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LEOPOLDO EDUARDO LOUREIRO & ADVOGADOS ASSOCIADOS

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Academic year: 2021

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GEORGIA GOBATTI

Excele ntíssimo S enhor Doutor Juiz de Dire ito da Vara da Faze nda Pública da Capital.

PROCESSAM ENTO URG ENTE

PEDIDO DE LIMINAR – LESÃO AMBIENTAL

JEFFER CASTELO BRAN CO, bras ile iro, divorcia do,

assistente social, portador da Cédula de I dentidade RG n. 13.882. 962 -7, inscrit o no CPF/MF sob n. 971. 096. 308 -20, Título de Ele itor n. 1052491801 -16, domiciliado no Município de Sa ntos, Estado de Sã o Paulo, na Rua Be njamin Consta nt, n. 155, ap. 32, C EP 11040 -141, vem à presença de Vossa Exce lência para ajuiz ar a prese nte AÇÃO POPULAR, com fulcro na Lei 4.717/65, e m face da CETESB – COMPANHI A

AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO, sociedade de econom ia m ista

sob controle da Faze nda P ública do Est ado de São Paulo, constituída pela Le i Estadual 118/73, inscrita no COM /MF sob n. 43.776.491/001 -70, com sede nesta Capital, na Rua P rofess or F rede rico He rman Junior, n. 345, Alto de P inheiros , CEP 05459 -500, nos seguintes termos de fat o e de direit o:

AUTOR POPULAR

1.- O Autor desta ação popula r é formado em ciências sociais e milita na área am bie ntal, na qual exerce ativa milit ância, conforme

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Embora a lei não ex ija esta qua lificação com o pressuposto de legit imação processual, o Demandante julgou conveniente dem onst rar a pert inê ncia de seu interesse, a lém do ex ercício da cidadania , que em si o habilita ao ajuizame nto, nos term os do a rt. 5º, inciso LXXIII da Constituição Fede ral e art. 1º da Lei n. 4. 717/6 5.

2.- Também expõe desde já, de m odo a antecipar eve ntua is questioname ntos ét icos, que os laudos técnicos e out ros me ios de exercício de se u dire ito foram e laborados por peritos e técnicos cont ratados por empresas que têm interesses atingidos pe los mesm os atos les ivos ao me io ambie nte, objet o de sta ação.

MOTIVAÇÃO E OBJETO DA AÇÃO

1.- O objet o da presente demanda é a suspensã o em ca ráter lim inar e de claração de ineficácia de atos adm inistrat ivos – lice nças ambie ntais – expe didas pe la Reque rida, em virt ude de v ícios de form a, desvio de fina lidade e a usência de mot iva ção jurídica válida.

As licenças e os fundame ntos de sua invalida de serão adiante ide ntificados.

Estas lice nças perm item que se perpetre lesão am bie ntal grave e atual.

2.- É im pres cindível acentuar que est a ação nã o objetiva a imposição de obrigação de fazer ou de não faze r, nem a re para ção, por qua lquer meio, do meio am biente lesado.

3.- Esta ação tem objet o de lim itado – suspensão e anula ção das licenças ambientais – em v irt ude de vícios ostensivos.

Dessa forma, esta ação nã o se sobrepõe a eventuais ações civis públicas a se rem ajuizadas pe lo Minist ério Público, tant o o Estadua l quant o o Fede ra l, que a puram os fat os sob ótica e fundament os divers os.

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4.- A mot ivação da pre sente açã o, nã o obsta nte, é dada pe la recente , at ual, g rave e irrevers ível lesão ambie ntal, que decorre das licenças a se rem a nuladas e que será mais adiante indicada.

COMPETÊN CIA

1.- Esta ação objetiva anula atos lesivos prat icados pela Reque rida , sediada nesta Capital.

Justifica -se, dessa forma , a observação da reg ra geral de competê ncia te rrit orial – ajuizament o no foro do dom icílio do réu.

2.- A Requerida é , por sua feita, e ntidade sob o cont role acionário do Estado de São Paulo.

É pessoa jurídica cria da por Lei Estadua l.

É aplicáve l, porta nto, o dis posto no a rt. 5º, § 1º, da Le i 4.717/65:

§ 1º Para fins de competência, equiparam-se atos da União, do Distrito Federal, do Estado ou dos Municípios os atos das pessoas criadas ou mantidas por essas pessoas jurídicas de direito público, bem como os

atos das sociedades de que elas sejam acionistas e os das pessoas ou

entidades por elas subvencionadas ou em relação às quais tenham

interesse patrimonial.

