TRATAMENTO DO
COMPLEXO DO
OMBRO
PÓS GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA DA UFJF PROFESSOR: GUSTAVO CASTRO
Roteiro
Cinesiologia e biomecânica do ombro Avaliação
Principais patologias e seu tratamento
Técnicas manuais aplicadas ao tratamento da
Introdução
Articulação complexa de pouca estabilidade e muita mobilidade
Análise Cinesiológica do
Complexo do Ombro
Articulações e Ligamentos
A. Esternoclavicular Sinovial selar Ligamentos esternoclavicular anterior e posterior Ligamentos costoclavicular e interclavicular Presença de um disco articular Movimentos claviculares de elevação (45), abaixamento (10), protração e retração (15-30) e rotação (50).Articulações e Ligamentos
A. Acromioclavicular Sinovial plana Movimentos de deslizamento Ligamentos acromioclavicular superior e inferior Ligamento coracoclavicular (trapezóide e conóide) e coracoacromial Disco articular completo ou
incompleto
Os músculos trapézio supeior
e deltóide ajudam na estabilização.
Articulações e Ligamentos
A. Glenoumeral
Sinovial esferóide triaxial Ligamentos glenoumeral
superior(adução, translação inferior e posterior), médio (rotação lateral e translação anterior) e inferior (abdução).
Ligamento coracoumeral
(rotação lateral, flexão e
extensão, translação inferior do úmero).
Lábio glenóide (50% da
Articulações e Ligamentos
A. Escápulo-torácica “Falsa” Articulação Não há ligação ligamentar Movimentos escapulares de elevação e abaixamento, retração e protração, rotação superior e inferior.Movimentos da Escápula
Movimentos da Escápula
Movimentos da Escápula
Movimentos da Escápula
Movimentos da Escápula
Movimentos da Escápula
MÚSCULOS
TRAPÉZIO
Descendente(superior) ELEVAÇÃO, ROTAÇÃO SUPERIOR E RETRAÇÃO Transverso (médio) RETRAÇÃO, ROTAÇÃO SUPERIOR Ascendente (inferior) DEPRESSÃO ESCAPULAR, ROTAÇÃO SUPERIOR, RETRAÇÃOLEVANTADOR DA ESCÁPULA
ROMBÓIDES
SERRÁTIL ANTERIOR
PEITORAL MENOR
RESUMO
ELEVAÇÃO ESCAPULAR Trapézio (ascendente) Levantador da escápula Rombóides DEPRESSÃO ESCAPULAR Trapézio (descendente) Peitoral menorRESUMO
PROTRAÇÃO Serrátil anterior Peitoral menor RETRAÇÃO Trapézio (transversa) RombóidesRESUMO
ROTAÇÃO PARA CIMA (SUPERIOR)
Trapézio (ascendente, descendente) Serrátil anterior (fibras inferiores)
ROTAÇÃO PARA BAIXO (INFERIOR)
Rombóides
Levantador da escápula Peitoral menor
Movimentos da Glenoumeral
Flexão Extensão Hiperextensão Abdução Adução Rotação lateral Rotação medialMÚSCULOS
DELTÓIDE
Parte clavicular (anterior)
ABDUÇÃO, FLEXÃO, R.
MEDIAL, ADUÇÃO HORIZONTAL
Parte Acromial (médio)
ABDUÇÃO
Espinal (posterior)
ABDUÇÃO, EXTENSÃO,
ROTAÇÃO LATERAL,
SUPRA-ESPINAL
PEITORAL MAIOR
Parte clavicular FLEXÃO Parte esternocostal RETORNO DA FLEXÃO (“EXTENSÃO”) Ambas ADUÇÃO, ROTAÇÃO MEDIAL, ADUÇÃO HORIZONTALLATÍSSIMO DO DORSO
REDONDO MAIOR
INFRA-ESPINAL
REDONDO MENOR
SUBESCAPULAR
CORACOBRAQUIAL
RESUMO
FLEXÃO
Deltóide (clavicular)
Peitoral maior (clavicular)
EXTENSÃO
Deltóide (espinal) Latíssimo do dorso Redondo maior
RESUMO
ABDUÇÃO Deltóide Supra-espinal ADUÇÃO Peitoral maior Redondo maior Latíssimo do dorsoRESUMO
ABDUÇÃO HORIZONTAL
Deltóide (parte espinal) Infra-espinal
Redondo menor
ADUÇÃO HORIZONTAL
Peitoral maior
RESUMO
ROTAÇÃO LATERAL Infra-espinal Redondo menor Deltóide (espinal) ROTAÇÃO MEDIAL Latíssimo do dorso Redondo maior Subescapular Peitoral maior Deltóide (clavicular)Ritmo escápuloumeral
Movimento sincrônico entre o úmero e a
escápula durante a elevação do ombro.
