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Competência Empreendedora dos Gestores de Negócios de Moda.

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Competência Empreendedora dos Gestores de Negócios de Moda.

Autoria: Clarice Ferreira Souza Resumo

Pesquisa que investiga importância atribuída por empreendedores às capacidades que garantem o sucesso do seu próprio negócio. Partiu da hipótese substantiva que não haveria diferença significativa na atribuição das capacidades consideradas importantes para garantir o sucesso de um negócio, por homens e mulheres. A pesquisa é descritiva e foi realizada com empreendedores de ambos os sexos, alunos e ex-alunos de um curso superior na área da Moda. As empresas estão localizadas na região geográfica da Grande São Paulo e a survey foi realizada em março de 2004. Foram constituídas duas amostras por conveniência, sendo uma com n=12 de sexo feminino e outra com n=13 de sexo masculino A coleta de dados foi feita por meio de um questionário Trade-off e uma escala tipo Likert. Fez uso de estatística descritiva e da Matriz de Priorização para analisar os dados coletados. Os resultados mostraram-se surpreendentes não confirmando a hipótese substantiva.

1. Introdução

O presente trabalho aborda o tema do empreendedorismo e objetiva investigar se há diferença significativa em relação à importância das capacidades que garantem o sucesso do negócio, considerando o sexo do empreendedor. A hipótese substantiva que norteou o trabalho é a de que não haveria diferença significativa na atribuição do que é importante para garantir o sucesso de um negócio. Partiu-se de um conjunto modificado de variáveis, conjunto esse proposto por Dutra (2002), para aferir a importância relativa que os empreendedores davam a elas: 1. capacidade de trabalhar em equipe; 2. capacidade de gerir o próprio negocio; 3.capacidade de gerir os desafios financeiros; 4.capacidade de superar obstáculos da conjuntura econômica; 5.capacidade de gerir o processo da logística de distribuição; 6.capacidade de utilizar tecnologia adequada; e 7.capacidade de enxergar o mercado. Basicamente a pesquisa pretende apontar, na percepção dos empreendedores, qual das capacidades acima é a preponderante para explicar o sucesso do negócio. Cabe ressaltar que o sucesso do negócio é diferente de sucesso do empreendedor: para Filion (1991) e Dolabela (1999), o empreendedor tem seu próprio conceito de sucesso e tal conceito não necessariamente reconhece o sucesso como sendo “sucesso empresarial” ou em ganhos materiais. Solomon & Winslow (1988) apontaram que empreendedores mencionaram a independência, a auto-estima, a auto-satisfação, o orgulho de fazer um serviço e o prazer, como características de sucesso. Na presente pesquisa busca-se extrair dos empreendedores, qual a capacidade que, no entender deles explica o “sucesso empresarial”.

2. Empreendedorismo

Dutra & Previdelli (2003) afirmam que o atual estado da arte define o empreendedor como um termo em si. Tanto as definições mais antigas quanto as mais recentes contêm a idéia de alguém que executa algo sob seu próprio risco (“risk-taker”). Chagas & Freitas (2001) afirmam que não existe um conceito exato para o termo “empreendedorismo”: é uma estratégia chave para o sucesso de uma empresa, e que envolve a capacidade de mudar e inovar rapidamente. Uma maneira de se definir o empreendedorismo, afirmam Gimenez & Inácio Jr (2002), sem recorrer a definições que se utilizam de atributos como propensão ao risco, proatividade, ou a busca de oportunidades sem considerar os recursos que correntemente são controlados (Stevenson 2001), é reconhecendo que o empreendedorismo é

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[inovação]; que pode ter sido desenvolvido por novas maneiras de se olhar os velhos problemas [criatividade] ou pela incapacidade dos processos atuais em responder efetivamente aos parâmetros dos novos problemas trazidos pelas novas e emergentes condições externas [ambiente], o qual pode suplantar ou ser complementar aos processos ou soluções existentes [a mudança], quando capitaneado por um ou mais indivíduos [empreendedor] (Brazeal & Herbert, 1999:33).

O empreendedorismo tem sido entendido como um processo complexo e multifacetado, que reconhece as variáveis sociais (mobilidade social, cultura, sociedade), econômicas (incentivos de mercado, políticas públicas, capital de risco) e psicológicas como influenciadoras no ato de empreender (de Vries, 1985; Carland & Carland, 1991; Huefner et alli 1996). Dentre as características atribuídas ao empreendedorismo, as mais citadas por Brockhaus (1982); Hornaday (1982), Carland et alli (1984), e Vesper & Gartner (1997), são:

lócus interno de controle, necessidade de realização, propensão ao risco, criatividade, visão,

alta energia, postura estratégica e autoconfiança.

Para Filion (1999) e Carland et alli (1998), empreendedorismo é o resultado tangível ou intangível de uma pessoa com habilidades criativas, sendo uma complexa função de experiências, oportunidades, capacidades individuais e que no seu exercício está inerente a variável risco: o empreendedor é alguém que, no processo de construção de uma visão, estabelece um negócio objetivando lucro e crescimento, apresentando um comportamento inovador e adotando uma postura estratégica. Este é o conceito de empreendedor aqui levado em conta.

Gimenez & Inácio Jr (2002) destacam o enfoque comportamental como explicador do ato de empreender, na esteira de Bruyat & Julien (2000). Este enfoque possui uma visão mais integradora e parte de um paradigma construtivista que entende o fenômeno por meio das relações do indivíduo com a criação de novos valores, interagindo com o ambiente, em um processo ao longo do tempo.