O art. 35 do De cret o-Le i Compleme ntar n. 3/69 (Códig o Judiciário do Estado de São Paulo) estabe lece a com petência dessa Va ra especializada.

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1.- A Requerida expediu, no processo SMA 13.781/2002, as seguintes licenças:

a.- Licença Ambiental Prév ia n. 00870 , favoráve l à Com panhia Side rúrgica Paulista – COSIPA, em 15 de agosto de 2005;

b.- Lice nça Ambiental de Instalação n. 2439 , em prol da Us im inas Side rúrgicas de Minas Gerais S. A., em 05 de julho de 2016;

c.- Lice nça Ambie ntal de Ope ração n. 2385, fav oráve l à mesma Usiminas, em 05 de junho de 2017.

2.- Estas licenças pe rmitem a dragagem de “mate rial passível de disposição confinada” no Canal de P iaçaguera , no lit ora l sul do Estado de São Paulo.

3.- Abst raindo-se os vícios de forma, que serão posteriormente ide ntificados, estas lice nças evide nciam a prática de desvio de finalidade e ausência de mot ivação jurídica vá lida, a o gerarem sérios impactos ao me io ambie nte (contam inaçã o oceânica).

4.- Há ampla prova docume ntal do fato – a realiza ção recente e atual da dragagem – e ampla prova da grave lesão ambiental de le decorrente.

Antes de ingressar nos aspect os técnicos mais complexos , é imprescindível a explicação: esta dragagem cons iste na de pos ição de sediment os contaminados com polue ntes em cava (bura co) subaquático.

A ope raçã o tem sido exercida por em presas não ha bilitadas nas licenças ambie ntais : Ult rafé rt il S. A. e VLI – Valor da Logíst ica Integra da , que at ua no Tiplam – Terminal Portuário Luiz Ant onio Mesquita.

5.- A ope ração de dragagem tem gerado sérias rea ções da população e de aut oridades locais e de âmbit o naciona l, te ndo em vista o caráter difuso da lesão am biental, cujos efe itos não restritos geograficame nte.

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6.- Os inclusos docume ntos bem o denotam:

a.- F otogra fias de protestos realizados no loca l da dragagem ; b.- D iversas me nsagens nas re des sociais;

c.- Maté rias jornalísticas ;

d.- Requeriment o form ula do por vere ador à Mesa Diretora Câmara Municipal de Guarujá (cujo te or será adia nte comentado);

e.- Pedido dirigido pe lo P ROAM – I nstituto Brasileiro de P roteção Ambie ntal (cujo presidente , subscrit or, é conselheiro do CONAMA – Conselho Nacional do Meio Am bie nte) ao Secretário Estadua l do Me io Ambie nte, rogando a para l ização da dragagem , com descriçã o pre cisa das les ões temidas;

f.- Re que rime nto s ubmet ido à Mesa Diret ora da Câmara de Santos, para a busca de informações relativas ao fat o, revela ndo o rece io da contaminação ambiental;

g.- Matéria jornalística de reve l a re comendaçã o feita pe lo Ministério Público à CETESB, para s uspensão da operação de dragagem.

7.- O debate realizado na Câmara Municipal do Guarujá revela a existência de divergência e ntre a P residência e a Diret oria da COD ES P (Companhia D ocas), a últ ima contrária à cont inuidade da operação.

Pontuaram os ve readores, na m ot ivação do requeriment o, que:

Vale ressaltar que a ideia central desta Cava Subaquática, é a mesma utilizada na tragédia de Mariana em Minas Gerais, entretanto debaixo do mar ou seja de difícil percepção caso ocorra rompimento da obra.

Este o receio: a de pos ição de mate rial contam ina do na cava pode rá implicar sérios danos am bie ntais no caso da sua ruptura.

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Cabe observar que o local da insta lação – Cana l P iaçaguera – tem intens o trâns ito de nav ios de grande calado, cujas quilhas podem provocar a e rosão, ruptura e vazament o.

Acresce nte-se que a CTESB, convidada à comparece r à Câmara dos Vereadores de Santos para prestar esclarecime ntos , ignorou a solicitação e s implesmente não e nviou re presenta nte.

7.- Também é im portante consig nar que há várias alternativas para de pos ição do resíduo.

Como se rá exposto m ais detidamente , são a lternativas ma is one rosas, mas seguras e com riscos expressivamente m enores de contaminação.

Ou seja, é evide nte o desvio de finalidade e ausência de motivação jurídica válida na ex pedição da s licenças.