Nos primeiros 30 graus só o úmero se mexe. Depois existe uma relação de 2:1 para o
movimento do úmero e da escápula.
Dica
A rotação externa automática (90 graus) do
ombro é de extrema importância para a elevação total do ombro. A avaliação da
flexibilidade de rotadores internos e a força dos rotadores externos devem estar presentes no exame fisioterapêutico.
Mecanismo de manivela da
clavícula
Movimentos articulares na
abdução do ombro
Abdução no plano escapular
X no plano frontal
A elevação no PE é mais funcional
Alinhamento maior dos eixos escapular e umeral
Melhor relação comprimento-tensão dos músculos do
MR e do deltóide
Melhor encaixe da cabeça umeral
Tubérculo maior é colocado no ponto mais alto do arco
coracoacromial.
No plano frontal há necessidade de rotação lateral para
evitar o contato subacromial e a elevação prossiga, ou segundo Walker (1977) prevenir o impacto da cabeça umeral na borda glenóide.
Pares de força
MR x deltóide
O MR contrapõe com uma força de compressão e
depressão, enquanto o deltóide tem um vetor em elevação da cabeça umeral.
O supra tem uma força principalmente
compressiva , enquanto os outros do MR tem força depressiva.
O MR se torna importante estabilizador se
contrapondo ao deltóide em elevações abaixo de 90 graus.
Superiorização da cabeça
O manguito rotador
Suas inserções capsulares aumentam a tensão
do sistema capsulo-ligamentar aumentando a estabilidade articular.
Como o MR tem caráter de resistência,
utilizar um número mais alto de repetições para seu trabalho (30-50) segundo Wilk e Andrews (2000).
Tópicos da avaliação
Anamnese Inspeção Palpação Exame funcional Testes resistidos Testes especiaisanamnese
QP: queixa principal
HDA: 7 sinais e sintomas HFIS: outros sistemas
HPP: doenças, traumatismos, cirugias HSOC: trabalho, esportes,…
Inspeção
Exame postural
Contornos ósseos
Palpação
Óssea Tendinosa Bursas Ventres musculares Pontos gatilhosPalpação tendínea
supraespinal
Infraespinal e redondo menos
Exame funcional do ombro
Avaliação da ADM articular fisiológica ativa e
passiva e acessória.
Movimentos globais
Escapulares : com o paciente em DL realizar
elevação, depressão, adução, abdução, rotação superior e distração.
Glenoumerais: todos os movimentos de
ombro ativos e passivos para tentar
diferenciar entre estruturas contráteis e não contráteis.
Ritmo escapuloumeral
Solicitar ao paciente que faça uma abdução
do ombro.
Medir a distância do ângulo inferior da
escápula até os processos espinhosos em repouso e em elevação máxima.
Observar o comportamento da escápula
durante a elevação: elevação precoce (antes de 60), descolamentos, falta de ritmo.
Avaliação osteopática
Externoclavicular Acromioclavicular Clavícula Glenoumeral EscapularArtrocinemática
Esternoclavicular
Deslizamentos cranial e caudal Deslizamentos anterior e posterior
Acromioclavicular
Deslizamento anterior e posterior
Glenoumeral
Deslizamento posterior Deslizamento inferior Deslizamento lateral Deslizamento anterior
Testes resistidos
Glenoumerais
Flexão/extensão Adução/ abdução
Testes especiais
Teste de Neer (SI)
Teste de Jobe (supraespinal) Teste de Gerber (subscapular)
Teste de Hawkins-Kennedy (supraespinal) Teste de adução horizontal (art acromioclav) Sinal do braço caído (lesão extensa de MR) Sinal de apreensão para deslocamento (IG) Teste de relocação (IG)
Teste de gaveta anterior e posterior (IG) Teste do sulco(IG)
Teste de Yergason (bíceps) Teste de speed (bíceps)
TESTE DE
HAWKINS-KENNEDY
TESTE DE APREENSÃO PARA
DESLOCAMENTO
Síndrome do impacto
Termo geral designativo de variadas alterações
no ombro que se manifestam por dor e limitação funcional, sobretudo nas atividades acima da
cabeça. Isto devido a alteração no espaço entre a parte proximal do úmero e o arco
coracoacromial.