Teixeira (2001) ressalta que algumas pesquisas que tendem a propor tipologia de empreendedores na verdade apresentam tipologias de empresários e/ou gerentes, que não necessariamente seriam reconhecidos como possuidores das características dos empreendedores. Volkema (1991) reconhece que os resultados desses trabalhos e das tipologias apresentadas são frustrantes: observa-se falta de rigor metodológico e a capacidade explicativa é reduzida. As pesquisas apresentadas por Volkema (1991), não definem critérios de escolha dos empreendedores, entendidos no seu sentido mais estrito. Outras pesquisas como as de Fillion (1991; 1993), Birchal (1994) e Oliveira, (1996), buscam escolher os empreendedores a partir de sua trajetória de sucesso no âmbito do empreendimento à frente do qual está. Essas e outras pesquisas privilegiam variáveis de análise como: influências antecedentes (meio familiar, meio social, educação e experiência anterior); tipo de organização “incubadora” (de onde veio o empreendedor); e percepção do empresário quanto a influência dos fatores ambientais gerais para o sucesso do empreendimento, expectativas do empresário sobre o seu próprio trabalho, origens étnicas e sociais do empresário, e crença religiosa, dentre outras.

Pelisson, et alli (2001), destacam uma perspectiva diferenciada apontada por Machado & Gimenez (2001:141), que buscando ampliar o foco de seus estudos sobre empreendedorismo constataram algumas diferenças de comportamento associadas com atividades empreendedoras em diferentes estágios do ciclo de vida de grupos de indivíduos. Na conclusão do trabalho, os autores chamam a atenção para o seguinte: O principal

comentário que deve ser feito é que, embora a literatura de empreendedorismo seja rica no fornecimento de perfis empreendedores, esta não tem sido uma tarefa frutífera. Este tipo de pesquisa tem como seu principal foco o indivíduo empreendedor. No entanto, embora de forma ainda preliminar, nossa proposta é que o foco em grupos de indivíduos pode ser mais

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frutífero para a pesquisa que almeje explicações mais amplas do processo empreendedor. Como Shane & Venkataraman (2000) argumentaram, nós também acreditamos que empreendedorismo é visto melhor como um comportamento transitório, que apresenta muito da situação sendo enfrentada pelo empreendedor. Nossos estudos parecem indicar que uma maneira promissora de analisar comportamento empreendedor é tentar focar nos estágios do ciclo de vida de grupos de indivíduos. As motivações e preocupações particulares de indivíduos em diferentes grupos de idade podem ser vistas como diferentes situações que provocam diferentes comportamentos empreendedores.

Apesar das diferenças nas abordagens, os pesquisadores concordam com a idéia básica de que o empreendedor é um importante e até vital elemento na criação de novos valores. Eles certamente não são os únicos criadores de novos valores para a sociedade, mas são os responsáveis por uma grande porcentagem dos novos valores. Segundo Timmons 1994 apud Dolabela (1999), desde a segunda guerra mundial, 50% de todas as invenções e 95% de todas a inovações radicais surgiram de novas e pequenas empresas. Estão incluídas nesta lista, por exemplo, o micro-computador, o marcapasso, a troca de óleo rápida, o fast food, o anticoncepcional oral, a máquina de raios-X, entre outros exemplos.

No Brasil, observa-se que somente após os primeiros anos da década de 1980, inicia-se uma dinâmica no país para ações e políticas de atividade empreendedora, com o surgimento de trabalhos acadêmicos, por meio de instituições como a Universidade de São Paulo, entre outras. Alguns registros, como o de Marcovitch & Santos (1984), indicam aproximadamente esta época como o embrião de estudos que culminariam com ações mais apropriadas para o empreendedorismo. A iniciativa de implantação de novos negócios tem sido fortalecida de diversas formas, sendo que as pequenas empresas respondem por cerca de 21% do PIB brasileiro e absorvem cerca de 70% da mão-de-obra ocupada.

Lerner et alli (1997), identificam a ocorrência de um crescimento do número de empreendedoras em diversas outras economias, tais como Estados Unidos, Canadá, Austrália, Rússia, França e Finlândia com ativa participação das mulheres: no mundo todo as empresas pertencentes a mulheres compreendem entre um quarto e um terço de todos os negócios. A visão do empreendedorismo como um fenômeno contemporâneo, e do empreendedor como gerador de riquezas, deixa clara a função essencial do empreendedor no desenvolvimento da sociedade, tanto na geração de novos negócios, como na própria ação de desenvolver estes novos negócios.

O perfil do empreendedor, de acordo com Filion (1999), de forma resumida, é o seguinte: é um ser social, produto do meio em que vive (época e lugar). Se uma pessoa vive em ambiente empreendedor vê isso como algo positivo e tem motivação para criar o seu próprio negócio – ao que Degen (1989) chama de capital social. Pode-se afirmar que quanto mais empreendedores uma sociedade tem e quanto maior for o valor dado aos modelos empresariais, maior será o número de jovens que procurarão, imitar modelos empreendedores como opção de carreira. Consoante com as idéias de McClelland (1961) de que o ser humano é um produto social, pode-se ver o empreendedorismo como um fenômeno cultural, fruto dos hábitos, práticas e valores dos grupos sociais.

Whiting (1988) argumernta que há uma inter-relação entre o empreendedorismo e a criatividade. Tanto o indivíduo empreendedor quanto o indivíduo criativo parecem pertencer a um mesmo grupo, com características psicológicas, de personalidade e de comportamento semelhantes. Esta autor, ao analisar as características do indivíduo relativamente mais criativo, percebeu que as mesmas aparecem com suficiente repetição no indivíduo relativamente mais empreendedor. O Quadro 1, a seguir, traz uma lista das características freqüentemente atribuídas às pessoas ditas como empreendedoras.

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Características freqüentemente atribuídas ao indivíduo empreendedor

1. Lócus Interno de Controle 11. Flexível

2. Determinado, perseverante 12. Necessidade de poder

3. Enérgico, diligente 13. Orientado ao lucro

4. Propensão ao risco 14. Experiência de trabalho prévia

5. Necessidade de realização 15. Dinâmico, líder

6. Criativo, inovador 16. Habilidade em se relacionar com os outros

7. Proativo, iniciativa 17. Sensibilidade para com os outros

8. Tolerância à incerteza, ambigüidade 18. Preditor

9. Resposta positiva frente a desafios 19. Egoísta

10. Independente 20. Cooperativo

Quadro 1 –Fonte: Gimenez & Inácio Jr (2002), que fizeram uma adaptação de Brockhaus (1982), Hornaday (1982), Carland et al. (1984), Gartner e Shane (1995), Vesper e Gartner (1997), Kuratko e Hodgetts (1995) e Deakins (1999).

