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LICENCIAMENTO ÚNICO DE AMBIENTE - PCIP

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LICENCIAMENTO ÚNICO DE

AMBIENTE - PCIP

ENERLOUSADO RECURSOS

ENERGÉTICOS, UNIPESSOAL, LDA.

RESUMO NÃO TÉCNICO (RNT)

(2)

ÍNDICE

1. NOTA INTRODUTÓRIA ... 3

2. ACTIVIDADE PCIP... 3

3. IDENTIFICAÇÃO DA INSTALACÃO ... 3

4. INFORMAÇÃO DE CARÁTER SOCIAL, DE MEDICINA NO TRABALHO E GESTÃO DE RISCOS ... 6

5. CARATERIZAÇÃO DAS ATIVIDADES EXERCIDAS ... 6

5.1. DESCRIÇÃO PROCESSO ... 6

6. PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADO DA POLUIÇÃO ... 7

6.1. ÁGUAS E EFLUENTES LÍQUIDOS ... 8

6.2. EMISSÕES PARA A ATMOSFERA/EMISSÕES DIFUSAS ... 9

6.3. RESÍDUOS GERADOS NA INSTALAÇÃO ... 11

6.4. EMISSÕES DE RUÍDO ... 11

7. EFEITOS DAS EMISSÕES NO AMBIENTE CONSIDERADO NO SEU TODO E RESPECTIVAS MEDIDAS DE MONITORIZAÇÃO, SE NECESSÁRIO ... 11

7.1.EFLUENTES LÍQUIDOS ... 11

7.2. EMISSÕES PARA ATMOSFERA/EMISSÕES DIFUSAS ... 12

7.3. RESÍDUOS ... 12

7.4. RUÍDO ... 13

8. MELHORES TÉCNICAS DISPONÍVEIS (MTD`s) ... 13

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1. NOTA INTRODUTÓRIA

O presente documento constitui o Resumo Não Técnico (RNT), parte integrante do Formulário de Licenciamento para as instalações PCIP, relativo à laboração da Enerlousado Recursos Energéticos, Unipessoal, Lda. localizada no Concelho de Vila Nova de Famalicão, Distrito de Braga.

A empresa encontra-se localizada no interior das instalações da Continental Mabor, na freguesia de Lousado, no concelho de Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga.

2. ACTIVIDADE PCIP

O Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto, transpõe para o direito nacional a DEI, revogando assim o Decreto-Lei n.º 173/2008, de 26 de Agosto e estabelece o Regime de Emissões Industriais (REI), aplicável à prevenção e ao controlo integrados da poluição, bem como as regras destinadas a evitar e ou reduzir as emissões para o ar, a água e o solo e a produção de resíduos, a fim de alcançar um elevado nível de proteção do ambiente no seu todo, encontrando-se no anexo I deste diploma as atividades abrangidas.

No caso de instalações do sector de energia, estão sujeitas ao regime legal PCIP, sempre que satisfaçam as características do anexo I na categoria 1.1 do atual diploma REI (DL n.º 127/2013), nomeadamente:

Queima de combustíveis em instalações com uma potência térmica nominal total igual ou superior a 50MW

A atividade PCIP realizada na instalação refere-se à produção de energia térmica sob a forma de vapor, e energia eléctrica que é injectada no Sistema Eléctrico de Serviço Público (SEP), tendo a instalação uma capacidade instalada de 63MWth.

3. IDENTIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DA INSTALACÃO

A Enerlousado Recursos Energéticos, Unipessoal, Lda. constitui-se como uma unidade empresarial, cuja actividade produtiva teve inicio em 26 de Outubro de 2006.

Actualmente a Enerlousado possui 8 colaboradores, funciona 24 horas por dia e 7 dias por semana, havendo apenas duas paragens anuais, em agosto (cerca de uma semana) e em dezembro (cerca de duas semanas), para limpeza e manutenção dos equipamentos e da instalação.

A instalação está em processo de obtenção da certificação segundo os referenciais normativos ISO 9001, ISO 14001 e ISO 45001.