8.- Antes de ret ornar ao tema, o Autor expõe as conclusões de divers os trabalhos pe riciais , também submetidos ao Ministério Público, e que reve lam a realidade da contam inação e o caráter irregula r das licenças cujos e feit os se prete nde anular:

8.1.- Laudo subscrito pelos peritos David Zee , Ricardo José do Coutto e A lexandre Barret o:

a.- Dive rsas frag ilidades am bie ntais , com o assore ament o da fa ixa marginal de manguezais , sufocament o a biota de fundo, bloqueio da migração de pe ixes pa ra áreas de procriação e criação de zonas pantanosas pe la pe rda de profundidade;

b.- Pe riculosidade dos Contaminantes nos Se dim entos , com “fatores de extremo risco de enve nenamento da biota e ameaça à saúde pública” , pote ncializado pe la acessibilidade humana à área da dragagem e a proxim idade de zona densame nte ha bita da; ricos de bioacu mulaçã o de metais pesados;

c.- Inade quações de Segurança , Cont role e Monit orament o: elevado risco de perda de controle dos sediment os rem ovidos , com sérios desdobrame ntos am bientais e s ociais;

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d.- Riscos da Áre a de Bota Fora , eis que a cava foi posicio nada muit o próxima a áreas se nsíveis (foz do Rio Casque iro) .

Este mesmo Laudo revela as alte rnat ivas de depos ição, e as relaciona no seguinte ranking , da me lhor para a pior:

1º- Deposição e m sít ios secos ;

2º- Deposição e m geobags (te rra ou subm er sos); 3º - De posição em alt o mar (sít io subme rs o);

4º - Deposição em cavas submersas (águ as interiores) .

As licenças pe rmitem a adoção do método me nos recomendado e gerador de e levados riscos.

8.2.- Laudo elaborado pe la em presa Basalto Ltda.:

“Foram amostrados 07 pont os para a área de estudo n a camada supe rficial dos sedime ntos e foi detectado que , em pelo menos dois pont os (P -02/P -03 – loca lizados no cana l de Piaçague ra e ntre a TIPLAN e a cava subaquática), a s concent rações de compostos quím ic os , na sua maioria

polue ntes tóxicos e carcinogênicos, aprese ntaram

concent rações acima dos valores mínim os estabelecidos na Resoluçã o CONAMA n. 344, de 25 de março de 2004 e Valores Orie ntadores C ETESB/16”.

Os principais contam inantes encontrados, lá de scritos, sã o: metais pesados , organoclorados e hidrocarbonetos policíclicos.

9.- Os dados apurados são de fácil verificação e confirmaçã o pe la CETESB.

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A cabal ausê ncia de reação e de resposta às diversas comunicações e reações de ent idades ambie ntai s e da com unida de causa espé cie.

Há desvio de finalidade e a ausência de motivação jurídica válida para a em issão das licenças, diante das e vidências técnicas contrá rias.

Lice nças ambienta is não se destinam a garantir a execuçã o da opção mais barata para o empree ndedor, mas a garantir a opção mais segura para a populaçã o.

A motivação jurídica nã o é vincula da à discricionariedade do órgão, mas às normas técnicas am bie ntais.

10.- Foram violadas as seguintes normas:

a.- A Resolução CONAMA 454/2012, no que conce rne à apuraçã o de conce ntração de poluentes em níveis superiores àque les aos lim ites lá determinados ;

b.- A mesma Resolução CONAMA 454/2012, cujo artigo 25, adiante transcrit o, obriga a ident ificação de e lement os não apura dos pela CETESB;

Art. 25. - A localização de polígono de disposição do mate ria l dragado em águas sob juris dição na ciona l deverá ser definida com bas e em levantament o prév io que cons ide re:

I- Outros us os existentes no local e em seu entorno;

II- Viabilidade econôm ica da operação de dragagem;

III- Segurança operacional, incluindo -se zonas de exclusã o

militar;

IV- Presença de áreas ambienta lmente sensíveis ou protegida s

no local e em seu ent orno

c.- A Resolução CONAMA 001/86, no que concerne à com paraçã o e escolha e ntre as alternativas té cnic as apuradas e m EIA/RIMA:

Artigo 5º - O estudo de impacto ambiental, além de atender à legislação, em especial os princípios e objetivos expressos na Lei de Política

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I - Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização de projeto, confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto. 11.- Há também vício forma l.

Prime iro, porque as lice nças indicam inte ressados ent re si divers os e , também dive rsos daqueles que execu tam a dragagem.

Tais licenças devem ser em it idas em funçã o das condições de execução demonstradas por dete rminada pessoa; são pessoais e nã o portáveis ou fungíve is.