Estudos que enfocaram o perfil de empreendedores bem sucedidos, tentando unir características de personalidade com desempenho demonstram que é difícil produzir resultados significativos neste campo. Quase quatro décadas de pesquisa produziram, no máximo, listas incompletas de qualidades empreendedoras que devem ser destacadas em uma pessoa para que se obtenha êxito como um empreendedor (Pickle, 1964; Hornaday & Bunker, 1970; Begley & Boyd, 1987; McClelland, 1987). Porém, em termos gerais, grande parte das características essenciais que foram apontadas por estes estudos como necessárias a um empreendedor podem também ser atribuídas a outros tipos de profissões, tais como: criatividade, persistência, proatividade e flexibilidade.

Por trabalharem de forma autônoma, os empreendedores relatam outras vantagens, que, normalmente, são apresentadas por outros profissionais que trabalham por conta própria: 1.o grau de independência, em contraste com os empregados formais de organizações burocráticas; 2.liberdade para tomar decisões sobre os negócios; 3.ter que prestar contas só para ele mesmo; 4.potencial para grandes recompensas financeiras; 5.oportunidades para enfrentar interessantes desafios; 6.escapar da posição de empregado subordinado; 7.relativa alta segurança no trabalho; e 8.sentimento de satisfação e orgulho.

Mas ser empreendedor não apresenta apenas vantagens.Begley & Boyd (1987), destacam alguns pontos fracos ou sacrifícios, da mesma forma que outros estudos, tais como os de Still & Timms (2000); Benneth & Dann (2000). Tais estudos mostram que há dificuldades comuns entre grupos de empreendedoras, como por exemplo: 1.a dificuldade de conciliar trabalho e família; 2.problemas de acesso ao crédito bancário; e 3.barreiras culturais, entre outras.

Mesmo enfrentando estas e outras dificuldades, a criação de empresas por mulheres é cada vez maior. Wilkens (1989), observa que uma vez abertas às portas de suas empresa, toda empresária quer ter sucesso. Diante dessa perspectiva ele indaga: —Como é que uma mulher

pode capitalizar em cima de suas forças e diminuir suas fraquezas para evitar as armadilhas mais comuns? Ele sugere quatro funções empresariais diferentes mas correlatas: inovação,

organização, liderança e expansão. Inovar é uma função que a mulher de negócios dinâmica e criativa raramente acha difícil. No segmento da moda a empreendedora, procura ter esse olhar para o mercado; a mulher procura desempenhar a gestão dessas atividades com propriedade, pois no segmento da moda, ser criativo e inovador e uma condição intrínseca ao processo de gestão do negócio.

Uma outra desvantagem de ser empreendedor é o risco elevado, porquanto grande número de novos empresários fracassa antes de completar o primeiro ano do seu negócio. Uma pesquisa realizada pelo SEBRAE (1997) analisou 1.200 micros e pequenas empresas com o objetivo de definir o perfil destas empresas e de seus proprietários e ficou constatado

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que a taxa de mortalidade das empresas chega a 83% antes de completarem o segundo ano de existência. A causa destes insucessos está relacionada a fatores tais como: 1.falta de capital de giro; 2. falta de clientes; 3.elevada carga tributária; 4.recessão econômica; 5. elevada inadimplência; 6.concorrência forte; 7.falta de crédito; 8.falta de mão-de-obra qualificada; 9. instalações inadequadas; e10.falta de conhecimentos gerenciais.

Pelisson et alli (2001) afirmam que os recursos financeiros necessários para o início de seus negócios, para a maioria de homens e mulheres empreendedores são provenientes de poupanças pessoais (66,7% e 87,1%, respectivamente). Empréstimos familiares também são uma fonte de dinheiro comum para 6,1% de mulheres e 25,9% de homens empreendedores. O empréstimo bancário é fonte de recursos financeiros no caso de 7,4% de empreendedores homens e 6,1% das mulheres. Os estudos anteriores de Bennett & Damn (2000), indicam que as mulheres têm uma menor propensão do que os homens para buscar recursos externos para as suas empresas; por outro lado, as mulheres, normalmente, enfrentam mais barreiras para obter dinheiro seja pelo sistema bancário, ou por outras fontes para iniciar um novo negócio. Na pesquisa de Pelisson et alli (2001), 33,3% dos homens obtiveram recursos de terceiros para o início de seus empreendimentos, enquanto que apenas 12,2% das mulheres conseguiram isso.

Teixeira (2001), aponta que os resultados da pesquisa que realizou revelaram que muitos dos empresários optaram pelo setor apenas por já atuarem no mesmo como empregados ou por viajarem muito, demonstrando assim o despreparo e a falta de conhecimento dos mesmos para gerenciar o negócio, acarretando no encerramento das atividades, diante da dificuldade de gestão. Teixeira (2001) argumenta que a oportunidade de abrir um negócio deslumbra a muitos, mas o despreparo, e a falta de capacitação gerencial, em especial no setor, contribuem para sua baixa competitividade e alto índice de mortalidade de empresas.

A atividade empreendedora no campo da moda tem as suas especificidades, embora se circunscreva, obviamente às características gerais do empreendedorismo. Moda é entendida como fenômeno, que influência o comportamento e maneira das pessoas se vestirem. A roupa que a princípio era determinada apenas pelos recursos disponíveis e tecnologia, hoje passam a variar em estilos conforme a época.(Treptow, 2003). Joffly (1999:27) afirma que “Moda é o fenômeno social ou cultural, de caráter mais ou menos coercitivo, que consiste na mudança periódica de estilo, e cuja vitalidade provém da necessidade de conquistar ou manter uma determinada posição social”. Este conceito pode ser ampliado quando pensamos que moda é também um fenômeno temporal, caracterizado pela constante mudança, quando um lançamento faz com que o estilo anterior seja descartado (Lipovestsky 1987:159). Assim pode-se definir moda como um fenômeno social de caráter temporário, altamente mutável, que descreve a aceitação e disseminação de um padrão ou estilo, pelo mercado consumidor, até a sua massificação e conseqüente obsolescência como diferencial social.