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Identificação da instalação: Enerlousado Recursos Energéticos, Unipessoal, Lda. Endereço: Rua Adelino Leitão, 330

Código Postal: 4760 - 606

Distrito: Braga Concelho: Vila Nova de Famalicão Freguesia: Lousado NIPC: 507240340

CAE: 35112-R3 (Produção de eletricidade de origem térmica) Classificação do Estabelecimento Industrial: Tipo I

Contacto na Empresa: Eng.º Sérgio Manuel Rocha Tel.: 220129500

email: smrocha@sonaecapital.pt

Localização GPS: 41.454084 (latitude) -8.541908 (longitude)

A unidade de produção de energia da Enerlousado, localiza-se no interior da área industrial da Continental Mabor, na Freguesia de Lousado, concelho de Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga, conforme já referido. O distrito de Braga localiza-se no litoral da região Norte de Portugal Continental. Confronta a norte com o distrito de Viana do Castelo, a leste com o distrito de Vila Real, a sul com o distrito do Porto e a oeste com o Oceano Atlântico. Pertencem ao distrito de Braga os concelhos de Amares, Barcelos, Braga, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Esposende, Fafe, Guimarães, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro, Vieira do Minho, Vila Nova de Famalicão, Vila Verde e Vizela.

O concelho de Vila Nova de Famalicão encontra-se atualmente, e com base na reorganização territorial de 2013, subdividida nas seguintes freguesias: União de freguesias Antas e Abade de Vermoim; União de freguesias Arnoso (Stª Eulália, Stª Maria) e Sezures; União de freguesias Ávidos e Lagoa; Bairro; Brufe; União de freguesias Carreira e Bente; Castelões; Cruz; Delães; União de freguesias Esmeriz e Cabeçudos; Fradelos; Gavião; União de freguesias Gondifelos, Cavalães e Outiz; Joane; Landim; União de freguesias Lemelhe, Mouquim e Jesufrei; Louro; Lousado; Mogege; Nine; Oliveira S. Mateus; Oliveira Stª Maria; Pousada de Saramagos; Pedome; Requião; Riba de Ave; Ribeirão; União de freguesias Ruivães e Novais; Seide; União de freguesias Vale S. Cosme, Telhado e Portela; Vale S. Martinho; Vermoim; União de freguesias Vila Nova de Famalicão e Calendário; Vilarinho de Cambas.

De acordo com a figura seguinte, a freguesia de Lousado localiza-se sensivelmente a Sul do concelho.

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Figura 1 – Localização da instalação da Enerlousado

A sua envolvente constitui uma zona de ocupação mista, onde se encontram algumas unidades industriais de grande dimensão e onde se verifica a presença de habitações e terrenos agrícolas associados.

Está implantada numa área total de 710 m2, sendo a área coberta de 277m2. O acesso às instalações da Enerlousado efetua-se a partir da entrada Sul da Continental Mabor.

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4. INFORMAÇÃO DE CARÁTER SOCIAL, DE MEDICINA NO TRABALHO E GESTÃO DE RISCOS

Os colaboradores da Enerlousado utilizam as instalações sanitárias da Continental Mabor e são sujeitos a exames médicos iniciais, aquando da sua admissão e, posteriormente, a exames periódicos.

Relativamente à protecção dos trabalhadores contra os efeitos do ruído, estão implementadas medidas de prevenção e controlo de ruído. Nas zonas ruidosas, é obrigatória a utilização de protecção auricular, encontrando-se aquelas devidamente sinalizadas. A Enerlousado encontra-se na faencontra-se de implementação do Sistema de Gestão Integrado, encontrando-encontra-se a Política de Gestão integrada já implementada. A Instalação possui ainda um sistema de monitorização activa de todos os aspectos de segurança da instalação, que inclui um conjunto de métodos e processos (mecanismos de verificação) postos em prática com o intuito de avaliar continuamente a eficácia das medidas de controlo existentes (avaliações de risco, rondas diárias, inspecções periódicas, etc.).

Estão identificadas, em procedimentos existentes na Enerlousado, as ações e responsabilidades de todos os trabalhadores, em termos de recolha de informação e avaliação de riscos, divulgação de informação aos trabalhadores, vigilância da saúde dos trabalhadores e medidas de emergência a accionar em casos de exposição anormal.

A instalação da Enerlousado rege-se ainda pelo Plano de Emergência da Continental Mabor.

5. CARATERIZAÇÃO DAS ATIVIDADES EXERCIDAS

A Enerlousado tem como actividade principal a produção de electricidade de origem térmica (código CAE 35112, Rev. 3).