Estruturas mais acometidas: bíceps braquial
porção longa, supraespinal e bursa subacromial.
Existem causas primárias-estruturais e
Causas primárias
Articulação acromioclavicular: osteófitos,
alterações congênitas.
Acrômio: osteófitos, má formação,
consolidação viciosa.
Processo coracóide: alteração congênita. MR: espessamento de tendão por
calcificações, cicatrizes.
Úmero: consolidação viciosa, anomalia
Causas secundárias
Escápula: mau posicionamento escapular,
movimento escapular anormal, instabilidade funcional escápulo-torácica por fadiga ou
insuficiência dos músculos escapulares, hipomobilidade escapular.
MR: perda do mecanismo depressor da cabeça
umeral por radiculopatia c5 e c6, paralisia do nervo supraescapular, ruptura parcial ou total do MR,
debilidade muscular.
Cápsula: retração da cápsula posterior e frouxidão
Retração capsular posterior
Desloca a cabeça umeral no sentido
ântero-superior, alterando a biomecânica articular.
Movimentos possivelmente limitados:
elevações no plano anterior, rotação interna e adução horizontal.
Tratamento da retração capsular
posterior
Ombro em 90 graus
Ombro 50 graus e pac rola 30 graus
Ciclo perpetuante das lesões do
MR por Matsen e Arntz (199o)
debilidade instabilidade do MR funcional
impacto redução do espaço subacromial subacromial
CLASSIFICAÇÃODOS ESTÁGIOS DA
SÍNDROME DO IMPACTO
ESTÁGIO 1:
•Edemas e hemorragias dos tendões, porém sem lesões estruturais. •Mais comum em pacientes jovens. Bom prognóstico.
ESTÁGIO 2:
•Bursa subacromial torna-se fibrótica e espessada e os tendões
apresentam francos sinais inflamatórios. Pode existir tendinose e ruptura parcial • pacientes com idade entre 25 e 40 anos.
● tratamento cirúrgico em caso de falha do tto conservador ESTÁGIO 3:
•Ruptura tendinosa parcial ou total dos tendões do supraespinhoso e porção longa do bíceps.
•Alterações ósseas associadas: osteófitos na articulação AC e borda ântero-inferior do acrômio, além de esclerose da tuberosidade maior do úmero.
Tratamento conservador
Fase I : controle da inflamação e da dor –
eliminar atividades que agravem os sintomas,
eletrotermofototerapia, Codmann, manipulações articulares, técnicas miofasciais.
Fase II : restauração da amplitude articular – da
artrocinemática e os movimentos globais do complexo do ombro.
Fase III : fortalecimento muscular na busca do
Reabilitação após
A sequência temporal da
reabilitação depende de:
1) dimensão da falha
2) qualidade dos tecidos 3) tipo de cirurgia
4) idade do paciente 5) início da lesão
6) potencial de reabilitação
Tipo de programas de
reabilitação
Tipo I : para pacientes para falhas pequenas
(< 1 cm)em pacientes jovens cujos tecidos são bons ou excelentes.
Tipo II : para falhas médias (1-5 cm) em
indivíduos ativos com bons tecidos.
Tipo III : para falhas grandes ou maciças (>5
cm) , reparo frágil e tecido de qualidade regular ou precária.
Marcos importantes na
reabilitação
Protocolo conservador:
isometria após 6 semanas e sem tentar movimentos ativos de 8-12 semanas.
Mobilização passiva no dia seguinte dentro da ADM possível (FL, RI e RE) e
exercícios pendulares.
Após 7 dias iniciar exercícios ativos assistidos em elevação no PE. tipóia e travesseiro de abdução de 1-6 semanas
Protocolo acelerado:
Programa II e III: plena mobilidade passiva em 6 a 8 semanas. Programa I: plena mobilidade passiva em 4 a 6 semanas.