Santos & Pereira (1995) enfatizam que o avanço veloz da pesquisa científica e tecnológica tem reduzido o ciclo de vida de vários produtos e serviços exigindo do empreendedor uma preocupação constante em acompanhar e incorporar inovações, seja na gerência, nos projetos e processos de fabricação de produtos ou geração de serviços. Mudanças constantes e contínuas são necessárias para que uma empresa possa evoluir e ser bem-sucedida no cenário competitivo.

Dentro desse contexto vale ressaltar que a cadeia têxtil e do vestuário tem em seus processos, ciclos de vida bastante limitados – a cada coleção, a cada estação, novos produtos devem ser lançados com design e estilos arrojados. Acompanhar e controlar esses processos exige dos empreendedores de micro-empresas de confecção, que atuam no mercado de pronta entrega, competência e capacidade para gerir processos de criação, de desenvolvimento, de

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programação de produção e posicionamento de produto/coleção, em tempo real, muitas vezes semanalmente, pois o cliente (revendedor) está sempre em busca de novidades.

3. Método

A pesquisa é descritiva e foi realizada com empreendedores de ambos os sexos, de diversos segmentos da moda, localizados na região geográfica da Grande São Paulo, em março de 2004. Foram constituídas duas amostras por conveniência, sendo uma com n=12 de sexo feminino e outra com n=13 de sexo masculino. Os respondentes são empreendedores do segmento de moda, alunos e ex-alunos de um curso superior de Tecnologia de Gestão de Processos Produtivos do Vestuário.

A coleta de dados foi feita por meio de questionário (como ilustra a figura em anexo) dividido basicamente em duas partes: 1. uma matriz Trade-off para averiguar a preferência da capacidade em explicar o sucesso do empreendimento; e 2. uma escala tipo Likert de 11 posições para mensurar o nível de competência do respondente para gerir o negócio. Estas competências consideravam: 1. competência para administrar as áreas funcionais meio-e-fim de uma organização; 2. competência para gerenciar processo produtivo; 3. competência para criar e desenvolver produtos/coleções; 4. competência para posicionar produtos em mercados nacional e internacional. Os instrumentos de análise utilizados foram a Matriz de Priorização e técnicas estatísticas descritivas.

A utilização do questionário tipo trade-off se justifica pois, de acordo com Meireles & Enoki (2002), por meio deles é possível averiguar dentre duas opções quais as que o pesquisado prefere. Tais questionários forçam o respondente ou pesquisado a fazer escolhas, possibilitando saber, em condições conflituosas, o que o respondente valoriza. Este tipo de questionário pode ser aplicado em muitos setores da empresa: Marketing pode usá-lo para pesquisar preferências dos clientes colocados diante de várias alternativas; Produção pode usá-lo para determinação de equipamentos, etc. Uma forma de aplicar o questionário trade-off é aquela que requer a atribuição de notas cuja soma sempre vale 10, isto é (A+B=10), como ilustra a figura 1. Neste caso o respondente compara a variável à esquerda e a compara com a variável à direita, colocando notas nas colunas A e B denotando sua preferência.

Os questionários Trade-off requerem que o respondente responda a todas as questões propostas. Como ilustra a figura 1, para pesquisar quais das 7 capacidades os respondentes mais valorizam, são colocadas 21 opções de escolha, correspondentes a (n-1)n/2. Os valores atribuídos pelos respondentes devem ser sempre inteiros, de 0 a 10, em qualquer combinação. Os dados coletados por meio da matriz Trade-off são introduzidos numa planilha. Basta inserir o valor da coluna A, dado que o valor B é o complemento para 10. A fig. 4 ilustra a tabulação considerando 10 respondentes de sexo feminino. A cada respondente, indicado com a letra R, corresponde uma coluna de dados. Uma variável importante para a análise do resultado é a RTO, isto é, a Relação Trade-Off, conceituada como sendo a divisão da média da coluna A pela média da coluna B.

Para se analisar os resultados obtidos isto é, o significado das RTO’s, é necessário que se faça uso da Matriz de Priorização. A Matriz de Priorização (fig. 5) é construída, neste caso, com 7 linhas por 7 colunas, contendo as capacidades às quais os respondentes foram solicitados a dar sua importância relativa. Observar que existe uma coluna adicional à direita correspondente à coluna “Pontos”. Os valores a inserir na Matriz de Priorização são os valores RTO’s obtidos na etapa anterior. Tais valores são inseridos na parte superior à diagonal da Matriz de Priorização

Observar, por exemplo, que a RTO entre “capacidade de trabalhar em equipe” e “capacidade de gerir os desafios financeiros”, no que tange ao sexo feminino, como mostra a fig. 4 é igual a 1,08. Esse é o valor que se encontra na célula correspondente às duas variáveis, na Matriz de Priorização apresentada na fig. 5. Uma vez preenchida a parte superior da diagonal, na Matriz de Priorização com os valores RTO’s calculados, é necessário preencher a

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parte inferior. Esta é preenchida tendo em conta que se escreve a coluna com os valores diagonalmente inversos aos da linha. Isto é: a coluna 1 (“capacidade de trabalhar em equipe”) possui os valores 0,92; 0,64; 0,56; 0,75; 1,13 e 1,86 que são, respectivamente o inverso da linha 1 (“capacidade de trabalhar em equipe”): 1,08; 1,56; 1,78; 1,33; 0,89; e 0,54. Procedimento semelhante é feito para as demais colunas sob a diagonal.

Fig. 1: Questionário trade-off utilizado para investigar as preferências dos empreendedores. As 7 variáveis requerem 21 opções de escolha, correspondentes a (n-1)n/2.

