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FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE

Empreendedor: MÓVEIS B P LTDA

Empreendimento: Unidade Industrial DN Código Classe

Atividade: Fabricação de móveis estofados e de colchões, com

fabricação de espuma 01/1990 24.14.00-9 III

Endereço: rua Edmar da Silva Braga, 218 – Bairro Colônia 74/2004 B-10-03-0 6 Município: Visconde do Rio Branco/MG CEP: 36.520-000

CNPJ: 01.610.917/0002-51

Consultoria Ambiental: Eng. Alair Silva de Souza - CREA MG 53.439/D

Referência: LICENÇA DE OPERAÇÃO CORRETIVA Validade: 4 anos

RESUMO

A MÓVEIS B P LTDA. é um empreendimento que se destina à fabricação de móveis estofados e de

colchões e ao processamento de espuma. A empresa opera no mesmo local desde 5-7-2001, sendo que

em 7-10-2003 foi protocolado o FCEI junto à FEAM e, em 10-10-2003, foi formalizado o respectivo FOBI, contendo, dentre outros documentos, o RCA/PCA.

Comárea total do terreno de 25.587 m2, sendo 11.665 m2 de área construída, a empresa conta atualmente

com 227 funcionários, dos quais 3 administrativos, 22 motoristas e 202 na produção, que trabalham em jornada de 9 horas/dia, de 07:30 às 17:20 h, de segunda a sexta-feira.

A capacidade nominal instalada diária da Móveis B P, segundo o RCA, corresponde a 11.000 unidades de

colchões de espuma, 1.000 unidades de travesseiros de espuma, 4.400 m3 de lâminas de espuma e 3.300

unidades de conjunto de estofados com 2 e 3 lugares. Em vistoria realizada em 29-6-2006, foi informado que, atualmente, a empresa produz, em média diária, 560 unidades de colchões de espuma, 40 unidades de colchões de mola e 150 unidades de conjunto de estofados. Importante ressaltar que não consta no RCA/PCA a fabricação de colchões de mola, nem tão pouco foi comunicado à FEAM tal atividade, embora este fato em nada altere a sua tipologia e porte, segundo a DN COPAM 74/04.

A energia elétrica é fornecida pela Companhia Força e Luz Cataguazes e Leopoldina, sendo o consumo referente ao mês de maio/2006 de 21.218 kWh.

A água utilizada no empreendimento é fornecida apenas pela COPASA, sendo o consumo relativo ao mês

de maio/2006 de 163 m3.

Autor:

Renato Teixeira Brandão – MASP 1154844-3 Analista Ambiental

Assinatura:

Data: ______/______/_____ De Acordo:

Eleonora Deschamps – MASP 1043872-9 Analista Ambiental

Assinatura:

Data: _____/______/______ Visto:

Zuleika Stela Chiacchio Torquetti Diretora de Qualidade e Gestão Ambiental

Assinatura:

Data: _____/______/______

(2)

Para a fabricação de espuma são consumidos tolueno diisocianato (TDI), óxido de propileno (Poliol), cloreto de metileno, silicone, amina, corantes, dioctanoato de estanho, vaselina, calcita e dolomita. Para a fabricação de prensado (flocos de espuma com retalhos de tecido, papel e plástico prensados) utiliza-se cola e desmoldante. O armazenamento de TDI e Poliol se dá através de tanques providos de bacias de contenção. Os outros insumos são recebidos e estocados em tambores e bombonas, no próprio galpão onde é fabricado a espuma, sem estarem devidamente armazenados em local apropriado. Será objeto de condicionante para a revalidação da LO a adequação do local de armazenamento destes insumos.

No processo produtivo, realizado em bateladas, não há geração de efluente líquido industrial, sendo que a limpeza dos equipamentos é feita utilizando-se o próprio Poliol, que é reaproveitado na próxima batelada. O efluente líquido sanitário é tratado em 2 sistemas de fossa séptica/filtro anaeróbio e lançado na rede pública de esgoto. O lodo gerado é encaminhado para o aterro sanitário municipal. Serão objetos de condicionante para a revalidação da LO o programa de automonitorização dos efluentes líquidos sanitários e a comprovação de que o aterro supra-citado possui licenciamento ambiental.