A mobilidade ativa demora mais devido a inibição e fraqueza do MR.
isometria submáxima realizada já nas primeiras semanas, porém livres de dor. Após 4 semanas iniciar exercícios isotônicos com o peso do braço e depois de 6
semanas utilizar pesos leves.
Após 3 meses realizar um amplo trabalho de fortalecimento isotonico (baixo peso e
altas rep) e treino de flexib.
Capsulite adesiva
Conhecida como ombro congelado
Descrição de Neviaser (1945): inicialmente
ocorre uma reação inflamatótia da cápsula, com infiltrado perivascular e membrana
sinovial, o que conduz a uma formação de aderências, especialmente na prega axilar, reduzindo o voluma articular (10ml).
Causas
Primária : idiopática
Secundária: trauma, cirurgia, imobilização,
tendinites, hemiplegia, doenças da tireóide, diabetes.
Fases por Reeves (1975)
Fase dolorosa:
Início gradual e insidioso, com sinais de distrofia
simpático-reflexa. Fase de rigidez:
Dificuldade progressiva de mobilidade do ombro
sobretudo para as rotações, com a elevação atingindo 90 graus pelo movimento escapular.
Dor leve e persistente
Fase do descongelamento:
Retorno da ADM ao longo de meses de evolução, que pode
manter uma restrição permanente
Instabilidades glenoumerais
Caracteriza pelo aumento anormal dos
movimentos acessórios da articulação
glenoumeral, associado a dor e disfunção. Diferenciando dos quadros de frouxidão ligamentar que não apresentam
necessariamente dor e disfunção.
Classificação segundo Dines e Levinson
Classificação
Frequência: aguda, crônica e recorrente; Causas: traumática, atraumática e
microtraumas repetitivos;
Sentido: anterior, posterior, inferior (neuro)
ou multidirecional;
Instabilidade Anterior
Mais comum (+90%)
Deslocamento anterior da cabeça umeral
em relação à cavidade glenóide
Mecanismo de lesão:
Abdução horizontal + RE (mais comum) Trauma direto posterior ou póstero-lateral
Instabilidade Anterior
Fatores que contribuem para a IGU
Movimentos repetidos (ABD + RE) estressam
a cápsula anteriormente
Fraqueza dos músculos estabilizadores
escapulares (trapézio, serrátil, rombóide)
Déficit na estabilização pelo manguito rotador Frouxidão do complexo cápsulo-ligamentar
Instabilidade Anterior
Lesões associadas
Lesão de Hill-Sachs
Lesão óssea póstero-lateral da cabeça umeral
Lesão de Bankart
Lesão do labrum glenóide e avulsão capsular
Instabilidade Posterior
Menos comum (5%)
Deslocamento posterior da cabeça umeral
em relação à cavidade glenóide
Mecanismo de lesão:
Trauma em Adução + RM Trauma direto anterior
Instabilidade
Multidirecional
Deslocamento exagerado da cabeça umeral
em relação à glenóide em várias direções
Frouxidão ligamentar e capsular
generalizada
Relacionada a esportes que envolvem
movimentos com o membro superior
acima da linha do ombro
Instabilidade
Multidirecional
Dica Terapêutica
Treinamento muscular Estabilização Articular
Treinamento de força
muscular
Tratamento conservador da
instabilidade traumática
Fase I : controle da inflamação e da dor – tipóia,
termoeletrofototerapia, AINEs, mobilização leve em ADM indolor, exercícios isométricos .
Fase II : restauração da amplitude articular ,
trabalho de fortalecimento isotônico da musculatura e exercícios de controle
neuromuscular.
Fase III : fortalecimento muscular na busca do
equlibrio dinâmico do complexo do ombro objetivando a funcionalidade.
Reabilitação após estabilização
cirúrgica do ombro
Baseia-se em 6 fatores:
1) tipo de intervenção praticada 2) tipo de instabilidade
3) artroscopia ou a céu aberto 4) métodos de fixação do tecido
5) variáveis referentes ao paciente (qualidade do
tecido, grau de atividade e estabilizadores dinâmicos)
Primeira fase- PO imediato
Minimizar os efeitos da imobilização ,
proteger a cirurgia são os ebjetivos e reduzir a dor e seu efeito inibidor sobre a musculatura.