Mas a licença prév ia foi conce dida em prol da COSIPA, as licenças de instalação e de operação em prol da Usiminas S. A., mas as not ícias e outras apurações indicam que a dragagem é executada pela Ultrafé rtil S. A. e/ou pela VLI – Valor Logíst ica Integra da.

12.- Não é só.

A Licença Prévia 870, expedida em 2005, já havia caducado muit o antes da expedição das licenças posteriores.

O prazo máxim o legal da LA P é de cinco anos, nos te rmos do art. 18, I , da Res olução 237/97 do CONAMA.

Embora as licenças possam ser expedidas isoladame nte, é evidente o caráter sucessiv o e interdepe ndente , n os te rm os do art. 5, parág rafo único, da Resolução acima refe rida:

As licenças ambientais poderão ser expedidas isolada ou sucessivamente, de acordo com a natureza, características e fase do empreendimento ou atividade.

A respeit o da obrigatorie dade de limita ção de praz o das lice nças ambie ntais , pre leciona P aulo Affonso Le m e Machado:

“O órgão público ambiental por s ua vez não fica manietad o etername nte a condições de funcionament o de uma atividade que te nha se revelado danosa ao ambie nte e que haja p ossibilidade de corre ção no moment o de nova

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(Direit o Ambie ntal Brasile iro, Ma lhe iros, 5ª Ed. , p. 194) A limitação de prazo perm ite verifica ção da manutenção das condições socioambientais após a expira ção do ato, e a eventua l exigência de novas condições , ou reava liação daque las ante riorm ente exigidas.

A doutrina s ocorre mais uma vez esta conclusã o, na palav ra de Antonio Inagê de Assis Olive ira:

“O próprio texto lega l a o instit uir o licenciament o com o instrument o da P olítica Nacional do Me io Am bie nte refe re -se ao lice nciament o e à revisão das atividades efet iva ou

potencialme nte poluidoras. Essa revisão é sempr e

necessária para que as mudanças socioambie ntais seja m

acompanhadas de medidas mais ade quadas ,

principalme nte de controle da poluiç ão indus trial, mas também de outras f ormas de de gradação ambie ntal ”. (O Lice nciament o Am bie nta l, Iglu Edit ora, p. 45) .

Ora, a LAP foi ex pedida há 12 anos.

Neste praz o surg iram alte rnat ivas mais seguras e ambienta lmente sustentáveis, com o de monstrado nos laudos , o que teria obrigado à revisão de sua concessão e das licenças posteriores, de la derivadas.

13.- Acrescente -se também a ausência de notícia de que tenha se realizado audiê ncia pública.

Uma inte rvenção oceânica de tal impacto não a dispe nsa.

Paulo Affonso Leme Macha do afirma que “a audiência pública – devidamente ret ratada na ata e seus ane xos – não pode rá se r posta de lado pe lo órgão licenciador, como o mesmo deverá pesa r os argumentos nela expendidos , como a documentação juntada ” (ob. Cit. P. 171).

A Resolução 08/87 do CONAMA, por sua feita, estipula ser inválida a licença concedida sem a rea liza ção de audiência pública.

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14.- Também se s ubmete a esse MM. Juízo a ata da 76ª Reuniã o Extraordinária do P le nário do CONS EM A, que result ou na expediçã o daque la licença: o caráter conflit uos o, com protestos de conselheiros , abandono da seção, advertências e at ipicida de na coleta de vot os denuncia a existência de sérios problema s e ressalvas.

15.- As licenças contêm vícios patentes de form a, m otivaçã o e finalidade.

O ambient alista A ntonio Inagê de Assis Oliveira a firma que

“Não há dúvida que a out orga de uma licença ambie ntal const itui-se em um ato adm inistrat ivo no sent ido estrito , isto é , de at o unilateral, indiv idual e concret o ex pedido no exercício regular de uma função administrat iva. Dessa forma, a licença, como todo o produto de um at o administr ativo, também pode ser invalid ade, c assada ou anulada por outro ato administr ativo ou por sentença judic ial.” (ob. C it., p. 55).

Os vícios das licenças são patentes. Há vícios de forma (ausência da audiência pública, extravasament o do prazo, indicação imprecisa do beneficiário).

Há vício de motivaçã o (quando a maté ria em que se fundamenta o ato é “juridicamente inade quada ao resulta do obtido” – Dire ito Administ rativo Moderno, RT, 18ª Ed., Odete Medauar, p. 174) e de finalidade (at o prat icado visando “fim dive rso daque le prev isto, explícita ou im plicitamente , na regra de competência”).

