Congresso
Congresso
SOCIEDADE DE
SOCIEDADE DE
MEDICINA DO ESPORTE DO RJ
MEDICINA DO ESPORTE DO RJ
Simpósio
Simpósio
COB / SBME / SMERJ
COB / SBME / SMERJ
Diagnóstico Preventivo de Fadiga
Diagnóstico Preventivo de Fadiga
Crônica
Fadiga:
Fadiga:
Como a imposibilidade física ,orgânica e psiquíca para continuar um trabalho ao mesmo ritmo que se vinha realizando e que resulta reversivel com o repouso
(diferentemente de outras condições patológicas) . É evidente que o grau de fadiga suportado apresenta diferenças entre pessoas e depende em grande parte do grau de treinamento, estado de saúde, da condição física, e motivação de cada atleta.
A Fadiga Fisiológica como mecanismo de Proteção. É a impossibilidade de gerar uma força desejada ou esperada. É uma fase do fenômeno de adaptação que impede a produção de lesões irreversíveis.
Sobrecarga de treinamento. É absolutamente normal e se relaciona com o aumento progressivo das gargas de treinamento.
Fadiga de treinamento. Cansaço normal que segue ao treinamento, no qual, o atleta se recupera antes de 72 horas, em dependência das cargas.
Sobrefatiga. Estado de fatiga superior a do treinamento, em condições fisiológicas normais e sem relação com as flutuações do rendimento. A recuperação pode exceder até 3 semanas.
Adapta
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Funcionais
Funcionais
devido
devido
ao
ao
treinamento
treinamento
Desportivo
Desportivo
.
.
As trocas morfofuncionais provocadas pelo treinamento permitem uma maior resistência a fadiga. Os síntomas da fadiga relacionam-se com a incapacidade para subministro de energia requisitada por unidade de tempo. O treinamento consegue melhorar as vías de abastecimentos tanto de O2, como de nutrientes e incrementa as reservas energéticas musculares, assegurando a disponibilidade de energía para determinado grau de atividade, ou seja, de carácter aeróbico, anaeróbico láctacido ou anaeróbico aláctacido.
Supercompensação
, permite ao atleta
desenvolver seu potencial genético e colabora em
alcançar a forma desportiva em momento
determinado da temporada.
Se expressa
na
melhora de indicadores
morfológicos; funcionais relacionados
aos sistemas: cardiorrespiratórios,
endocrinometabólicos, musculoesqueléticos,
neuroimunológicos; assim como desde o ponto
de vista psicológico e como produto final no
rendimento desportivo.
Classificação da Fadiga segundo a duração
Podem existir 3 tipos de fadiga segundo a duração:
• Aguda: Ocorre durante uma sessão do treinamento ou na competição, pode ser local ou global. É um sistema de proteção orgânico contra o dano ocasionado pela própria contração muscular, que geralmente está acompanhada de lesões do tecido muscular e pelas trocas metabólicas.
• Sub-aguda: Também chamada sobrecarga. Ocorre posterior a um ou vários microciclos relativamente intensos, com pouca recuperação e acumulação de fadiga residualfadiga residual. Bem planejado conduz a supercompensasupercompensaçãçãoo. Possui efeito sistémico e pode chegar a ser patológica (por acúmulo e deficientes mecanismos de recuperação do atleta) ao passar a fadiga crônica..
Crônica:
Aparece depois de vários microciclos (geralmente em mais de 4 semanas) ou durante um mesociclo. Poderá ocorrer durante a combinação de 2 mesociclos quando não existe uma boa relação entre os diferentes componentes do treinamento, a competição e a recuperação, acumulando-se a carga residual. Possui conseqüências sistemicas e patológicas de deterioro orgânico global. Este tipo de fadiga pode conduzir a um quadro de Overtraining. Se diferencia da Subaguda no quadro de sintomas, na duração e gravidade dos mesmos e no tempo que necessitará para sua recuperarecuperaçãoção..
Tipos de Fatiga segundo o lugar de
Tipos de Fatiga segundo o lugar de
apari
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o
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Pode ser Central e Periférica.
A) Fatiga Central. Se deve a modificações em alguns ou vários dos escalões que vão do cérebro até a fibra muscular. Se estima que os nervos não se fadigan, mas as sinapses sim, fundamentalmente pelo consumo de neurotransmissor químico, neste caso a acetilcolina, que se secretaría a um ritmo menor que o necessário e impediría a chegada do impulso nervoso (ordem de contração) a placa motora. A conseqüência é que o músculo não responde ao estímulo e deixa de contrair-se.
B ) Fadiga Periférica ou Fadiga Muscular.