As principais matérias-primas consumidas na instalação são: gás natural e água. Várias outras substâncias são consumidas, mas em quantidades bastante mais reduzidas como é o caso de: óleos lubrificantes, produtos químicos industriais para o tratamento de água, para a produção de vapor e detergente de lavagem da turbina. Como produto resultante da actividade da Enerlousado, temos o vapor e a electricidade.

5.1. DESCRIÇÃO PROCESSO

A unidade de co-geração da Enerlousado, possui actualmente duas linhas de produção de energia:

• Turbina a gás e caldeira de recuperação e; • Caldeira convencional;

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O funcionamento da co-geração com turbina a gás é iniciado com a admissão de ar, devidamente filtrado no compressor. O compressor é accionado no inicio por um motor de arranque e durante o funcionamento pela turbina de expansão. O compressor aspirando o ar atmosférico, comprime-o e envia-o para a câmara de combustão. Nesta câmara o combustível misturado com parte do ar vindo do compressor é queimado, resultando daqui um fluxo contínuo de gases quentes, com elevado índice energético – gases de combustão. Este fluxo vai expandir-se na turbina, que extrai do mesmo a energia, que é transformado em energia mecânica, que irá accionar o compressor da turbina e o gerador eléctrico acoplado a este. Este movimento rotativo imprimido ao veio do gerador irá produzir electricidade. O excesso de ar que não foi utilizado na combustão, serve para refrigerar as áreas quentes da turbina a gás. Apresenta-se seguidamente o esquema de funcionamento do sistema de produção de energia térmica:

Figura 1 - Esquema de funcionamento do sistema de produção de energia térmica (vapor de água), após agregação da capacidade instalada.

6. PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADO DA POLUIÇÃO

Em termos gerais no normal funcionamento da instalação as principais emissões para o meio recetor, são:

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Água: serão os efluentes líquidos industriais inerentes ao funcionamento desta actividade, bem como o consumo de água para o uso industrial na instalação;

Ar: para este meio receptor assinala-se as emissões de poluentes gasosos inerentes às diversas fontes fixas instaladas na instalação, bem como a identificação/medidas de minimização das emissões difusas;

Solo/resíduos: apesar deste meio receptor não ser directamente afectado, serão abordados, os resíduos gerados pela actividade;

Ruído: para este meio receptor serão abordados os impactes inerentes à actividade que possam causar ruído ambiental;

Salienta-se que a instalação não se encontra abrangida pela legislação relativa à prevenção dos acidentes industriais graves (Decreto-Lei n.º 150/2015, de 5 de agosto), muito embora, se encontre instalada dentro de uma instalação de nível superior, regendo-se a Enerlousado pelo plano de emergência da Continental Mabor, conforme mencionado.

Quanto à necessidade de elaboração do Relatório de Base, de acordo com estudo efetuado para o efeito, conclui-se que devido à tipologia, características e quantidades das substâncias perigosas utilizadas, produzidas ou libertadas na instalação, bem como às medidas de controlo e contenção existentes, a probabilidade de ocorrência de contaminação do solo e / ou água subterrânea é reduzida.

Assim, de acordo com a metodologia estabelecida na “Nota Interpretativa n.º 5/2014”, considera-se que a instalação poderá ser dispensada da apresentação do respetivo Relatório de Base.

6.1. ÁGUAS E EFLUENTES LÍQUIDOS

A água necessária à actividade da Enerlousado é fornecida pela Continental Mabor, a partir das suas captações, que se encontram devidamente licenciadas.

Dado que a água captada, nas diversas captações, pela Continental Mabor, é reunida num reservatório, e deste encaminhada para os diversos pontos de consumo, não é possível distribuir o volume de água consumido pela Enerlousado, pelas diversas captações.

A água abastecida é submetida a um tratamento que consiste em: descalcificação, sendo encaminhada para um tanque de água descalcificada; osmose inversa, sendo encaminhada para um tanque de água osmotizada; e por fim desgaseificação, onde são adicionadas as aminas filmantes (CETAMINE).