Realizar: mobilização protegida, isométricos
submáximos, recursos analgésicos e anti-inflamatórios.
Segunda fase
O objetivo é promover a mobilidade do
ombro.
ênfase: aumentar os movimentos fisiológicos,
recuperação da artrocinemática, aumentar a força e o enduro.
Técnicas: mobilização articular,
alongamentos, movimentos ativos, exercícios com resistência manual, controle
Terceira fase
O objetivo é aumentar a força muscular,
resistência e potência e aumentar a ação dos estabilizadores.
Realizar: treinos funcionais, pliométricos,
Tipos mais comuns
Método Bankart
Método Bankart
Céu aberto: de 3-4 semanas após a capsula pode ser
solicitada moderadamente em ABD e RE. Depois de 5-6 semanas o ombro pode ser abduzido 90 graus e então
realiza RI e RE. Mobilidade passiva completa ocorre com 8 semanas.Treinos mais agressivos de força com 10-12 semanas. Em 6 meses volta ao esporte.
Artroscópica: é mais lenta pois os métodos de fixação são
menos eficazes. Obter mobilização passiva completa com 10 semanas. Fortalecimento mais agressivo com 12-13 semanas.
Desvio de cápsula
O programa é mais lento para a cápsula post. Uso de tipóia ou imobilizador de 3-6 semanas Recuperação da mobilidade passiva completa
com 10-12 semanas.
Para o atleta a reabilitação é mais acelerada
com uso de tipóia de 10-14 dias, exercícios isotônicos começam após 2 semanas, treinos mais agressivos de fortalecimento após 10-12 semanas.
Tendinopatia e não
tendinite
Tendinose
Tendinite
Paratendinite
Paratendinite com
tendinose
Tendinite X tendinose
Tendinite: degeneração sintomática do
tendão com ruptura vascular e resposta inflamatória de reparo.
Tendinose: degeneração intratendínea. Com
desorganização colágena, neovascularização e presença de nódulo palpável.
Paratendinite: inflamação do paratendão Paratendinite com tendinose: degeneração
O tratamento é de
acordo com o tipo
Tendinose
BASE do TRATAMENTO
Tendinose
Protocolo de Alfredson et al, 1998
2 vezes ao dia, 7 dias por
semana, por 12 semanas, numa
intensidade de três séries de 15
Tendões mais acometidos
Supraespinal Subscapular Infraespinal
bursite
Conceito: inflamação das bolsas ao redor do ombro.
As mais acometidas: subacromial e subdeltóide que é um
prolongamento da subacromial.
Segundo Bland (1977) a bursite subacromial é secundária
a tendinite ou tenossinovite do MR ou bíceps. Neviaser (1987) afirma que a bursite primária só ocorre na gota, AR, infecções piogênicas e tuberculose.
O espessamento da busa e a perda da sua função
Bursite X tendinite
Tendinite: geralmente precede a bursite ou
podem ocorrer juntas. Dor ao teste isométrico e ao estiramento do tendão. O movimento passivo e quase sempre possível.
Bursite: pode existir uma combinação de testes
passivos e resistidos positivos(difícil diagn). Pode existir arco doloroso e testes isométrico sem dor ou fraqueza (bursite crônica).
No tratamento a fricção do tendão e da bursa
Tendinite calcárea
Depósito de sais de cálcio no manguito rotador
No tendão do supraespinhal é mais comum (“zona crítica”) Etiologia desconhecida
Mulheres 3:1 homem
Bilateralidade em 25 a 50% dos casos 60% dos casos são assintomáticos
Reabsorvidos ao longo do tempo
Tratamento cirúrgico é raro devido à eficácia do tratamento medicamentoso e fisioterapêutico.