A coluna “pontos” corresponde à soma dos valores de cada uma das linhas. O maior valor exprime a variável priorizada, isto é, a preferida, pelos respondentes. A coluna “valores normalizados” é uma expressão biunívoca da coluna “pontos”, transformada da seguinte forma: Nx=(X- mínimo)/ (máximo-mínimo), onde Nx representa io valor normalizado da variável X existente na coluna “pontos”. O valor 7,18 na coluna “pontos” foi transformada da seguinte forma: N7,18=(7,18-4,31)/(8,75-4,31)=0,65. Numa escala de 0 a 1, onde 0 signifique preferência nula e 1, signifique preferência total, a variável tem o valor intermediário de 0,65. Este valor é passível de ser comparado com outras variáveis normalizadas.

4. Resultados

Os pesquisados, quanto a escolaridade, na sua totalidade possuem terceiro grau (completo ou incompleto) e estão na faixa dos 21 a 40 anos na sua maioria. Observar que, predominantemente os respondentes de sexo masculino possuem escolaridade correspondente a superior completo enquanto que, no caso do sexo feminino, predomina o superior incompleto. Quer isto dizer que 9 das 12 respondentes estão cursando um curso de graduação pela primeira vez. Observar que 13 dos 25 respondentes, isto é, mais de 50% deles, possuem superior completo ou pós-graduação.

Moda feminina e surfwear são os segmentos de mercado que mais se destacam. Embora 14 das 25 empresas possuam até 20 funcionários, não se pode deixar de destacar que três das empresas possuem atualmente mais de 100 funcionários. A moda tem historicamente criado uma associação forte entre feminilidade e a busca do “estar na moda”, onde se realça a importância da aparência na construção social da feminilidade, pelo que , mulheres são mais suscetíveis às mensagens de moda que os homens (Thompson, 1997). Possivelmente isso explica o fato de 10 das 25 empresas se dedicarem ao segmento de moda feminina.

As empresas dos respondentes masculinos, possuem, em média 14,9 anos de existência, não se diferenciando da média das respondentes femininas. Destaque-se a

A B

Capacidade de utilizar tecnologia adequada

Capacidade de enxergar o mercado da moda Capacidade de enxergar o mercado da moda Capacidade de gerir o processo da logística de distribuição

Capacidade de gerir o processo da logística de distribuição Capacidade de utilizar tecnologia adequada

Capacidade de enxergar o mercado da moda Capacidade de utilizar tecnologia adequada

Capacidade de superar obstáculos da conjuntura econômica Capacidade de gerir o processo da logística de distribuição Capacidade de utilizar tecnologia adequada

Capacidade de enxergar o mercado da moda Capacidade de enxergar o mercado da moda Capacidade de trabalhar em equipe

Capacidade de gerir o próprio negócio Capacidade de gerir os desafios financeiros

Capacidade de superar obstáculos da conjuntura econômica Capacidade de gerir o processo da logística de distribuição

Capacidade de gerir o próprio negócio

Capacidade de gerir os desafios financeiros

Capacidade de superar obstáculos da conjuntura econômica

Capacidade de utilizar tecnologia adequada Capacidade de gerir os desafios financeiros

Capacidade de superar obstáculos da conjuntura econômica Capacidade de gerir o processo da logística de distribuição Capacidade de utilizar tecnologia adequada

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delas tenha atuado 7 anos na informalidade antes de se constituir legalmente. No que se refere à atuação informal, a média das empresas gerenciadas pelas empreendedoras é de 2,7 anos, contra a média de um ano, declarado pelos respondentes do sexo masculino. Quase metade (11/25) das empresas não possui filial. A média de filiais das empresas geridas por mulheres é ligeiramente superior às das empresas geridas por homens.

Fig 2: Descrições de algumas variáveis das amostras.

A análise dos resultados obtidos pelo questionário trade-off dificilmente é feita diretamente. É recomendável que se aplique a Matriz de Priorização para fazer a análise de preferência de forma adequada. A figura 4 mostra as respostas das empreendedoras, quando estabeleceram a preferência das variáveis, comparando a variável à esquerda com a variável à direita. A coluna Rf1, indica as preferências do respondente 1 de sexo feminino. Essa respondente valorizou a “capacidade de trabalhar em equipe” em relação à “capacidade de gerir os desafios financeiros” e a “capacidade de superar os obstáculos da conjuntura econômica”, na proporção de 7 para 3.

Fig 3: Quantidade de anos de existência da empresa; anos na informalidade (inf) e quantidade atual de filiais. Estratificação por sexo (M/F).

Escolaridade M F Totais Idade M F Totais

pós graduado 1 0 1 de 21 a 30 3 6 9 superior completo 10 2 12 de 31 a 40 6 4 10 superior 0 1 1 acima de 40 4 2 6 superior incompleto 2 9 11 Totais= 13 12 25 Totais= 13 12 25 Segmento de mercado M F Totais Qtde Funcionários M F Totais

moda masculina 2 0 2 menos de 10 5 3 8

moda feminina 6 4 10 de 11 a 20 3 3 6 surfwear 4 5 9 de 21 a 30 0 2 2 jeanswear 0 2 2 acima de 30 5 4 9 lingerie 1 0 1 aviamentos 0 1 1 Totais= 13 12 25 Totais= 13 12 25 Escolaridade e idade Segmento e Porte

Das 5 empresas acima de 30, três delas possuem mais de 100

M Minf Filiais F Finf Filiais

42 7 1 42 0 0 42 0 1 37 25 2 29 1 1 35 0 5 27 0 2 19 7 1 13 0 0 8 0 0 11 3 0 7 0 0 10 0 4 7 0 0 8 2 0 5 0 1 5 0 0 3 0 1 2 0 0 2 0 1 2 0 1 2 0 1 2 0 1 1 0 0 1 0 0 Médias= 14,9 1,0 0,8 14,0 2,7 1,0

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Fig 4: Tabela parcial dos resultados do questionário trade-off (no caso, respostas das empreendedoras). Observar, que “capacidade de enxergar o mercado da moda”, obteve sempre valores baixos (0,54; 0,89; 0,67; 0,54; 0,75 e 0,92). Isto significa que as variáveis da direita quando comparadas com ela são pouco valorizadas.

