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Conduta de Enfermagem frente ao paciente em Parada Cardiorrespiratória-PCR 1

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Conduta de Enfermagem frente ao paciente em Parada Cardiorrespiratória-PCR1

Nursing Practice in front of the patient Cardiopulmonary Resuscitation-PCR Práctica de Enfermería frente a la reanimación cardiopulmonar del paciente-PCR

Neris Layz Pereira2, Brasileiro Marislei Espíndula3. Conduta de Enfermagem frente ao paciente

em Parada Cardiorrespiratória-PCR. Revista Eletrônica de Enfermagem do Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição [serial on-line] 2013 ago-dez 4(4) 1-15. Available from: <http://www.ceen.com.br/revistaeletronica>.

Resumo

Objetivo: analisar a assistência do enfermeiro ao paciente frente às principais causas de parada cardiorrespiratória. Materiais e Método: Trata-se de um estudo do tipo bibliográfico, exploratório, descritivo com análise integrativa e qualitativa. Resultados: após a leitura exploratória do material observa-se que o enfermeiro que atua no atendimento pré-hospitalar fixo ou móvel age com agilidade e segurança, e realiza os procedimentos necessários para reverter o quadro clínico. Além disso, deve estar sempre atualizando seu conhecimento e de sua equipe para garantir eficiência e agilidade na assistência prestada a vítimas em situação de parada cardiorrespiratória. Considerações: o enfermeiro é o principal responsável no atendimento à vítimas de PCR, sendo então necessário que ele receba e promova capacitações para garantir uma rápida identificação de uma vítima em situação de PCR.

Descritores: Enfermagem, Parada Cardiorrespiratória. Summary

Objective: To analyze the assistance of the nurse to the patient in a state of cardiac arrest. Materials and Methods: This is a study of bibliographical, exploratory, descriptive and qualitative analysis integrative. Results: After the exploratory reading of the material shows that the nurses who work in the prehospital or mobile should always be updating your knowledge and your team to ensure efficiency and agility in assisting victims will in situations of cardiac arrest. Conclusions: The nurse is a big responsibility in caring for victims of cardiac arrest, and then he needs to get and upgrade capabilities to ensure rapid identification of a

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Artigo apresentado ao Curso de Pós-Graduação em Enfermagem em Emergência e Urgência, turma nº 15, do Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição/Pontifícia Universidade Católica de Goiás.

2 Enfermeira, especialista em Emergência e Urgência, e-mail:layzenfermeira@hotmail.com

3 Doutora em Ciências da Saúde – FM-UFG, Doutora – PUC-Go, Mestre em Enfermagem - UFMG, Enfermeira,

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victim in a situation of PCR, and so with speed and security, perform the necessary procedures to reverse the clinical picture.

Keywords: Nursing, Cardiopulmonary Resuscitation. Resumen

Objetivo: Analizar la asistencia de la enfermera al paciente en un estado de paro cardíaco. Materiales y métodos: Se trata de un estudio bibliográfico, análisis exploratorio, descriptivo y cualitativo integrador. Resultados: Después de la lectura exploratoria del material muestra que las enfermeras que trabajan en el prehospitalario o móviles siempre deben actualizar sus conocimientos y su equipo para asegurar la eficiencia y agilidad en la asistencia a las víctimas en situaciones de paro cardíaco. Conclusiones: La enfermera es una gran responsabilidad en el cuidado de las víctimas de paro cardíaco, y entonces él tiene que conseguir y mejorar las capacidades para asegurar la identificación rápida de una víctima en una situación de PCR, y así, con rapidez y seguridad, lleve a cabo los procedimientos necesarios para revertir el cuadro clínico.

Descriptores: Enfermería, resucitación cardiopulmonar. 1 Introdução

Os profissionais da saúde que atuam no âmbito da urgência e emergência, necessitam de habilidade e conhecimento teórico-prático, para garantir atendimento com segurança, e diminuir os riscos que ameaçam a vida do paciente. Pensando nessa lógica, me despertou o interesse de realizar um estudo sobre a assistência do enfermeiro ao paciente em situação de Parada Cardiorrespiratória, a fim de analisar como deve ser a conduta do enfermeiro diante dessa situação.