Existem 2 fôrmas (moldes) para a fabricação de espuma, sendo uma cilíndrica e outra retangular. Próximo à fôrma cilíndrica há um exaustor, desprovido de coifa e chaminé. A fôrma retangular possui um sistema de exaustão provido de coifa e chaminé. Os dois sistemas de exaustão remetem o ar aspirado para fora do galpão. No processo de fabricação de prensado, onde se utiliza cola e desmoldante, há um exaustor, também desprovido de coifa e chaminé, para aspiração do ar próximo aos equipamentos. Serão objetos de condicionante para a revalidação da LO a adequação dos sistemas de exaustão da fôrma cilíndrica e das prensas hidráulicas e o programa de automonitorização de emissões atmosféricas da chaminé do sistema de exaustão da fôrma retangular.

No galpão de fabricação de esqueletos de madeira para a montagem dos colchões e estofados, existe uma área de serraria para corte de madeira. Todas as máquinas (serras, tupias e desengrosso) são providas de sistema de exaustão, que direcionam o pó para um silo de estocagem. As aparas de madeira e a serragem são comercializadas.

Os tambores metálicos e as bombonas plásticas vazias também são comercializados. Papéis e plásticos usados são encaminhados para a Associação Rio Branquense para reciclagem dos mesmos.

No pátio da empresa foi constatado muito material estocado aleatoriamente, basicamente aparas de madeiras usadas que são reaproveitadas no processo produtivo ou vendidas para terceiros. Foi recomendada a reorganização deste material, empregando-s e a metodologia do 5S. Será objeto de condicionante deste Parecer Técnico a elaboração, implantação e operação do programa de disposição final de todos os resíduos sólidos gerados (PGRS).

Externamente aos galpões, há uma área, devidamente cercada e identificada com placas de segurança, para armazenamento de GLP em um tanque horizontal, utilizado para o aquecimento da máquina de embalagem de estofados.

Não foi apresentada na oportunidade da vistoria a declaração do Corpo de Bombeiros, relativa a aprovação do sistema de prevenção e combate a incêndios da empresa. Será objeto de condicionante deste Parecer Técnico a apresentação desta declaração.

Consta no PCA do empreendimento que os ruídos no entorno do empreendimento estão enquadrados nos limites permitidos pela Lei Estadual 10.100/90 - resolução CONAMA 01/90 e NBR 10.151 da ABNT, de acordo com as medições realizadas.

O RCA/PCA foi elaborado pelo engenheiro Alair Silva de Souza (CREA MG 53.439/D).

Sugere-se, portanto, a concessão da Licença de Operação, em caráter corretivo, à empresa MÓVEIS B P LTDA, condicionada ao cumprimento das condicionantes listadas no Anexo I, ouvida a Procuradoria da FEAM.

(3)

1.INTRODUÇÃO

O propósito deste parecer técnico é subsidiar a Câmara de Atividades Industriais – CID na apreciação do pedido de Licença de Operação, de caráter corretivo, da Móveis B P Ltda., cuja atividade, fabricação de móveis estofados, colchões e espuma, é classificada como de Classe 6, código B-10-03-0, de acordo com a Deliberação Normativa COPAM 74/2004, e encontra-se em operação, desde de 5-7-2001, na rua Edmar da Silva Braga, 218, bairro Colônia, município de Visconde do Rio Branco.

Em 22-9-2003 foi realizada vistoria no local para verificação da situação ambiental da empresa. Na oportunidade, a empresa foi convocada ao licenciamento ambiental, perante a FEAM/COPAM, tendo sido solicitada entrar em contato com a FEAM no prazo de 10 dias para os procedimentos pertinentes.

Em vista disso, em 29-9-2003, foi lavrado Auto de Infração (AI nº 767/2003) por “operar atividade efetiva ou potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente, sem Licença de Operação, não tendo sido constatada a existência de poluição ou degradação ambiental”. A empresa foi comunicada da lavratura do AI, através de ofício DIINQ nº 165/2003, em 16-10-2003 (data de recebimento do AR). Em 4-11-2003 a empresa apresentou defesa tempestiva junto à FEAM, tendo sido elaborado Parecer Técnico (DIINQ nº 157/2003) sugerindo a aplicação da penalidade cabível, por entender que a empresa apresentou alegações que não descaracterizavam a infração cometida, sob o ponto de vista técnico. O Parecer Jurídico encontra-se em análiencontra-se até o preencontra-sente momento.

A empresa protocolou o FCEI em 7-10-2003 e o FOB em 10-10-2003. Os documentos referentes ao processo de LOC foram formalizados em 1-6-2004, incluindo RCA/PCA.

