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Consumo de orgânicos cresce 44,5% durante a pandemia

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Academic year: 2021

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e

ditorial

Destino

O turismo foi um dos setores mais afe-tados pela pandemia do novo coronavírus drasticamente des-de o início do ano. A poucos meses da temporada de férias, a expectativa é pelo reaquecimento, mes-mo que de maneira lenta e com a adoção de rígidos protocolos de segurança.

nós teremos na pós--pandemia uma prefe-rência para o turismo nacional. Confirman-do isso, fica claro que o turismo de proxi-midade vai ser mais forte.

Se esta análise es-tiver correta nós

po-de Caldas na lista po-de destinos turísticos e trazer visitantes, principalmente do Es-tado de São Paulo, de volta para a estância.

Mas estamos no meio de uma eleição, é possível que haja mudanças na

admi-prefeito terá que ter esta visão para tentar amenizar os prejuízos causados pela pande-mia no município. É uma situação ainda complicada porque vivemos e sentimos a presença do vírus onde quer que se vá,

sar também no re-torno econômico do pós-pandemia.

A situação é gra-ve, mas pode ser c o n t o r n a d a c o m ações inteligentes no aproveitamento da força do turismo local.

Consumo de orgânicos cresce

44,5% durante a pandemia

Poços de Caldas, MG - Desde que pas-sou a ficar mais em casa em razão da pan-demia do novo coro-navírus (covid-19), a vendedora Alícia dos Santos tem investido em uma alimentação saudável para si e para os filhos e isso incluiu procurar no-vos locais para com-pras e substituição de ultraprocessados e comidas prontas por legumes, verduras e frutas.

“Eu me peguei pen-sando em como comí-amos mal. Eu, meus filhos e meu marido fi-cávamos bastante fora de casa e as crianças comiam na escola e nos intervalos entre uma atividade e ou-tra e nós comíamos de formas totalmen-te erradas, porém, fazíamos exercícios. Quando tudo fechou e passamos a ficar parados, refleti que seria mais prudente termos uma alimen-tação mais orgânica e

passei a procurar for-necedores para isso. Levou um tempo, mas deu certo”, contou.

Mas ela não é a úni-ca pessoa, segundo a Organis, entidade que promove o con-sumo de orgânicos no Brasil, uma enquete mostra que o consu-mo cresceu 44,5% durante a pandemia, nestes sete meses de isolamento social.

Conforme os da-dos apresentada-dos pelo levantamento, mais da metade dos 456 entrevistados estão mais preocupados com a qualidade da alimentação (62,1%), com aumento na fre-quência de consumo: 46,6% afirmam con-sumir orgânicos to-dos os dias e 34,3% duas vezes por sema-na. Os produtos ‘in natura’ representam 38,6% da preferência, mas é expressivo o percentual de pessoas que consomem tam-bém natural e indus-trializados – 50,9%.

CONSUMO cresceu e iniciativa cria mapa para organizar compra e venda

Na enquete, em respostas múltiplas, percebe-se que o con-sumidor de orgâni-cos compra onde tem oferta física e digi-tal: 50,9% compram em supermercados, 46,5% em feiras, 34,6% em lojas es-pecializadas e 19,1% nos onlines.

“Foram só sete per-guntas, nos canais de contato da Organis (pop-up, instagram, email). São pessoas que já têm orgânico no radar. Interessante destacar que o consu-mo aumentou, o

con-sumidor permanece preferindo FLV, mas já aderiu ao industria-lizado e os e-commer-ces aparecem nos ca-nais de venda, quase 20%. Assim como nas feiras de orgânicas, os ‘onlines’ vendem muito produtos de mercearia e de mar-cas, sendo uma opção completa para o con-sumidor. Outro ponto importante é que o aumento de preços foi sentido por mais da metade dos entre-vistados (56,6%), mas não inibiu o consumo.

Quando

pergun-tamos se agricultura orgânica pode ajudar a prevenir nova pan-demia, 81,8% afir-mam que sim. Orgâ-nico está relacionado com saúde”, explicou Clauber Cobi Cruz, diretor da Organis.