A Parada Cardiorrespiratória (PCR) é uma intercorrência inesperada da circulação e da respiração, caracterizada pela ausência de batimentos cardíacos e da respiração em um paciente inconsciente, cujo diagnóstico deve ser feito com agilidade através da avaliação de três parâmetros: responsividade, respiração e pulso. Existem três modalidades de PCR: assistolia, fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem pulso¹.

O papel do enfermeiro que atua no âmbito da urgência e emergência é executar atendimento rápido com conhecimento e segurança, a fim de socorrer a vítima em qualquer situação de risco de vida, aliando fundamentação teórica a habilidade, a iniciativa e a estabilidade emocional².

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Diante de uma vítima em situação de PCR, o enfermeiro deve prestar atendimento intensivo durante a reanimação cardiopulmonar (RCP) e após essa intervenção, através de uma avaliação rápida do paciente, e da realização de procedimentos e técnicas que podem complementar a assistência médica³.

Estudos apontam que aproximadamente 30% das tentativas de RCP são bem sucedidas, mas somente 10% recuperam-se após a RCP, sem sequelas neurológicas ou com graus leves e moderados de incapacidade funcional. E que 90% dos pacientes morrem no primeiro ano após o evento, dos quais 30% direta ou indiretamente de causas neurológicas³.

Em um estudo realizado nos Estados Unidos em 2004, 930.000 pessoas apresentaram morte por doenças cardiovasculares, correspondendo a 43% dos óbitos de todas as causas4.

Outro estudo realizado em Santa Catarina em 2006, para avaliar o conhecimento da equipe de enfermagem que atua na UTI, sobre a PCR e RCP, demostrou que 69,5% dos participantes, respondeu conhecer somente assistolia o que se considerou como acerto parcial. Quando os participantes foram questionados acerca das principais causas de PCR, 53,8% souberam responder, citando com maior frequência as doenças cardiovasculares, as doenças pulmonares e o choque5.

Na Unidade Coronariana do Hospital São Paulo, na região metropolitana de São Paulo, foi realizado um estudo, também em 2006, com 30 pacientes que apresentaram parada cardiorrespiratória. O resultado deste estudo apontou que dos 30 pacientes, 17 (56,66%) eram homens e 13 (43,33%) eram mulheres com idades variando de 19 a 93 anos, com média de 64,5 anos. A faixa etária mais acometida pela situação em estudo foi de 66-70 anos (30%)6.

Nesse contexto o Enfermeiro possui um papel importante na assistência ao paciente em parada cardiorrespiratória, uma vez que a enfermagem auxilia a assistência médica, atuando de maneira correta e com agilidade, para que o paciente não apresente complicações ou agravos.

Em 2009 um estudo alertou para o fato de que os enfermeiros precisam buscar mais conhecimentos sobre a PCR para garantir um atendimento de qualidade e eficaz para os pacientes7.

Diante disso surge um questionamento: Qual a assistência do enfermeiro ao paciente em situação de PCR?

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Este estudo contribuirá com a ciência, pois há poucos estudos sobre este tema, ampliando assim, o campo da pesquisa sobre a assistência de enfermagem no âmbito da urgência e emergência.

Através desta pesquisa pretendo contribuir com a assistência de enfermagem, identificando como deve ser a conduta do enfermeiro no atendimento a vítimas em situação de parada cardiorrespiratória, apontando a necessidade de atualização constante dos enfermeiros para que possam atuar em situações inesperadas e de forma objetiva e eficaz.

E também este estudo irá contribuir com os pacientes, garantindo um atendimento de enfermagem seguro e com agilidade, para reduzir os risco de vida e reanimar a vítima de parada cardiorrespiratória.

2 Objetivos

Analisar a assistência do enfermeiro ao paciente frente às principais causas de parada cardiorrespiratória.

3 Materiais e Métodos

Trata-se de um estudo do tipo bibliográfico, exploratório, descritivo com análise integrativa e qualitativa.