As colunas MA e MB, da figura 4 mostram as médias obtidas para as respostas das colunas A e B respectivamente. A coluna RTOf exprime a relação trade-off, isto é, a divisão de A por B. Quanto maior for o valor obtido maior importância é atribuída ao valor da variável à direita em relação à variável à esquerda.

Os valores dos RTO’s são introduzidos na Matriz de Priorização com vistas a obter a preferência dos respondentes. Os resultados dos dois grupos são tão díspares que deixou de fazer sentido uma Matriz de Priorização que os considerasse em conjunto. As empreendedoras entendem que o que explica o sucesso do seu negócio é a “capacidade de enxergar o mercado” e não valorizam “a capacidade de superar obstáculos da conjuntura econômica” (0,00) nem a “capacidade de gerir o processo de logística e distribuição”; já os empreendedores acreditam que o que explica o sucesso do negócio é, com igual intensidade a “capacidade de gerir o próprio negócio” e a “capacidade de gerir os desafios financeiros”. A “capacidade de gerir o processo de logística e distribuição” e a “capacidade de enxergar o mercado da moda” são as capacidades menos valorizadas pelos respondentes masculinos. Observar que esta última foi a mais valorizada pelos respondentes femininos.

A B Rf1 Rf2 Rf3 Rf4 Rf5 Rf7 Rf8 Rf10 Rf11 Rf12 MfA MfB RTOf 6 5 5 5 6 6 5 4 5 5 5,2 4,8 1,08 7 4 6 6 8 7 5 4 8 6 6,1 3,9 1,56 7 7 7 7 7 7 5 3 8 6 6,4 3,6 1,78 6 7 5 6 5 5 7 5 3 8 5,7 4,3 1,33 6 3 4 5 5 6 6 3 5 4 4,7 5,3 0,89 3 2 3 5 5 4 5 3 5 0 3,5 6,5 0,54 6 5 5 6 6 7 5 6 7 6 5,9 4,1 1,44 6 5 7 5 7 5 5 5 7 6 5,8 4,2 1,38 5 7 5 6 4 6 6 6 5 4 5,4 4,6 1,17 6 5 3 5 3 7 7 6 7 6 5,5 4,5 1,22 5 5 3 5 5 4 5 6 5 4 4,7 5,3 0,89 6 4 5 6 7 7 5 5 3 6 5,4 4,6 1,17 4 6 3 6 4 5 6 6 2 5 4,7 5,3 0,89 4 4 5 4 3 5 7 6 5 4 4,7 5,3 0,89 3 5 3 4 4 4 5 6 2 4 4 6 0,67 3 3 3 6 4 6 7 6 2 4 4,4 5,6 0,79 4 4 3 4 3 6 7 6 5 4 4,6 5,4 0,85 2 3 3 4 2 4 6 6 3 2 3,5 6,5 0,54 6 2 5 4 5 6 5 5 8 6 5,2 4,8 1,08 5 2 3 4 5 4 5 3 8 4 4,3 5,7 0,75 p

tecnologia adequada Capacidade de enxergar o mercado da moda 4 7 5 6 5 4 4 6 3 4 4,8 5,2 0,92

Capacidade de gerir o processo da logística de

Capacidade de utilizar tecnologia adequada Capacidade de enxergar o mercado da moda Capacidade de utilizar tecnologia adequada Capacidade de enxergar o mercado da moda

Capacidade de gerir o processo da logística de distribuição Capacidade de utilizar tecnologia adequada

Capacidade de enxergar o mercado da moda

Capacidade de gerir o processo da logística de distribuição Capacidade de superar obstáculos da conjuntura econômica Capacidade de enxergar o mercado da moda

Capacidade de trabalhar em equipe

Capacidade de gerir o próprio negócio Capacidade de gerir os desafios financeiros

Capacidade de superar obstáculos da conjuntura econômica Capacidade de gerir o processo da logística de distribuição

Capacidade de gerir o próprio negócio Capacidade de gerir os desafios financeiros Capacidade de superar obstáculos da conjuntura econômica

Capacidade de utilizar tecnologia adequada Capacidade de gerir os desafios financeiros

Capacidade de superar obstáculos da conjuntura econômica Capacidade de gerir o processo da logística de distribuição Capacidade de utilizar tecnologia adequada

(10)

Fig 5: Matrizes de priorização, estratificadas por sexo dos respondentes. Na célula acima da diagonal encontra-se o valor RTO; abaixo da diagonal o inverso de tal valor. A variável priorizada é a que obtém maior número de

pontos. A coluna valores normalizados contém a transformação de tais pontos pela fórmula: Nx =(X- mín)/

(máx-mín).

Fig 6: Respondentes de sexo feminino e de sexo masculino pensam de forma significativamente diferente. No gráfico á direita a linha tracejada seria a linha que indicaria preferência semelhante. Observar que apenas um ponto (0,65; 0,64) referente à “capacidade de trabalhar em equipe” se situou sobre tal linha.

Surpreendeu observar a existência de um único ponto de congruência em termos de preferência entre os sexos feminino e masculino: a capacidade em trabalhar em equipe (com 0,65 e 0,64 respectivamente de preferência numa escala de 0 a 1). Os demais itens foram totalmente divergentes.

A figura 6 ilustra a forma divergente de respostas. A coluna |F-M| exprime a diferença absoluta entre os dois grupos. Observe-se que 6 em 7 casos, tal diferença corresponde a 30% ou mais. O gráfico à direita dessa figura mostra o posicionamento dos respondentes. Se as respostas se assemelhassem elas se centrariam sobre ou em torno da linha tracejada.