Em 11-8-2005, foi realizada outra vistoria ao empreendimento, visando o processo de licenciamento ambiental (LOC) e, em 29-6-2006, foi realizada nova vistoria ao local para dar continuidade à análise do processo.

O RCA/PCA foi elaborado pelo engenheiro Alair Silva de Souza (CREA MG 53.439/D).

2. DISCUSSÃO

2.1. Caracterização do Empreendimento

A Móveis B P localiza-se no município de Visconde do Rio Branco, em um Distrito Industrial. A atividade principal do empreendimento é a fabricação de espuma para colchões, travesseiros e conjunto de estofados com predominância de madeira. A empresa conta, atualmente, com um quadro de funcionários, diretamente contratados, composto por 227 pessoas, sendo 3 no setor administrativo, 22 no transporte (motoristas) e 202 na produção, que trabalham em jornada de 9 horas/dia, de 07:30 às 17:20 hs, de segunda à sexta-feira. A empresa não conta com funcionários terceirizados.

A capacidade nominal da unidade industrial é de 11.000 unidades/dia de colchões de espuma, 1.000 unidades/dia de travesseiros de espuma, 4.400 m3/dia de lâminas de espuma e 3.300 unidades/dia de conjunto de estofados com 2 e 3 lugares. Atualmente, a empresa produz, em média, 600 unidades/dia de colchões (560 de espuma e 40 de mola) e 150 unidades/dia de conjunto de estofados.

Importante ressaltar que não consta no RCA/PCA a fabricação de colchões de mola, nem tão pouco foi comunicado à FEAM tal atividade, embora este fato em nada altere a sua tipologia e porte, segundo a DN COPAM 74/04.

(4)

A energia elétrica é fornecida pela Companhia Força e Luz Cataguazes e Leopoldina, sendo o consumo referente ao mês de maio/2006 de 21.218 kWh.

A água utilizada no empreendimento é fornecida apenas pela COPASA, sendo o consumo relativo ao mês de maio/2006 de 163 m3.

O tolueno diisocianato (TDI) e o polioxialquileno triol (Poliol), matérias-primas para fabricação de espuma, chegam à empresa em caminhões tanques e são descarregados através de mangotes de borracha em tanques de aço carbono e de polietileno de alta densidade ((PAD). Toda madeira já vem pré-cortada, sendo recebida em pallets e armazenada em depósito coberto. Os tecidos são recebidos em bobinas e armazenados em depósito coberto, sendo mantidos em suas embalagens originais. O gás liquefeito de petróleo (GLP), utilizado para aquecimento da máquina de embalagem de estofados, chega à empresa em caminhões tanques e são descarregados em um tanque horizontal, em área externa aos galpões de produção.

O processo produtivo da empresa se dá em três etapas: i) produção de espuma, ii) produção de colchões e iii) produção de estofados.

O processamento da espuma inicia-se com a pesagem manual e mistura dos aditivos reagentes numa batedeira e pesagem automática do TDI e Poliol, sendo estes transportados por sistema de automação mecânica. Após a homogeneização dos componentes, o “creme” é encaminhado para uma fôrma (molde), onde ocorre a expansão do mesmo. Após a expansão, forma-se o bloco de espuma que é retirado e estocado por um período de 24 horas para que ocorra a cura.

O bloco curado é direcionado para o setor de laminação, onde são cortados nas dimensões adequadas, em função do produto a ser confeccionado. Após o processo de laminação, as espumas são direcionadas, parte para venda direta, parte para produção de colchões e parte para produção de estofados.

Existe também o processo de fabricação de prensado (flocos de espuma com retalhos de tecido, papel e plástico prensados), onde são reutilizadas aparas de tec idos e espuma, além de papéis e plásticos, que são triturados e prensados através de equipamentos denominados trituradores/ flocadores e prensa hidráulica, respectivamente. O prensado é utilizado em substituição à espuma, de acordo com as necessidades da empresa e dos clientes.

O processo de produção de colchões de espuma inicia-se com a colagem das lâminas de espuma. Paralelo a este processo, ocorre a produção do revestimento do colchão, através de máquina bordadeira, e, em seguida, tem-se a etapa de empanação (cobrimento da espuma com o revestimento). Posteriormente, tem-se as etapas de fechamento, acabamento, embalagem e expedição.