PROJETO PARA AJUDAR CONSUMIDORES

Para ajudar consu-midores, produtores e serviços do setor, a entidade lança o pro-grama ‘onde.organic’, um ambiente virtual onde todos se acham. Uma ferramenta de negócios e um

ma-peamento da produ-ção orgânica, com georreferenciamento e filtro de produtos que ajudará toda ca-deia de orgânicos: produtor encontra insumos e serviços, a indústria e o varejo acharão fornecedores, os consumidores vão encontrar onde tem produtos.

“O serviço é por adesão. Por R$ 29,00 por mês, o interessado em achar e ser acha-do, vai ter um ambien-te digital moderno e convergente aos inte-resses do setor. onde. organic é dividido em seis categorias: Raiz Orgânica (campo), Produtos (indústria), Lojas (mercados e restaurantes), Ser-viços (consultoria e certificação), Receba em Casa (delivery e on line) e Insumos (apro-vados pela agricultu-ra orgânica). Quere-mos em um ano ter mais de 2.000 inscri-tos”, explica Clauber Cobi Cruz.

MAPA

A enquete completa estará disponível no site www.organis. org.br desde o dia 21 de outubro, e a adesão para onde.organic de-verá ser pelo https:// onde.organic/

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POCOSDECALDAS.MG.GOV.BR

PREFEITURA DE

POÇOS DE CALDAS

C U I D E

D E V O C Ê

E D O S

O U T R O S .

A O S A I R

D E C A S A ,

U S E A

M Á S C A R A .

Poços de Caldas tem 85,7% das mortes por

covid-19 em pessoas com mais de 60 anos

Poços de Caldas, MG - Desde o início da pandemia do novo co-ronavírus (covid-19), até o fechamento des-ta edição, Poços de Caldas registrou 42 óbitos de residentes e 27 de pessoas não re-sidentes, ou seja, que estavam na cidade, mas que não tinham residência fixa no mu-nicípio.

Do total de óbitos, 36 pessoas tinham mais de 60 anos e 35 delas possuíam co-morbidades. Três pes-soas com idades entre 50 e 59 anos também possuíam comorbi-dades. Já com idades entre 40 e 49 anos, apenas duas pessoas foram vítimas fatais

da covid-19, sendo que uma possuía comorbi-dades e outra não.

Pessoas com idades entre 30 e 39 anos, que são, segundo o painel da covid na ci-dade, as mais infecta-das - com 26,3% do to-tal de casos positivos - não aparecem entre os óbitos na cidade. Já entre 20 e 29 anos, uma pessoa com co-morbidades teve óbito registrado. A distribuição por gênero concentra 15 óbitos em pessoas do sexo feminino e 27 em pessoas do sexo masculino. ÓBITOS DE NÃO RESIDENTES Conforme o

pai-nel, entre os óbitos de não residentes, 19 deles ocorreram em pessoas com mais de 60 anos, todas elas com comorbidades.

Já na faixa etária entre 50 e 59 anos, foram registrados cinco óbitos, quatro em pessoas com co-morbidades e um em pessoa sem doenças crônicas ou proble-mas de saúde.

Em pessoas com idades entre 40 e 49 anos, foram regis-trados três óbitos, todos com comorbi-dades. Nas outras faixas etárias não constam com óbitos no caso de morado-res de fora de Poços de Caldas.

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Ações culturais online ocorrem em casa e

beneficiam 383 propostas na pandemia

Poços de Caldas, MG - Uma pesquisa feita pelo Itaú Cultu-ral e Datafolha, divul-gada nesta semana, revela que 67% dos brasileiros conside-ram que a pandemia deixou o acesso a con-teúdos culturais mais democratizado duran-te a pandemia do novo coronavírus. As atividades que anteriormente acon-teciam em diferentes espaços migraram para o digital e todo consumo passou a ser feito através das telas. Conforme mostra a pesquisa, as classes A e B são as que mais enxergaram esse pro-cesso de facilidade do acesso, com respostas de 72% dos entrevis-tados. Já na classe C, 63% afirmaram o mesmo. Nas classes D e E, 71% concordam

que houve democra-tização.