É um estado transitório e de duração variável, onde existe uma deficiência na capacidade de trabalho da fibra muscular devido quase sempre a um excesso prévio de atividade física ou a realização de um esforço extenuante. Geralmente acompanhado da queda do pH. As trocas na função muscular associados a fadiga podem
ser identificados mediante:
• PerdaPerda de de forforççaa, , rretardo no etardo no relaxamentorelaxamento
,
,
trocastrocas nasnas caractercaracteríísticas sticas contrcontrááteisteis e e alteraalteraçõçõeses nasnas propriedadespropriedades el
Principais
Principais
Mecanismos desencadenantes
Mecanismos desencadenantes
da Fadiga
da Fadiga
- Depleção de substratos: Glicógenio, triglicerídeos, CrK
- Aumento na captação de aminoácidos ramificados. - Aumento da concentração de metabolitos.
- Excesso de lactato. Aumento dos íons de hidrogênio e incremento de amonia, com queda do Ph.
- Alterações hidroeléctricas e das enzimas kinasas. - Acúmulo de Rlo e depressão de linfocitos T
- Acão crônica deste quadro produz um desequilibrio hormonal a favor dos processos catabólicos.
Fadiga Cr
Fadiga Cr
ô
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nica
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ou S
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í
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ndrome do Overtraining
ndrome do Overtraining
Desportivo.
Desportivo.
É um conjunto de sinais e sintomas que podem ser 2 quadros: um, o principal, com predomínio do Sistema
Nervoso Simpático (SNS) e outro com predomínio do Sistema Nervoso Parassimpático(SNP). Diferentes autores avaliam que o SNP poderá ser parte do mesmo processo do
SNS com deterioração e esgotamento total da resposta neuroendócrina, predominando finalmente o quadro
parassimpático. A síndrome do Overtraining Simpático é o mais conhecido, estudado e abordado.
As principais manifestações da Síndrome do Overtraining Simpático são:
. Endócrino metabólicas . Psicológicas . Morfológicas . Traumatológicas . Clínico funcionais . Rendimento desportivo
Se manifestam diferentemente com o SSE Vagal, associado a: quadro clínico, idade, disciplina desportiva, freqüência.
Resposta
Resposta
Hormonal
Hormonal
na
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S
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ndrome do
ndrome do
Overtraining
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:
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Variável Simpático Parassimpático
Cortisol Aumentado Diminuido
Testosterona Diminuido ou Normal Diminuido Ind. Testost./Cortisol Diminuido
-Diagn
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stico e
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Tratamento
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da S
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ndrome do
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Overtraining
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(SO).
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Uma vez instaurado a SO ou Fadiga Crônica devemos realizar o diagnóstico do problema e seu tratamento, e o mais importante: a prevenção.
I) Diagnóstico.
II) Tratamento do estado de saúde que exista. III) Recuperativo
Principais
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causas
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da Fadiga
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Cr
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nica
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Na
Na realidaderealidade ssããoo multiplasmultiplas causas, causas, dentredentre estas se estas se destacamdestacam::
• Não adequada relação trabalho / recuperação durante o treinamento desportivo e regime competitivo.
Inadequado Principio da Individualização do treinamento.
• Não realizar um trabalho educativo integral com o
atleta.
Entre outras:
• Pouca importância a indicadores de saúde do atleta
e ao stress emocional mantido.
• Não adequada atenção psicológica especializada. • Deficiente controle médico do treinamento e de
laboratório que não permitem uma Avaliação Funcional eficiente.
• Não aplicação de testes viáveis, falta de
estandarização e sistematicidade nos estudos.
• Inadequada hidratação, reposição hidromineral e
energética durante o treinamento e em competições.
• Deficientes hábitos alimentares, durante o treinamento e dias
prévios e posteriores a competição. Entre estes:
9 Dietas não saudáveis com déficits de frutas, vegetais,
peixes. Não ingerir ou deficiente de produtos lácteos e em excesso ou pobre em cárnicos.
9 Dietas hipocalóricas errôneas para a diminução de peso corporal
9 Jantar cedo e com baixa % de hidratos de carbono.
9 Treinar sem ingerir alimentos nas primeiras horas da manhã.
• Inadequada utilização de Suplementos Nutricionais.
Outras
Continuação
Continuação
:
:
• Estratégia inadequada para ganho de peso corporal
necessário.
• Péssimas estratégias para diminuição do peso
corporal. Restricción > 500 Kcal/día das necessidades.
• Não possuir um planejamento individual de
recuperação musculoesquelética. Importancia do plano profilático.
• Não realizar treinamento de resistência
regenerativa.