O processo de produção de colchões de mola consiste da montagem das molas, a partir de fios metálicos (arames), e da estrutura de apoio e interligação das molas, com fios metálicos de maior diâmetro. A estrutura de molas é revestida com uma fina camada de espuma e, assim como no processo de fabricação de colchões de espuma, tem-se, em paralelo, a etapa de revestimento e, em seguida, as etapas de empanação, fechamento, acabamento e expedição.

A fabricação de estofados inicia-se com o corte da madeira (serraria) e montagem do esqueleto (armação), sendo revestido posteriormente com as espumas. Paralelo a este processo, ocorrem o corte e a costura do tecido e, em seguida, a empanação. Posteriormente, as peças são direcionadas para os setores de acabamento, embalagem e expedição.

Para a fabricação de espuma são consumidos TDI, Poliol, cloreto de metileno e silicone. Para a fabricação de prensado utiliza-se cola e desmoldante. Outros insumos também são utilizados no processo como aditivos de carga, para aumentar a densidade da espuma, tais como: dioctanoato de estanho, vaselina líquida, amina, calcita e dolomita, além de corantes.

(5)

2.2. Impactos Identificados

Durante a vistoria realizada em 29-6-2006, foi informado e/ou verificado que os resíduos sólidos gerados são constituídos basicamente de aparas de madeira, espuma e tecido, papéis, plásticos, serragem, tambores metálicos e bombonas plásticas, além do lodo da fossa séptica.

No processo produtivo, realizado em bateladas, não há geração de efluente líquido industrial, sendo que a limpeza dos equipamentos é feita utilizando-se o próprio Poliol, que é reaproveitado na próxima batelada. O efluente líquido sanitário é gerado através das instalações sanitárias dos banheiros e refeitório do empreendimento.

As emissões atmosféricas produzidas são resultantes dos processos de fabricação de espuma e prensado, da etapa de cura da espuma e do corte de madeira.

As fontes de ruídos são decorrentes dos processos de laminação dos blocos de espuma, trituração/floculação das aparas de espuma, tecido, papéis e plásticos, colagem, empanação, fechamento, serraria, montagem do esqueleto de madeira, espumação e embuxamento do esqueleto de madeira e máquinas bordadeiras.

2.3. Medidas Mitigadoras

Na vistoria realizada em 29-6-2006, foi informado e/ou verificado que:

- O armazenamento de TDI e Poliol se dá em 4 tanques (3 de Poliol e 1 de TDI), providos de bacias de contenção. Os outros insumos são recebidos e estocados em tambores e bombonas, no próprio galpão onde é fabricado a espuma, sem estarem devidamente armazenados em local apropriado. Será objeto de condicionante deste Parecer Técnico a adequação do local de armazenamento destes insumos.

- O efluente líquido sanitário é tratado em 2 sistemas de fossa séptica/filtro anaeróbio, com capacidades de tratamento para 100 e 70 funcionários respectivamente, e lançado na rede pública de esgoto. Segundo o PCA da empresa, o lodo gerado nas fossas sépticas é encaminhado para o aterro sanitário municipal. Serão objetos de condicionante deste Parecer Técnico o programa de automonitorização dos efluentes líquidos sanitários e a comprovação de que o aterro supra-citado possui licenciamento ambiental.

- Não há possibilidade de contaminação das águas pluviais, uma vez que todos os galpões da empresa são dotados de cobertura metálica, possuindo delimitações em alvenaria em toda sua extensão e altura.

- Existem 2 fôrmas (moldes) para a fabricação de espuma, sendo uma cilíndrica e outra retangular. Próximo à fôrma cilíndrica há um exaustor, desprovido de coifa e chaminé. A fôrma retangular possui um sistema de exaustão provido de coifa e chaminé. Os dois sistemas de exaustão remetem o ar aspirado para fora do galpão. No processo de fabricação de prensado, onde se utiliza cola e desmoldante, há um exaustor, também desprovido de coifa e chaminé, para aspiração do ar próximo aos equipamentos (prensas hidráulicas). Serão objetos de condicionante deste Parecer Técnico a adequação dos sistemas de exaustão da fôrma cilíndrica e das prensas hidráulicas e o programa de automonitorização de emissões atmosféricas do sistema de exaustão da fôrma retangular.