Matriz Trade-Off

Capacidade de t

rabalhar em equipe

Capacidade de gerir

o próprio negócio

Capacidade de gerior os desaf

ios

financeiros Capacidade de superar obt

áculos da

conjunt

ura econômica

Capacidade de gerir o processo de logí

st ica e dist ribuição Capacidade de ut ilizar t ecnologia

adequada Cacidade de enxergar o mercado da moda PONT

OS

Valores normalizados Capacidade de t

rabalhar em equipe

Capacidade de gerir

o próprio negócio

Capacidade de gerior os desaf

ios

financeiros Capacidade de superar obt

áculos da

conjunt

ura econômica

Capacidade de gerir o processo de logí

st ica e dist ribuição Capacidade de ut ilizar t ecnologia

adequada Cacidade de enxergar o mercado da moda PONT

OS

Valores normalizados

Capacidade de trabalhar em equipe 1,08 1,56 1,78 1,33 0,89 0,54 7,18 0,65 1 0,85 1,08 1,27 1 1 6,21 0,64 Capacidade de gerir o próprio negócio 0,92 1,44 1,38 1,17 1,22 0,89 7,03 0,61 1,00 1,04 1,33 1,27 1,04 1,27 6,95 1,00

Capacidade de gerior os desafios

financeiros 0,64 0,69 1,17 0,89 0,89 0,67 4,95 0,14 1,17 0,96 1,22 1,38 1,13 1,08 6,95 1,00 Capacidade de superar obtáculos da

conjuntura econômica 0,56 0,72 0,85 0,79 0,85 0,54 4,31 0,00 0,92 0,75 0,82 1,22 1 1,08 5,80 0,45 Capacidade de gerir o processo de

logística e distribuição 0,75 0,85 1,13 1,27 1,08 0,75 5,84 0,35 0,79 0,79 0,72 0,82 0,82 0,92 4,86 0,00 Capacidade de utilizar tecnologia

adequada 1,13 0,82 1,13 1,17 0,92 0,92 6,09 0,40 1,00 0,96 0,89 1,00 1,22 1,33 6,40 0,73 Cacidade de enxergar o mercado da

moda 1,86 1,13 1,50 1,86 1,33 1,08 8,75 1,00 1,00 0,79 0,92 0,92 1,08 0,75 5,47 0,29

Sexo dos respondentes feminino masculino

Preferências dos empreendedores

-0,20 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 Sexo Feminino Sexo Mascu li n o Variável F M |F-M|

Capacidade de trabalhar em equipe 0,65 0,64 0,0 Capacidade de gerir o próprio negócio 0,61 1,00 0,4

Capacidade de gerior os desafios

financeiros 0,14 1,00 0,9 Capacidade de superar obtáculos da

conjuntura econômica 0,00 0,45 0,4 Capacidade de gerir o processo de

logística e distribuição 0,35 0,00 0,3 Capacidade de utilizar tecnologia

adequada 0,40 0,73 0,3 Cacidade de enxergar o mercado da

(11)

Fig. 7: Auto-avaliação do grau de competência para gerir o próprio negócio. Colunas F e M indicam as notas auto-atribuídas numa escala de 0 a 10; as colunas Fn e Mn exprimem os mesmos valores normalizados, numa escala de 0 a 1. A coluna da direita mostra a diferença absoluta. No gráfico á direita a linha tracejada indica avaliação semelhante.

Como ilustra a fig 7, as empreendedoras sentem-se mais competentes em “criar e desenvolver produtos/coleções”; já os empreendedores em “gerenciar o processo produtivo”. Os dois grupos se declararam pouco competentes para “posicionar produtos no mercado internacional”. O gráfico à direita da fig 7. mostra que a linha tracejada, que indica avaliação semelhante pelos dois grupos, está muito próxima da linha observada. A capacidade dos empreendedores para gerir o negócio independe do sexo.

O questionário permitia que os respondentes fizessem comentários livremente. Eis alguns comentários de empreendedoras. Uma delas, que atua na área de moda jovem feminina afirmou que “o maior problema na empresa hoje é vendas, pois não é um produto diferencial, acaba competindo demais com os concorrentes”. Uma outra destacou que sua empresa tem “produto 100% artesanal, escritório com 9 funcionários em 4 setores diferentes; toda a mão-de-obra é terceirizada”.

Uma respondente foi mais prolixa e expressou que “é uma pena que as pessoas que trabalham na área de confecção não tenham conhecimento do que estão fazendo e sinto que essas pessoas (que são as pessoas que prestam serviços para confecção: oficina e estamparia), não tenham capacidade para executar o trabalho. Noto falta de preparo nestas pessoas. Mas o que adianta? A própria escola ou cursos desta área estão preparando de maneira errada. Na minha opinião — porque já coloquei estagiárias para trabalhar na minha confecção e senti que elas tinham dificuldades para trabalhar — falta à preparação do aluno”.

A observação da empreendedora parece ser verdadeira dado que a maioria das escolas de moda não leva em consideração a questão prática do profissional da moda – ou seja, a maioria das escolas não está voltada para a formação prática. O problema parece não ser apenas brasileiro. Com efeito, como ilustra o Quadro 2, há uma predominância das questões teóricas no conteúdo programático das disciplinas de empreendedorismo de 116 universidades norte-americanas. Liliane Guimarães (2002) preparou tal quadro tendo como base os planos de ensino divulgados em Vésper (1993). Outros temas tais como gestão de empresa familiar, ética e responsabilidade social, negócios de base tecnológica dentre outros, fazem parte dos conteúdos contemplados nas disciplinas, mas não foram considerados por apresentarem freqüência individual abaixo de 7%.

Competências dos empreendedores

-0,20 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 Sexo Feminino S exo Masculino

Competências dos empreendedores F M Fn Mn |Fn-Mn|

Minha competência para administrar as áreas funcionais meio e fim da minha organização é

adequada7,1 6,8 0,91 0,95 0,04 Minha competência para gerencial o processo

produtivo é adequada6,6 6,9 0,73 1,00 0,27 Minha competência para criar e desenvolver

produtos/coleções é adequada7,3 5,5 1,00 0,51 0,49 Minha competência para posicionar produtos

no mercado nacional é adequada6,8 5,7 0,79 0,59 0,20 Minha competência para posicionar produtos

no mercado internacional é adequada4,6 3,9 0,00 0,00 0,00 Capacidade do respondente para gerir o

(12)

Conteúdo programáticodas disciplinas de empreendedorismo de 116 Universidades norte-americanas

Conteúdo Programático Predomínio Frequência %

• Processo de planejamento e criação de uma empresa (identificação de oportunidades, análise de viabilidade)

109 34 • Perfil do empreendedor/habilidades empreendedoras/teorias sobre

empreendedorismo

106 33 • Captação de capital de risco/alavancagem de empresas/fontes de

financiamento/gestão financeira/abertura de capital

30 9 • Estratégias empreendedoras (fusões, aquisições, venda, franquia,

licenças)

27 8,5

• Consultoria para novas e pequenas empresas/pesquisa 26 8

• Intraempreendedorismo/negócios em corporações 26 8

• Gestão de pequena empresa 23 7

Quadro 2. Fonte: Liliane Guimarães (2002).

