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Nota Técnica 001 Fevereiro de Atuação Clínica do Farmacêutico e Classificação do Serviço de Farmácia

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Academic year: 2021

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Nota Técnica 001 – Fevereiro de 2021

Atuação Clínica do Farmacêutico e Classificação

do Serviço de Farmácia

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Autores: Carine Aparecida Barbosa e Fabiane Cristina Costa.

Revisores:

Camila Melo Ribeiro (GTT de Farmácia Hospitalar - CRFMG); Cássia Rodrigues Lima Ferreira (GTT de Farmácia Hospitalar/CRFMG); Maria das Dores Graciano Silva (GTT de Farmácia Hospitalar/CRFMG); Maysa Caroline Santos dos Reis Monteiro (GTT de Farmácia Hospitalar/CRFMG); Michelinne de Araújo (GTT de Farmácia Hospitalar/CRFMG); Pollyanna Costa de Oliveira (GTT de Farmácia Hospitalar/CRFMG); Roquélia Ferreira Caetano Guedes (GTT de Farmácia Hospitalar/CRFMG); Danyella Moreira Domingues (Assessora Técnica Farmacêutica do CRFMG); Maria Cláudia Moreira de Faria (Analista Farmacêutica do CRFMG); Waltovânio Cordeiro de Vasconcelos (Analista Farmacêutico do CRFMG)

Apresentação:

O Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais apresenta a Nota Técnica: Atuação Clínica do Farmacêutico e Classificação do Serviço de Farmácia aos farmacêuticos que atendem “a beira do leito” nos Serviços Hospitalares, Pré-Hospitalares e em Instituições de Longa Permanência, que executam a Farmácia Clínica. Esse texto exprime as recomendações que o Grupo Técnico de Trabalho de Farmácia Hospitalar propõe para que os farmacêuticos atuem com segurança nesse difícil momento de Pandemia pelo Coronavírus.

Introdução:

Como profissional de saúde, o farmacêutico, independentemente de sua área de atuação, deve cumprir seu papel junto à sociedade, não só na interação entre o médico e o paciente, mas também na comunidade, disseminando os seus saberes e promovendo o bem-estar da população.

Frente ao cenário atual do COVID-19, os farmacêuticos clínicos têm um papel fundamental no cuidado desses pacientes, uma vez que, em seu estágio mais grave, a doença provoca lesão tecidual capaz de desencadear falência orgânica em sucessivos sistemas fisiológicos. Essa condição pode ocasionar a utilização de inúmeros fármacos simultaneamente, muitos de alta vigilância, e consequentes interações e incompatibilidades medicamentosas, além do risco de reações adversas e da necessidade de individualizar a posologia dos medicamentos com o objetivo de otimizar o tratamento farmacológico.

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RECOMENDAÇÕES:

Em linhas gerais, recomendamos a suspensão do trabalho dos farmacêuticos clínicos “a beira leito”. Estes profissionais estarão sempre disponíveis para discussão de casos e fornecendo suporte técnico à equipe multiprofissional sempre que necessário. Sugere-se o contato telefônico e por outros meios de comunicação remota sempre que possível. Além disso, reduzir ao mínimo o deslocamento e dar preferência à busca de informações por meio do prontuário eletrônico ou outras alternativas digitais permitidas na instituição. Por fim, recomenda-se que estes façam uso dos EPIs conforme preconizado pela própria instituição ou, na sua ausência, pela ANVISA.

Abaixo, segue as recomendações das atribuições farmacêuticas:

1. Recomenda-se que os farmacêuticos mantenham as ações de prevenção de eventos adversos no processo de medicação, ainda que remotamente. Dessa forma, recomendamos avaliar todos os medicamentos quanto à dose, via, diluição e frequência dos medicamentos prescritos. Informar as principais reações adversas, interações medicamentosas, incompatibilidades, entre outras informações relevantes, diariamente.

2. Recomendamos a manutenção dos processos ativos de Farmacovigilância, considerando as seguintes estratégias:

a. Busca ativa de reações adversas por meio da prescrição de medicamentos definidos como trigger

tools nas UTIs;

b. Investigação de prontuários de pacientes em terapia experimental ou uso off-label de medicamentos para COVID-19;

c. Ampla divulgação à equipe multiprofissional de potenciais reações adversas a medicamentos de perfil grave ou incomum associadas à terapia experimental ou uso off-label de medicamentos para COVID-19, e incentivar a notificação.

3. Recomendamos manter o serviço de conciliação de medicamentos em apoio à equipe multiprofissional e para otimização da farmacoterapia.