Em Poços de Cal-das, conforme conta o secretário de Cultura Gustavo Dutra, 383 propostas foram ins-critas e contempladas em quatro etapas do edital “Poços Curte em Casa”, que movi-mentou R$ 280 mil de um recurso destina-do a uma ação emer-gencial aos artistas poços-caldenses.

AÇÕES AFIRMATIVAS

Um dos destaques dos editais de Poços de Caldas foi a criação da categoria das ações afirmativas, que pon-tuou 5 pontos cada ação incluindo pro-jetos com mulheres, pessoas negras e pes-soas com identidade de gênero diferente.

Segundo Gustavo Dutra, houve a forma-ção de um grupo de trabalho a partir do Conselho Municipal de Cultura, que deci-diu que seria impor-tante ter um recorte de ações afirmativas. “Foi uma forma de corrigir, historica-mente, a desigual-dade que há entre gênero e raça. Sendo assim, vários proje-tos pontuaram até

115 pontos, porque tinham, por exemplo, três mulheres, ou três negras, além, claro, de ter boas propostas, com conteúdo, currí-culo, boa equipe, etc”, comentou.

Ainda de acordo com ele, conforme as etapas foram aconte-cendo, foram aumen-tando as ações afir-mativas. “Foi muito interessante, porque tivemos muitas pro-postas bem feitas, que estão sendo divulga-das agora”, destacou o secretário.

PÚBLICO

Para o público, as atividades online po-dem ser mais cômo-das, como é o caso da jornalista Aman-da Vasconcellos. “Eu gosto muito de show, de música, mas, con-fesso que tenho medo de voltar a sair e, com a pandemia, tem sido ótimo assistir em casa confortável, de pija-ma, sem me preocu-par. È quase a mesma diversão e penso que é um formato que deve continuar”.

A pesquisa reve-lou que aqueles que já frequentam ativi-dades culturais pre-sencialmente também

tendem a participar delas em suas versões online. Dos que afir-mam terem ido ao ci-nema nos últimos 12 meses, 87% afirmam que assistem a filmes e séries na internet. Dos que foram a sho-ws presenciais, 72% dizem que assistiram a apresentações de música transmitidas na internet.

A atividade cultural realizada na internet mais comum entre os entrevistados é ouvir música, relatada por 84%, enquanto 74% dizem ver séries, 60% assistem a shows e 38% leem livros on-line.

A pesquisa iden-tificou que 71% dos brasileiros entre 16 e 65 anos acessam a internet diariamente,

enquanto 7% afirmam não terem acesso à internet. O celular é a principal forma de acesso à redes para 90%.

Em outra pesqui-sa também realizada pelo Itaú Cultural e pelo Datafolha, divul-gada há cerca de duas semanas, pessoas de menor poder aquisi-tivo apresentaram os níveis mais baixos de confiança com o

re-torno das ativida-des culturais presenciais – 43% – em meio à re-abertura do setor cultural, enquan-t o a classe C se mos-tra mais s e g u r a com o re-torno – 61%. Nas classes A e B, 54% se dizem seguros para rea-lizar atividades cul-turais nos próximos meses.

A partir desses da-dos, é possível dizer que a pandemia pode causar uma elitização ainda maior da cul-tura? Segundo Paulo Alves, gerente de pes-quisa de mercado do Datafolha, esse cená-rio não deve ocorrer, uma vez que já há um bom tempo que estudos têm chamado atenção para o acesso à cultura pelos mais pobres. “A pesquisa mostra que há grande um interesse desse público”, diz.

As classes D e E, embora tenham parti-cipado relativamente pouco de atividades culturais, têm nível de interesse cultural próximo ao das ou-tras classes.