Um dos empreendedores ressaltou que “a atual conjuntura econômica não motiva pequenos empresários a desenvolver seu trabalho de forma mais lucrativa. Aguardamos as reformas tributárias, fiscais e trabalhistas.[O pequeno empresário] precisa de uma atenção maior por parte do governo e maior entrosamento entre a indústria e a universidade”. Este respondente chamou a atenção para os obstáculos que os empreendedores precisam enfrentar. Observar que a “capacidade de superar obstáculos da conjuntura econômica” é, para os empreendedores relativamente importante, dado que, numa escala de 0 a 1 obteve o valor de 0,45. As empreendedoras deram preferência nula, isto é. Consideraram tal capacidade totalmente desnecessária para o sucesso do empreendimento. Ver fig. 6.

Um outro respondente levantou a mesma questão: “Aguardamos as reformas tributárias, fiscais, trabalhistas”. Outro respondente destacou também a importância do ambiente econômico: “Estamos aprendendo cada vez mais, em todos os sentidos. Com os desafios existentes devido à inconstância da conjuntura econômica. Ninguém sabe tudo !!!”. Um outro tocou no aspecto do ensino, dizendo ser necessário “um maior entrosamento entre a indústria e universidade”.

5. Conclusões e Recomendações

Contrariando a hipótese substantiva de que não haveria diferença significativa na atribuição das capacidades consideradas importantes, para garantir o sucesso de um negócio, por homens e mulheres empreendedores no mercado da moda, os resultados mostraram-se surpreendentes. Homens e mulheres não apenas pensam diferentemente no que tange às capacidades explicadoras do sucesso de um empreendimento; pensam praticamente de forma antagônica. A capacidade de gerir desafios financeiros, que é máxima para os homens, praticamente é desconsiderada pelas mulheres (0,14), numa escala de 0 a 1. A capacidade de enxergar o mercado da moda é máxima para as mulheres e é pouco valorizada pelos homens: 0,29.

Ainda é incipiente e distante da realidade a competência em posicionar o produto/coleção no mercado internacional: tanto homens quanto mulheres declararam ser essa a pior competência. A esse respeito Skaf apud Treptow (2003), argumenta que o ciclo de mudança está cada vez mais rápido e que o consumidor está mais exigente. A globalização desencadeia um processo de competitividade mais acirrada e há a necessidade de atuar, não só no mercado interno como nos mercados internacionais. Exportar tornou-se a palavra de ordem em todos os horizontes do Brasil e, apesar de muitas de nossas tecelagens já estarem habituadas a esse tipo de negócio, poucas são as confecções que já podem ser chamadas exportadoras. Nem 5% desse universo nacional, estão preparadas para encarar os concorrentes internacionais.

(13)

Uma capacidade  a de trabalhar em equipe  pelo menos obteve igual nível de concordância, em torno de 0,65. Apenas esta.

Estes resultados apontando aspectos diferenciados para homens e mulheres, no campo da moda, pode sugerir a realização de pesquisas em empresas de pequeno porte administradas por casais: possivelmente a distribuição de funções atenderia ao perfil desenhado nesta pesquisa. Homens cuidando dos aspectos financeiros e da tecnologia (processo de produção), e mulheres olhando o mercado (Marketing e P&D). Justifica-se empreender uma pesquisa semelhante com uma maior amplitude.

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Questionário aplicado.

Escolaridade:

Cargo que exerce Segmento mais representativo Quantidade atual de funcionários Quantidade de unidades (filiais) da empresa

A B

Capacidade de utilizar tecnologia adequada

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Capacidade de gerir o próprio negócio

Capacidade de gerir os desafios financeiros

Capacidade de superar obstáculos da conjuntura econômica

Capacidade de utilizar tecnologia adequada Capacidade de gerir os desafios financeiros

Capacidade de superar obstáculos da conjuntura econômica Capacidade de gerir o processo da logística de distribuição Capacidade de utilizar tecnologia adequada

Capacidade de enxergar o mercado da moda Capacidade de enxergar o mercado da moda Capacidade de trabalhar em equipe

Capacidade de gerir o próprio negócio Capacidade de gerir os desafios financeiros

Capacidade de superar obstáculos da conjuntura econômica Capacidade de gerir o processo da logística de distribuição

Dados gerais

sexo:

Capacidade de superar obstáculos da conjuntura econômica Capacidade de gerir o processo da logística de distribuição Capacidade de utilizar tecnologia adequada

Capacidade de enxergar o mercado da moda

Capacidade de gerir o processo da logística de distribuição Capacidade de utilizar tecnologia adequada

Capacidade de enxergar o mercado da moda Capacidade de utilizar tecnologia adequada Capacidade de enxergar o mercado da moda Capacidade de enxergar o mercado da moda Capacidade de gerir o processo da logística de distribuição

Minha competência para posicionar produtos no mercado internacional é adequada

Avaliação

Discordo Concordo Por favor faça uma avaliação das proposições abaixo considerando a gestão

atual do seu negócio

Minha competência para administrar as áreas funcionais meio e fim da minha organização é adequada

idade:

Informações sobre o seu negócio

Anos de existência da empresa Anos trabalhados na informalidade

Quer fazer algum comentário que entenda relevante?

Atribua à direita, uma nota de zero a dez, expressando a sua capacidade para gerir de forma sustentável seu negócio na atual conjuntura econômica Minha competência para gerencial o processo produtivo é adequada

Minha competência para criar e desenvolver produtos/coleções é adequada Minha competência para posicionar produtos no mercado nacional é adequada

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