O estudo bibliográfico se baseia em literaturas estruturadas, obtidas de livros e artigos científicos provenientes de bibliotecas convencionais e virtuais. O estudo descritivo-exploratório visa à aproximação e familiaridade com o fenômeno-objeto da pesquisa, descrição de suas características, criação de hipóteses e apontamentos, e estabelecimento de relações entre as variáveis estudadas no fenômeno8.

A análise integrativa é um dos métodos de pesquisa que permite o agrupamento das evidências na prática clínica. Esse método tem a finalidade de reunir e sintetizar resultados de pesquisas sobre um delimitado tema ou questão, de maneira sistemática e ordenada, contribuindo para o aprofundamento do conhecimento do tema investigado9.

Após a definição do tema foi feita uma busca em bases de dados virtuais em saúde, especificamente na Biblioteca Virtual de Saúde - Bireme. Foram utilizados os descritores: PCR , e enfermagem. O passo seguinte foi uma leitura exploratória das publicações apresentadas no Sistema Latino-Americano e do Caribe de informação em Ciências da Saúde - LILACS, National Library of Medicine – MEDLINE e Bancos de Dados em Enfermagem – BDENF, Scientific

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Electronic Library online – Scielo. Os critérios de inclusão foram: serem publicados nos últimos dez anos e responderem aos objetivos do estudo.

Realizada a leitura exploratória e seleção do material, principiou a leitura analítica, por meio da leitura das obras selecionadas, que possibilitou a organização das ideias por ordem de importância e a sintetização destas que visou a fixação das ideias essenciais para a solução do problema da pesquisa.

Após a leitura analítica, iniciou-se a leitura interpretativa que tratou do comentário feito pela ligação dos dados obtidos nas fontes ao problema da pesquisa e conhecimentos prévios. Na leitura interpretativa houve uma busca mais ampla de resultados, pois ajustaram o problema da pesquisa a possíveis soluções. Feita a leitura interpretativa se iniciou a tomada de apontamentos que se referiram a anotações que consideravam o problema da pesquisa, ressalvando as ideias principais e dados mais importantes.

A partir das anotações da tomada de apontamentos, foram confeccionados fichamentos, em fichas estruturadas em um documento do Microsoft word, que objetivaram a identificação das obras consultadas, o registro do conteúdo das obras, o registro dos comentários acerca das obras e ordenação dos registros. Os fichamentos propiciaram a construção lógica do trabalho, que consistiram na coordenação das ideias que acataram os objetivos da pesquisa. Todo o processo de leitura e análise possibilitou a criação de quatro categorias.

A seguir, os dados apresentados foram submetidos a análise de conteúdo. Posteriormente, os resultados foram discutidos com o suporte de outros estudos provenientes de revistas científicas e livros, para a construção do relatório final e publicação do trabalho no formato Vancouver.

4 Resultados e Discussão

Nos últimos dez anos ao se buscar as Bases de Dados Virtuais em Saúde, tais como a LILACS, MEDLINE e SCIELO, utilizando-se as palavras-chave: PCR, e Enfermagem, encontrou-se 17 artigos publicados entre 2002 e 2012. Foram excluídos 2 artigos, pois estes não atendiam o objetivo do estudo sendo, portanto, incluídos neste estudo 15 publicações. Após a leitura exploratória dos mesmos, foi possível identificar a visão de diversos autores a respeito da Parada Cardiorrespiratória.

4.1 As principais causas da Parada Cardiorrespiratória (PCR) são infarto agudo do miocardio, isquemia, arritimia cardíaca, e causas respiratórias.

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Dos quinze artigos pesquisados, três estão em consenso que, uma das causas da PCR é o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), conforme é possível verificar abaixo:

Um estudo realizado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre em 2002, que teve como metodologia a revisão dos prontuários de 136 pacientes internados no centro de tratamento intensivo, demonstrou que as causas presumidas da parada cardiorrespiratória foram: infarto agudo do miocárdio, isquemia ou arritmia cardíaca em 27 pacientes (20%)10.

Segundo uma revisão sistemática realizada em 2005 sobre PCR no paciente adulto em âmbito intra-hospitalar, obteve como resultado que 10 % dos pacientes que sofrem Infarto

Agudo do Miocárdio (IAM) apresentam PCR11.