Ações

afirmativas

beneficiaram

mulheres,

negros

e pessoas com

identidade de

gênero

diferente

Um dos

destaques

dos editais de

Poços de Caldas

foi a criação

da categoria

das ações

afirmativas,

que pontuou

5 pontos

cada ação

incluindo

projetos com

mulheres,

pessoas negras

e pessoas com

identidade

de gênero

diferente

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Poços de Caldas, MG - Atualizado dia-riamente, o painel es-tadual que monitora os casos do novo co-ronavírus (covid-19) pela Secretaria de Es-tado de Saúde (SES) mostra que em Poços de Caldas a taxa de

letalidade do vírus subiu de 2,51% há duas semanas para 2,80% nesta semana. O número de mortes saltou de 38 para 42.

Ainda conforme os dados, o número de casos confirmados su-biu mais de 6% na cidade, passando de 1.342 para 1.436 no mesmo período. Já a taxa de recu-peração de pacientes com covid-19 subiu quase 12%, passan-do de 998 para 1133 pessoas consideradas curadas do vírus.

O número de exa-mes aplicados su-biu de 16.273 para 17.582. Já o número de pacientes em trata-mento domiciliar caiu cerca de 12%, passan-do de 305 para 271 pessoas até o fecha-mento desta edição.

Taxa de

letalidade

do vírus subiu

de 2,51%

há duas

semanas

para 2,80%

nesta

semana.

Taxa de letalidade de

covid-19 sobe em Poços

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Como será a vida nas grandes

cidades no pós-pandemia?

São Paulo, SP - As inevitáveis reflexões sobre a vida pós-pan-demia anunciam uma série de mudanças e adaptações em nível individual e coletivo. Não é difícil imaginar que, nesta nova reali-dade, as cidades bra-sileiras também serão afetadas – seja no que tange questões estru-turais ou no dia a dia da mobilidade urbana. Um estudo lança-do em setembro pela plataforma A Vida no Centro, em parceria com o Observatório de Turismo e Eventos da SP Turis, mapeou tendências que teriam sido geradas ou acele-radas pela pandemia, relacionadas com co-tidiano da cidade e de seus habitantes.

Devido ao isolamen-to social, o aumenisolamen-to do home office e a adoção de modalidades como o home office híbrido, que mescla o trabalho presencial com o tra-balho à distância, é um dos movimentos apon-tados pelo estudo. Em função disso, a adapta-ção das moradias pela maior permanência em casa é uma tendência já identificada, assim como o desenvolvi-mento de outras

ativi-dades como exercício físico e afazeres ma-nuais, principalmente relacionados à cozinha e a artesanatos. O relatório afirma que a descentralização do trabalho também impacta na dinâmica espacial da cidade, já que há maior liberdade de escolha sobre onde morar. Com parte das pessoas deixando de se deslocar diariamente nos horários de pico, há possibilidade de alívio do trânsito.

FUTURO

“POLICÊNTRICO”

A pesquisa aponta ainda que o trabalho remoto é um vetor de fortalecimento da vi-zinhança e do senso de comunidade entre a população, poten-cializando o comércio local e a reorganização da dinâmica na cidade, com o surgimento das chamadas novas cen-tralidades.

Mas, segundo Gisele Brito, mestranda em Planejamento Urbano

a fim de que as cida-des absorvam essas transformações, com mudanças no espaço público, no sistema de transporte e melhores, condições de moradia e saneamento básico”.

Outra grave questão apontada por ela é a da moradia. Com a queda do poder de consumo e de renda, aprofundada pelos altos índices de desemprego, muitas pessoas não consegui-ram se manter.

“Quem pagava alu-guel, em muitos casos, não vai conseguir pa-gar. Ou vai se deslocar para uma moradia pior ou vai ocupar outros espaços na cidade. A tendência é ampliar a informalidade e o risco de despejo”, acrescen-ta, reforçando a impor-tância da campanha Despejo Zero, para que as reintegrações não aconteçam nem du-rante e nem depois da pandemia.

Em relação às ativi-dades que integram o “novo morar” descrito pelo estudo em meio à crise sanitária, como cozinhar ou o traba-lho em si, Gisele Brito reforça que existem experiências comple-tamente distintas.