É uma condição de dor muscular
regional caracterizada pela ocorrência de
bandas musculares tensas palpáveis, nas
quais identificam-se pontos intensamente
dolorosos, os PGs, que quando estimulados
por palpação digital, ocasionam dor no
local ou referida à distância
SDM - Conceito
Diferentes autores em diferentes estudos
atribuiram de 21-93% das dores regionalizadas como sendo de caráter miofascial (Travell et al - 85%)
Maior prevalência entre 31-50 anos (população
mais ativa)
Acomete mais o sexo feminino
Maior acometimento da região cervical, seguida
pelo quadril, cintura escapular e região lombar
PONTOS GATILHOS (PGs)
Trauma
Overuse (DORT’s)
Sobrecarga Mecânica
Sobrecargas Posturais
Estresse Psicológico
Etiologia
Dor muscular regional em peso, queimação ou
latejamento
Banda muscular tensa palpável contendo PGs Reprodução dos sintomas durante a
compressão do PG
Ocorrência Reflexo de Contração Local (RCL)
durante a compressão do PG
Ausência de padrão de dor radicular ou
neuropática
Parestesias ocasionais
Possível limitação da ADM
Possível redução da força muscular ao teste
manual
Presença de PG satélites
DOR MIOFASCIAL
TEORIA DA CRISE ENERGÈTICA (Travell e
Simons) E DA LESÃO TISSULAR.
O que explica a crise de energia?
. Ausência de potenciais de ação . Ativação por sobrecarga
. Sensibilização de nociceptores
. Eficácia de técnicas de alongamento
►Tratamento: alongamento, liberação miofascial, energia muscular, massagem por fricção,
SDM – Diagnóstico
História Clínica Detalhada (ANAMNESE)
Exame Físico
Músculos a serem pesquisados
nas disfunções de ombro
Subscapular Infraespinal Supraespinal Deltóide Grande dorsal Redondo maior Trapézio superior Levantador da escápula Escaleno Subclávio
Movimentos acessórios e globais para a mobilização do ombro
Manobras
osteopáticas para a
cintura escapular
Disfunção em anterioridade
da clavícula
Disfunção em superioridade
da clavícula
Disfunção em rotação
anterior
Disfunção em rotação
posteior da clavícula
Disfunção supra-acromial da
clavícula
Disfunção em anterioridade
da cabeça umeral
Mobilização global da
escápula
Controle do
movimento do
complexo do ombro
KINECT CONTROL . SARHMANN . V. JANDA . QUEESLAND (AUSTRÁLIA)OBJETIVO
ENTENDER E CORRIGIR O MOVIMENTO E A FUNÇÃO
TRATAMENTO
TRATAMENTO LOCAL E
“É O QUE AS PESSOAS
FAZEM DURANTE O
DIA TODO QUE AS
DESTROEM”
SISTEMA LOCOMOTOR
SAUDÁVEL
MOBILIDADE
CONTROLE MOTOR
OSTEOLIGAMENTAR
MUSCULOTENDÍNEO NEURAL
O que é disfunção do
movimento
RECRUTAMENTO INCORRETO
CEDIMENTO E
RESTRIÇÃO
DIAGNÓSTICO DA
DISFUNÇÃO DO
MOVIMENTO
LUGAR DO CEDIMENTO – ORIGEM DO
SINTOMA
DIREÇÃO DO CEDIMENTO – POSIÇÃO OU
DIREÇÃO DOS MOVIMENTOS QUE PROVOCAM OS SINTOMAS
CLASSIFICAÇÃO DOS
MÚSCULOS
ESTABILIZADORES LOCAIS
ESTABILIZADORES GLOBAIS
ESTABILIZADORES LOCAIS
CONTROLAM A TRANSLAÇÃO
ARTICULAR
ESTÃO SEMPRE ATIVOS EM TODAS AS
DIREÇÕES DE MOVIMENTO
MUITO PROFUNDOS
APRESENTAM TIMMING
ESTABILIZADORES
GLOBAIS
MENOS PROFUNDOS QUE OS EL
ALONGAMENTO EXCENTRICO OU
ISOMÉTRICO PARA CONTROLAR A ADM DURANTE TODO O MOVIMENTO
MOBILIZADORES GLOBAIS
SÃO SUPERFICIAIS
EFICIENTES PARA GERAR FORÇA
ENCURTAMENTO CONCÊNTRICO PARA
GERAR AMPLITUDE, FORÇA E VELOCIDADE
EM DISFUNÇÃO DO
MOVIMENTO
MG FAZEM PAPEL DE
ESTABILIZADORES E EL PERDEM O TIMMING ANTECIPATÓRIO
AVALIAÇÃO E TRATAMENTO
DO CONTROLE DO
MOVIMENTO
CONTROLE DA DIREÇÃO CONTROLE DA TRANSLAÇÃO CONTROLE DA AMPLITUDE CONTROLE DA EXTENSIBILIDADEArticulação
escápulo-torácica
Estabilidade dinâmica da
escápula
Papel da escápula
Movimentos da escápula
Músculos estabilizadores e mobilizadores da
escápula
- estabilizadores - mobilizadores trapézio lev. da escápula serrátil ant rombóides
Articulação
glenoumeral
Estabilidade estática e
dinâmica
Estabilidade estática
Pressão negativa
Cápsula e ligamentos
Estabilidade dinâmica
-estabilizadores locais estabilizadores globais MR redondo maior
bíceps cabeça longa deltóide
córacobraquial bíceps CL
Mobilizadores
Peitoral maior Bíceps
Grande dorsal Tríceps CL
Alinhamento ideal da
escápula e úmero
Alada: todo bordo medial descolado
Pseudoalada: apenas o ângulo inferior descol.