Em um estudo realizado em 2006 na Unidade Coronariana de um hospital universitário, localizado na região metropolitana de São Paulo, constituído por 33 pacientes que apresentaram parada cardiorrespiratória em regime de internação hospitalar no referido setor, observou-se que quanto às causas determinantes imediatas da Parada cardiorrespiratória, a causa respiratória predominou, ocorrida em 43% dos pacientes, seguida pela causa indefinida em 17%, pela hipotensão em 13%, pela arritmia primária em 10%, pelo Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) ou isquemia em 7%, pela causa metabólica em 7% e outras causas em 3% dos pacientes6.

Nos estudos acima percebe-se que o infarto agudo do miocárdio, isquemia, arritmia cardíaca, e causas respiratórias são as principais causa de PCR, podendo o enfermeiro atuar na prevenção e promoção da saúde para reduzir os índices entre os pacientes.

Conclui-se então que a PCR é causada por diversos fatores, e que a identificação rápida dos sinais e sintomas pelo enfermeiro, garante um atendimento em tempo hábil e promove a prevenção dos agravos.

Por outro lado, não são todos os pacientes com PCR que apresentam sintomas prévios, pois existem situações tais como morte súbita, septicemias, doenças respiratórias, obstrução de vias aéreas, acidentes por submersão, doenças neurológicas e traumas.

Assim, é necessário que o enfermeiro tenha ciência desses outros fatores relacionados à PCR.

4.2 O conhecimento do enfermeiro sobre a PCR.

Dos quinze artigos pesquisados, apenas quatro estão em consenso quanto ao conhecimento do enfermeiro sobre a PCR, conforme é possível verificar abaixo:

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Um estudo realizado no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Ribeirão Preto, São Paulo em 1998, onde a população deste estudo foi composta por 27 profissionais, dos quais nove são enfermeiros, observou-se que os enfermeiros que trabalham em situações emergenciais deve estar em constante atualização e capacitação, o que neste grupo foi bem evidenciado, sendo que a maioria se preocupa em participar de eventos científicos para atualização. É importante ressaltar, que no grupo de enfermeiros investigados dois tem pós-graduação stricto sensu (Mestrado), que visam a capacitação e pesquisa na área de urgência e emergência9.

Segundo uma pesquisa descritiva desenvolvida em uma UTI geral de adulto, em 2006, de um Hospital Geral, privado, do Estado de Santa Catarina, mostrou que dos sete enfermeiros que fizeram parte da amostra, quanto ao total de acertos em relação à identificação de PCR foi de somente 15,4%. Com relação ao diagnóstico eletrocardiográfico das quatro modalidades de parada cardíaca, fibrilação ventricular, taquicardia ventricular sem pulso, atividade elétrica sem pulso e assistolia, somente três enfermeiros (11,6%), com mais de 2 anos de atuação em UTI, responderam de modo correto12.

Cinco anos depois, um estudo realizado em 2007, na Unidade não Hospitalar de Atendimento à Urgência e Emergência, na Região Metropolitana de Campinas em São Paulo, mostrou que referente à detecção da PCR, 38,4% dos enfermeiros entrevistados deram respostas corretas13.

Em um estudo realizado em Recife-Pe, no período de fevereiro de 2007 a janeiro de 2008, num hospital privado, teve como amostra 213 profissionais da saúde, onde 76 eram enfermeiros, foi feita uma avaliação do conhecimento teórico e da habilidade prática da equipe de enfermagem sobre a reanimação cardiopulmonar após um treinamento do Suporte Básico de Vida e Suporte Avançado de Vida, onde os enfermeiros apresentaram 85% de acertos como resultado14.

O enfermeiro, portanto, deve buscar o aprimoramento dos seus conhecimentos sobre a PCR, a fim de oferecer atendimento com qualidade e segurança.

Paradoxalmente, os enfermeiros que atuam no atendimento às urgências e emergências devem ter conhecimento sobre PCR, pois são responsáveis pelo paciente.

Deste modo, os enfermeiros precisam ter conhecimento teórico e prático para prestar assistência com segurança aos pacientes.