Ou vai se deslocar para uma moradia pior ou vai ocupar outros espaços na cidade.

Enquanto no centro tais elementos são con-siderados potenciali-dades, até mesmo para a economia, em outras regiões são acompa-nhados da completa precariedade. (Fonte: Lu Sudré - Brasil de Fato) e pesquisadora do La-bCidade, é necessário fazer algumas ponde-rações sobre as conse-quências deste futuro “policêntrico”.

Ela avalia que os aspectos analisados na pesquisa levam em conta apenas uma par-cela da sociedade e da própria cidade. E ex-plica que, nos últimos anos, a região central da capital paulista pas-sa por um processo de intensificação da presença da classe mé-dia, de jovens e de ini-ciativas da economia criativa como um todo.

Ainda assim, conti-nua sendo uma área com grande ocupação popular, com presença da pessoas em situação de rua, catadores de materiais recicláveis e pessoas de baixa ren-da.

A valorização merca-dológica desses espa-ços e desenvolvimento do comércio local,

po-dem, por exemplo, dar ainda mais força para a pressão de grupos econômicos que de-fendem a expulsão da população em situação vulnerável desse espa-ço comum.

Ela destaca que a pesquisa foi desenvol-vida em parceria com a SP Turis e que peca ao considerar o centro como único foco po-lítico e econômico da cidade.

“É o Estado utili-zando recurso público para transformar os comuns urbanos em mercadorias vendá-veis. Depois, a renda que será obtida por meio de impostos não será revertida de ma-neira equânime, que elimine as distorções históricas de distribui-ção. Ele vai reinvestir nesse lugar e territó-rio para reafirmar os interesses econômi-cos, sociais e políticos daqueles que lucram,

os empreendedores, e também os morado-res”, comenta Brito.

A pesquisadora é contundente ao afir-mar que a pandemia teve e continuará a ter um efeito diferen-te para as populações historicamente desas-sistidas pelo poder público. HOME OFFICE PARA QUEM? Já Socorro Leite, integrante do BR Ci-dades e diretora da organização Habitat para a Humanidade Brasil, acredita que o diagnóstico do aumen-to do trabalho remoaumen-to ignora que a maioria da população trabalha-dora não teve direito, de fato, ao isolamento social.

“As pessoas, em mui-tos casos, não puderam parar de se deslocar. O isolamento social não funcionou para po-pulação que mora na periferia. Seja porque trabalha em aplicativo, uber ou serviços es-senciais e domésticos. Para muitos não foi uma escolha ficar em casa”, diz Leite.

A pesquisa registra que além do home offi-ce, as compras online e a redescoberta de novas possibilidades de interação a partir dos meios digitais “vão provocar a necessi-dade da revisão do planejamento urbano

HOUVE aumento do home office híbrido, que mescla o trabalho presencial com o trabalho à distância

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Anticorpos contra covid-19 duram pelo

menos sete meses, mostra estudo

Uma das questões que mais tem suscita-do interesse e inves-tigação por parte da comunidade científi-ca, desde o início da pandemia, é perceber se os organismos de doentes com covid-19 são capazes de ter uma resposta imune adequada e quanto tempo pode durar essa imunidade. Ago-ra, um novo estudo norte-americano re-velou que os anticor-pos, que protegem o organismo de ser infectado com o novo coronavírus, podem ter uma duração de até sete meses.

Pesquisadores da Universidade do Ari-zona, nos Estados Unidos, acompanha-ram durante meses cerca de 6 mil pacien-tes infectados com o novo coronavírus e descobriram que os anticorpos contra o Sars-CoV-2 podem continuar presentes no sangue por um pe-ríodo de, no mínimo, cinco a sete meses.

ESTUDO é de pesquisadores da Universidade do Arizona

Recentemente, fo-ram confirmados ca-sos de pessoas reinfec-tadas que, de acordo com o jornal espanhol El País, apresentaram sintomas mais graves quando ficaram doen-tes com covid-19 pela segunda vez - exem-plos que suscitam du-vidas à comunidade científica quando se fala em imunidade.

