o arquivo mudará

(32)

Para identificar esse órgão maior cujos

documentos constituem um fundo, observar se:

• Possui nome, tem existência jurídica resultante

de lei, decreto, resolução

• Tem atribuições precisas, estabelecidas por lei. • Tem subordinação conhecida firmada por lei.

• Tem um chefe com poder de decisão, dentro de

sua área legal de ação.

(33)

• Órgãos subordinados também têm suas funções

e sua criação estabelecidas por lei. Solução pela adoção do critério do órgão maior – gera

problema de volume documental, séries muito extensas.

• Solução pela pulverização de fundos – outros

tipos de risco. Solução pelo órgão maior é a mais indicada, pois significa uma competência mais abrangente. Isso significa também pelas unidades, departamentos e outras subdivisões que tenham autonomia administrativa dentro do órgão maior.

(34)

• Outro caso de discussão sobre fundos:

transferência de competência de um

organismo vivo a outro vivo: nesse caso, o arquivo segue para o organismo que

assumirá a competência. Os dois fundos continuam a existir e os documentos

daquela competência é que seguem para o organismo que a assumiu.

(35)

• Órgão suprimido, finda um fundo. Fundo

fechado. Outro órgão começará a gerir essa competência e a criar seu próprio fundo.

• Mudança de nome – se as atribuições

persistirem, o fundo persiste também.

(36)

• Fundos custodiados por instituições

arquivísticas sem terem sido produzidos pela administração à qual o arquivo está ligado. Exemplo: arquivos pessoais;

arquivo da alçada municipal no Arquivo

Nacional. Um fundo estadual num arquivo municipal ou vice e versa.

(37)

Identificação de fundos:

• Conhecimento profundo da estrutura

administrativa e das competências (e suas mutações) dos órgãos produtores da

documentação, nos respectivos níveis da administração pública e nos vários setores da administração privada. Desse

conhecimento vai depender também o arranjo/classificação dos documentos.

(38)

Cap. 8 – Sistemática do arranjo

• Arranjo para Schellenberg: “processo de

agrupamento dos documentos singulares em unidades significativas e o

agrupamento, em relação significativa, de

tais unidades entre si”.

• Relação significativa = princípio da

organicidade.

(39)

• Classificação dos documentos no âmbito

dos arquivos correntes é a obediência às atividades e às funções do órgão produtor. Lacunas pela aplicação da tabela de

temporalidade – mesmo assim, deve-se

respeitar a classificação de origem.

• Caso de massas documentais

acumuladas – buscar uma classificação

correta, mesmo que ainda não se tenha um conhecimento imediato das atividades e funções que originaram os documentos. Trabalho é de pesquisa nesses casos.

(40)

• Arranjo/classificação na idade

permanente: critérios que respeitem o

caráter orgânico dos conjuntos, interna e externamente.

(41)

Uso do princípio de respeito aos fundos para a sistemática do

arranjo/classificação, segundo Schellenberg:

• Porque mantém a integridade dos

conjuntos documentais como informação, refletindo-se no arranjo as origens e os

processos que os criaram. O modo pelo qual são arranjados mostra as operações em relação às quais se originaram.

(42)

• Porque serve para que se conheçam a

natureza e o significado dos documentos no seu contexto e circunstâncias (a infra-estrutura e o momento)

• Porque faz com que haja critério mais ou

menos universal no arranjo e uniformidade na descrição.

(43)

• Arranjo, operação ao mesmo tempo

intelectual e material. Organizam-se os documentos uns em relação aos outros; as séries, umas em relação às outras; os fundos, uns em relação aos outros; dar

número de identificação aos documentos; colocá-los em pastas, caixas ou latas;

(44)

• Classificação de fundos ou quadro de

arranjo x  ordenação de documentos e

séries documentais ou arranjo interno. No primeiro caso, quadro relacional de fundos e disposição interna de suas seções e

séries; no segundo caso, ordenação interna dos documentos dentro dela.

• Questão teórica sobre os diferentes níveis

(45)

Processo de arranjo nos arquivos permanentes, se não se conservar a classificação do

documento na idade primária de uso. Atividades preliminares:

• Levantamento da evolução institucional da

entidade produtora dos documentos. Isto supõe toda a legislação que a cria e regulamenta; os procedimentos administrativos; as funções que exerce para que se cumpra o objetivo para o

qual foi criada; os documentos produzidos, cuja tipologia é adequada às operações, atividades e funções que eles testemunham;

(46)

• Identificação preliminar. Eliminação de

documentos que não pertençam ao fundo,

percepção dos “vazios” em relação às funções

institucionais. O casamento perfeito entre, de um lado, funções/atividades e as respectivas séries documentais muitas vezes não se

realiza. Lacunas causadas por eliminação ou por desfalques.

• Estudo institucional das entidades produtoras

do material detectado. Dados sobre entidades ausentes. Lacunas podem ser preenchidas

(47)

• Arquivista analisa o material em termos

de:

 – Proveniência

 – História da entidade ou biografia do indivíduo

produtor dos documentos

 – Origens funcionais – atividades específicas

das quais os documentos resultam

 – Conteúdo – a extensão dos vários tópicos,

eventos e períodos

(48)

• 3 primeiros, dados da entidade produtora.

Levantados antes do cotejo dos

documentos; 2 últimos, detectados a partir do exame da documentação. Todos

vinculados no momento do arranjo/classificação.

• Transferência – passagem dos

documentos de gestão para os arquivos intermediários

• Recolhimento – envio dos documentos

remanescentes para a custódia definitiva aos arquivos permanentes.

(49)

• Recolhimento sistemático (do arquivo

intermediário ou do arquivo corrente) x 

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