4. Recomendamos manter a avaliação do paciente, considerando as particularidades relacionadas à COVID-19, quanto a:

a. Verificação da disponibilidade dos acessos venosos e volumes de infusão dos medicamentos em Bomba de Infusão Contínua (BIC);

b. Verificação das condições respiratórias e do suporte ventilatório empregado; c. Verificação das vias de alimentação disponíveis e terapia nutricional empregada; d. Monitoramento da dor e resposta à analgesia;

e. Monitoramento da sedação; f. Controle glicêmico;

g. Verificação da estabilidade hemodinâmica e monitoramento cardiovascular;

h. Verificação de parâmetros de monitorização do risco farmacoterapêutico e Reações Adversas a Medicamentos;

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5. Recomendamos avaliar a prescrição de medicamentos observando as seguintes considerações: a. Profilaxia de tromboembolismo venoso (TEV);

b. Profilaxia de úlcera de estresse;

c. Fluidoterapia (condutas para sepse ou choque séptico);

d. Uso de dispositivos inalatórios (recomenda-se evitar uso de dispositivos inalatórios que possam gerar aerossóis);

e. Adaptação de forma farmacêutica; f. Terapia antimicrobiana empírica; g. Terapia em teste para COVID-19; h. Interações medicamentosas potenciais;

i. Incompatibilidades medicamentosas (incompatibilidades, diluição adequada, concentração máxima, estabilidade, tempo e/ou velocidade de infusão, e a identificação de vesicantes e irritantes para prevenção do risco de flebite).

6. Recomendamos manter a comunicação efetiva com a equipe multiprofissional e as intervenções farmacêuticas pertinentes, utilizando as seguintes estratégias já citadas anteriormente.

7. Os hospitais devem adaptar suas rotinas de modo a garantir a manutenção do cuidado farmacêutico aos pacientes críticos e a segurança da equipe da Farmácia.

Classificação do serviço de farmácia:

As áreas dos serviços de saúde são classificadas em relação ao risco de transmissão de infecções com base nas atividades realizadas em cada local. Essa classificação auxilia em algumas estratégias contra a transmissão de infecções, além de facilitar a elaboração de procedimentos para limpeza e desinfecção de superfícies em serviços de saúde. O objetivo da classificação das áreas dos serviços de saúde é orientar as complexidades, a minuciosidade e o detalhamento dos serviços a serem executados nesses setores, de modo que o processo de limpeza e desinfecção de superfícies esteja adequado ao risco. Portanto, a definição das áreas dos serviços de saúde foi feita considerando o risco potencial para a transmissão de infecções, sendo classificadas em áreas críticas, semicríticas e não críticas (YAMAUSHI et al., 2000; BRASIL, 2002; APECIH, 2004).

As farmácias satélites estão sendo classificadas como áreas críticas, onde é considerado um ambiente que existe risco aumentado de transmissão de infecção.

As autoridades não divulgaram recomendações específicas para a proteção de farmacêuticos e outros profissionais que atuam em farmácias, de forma que cada estabelecimento deve adotar medidas de segurança conforme suas características.

Para as áreas críticas, aconselhamos que os profissionais da farmácia devem estar adequadamente paramentados, utilizando EPI, para assegurar a sua proteção e a do produto contra contaminação, devendo ser feita a colocação e troca do EPI sempre de acordo com as normas internas.

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● Todos os colaboradores devem ser instruídos e incentivados a reportar aos seus superiores imediatos qualquer condição de risco relativa ao produto, ambiente, equipamento ou pessoal. ● Os hospitais são responsáveis pelo fornecimento e a distribuição dos Equipamentos de Proteção

Individual (EPI) de forma gratuita, em quantidade suficiente e com reposição periódica, além da orientação quanto ao uso, manutenção, conservação e descarte.

● Deve ser definido o que é uniforme e o que é EPI pelo estabelecimento.

● A paramentação, bem como a higiene das mãos e antebraços, deve ser realizada antes do início da prestação de serviços.

Bibliografia:

1. Recomendações para o cuidado farmacêutico ao paciente crítico com COVID-19 - Associação de Medicina Intensiva Brasileira. São Paulo, 2020.

2. Sbrafh. Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar. Câmara Técnica Cuidado Farmacêutico no Enfrentamento da COVID-19 Plano de contingência em diversos cenários farmacêuticos no âmbito da pandemia por COVID-19 [recurso eletrônico] /Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar, --São Paulo : Sbrafh, 2020.

Referências

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