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Dos quinze artigos pesquisados, três estão em consenso quanto à importância de capacitação para a equipe de enfermagem, conforme é possível verificar abaixo:

Através de uma pesquisa aplicada em alunos de graduação em enfermagem em São Paulo, observou-se que participar da construção de um curso à distância num ambiente virtual de aprendizagem, organizando, planejando e propondo atividades, abre novas possibilidades de crescimento profissional. Por outro lado, também abre desafios para o desenvolvimento da expressão do pensamento e de habilidades escritas e para inserção de novas tecnologias no ensino da enfermagem, incitando a busca de novas experiências para essa modalidade de ensino à distância15.

Um estudo realizado em Curitiba no estado do Paraná, relata a experiência dos procedimentos adotados para treinamento em PCR, onde foi aplicado um instrumento de coleta de dados, antes para 25 profissionais da enfermagem e estagiários e após o treinamento para 21 sujeitos, avaliando o seu conhecimento sobre o tema. Este estudo apresentou que após o treinamento, observou-se um melhor entendimento dos colaboradores, e que antes dos treinamentos, a maioria dos profissionais de enfermagem não se sentia preparados para atender uma PCR, porém após o treinamento, esse percentual foi reduzido consideravelmente, reforçando a necessidade de uma constante atualização dos mesmos, pois é necessário agilidade para atuar em situações emergenciais de forma objetiva e sincronizada com a equipe de saúde7.

Segundo uma pesquisa realizada com todos os trabalhadores de enfermagem de uma UTI geral de um Hospital Geral da região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, demonstrou que a maioria dos trabalhadores que atuam na UTI há menos de três anos referiram que a instituição empregadora não ofertou capacitação prévia para atendimento a PCR previamente a sua entrada na UTI, que tiveram a oportunidade de participar destes eventos após estarem inseridos no processo de trabalho na unidade, e referem serem necessárias atualizações com vistas à capacitação teórica e prática para o atendimento em PCR, com maior carga horária5.

O enfermeiro, portanto, deve estar sempre atualizando seus conhecimentos para ter mais habilidade em identificar uma situação de PCR e garantir um atendimento eficaz aos pacientes e deve promover treinamento com toda a equipe para prestarem um atendimento com segurança e agilidade.

Conclui-se que a equipe de enfermagem que recebe formação e treinamento para atender vítimas em situação de parada cardiorrespiratória, desenvolve o atendimento pautado

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no conhecimento teórico - científico, desempenhando com competência suas atividades, e proporcionando para a vítima uma assistência de qualidade.

Por outro lado, há enfermeiros que, por diversos fatores, não realizam capacitações e treinamentos com sua equipe de enfermagem para atendimentos de urgência e emergência, colocando assim em risco a vida do paciente.

Portanto, os enfermeiros precisam de atualizações e capacitações rotineiramente para estar preparados para atender vítimas de PCR.

5 Considerações Finais

O presente estudo tem como objetivo analisar a assistência do enfermeiro ao paciente em situação de parada cardiorrespiratória.

Após a análise dos estudos foi possível identificar que o enfermeiro que trabalha no pré-hospitalar deve manter-se atualizado e treinado para prestar assistência aos pacientes em situação de PCR, e se o enfermeiro for o coordenador da equipe deve preparar e promover capacitações para que todos da equipe estejam preparados a atender possíveis emergências com habilidade e segurança.

A identificação de uma PCR compreende uma avaliação de três parâmetros: responsividade, respiração e pulso, portanto pode ser avaliado rapidamente, podendo o enfermeiro iniciar a assistência até o serviço de emergência chegar, contribuindo para a redução do risco de morte da vítima.

A pesquisa demonstrou que o enfermeiro é um grande responsável no atendimento às vítimas de PCR, e que muitos enfermeiros não possuem uma boa compreensão sobre os sinais que caracterizam uma PCR, sendo então necessário que ele receba e promova capacitações ou treinamentos com teoria e prática, para garantir uma rápida identificação de uma vítima em situação de PCR, e assim com agilidade e segurança, realizar os procedimentos necessários para reverter o quadro clínico.

Percebe-se, portanto, que é de extrema importância que as instituições juntamente com os enfermeiros coordenadores promovam educação continuada visando o aperfeiçoamento das ações voltadas para a prevenção à parada cardiorrespiratória.

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