As medidas de racionalização dos consumos de água na EFP, referem-se fundamentalmente:

Controlo da condutividade da água das caldeiras, através da diminuição das

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Retorno de condensados, que permite diminuir o consumo de água virgem na

origem do processo;

Quanto às águas residuais geradas na unidade de produção de energia resultam, apenas do processo, nomeadamente purgas das caldeiras, águas de lavagem do descalcificador e do sistema de osmose inversa.

Na unidade não há produção de águas residuais domésticas, na medida em que as instalações sanitárias utilizadas pelos colaboradores da Enerlousado, localizam-se nas instalações da Continental Mabor e, por isso são contabilizadas como sendo águas residuais geradas pela Continental Mabor.

Todas as águas residuais geradas no processo da Enerlousado são conduzidas à rede de drenagem de águas residuais da Continental Mabor, que está ligada ao coletor do SIDVA (Sistema Integrado de Despoluição do Vale do Ave, integrado no Sistema Multimunicipal de Abastecimento e de Saneamento do Noroeste).

6.2. EMISSÕES PARA A ATMOSFERA/EMISSÕES DIFUSAS

Na unidade de produção de energia estão instaladas cinco fontes fixas de emissões gasosas, sendo duas delas decorrentes da agregação da capacidade instalada (duas novas caldeiras convencionais - VKK Gr e VKK Pq). As principais características das fontes fixas e suas emissões são apresentadas na Tabela 1.

A primeira fonte fixa, na tabela abaixo, refere-se à chaminé associada à turbina e funciona como by-pass, quando a caldeira recuperativa não está a funcionar e os gases da combustão não podem ser encaminhados para lá. Trata-se de uma fonte fixa que está isenta de monitorização (de acordo com o Decreto-Lei nº 78/2004 de 03 de abril), uma vez que funciona menos de 500 horas por ano (apenas funciona quando a caldeira recuperativa está avariada ou em manutenção).

Em junho de 2016 foi efetuada uma campanha de monitorização das fontes fixas 4308 e 6287 (ou seja chaminé da caldeira recuperativa e chaminé da caldeira convencional respetivamente), que revelou o cumprimento dos respetivos valores limite de emissão, para os diversos parâmetros.

A quarta e quinta fontes fixas identificadas na tabela, correspondem às novas caldeiras (VKK Gr e VKK Pq), a agregar ao processo da Enerlousado, e serão monitorizadas quando estas entrarem em funcionamento.

A fonte fixa 6287 (caldeira convencional em funcionamento) passará, após aumento da capacidade da unidade de produção de energia da Enerlousado, a ter um regime de funcionamento expectável inferior a 500 horas por ano, uma vez que esta funcionará como backup, em caso de avaria nas outras caldeiras.

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Do ponto de vista dos aspetos construtivos, a altura das chaminés existentes é igual ou superior a 10 m e o topo das mesmas encontram-se, no mínimo, 3 m acima da cobertura do edifício de implantação. As dimensões e geometria das novas chaminés a construir atendem ao estipulado no Decreto-Lei nº 78/2004 de 03 de abril e a Portaria nº 263/2005 de 17 de março.

Refª CCDRN Designação Altura (m) Diâmetro (mm) Caudal Volúmico (m3N/h) Temperatura (ºC) Parâmetro Concentração (mg/ m3N) Caudal Mássico (kg/h) --- Chaminé turbina 18 1 420 Não conhecido Não conhecido --- --- --- 4308 Chaminé caldeira recuperativa 25 1 420 53 600 150 CO 11,7 0,63 NOx 26,3 1,4 SO2 <5,6 < 0,3 COV <1,0 < 0,05 CH4 < 1,6 < 0,09 COVNM <1,0 < 0,05 PTS < 0,9 < 0,05 H2S < 0,8 < 0,04 6287 Chaminé caldeira convencional 25 1 260 9 500 176 CO < 2,7 < 0,03 NOx 160 1,6 SO2 7,7 0,077 COV < 1,2 < 0,01 CH4 < 2,0 < 0,02 COVNM < 1,2 < 0,01 PTS < 1,2 < 0,01 H2S < 0,9 < 0,009 --- Chaminé caldeira convencional nova VKK Gr 25 1 000 23 500 150 CO

Não conhecido Não conhecido NOx SO2 COV CH4 COVNM PTS H2S --- Chaminé caldeira convencional Nova VKK Pq 17,77 210 490 116 CO

Não conhecido Não conhecido NOx SO2 COV CH4 COVNM PTS H2S

Tabela 1 - Fontes fixas e emissões gasosas da Enerlousado, incluindo as fontes fixas relativas à agregação da capacidade

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No que se refere a emissões difusas, na unidade de produção de energia, estas não são relevantes pois a quantidade de produtos químicos utilizados é reduzida e está associada ao tratamento de água e manutenção dos equipamentos.