- No galpão de fabricação de esqueletos de madeira para a montagem dos colchões e estofados, existe uma área de serraria para corte de madeira. Todas as máquinas (serras, tupias e desengrosso) são providas de sistema de exaustão, que direcionam o pó para um silo de estocagem. As aparas de madeira e a serragem são comercializadas com a empresa MBC – Materiais Básicos para Construção. Foram apresentados certificado de registro do IEF da empresa e notas fiscais de venda dos materiais citados.

(6)

- Os tambores metálicos e as bombonas plásticas vazios são comercializados com a empresa Tambor-Line Recuperadora de Tambores Ltda. Foram apresentados a Autorização de Funcionamento da empresa, as notas fiscais de venda dos materiais e certificados de aprovação emitidos pelo CETESB.

- Papéis e plásticos usados são encaminhados para a Associação Rio Branquense para reciclagem dos mesmos. Foi apresentada a Licença Ambiental da empresa.

- No pátio da empresa foi constatado muito material estocado aleatoriamente, basicamente aparas de madeiras usadas que são reaproveitadas no processo produtivo ou vendidas para terceiros. Foi recomendada a reorganização deste material, empregando-se a metodologia do 5S.

- Será objeto de condicionante deste Parecer Técnico a elaboração, implantação e operação do programa de disposição final de todos os resíduos sólidos gerados (PGRS).

- Externamente aos galpões, há um área, devidamente cercada e identificada com placas de segurança, para armazenamento de GLP em um tanque horizontal, utilizado para o aquecimento da máquina de embalagem de estofados.

- Não foi apresentada na oportunidade da vistoria a declaração do Corpo de Bombeiros, relativa a aprovação do sistema de prevenção e combate a incêndios da empresa. Será objeto de condicionante deste Parecer Técnico a apresentação desta declaração.

- Consta no PCA do empreendimento que os ruídos no entorno do empreendimento estão enquadrados nos limites permitidos pela Lei Estadual 10.100/90 - resolução CONAMA 01/90 e NBR 10.151 da ABNT, de acordo com as medições realizadas.

3. CONCLUSÃO

Face ao exposto, para tomada de decisão pela Câmara de Atividades Industriais do COPAM, sugere-se a concessão da Licença de Operação, de caráter corretivo, para a empresa Móveis B P Ltda., por 4 anos, vinculada às condicionantes listadas no Anexo I, ouvida a Procuradoria da FEAM.

(7)

ANEXO I

Empreendedor: MÓVEIS B P LTDA.

Empreendimento: Unidade Industrial DN Código Classe

Atividade: Fabricação de móveis estofados e de colchões,

com fabricação de espuma 01/1990 24.14.00-9 III A

CNPJ: 01.610.917/0002-51 74/2004 B-10-03-0 6

Endereço: rua Edmar da Silva Braga, 218 – Bairro Colônia Município: Visconde do Rio Branco/ MG

Consultoria: Alair Silva de Souza (CREA MG 53.439/D)

Referência: LICENÇA DE OPERAÇÃO CORRETIVA Validade: 4 anos

CONDICIONANTES DA LICENÇA DE OPERAÇÃO CORRETIVA PROCESSO COPAM 1741/2003/001/2003

ITEM DESCRIÇÃO PRAZO (*)

1

Executar o programa de automonitorização, conforme definido no Anexo II, especificando os métodos de análise e os limites de detecção.

Durante a vigência da

Licença

2

Armazenar os insumos (produtos químicos), bem como os resíduos sólidos gerados, de forma apropriada, de acordo com as recomendações das normas técnicas aplicáveis, até destinação final adequada.

Durante a vigência da

Licença

3 Elaborar relatório fotográfico referente à adequação das áreas de armazenamento dos insumos e resíduos sólidos.

90 dias

4

Apresentar Declaração do Corpo de Bombeiros relativo à adequação do sistema de prevenção e combate de incêndios existente na unidade industrial.

60 dias

5

Elaborar e implantar projeto de sistema de controle ambiental para os setores de fabricação de espuma e prensado, referente às emissões atmosféricas de material particulado e compostos orgânicos voláteis (VOC).

60 dias

6 Elaborar e implantar o programa de gerenciamento de resíduos sólidos (PGRS).

45 dias (*) Contado a partir da data da Licença de Operação.

(8)

ANEXO II

PROGRAMA DE AUTOMONITORIZAÇÃO AMBIENTAL MÓVEIS B P LTDA.

PROCESSO COPAM 1741/2003/001/2003

1. EFLUENTES LÍQUIDOS SANITÁRIOS

Deverão ser enviadas trimestralmente à FEAM, até o dia 10 do mês subseqüente, os resultados das análises efetuadas, informando a produção industrial e o número de empregados, no período. O relatório deverá conter a identificação, o registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas informações.