Ao longo dos úl-timos meses foram

divulgados diversos estudos que mostra-vam que os anticorpos - proteínas do siste-ma imunitário que evitam que o vírus infecte as células do organismo - contra o novo coronavírus iam diminuindo passados alguns meses após a infecção, principal-mente em pessoas que apresentaram sinto-mas ligeiros.

As teorias são

vá-rias e as dúvidas ainda mais. Mas a questão mantém-se: as pessoas ficam protegidas após a primeira infeção? O estudo norte--americano, divulgado na terça-feira (20) na publicação científica Immunity, e conside-rado um dos maiores realizados até agora, por ter analisado cer-ca de 6 mil pessoas, indica que sim: quem já esteve infectado

com o novo corona-vírus pode ter imuni-dade até, pelo menos, sete meses.

“O nosso estudo mostra que é possível gerar uma imunida-de duradoura contra esse vírus”, explicou ao jornal espanhol Deepta Bhattacharya, pesquisador da Uni-versidade do Arizona e coautor do trabalho.

“Nas infeções mo-deradas que analisa-mos, a resposta de anticorpos parece bas-tante convencional. Os níveis dessas pro-teínas sobem primei-ro, depois caem e no fim acabam por esta-bilizar”, continuou. E quanto às reinfecções, o investigador explica que pode acontecer mas que são casos “excepcionais”.

Quando um vírus infecta o corpo, o sis-tema imunológico produz células plas-máticas de curta du-ração, que produzem anticorpos para com-bater imediatamente o agente

patogêni-co. Esses anticorpos aparecem no sangue, normalmente, até 14 dias após a infecção e, segundo o autor do estudo, alguns deles “são muito sofistica-dos”, podendo memo-rizar um patogênico para sempre e desen-volver armas molecu-lares para o destruir, incluindo diferentes tipos de anticorpos de elevada potência. ESTUDO O estudo norte--americano resultou de uma campanha de testes que envolveu 30 mil pessoas. Os investigadores, no entanto, analisaram e acompanharam 5.882 dessas pessoas, es-tudando a produção de anticorpos neu-tralizantes em mais de mil. A prevalência de infeções é baixa, contando apenas com cerca de 200 pessoas que transmitiram o vírus e produziram anticorpos neutrali-zantes, explicou Bhat-tacharya.

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Boletim registra 1.456 casos de covid

em Poços, com 1.133 recuperações

Poços de Caldas, MG – O Boletim Epi-demiológico

divul-gado pela Secretaria Municipal de Saúde nesta quinta-feira

(22) mostra que a ci-dade tem 1456 casos positivos de covid-19,

nove a mais que na última atualização. Os pacientes recupe-rados são 1133, 271 estão em isolamen-to domiciliar, quatro estão em Unidade de Terapia Intensiva e seis em leito clínico.

O número de óbitos de residentes é 42, de não residentes, 28. Permanece em inves-tigação o óbito da paciente de 87 anos. Dentre os casos posi-tivos, 725 se referem a pacientes do sexo feminino e 731, mas-culino. A faixa etária de maior incidência é dos 30 aos 39 anos (344 casos), segui-da segui-da isegui-dade de 40-49 anos (299 casos).

A taxa de ocupação de Unidade de Tera-pia Intensiva está em 21,05%. Dos 57 lei-tos, são 12 ocupados,

sendo 11 por pacien-tes confirmados e um aguardando resultado de exame para confir-mação do diagnóstico, incluindo pacientes de outras localidades: um paciente de An-dradas, um de Águas Vermelhas, dois de Botelhos, um de Cal-das, um de Muzambi-nho, dois de Machado.

O Boletim também informa que já foram realizados no

muni-cípio 17.582 testes e exames, sendo 6.840 nos hospitais parti-culares, 454 em em-presas, 9888 na rede de saúde municipal e 400 na Fundação Eze-quiel Dias (Funed), de Belo Horizonte.

A região leste conti-nua sendo o local com mais casos confirma-dos de covid-19 (454), seguida da zona oeste (302), da sul (263) do centro (247).

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