• Falta de uma adequada recuperação biológica
Fadiga Crônica do treino. Relação com estados não
Fadiga Crônica do treino. Relação com estados não
saudável dos atletas e o seu rendimento
saudável dos atletas e o seu rendimento
Estresse oxidativo metabólico Inmuno - depressão
Tríade da esportista: irregularidade na alimentação, irregularidade menstrual, osteoporose
Problemas endócrino - metabólico Predomínio processos catabólicos
Prevenção do over trainnig no Alto Rendimento.
Prevenção do over trainnig no Alto Rendimento.
Marcadores biológicos
Marcadores biológicos
- Ótimo estado de saúde do atleta.
- Adequada relação treinamento - competição com
recuperação. Planejamento e controle ótimo. Critérios de individualização.
- Testes de laboratório e de campo. Sua relação. Fundamental o trabalho do Médico do Esporte. - Importância dos marcadores biológicos a nível celular.
- Nutrição , hidratação e suplementos.
- Importância da recuperação individual : sistema músculo esquelético; apoio psicológico, resistência regenerativa.
Antes de surgirem os sinais e sintomas podemos, de forma preventiva, conhecer os efeitos da fadiga residual acumulada a nível celular e os problemas futuros mediante as variáveis :
Uréia Creatina Quinase(CPK) Testosterona Cortisol Ferritina CD 3, CD 4, CD8
Sexo feminino se pode adicionar: LH, FSH, Prolactina, estradiol, progesterona
Esta informação se integra aos diferentes testes
Marcadores biológicos a nível biomolecular.
Marcadores biológicos a nível biomolecular.
Diagnóstico preventivo da Fadiga Crônica
Esporte: “Canoagem”
Esporte: “Canoagem”
Estudos endócrino - metabólicos durante o 1º macrociclo de uma temporada de 2 macrociclos de um atleta masculino de Canoagem do área velocidade, com 22 anos de idade,
pertencente ao Alto Rendimento.
A temporada teve 2 macrociclos, o primeiro de 26 semanas e o segundo de 22 semanas, para um total de 48 semanas ou
microciclos
1º macrociclo: 6 controles: 1º inicio do microciclo
3º,4ºe5ºmicrociclos de choque 6 ºdurante a competência final
Faixa de Referencia ______ CRK 20-250 U/L Urea 20-57 mg/L Ferritina 30-300 ng/ml Testos-terona . 1.5-8.2 ng/ml Cortisol 7-25 mcg/dl Índice Test./ Cort. 0.06-1.64 Controle Semana --- --- --- ---1 1 80 30 120 6.4 12 0.50 2 5 200 30 118 6.6 13 0.51 3 10 260 38 104 6.2 16 0.39 4* 16 355 48 * 88 * 4.4 * 22 * 0.20 * 5 22 220 32 110 6.2 14 0.44
6
26
300 40
110
6.4
14
0.46
Controle do 1º macrociclo. 26 semanas
Import
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ncia
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Nutri
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nos Mecanismos de
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Recupera
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Biol
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gica
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com
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uma
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estrat
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gia
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individual
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Distribução calórica adequada nos desportistas:
*Normal *Dias precomp. (24-48h.) Hid. de Carbono 60 % 70% Lípideos 25 -27% 15-20% Proteínas 12-15% 10-12% Esta distribuição garante uma adequada reserva de glicogênio e balanço nutricional e energético, com adequado aporte de macronutrientes e micronutrientes.
A Resistência Regenerativa (RR) e o Limiar Aeróbico podem ser trabalhado todas as sessões.
Não abusar nas disciplinas que não são de resistência.
Após o treinamento da disciplina , se não tem outro treino planejado seria muito adequado fazer 10 – 15
minutos de RR.
Também se pode fazer após os jogos. É parte da recuperação ativa ou regenerativa.
Limiar Anaeróbico cada 24 ou 48 horas (dependendo da duração do treino anterior e objetivo)
Potência Aeróbica (VO2 Máx.) cada 48 horas
Relação das cargas das Áreas de Intensidade do
Relação das cargas das Áreas de Intensidade do
Treinamento e Capacidades Funcionais respeitando a
Treinamento e Capacidades Funcionais respeitando a
Recuperação
Outras considerações:
Outras considerações:
Capacidade Anaeróbica Láctica e Potência Anaeróbica Láctica cada 72 horas*.
Potência Anaeróbica Aláctica (Velocidade) cada 24 horas (Quando se faz bem)
Força Muscular cada 48 horas. Deve trabalhar 2 ou 3 vezes por semana dependendo do
microciclo. Deve ser em dias alternados, e como última sessão do treinamento do dia.
Resultados Esperados:
Resultados Esperados:
• Recuperção e Saúde
• Rendimento Desportivo
• Longevidade Desportiva.
apancor@hotmail.com