Espinha da escápula alinhada com T3 e projetar-se em
T4
Angulo inferior alinhado com T7 Margem medial a 5 cm da coluna
Acrômio mais alto que o angulo superior
Espinha e clavícula anguladas cranialmente (teste do V). Apenas 1/3 da cabeça umeral deve ficar descoberta
Propriocepção
É o mecanismo primário e fundamental para o
controle motor.
A dor diminui a propriocepção
É afetada por aferencias anormais e fadiga
Quando ruim a reabilitação é mais lenta e há maior
chance de recidiva.
Necessita de supervisão durante o trabalho, sendo
que este parece ser feito com grande esforço.
Utilizar teste de equilibrio da bola com olhos
Disfunções
Disfunções da escapulo-toracica tem origem
miofascial
Disfunções da glenoumeral tem origem
Teste cinético de
rotação interna
Diferenciação de problema escapular de problema GU.
Síndrome do impacto
Geralmente o problema é o controle dinâmico
escapular
É fundamental recuperar: rotação superior da
escápula, o timming GU e a translação inferior da GU.
Para a reabilitação do cedimento em
translação da GU: recuperar a posição
dinâmica da escápula e o equilíbrio dinâmico do MR e da cabeça longa do bíceps.
Análise do movimento ativo
Abdução do ombro: observar elevação
escapular, dominância da R inferior,
movimento escapular antes de 60 graus.
Flexão do ombro: observar excessiva elevação
ou protração escapular
Abdução do ombro: observar o aparecimento
de translação anterior ou inferior do úmero, a translação superior é mais difícil de ver.
Controle da translação
escapular
Terapeuta de pé ao lado posiciona a escápula
com as duas mãos.
Paciente de pé ou sentado deve fazer 2 x de 15
segundos sem rigidez de co-contração e sem substituições.
Controle da translação GU
Terapeuta de pé ao lado traciona o braço do
paciente levemente e pede para fazer a coaptação.
Paciente em DD com 90 graus de abd e no
plano escapular. Deve manter 2 x de 15 segundo sem substituições e sem
co-contrações.
Controle da direção
Flexão : 90 graus sem mov escapular Abdução: 60 graus sem mov escapular
Rot ext de pé: 45 graus sem mov escapular Rot ext em DD: 90 graus sem mov escapular Rot int em DD: 60 graus sem mov escapular
Controle da amplitude
escapular
Serrátil anterior: pac de quatro apoios com
escápula em posição neutra. Então protrair a escápula ao redor da caixa torácica afastando o tronco da escápula. O angulo inferior deve chegar na linha axilar posterior. 2x15 seg.
Reabilitação: treino com theraband bilateral
deitado ou sentado fazendo protração escapular. 10x10 seg.
Controle da amplitude
escapular
Trapézio inferior: em DV com 120 graus de
abd e escápula neutra. Levantar o braço com o movimento escapular. Elevar +/- 5 cm 2x de 15 seg.
Trapézio médio: em DV com 90 graus de abd
e 90 graus de cotovelo (braço fora da maca) e escápula neutra. Deslocar a escápula em
direção da coluna ficando a +/- 5cm 2x de 15 seg.