A superação de tais vícios exig irá a rea valiação am bie ntal e de todas as condições do licenciame nto, de modo que , ao menos adota dos os paradigmas presentes , os de feit os são insanáve is.

16.- O a rt. 5º, inciso LXXIII, da Cons tituição, adm ite a a ção popular para anulação de ato lesiv o a o m eio ambiente.

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Os fatos expostos pe rm item a clara ve rificação de que lesões ambie ntais graves pode rão se consumar, em decorrência da cont inuidade da dragagem.

Os danos são difusos, de efe itos m últ iplos, at ing indo as águas marít imas , a biota e as com unidades hum anas.

São danos de difícil reversão, nos term os expostos nos inclusos laudos.

PEDIDO- SUSPENSÃO LIM INAR

O art. 5º , § 4º, da Lei 4.717/65 perm ite a suspe nsão liminar do ato lesivo.

A operação de dragagem come çou há cerca de dois dias. O periculum in mora é evidente.

Uma vez realizada a deposição dos polue ntes na cava , sua remoção também é de difícil realização.

A natureza e dimensão dos da nos aut oriz a, portant o, a concessão da liminar.

Por outro lado, a sus pensão não caus ará prejuízos , eis que a ope ração poderá ser ret omada a qua lque r mome nto.

Isto posto, reque r digne -se Vossa Excelência a dete rminar a suspensão liminar dos efe ito s das licenças ambientais acima ide ntificadas, de modo a desautorizar a cont inuidade dos tra balhos , que , caso prossigam, nã o te rão o suporte de validade apare nte que lhes é conce dido pe los atos a dministrativ os.

Para eficácia da liminar, deve se r fixa da multa diária pa ra a CETESB, de maneira a com pelir que a suspensão das lice nças e

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consequente comunicaçã o dessa suspensão às empresas beneficiadas , seja fe ita imediatame nte, de mane ira a fa zer cessar o dano.

OUTROS PEDIDOS – PRETENS ÃO PRINCIP AL

Reque r digne-se Vossa Exce lência a, sem prejuíz o da concessão da lim inar/multa:

1.- Determ inar a int imação da CETESB, nos termos do art. 7º, I, da Lei 4717/65, para que informem que m são os beneficiários diretos efetivos das licenças, para que o Autor poss a reque rer a sua inclusão no polo processual passiv o, nos termos do art. 6º, c aput, parte final, da mesma le i.

Como acim a exposto, apresentam -se com o be neficiários sucessiva ou cumulat ivamente , nas licenças ou na execução das medidas , a COSIPA, a Usim ina s, a Ultrafé rtil e a VLI Logística.

Não é viáve l integrar à lide pessoas jurídicas que não ostentem a qua lidade legal (be neficiário do at o a ser anulado).

2.- A intimação do M inistério Público, por m e io da sua P romot oria Ambie ntal.

3.- A citação da Reque rida pela via pos tal, pa ra que conteste a ação, no prazo legal, ou para que exerça opção distinta (a rt. 6º, § 3º), bem como a cita ção dos be neficiários diretos das licenças, a se rem por ela informados, na conformidade do que foi acima reque rido.

4.- A procedê ncia total da açã o, anulando -se as licenças ambie ntais 00870, 2385 e 2439, em virt ude dos vícios re latados nest a petição.

Protesta-se pe la produção de provas adiciona is, re que rendo -se a juntada dos inclusos docume ntos , que demonstra m os fato s alegados e

(14)

Dá-se à causa o va lor de R$ 100. 000,00. Termos em que ,

P. defe rimento

São Paulo, 2 de agosto de 2017

pp. Ce lso A ugusto Coccaro Filho OAB/SP 98.071

pp. Le opoldo Edua rdo Loure iro OAB/SP 127. 203

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1 – Procuração

2 e 3 – Documentos pessoais do Autor Popular 4 – CV Jefer

5 – Licença Prévia 870

6 – Licença de Instalação 2439 7 – Licença de Operação 2385 8 – Fotografias protestos 9 – Mensagens redes sociais 10 – Matérias jornalísticas

11 – Requerimento Câmara Municipal de Guarujá 12 – Pedido PROAM

13 – Requerimento Câmara de Santos 14 – Matéria MP à CETESB

15 – Laudo David Zee, Ricardo Coutto e Alexandre Barreto 16 – Laudo Basalto Ltda.

17 – Laudo Elio e Emílio 18 – Resoluções CONAMA

18.1 – Resolução 454/2012 18.2 – Resolução 001/1986 18.3 – Resolução 237/1997

19 – Ata 76ª. Reunião Extraordinária do Plenário do CONSEMA 20 – Desenho da cava, confeccionado pela própria VLI

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