6.3. RESÍDUOS GERADOS NA INSTALAÇÃO

Os resíduos gerados na unidade de produção de energia são recolhidos de modo selectivo, codificados, quantificados e entregues a entidades licenciadas para a sua gestão, quer transporte, quer destino final, dando cumprimentos ao estabelecido no Decreto-Lei nº 178/2006, de 05 de setembro, republicado pelo Decreto-Lei nº 73/2011,de 17 de junho, que estabelece o regime geral da gestão de resíduos.

Na instalação, o único resíduo encaminhado para operadores de resíduos tem sido os óleos usados, tendo sido a quantidade recolhida em 2017, cerca de 0,81 ton.

Na instalação são ainda produzidos outros resíduos, equiparados a resíduos sólidos urbanos (RSU), cuja quantidade é diminuta, razão pela qual são encaminhados pela Continental Mabor para o sistema municipal de gestão de RSU's. São ainda gerados resíduos de embalagens que são retomados pelos respectivos fornecedores.

6.4. EMISSÕES DE RUÍDO

A instalação da Enerlousado funciona vinte e quatro horas por dia e sete dias por semana e está inserida na área afeta à Continental Mabor. Em abril de 2007, foi realizada uma avaliação de ruído ambiental, de acordo com o Regulamento Geral de Ruído, que permitiu verificar que a Enerlousado dá cumprimento ao critério de incomodidade e aos valores limite de exposição, num ponto receptor e nos três períodos de referência.

7. EFEITOS DAS EMISSÕES NO AMBIENTE CONSIDERADO NO SEU TODO E RESPECTIVAS MEDIDAS DE MONITORIZAÇÃO, SE NECESSÁRIO

7.1. EFLUENTES LÍQUIDOS

Relativamente à descarga de águas residuais industriais, como já referenciado ao longo deste documento, são conduzidas à rede de drenagem de águas residuais industriais da Continental Mabor, que posteriormente são encaminhadas para o colector do SIDVA, considera-se que não considera-se verificam quaisquer efeitos negativos no ambiente resultante da existência das referidas águas.

No caso das águas pluviais qualquer ligeira contaminação que possa existir é automaticamente diluída no volume total de águas gerado numa chuvada, minimizando os eventuais efeitos no ambiente daquela descarga de água.

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Pelo exposto, não é expectável face à tipologia de efluentes gerados pela empresa, face às características referidas do meio recetor, face às medidas de mitigação previstas, a existência de efeitos nefastos sobre o meio ambiente considerado no seu todo.

7.2. EMISSÕES PARA ATMOSFERA/EMISSÕES DIFUSAS

As emissões poluentes originadas pela laboração da instalação consistem, fundamentalmente, nas emissões de poluentes associados à produção de vapor nas caldeiras alimentadas a gás natural, emissões de partículas, monóxido de carbono, óxidos de azoto, compostos orgânicos voláteis, compostos orgânicos voláteis não metânicos e sulfureto de hidrogénio.

Atendendo aos resultados das monitorizações das emissões gasosas efetuadas e ao combustível utilizado (gás natural), considera-se que os efeitos decorrentes da atividade da empresa na qualidade do ar ambiente e do ambiente como um todo se encontram minimizados.

Deste modo, prevê-se efetuar o auto-controlo das emissões para a atmosfera, de acordo com a legislação em vigor sobre a matéria, incluindo as condições impostas decorrentes do presente processo de licenciamento ambiental.