Ponto de amostragem Parâmetro Freqüência

Entrada e Saída do Sistema fossa séptica/filtro anaeróbico

Temperatura, DQO, DBO5,20°C, óleos e graxas, pH,

sólidos sedimentáveis, sólidos em suspensão, amônia e detergentes.

Mensal

Ø Pontos de amostragem: Amostrar todos os sistemas fossa séptica/filtro anaeróbico presentes no empreendimento.

Ø O relatório de ensaio ou laudo de ensaio deverá ser emitido por laboratório de medição ambiental que esteja devidamente cadastrado junto ao SISEMA, conforme DN COPAM Nº 89/2005.

Ø Método de análise: Normas aprovadas pelo INMETRO, ou na ausência delas, no Standard Methods for Examination of water and Wastewater APHA – AWWA, última edição.

2. EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Ponto de amostragem Parâmetro Freqüência (1)

Chaminé do sistema de exaustão do setor de fabricação de espuma (fôrma retangular)

Compostos Orgânicos Voláteis (VOC) e Material Particulado (MP)

Semestral

(1) A primeira análise deverá ser apresentada à FEAM no prazo máximo de 60 dias, após concessão da licença.

Ø O relatório de ensaio ou laudo de ensaio deverá ser emitido por laboratório de medição ambiental que esteja devidamente cadastrado junto ao SISEMA, conforme DN COPAM Nº 89/2005.

Ø Relatórios de amostragem: enviar semestralmente à FEAM, até 45 dias após a data de realização da amostragem, os resultados das análises efetuadas, acompanhadas pelas respectivas planilhas de campo e de laboratório, bem como dos certificados de calibração do equipamento de amostragem. O relatório deverá conter a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas amostragens.

Ø Para os parâmetros previstos na DN COPAM n.º:011/1986, os resultados apresentados nos laudos analíticos deverão ser expressos nas mesmas unidades dos padrões de emissão.

Ø

Método de amostragem: normas ABNT, CETESB ou Environmental Protection Agency – EPA

.

(9)

3. RESÍDUOS SÓLIDOS

Deverão ser enviadas semestralmente à FEAM, até o dia 10 do mês subseqüente, planilhas mensais de controle da geração e disposição dos resíduos sólidos gerados, incluindo o lodo da fossa séptica, contendo, no mínimo, os dados do modelo a seguir, bem como a identificação, o registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas informações. Enviar anexo comprovante de recebimento de resíduo por parte de empresa responsável.

Resíduo

Denominação Origem Classe (*)

Taxa de geração no período Transportador (razão social e endereço) Forma de disposição final (**) Empresa responsável pela disposição final

(razão social e endereço)

(*) Conforme NBR 10.004 ou a que sucedê-la.

(**) tabela de códigos para formas de disposição final de resíduos de origem industrial: 1- Reutilização 4 – Aterro industrial 7 – Aplicação no solo

2 – Reciclagem 5 – Incineração 8 – Estocagem temporária 3 - Aterro sanitário 6 – Co-processamento 9 – Outras (especificar) Em caso de resíduo perigoso, informar também, equipamento e unidade geradora.

Ø A empresa responsável pela disposição final, bem como o transportador (no caso de resíduo perigoso – classe I), deverá estar devidamente licenciada ou autorizada.

Ø Em caso de alterações na forma de disposição final de resíduos, a empresa deverá comunicar previamente a FEAM, para verificação da necessidade de licenciamento específico.

Ø As notas fiscais de vendas e/ou movimentação de resíduos deverão ser mantidas disponíveis no estabelecimento para fins de fiscalização.

Ø As doações de resíduos deverão ser devidamente identificadas e documentadas.

Segundo a NBR 10.004 consideram-se também como resíduos sólidos aqueles no estado semi-sólido, os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d'água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.

IMPORTANTE: OS PONTOS DE AMOSTRAGEM, OS PARÂMETROS E AS FREQUÊNCIAS

ESPECIFICADAS PARA O PROGRAMA DE AUTOMONITORIZAÇÃO PODERÃO SOFRER ALTERAÇÕES, A CRITÉRIO DA ÁREA TÉCNICA DA FEAM, FACE AO DESEMPENHO APRESENTADO PELOS SISTEMAS DE TRATAMENTO.

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