7.3. RESÍDUOS

Face à tipologia de resíduos que são gerados na instalação, aos destinos finais utilizados (todos os operadores de resíduos são licenciados, é expectável que as operações que executem causem impacte mínimo e controlado no meio ambiente: água, ar e solo) bem como aos esforços que a empresa já desenvolveu e desenvolve no modo de acondicionamento dos resíduos, que prevê entre outras:

Zona coberta, impermeabilizada e com bacia de retenção (sem ligação ao

esgoto) no caso dos resíduos perigosos (óleos usados), evitando assim a contaminação do solo ou da água - níveis freáticos;

Acondicionamento de resíduos no estado líquido (ex. óleos) em

recipientes adequados;

Armazenamento de resíduos de forma a serem facilmente identificados,

nomeadamente, a sua embalagem está identificado com o respetivo código LER (Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março);

Área dotada com meios de primeira intervenção, em caso de emergência

(incêndio ou derrames).

Deste modo, a instalação julga que os resíduos gerados pela laboração da instalação não são passíveis de provocar impacte significativo em qualquer das componentes ambientais consideradas como um todo.

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7.4. RUÍDO

Conforme referido no item 6.4, o ruído emitido não é significativo. Assim, o programa monitorização proposto assenta na monitorização do ruído na zona envolvente, sempre que ocorram alterações na instalação susceptíveis de alterar as emissões de ruído, alteração de legislação, entre outras. A empresa tem sempre a preocupação, aquando de novos equipamentos, de selecionar os equipamentos menos ruidosos, e de efetuar uma adequada manutenção de todos os equipamentos ruidosos, para que sejam mantidos em adequadas condições de funcionamento, contribuindo assim deste modo para a minimização das fontes de ruído para o exterior.

8. MELHORES TÉCNICAS DISPONÍVEIS (MTD`s)

O documento de referência aplicável à atividade da instalação, é o Reference Document on Best Available Techniques for Large Combustion Plants (Julho de 2017). Neste âmbito, a empresa procedeu à análise das MTD’s constantes nesse documento com potencial de aplicação à instalação, bem como o seu estado de implementação.

Procedeu-se ainda à análise dos seguintes BREFs de aplicação transversal aplicável à atividade da Enerlousado:

BREF ENE – Reference Document on Best Available Techniques for Energy Efficiency (February 2009);

BREF ROM – Reference Document on Best Available Techniques Monitoring of emissions from IED – Installations (Formal draft June 2017);

BREF ICS – Reference Document on Best Available Tecnhiques to Industrial Cooling Systems; BREF EFS – Reference Document Best Available Tecnhiques on Emissions from Storage (July

2006);

Em termos de principais MTD’s setoriais implementadas pela empresa de acordo com o BREF, destacam-se de um modo sucinto (já que se encontram detalhadas junto do pedido de instrução de licença ambiental), as seguintes:

MTD GERAIS

A turbina possui um sistema de combustão DLE (Dry Low Emissions) parametrizado para obter o melhor nível de emissões no equipamento. A caldeira nova terá um controlador ETAMATIC para medição de O2 na queima para optimizar em contínuo o consumo de gás e as emissões

A manutenção do sistema de combustão da turbina e os ajustes necessários para manter as emissões controladas é efectuado pelo fabricante, de acordo com o plano de manutenção

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processo produtivo da fábrica. Existência de um permutador que arrefece a água que sai do desgaseificador para a alimentação à caldeira GEA , melhorando a eficiência da caldeira e reduzindo a temperatura dos gases na chaminé.

Utilização de queimadores de baixas emissões de Nox (Dry Low Nox)

Permutador que faz o pré-aquecimento da água que alimenta o desgaseificador, recorrendo à transferência do calor da água das purgas contínuas. Utilização de um permutador para recuperar energia das purgas contínuas e aquecer a água de alimentação ao desgaseificador.

Medição da condutividade dos condensados recuperados

Uso de água desmineralizada

Instalação do controlo automático da purga em função de condutividade da água no barrilete da caldeira

Inspecção visual dos permutadores

Manutenção preventiva dos equipamentos

Cumprimento dos VLE nas emissões gasosas e monitorizações realizadas através de laboratórios acreditados para o efeito

9. FASE DE DESATIVAÇÃO DAS INSTALAÇÕES

A instalação terá um tempo de vida útil que, previsivelmente, se prolongará por um número indeterminado de anos (várias décadas) pelo que, atempadamente, será elaborado um programa de desactivação, com instruções precisas para o esvaziamento e desmantelamento dos equipamentos e estruturas, com a recolha de todos os materiais e produtos que não forem integralmente utilizados. Os resíduos da desactivação serão devidamente separados, armazenados e encaminhados para destino final adequado.

Referências

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